Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



terça-feira, 26 de julho de 2011




Turma amiga,

No blog

apostoladodaoracaoaracoiaba.blogspot.com

foi publicada a história do Apostolado da Oração na cidade de Aracoiaba.
Vale a pena conferir esta história!!!
Um abraço,
Lusmar Paz

sábado, 23 de julho de 2011

Novidade, turma amiga!

O Apostolado da Oração na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em  Aracoiaba - CE., criou seu novo blog:

apostoladodaoracaoaracoiaba.blogspot.com

Responsável: Francisco Lusmar Paz

 

Sob as bênçãos de Jesus e do Imaculado Coração de Maria, um novo blog do Apostolado da Oração está nascendo! Vamos acolher e cultivar esta semente!!!Deus seja louvado!!!

Irmãos e irmãs da Associação do Apostolado da Oração!!!

A partir de hoje, estaremos desenvolvendo um trabalho de cunho catequético sobre uma árvore frondosa, conhecida no mundo inteiro e muito amada no Brasil, chamada de Apostolado da Oração.
Neste novo blog, juntos rezaremos e unidos aprenderemos em prol do crescimento do Reino de Deus!!!
Nossa missão como missionários do AO é anunciar Jesus ,Caminho, Verdade e Vida aos nossos irmãos!
Que Maria, nossa terna mãe, abençoe nosso propósito de propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a tornar mais conhecida e amada a Associação do Apostolado da Oração.
Rezem por nós!

Francisco Lusmar Paz
Presidente-Zelador do Apostolado da Oração, Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, Aracoiaba, Ceará, Brasil.

Aracoiaba,23 de julho de 2011.
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ATENÇÃO!
Em nosso novo blog vamos conhecer:

- A História da Fundação do Apostolado da Oração no mundo.
- A História da origem da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, Aracoiaba,Ceará.
- História da Fundação do Apostolado da Oração na cidade de Aracoiaba,Ceará. 

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Obs.: Estamos concluindo a síntese da história do Apostolado da Oração em Aracoiaba. A qualquer momento poderemos publicar esta novidade.
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Visitem o novo blog do Apostolado da Oração na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Aracoiaba, aí vocês verao as primeiras novidades postadas...
Fraternalmente,
Lusmar Paz.

segunda-feira, 18 de julho de 2011


Caríssimos(as) Zeladores(as) do Apostolado da Oração de Aracoiaba!!!
Hoje, dia 18 de julho/2011, às 19h, no Salão Paroquial, teremos “Reunião” do mês de julho.
Contamos com todos vocês!
Ao Coração de Jesus pelo Imaculado Coração de Maria!!!
Muito grato,
Lusmar Paz
Presidente do Apostolado da Oração em Aracoiaba
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História

Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Aracoiaba
Origem Histórica

Para um breve histórico da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Aracoiaba é preciso retroceder no tempo até quando foram realizados os primeiros casamentos, registrado no livro de casamentos nº 3 da freguesia de Baturité, realizado na “capela de canoa”, a 1º de fevereiro de 1890; depois, um casamento realizado em 23 de setembro de 1893, o local foi dado como capela de “Aracoiaba” (Lugar onde cantam as aves), o que posteriormente seria a Igreja Matriz.
O povoado desenvolvia-se e aumentava a população, e como conseqüência desse crescimento veio o desmembramento da Paróquia de Baturité, com a criação da Paróquia de Aracoiaba em 22 de maio de 1914, por ato e provisão de Dom Manoel da Silva Gomes, 3º Bispo do Ceará e 1º Arcebispo de Fortaleza. Sendo criada a Paróquia, foi nomeado imediatamente como primeiro vigário, Pe. Godofredo Cândido dos Santos, tomou posse e assumiu os serviços religiosos nesta paróquia no dia 11 de junho do mesmo ano, tendo sido nomeado vigário cooperador de Baturité, deixando esta paróquia aos 16 de abril de 1923, sendo então a paróquia anexada a de Baturité.
2º Padre: Pe. Henrique Vilibrordo Luiten; (Holandês), nesta época a paróquia foi anexada a Baturité de 30 de janeiro de 1924 a 28 de agosto de 1924. Pe. Henrique residia em Aracoiaba, assumindo os serviços religiosos como vigário auxiliar.
3º Padre: Pe. Francisco de Lima Freitas, chegou a paróquia em 17 de janeiro de 1925, tomou posse e assumiu os serviços religiosos em 02 de fevereiro do mesmo ano, permanecendo na paróquia até o dia 08 de janeiro de 1932, quando saiu para Messejana. Uma notícia veiculada pelo diário católico “o Nordeste” deu conta que a 02 de fevereiro de 1928, foi bento o novo cruzeiro, após um tríduo em honra da Santa Cruz, pelo então vigário, tendo também estado presente o seminarista, depois querido bispo filho da terra, Raimundo Coelho de Castro e Silva.

4º Padre: Pe. Felipe Pinheiro (Jesuíta), a paróquia de Aracoiaba foi novamente anexada a Baturité de 08 de janeiro de 1932 a 10 de março de 1935, quando esta foi administrada pelo reitor da Escola apostólica de Baturité, auxiliado pelo Pe. Felipe que assumiu os serviços religiosos nesta paróquia entre os anos 1032 1933.

Pe. Demétrio Eliseu de Lima
5º Padre: Pe. Demétrio Eliseu de Lima, veio ao mundo na Vila de Acarape, município de Redenção, no dia 08 de outubro de 1903, Filho de Antonio Eliseu de Lima e D. Joana Guedes Lima. Coadjuntor de Limoeiro do Norte, de 27 de agosto de 1931 a janeiro de 1932. Vigário de Morada Nova, de 1º de janeiro de 1932 a 06 de fevereiro de 1934. Chegou a paróquia de Aracoiaba no dia 31 de dezembro de 1934. Tomou posse e assumiu os serviços religiosos nesta paróquia, no dia 10 de março de 1935. Deu início à construção da torre da igreja, em 09 de outubro de 1935, tendo colocado o cruzeiro em 25 de novembro do mesmo ano. Em 29 de abril de 1939, foi comprado um sacrário dourado em Fortaleza. Tendo sido nomeado vigário de Trairí, deixou esta paróquia em 31 de janeiro de 1942. Foi vigário de Trairi de 31 de janeiro de 1942 a 17 de abril de 1946. Capelão de Vazantes, de 1946 a 1948. De 1949 a 1951 esteve em Mulungú, como vigário. De 1951 a 1969, Vigário Coordenador de Aracoiaba, residente em Vazantes. Em 1961, foi nomeado 1º Vigário de Ideal, lá permanecendo até 1972. Depois, por motivo de força maior, se viu obrigado a sair de Ideal, fixando residência dem Vazantes, sem função paroquial, porém exercendo o seu ministério sacerdotal até 1983, onde celebrou sua última missa no dia 29 de julho do mesmo ano. No dia 29 de julho de 1983 o Cônego Demétrio Lima sentiu-se mal e foi levado ao hospital de Quixadá. De lá foi trasnferido ao Hospital Cura D'Ars em Fortaleza onde faleceu no dia 30 de agosto de 1983.
6º Padre: Pe. Irineu Lima Verde Soares, tomou posse e assumiu os serviços religiosos na paróquia de Aracoiaba no dia 18 de janeiro de 1942. Sendo nomeado vigário de Aquiráz, deixou a paróquia em 07 de janeiro de 1943.

Pe. Domingos

7º Padre: Pe. Domingos Rodrigues de Vasconcelos, tendo deixado a paróquia de Mombaça, tomou posse e assumiu os serviços religiosos na paróquia de Aracoiaba como vigário ecônomo no dia 31 de janeiro de 1943. Depois agraciado com o título de Cônego Domingos Rodrigues de Vasconcelos. Por ocasião da passagem na cidade da Virgem Peregrina, surgiu a devoção a Nossa Senhora de Fátima, que resultou na construção de seu altar, sagrado em 03 de dezembro de 1953 (Havia paisagens pintadas relativas às aparições, da mesma forma como ocorria com motivos apropriados no fundo do altar de São Francisco). Havendo danos nessas pinturas, não se conseguiu recuperá-las, preferindo-se destruí-las por completo, tornando os altares menos atraentes. Na mesma ocasião o relógio da matriz foi posto a funcionar pela primeira vez em 1º de novembro de 1959. Pe. Domingos deixou a paróquia 30 anos depois, em 27 de fevereiro de 1972.
 8º Padre: Pe. Aloísio Furtado (Jesuíta); assumiu os serviços religiosos na paróquia de Aracoiaba como vigário substituto, no dia 18 de agosto de 1972.
9º Padre: Pe. Lidorval de Melo Dantas, assumiu os serviços religiosos na paróquia de Aracoiaba no dia 30 de outubro de 1972 como vigário substituto.


Pe. Hugo Eduardo Furtado SJ
 
10º Padre: Pe. Hugo Eduardo Furtado (Jesuíta), assumiu os serviços religiosos na paróquia no dia 27 de fevereiro de 1972 (vigário ecônomo) e novamente nos anos de 1973 e 1977 (como vigário cooperador e vigário substituto) respectivamente nos dias e meses, 08 de maio de 1973 e 13 de setembro de 1977. Além dos padres jesuítas mencionados, outros deram assistência religiosa a paróquia de Aracoiaba nesta época, dentre eles podemos citar: Pe. Manoel Lima, Pe. Abner Andrade, Pe. Roberto e Pe. Lira.

Frei Jeremias Saraiva

11º Padre: Frei Jeremias Saraiva Teles. Este Frade Capuchinho residia em Teresina; veio a Aracoiaba atendendo um pedido de Dom Raimundo. Tomou posse e assumiu os serviços religiosos no dia 03 de janeiro de 1974, onde permaneceu até o ano de 1977.

Pe. Gabriel Vieira Belo

12º Padre: Pe. Gabriel Vieira Belo, assumiu os serviços religiosos na paróquia como vigário ecônomo a 05 de fevereiro de 1978, tendo no decorrer de seu paroquiato, granjeado confiança, amizade e administração dos fiéis, especialmente por seu espírito de fé, pelas encenações diurnas e noturnas; afastou-se da paróquia em 05 de fevereiro de 1984.
13º Padre: Pe. Antônio Honduvilla Saldo (Espanhol) jesuíta, assumiu os serviços religiosos na paróquia no ano de 1984.


Pe. Abel Jackson Peixoto Lima

14º Padre: Pe. Abel Jackson Peixoto Lima, tomou posse e assumiu os serviços religiosos na paróquia no dia 01 de fevereiro de 1985, permanecendo durante todo o referido ano.

Pe. Carlo Alberto
15º Padre: Pe. Carlos Alberto Monteiro de Andrade, tomou posse e assumiu os serviços religiosos na paróquia no dia 21 de junho de 1986, permanecendo até setembro de 1992. Na sua gestão construiu o Centro Catequético.

16º Padre: Pe. José Ferreira de Mesquita, tomou posse e assumiu os serviços paroquiais no dia 11 de outubro de 1992, permanecendo até o ano de 1996.

Pe. Marcos Vinícius

17º Padre: Pe. Marcus Vinícius da Silva, tomou posse e assumiu os serviços paroquiais em 22 de fevereiro de 1997, permanecendo até o ano 2000.

Pe. Clóvis Nogueira

18º Padre: Pe. Clóvis Nogueira de Oliveira, tomou posse e assumiu os serviços religiosos no dia 17 de fevereiro de 2001, permanecendo até o ano de 2007.



Pe. Josileudo Queiroz Façanha

 19º Padre: Pe. Josileudo Queiroz Façanha, tomou posse e assumiu os serviços religiosos no dia 16 de Fevereiro de 2007, permanecendo até o ano de 2008.
  

20º Padre: Pe. Elizeu dos Santos, nasceu em 04 de Maio na cidade de Fortaleza-CE. Ingressou no seminário religioso no ano de 1999 na congregação de Jesus e Maria (Eudistas). Ingressou no Seminário Diocesano no ano de 2004.
Pe. Elizeu dos Santos

Foi ordenado Diácono em 22 de Dezembro do ano de 2006 na Catedral de Fortaleza. Foi ordenado presbítero em 09 de Novembro do ano de 2007, tomou posse e assumiu os serviços religiosos no dia 13 de fevereiro de 2009, permanecendo até o dia 31 de dezembro de 2010 quando retornou para a Congregação de Jesus e Maria ( padres Eudistas).

Pe. Evando Alves de Andrade
21º Padre: Pe Evando Alves de Andrade. O atual pároco de Aracoiaba é natural de São Gonçalo do Amarante - Ce. Entrou para o seminário no ano 2000, cursou Filosofia e Teologia no Instituto Teológico Pastoral do Ceará - ITEP, hoje Faculdade Católica de Fortaleza. Ordenado diácono em 2007 exerceu o ministério na paróquia de Caridade. Ordenado presbítero em novembro de 2008, foi nomeado vigário paroquial de Cascavel onde passou todo o ano de 2009. Em 2010 foi nomeado vigário paroquial de Baturité. Nomeado pároco de Aracoiaba, tomou posse em 29 de Janeiro de 2011.

domingo, 17 de julho de 2011

17º Domingo do Tempo Comum



16ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia – Cor: Verde
Ano Litúrgico “A” – São Mateus

Primeira Leitura: Livro da Sabedoria 12,13.16-19
Salmo: 85,5-6.9-10.15-16a (R. 5a)
Segunda Leitura: Carta de São Paulo aos Romanos 8,26-27
Evangelho segundo Mateus 13,24-43
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Primeira Leitura: Livro da Sabedoria 12,13.16-19
Concedeis o perdão aos pecadores
Não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto. A tua força é o princípio da tua justiça, e o teu domínio sobre todos te faz para com todos indulgente. Mostras a tua força a quem não crê na perfeição do teu poder; e, nos que te conhecem, castigas o seu atrevimento.

No entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência e nos governas com grande consideração; pois, quando quiseres, está ao teu alcance fazer uso do teu poder. Assim procedendo, ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores. - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: As palavras de sabedoria da primeira leitura de hoje são permeadas de esperança para o povo judeu, que vivia em meio à cultura e dominação gregas, sobretudo na cidade de Alexandria, onde esse livro foi composto, entre os anos 50 e 60 antes da Era Comum (a.C.). O judaísmo era desafiado pelos valores gregos do ser.

Os judeus se perguntavam: como se adaptar à nova realidade sem perder a fé no Deus dos pais e da libertação do Egito? A resposta era simples: testemunhar que o Deus de Israel era diferente. E foi isso que o piedoso judeu e autor do livro da Sabedoria quis mostrar, diferentemente de outros judeus, seus antecessores, que apresentavam Deus forte, violento para com os inimigos.

Deus, no livro da Sabedoria, é o cuidador de todos (v. 13), que julga com justiça (v. 13), perdoa e governa com indulgência (v. 18). Por ser assim, Deus não deixa de ser menos poderoso que os deuses dos pagãos. E, mais do que isso, o ser humano é convocado a ser como Deus, misericordioso. Deus é humano no seu proceder. E ao ser humano, aprendendo de Deus, resta também governar e agir com justiça, misericórdia e solidariedade. Eis o nosso grande desafio: aprender da pedagogia de Deus.

Salmo: 85,5-6.9-10.15-16a (R. 5a)
Ao Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel
Ao Senhor, vós sois bom e clemente,
sois perdão para quem vos invoca.
Escutai, ó Senhor, minha prece,
o lamento da minha oração!

As nações que criastes virão
adorar e louvar vosso nome.
Sois tão grande e fazeis maravilhas:
vós somente sois Deus e Senhor!

Vós, porém, sois clemente e fiel,
sois amor, paciência e perdão.
Tende pena e olhai para mim!
Confirmai com vigor vosso servo.

Segunda Leitura: Carta de São Paulo aos Romanos 
8,26-27
O Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis
Irmãos: O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: A reflexão feita por Paulo, nessa carta dirigida aos cristãos de Roma, aponta-nos a oração como caminho de construção do reino de Deus. Se não sabemos rezar, é o próprio Espírito que intercede, que reza por nós. Ele suplica a Deus em favor dos que lutam por justiça e paz, assim como vimos nas parábolas do evangelho de hoje.

A oração é fonte de vida para o cristão. Jesus foi um homem de oração. Deus Pai e Deus Espírito se entendem e se encontram em nós, quando rezamos e lutamos na construção do reino de Deus

Evangelho segundo Mateus 13,24-43
Deixai crescer um e outro até a colheita
Naquele tempo: Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’

O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado. Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”

Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”.

Jesus contou-lhes ainda outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.

Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.

Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!”

Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho: Dando continuidade ao discurso de Jesus em forma de parábolas com a devida explicação alegórica, encontramo-nos diante de três modos de Jesus definir o sentido do reino de Deus, que nos questionam: o reino é semelhante ao trigo ou ao joio? Ao fermento ou à mulher? À semente de mostarda ou ao pé de mostarda? Vejamos uma por uma. Ah! Outro detalhe importante: se a primeira leitura falou do proceder de Deus rei, agora faz sentido falar do reino.

a) O reino é apocalíptico e como o trigo. A comparação parece simples. O trigo é semeado. Vem alguém e semeia o joio. O que fazer? Arrancá-lo para não sufocar o trigo? Não. Basta esperar o crescimento de ambos até que o tempo da colheita chegue, quando o joio será queimado e o trigo recolhido em celeiros (v. 24-30). Essa é a única parábola explicada de forma apocalíptica por Jesus. Trata-se do fim dos tempos: aqueles que praticam a injustiça serão queimados na fornalha ardente e os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai. A menção de diabo – o inimigo que semeou o joio – e do Filho do homem – aquele que semeia a boa semente no campo (mundo) – evoca a urgência apocalíptica da realização dos ensinamentos de Jesus pela comunidade de Mateus. Somos herdeiros desta que se tornou a tradicional interpretação da parábola: o joio foi identificado como elemento ruim que impede o reino de crescer e por isso, no fim dos tempos, será arrancado e queimado. Em outras palavras: o mal deve crescer junto com o bem, o reino, representado pelo trigo.

b) O reino de Deus tem a ver com o cultivo. A comunidade de Mateus releu a parábola no contexto escatológico. E o fez muito bem! No entanto, considerando o contexto agrário e de confronto com o império romano, no qual essa parábola foi criada, podemos definir o reino de Deus de três modos. A erva daninha, chamada de joio, é uma graminha que cresce anualmente e é muito comum nos países do Mediterrâneo oriental. É uma erva venenosa, seus grãos possuem toxina. O gado que a come morre. O joio não cresce em terrenos a mais de 550 metros de altitude. Nos anos chuvosos, ele cresce mais que o trigo. A experiência campesina aprendeu, desde cedo, que colher o joio junto com o trigo é desaconselhável, pois ele contaminará o trigo. Daí o conselho que aparece no final de ambos os textos. Mas, então, como definir de três modos o reino de Deus nessa parábola? Ele pode ser comparado ao joio, ao fazendeiro próspero ou ao agricultor sem-terra. O reino é como o joio, essa erva daninha que cresce em qualquer lugar, sem pedir licença. O reino é assim, chega e se espraia, independentemente da vontade das pessoas, seja ele um rico fazendeiro, seja ele um pobre sem-terra. Ninguém pode impedi-lo. Assim aconteceu, mais tarde, com o império romano: ele teve de aceitar o cristianismo como religião. O reino é como um fazendeiro próspero que possui uma rica plantação de trigo e não pode impedir que cresça o joio (reino de Deus) jogado na sua plantação pelo inimigo. Por fim, o reino é como o agricultor que não tem terra, que não pode se livrar do grande fazendeiro que tirou as suas terras. O reino está dentro de cada um de nós. Mesmo sendo arrancado e queimado, ele cresce em outro lugar (cf. Faria, 2003, p. 117-119).

c) O reino é como a semente de mostarda, uma árvore ou pé de mostarda. A outra parábola do evangelho de hoje encontra-se também em Mc 4,30-32 e Lc 13,18-19. Vale a pena ler as narrativas, comparando-as para perceber as mudanças recebidas ao longo da transmissão: de terra para campo e horta, de ramo para árvores etc. Considere que a linha histórica é: Tomé (anos 50), Marcos, Mateus e Lucas (entre os anos 60, 70 e 80, respectivamente). Estamos diante de uma parábola que, ao ser transmitida, recebeu algumas modificações. Analisemos essa passagem à luz das seguintes questões: qual seria a intenção de Jesus ao contar essa parábola? Onde está o centro da parábola? Interpretações tradicionais insistem em mostrar o reino como uma semente pequena que cresce e fica grande. Vejamos três modos possíveis de ler a parábola da semente de mostarda com base em seu centro. Centro da parábola: semente. Compreendido desse modo, o enfoque desse texto está na passagem do pequeno para o grande. A pequena semente de mostarda é o novo Israel, isto é, os seguidores de Jesus, que se tornarão “grandes árvores”. Tomé, Marcos e Mateus, com exceção de Lucas, falam de algo menor que se torna grande. Não acreditamos ser essa a melhor interpretação. Não obstante, há que considerar que cada seguidor do reino é chamado a lavrar constantemente o seu interior para deixar a semente do reino crescer e produzir abundantes frutos. O centro da parábola é a árvore apocalíptica. Nesse sentido, o pequeno Israel tornar-se-ia uma grande árvore apocalíptica. Textos do Primeiro Testamento falam do cedro do Líbano como árvore apocalíptica (Sl 104,12; Ez 31,3.6; Dn 4,10-12). E é nessa grande árvore que os pássaros fazem os seus ninhos. Acreditamos que, se Jesus, de fato, quisesse referir-se a uma árvore apocalíptica, teria mencionado o cedro e não a mostarda. Não, esse não pode ser o centro da parábola. Centro da parábola: pé de mostarda. A mostarda é uma planta medicinal e culinária que chega a medir no máximo 1 metro e meio de altura. Ela se desenvolve melhor ao ser transplantada. Depois de plantada, torna-se uma erva daninha. Temos dois tipos de mostarda, a selvagem e a culinária. Por ser uma planta impura, o código deuteronômico (Dt 22,9) proíbe a sua plantação. O centro da parábola está, portanto, no pé de mostarda, seja ele doméstico ou selvagem. Assim é o reino de Deus, ele chega e se esparrama. Não pode ser controlado, torna-se abundante como a nossa tiririca. Atrai pássaros, inimigos de qualquer agricultor. O reino, depois de semeado, perde o controle, toma conta do terreno todo. Assim como o reino, a mostarda é motivo de escândalo para muitos. O reino é indesejável e violador das regras de santidade. Essas interpretações nos ajudam a compreender o valor do reino (Crossan, 1994, p. 313-318).

d) O reino é semelhante à mulher que usa o fermento. O simples fato de a parábola comparar o reino à mulher que usa o fermento é significativo. A interpretação tradicional dessa passagem considerou o fermento como ponto crucial na sua compreensão. Ousamos perguntar se, de fato, nisso estaria o centro desse texto. Comecemos por compreender as simbologias utilizadas. Mulher: representa a fertilidade e a impureza religiosa. Suas regras deviam ser controladas pelos sacerdotes. Dessa forma, o sagrado estaria também sob controle. Por outro lado, mulher e a Torá (lei, caminho, conduta) eram os bens preciosos dos judeus. Sem elas, a vida não se multiplicaria. Fermento: símbolo também da impureza e da corrupção moral. O fermento era feito com base na putrefação da batata, escondida por vários dias em um lugar escuro. O fermento cheirava mal e era detestado por judeus piedosos e escrupulosos. O medo de tocar em coisas impuras e tornar-se uma delas levava os judeus a estabelecer regras de contato com coisas e pessoas impuras. O código da santidade (Lv 17-26) é exemplo claro desse modo de pensar judaico. Sede santos como eu sou santo (Lv 19,2) passou a ser símbolo de pureza moral. Três medidas: o fato de o fermento ser colocado em três medidas de farinha pode não significar nada em absoluto, pois uma mulher não necessitaria fazer 40 quilos de pão. Essa quantidade demonstra a abundância do reino e o três relembra o Shemá Israel (Escuta, ó Israel), profissão de fé israelita baseada no amor vivido com o coração, o ser e as posses (Dt 6,4-9). Em vários textos bíblicos do Segundo Testamento encontramos alusão ao Shemá (Faria, 2001). Considerando a simbologia e as diferenças nos textos, suspeitamos que o centro da parábola de Tomé não está no fermento, mas no processo de sua fabricação. Ele é feito pela mulher, no escuro, é impuro e cheira mal. Assim também era considerada a mulher. Aceitar o reino é ir contra o que está ocorrendo de errado na sociedade, é não aceitar o erro tido como coisa normal. O reino ataca a estrutura má da sociedade. E, por mais insignificante que seja, ele contagia, produz “grandes pães” (cf. Faria, 2003, p. 113-116).

Como vimos acima, a definição do reino é ampla e muito nos tem a ensinar. Todas elas têm o seu mérito.


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Antífona: Salmo 53,6.8 - É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom.

Oração do Dia: Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Intenções para o mês de JULHO:

Geral: Para que os cristãos contribuam a aliviar, especialmente nos países mais pobres, o sofrimento material e espiritual dos doentes de AIDS.

Missionária: Para as religiosas que atuam em terras de missão, a fim de que sejam testemunhas da alegria do Evangelho e sinal vivo do amor de Cristo.

Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento – NALC 44.

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Fonte: CNBB – Missal – Mundo Católico
Comentários: Frei Jacir de Freitas Faria, ofm, Vida Pastoral nº 278 ©Paulus 2011
Adaptação: 33catolico / Comunidade São Paulo Apóstolo


   

sábado, 16 de julho de 2011

ESPECIAL: 16 de Julho - Festa de Nossa Senhora do Carmo

Aparição de Nossa Senhora do Carmo
Inglaterra -1251.
Onde Aconteceu: Na cidade de Cambridge, Inglaterra.
Quando: Em 16 de Julho de 1251.
A quem: A São Simão Stock.

          HISTÓRICO.

            O Monte Carmelo, na Palestina, é o lugar sagrado do Antigo e Novo Testamento. É o Monte em que o Profeta Elias evidencia a existência e a presença do Deus verdadeiro,
          Vendo os 450 sacerdotes pagãos do Baal e os 400 profetas dos bosques, fazendo descer do céu o fogo devorador que lhes extinguiu a vida. (III Livro dos Reis, XVIII, 19 seg.).
          É ainda o Profeta Elias que implora do Senhor chuva benfazeja, depois de uma seca de três anos e três meses (III Livro dos Reis, XVIII, 45).
          É no Monte Carmelo que a tradição colocou a origem da Ordem Carmelitana. Ali viviam eremitas entregues à oração e à penitência.

Os Fatos:

A palavra Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos leva para esta famosa montanha da Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada por uma nuvenzinha branca que, num período de grande seca, prenunciava a chuva redentora que cairia sobre a terra ressequida (cf I Rs 18,20-45).
Por uma intuição sobrenatural, soube que essa simples nuvem, com forma de uma pegada humana, simbolizava aquela mulher bendita, predita depois pelo Profeta Isaías (“Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho”), que seria a Mãe do Redentor. Do seu seio virginal sairia Aquele que, lavando com seu sangue a terra ressequida pelo pecado, abriria aos homens a vida da graça.
        Estes profetas foram “participantes” da obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos; fugiram para a Europa e radicaram-se em vários países entre eles a Inglaterra. Dos seguidores de Elias e seus continuadores, de acordo com a tradição, nasceu a Ordem do Carmo, da qual Maria Santíssima é a Mãe e esplendor, segundo as palavras também de Isaías “A glória do Líbano lhe será dada, o esplendor do Carmelo e de Saron” (Is 35, 2).
 São Luis IX, rei da França, sobe ao Monte Carmelo. Encontra-se com aqueles eremitas e fica encantado, quando lhe contam que sua origem remonta ao Profeta Elias, levando uma vida austera de oração e penitência, cultivando ardente devoção à Nossa Senhora. Trinta anos, antes de São Luis IX subir ao Monte Carmelo, dois cruzados ingleses levaram para a Inglaterra alguns monges.
          O Santo São Simão Stock
            Na Inglaterra, vivia um homem penitente, como o Profeta Elias, austero como João Batista. Chamava-se Simeão. Mas, diante de sua vida solitária na convexidade de uma árvore no seio da floresta, deram-lhe o apelido de Stock.
Simão nasceu no ano de 1165 no castelo de Harford, no condado de Kent, Inglaterra, em atenção às preces de seus piedosos pais, que uniam a mais alta nobreza à virtude. Alguns escritores julgam mesmo que tinham parentesco com a família real.
Sua mãe consagrou-o à Santíssima Virgem desde antes de nascer. Em reconhecimento a Ela pelo feliz parto, e para pedir sua especial proteção para o filhinho, a jovem mãe, antes de o amamentar, oferecia-o à Virgem, rezando de joelhos uma Ave-Maria. Bela atitude de uma senhora altamente nobre!
O menino aprendeu a ler com pouquíssima idade. A exemplo de seus pais, começou a rezar o Pequeno Ofício da Santíssima Virgem, e logo também o Saltério. Esse verdadeiro pequeno gênio, aos sete anos de idade iniciou o estudo das Belas Artes no Colégio de Oxford, com tanto sucesso que surpreendeu os professores. Foi também nessa época admitido à Mesa Eucarística, e consagrou sua virgindade à Santíssima Virgem.
Perseguido pela inveja do irmão mais velho, e atendendo a uma voz interior que lhe inspirava o desejo de abandonar o mundo, deixou o lar paterno aos 12 anos, encontrando refúgio numa floresta onde viveu inteiramente isolado durante 20 anos, em oração e penitência.
Nossa Senhora revelou-lhe então seu desejo de que ele se juntasse a certos monges que viriam do Monte Carmelo, na Palestina, à Inglaterra, “sobretudo porque aqueles religiosos estavam consagrados de um modo especial à Mãe de Deus”. Simão saiu de sua solidão e, obedecendo também a uma ordem do Céu, estudou teologia, recebendo as sagradas ordens. Dedicou-se à pregação, até que finalmente chegaram dois frades carmelitas no ano de 1213. Ele pôde então receber o hábito da Ordem, em Aylesford.
Em 1215, tendo chegado aos ouvidos de São Brocardo, Geral latino do Carmo, a fama das virtudes de Simão, quis tê-lo como coadjutor na direção da Ordem; em 1226, nomeou-o Vigário-Geral de todas as províncias européias.
São Simão teve que enfrentar uma verdadeira tormenta contra os carmelitas na Europa, suscitada pelo demônio através de homens ditos zelosos pelas leis da Igreja, os quais queriam a todo custo suprimir a Ordem sob vários pretextos. Mas o Sumo Pontífice, mediante uma bula, declarou legítima e conforme aos decretos de Latrão a existência legal da Ordem dos Carmelitas, e a autorizou a continuar suas fundações na Europa.
São Simão participou do Capítulo Geral da Ordem na Terra Santa, em 1237. Em um novo Capítulo, em 1245, foi eleito 6° Prior-Geral dos Carmelitas.
A Aparição da Mãe de Deus a São Simão Stock.
Após a algum tempo de calmaria, as perseguições reiniciaram com mais intensidade.
Na falta de auxílio humano, São Simão recorria à Virgem Santíssima com toda a tristeza de seu coração, pedindo-Lhe que fosse solícita à sua Ordem, tão provada, e que desse um sinal de sua aliança com ela.
Na manhã do dia 16 de julho de 1251, suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção, recitando a bela oração por ele composta:
“Flor do Carmelo, Vinha florífera, Esplendor do céu, Virgem fecunda, singular. Ó Mãe benigna, sem conhecer varão, aos Carmelitas dá privilégio, Estrela do Mar!”.
Terminada esta prece, levanta os olhos marejados de lágrimas, vê a cela encher-se, subitamente, de luz. Rodeada de anjos, em grande cortejo, apareceu-lhe a Virgem Santíssima, revestida de esplendor, trazendo nas mãos o Escapulário dizendo a São Simão Stock, com inexprimível ternura maternal:
“‘Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno’’.
Essa graça especialíssima foi imediatamente difundida nos lugares onde os carmelitas estavam estabelecidos, e autenticada por muitos milagres que, ocorrendo por toda parte, fizeram calar os adversários dos Irmãos da Santíssima Virgem do Monte Carmelo.
São Simão Stock atingiu extrema idade e altíssima santidade, operando inúmeros milagres, tendo também obtido o dom das línguas; foi chamado a pátria celeste por Deus em 16 de maio de 1265.
Nossa Senhora voltou ao céu e o Escapulário permaneceu como sinal de Maria. Na última aparição de Lourdes e de Fátima, Nossa Senhora traz o Escapulário.
São passados mais de 750 anos, desde o dia 16 de julho de 1251. Todos os que trouxeram o Escapulário, com verdadeira piedade, com sincero desejo de perfeição cristã, com sinais de conversão, sempre foram protegidos na alma e no corpo contra tantos perigos que ameaçam a vida espiritual e corporal. É só ler os anais carmelitanos para provar a proteção e a assistência de Maria Santíssima.
O Escapulário é a devoção de papas e reis, de pobres e plebeus, de homens cultos e analfabetos. É a devoção de todos. Foi a devoção de São Luis IX, de Luis XIII, Luis XIV da França, Carlos VII, Filipe I e Filipe III da Espanha, Leopoldo I da Alemanha, Dom João I, de Portugal.

E a devoção dos Papas: Bento XV o pontífice da paz, chamou o Escapulário a “arma dos cristãos” e aconselhava aos seminaristas que o usassem. Pio IX gravou em seu cálice a seguinte inscrição: “Pio IX, confrade Carmelita”. Leão XVIII, pouco antes de morrer, disse aos que o cercavam: “Façamos agora a Novena da Virgem do Carmo e depois morreremos”.
Pio XI escrevia, em 1262, ao Geral dos Carmelitas: “Aprendi a conhecer e a amar a Virgem do Carmo nos braços de minha mãe, nos primeiros dias de minha infância”.
Pio XII afirmava: “É certamente o Sagrado Escapulário do Carmo, como veste Mariana, sinal e garantia da proteção e salvação ao Escapulário com que estavam revestidos. Quantos nos perigos do corpo e da alma sentiram a proteção Materna de Maria”.
Pio XII ainda chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.
O Papa João XXIII assim se pronunciou: “Por meio do Escapulário do Carmo, pertenço à família Carmelitana e aprecio muito esta graça com a certeza de uma especialíssima proteção de Maria. A devoção a Nossa Senhora do Carmo torna-se uma necessidade e direi mais uma violência dulcíssima para os que trazem o Escapulário do Carmo” Paulo VI afirmava que entre os exercícios de piedade devem ser recordados o Rosário de Maria e o Escapulário do Carmo.
O Papa João Paulo II era devotíssimo de Nossa Senhora e coloca a recitação do Rosário entre suas orações prediletas. Ele quis ser Carmelita. Defendeu sua tese sobre São João da Cruz, o grande Carmelita renovador da Ordem.
John Mathias Haffert, autor do livro “Maria na sua Promessa do Escapulário”, entrevistou a Irmã Carmelita Lúcia, a vidente de Fátima ainda viva e perguntou, por que na última aparição Nossa Senhora segurava o escapulário na mão?
Irmã Lúcia respondeu simplesmente: “É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário”.
As promessas específicas de Nossa Senhora do Carmo.
Primeira: Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno.
### Em primeiro lugar, ao fazer a sua promessa, Maria não quer dizer que uma pessoa que morra em pecado mortal se salvará. A morte em pecado mortal e a condenação são uma e a mesma coisa. A promessa de Maria traduz-se, sem dúvida, por estas outras palavras:
“Quem morrer revestido do Escapulário, não morrerá em pecado mortal”.
Para tornar isto claro, a Igreja insere, muitas vezes, a palavra “piamente” na promessa: “aquele que morrer piamente não padecerá do fogo do inferno”.
Segunda: Nossa Senhora livrará do Purgatório quem portar seu Escapulário, no primeiro sábado após sua morte.
### Embora às vezes se interprete este privilégio ao pé da letra, isto é, que a pessoa será livre do Purgatório no primeiro sábado após sua morte, “tudo que a Igreja, tem para explicar estas palavras, tem dito oficialmente em várias ocasiões, é que aqueles que cumprem as condições do Privilégio Sabatino serão, por intercessão de Nossa Senhora, libertos do Purgatório pouco tempo depois da morte, e especialmente no sábado”. De qualquer modo, se formos fiéis em observar as palavras da Virgem Santíssima, Ela será muito mais fiel em observar as suas, como nos mostra o seguinte exemplo:
Em umas missões, tocado pela graça divina, certo jovem deixou a má vida e recebeu o Escapulário. Tempos depois recaiu nos costumes desregrados, e de mau tornou-se pior. Mas, apesar disso, conservou o santo Escapulário.
A Virgem Santíssima do Carmo, sempre Mãe, atingiu-o com grave enfermidade. Acometido pela doença, o jovem viu-se em sonhos diante do justíssimo tribunal de Deus, que devido às suas atitudes ruins e vida má, o condenou à eterna condenação.
Em vão o infeliz alegou ao Supremo Juiz que portava o Escapulário de sua Mãe Santíssima.
        — E onde estão os costumes que correspondem a esse Escapulário? Perguntou-lhe.
Sem saber o que responder, o infeliz olhou então para a Virgem Santíssima.
Eu não posso desfazer o que Meu Filho já fez. Respondeu-lhe Ela.
— Mas, Senhora! exclamou o jovem, Serei outro.
Tu me prometes?
— Sim.
Pois então vive.
Nesse mesmo instante o doente despertou, apavorado com o que viu e ouviu durante o sonho, fez votos de levar adiante mais seriamente o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Logo, sarou e entrou para a Ordem dos Premonstratenses. Depois de vida edificante, Deus chamou sua alma à pátria celeste. Assim narram às crônicas dessa Ordem.

A Aparição de Fátima e o Escapulário.

Após a última aparição de Nossa Senhora de Fátima na Cova da Iria, surgiram aos olhos dos três videntes varias cenas.
Na primeira, ao lado de São José e tendo o Menino Jesus ao colo, Ela apareceu como Nossa Senhora do Rosário. Em seguida, junto a Nosso Senhor acabrunhado de dores a caminho do Calvário, surgiu como Nossa Senhora das Dores. Finalmente, gloriosa, coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão.
Por que Nossa Senhora apareceu com o Escapulário nesta última visão a 13 de Outubro em Fátima? Perguntaram a Lúcia em 1950.
Lúcia respondeu: É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário respondeu ela.
“E é por este motivo que o Rosário e o Escapulário, são dois sacramentais marianos mais privilegiados, universais, mais antigos e valiosos, adquirem hoje uma importância maior do que em nenhuma época passada da História” 

Numa bula de 11 de fevereiro de 1.950, o Papa Pio XII convidava a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos”; entendido como veste mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste, enquanto sacramental extrai o seu valor das orações da Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam.
Oração.
Flos Carmeli
Vitis Florigera
Splendor coeli
Virgo puerpera
Singularis y singular
Mater mitis
Sed viri nescia
Carmelitis
Sto. Propitia
Stella maris
Flor do Carmelo
vinha florífera
esplendor do Céu
Virgem fecunda,
e singular Ó mãe terna!
intacta de homem
aos carmelitas
proteja teu nome
(dá privilégios)
Estrela do mar.

 Sobre o Escapulário.

O que significa.

O escapulário do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria pela inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal.
O distintivo externo desta inscrição ou consagração é o pequeno escapulário marrom.
O escapulário do Carmo é um sacramental, quer dizer, segundo o Concílio Vaticano II, “um sinal sagrado segundo o modelo dos sacramentos, por meio do qual se significam efeitos, principalmente espirituais, obtidos pela intercessão da Igreja”. (S.C.60).
Quem veste o escapulário deve procurar ter sempre presente a Santíssima Virgem e tratar de copiar suas virtudes, sua vida e atuar como Ela, Maria, atuou, segundo suas palavras:  Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra.

O escapulário do Carmo é um MEMORIAL de todas as virtudes de Maria.

O Papa Pio XII, disse em 11.2.1950.

Reconheçam neste memorial da Virgem um espelho de humildade e castidade.
Vejam, na forma simples de sua feitura, um compêndio de modéstia e candor. Vejam, principalmente, nesta peça que vestem dia e noite, significada, com simbolismo eloqüente, a oração com a qual o auxílio divino.
Reconheçam, por fim, nela sua consagração ao  Sacratíssimo Coração da Virgem Imaculada,  recentemente recomendada”.
Cada escapulário tem seus privilégios ou graças particulares, mas todos podem ser substituído pela medalha-escapulário (cfr. Decreto de 16-XII-1910). Seria falta de fé na autoridade suprema do Vigário de Cristo que confere a esta medalha o privilégio, crer que vales menos, para ganhar as promessas, levar a medalha que os pedaços de pano (ainda que em determinados casos, por outras razões externas de maior visibilidade, etc, pode ser preferível o escapulário de pano).
A medalha-escapulário deve ter de um lado a imagem de Jesus com o Coração, e do outro uma imagem da Virgem sob qualquer invocação. Do mesmo modo que os escapulários, devem ser abençoadas por um sacerdote.

O Valor da promessa do Escapulário

É doutrina católica, repetida pelo Concílio Vaticano II: “O conjunto dos fiéis, porque tem a unção do Espírito Santo (cfr. 1 Jo. 2, 20-27) não pode errar quando acredita, e esta peculiar propriedade sua é manifestada pelo sentido sobrenatural de fé de todo o povo quando, desde os Bispos até os fiéis, presta seu consentimento universal no que se refere à fé e os costumes. Com este sentido de fé… e sob a guia do sagrado Magistério… adere-se infalivelmente a ela, com certeiro juízo a penetra mais profundamente e a aplica mais plenamente à vida” (L.G. 12).
Esta precisa e esplêndida formulação conciliar não pode ser mais explícita. E é que a mesma prerrogativa de infalibilidade concedida por Jesus a seu Vigário mediante a assistência do Espírito Santo, tem precisamente como finalidade que o conjunto do Povo de Deus, sua Igreja e Corpo místico, não se equivoque, por exemplo, com uma devoção aceita por todos.

 Livre do Purgatório no primeiro sábado após a morte. (O Privilégio sabatino.)
 O Escapulário do Carmo além da promessa de salvação para quem morrer com ele, leva também consigo o chamado privilégio sabatino.
Segundo a tradição, à morte de Clemente V (1314), no conclave que durou dois anos e três meses, a Santíssima Virgem apareceu ao Cardeal  Jaime Duesa, muito devoto a ela, e anunciou-lhe que seria Papa com o nome de João XXII, e acrescentou: “Quero que anuncie aos Carmelitas e a seus Confrades: os que usarem o Escapulário, guardarem a castidade conforme seu estado, e rezarem o ofício divino, – ou os que não saibam ler se abstenham de comer carnes nas quartas-feiras e sábados -, se forem ao purgatório Eu farei que o quanto antes, especialmente no sábado seguinte à sua morte tenham suas almas levadas para o céu”.

Pio XII em sua citada Carta Magna do Escapulário do Carmo de 1950, ensina: “à verdade, não deixará a piedosíssima Mãe que seus filhos que expiam suas culpas no purgatório, não consigam o quanto antes a vida eterna por sua intervenção diante de Deus, em conformidade com o privilégio sabatino”.
O privilégio sabatino consiste em que a Santíssima Virgem tirará do purgatório o quanto antes, especialmente no sábado depois de sua morte, a quem tenha morrido com o Escapulário e durante sua vida tenha guardado castidade segundo seu estado e rezado todos os dias o ofício (que pode ser substituído pela Liturgia das Horas ou pela abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados, ou um sacerdote com faculdade para isso, o pode comutar por outra obra piedosa, v.gr. a oração diária do Terço). Se uma pessoa peca contra a castidade ou deixa um dia de fazer a obra prescrita, poderá recuperar o privilégio ao confessar-se e cumprir a penitência (de maneira semelhantes a como se recuperam os méritos perdidos pelo pecado mortal,  o que parece quase excessiva generosidade de Deus, mas é doutrina católica).
 A certeza deste privilégio mais que histórica, como dizíamos do Escapulário, está fundada na potestade da Igreja que assim o põe e recomenda. Seria temerário e ofensivo para a  Igreja, cuja Cabeça é Cristo e sua alma vivificante o Espírito Santo, crer que comete um erro secular e universal em algo que pertence à doutrina e vida cristã.

“Eu, sua Mãe de Graça, descerei no sábado depois de sua morte e a quantos  encontrarei no Purgatório os libertarei e os levarei ao monte santo de vida eterna”. 

A Proteção maternal

Em seu profundo simbolismo mariano, pelos grandes privilégios e pelo grande amor e privilegiada assistência, manifestada através dos séculos a Santíssima Virgem do Carmo a quem vestem devotamente seu escapulário, é o que tão prodigiosamente estendeu-se a todas as pares esta devoção de vestir o escapulário.

 Por seu rico simbolismo: ser filho de Maria, ver nele todas as virtudes de Maria, ser símbolo de nossa consagração filial à Mãe Amável. Por Morrer na graça de Deus, que o vista piedosamente.
Porque sairá do Purgatório o quanto antes quem morrer devotamente com ele.
Por chegar sua proteção a todos os momentos da vida, da morte e mais além”. Na vida protejo; na morte ajudo, depois da morte salvo, com suas credenciais.
Pelos inúmeros prodígios que tem realizado.
Pelas relações com suas aparições mais recentes em Lourdes e Fátima.
Pelas muitas indulgências que desfrutam os que vestem este escapulário.

As Indulgências
 
Estas são as indulgências plenárias e parciais para os que vestirem o escapulário.

A). Indulgências plenárias.

1. O dia que se impõe o escapulário e o que é inscrito na terceira Ordem ou Confraria.

2. Nestas festas:

a) Virgem do Carmo (16 de Julho ou quando se celebre);
b) São Simão Stock (16 de maio);
c) Santo Elias Profeta (20 de Julho);
d) Santa Teresa de Jesus (15 de Outubro),
e) Santa Teresa do Menino Jesus (1 de outubro);
f) São João da Cruz (14 de Dezembro);
g) Todos os Santos Carmelitas (14 de Novembro).

B). Indulgências Plenária no dia do Carmo. O dia do Carmo, 16 de Julho, ou na data em que exatamente se celebre, tem concebida uma indulgência plenária.

C). Indulgência parcial. ganha-se a indulgência parcial por usar piedosamente o santo escapulário. Pode-se ganhar não só por beijá-lo, mas também por qualquer outro ato de efeito e devoção.  E  não só ao escapulário, mas também à medalha-escapulário.

Recomendação Pontifícia.

Desde o século XVI, que é quando se estende por toda a cristandade o uso do escapulário do Carmo, quase todos os Papas o vestiram a propagaram.
O Papa João Paulo II, que é terciário carmelita, recordou em diversas ocasiões que veste com devoção, desde criança, o escapulário do Carmo.
A Igreja, como reconhecimento e estímulo  das  mais importantes verdades e práticas cristãs, institui as festas litúrgicas (missa e ofício próprio, etc.).

Esse é o valor que tem a festa da Virgem do Carmo, em 16 de julho, estendida por Benedito XIII a toda a Igreja universal. Além disso, a Virgem do Carmo é venerada como Padroeira dos pescadores, marinheiros e toda a gente do mar, também a república do Chile sob sua invocação de Nossa Senhora do Carmo de Maipú.

Bênção e imposição.

A Sagrada Penitenciária Apostólica de quem depende esta legislação disse que se recomenda o uso tradicional do escapulário enquanto a tamanho, matéria, cor, etc., que podem ser usados também outros.
Qualquer sacerdote pode abençoar e impor o escapulário do Carmo aos fiéis em geral.
Para ficar inscrito na confraria organizada pela Terceira Ordem do Carmo, este sacerdote deve estar facultado pelo superior Geral dos Carmelitas. Os simples fiéis não podem abençoá-los nem impor.

Esta é a fórmula para abençoá-lo i impor o Escapulário:
V: Mostrai-nos Senhor, tua misericórdia -
R: E dá-nos tua salvação.
V: Escuta, Senhor, minha oração.
R: E chegue a ti meu clamor.
V: O Senhor esteja convosco.
R: Ele está no meio de nós.

OREMOS.

Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, abençoa com tua desta a este hábito que, por teu amor e o de tua Mãe a Virgem Maria do Monte Carmelo, irá levar com devoção teu servo (ou serva), a fim de que pela intercessão de tua própria Mãe e defendido(a) do espírito maligno, persevere em tua graça até a morte: Que vives e reinas pelos séculos dos séculos.-
R: Assim seja.
        A continuação asperge-se o escapulário com água benta e depois o impõe na pessoa ou pessoas (a cada um separadamente) Dizendo a cada uma.
Receba este hábito bendito, suplicando à Santíssima Virgem que, por seus méritos, o leves sem mancha,  defenda contra todas as adversidades e te conduza à vida  eterna.
R: Que assim seja.
E acrescenta:
Eu, usando da potestade que me foi concedida, te recebo à participação de todos os bens espirituais que, pela misericórdia de Jesus Cristo, praticam os religiosos Carmelitas. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.-
R: Que assim seja
Que te abençoe o Criador do céu e da terra, o Deus todo-poderoso, que dignou-se incorporá-lo à Confraria da Santíssima Virgem do monte Carmelo, a quem imploramos que na hora de sua morte abata a cabeça da serpente infernal e finalmente, consigas as palmas e a coroa da herança sempiterna. Por Jesus Cristo nosso Senhor.
R: Que assim seja.
E asperge-se o novo confrade com água benta.
Quando são mais de uma pessoa a receber o santo escapulário, se diz no plural. Não deixe de exortar-lhes a que vistam dignamente o escapulário, tratando de imitar as virtudes de Maria.
Em caso de necessidade, basta para abençoar o escapulário o sinal da cruz do sacerdote e as palavras.
“Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém”. 

 Tipos de escapulários
 
1. Escapulário café (Carmelita)

A Virgem Maria, aparece a São Simão Stock, no convento da cidade de Cambridge (Inglaterra) em 16 de julho de 1251.
São Simão, já cansado por sua avançada idade, e debilitado pela penitência, pedia a Deus pelas angústias e tribulações que sua ordem padecia constantemente. Suplicava à Virgem, que o socorresse com uma Graça especial. Ela, diante do chamado suplicante desse seu  filho apareceu rodeada de anjos, com o Escapulário nas mãos. Disse-lhe:
 ” Recebe, meu filho, amadíssimo, esta prenda de meu  amor para convosco, este será um privilégio, para ti e para todos quantos o usem ; Quem morrer com ele, não irá ao fogo do inferno”.
Na volta da espada há uma inscrição em latim que diz: ZELO ZELATUS SUM PRO DOMINO DEO EXERCITUUM, me abraço, me consumo de zelo pelo Senhor Deus dos Exércitos.

2. Escapulário verde.

Quando na família há algum familiar ou amigo que se encontra longe da fé queremos fazer algo a respeito, Maria Mãe Santíssima nos deu uma forma de convertê-los quando Ela apareceu à Irmã Justina Bisqueyburu em 1840, levando “a vestidura da conversão – O escapulário verde.” Ela disse:
” Esta insígnia santa de meu imaculado Coração há de ser uma grande meio para a conversão das almas…”
Por um período de mais de seis anos, A Virgem  apareceu à Irmã Justina e respondeu  muitas perguntas com relação ao escapulário e a seu uso.
A Virgem Maria disse que o Escapulário Verde não necessita de nenhuma bênção especial, e não necessita de qualquer inscrição como o Escapulário Café. Pode ser abençoado por qualquer sacerdote. Se a pessoa que nós queremos que se beneficie deste escapulário não convém em levá-lo consigo, este pode ser colocado em qualquer lugar de seu quarto.
### Todos os dias deve dizer a seguinte oração:
“Imaculado coração de Maria, rogai por nós agora e na hora de nossa morte, Amém. “
Se a pessoa por quem se tem intenção no escapulário não vai dizer a oração, então aquele que o presenteia deve rezar no seu lugar, todos os dias.
A Virgem Maria disse:
“As maiores graças são obtidas pelo uso do escapulário, mas estas graças vêm em proporção direta com o grau de confiança que o usuário tenha em mim”.
Santa Brígida tinha tal confiança na Virgem Maria.
Por isto a Virgem lhe revelou:
“Não há pecador no mundo, que embora se encontre em inimizade com Deus, não possa voltar a Deus e recuperar sua Graças se ele ou ela vem a mim pedir assistência.”

Consagração à Santíssima Virgem do Carmo.

O devoto da Virgem do Carmo procurará a cada dia, quando melhor conseguir, fazer esta consagração a sua Mãe:

“Ó, Maria, Rainha e Mãe do Carmelo! Venho hoje me consagrar a Ti, pois toda minha vida é como um pequeno tributo por tantas graças e benefícios como recebi de Deus através de tuas mãos.
E porque Tu olhas com olhos de particular benevolência aos que vestem teu escapulário,  rogo-te que sustentes com tua fortaleza minha fragilidade, ilumines com tua sabedoria as trevas de minha parte e aumente em minha fé, a esperança e a caridade, para que cada dia possa prestar-lhe o tributo de minha humilde homenagem.
Que o santo escapulário atraia sobre mim teus olhares misericordiosos, seja para mim prenda de tua particular proteção em lutas de cada dia e constantemente me lembre o dever de pensar em Ti e revestir-me de tuas virtudes.
De hoje em diante me esforçarei por viver em suave união com teu espírito, oferecer tudo a Jesus por tua intercessão e converter minha vida em imagem de tua humildade, caridade, paciência, mansidão e espírito de oração.
Ó Mãe amabilíssima! Sustenta-me com teu amor indefectível, a fim de que a mim, pecador indigno e com os santos do Carmelo no reino de teu Filho”.
Amém.
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 Signficado do Escapulário



QUAL O SIGNIFICADO DO ESCAPULÁRIO ?
QUANDO SURGIU E A SUA FUNÇÃO?

O Escapulário é um sacramental ou seja, uma realidade visível, que nos conduz a Deus, com sua graça redentora, seu perdão, e promessas.

Neste sentido, o escapulário do Carmo é um "sinal". E como tal desperta-nos para infinita bondade de Deus, na figura de Maria Santíssima. Ele mostra fé, confiança filial e dedicação à Deus.

Santa Tereza (reformadora da Ordem de freiras carmelitas) dizia que portar o escapulário era estar revestido com o hábito de Nossa Senhora.

A tradição carmelita afirma que a Ordem do Carmo, mesmo após a bula de Honório III em 30/01/1226, aprovando a regra (de São Brocardo) e dando-a total apoio, continuou a enfrentar obstáculos, vindo dos próprios cristãos ocidentais. Nesta situação aflitiva, São Simão Stock, estando no convento carmelita de Cambridge, implorou à Virgem do Carmo sua especial proteção.

Em 16 de julho de 1251 apareceu-lhe a Virgem do Carmo e entregou-lhe o Escapulário da sua Ordem, sinal exterior do seu amor e proteção, prometendo que os que morressem com o Escapulário não pereceriam eternamente. O Escapulário do Carmo tornou-se assim, um sinal de consagração à Maria.

O privilégio Sabatino segundo a tradição refere-se à uma visão que o Papa João XXII teria tido da Virgem do Carmo. O Papa João XXII por intermédio de uma bula de 03/03/1322, concedia então, libertação do purgatório no primeiro sábado (isto é, o mais rápido possível) após a morte, à aqueles que morressem com o Escapulário do Carmo. Os privilégios que acompanham o Escapulário do Carmo são:

1- Quem morrer com o Santo Escapulário do Carmo não padecerá o fogo do inferno;
2- A Virgem do Carmo livrará o quanto antes, principalmente no sábado depois da morte, à quantos forem ao purgatório morrendo com o Escapulário;
3- O Escapulário do Carmo é salvação em todos os perigos, pela Virgem Santíssima do Carmo;
4- Cada vez que se beija o Escapulário, ganham - se 500 dias de indulgência;
5- O Escapulário é sinal de irmandade da Virgem Maria;
6- O Escapulário do Carmo é sinal de paz e do pacto sempre terno de concórdia, garantido por Maria Santíssima;
7- O Escapulário é sinal de salvação, pela Virgem Maria;
8- O Escapulário do Carmo está enriquecido pela Igreja com inúmeras indulgências;
9- O Escapulário do Carmo é um meio simples e prático de honrar à Virgem Maria;
10- O Escapulário do Carmo é garantia de preservação da fé e da firmeza na devoção à Virgem Maria, devoção que por sua vez é sinal de predestinação.

As condições para lucrar estes privilégios são:

Trazer sempre o pequeno Escapulário, guardar castidade, conforme o seu estado (casado, solteiro ou viúvo) e cumprir as penitências e orações prescritas pelo padre que fará a imposição do Escapulário; ele deverá ter uma autorização especial da Ordem para fazer a imposição que seria a benção da pessoa com o primeiro Escapulário o qual pode ser adquirido na Igreja ligada à ordem carmelita ou na Igreja de Nossa Senhora do Carmo.


In Corde Iesu et Mariae.
Carlos Serozini