Chegou o dia tão esperado.
Beatificação de Ir. Dulce.
Festa no Céu! Festa na Terra!
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Irmã Dulce é beatificada em Salvador
Ariane Fonseca
Enviada especial a Salvador
Ariane Fonseca
A religiosa será chamada 'Bem-Aventurada Dulce dos pobres' e sua festa será no dia 13 de agosto
“Salve! Salve! Salve, Irmã Dulce do amor”. Enquanto o hino da religiosa era entoado por um coral de mais de 200 vozes, o cardeal Dom Geraldo Majella, representante do Papa Bento XVI na cerimônia, proclamava-a beata. Cerca de 70 mil fiéis acompanharam emocionados o evento no Parque de Exposições de Salvador (BA), munidos de faixas, lenços brancos e imagens da freira. A partir deste domingo, a religiosa será chamada 'Bem-Aventurada Dulce dos pobres'.
A Santa Missa começou com a leitura do pedido de beatificação, feito pelo Arcebispo da capital baiana, Dom Murilo Krieger. “O Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil pede a Vossa Eminência Reverendíssima de proclamar Bem-Aventurada a Venerável Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, professa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus”, solicitou o prelado.
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.: Saiba mais sobre a vida e obra da religiosa
Logo em seguida, o bispo da diocese de Irecê (BA), Dom Tommaso Cascianelli, leu uma resumida biografia da Bem-Aventurada e, Dom Geraldo, a Carta Apostólica (carta na qual o Papa autoriza a beatificação), primeiro em latim e depois em português. No documento, Bento XVI afirmou que “tendo consultado a Congregação das Causas dos Santos, por nossa autoridade apostólica, damos a faculdade para que a Venerável Serva de Deus Dulce Lopes Pontes (…) seja chamada de hoje em diante com o nome de Bem-Aventurada, com sua festa fixada no dia 13 de agosto”.
Após a leitura, a foto de Irmã Dulce foi descerrada, levando a multidão a euforia. Paralelamente, a miraculada Cláudia Cristiane Santos de Araújo, seu marido Francisco Assis de Araújo e o filho Gabriel entraram em procissão para apresentar aos fiéis a relíquia da nova beata. A sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, e a voluntária mais antiga das Obras Sociais da freira, Iraci Lordello, também entraram em procissão. O rito de beatificação terminou com o agradecimento de Dom Murilo ao representante do Papa.
Na homília, Dom Geraldo enfatizou que viver a santidade não é privilégio para algumas pessoas, mas é dever de todo cristão batizado. “Eu não disse alguns, disse todos os cristãos. Estamos celebrando a santidade que o Senhor deseja ver reproduzida em cada um de Seus filhos. Todos os fiéis devem ser santos em sua conduta moral, devem agir em conformidade com que o são: filhos de Deus”, ressaltou.
O prelado também desejou que a beatificação de Irmã Dulce seja um momento de reflexão para que, entregando-se e confiando no Senhor, os cristãos possam viver o amor e a caridade. “Agradecemos de coração comovido ao Santo Padre por ter levado as honras dos altares essa nossa irmãzinha. Que possamos realmente também viver a santidade em nossa vida”.
Entre as autoridades religiosas presentes, destaque para o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, o Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer e os postuladores da causa de beatificação e canonização, frei Paolo Lombardo e Paolo Vilotta. Além deles, a cerimônia contou ainda com mais de 500 religiosos, entre padres, arcebispos, bispos, diáconos e seminaristas.
A presidente Dilma Rousseff também participou da cerimônia, assim como o senador José Sarney, devoto da freira, o ex-governador de São Paulo, José Serra, o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o de Sergipe, Marcelo Déda.
Mensagem do Papa
Após a oração do Regina Coeli, deste domingo, 22, o Papa Bento XVI dirigiu uma saudação aos fiéis de língua portuguesa e r
ecordou a beatificação da Irmã Dulce Lopes Pontes. "Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, desejo também unir-me à alegria dos pastores e fiéis reunidos em São Salvador da Bahia para a beatificação da Irmã Dulce Lopes Pontes, que deixou atrás de si um prodigioso rastro de caridade ao serviço dos últimos, levando o Brasil inteiro a ver nela 'a mãe dos desamparados'", destacou.
Em busca da canonização
Para que Irmã Dulce passe de beata a santa é preciso que outro milagre seja comprovado pela Igreja. Mas, ele só é validado se acontecer a partir de 10 de dezembro do ano passado, quando o Papa Bento XVI assinou a beatificação. Desde o anúncio de que o “Anjo bom da Bahia” seria beatificada, foram enviados para as Obras Sociais Irmã Dulce mais de 400 relatos de graças atribuídas à religiosa.
Infraestrutura
Instalada em uma área de 1.800 metros quadrados, a infraestrutura projetada para o evento contou com um amplo leque de serviços visando à segurança e comodidade dos fiéis. Cerca de 700 policiais militares estiveram no local. A saúde também ganhou uma atenção especial, com a presença, através da Prefeitura de Salvador, de posto médico, além de veículos de urgência e emergência da Samu. O atendimento teve ainda o reforço do Corpo de Bombeiros e de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem das Obras Sociais Irmã Dulce. Houve vagas para ônibus, estacionamento pago com capacidade para 3 mil veículos de passeio, sanitários químicos, lanchonetes, entre outras estruturas.
Assista a homilia na íntegra
Leia mais
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BEATIFICAÇÃO – IRMÃ DULCE
O Anjo BOM DA BAHIA E DO BRASIL!
A partir de hoje caros leitores e seguidores deste blog, postaremos assuntos relativos à Mãe dos Pobres da Bahia e do Brasil, Irmã Dulce. Continuaremos ao mesmo tempo, postando novidades sobre a Mãe de Jesus e nossa Mãe, Maria Santíssima!
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Para penetrarmos na profundidade do
Canto do Magnificat, precisamos partilhar os mesmos sentimentos de gratidão, pela eleição misericordiosa de Deus, que perpassavam a alma de Maria e refletiam o sentimento de todo o povo judeu.
O povo judeu sabia que, dente tantos povos que adoravam outros e diversos deuses, ele havia sido escolhido para ser posse exclusiva do Deus Vivo, seu "povo particular entre todos os povos" (Ex.19,5), através do qual Ele se manifestaria no Messias tantas vezes prometido e tão ansiosamente aguardado através dos séculos.
Educada no Templo aos moldes da pedagogia rabínica,
Maria havia decorado as inúmeras profecias que prometiam a vinda do Ungido, assim como os salmos, cânticos e passagens do Antigo Testamento que falavam do poder vitorioso do Deus fiel às suas promessas.
As palavras do Anjo Gabriel na Anunciação ressoavam poderosamente no coração da Virgem, em primeiro lugar, pela ação singular da graça especialíssima que anunciava, mas também porque no coração de Maria estavam guardadas palavras e promessas nas quais confiava e esperava. A estas palavras uniram-se a evidência do milagre em Isabel e sua saudação inspirada, e todo o ser de Maria explodiu na profunda alegria da certeza de que, dentre o povo separado para Deus, dentre aqueles que eram sua propriedade particular, ela, em especial, havia sido escolhida para o maior dos privilégios que qualquer homem jamais poderá experimentar, sem que tivesse sequer sonhado com isso:
"Minha alma glorifica ao Senhor, meu espirito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,"
A alegria de Maria vem de Deus e para Ele remete todo o seu ser virginal. Deus é a razão e a referência última de sua alegria. Ela se alegra e exulta em Deus, por causa de Deus e para glória de Deus, por causa de Deus e para a glória de Deus. Maria sabe bem que foi escolhida gratuitamente, por pura misericórdia daquele cujos desígnios são absolutamente livres. É então a Ele que sua alma e espírito glorificam e Nele que exultam em entrega absoluta movida pelo reconhecimento de sua bondade incomparável e pela gratidão de quem se sabe gratuitamente eleita.
"Porque olhou para sua pobre serva".
Serva. Aquela que vive para fazer a vontade do seu Senhor. Aquela que vê no cumprimento da Sua vontade soberana o único sentido de sua existência. Aquela que jamais sequer cogitaria em viver fora Dele e para outra pessoa a não ser para Ele.
Colocar-se como serva do Senhor é parte essencial de toda a espiritualidade de Nossa Senhora; é a sua maneira de relacionar-se com Deus, de Ter a sua vontade unida à Dele em toda circunstância; é a razão de sua participação na missão redentora de Jesus, o eterno e primeiro Servo. Ser servo é dizer "sim" não só a Jesus, mas com Jesus, dizer "sim" ao Pai. É aceitar percorrer com Jesus o caminho de salvação, paixão, morte e ressurreição por amor ao Pai e para que se cumpra a Sua vontade no coração dos homens. Ser servo é "colocar-se no meio", com Jesus e em Jesus, sendo mediador entre Deus e a humanidade. Ser servo é deixar que o Espírito inflame de amor nosso coração em caridade, cada vez mais ardente, para com Deus e para com os homens a quem Ele ama.
O servo é aquele que encontrou o caminho mais curto e eficaz para o amor concreto. Seu serviço a Deus enche-o de fervorosa caridade para com Ele, a quem obedece em absolutamente tudo, seu serviço aos homens é um trasbordamento amoroso de sua caridade para com Deus e o cumprimento de Sua vontade em Seus filhos. O servo é aquele que segue Jesus e Maria na característica mais singela e, no entanto, mais radical e maura de seu relacionamento para com Deus.
O servo descobre a um tempo o caminho da caridade e da humildade, da perseverança e da fortaleza, da prudência e da obediência, pois seu único referencial é sempre a vontade de Deus, inflamada pelo grande e ardente amor que a Ele o une. A posição de servo, que Jesus assumiu desde toda a eternidade, é a mais segura e mais perfeita imitação dos sentimentos e obras do Redentor e da Co-redentora que, incomparavelmente unida a Ele, mostrou-nos o segredo de em tudo agradar a Deus.
Jesus é o Servo por excelência. Por ser Servo obedeceu até a morte de cruz e nos salvou de nossa desobediência original. Maria é a Serva, perfeita imitadora do Filho, perfeita participante de sua eterna missão intercessora.
" Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é santo".
Meditando esta parte do Magnificat não se pode deixar de admirar o grau de consciência e perfeita aceitação que Maria tinha de sua missão e vocação. Ë certo que não conhecia o correr dos acontecimentos futuros, que deveria viver na obediência diária da fé. No entanto, é evidente que, embora sem saber que acontecimentos envolveriam sua missão, Nossa Senhora tinha perfeita disponibilidade e aceitação do que Deus queria de sua vida.
"Asd gerações todas me proclamarão bem-aventurada porque Deus realizou em mim maravilhas". Fica aqui clara a consciência de sua missão e eleição - "Não haverá jamais alguém tão feliz como eu" e a marca de sua humildade - a missão só se concretizou em virtude do seu livre e contínuo "sim" a Deus.
A bem-aventurada entre todos os homens, durante todas as gerações, prorrompe em louvor terno fervoroso e amoroso ao Deus santo, poderoso, cuja misericórdia faz maravilhas sem nenhuma explicação que não seja própria misericórdia.
" Sua Misericórdia se estende, de geração em geração sobre os que o temem."
Maria ora agora como membro do povo judeu, eleito e temente a Deus. Fala também profeticamente, como membro do novo povo de Deus, povo conquistado ao preço do sangue de Cristo e que a Ele aderiu pela graça da fé. Ao mesmo tempo, a Mãe de Deus proclama um princípio eterno: a abertura e a ação da graça por parte dos que buscam viver segundo a vontade de Deus.
"Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes."
Maria conhecia bem o poder da ação de Deus; sabia do que é capaz o Seu braço quando encontra um coração temente, humilde e disponível; testemunha em seu próprio ser que tudo lhe é submisso.
Maria olha para si mesma uma anawin pobre serva de ahveh e deslumbra-se diante da evidência de que Deus reservou aos mais humildes a mais alta exaltação, que uma criatura humana jamais poderia Ter: ser a mãe do Verbo encarnado. Profetiza, também, que esta pequenez deverá ser característica imprescindível a todo aquele que, de fato, for de Deus. Ela será a primeira entre os humildes que, pequeninos, acolherão a revelação da economia do Reino de Deus.
"Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos."
No Reino não há lugar para os corações soberbos e nem para os que buscam o poder e as honras. A boa Nova não ressoa nos corações ricos de si, apegados a riquezas e prazeres, empanturrados de supérfluos e de aparências, fartos e auto-suficientes.
O Reino é anunciado aos pobres, humildes e vazios de si mesmos, que têm fome e sede de justiça e de paz. Estes têm fome e sede de justiça e de paz. Estes têm fome de Deus. Colocam-se diante Dele como necessitados, famintos, pequenos. Conscientes de sua indigência tudo esperam daquele que é a salvação. Estes, como crianças pequeninas, acolhem a Boa Nova, aceitam-na e a vivem.
Não há como nos desviarmos da verdade evangélica que norteou a vida de absolutamente todos os santos: tudo o que centraliza o homem em si mesmo é riqueza que não se coaduna com a pobreza necessária para a acolhida e vivência da verdade. Toda posse do necessário, ainda que seja um alfinete, é um bloqueio para a ação de Deus na alma que se enriquece e se fecha à graça, porque ama mais a si mesma que Àquele de Quem tudo recebe.
Jesus veio para anunciar a boa nova ao pobres, aos humildes, aos que buscam mais o Senhor que a si próprio. Antes que Ele o dissesse claramente, Sua Mãe, cheia do Espírito, compreendeu que havia sido inaugurada uma nova mentalidade, com características desconcertantes: o Deus Vivo escolhia uma pobre menina moça para, nela, fazer-se um minúsculo ovo; o Deus Todo Poderoso confiava-se a esta mesma jovem e dela dependeria. Antes de qualquer outra pessoa, a Mãe de Jesus aprendera, pelo que Deus fizera, a linguagem da Nova Aliança, onde Deus se faz pequeno e servo e ensina este caminho para que, seguindo-o, os homens sejam felizes.
"Acolheu a Israel, seu sevo, lembrando de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.
A que extremos chega a humildade de Maria! Sabemos que foi ela que, consultada por Deus acolheu o Filho do Altíssimo com o seu "fiat. No entanto, ela não vê este momento como uma escolhida que faz de Deus ( ela não se considera digna de tanto!), mas a ocasião onde Deus acolhe Israel, servo, escravo, propriedade Sua, entregue a povos e deuses estranhos, empobrecidos e indigno de aproximar-se do Todo Poderoso. Na ótica de Maria, a Encarnação do Verbo é o momento em que Deus acolhe Israel; o momento da misericórdia absoluta em que Ele se curva sobre a humanidade para receber a posteridade de Abraão, inserindo nela, como Deus e Homem.
Na verdade, haveria maneira mais radical e amorosa de Deus acolher o homem do que se tornando homem sem perder a sua identidade divina para, pela morte e ressurreição do Verbo inseri-lo na vida de Deus e habitar em sua alma para sempre? Era, de fato, a inauguração de uma nova economia. Deus não se limitava mais a dizer "façam isso ou aquilo". Ele agora dizia: "eu me faço um homem, eu tomo a iniciativa, eu mesmo vou fazer no lugar de vocês, eu acolho vocês sendo um de vocês, porque os amo".
Lembrando de sua misericórdia, Deus não trata Israel conforme suas obras, mas segundo o Seu coração compassivo e fiel. Maria compreende, profeticamente, a implicação do seu "cumpra-se em mim" e embora vá continuar a tatear na fé, pela virtude compreende e assume seu papel e missão na Nova e Eterna Aliança. Para ela contribui, humilde e definitivamente, com sua carne e sangue, serviço irrestrito, como mulher e como a Nova Eva que, livre e incomparavelmente feliz, canta as maravilhas do seu Deus.
------------------------------------------------- Confira a programação completa da beatificação de Irmã Dulce
(Canção Nova)
A programação se estende até o dia 28 de maio, com Missas em Ação de Graças pela beatificação do ''Anjo Bom do Brasil''
Faltam poucos dias para a cerimônia de beatificação de Irmã Dulce, marcada para o dia 22 de maio, em Salvador (BA). A Santa Missa, marcada para às 17h, será presidida pelo Arcebispo Emérito de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Majella.
Acesse
.: Página especial da beatificação de Irmã Dulce
.: Saiba mais sobre a vida e obra da religiosa
Na ocasião, Dom Geraldo irá representar o Papa Bento XVI e o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Dom Angelo Amato.
Entre as atrações para o dia da beatificação, está a exibição de um espetáculo artístico sobre a vida de Irmã Dulce. A apresentação, que reunirá dança, música e teatro, será realizada por 700 alunos do Centro Educacional Santo Antônio (CESA), núcleo de educação da Obras Socias Irmãs Dulce (OSID).
E a programação já terá início no sábado, 21. Às 16h, no Santuário de Irmã Dulce, será celebrada uma Missa de preparação e, em seguida, acontecerá a vigília que vai até a manhã seguinte.
Con fira a programação completa que se estenderá até o dia 28/05
21 de maio - sábado
16h – Missa no (Largo de Roma), seguida de vigília
22 de maio - domingo
Cerimônia de Beatificação de Irmã Dulce
Local: Parque de Exposições de Salvador
12h – Abertura dos portões
14h – Apresentação artística sobre a vida e obra de Irmã Dulce
17h – Missa de Beatificação
24 de maio - terça-feira
8h30 – Missa de agradecimento pela beatificação, no santuário de Irmã Dulce, seguida de carreata com a imagem da Bem-aventurada.
26 de maio - quinta-feira
9h – Missa no Centro Educacional Santo Antônio (CESA), em Simões Filho
28 de maio - sábado
8h30 – Missa de consagração e instalação do Santuário de Irmã Dulce
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Irmã Dulce
Acesse:Vida e Obra
De Wiki Canção Nova
Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente - tinha 70% da capacidade respiratória comprometida - não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários, presidentes da República, sempre com a determinação de quem fez da própria vida um instrumento vivo da fé.
Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes, professor da Faculdade de Odontologia, e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, ao nascer em 26 de maio de 1914 em Salvador, Irmã Dulce recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. O bebê veio ao mundo na rua São José de Baixo, 36, no bairro do Barbalho, na freguesia de Santo Antônio Além do Carmo. A menina Maria Rita foi uma criança cheia de alegria, adorava brincar de boneca, empinar arraia e tinha especial predileção pelo futebol - era torcedora do Esporte Clube Ypiranga, time formado pela classe trabalhadora e excluídos sociais que foi o primeiro a romper com o perfil elitista do esporte baiano no início do século XX.
Aos sete anos, em 1921, perde sua mãe Dulce, que tinha apenas 26 anos. No ano seguinte, junto com seus irmãos Augusto e Dulce (a querida Dulcinha), faz a primeira comunhão, na Igreja de
Santo Antônio Além do Carmo. A sua vocação para trabalhar em benefício da população carente teve a influência direta da família, uma herança do pai que ela levou adiante, com o apoio decisivo da irmã, Dulcinha.
Aos 13 anos, o destemor e o senso de justiça, traços marcantes revelados quando ainda era muito novinha, faziam com que ela acolhesse mendigos e doentes, transformando a casa da família, na Rua da Independência, 61, no bairro de Nazaré, num centro de atendimento. É nessa época, em que sua casa ficou conhecida como ‘A Portaria de
São Francisco’, tal o número de carentes que se aglomeravam à porta, que ela manifesta pela primeira vez o desejo de se dedicar à vida religiosa, após visitar com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres.
Em 8 de fevereiro de 1933, logo após a sua formatura como professora,Maria Rita entrava para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois, em 15 de agosto de 1934, era ordenada freira, aos 20 anos de idade, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa, em Salvador. Mas, o seu pensamento estava voltado para o trabalho com os pobres. Já em 1935, dava assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe. Nessa mesma época, começa a atender também os operários que eram numerosos naquele bairro, criando um posto médico e fundando, em 1936, a União Operária São Francisco – primeira organização operária católica do estado, que depois deu origem ao Círculo Operário da Bahia. Em 1937, funda, juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup, o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações - o Cine Roma, o Cine Plataforma e o Cine São Caetano. Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurava o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada para operários e filhos de operários, no bairro da Massaranduba.
Nesse mesmo ano, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares. Por fim, em 1949, Irmã Dulce ocupa um galinheiro ao lado do convento, após autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu origem à tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a freira construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro. Já em 1959, é instalada oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e no ano seguinte é inaugurado o Albergue Santo Antônio.
O incentivo para construir a sua obra, Irmã Dulce teve do povo baiano, de brasileiros dos diversos estados e de personalidades internacionais. Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do
Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.
Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil. João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma. Cinco meses depois da visita do Papa, os baianos chorariam a morte do Anjo Bom. No velório, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, políticos, empresários, artistas, se misturavam a dor das milhares de pessoas simples, anônimas. Muitas delas, identificadas com o que poderíamos chamar do último nível da escala social, justamente para quem Irmã Dulce dedicou a sua obra.
Referências
Fiéis viajam de todo o Brasil para beatificação de Irmã Dulce
Canção Nova
O processo de beatificação de Irmã Dulce durou 10 anos; a cerimônia acontece neste domingo, 22
O 'Anjo bom da Bahia', como é conhecida Irmã Dulce, já se transformou no 'Anjo bom do Brasil'. Prova disso é que caravanas de 13 estados do país se mobilizam para acompanhar a cerimônia de beatificação da religiosa brasileira, que acontece neste domingo, 22, no Parque de Exposições de Salvador (BA).
Ao todo, são 20 mil pessoas organizadas em cerca de 250 grupos de estados de várias regiões do Brasil e até de Portugal e Espanha, segundo dados do cerimonial das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). A maioria dos fiéis de fora da Bahia vem de Sergipe e Espírito Santo.
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.: Página especial sobre a beatificação de Irmã Dulce
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Juliana Silva Luz, de 21 anos, vai para o evento com um grupo de 16 pessoas da Paróquia São Francisco de Assis, de Cubatão (SP). Eles viajam na sexta-feira, às 6h da manhã, e retornam na segunda. “A paróquia possui uma Associação de obras assistenciais, que seguem os exemplos de Irmã Dulce. É um desejo do pároco, padre Antônio, ir a essa grande celebração”, partilhou a jovem.
Segundo Luz, a paróquia irá aproveitar a oportunidade para deixar no Memorial de Irmã Dulce uma carta que narra um possível milagre ocorrido com um paroquiano, por intercessão da futura beata. “Valdir tinha uma doença crônica, era ex-usuário de drogas. Seus membros estavam sendo atrofiados em decorrência da doença, tinha muita dificuldade de locomoção. Os médicos informaram que a situação só iria piorar. Padre Antônio, muito comovido com a situação, pediu juntamente com a família de Valdir a intercessão de Irmã Dulce. Hoje, ele consegue se locomover sozinho, dirige e tem uma vida normal”, testemunhou.
A carioca Maria José Sobral, responsável por uma caravana de 32 fiéis, também viaja para agradecer. Coordenadora de peregrinações há 20 anos, ela é devota de Irmã Dulce desde 1987, quando conheceu a religiosa pessoalmente. “Eu gosto muito dela, é uma pessoa que tem um olhar que transforna, de tão diferente e puro. Tenho muito a agradecê-la, meu marido fumava havia 36 anos e, em 2008, depois de pedir a Irmã Dulce a graça, ele parou de fumar”.
Cerca de 1.100 pessoas estão trabalhando desde o ano passado para a realização da cerimônia de beatificação. Entre os responsáveis por fazer a festa acontecer, estão aproximadamente 500 voluntários, com idade entre 15 e 70 anos, que se dividem nos trabalhos das portarias, estacionamentos, altar, acolhida, central de imprensa, coral, ministros da Eucaristia, acólitos, agentes de coleta e médicos.
Para a advogada Maria Amélia Carréra, que viaja com os pais do Espírito Santo para acompanhar o momento, é uma alegria poder participar da beatificação de alguém apresentado como modelo de santidade para o mundo. “A história de Irmã Dulce é muito próxima de nós, minha avó morava em Salvador e ajudava na sua obra, minha tia continua ajudando até hoje. É com muita alegria que vamos participar deste momento e podemos dizer que convivemos com uma verdadeira santa”.
Irmã Dulce de todas as classes
A paróquia da Bahia que mais requisitou ingressos para a beatificação de Irmã Dulce foi a de Nossa Senhora da Luz, localizada no bairro Pituba, em Salvador: foram 2.500 bilhetes distribuídos. Com maioria dos moradores de classe média, Frei Elísio de Jesus atribui a procura pelo desejo dos fiéis de ser solidários. “Irmã Dulce está despertando em nós, baianos, o desejo de ser solidários, de ajudar os pobres. Temos 12 projetos sociais aqui na paróquia, inclusive uma creche; os paroquianos são bem sensíveis quanto a isso”, comentou o religioso, ressaltando ainda que a maior procura por ingressos no local foi entre mulheres e jovens.
Irmã Dulce: Amor pelos pobres nasceu já na adolescência
Cançao Nova!
Em 1931, nascia na capital da Bahia uma criança que mais tarde se tornaria uma das religiosas mais conhecidas do país. Seu nome, Irmã Dulce. Às vésperas da cerimônia de beatificação da "Irmã do Pobres", o Canção Nova Notícias apresenta a série “Anjo Bom do Brasil”.
Na primeira reportagem, você vai conhecer a trajetória da Freira que dedicou desde a adolescência a própria vida a serviço dos pobres e marginalizados da Bahia.
Centenas de Igrejas compõem a bela Salvador. Em meio a incontáveis orações elevadas ao céu, a santidade brotou na cidade alta, parte elevada do município. Em 1914, nascia Maria Rita, a segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Entre centenas de igrejas, a de Santo Antonio, foi a escolhida para batizar o bebê.
A mãe Dulce morreu ainda jovem, tinha apenas 26 anos de idade. Maria Rita recebeu sua primeira comunhão também na Igreja de Santo Antonio. Aos sete anos, levava uma vida normal como qualquer outra criança. Mas, uma nova luz estava por brilhar na vida dela.
A realidade das ruas passou a chamar a atenção de Maria Rita, ainda na adolescência. Aos 13 anos de idade, ela começou a se compadecer pelos mais necessitados, e um profundo sentimento de amor ao próximo passou a invadir a alma dela. A ponto de receber na própria casa, moradores de rua. Pessoas que estavam marginalizadas pela sociedade.
Já adolescente sentia o desejo de entrar para o convento. Mas foi contida pelo pai, que acreditava ser apenas um impulso da idade. Prometeu que só depois de formada poderia decidir o futuro. Mas há sentimentos que são como o mar: difícil de conter.
Assim que entrou para o convento Maria Rita renasceu. Passou a se chamar Irmã Dulce, em homenagem à mãe.
Havia muito que se fazer. Pobres e doentes sempre estiveram por todos os cantos de Salvador. Enfermos, livres pelas ruas, presos a uma rede de abandono e preconceito. Não havia dinheiro, nem lugar para tanta gente. Começou a pedir por eles nas ruas, não se intimidava.
A sobrinha de Irmã Dulce, tem o nome de bastismo da tia. Maria Rita se emociona ao ver mãe e tia juntas no retrato da parede. A lembrança de ambas carrega junto do coração, ou, dentro dele. Ela recebeu a incumbência de administrar todo o complexo social criado por Irmã Dulce.
São milhares de pessoas todos os dias à procura de ajuda. A multiplicação do amor de Irmã Dulce pelos pobres foi constante. O hospital é o maior da Bahia.
É o maior de todos os milagres alcançados pela intercessão de Irmã Dulce. Milhares de funcionários se empenham no atendimento. Inclusive anjos. Sim, eles existem. São voluntários como seu Oscarlito que trabalha no balcão de informações. Não ganha nada, apenas, a felicidade.
A natureza e a fé foram generosas com Salvador. A abnegação de Irmã Dulce rompeu preconceitos e barreiras para dar voz aos mais humildes.
No silêncio contemplativo Deus tocou docemente o coração da pequena Maria Rita para nos ensinar que tudo o que é feito por amor, pode ser ouvido em qualquer lugar do mundo.
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Mais novidades Marianas,gente!
(18 de Maio de 1920, às 17h, nascia João Paulo II, o João de Deus!)
Método para rezar o Rosário segundo São Luís Maria de Montfort
Oração inicial para antes do terço
Uno-me a todos os santos que estão no céu, a todos os justos que estão sobre a terra, a todas as almas fiéis que estão neste lugar. Uno-me a vós, meu Jesus, para louvar dignamente Vossa Santa Mãe, e louvar a Vós nEla e por Ela. Renuncio a todas as distrações que me vierem durante este rosário, que quero recitar com modéstia, atenção e devoção, como se fosse o último da minha vida.
Eu vos ofereço, Santíssima Trindade, este Credo para honrar todos os mistérios da nossa fé; este Pai Nosso e estas três Ave-Marias para honrar a unidade de vossa essência e a trindade de vossas pessoas. Peço-vos uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente.
Amém.
Creio...
Pai Nosso...
Ave-Maria (3 vezes)
Glória ao Pai...
Mistérios Gozosos
(Segunda-feira e sábado)
I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar a vossa Encarnação no seio de Maria, e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão uma profunda humildade.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Encarnação desça sobre nós.
R.: Assim seja.
II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a Visitação de vossa santa Mãe à sua prima Santa Isabel e a santificação de São João Batista; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe santíssima a caridade para com o nosso próximo.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Visitação desça sobre nós.
R.: Assim seja.
III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar o vosso Nascimento no estábulo de Belém; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima o desapego dos bens terrenos, o desprezo das riquezas e o amor à pobreza.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do Nascimento de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar a vossa Apresentação no templo e a purificação de Maria, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão uma grande pureza de corpo e alma.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Purificação desça sobre nós.
R.: Assim seja.
V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a vossa perda no templo e reencontro por Maria, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão a verdadeira sabedoria.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do reencontro de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
Mistérios Luminosos
(Quinta-feira)
I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar o vosso Batismo no rio Jordão pelas mãos de João Batista; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a renovação em nós da graça do nosso próprio Batismo.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do Batismo de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a vossa presença santificante nas Bodas de Caná; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça da fidelidade e da união nas nossas famílias.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da presença de Jesus nas Bodas de Caná desça sobre nós.
R.: Assim seja.
III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar o vosso empenho na proclamação do Evangelho; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de um fervor renovado no nosso apostolado.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Vida Apostólica de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar a vossa Transfiguração no Monte Tabor; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça da nossa própria transfiguração através da aceitação dos nossos sofrimentos e da obediência aos vossos mandamentos.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Transfiguração desça sobre nós.
R.: Assim seja.
V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a vossa Última Ceia e a instiuição do sacramento da Eucaristia; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, um amor e reparação cada vez maior ao tesouro da sagrada Eucaristia.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Instituição da Eucaristia desça sobre nós.
R.: Assim seja.
Mistérios Dolorosos
(Terça e sexta-feira)
I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar a vossa Agonia mortal no Jardim das Oliveiras, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição de nossos pecados.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Agonia de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a vossa sangrenta Flagelação, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a mortificação dos nossos sentidos.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Flagelação de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar a vossa Coroação de espinhos, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desprezo do mundo.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Coroação de espinhos desça sobre nós.
R.: Assim seja.
IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar o Carregamento da cruz, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas cruzes.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do Carregamento da cruz desça sobre nós.
R.: Assim seja.
V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a vossa Crucifixão e morte ignominiosa sobre o Calvário, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das almas do purgatório.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da crucifixão de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
Mistérios Gloriosos
(Quarta-feira e domingo)
I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar a vossa Ressurreição gloriosa, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, o amor de Deus e o fervor no vosso serviço.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Ressurreição de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.
II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a vossa triunfante Ascensão, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, um ardente desejo do céu, nossa cara Pátria.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Ascensão desça sobre nós.
R.: Assim seja.
III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar o mistério de Pentecostes, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima a descida do Espírito Santo em nossas almas.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério de Pentecostes desça sobre nós.
R.: Assim seja.
IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar a Ressurreição e a triunfal assunção de vossa Mãe ao céu, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão, uma terna devoção para com tão boa Mãe.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Assunção desça sobre nós.
R.: Assim seja.
V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a Coroação gloriosa de vossa Mãe Santíssima no céu, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão, a perseverança na graça e a coroa da glória.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Coroação gloriosa de Maria desça sobre nós.
R.: Assim seja.
Oração final para cada terço
Ave Maria, Filha bem-amada do eterno Pai, Mãe admirável do Filho, esposa muito fiel do Espírito Santo, templo augusto da Santíssima Trindade; ave soberana Princesa, a quem tudo está submisso no céu e na terra; ave, seguro refúgio dos pecadores, nossa Senhora da misericórdia, que jamais repelistas pessoa alguma. Ainda que pecador, me prostro a vossos pés, e vos peço que me obtenhais de Jesus, vosso amado Filho, a contrição e o perdão de todos os meus pecados e a divina Sabedoria. Eu me consagro todo a vós com tudo o que possuo. Eu vos tomo hoje por minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois, como o último de vossos filhos e o mais obediente de vossos servos. Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros dum coração que deseja amar-vos e servir-vos fielmente. Não se possa dizer que dentre todos que a vós recorreram, seja eu o primeiro desamparado. Ó minha esperança, ó minha vida, ó minha fiel e imaculada Virgem Maria, defendei-me, nutri-me, escutai-me, instruí-me, salvai-me.
R.: Assim seja.--------------------------------------------------------
EXPLICAÇÃO BÍBLICA DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA
Excelências da Ladainha Lauretana
por Valdis Grinsteins
Muitos católicos costumam rezar, após o Rosário, a Ladainha de Nossa Senhora, mas poucos conhecem bem o grande valor teológico e simbólico de suas invocações
Sábado à tarde, entrei numa igreja de uma pequena cidade do interior. Na penumbra, algumas pessoas que haviam terminado de rezar o Rosário começaram a recitar diversas invocações em honra de Nossa Senhora, seguidas todas elas do pedido "rogai por nós".
Várias das invocações são óbvias, nem precisariam de explicações. Por exemplo: "Santa Mãe de Deus, rogai por nós" ou "Mãe do Criador, rogai por nós". Se Nossa Senhora é Mãe de Jesus Cristo, e Ele é nosso Deus e Criador, é normal invocá-La desse modo.
Mas, confesso, eu passaria por um aperto se me perguntassem: por que Nossa Senhora é invocada como Torre de Davi ou Espelho de Justiça? Por que Torre de Davi e não Torre de Abraão ou de Moisés? Qual a origem dessas invocações? Não seria espiritualmente mais proveitoso repetir uma invocação sabendo seu significado?
Se amanhã, numa reunião com algum alto dignitário, eu tivesse que dizer algo, preparar-me-ia para não repetir mecanicamente coisas ouvidas sem conhecer bem seu sentido. Quando rezamos, em última análise dirigimo-nos a Deus, superior a qualquer dignitário deste mundo; portanto, devemos procurar entender razoavelmente o sentido das preces que fazemos.
É claro que Deus é misericordioso e aceita benignamente as orações feitas com devoção e desejo de agradá-Lo, mesmo se não compreendemos inteiramente o significado delas. Estamos certos de que, se a Santa Igreja colocou em nossos lábios pecadores aquelas orações, é porque elas são agradáveis a Deus.
Mas o próprio desejo de agradar a Deus deve levar-nos a procurar entender com profundidade o significado daquilo que Lhe dizemos, e com isso, também tornar mais eficaz o pedido que fazemos.
Assim sendo, vejamos a procedência de algumas invocações da Ladainha Lauretana, o que certamente resultará em aperfeiçoarmos nossa vida espiritual. Para isso ajudou-me muito o livro "Na escola de Maria", de autoria de André Damino (*)
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Origem das ladainhas
A palavra ladainha vem do grego e significa súplica. Mas desde o início da Igreja ela foi utilizada para indicar não quaisquer súplicas, mas as que eram rezadas em conjunto pelos fiéis que iam em procissão às diversas igrejas. Há, naturalmente, numerosas ladainhas, dependendo do que é pedido nas diversas procissões.
Quando a casa na qual morou Nossa Senhora na Palestina foi transportada milagrosamente para a cidade de Loreto (Itália), em 1291, a feliz novidade espalhou-se rapidamente, dando início a numerosas peregrinações. Com o correr do tempo, uma série de súplicas a Nossa Senhora foi sendo composta pelos peregrinos que ali iam, os quais A invocavam por seus principais títulos de glória. Posteriormente essa ladainha era cantada diariamente no Santuário, e os peregrinos que de lá voltavam a popularizaram em todo o orbe católico. Chama-se lauretana por ter sua origem em Loreto.
Algumas invocações têm sido acrescentadas pelos Papas ao longo dos tempos, outras são agregadas para honrar a proteção de Nossa Senhora a alguma Ordem religiosa, como fazem os carmelitas, os quais rezam a ladainha lauretana carmelitana, com quatro invocações a mais. Mas o corpo central das ladainhas permanece o mesmo.
Composição da Ladainha
No início da Ladainha Lauretana, as invocações não se dirigem a Nossa Senhora, mas a Nosso Senhor e à Santíssima Trindade, pois dizemos Senhor, tende piedade de nós, Jesus Cristo, ouvi-nos, etc. Depois invocamos o Padre Eterno, o Filho e o Espírito Santo. Por quê?
Tudo em Nossa Senhora nos conduz a seu divino Filho, e por meio dEle à Santíssima Trindade, que é nosso fim último. Isto é algo que os protestantes não entendem ou não querem entender: Maria Santíssima é o melhor caminho para se chegar a Deus.
Após essa introdução da ladainha, seguem-se três invocações, nas quais pronunciamos o nome da Virgem (Santa Maria) e lembramos dois de seus principais privilégios: o ser Mãe de Deus e Virgem das virgens. A seguir, há um grupo de 13 invocações para honrarmos a Maternidade de Nossa Senhora, e outras seis para honrar sua Virgindade. Em seguida, 13 figuras simbólicas; quatro invocações de sua misericórdia e, finalmente, 12 invocações dEla enquanto Rainha gloriosa e poderosa.
Em geral, é no grupo das 13 invocações com figuras simbólicas que surgem as maiores dificuldades de compreensão. Nossa civilização fechou-se para o simbolismo, e aquilo que poderia ser até evidente em outras épocas, hoje ficou obscurecido pelo exclusivismo concedido ao espírito prático. A própria vida contemporânea contribui para isto. Assim, por exemplo, como explicar ou ressaltar, a pessoas que ficam fechadas em cidades feias e perigosas, a beleza de uma estrela? Igualmente, o ritmo de vida corrida e excitante de hoje não favorece a meditação ou a contemplação das maravilhas da criação.
Alguns significados
Vejamos então o significado destas 13 invocações simbólicas.
Espelho de Justiça — Justiça, aqui, entende-se em seu sentido mais amplo de santidade. Nossa Senhora é chamada assim, porque Ela é um espelho da perfeição cristã. Toda perfeição pode ser admirada nEla, do mesmo modo como podemos admirar uma luz refletida na água.
Sede da Sabedoria — Nosso Senhor Jesus Cristo é a Sabedoria, pois, enquanto Deus, tudo sabe e tudo conhece. Ora, Nossa Senhora durante nove meses encerrou dentro de si seu divino Filho; Ela foi, portanto, a sede da Sabedoria. E continua a sê-lo, pois é nEla que encontramos infalivelmente a Nosso Senhor.
Causa de Nossa Alegria — a verdadeira alegria não é o riso. Rir muito nem sempre significa felicidade. É muito mais feliz a mãe carregando amorosamente seu filho do que um papalvo que ri à-toa. E a maior alegria que um homem pode ter é a de salvar-se e estar com Deus por toda a eternidade. Ora, antes da vinda de Nosso Senhor, o Céu estava fechado para nós. Foi o sacrifício do Calvário que nos reconciliou com o Criador e nos proporcionou a verdadeira e eterna felicidade. Como foi por meio de Nossa Senhora que o Redentor da humanidade veio à Terra, Maria Santíssima é, pois, a causa de nossa maior alegria.
Vaso Espiritual — Nada tem mais valor do que a verdadeira Fé. Na Paixão e Morte de Nosso Senhor, quando até os Apóstolos duvidaram e fugiram, foi Nossa Senhora quem recolheu e guardou, como num vaso sagrado, o tesouro da Fé inabalável.
Vaso Honorífico — Em nossa época, a honra quase não é considerada. Pelo contrário, muitas vezes a falta de caráter e a sem-vergonhice são louvadas. Mas a honra e a glória, na realidade, valem muito. E Nossa Senhora guardou cuidadosamente em sua alma todas a graças recebidas, e manteve a honra do gênero humano decaído. Se não tivesse existido Nossa Senhora, ficaria faltando na criação quem representasse a perfeição da criatura, fiel até o extremo heroísmo.
Vaso Insigne de Devoção — Devoto quer dizer dedicado a Deus. A criatura que mais se dedicou e viveu em função de Deus foi Nossa Senhora, tendo-o realizado de forma tal, que melhor é impossível.
Rosa Mística — A rosa é a rainha das flores. É aquela que possui de forma mais definida e esplêndida tudo quanto carateriza uma flor. Igualmente Nossa Senhora, no campo da vida espiritual ou mística, possui de forma mais primorosa tudo aquilo que representa a perfeição.
Torre de Davi — Lemos na Sagrada Escritura que o rei Davi tomou a fortaleza de Jerusalém dos jebuseus e edificou a cidade em torno dela. "E Davi habitou a fortaleza, e por isso se chamou cidade de Davi" (Paralipômenos, 11-7). Naturalmente, o rei Davi fortificou a cidade, para torná-la inexpugnável, e a dotou de forte guarnição. A Igreja Católica é a nova Jerusalém, e nela temos uma torre ou fortaleza que nenhum inimigo pode invadir ou destruir, que é Nossa Senhora. Ela constitui o ponto de maior resistência e melhor defesa. Por isso, nesta invocação honramos a Nossa Senhora reconhecendo que nunca houve, nem haverá, quem melhor proteja os fiéis e defenda a honra de Deus do que Ela.
Torre de Marfim — O marfim é um material que tem caraterísticas raras na natureza. Ele é ao mesmo tempo muito forte e muito claro. Igualmente Nossa Senhora é muito forte espiritualmente, a maior inimiga dos inimigos de Deus, e de uma pureza alvíssima. Assim Ela contraria a idéia falsa de que as coisas de Deus devam ser sempre muito doces, suaves e fracas, ou que a verdadeira força têm-na os impuros.
Casa de Ouro — O ouro é o mais nobre dos metais. Por isso, sempre que desejamos dar alguma coisa que seja insuperável, a oferecemos em ouro — uma medalha de ouro numa competição, por exemplo. Se tivéssemos que receber o próprio Deus, procuraríamos fazê-lo numa casa que não fosse superável, neste sentido uma casa de ouro. E a Virgem Santíssima é a casa de ouro que acolheu Nosso Senhor quando veio ao mundo.
Arca da Aliança — No Antigo Testamento, na Arca da Aliança ficavam guardadas as tábuas da lei dadas por Deus a Moisés e um punhado do maná recebido milagrosamente no deserto. Por isso ela lembrava as promessas e a proteção de Deus. Nossa Senhora é, no Novo Testamento, a Arca da Aliança que protege o povo eleito da Igreja Católica e lembra as infinitas misericórdias de Deus.
Porta do Céu — Nossa Senhora é invocada desse modo, pois foi por meio dEla que Jesus Cristo veio à Terra, e é por Ela que nos vêm todas as graças, as quais têm como finalidade nos levar ao Céu, nossa morada eterna. Assim, Ela favorece nossa entrada no Céu, como a porta favorece a entrada num local.
Estrela da Manhã — Pouco antes de nascer o sol, quando a escuridão é maior e vai começar a clarear, aparece no horizonte uma estrela de maior luminosidade. Depois, quando as outras estrelas desaparecem na claridade nascente, ela ainda permanece. Assim foi Nossa Senhora, pois seu nascimento significava que logo nasceria o Sol de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo. E quando a Fé se perdia até entre o povo eleito, Ela continuava a acreditar e esperar. Ela é o modelo da perseverança na provação e o anúncio da Luz que virá.
Temos assim, resumidamente, algumas explicações das invocações da Ladainha Lauretana. Esperemos que a compreensão delas nos ajude a rezar com maior fervor tão meritória oração.
* André Damino, Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962.
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