A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.
Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.
A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.
Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917, na parte já revelada do chamado "Segredo de Fátima".
Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.
Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de cinco milhões.
Fonte (Página Oficial Santuário de Fátima)
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Mensagem de Fátima



A Mensagem de Fátima é um convite e uma escola de salvação. Foi iniciada pelo Anjo da Paz (1916) e completada por Nossa Senhora (1917). Foi vivida de maneira histórica pelos Três Pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta.

A mensagem de Fátima sublinha os seguintes pontos:

- a conversão permanente;
- a oração e nomeadamente o rosário,
- o sentido da responsabilidade colectiva e a prática da reparação.

A aceitação desta mensagem traz consigo a Consagração ao Coração Imaculado de Maria, que é símbolo de um compromisso de fidelidade e de apostolado. As orações ensinadas em Fátima pelo Anjo e Nossa Senhora ajudam a viver a Mensagem, que, como disse João Paulo II, em Fátima em 1982, é a conversão e a vivência na graça de Deus.
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Mensagem de Fátima (Segredo)


Explicação:
CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ  - A MENSAGEM DE FÁTIMA 
Postaremos o trecho da Mensagem-Segredo, - Mensagem longa - Segunda-feira, dia 16 de Maio.

Mensagem de Fátima - Orações
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Mensagem de Fátima - Orações


Orações do Anjo
“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam".
"Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, pevo-Vos a conversão dos pobres pecadores”.

Oração de Nossa Senhora


A vidente Lúcia (Irmã Lúcia) conta na 4.ª Memória (livro da autoria da Irmã Lúcia) que Nossa Senhora em 13 de Julho de 1917 recomendou:
“Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria!”
Na mesma aparição, Nossa Senhora acrescentou:
“Quando rezais o terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem”.

Consagração a Nossa Senhora

Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo(a) a Vós, e em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia e para sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser.
E porque assim sou Vosso(a), ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como propriedade vossa.
Lembrai-Vos que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora Nossa.
Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa.


Consagração ao Coração Imaculado de 


Maria

Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao Vosso Coração Imaculado nos consagramos, em acto de entrega total ao Senhor. Por Vós seremos levados a Cristo. Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai. Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado do Pai. Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo. Sob a protecção do Vosso Coração Imaculado seremos um só povo com Cristo. Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por Ele seremos levados ao Pai, para glória da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amen.
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Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados

 Cinco Primeiros Sábados
I – A DEVOÇÃO DOS PRIMEIROS SÁBADOS
 Na Aparição do dia 13 de Julho anunciou Nossa Senhora em Fátima: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
Esta última devoção veio pedi-la, aparecendo à Irmã Lúcia a 10-12-1925, em Pontevedra, Espanha. Disse então:
“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”.
Nª Senhora mostrou o seu Coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos actos de desagravo para Lhos tirar, com a devoção reparadora dos cinco Primeiros Sábados. Em recompensa, promete-nos "todas as graças necessárias para a salvação”.
Jesus nos dois anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, insiste para que se propague esta devoção. Lúcia escreveu: “Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a paz do mundo”.

 II – CINCO, POR QUÊ?

 São cinco os Primeiros Sábados por, segundo revelou Jesus, serem “cinco as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
 1. – As blasfémias contra a Imaculada Conceição,
2. – Contra a sua Virgindade;
3. – Contra a Maternidade Divina, recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens;
4. – Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe;
5. – Os que A ultrajem directamente nas suas sagradas imagens”.

III – CONDIÇÕES

As condições para ganhar o privilégio dos Primeiros Sábados são quatro:
1. Confissão. Para cada Primeiro Sábado é precisa uma confissão com intenção reparadora. Pode fazer-se em qualquer dia, antes ou depois do Primeiro Sábado, contanto que se receba a Comunhão em estado de graça.
A vidente perguntou: – “Meu Jesus, as (pessoas) que se esquecerem de formar essa intenção (reparadora)? Jesus respondeu – Podem formá-la na confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem para se confessar”.
As outras três condições devem cumprir-se no próprio Primeiro Sábado, a não ser que algum sacerdote, por justos motivos, conceda que se possam fazer no domingo a seguir.
2. A Comunhão Reparadora.
3. O Terço.
4. A meditação, durante 15 minutos, de um só mistério, de vários ou de todos. Também vale uma meditação ou explicação de 3 minutos antes de cada um dos 5 mistérios do terço que se está a rezar.
Em todas estas quatro práticas deve-se ter a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.
A devoção dos 5 Primeiros Sábados foi aprovada pelo Bispo de Leiria a 13-9-1939, em Fátima.

ACTO DE CONSAGRAÇÃO E DESAGRAVO

Virgem Santíssima e Mãe nossa querida, ao mostrardes o vosso Coração cercado de espinhos, símbolo das blasfémias e ingratidões com que os homens ingratos pagam as finezas do vosso amor, pedistes que Vos consolássemos e desagravássemos.
Ao ouvir as vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.
Dum modo especial Vos queremos desagravar das injúrias sacrilegamente proferidas contra a vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem Vos querem aceitar como terna Mãe dos homens. Outros, não Vos podendo ultrajar directamente, descarregam nas vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações das crianças inocentes, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.
Virgem Santíssima, aqui prostrados aos vossos pés, nós Vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prome¬temos reparar com os nossos sacrifícios, comunhões e orações tantas ofensas destes vossos filhos ingratos.
Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predilecções, nem Vos honrámos e amámos como Mãe, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão.
Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que nos consagramos inteiramente ao vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio durante a vida e o caminho que nos conduza até Deus. Assim seja.
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Cinco, porquê?

O Padre José Bernardo Gonçalves (1894-1966) propôs em Maio de 1930 à Irmã Lúcia, de quem foi confessor, seis perguntas para as quais pedia esclarecimento.
Eis o que se refere à quarta, com a respectiva resposta dada por escrito:
«Porque hão-de ser ‘5 sábados’ e não 9 ou 7 em honra das dores de Nossa Senhora?
Ficando na capela com Nosso Senhor parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio de 1930, e falando a Nosso Senhor das duas perguntas 4.ª e 5.ª, senti-me de repente possuída intimamente da divina presença; e, se não me engano, foi-me revelado o seguinte:
‘Minha filha, o motivo é simples: são 5 as espécies de ofensas e blasfémias contra o Imaculado Coração de Maria:
1.ª – As blasfémias contra a Imaculada Conceição.
2.ª – Contra a Sua virgindade.
3.ª – Contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4.ª – Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5.ª – Os que A ultrajam directamente nas suas sagradas Imagens.
Eis, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação; e, em atenção a ela, mover a minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a desgraça de A ofender».
Primeira ofensa: negação da Imaculada Conceição.
A 8 de Dezembro de 1854, definiu o Papa Pio IX: «Declaramos, pronunciamos e definimos, que a doutrina que sustenta que a bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, foi por graça e privilégio singular de Deus Todo-Poderoso... preservada e imune de toda a mancha do pecado original, foi revelada por Deus e como tal deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis».
Recusam este privilégio várias confissões protestantes, os racionalistas, e implicitamente aqueles que negam o pecado original, pois que a Imaculada Conceição é precisamente a isenção dessa mancha, que em tal hipótese não exisitria.
Segunda ofensa: negação da Virgindade perpétua de Maria.
A 6 de Novembro de 1982 disse João Paulo II no Santuário do Pilar em Saragoça, Espanha: «De modo virginal ‘sem intervenção de varão, e por obra do Espírito Santo, Maria deu a natureza humana ao Filho Eterno do Pai. De modo virginal nasceu de Maria um corpo santo. É a fé que...o Papa Paulo IV articulava na forma ternária de Virgem ‘antes do parto, no parto e perpetuamente depois do parto’. É a mesma que ensina Paulo VI: ‘Cremos que Maria é Mãe sempre Virgem do Verbo encarnado».
Opõem-se a esta verdade os que negam que a Conceição e o parto de Jesus não foram virginais, e que Maria não conservou no parto a sua integridade, assim como aqueles que afirmam que Ela teve mais filhos além de Jesus.
Terceira ofensa: negação da maternidade divina e espiritual de Maria.
Declarou o III Concílio de Constantinopla no ano de 680: «Nosso Senhor Jesus Cristo – nasceu do Espírito Santo e de Maria Virgem, que é, segundo a humanidade, própria e verdadeiramente Mãe de Deus».
É também Mãe espiritual dos homens, pela sua participação no Mistério da Encarnação e Co-redenção.
Quarta ofensa: ódio para com a Imaculada Mãe de Deus.
A ideologia Marxista-comunista procurou eliminar todos os vestígios de religião, a começar pelas crianças. O Ministério da Educação soviética declarou nesses tempos: «A educação comunista tem como fim principal eliminar todos os vestígios da religião». Ensinava-se às crianças o racionalismo puro e, além disso, em certa nação, os pequeninos aprendiam «ladaínhas» de injúrias contra a Mãe de Deus.
Quinta ofensa: ultrajes às sagradas imagens.
Chegou-se ao descaramento de destruir e ultrajar as imagens de Nossa Senhora, sobretudo quando expostas em público. Certamente também desgostam a Maria Santíssima aqueles que tiram dos templos as suas imagens ou as reduzem ao mínimo, contrariando o Concílio Vaticano II. «Observem religiosamente aquelas coisas que nos tempos passados foram decretadas acerca do culto das imagens de Cristo, da Bem-aventura Virgem e dos Santos».
São estas cinco ofensas a Maria que devemos reparar nos cinco primeiros sábados.
Textos P. Fernando Leite, sj
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O Rosário

A 12 de Maio de 1982, na Capelinha das Aparições, o Papa João Paulo II oferece um terço a Nossa Senhora de Fátima (Foto abaixo)

Venho em peregrinação a Fátima como a maioria de vós, amados peregrinos, com o terço na mão, o nome de Maria nos lábios e o cântico da misericórdia de Deus no coração.
Sede leais convosco próprios, zelai pela vossa herança de fé, de valores espirituais e de honestidade de vida, que recebestes dos vossos anciãos, à luz e com as bênçãos de Maria Santíssima; é uma herança rica e boa. E quereis que vos conte um "segredo"? É simples e já não é segredo: "rezai muito; rezai o terço todos os dias".
João Paulo II, Fátima, Maio de 1982
Não há nenhuma devoção da Igreja que tenha sido tão recomendada pelos Papas como esta.
A devoção do Rosário é uma das devoções mais insistentemente pedidas na Mensagem de Fátima. A Virgem Maria nas suas aparições em Fátima pediu que se rezasse o terço/rosário todos os dias. Logo na primeira aparição, a 13 de Maio de 1917, Nossa Senhora disse: "Rezem o Terço todos os dias".
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O Rosário
Rosário com os Pastorinhos.

Movimento da Mensagem de Fátima convida as crianças a rezarem o Terço

 foto de arquivo (Out. 2007)

Desde há vários anos a esta parte, mas com regularidade mensal desde 2006, mais de 300 crianças que frequentam os nove centros de catequese na Paróquia de Fátima têm recitado o Rosário, na Capelinha das Aparições, pelas 18h30.
A recitação pelos mais novos da oração que Nossa Senhora pediu em Fátima que fosse rezada "todos os dias" tem depois uma maior amplitude, uma vez que este Rosário, de segunda a sexta-feira, é transmitido pela Rádio Renascença e, mais recentemente, também pela TV Canção Nova e pela Telepace. Também a Radiotelevisão da Diocese de Toledo (Espanha) iniciará entretanto a transmissão em directo.
Cada centro de catequese se organiza, à vez, com o empenho dos catequistas e o apoio dos capelães e do pároco da Paróquia de Fátima para, uma vez por mês, levar as crianças junto do altar da Capelinha das Aparições para rezarem junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima.
A iniciativa, chamada de "Rosário com os Pastorinhos", é promovida pelo Movimento da Mensagem de Fátima, associação canónica de fiéis com estatutos aprovados pela conferência episcopal portuguesa, que colabora na preparação de cada recitação. "Nossa Senhora pediu às crianças que rezassem o terço. O que ela pediu não é para situar só nos Pastorinhos mas para se estender a todos as crianças, e a todas as pessoas. A mensagem de Fátima deve ser comunicada ao mundo. Por isso, pensámos em mais esta iniciativa", referiu o Padre Manuel Antunes, assistente nacional do MMF e director dos Serviços de Doentes e de Associações do Santuário de Fátima.
Também desde 2006, a oração tem contado, neste dia em que são as crianças de Fátima responsáveis pela recitação, com a participação do grupo coral infantil do Santuário de Fátima – Schola Cantorum Os Pastorinhos de Fátima.
"Pedimos aos pais, avós e catequistas que falem deste Rosário às crianças e as convidem nesses dias a rezar com os seus colegas de Fátima", convida o Movimento da Mensagem de Fátima nas edições do jornal "Voz da Fátima" e no guião anual publicado pelo associação.
Em continuidade com o trabalho de catequese desenvolvido pelo Santuário de Fátima, numa coordenação do Movimento da Mensagem de Fátima, com o grande  empenho dos grupos de catequese da Paróquia de Fátima, convidam-se as outras crianças a acompanharem os seus amigos de Fátima. Não seria bonito rezarem aí nas vossas casas em união com eles? Basta ligar a rádio ou televisão!
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O Rosário
Os Mistérios do Rosário


MISTÉRIOS DA ALEGRIA (gozosos)
(Segundas e Sábados)
1.º Mistério
A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora. (Lc 1, 26-38)
2º Mistério
A Visitação de Nossa Senhpra a santa Isabel. (Lc 1, 39-56)
3º Mistério
O Nascimento de Jesus no presépio de Belém. (Lc 2, 1-20)
4º Mistério
A Apresentação do Menino Jesus no Templo. (Lc 2, 22-38)
5º Mistério
O Encontro do Menino Jesus no Templo, entre os Doutores. (Lc 2, 41-50)

MISTÉRIOS DA DOR (dolorosos)
(Terças e Sextas)
1.º Mistério
Oração e Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras. (Mt 26, 36-46)
2º Mistério
A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 27, 24-26)
3º Mistério
O Coroação de espinhos. (Mt 27, 27-31)
4º Mistério
Jesus a caminho do Cálvário e o encontro com Sua Mãe. (Lc 23, 26-32)
5º Mistério
A Cruxificação e Morte de Jesus . (Jo 19, 17-30)

MISTÉRIOS DA GLÓRIA (gloriosos)
(Quartas e Domingos)
1.º Mistério
A Ressurreição de Jesus Cristo. (Mt 28, 1-10)
2º Mistério
A Ascensão de Jesus ao Céu. (Act 1, 6-11)
3º Mistério
A descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo. (Act 1, 12-14 e 2, 1-4)
4º Mistério
A Assunção de Nossa Senhora ao Céu em corpo e alma. (1Cor 15, 12-23)
5º Mistério
A Coroação de Nossa Senhora, como Rainha do Céu e da Terra. (Ap 12, 1-17)

MISTÉRIOS DA LUZ (luminosos)
(Quinta-feira)
1.º Mistério
O Baptismo de Jesus no Rio Jordão. (Mt 3, 13-17)
2º Mistério
A Revelação de Jesus nas Bodas de Caná. (Jo 2, 1-11)
3º Mistério
O Anúncio do Reino de Deus. Um convite à conversão (Mt 4, 12-17-23)
4º Mistério
A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor. (Lc 9, 28-36)
5º Mistério
A Última Ceia de Jesus com os Apóstolos e a Instituição da Eucarístia. (Lc 22, 14-20)

Movimento da Mensagem de Fátima
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Nossa Senhora de Fátima no Mundo


   
O Santuário de Fátima, através do Serviço de Estudos e Difusão (SESDI), está a proceder a um levantamento, tão completo quanto possível, das manifestações de culto a Nossa Senhora de Fátima e das instituições em que se põe em prática a sua mensagem, em todo o mundo. A partir das fontes mais diversas, recolhem-se todos os elementos que podem ser localizados no espaço e no tempo, elaboram-se fichas individuais e guardam-se os documentos em ficheiros e arquivadores, ordenados por continentes, países, dioceses, paróquias e localidades, ao mesmo tempo que se informatizam esses mesmos dados.
Tipificámos as referências em 16 capítulos que aqui indicamos, por ordem alfabética: actividades diversas, altares, associações, comunicação social, dioceses, ensino (instituições), igrejas e capelas, imagens, institutos de vida consagrada, monumentos, paróquias, pastoral (instituições), santuários, saúde (instituições), solidariedade social (instituições), toponímia (nomes de localidades, bairros, praças, largos, avenidas, alamedas, ruas, travessas, etc., relacionados com Fátima).
Até 11 de março de 2004, já se preencheram 6.306 fichas, com a seguinte distribuição: África, 411; Ásia, 321; América, 1.995; Europa, 3.533; Oceânia, 46. Num inquérito sobre festas populares, realizado em Portugal (1986-1992), foram registadas em 3.337 das 4.327 paróquias portuguesas: 3.860 imagens de Nossa Senhora de Fátima.
Estes números estão extraordinariamente incompletos. Basta saber que haverá muitos milhares de imagens de Nossa Senhora de Fátima em tudo o mundo: por exemplo, nos Estados Unidos da América, eram contabilizadas, em Dezembro de 1953, mais de 2.000 imagens esculpidas pelo escultor José Ferreira Thedim.
Por isso, pedimos aos leitores desta página que enviem todas as informações úteis sobre instituições e manifestações do culto de Nossa Senhora de Fátima, no mundo, para: Serviço de Estudos e Difusão (SESDI) Santuário de Fátima 2496-908 FÁTIMA (PORTUGAL); fax: 249539600; e. mail (correio electrónico):
sesdi@santuario-fatima.pt

A Mensagem de Fátima no mundo inteiro

Logo que a mensagem de Fátima se tornou conhecida, principalmente depois da declaração oficial do Bispo de Leiria, de 1930, e das viagens da Virgem Peregrina, surgiram no mundo inteiro milhares de igrejas, santuários e simples altares e, seguramente, dezenas de milhares de imagens de Nossa Senhora de Fátima.
Também foram dedicadas a Nossa Senhora, sob esta invocação, algumas dioceses: Leiria Fátima (Portugal), Benguela (Angola), Nampula (Moçambique), Imperatriz, Jardim, Paulo Afonso e Propriá (Brasil), Nueve de Julio e San Francisco (Argentina), Zacapa (Guatemala), Warangal (Índia), e centenas de paróquias.
Com inspiração na mensagem de Fátima, foram fundados institutos de vida consagrada, confrarias, associações, movimentos, alguns dos quais têm dimensão internacional: a Pia União dos Cruzados de Fátima (actualmente Movimento da Mensagem de Fátima), que tem cerca de 200 mil membros em Portugal que lêem o mesário “Voz da Fátima”, fundado em Outubro de 1922; o Exército Azul de Nossa Senhora de Fátima (actualmente designado por Apostolado Mundial de Fátima), surgido nos Estados Unidos da América (1947) e que actualmente congrega vários milhões de pessoas em todo o mundo; a Cruzada Reparadora do Rosário para a paz no mundo, criada na Áustria (1947), também com alguns milhões de associados; o Círculo dos Amigos de Fátima, na Alemanha (Colónia), com 12.000 membros naquele país e muitos noutros países; a Liga de Orações e Sacrifícios para a canonização dos Pastorinhos de Fátima, com sede em Fátima (1963) e com 62.500 associados, a quem é enviado um boletim.
Conhecem se actualmente os seguintes institutos e congregações religiosas, inspirados na mensagem de Fátima:
Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Fátima (Santa Tecla, El Salvador, 1955; Guatemala, Nicarágua)
Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Fátima (Yauco, Porto Rico, 1949);
Filhas de Nossa Senhora de Fátima (Benevento, Itália, 1942);
Filhas de Nossa Senhora de Fátima (Santana, Brasil, 1956);
Filhas do Coração Imaculado de Maria (Glen Cowie, África do Sul, 1948);
Filhas do Coração Imaculado de Maria (Porto Amélia, Moçambique, 1960);
Instituto das Irmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima (Niterói, Brasil, 1964; Portugal Espanha, Itália e Israel);
Irmãs de Nossa Senhora de Fátima (Poona, India, 1950);
Irmãs de Nossa Senhora de Fátima (Reggio Calabria, Itália, 1964);
Irmãs de Nossa Senhora de Fátima (Shendam, Nigéria, 1965);
Irmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima (Ambolotara, Madagáscar, 1976);
Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima (Fátima, Portugal, 1949);
Missionárias Auxiliares de Nossa Senhora de Fátima (Avellaneda, Argentina, 1986);
Missionárias de Nossa Senhora do Rosário de Fátima (México);
Missionárias Filhas de Nossa Senhora de Fátima (La Paz, Bolívia, 1956 1975);
Missionárias Franciscanas de Nossa Senhora de Fátima (Campos do Jordão, Brasil, 1966);
Missionários de Nossa Senhora de Fátima (Avellaneda, Argentina, 1986);
Oblatas de Maria Virgem de Fátima (San Vittorino, Itália, 1978);
Oblatos de Maria Virgem de Fátima (San Vittorino, Itália);
Servas de Nossa Senhora de Fátima (Santarém, Portugal, 1939, Bélgica, Luxemburgo, Moçambique);
Servos do Coração Imaculado de Maria (San Vittorino, Itália, 1993; Portugal).
P. Luciano Cristino
Director do SESDI
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Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria















A Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, teve lugar na praça de S. Pedro, no Vaticano, em 25 de Março de 1984.
Para esse efeito, o Papa João Paulo II pediu a presença da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, venerada na Capelinha das Aparições.
Diante da Imagem, o Papa repetiu o Acto de Entrega que havia feito em Fátima em 13 de Maio de 1982.
A 1 de Abril de 1984, na edição semanal em Português do jornal do Vaticano "L´Osservatore Romano" é feito o relato da presença da Imagem no Vaticano:
A Imagem chegou ao Vaticano, directamente da Capelinha das Aparições, no dia 24 de Março, levada por D. Alberto Cosme do Amaral, Bispo de Leiria. À chegada foi acolhida no Pátio de S. Dâmaso e, logo depois, levada em procissão até à Capela Paulina, no Palácio Apostólico, onde permaneceu até às 21h00, e onde recebeu a homenagem de muitos fiéis.
Às 21h00 foi levada para a Capela dos aposentos pontifícios.
Na manhã seguinte, a celebração do Jubileu para as famílias, iniciou  com a entrada processional de Nossa Senhora de Fátima na Praça de S. Pedro.
Após a saudação do Papa aos peregrinos, e após a liturgia da Palavra foi feita a homilia e, ao termino da cerimónia, à hora do "Angelus", João Paulo II recitou junto da Imagem o Acto de Entrega do mundo e dos Povos.
De seguida, o Acto de Entrega a Nossa Senhora:  

Acto de Entrega – 25 de Março de 1984

A família é o coração da Igreja. Eleve-se hoje deste coração um acto de particular entrega ao Coração da Mãe de Deus.
No Ano Jubilar da Redenção queremos confessar que o Amor é maior que o pecado e que todos os males que ameaçam o homem e o mundo.
Com humildade invocamos este Amor:
1. “À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”!
Ao pronunciar estas palavras da antífona com que a Igreja de Cristo reza há séculos, encontramo-nos hoje diante de Vós, ó Mãe, no Ano Jubilar da nossa Redenção.
Estamos aqui unidos com todos os pastores da Igreja por um vínculo particular, pelo qual constituímos um corpo e um colégio, do mesmo modo que os Apóstolos, por vontade de Cristo, constituíram um corpo e um colégio com Pedro.
No vínculo desta unidade, pronunciamos as palavras do presente Acto, no qual desejamos incluir, uma vez mais, as esperanças e as angústias da Igreja pelo mundo contemporâneo.
Há quarenta anos atrás, e depois ainda passados dez anos, o Vosso servo o Papa Pio XII, tendo diante dos olhos as dolorosas experiências da família humana, confiou e consagrou ao Vosso Coração Imaculado todo o mundo e especialmente os Povos que, pela situação em que se encontram, são particular objecto do Vosso amor e da Vossa solicitude.
É este mundo dos homens e das nações que nós temos diante dos olhos também hoje: o mundo do Segundo Milénio que está prestes a terminar, o mundo contemporâneo, o nosso mundo!
A Igreja, lembrada das palavras do Senhor: “Ide… e ensinai todas as nações… Eis que eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt. 28, 19-20), reavivou, no Concilio Vaticano Segundo, a consciência da sua missão neste mundo.
Por isso, ó Mãe dos Homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o nosso mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos directamente ao Vosso Coração; e abraçai, com o amor da Mãe e da Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.
De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações, que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.
“À Vossa protecção nos acolhemos Santa Mãe de Deus!” Não desprezeis as nossas súplicas que a vós elevamos, nós que estamos em provação!
2. Encontrando-nos hoje diante de Vós, Mãe de Cristo, diante do Vosso Coração Imaculado, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos com a consagração que, por nosso amor, o Vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Por eles eu consagro-me a Mim mesmo – foram as suas palavras – para eles serem também consagrados na verdade (Jo. 17,19).
Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação.
A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história, e que, de facto, despertou nos nossos tempos.
Oh! quão profundamente sentimos a necessidade de consagração, pela humanidade e pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo! Na realidade, a obra redentora de Cristo deve ser pelo mundo participada por meio da Igreja.
Manifesta-o o presente Acto da Redenção; o Jubileu extraordinário de toda a Igreja.
Sede bendita, neste Ano Santo, acima de todas as criaturas, Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino!
Sede louvada, Vós que estais inteiramente unida à consagração redentora do Vosso Filho!
Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo pela inteira família humana do mundo contemporâneo.
3. Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no Vosso Coração materno.
Oh, Coração Imaculado! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal que tão facilmente se enraíza nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a nossa época e parece fechar os caminhos do futuro!
Da fome e da guerra livrai-nos!
Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
De todo o género de injustiças na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
Da  facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!
Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!
Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!
Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado de sofrimento de todos os homens!
Carregado do sofrimento de sociedades inteiras!
Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todos os pecados: o pecado do homem  e o "pecado do mundo", enfim, o pecado em todas as suas manifestações.
Que se revele, uma vez mais, na história do mundo a infinita potência salvífica da Redenção: a força infinita do Amor Misericordioso!    Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no Vosso Coração Imaculado, a luz da Esperança!
Recorda ainda a mesma publicação oficial que, na tarde desse Domingo 25 de Março, o Santo Padre João Paulo II, antes de se dirigir à Sala Paulo VI para se encontrar com as famílias, desceu à Basílica de S. Pedro para prestar as suas homenagens a Nossa Senhora, antes de a Imagem ser levada para a Basílica de São João de Latrão, onde permaneceria toda a noite em uma vigília de oração promovida pelos movimentos marianos de Roma.
João Paulo II, após uns momentos de prece diante de Nossa Senhora, dirigiu-se aos fiéis ali presentes e teceu palavras de agradecimento a Nossa Senhora pela visita, agradecimento que estendeu a D. Alberto Cosme do Amaral por ter levado a Imagem, recordou todos os passos da Imagem durante os dois dias e conceu uma bênção a todos os que ali se encontravam e à Igreja inteira de Roma.

 
Carta del Santo Padre a todos los obispos de la iglesia - 8 de diciembre de 1983








Imagens Peregrinas de Nossa Senhora de Fátima


Feita segundo indicações da Irmã Lúcia, a primeira Imagem da Virgem Peregrina de Fátima foi oferecida pelo Sr. Bispo de Leiria e coroada solenemente pelo Sr. Arcebispo de Évora, a 13 de Maio de 1947. A partir dessa data, a imagem percorreu, por diversas vezes, o mundo inteiro, levando consigo uma mensagem de paz e amor.
Tudo começou em 1945, pouco depois do final da 2ª Guerra Mundial, quando um pároco de Berlim propôs que uma imagem de Nossa Senhora de Fátima percorresse todas as capitais e as cidades episcopais da Europa até à fronteira da Rússia. A ideia foi retomada em Abril de 1946, por um representante do Luxemburgo no Conselho Internacional da Juventude Católica Feminina e, no ano seguinte, no mesmo dia da sua coroação, teve início a primeira viagem. Depois de mais de meio século de peregrinação, em que a Imagem visitou 64 países dos vários continentes, alguns deles por diversas vezes, a Reitoria do Santuário de Fátima entendeu que ela não deveria sair mais habitualmente, mas só por alguma circunstância extraordinária. Em Maio de 2000 foi colocada na exposição «Fátima Luz e Paz», onde foi venerada por dezenas de milhares de visitantes. Passados três anos, mais precisamente no dia 8 de Dezembro de 2003, solenidade da Imaculada Conceição, a Imagem foi entronizada na Basílica do mesmo Santuário de Fátima, tendo sido colocada numa coluna junto do Altar Mor.
A fim de dar resposta aos imensos pedidos, foram, entretanto, feitas várias réplicas da primeira Imagem Peregrina.
De todos os lados nos chegam relatos extraordinários pela presença da Imagem nas suas terras, das multidões que acorreram à sua passagem, de participações nunca antes verificadas nas várias celebrações, de um grande número de penitentes que se abeiraram do Sacramento da Reconciliação, da presença de pessoas que há muito não iam às igrejas, da afluência de gente de todo o tipo, das crianças, jovens, adultos e idosos, dos trabalhadores mais simples, dos pescadores, operários, artistas, desportistas, doentes, estudantes, presos, militares, políticos, presidentes, dos católicos, maometanos, protestantes, pagãos, das ruas engalanadas, dos lindíssimos ramos de flores, dos grandiosos cortejos, das pombas brancas que sobrevoaram e poisaram no andor, de milagres, da paz e do amor, de grandes frutos pastorais e de abundantes graças alcançadas.
António Valinho
Jacinta e Francisco - Foto abaixo:

A História do Terço 

Chama-se terço (5 dezenas) porque é a terça parte do rosário (15 dezenas). Vejamos um pouco da história do rosário: segundo consta, o rosário teve suas origens na Irlanda, no século IX. Naquela época, os 150 salmos de Davi eram uma das formas mais usadas de oração entre os monges. Os leigos, não sabendo ler, contentavam-se em ouvir a recitação dos Salmos.

Por volta do ano 800, começou a surgir o costume, entre os leigos, de recitarem 150 “Pai-nossos” (texto bíblico). No início os devotos usavam uma bolsa de couro com 150 pedrinhas para contar as vezes que repetiam a oração. Mais tarde começou a ser usado um cordão com 50 pedacinhos de madeira. É a origem do instrumento que chamamos de terço.

Em 1072 São Pedro Damião menciona que já era costume, em sua época, recitar, em forma de diálogo, 50 vezes a saudação angélica (primeira parte da Ave-Maria).

Durante o Sec. XIII apareceu o costume de se recitar 150 louvores a Maria (breves pensamentos lembrando as virtudes e glórias de Nossa Senhora). Neste período aparece a palavra rosarium que significa buquê de rosas.

Por volta de 1365, Henrique Kalkar agrupou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando um Pai-Nosso em cada grupo de 10 Ave-Marias. Desta data até 1470 foram feitas outras modificações.

A partir de 1470, apareceram os dominicanos como os grandes propagadores desta forma simples de oração. A cada uma 150 Ave-Marias correspondia um pensamento bíblico.

Por volta de 1500, teve origem a xilogravura. Como o analfabetismo continuava a imperar, usava-se reproduzir em madeira as cenas evangélicas para meditação. Usavam-se 15 cenas bíblicas correspondentes a cada dezena de Ave-Marias.

Durante os séculos XVI e XVII generalizou-se o costume de se explicitarem apenas os 15 pensamentos relativos a cada dezena.

Por volta de 1700, São Luiz de Montfort consagrou a forma de se ler um pensamento mais longo, narrando a cena Bíblica e sugerindo atitudes práticas a cada dezena de Ave-Marias. Convencionou-se chamar cada um destes pensamentos de “mistério”. É a forma mais conhecida hoje, o rosário com 15 mistérios.



Hoje se reza mais o terço, os mistérios foram divididos em quatro partes, cada qual com 5 meditações: nascimento e infância de Jesus (mistérios da alegria), paixão e morte (mistérios dolorosos), ressurreição e ascensão (mistérios gloriosos).

Ao celebrar 24 anos de pontificado, no dia 16/10/2002, o Papa João Paulo II assinou a carta apostólica Rosarium Virginis Mariae em que acrescenta, ao rosário, os cinco Mistérios da Luz, inspirados na vida pública de Jesus.

O terço nos coloca diante da Santíssima Trindade e de Maria, e é também uma oração inspirada na Bíblia, como podemos observar: reza-se 5 vezes o Pai-Nosso (ensinado por Jesus) e 50 vezes a Ave-Maria (que contém a saudação do anjo e de Izabel a Maria). A oração central do terço é Jesus.

No terço não se trata de repetição mecânica de palavras. O grande segredo do terço está na meditação dos mistérios de nossa redenção, vividos por Jesus e Maria. Os grandes Santos rezavam o terço. O Papa reza. A Igreja recomenda a todos. A Bíblia não se opõe em aspecto nenhum com relação ao terço, ainda mais sendo Jesus a oração central dele.
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Procissão das Velas -  Santuário de Nossa Senhora de Fátima à noite - no dia 13 Maio.
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Santo Rosário

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Emblem of the Papacy.svg
Série de artigos sobre
Mariologia católica
Murillo immaculate conception.jpg
Maria, mãe de Jesus

Devoção
HiperduliaCompanhia de MariaImaculado CoraçãoSete DoresTítulosSanto RosárioDireito Canônico
Orações marianas famosas
Ave MariaMagnificatAngelusInfinitas graças vos damosLembrai-vosSalve Rainha
Dogmas e Doutrinas
Mãe de DeusPérpetua VirgindadeImaculada ConceiçãoAssunçãoMãe da IgrejaMedianeiraCorredentoraRainha do Céu
Aparições
Crenças reconhecidas ou dignas de culto
GuadalupeMedalha Milagrosa
La SaletteLourdesFátimaCaravaggioProuille

Doutrina da Igreja Católica

O Rosário é uma oração católica em honra da Santíssima Virgem Maria formado tradicionalmente por três terços. Recentemente houve o acréscimo de mais um terço pelo Papa João Paulo II. Cada terço compreende cinco mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Nossa Senhora. Os mistérios são formados basicamente por um Pai-Nosso e dez Ave-Marias. Cada mistério recorda uma passagem importante da história da salvação, segundo a doutrina católica, e cada terço é constituído por cinco mistérios.

Índice

Origem

A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como "Saltério" dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai-Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.
Segundo uma tradição a Igreja católica recebeu o Rosário em sua forma atual em 1206 quando a Virgem teria aparecido a São Domingos e o entregou como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores daquele tempo. Desde então sua devoção se propagou rapidamente em todo o mundo com incríveis e milagrosos resultados.
No ano 1365 fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.
A palavra Rosário significa 'Coroa de Rosas'. É uma antiga devoção católica que a Virgem Maria revelou que cada vez que se reza uma Ave Maria lhe é entregue uma rosa e por cada Rosário completo lhe é entregue uma coroa de rosas. A rosa é a rainha das flores, sendo assim o Rosário de todas as devoções é, portanto, tido como sendo a mais importante. Em quase todas as Suas Aparições,Maria Santíssima exibiu e estimulou a devoção do Rosário;numa delas chegou mesmo a oferecê-lo,a uma jovem leiteira(Aparições de Argoncilhe,Portugal).

Oração e Meditação

A meditação de cada mistério acha sua base na Sagrada Escritura: é opcional a leitura do trecho que narra o que será contemplado, ou a divisão de um ou mais trechos em dez pedaços, de forma que seja lido parte a parte antes de cada Ave-Maria. Em sua maioria, as leituras são dos Evangelhos, mas também há trechos do Antigo Testamento que ajudam a compreender o que se passa na ocasião, ou comentários doutrinários sobre elas contidos nas epístolas. Os dois últimos mistérios (Assunção e coroação) não são do Evangelho, mas profetizados: por exemplo, no Livro de Judite, uma mulher salva o povo; nos Salmos, há freqüentes elogios a uma figura feminina, presentes também no Cântico dos Cânticos; e, definitivamente, no Apocalipse, um sinal nos céus apresenta uma mulher como Rainha, que a Tradição Apostólica, desde os primeiros tempos, afirmou tratar-se de Maria.

Os terços e seus "mistérios"

Mistérios Gozosos

(segundas e sábados)
O tema é a concepção, nascimento e infância de Jesus Cristo. Esses mistérios são:

Mistérios Luminosos

(quintas-feiras)
São aqueles acrescentados há pouco tempo pelo Papa João Paulo II e abordam a vida do Filho de Deus, seus milagres, pregações e feitos importantes:
  • seu Batismo no rio Jordão (Lc 2,41-50);
  • o Anúncio do Reino de Deus e convite à conversão (Mc 1,15; Lc 7,47-48 e Jo 20,22-23);

Mistérios Dolorosos


(terças e sextas-feiras)



Neles medita-se a Paixão e Morte do Senhor, da mesma forma divididas em cinco mistérios:


Mistérios Gloriosos

(quartas-feiras e domingos)

Forma de rezar o Santo Rosário de Nossa Senhora

O terço (no sentido de objeto usado para contar as orações) é formado por contas grandes e pequenas. Após cada dezena de contas pequenas, há uma grande, e assim, cinco dezenas. O fio no qual ficam as contas dá uma volta, ficando a quinta junto à primeira dezena, preparando para iniciar um novo terço. Antes da contemplação dos mistérios, há uma parte inicial constituído por duas contas grandes, três pequenas e um crucifixo. Existem algumas variações nas formas de se rezar o terço, de acordo com as devoções religiosas, mas em geral se faz da forma seguinte:
Representação de um terço do Rosário

Antes, porém, do início da oração, convém fazer a
Invocação do Espírito Santo e o Oferecimento do terço/Rosário
  • Segurando a cruz, se faz o "Sinal da Cruz" e reza-se o Creio.
Reza-se um Pai-Nosso e três Ave-Maria, seguido do Glória. Depois do Glória pode ser acrescentado algumas jaculatórias.
  • Nas contas grandes, começam-se os mistérios com o Pai-Nosso.
  • Ao final de cada dezena reza-se o Glória. Podem-se, também, acrescentar jaculatórias entre o Glória e o Pai-Nosso. Costuma-se rezar a Ó meu Jesus e pedir a intercessão do/a(s) santo/a(s), Nossa Senhora e/ou pessoa da Santíssima Trindade a que o terço se dedica, por exemplo: Divino Espírito Santo, tende piedade de nós, Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós, Santo Expedito, rogai por nós. Nos terços pelas almas do Purgatório, reza-se também o Requiem.
  • Por fim, reza-se a Salve Rainha, antes da qual é facultativa a Infinitas graças vos damos. Estas orações são acrescentadas de acordo com costumes e devoções locais, mas não fazem parte integrante do Rosário.
Enquanto se faz a oração vocal medita-se ou contempla-se a passagem do respectivo mistério. Após o terço, costuma-se rezar também a Ladainha de Nossa Senhora, que é uma seqüência de invocações à Nossa Senhora.
Costuma-se rezar diariamente um desses conjuntos de cinco mistérios. A Igreja, reconhecendo a importância dessa prática de piedade, concede indulgência plenária a quem reza o terço em família, nas condições habituais.

Festividade

O dia 7 de outubro é dedicado à Virgem do Rosário. "O Rosário - diz Bento XVI - é o meio que nos dá a Virgem para contemplar a Jesus e, meditando sua vida, amá-lo e seguí-lo sempre fielmente". [1]

O uso do terço

No dia a dia, o uso do terço pode ser visto em casamentos, protegendo, segundo a tradição católica, o sacramento matrimonial, e como acessório, geralmente amarrado no pulso ou pendurado no pescoço. Muitos fiéis defendem o uso do terço como uma espécie de amuleto. A Igreja não condena a popularização do terço como adorno desde que o símbolo não seja associado a atos que contradigam as leis bíblicas.

Documentos pontifícios

Em todos os tempos os papas aconselharam a prática da devoção do Santo Rosário. Nos últimos dois séculos foram publicados os seguintes documentos sobre esta devoção: