Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



sábado, 30 de março de 2013


ANUNCIO-VOS UMA 




GRANDE ALEGRIA:






CRISTO RESSUSCITOU!




FELIZ PÁSCOA!!!



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Aos leitores e seguidores deste 


blog, desejo  uma Feliz e 


Abençoada Páscoa!


(Francisco Lusmar Paz) 


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Ressurreição de Jesus

Se a ressurreição de Jesus fosse fraude, os judeus a teriam desmentido.



 
A ressurreição de Jesus é um fato histórico inegável. O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2).
Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20, 19-23); aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, com Tomé ausente (Jo 20,19-23); e depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29); no Lago de Genezaré (Jo 21,1-24); no Monte na Galiléia (Mt 28,16-20); segundo São Paulo “apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7).

São Paulo disse: “Porque antes de tudo, ensinei-vos o que eu mesmo tinha aprendido que Cristo morreu pelos nossos pecados [...] e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e foi visto por Cefas, e depois pelos Onze; depois foi visto por mais de quinhentos irmãos duma só vez, dos quais a maioria vive ainda hoje e alguns já adormeceram; depois foi visto por Tiago e, em seguida, por todos os Apóstolos; e, por último, depois de todos foi também visto por mim como por um aborto” (1 Cor 15, 3-8).
“Deus ressuscitou esse Jesus, e disto nós todos somos testemunhas” (At 2, 32), disse São Pedro no dia de Pentecostes. Diz São Pedro no dia de Pentecostes: “Saiba com certeza toda a Casa de Israel: Deus o constituiu Senhor (Kýrios) e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes” (At 2, 36). “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 9). No Apocalipse, João arremata: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos, e tenho as chaves da Morte e da região dos mortos” (Ap 1, 17s).
A primeira experiência dos Apóstolos com Jesus ressuscitado foi marcante e inesquecível: “Jesus se apresentou no meio dos Apóstolos e disse: “A paz esteja convosco!” Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: “Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! “Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos, disse-lhes: “Tendes o que comer?” Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o então e comeu-o diante deles” (Lc 24, 34ss).
Aos Apóstolos amedrontados, que julgavam ver um fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos.

Nada disto foi uma alucinação, nem miragem, nem delírio, nem mentira, e nem fraude dos Apóstolos, pois se tratava de pessoas muitos realistas que, inclusive, duvidaram a princípio da Ressurreição do Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: “Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir” (Lc 24,39). Os discípulos de Emaús estavam decepcionados porque “nós esperávamos que fosse Ele quem restaurasse Israel” (Lc 24, 21).

Estes depoimentos “de primeira hora”, concebidos e transmitidos pelos discípulos imediatos do Senhor, são argumentos suficientes para dissolver qualquer teoria que quisesse negar a ressurreição corporal de Cristo. Esta fé não surgiu “mais tarde”, como querem alguns, na história das primeiras comunidades cristãs, mas é o resultado da missão de Cristo acompanhada dia a dia pelos Apóstolos.

Os chefes dos judeus tomaram consciência do significado da Ressurreição de Jesus, e, por isso, resolveram dissipá-la: “Deram aos soldados uma vultosa quantia de dinheiro, recomendando: “Dizei que os seus discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e roubaram o cadáver de Jesus. Se isto chegar aos ouvidos do Governador, nós o convenceremos, e vos deixaremos sem complicação”. Eles tomaram o dinheiro e agiram de acordo com as instruções recebidas. E espalhou-se esta história entre os judeus até o dia de hoje” (Mt 28, 12-15).

E Jesus morreu de verdade, inclusive com o lado perfurado pela lança do soldado. É ridícula a teoria de que Jesus estivesse apenas adormecido na Cruz. Os Apóstolos só podiam acreditar na Ressurreição de Jesus pela evidência dos fatos, pois não estavam predispostos a admiti-la; ao contrário, haviam perdido todo ânimo quando viram o Mestre preso e condenado; também para eles a ressurreição foi um escândalo. Eles não tinham disposições psicológicas para “inventar” a notícia da ressurreição de Jesus ou para forjar tal evento. Eles ainda estavam impregnados das concepções de um messianismo nacionalista e político, e caíram quando viram o Mestre preso e aparentemente fracassado; fugiram para não serem presos eles mesmos (Cf. Mt 26, 31s); Pedro renegou o Senhor (cf. Mt 26, 33-35). O conceito de um Deus morto e ressuscitado na carne humana era totalmente alheio à mentalidade dos judeus.

É de se notar ainda que a pregação dos Apóstolos era severamente controlada pelos judeus, de tal modo que qualquer mentira deles seria imediatamente denunciada pelos membros do Sinédrio. Se a ressurreição de Jesus, pregada pelos Apóstolos não fosse real, se fosse fraude, os judeus a teriam desmentido, mas eles nunca puderam fazer isto.

Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos de êxito e de glória, foram baseados na verdade da Ressurreição de Jesus. Afirmar que o Cristianismo nasceu e cresceu em cima de uma mentira e fraude seria supor um milagre ainda maior do que a própria Ressurreição do Senhor. Será que em nome de uma fantasia, de uma miragem, milhares de fiéis enfrentariam a morte diante da perseguição romana? É claro que não. Será que em nome de um mito, multidões iriam para o deserto para viver uma vida de penitência e oração? O testemunho dos Apóstolos sobre a Ressurreição de Jesus era convincente e arrastava. O edifício do Cristianismo requer uma base mais sólida do que a fraude ou a debilidade mental. Assim, é muito mais lógico crer na Ressurreição de Jesus do que explicar a potência do Cristianismo por uma fantasia de gente desonesta ou alucinada.

A Ressurreição de Jesus é ponto fundamental da fé cristã, a ponto que São Paulo pode dizer: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação; vazia também é a vossa fé... Se Cristo não ressuscitou, vazia é a vossa fé; ainda estais nos vossos pecados” (1Cor 15, 14.17).

A Ressurreição de Jesus é a base da fé; São Paulo chama Cristo ressuscitado “o Primogênito dentre os mortos” (Cl 1, 18). A Ele, ressuscitado em primeiro lugar, seguir-se-á a ressurreição dos irmãos: “Cada qual na sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, por ocasião da sua segunda vinda; a seguir, haverá o fim” (1Cor 15, 23s).
Prof. Aquino (Canção Nova)

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O homem luta para não morrer!


 Padre José Augusto

Hoje é uma noite diferente. Hoje não é qualquer noite.
Deus está nos falando abertamente nesta noite. E o que Ele está falando para nós ? Ele está falando de eternidade. Ele está dizendo para nós nesta noite, que existe a eternidade.
Ele não está aqui! Ressuscitou! Ontem nós vimos a atrocidade que os homens numa fúria de ódio fizeram com o Filho de Deus. Eu ainda dizia que precisávamos ter os sentimentos de Cristo. Mas vamos às leituras da liturgia de hoje. O homem sai da eternidade e entra no mundo. O homem agora não vive mais para a eternidade pois através do pecado original a morte entrou. Agora o homem passa a ser mortal.

O homem faz de tudo para não morrer. O homem nunca vai conseguir fugir da morte. Porque ele foi desobediente a Deus. Deus disse: Não coma deste fruto! Mas ele comeu. E como consequência desse ato a morte entrou no mundo.
Deixa eu dizer algo para vocês: Todos vocês que estão aqui na missa vocês vão morrer. E aqueles que tem medo da morte, não adianta chorar. Você vai morrer. Então fique tranqüilo: Você vai morrer! O homem luta para não morrer!
Tem aquelas mulheres que amam tanto o esposo que não querem nem admitir que vão morrer. Tem pessoas que morrem ainda na barriga da mãe, outros ao nascer, outros com pouca idade e até hoje o homem não se conformou que vai morrer.
“Não precisa se matar! Deixa Deus te chamar. Ele vai te chamar.” Veja bem como as notícias de morte chegam. Tantos sofrimentos, tantas situações de violência, de morte em nossa vida. Por causa da maldade do coração do homem e abuso da liberdade que acontecem as situações de violência e morte.

"Ele morreu para que ninguém merecesse o inferno, diz sacerdote."
Quando uma pessoa querida é tirada de nós, enquanto choramos ele contempla a face de Deus. Enquanto as pessoas não acreditam que exista a eternidade, vão se apegando a este mundo.
E nós professamos todos os domingos: Creio na vida eterna. Crê nada! Você está é com medo de partir dessa pra melhor.
Todos merecem o céu! O assassino e o assassinado. Ele morreu para que ninguém merecesse o inferno, para que todos entrassem no céu! Por isso você precisa ser bom. As pessoas estão matando outras porque ainda não se encontraram com Jesus.
Eu creio na vida eterna, por isso proclamo: Eu creio!
Estou falando para vocês que quando eu fechar os meus olhos aqui eu os abrirei na eternidade com Deus.“Quando a morte chegar saiba que a morte já foi vencida, pela força do poder de Jesus. Jesus matou a morte!

Nós estamos com sede de ver Deus. Quem já morreu contempla a face de Deus. Vivem a eternidade com Deus.
 





:: Ouça Homilia na íntegra da 



Vigília Pascal ::


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Mensagem de Páscoa do Papa 

 

Francisco – 31/03/2013

Íntegra

Brasão Papal passa por pequenas modificações 

Mensagem Pascal e Benção “Urbi et Orbi Balcão 

Central da Basílica Vaticana Domingo, 31 de março de 2013
Boletim da Santa Sé


Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boa Páscoa! Boa Páscoa!
Que grande alegria é para mim poder dar-vos este anúncio: Cristo ressuscitou! Queria que chegasse a cada casa, a cada família e, especialmente onde há mais sofrimento, aos hospitais, às prisões…
Sobretudo queria que chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou, há uma esperança que despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia! A misericórdia sempre vence!
Também nós, como as mulheres discípulas de Jesus que foram ao sepulcro e o encontraram vazio, nos podemos interrogar que sentido tenha este acontecimento (cf. Lc 24, 4). Que significa o fato de Jesus ter ressuscitado? Significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte; significa que o amor de Deus pode transformar a nossa vida, fazer florir aquelas parcelas de deserto que ainda existem no nosso coração. E isto é algo que o amor de Deus pode fazer.
Este mesmo amor pelo qual o Filho de Deus Se fez homem e prosseguiu até ao extremo no caminho da humildade e do dom de Si mesmo, até a morada dos mortos, ao abismo da separação de Deus, este mesmo amor misericordioso inundou de luz o corpo morto de Jesus e transfigurou-o, o fez passar à vida eterna. Jesus não voltou à vida que tinha antes, à vida terrena, mas entrou na vida gloriosa de Deus e o fez com a nossa humanidade, abrindo-nos um futuro de esperança.
Eis o que é a Páscoa: é o êxodo, a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem. Porque Deus é vida, somente vida, e a sua glória somos nós: o homem vivo (cf. Ireneu, Adversus haereses, 4, 20, 5-7).
Papa Francisco na benção "Urbi et Orbi". Foto: Clarissa Oliveira / Canção Nova
Papa Francisco na benção “Urbi et Orbi”. Foto: Clarissa Oliveira / Canção Nova
(Veja mais Fotos )
 
Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor de Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14).
Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.
E assim, a Jesus ressuscitado que transforma a morte em vida, peçamos para mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz. Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro.
Paz para o Oriente Médio, especialmente entre israelitas e palestinos, que sentem dificuldade em encontrar a estrada da concórdia, a fim de que retomem, com coragem e disponibilidade, as negociações para pôr termo a um conflito que já dura há demasiado tempo. Paz no Iraque, para que cesse definitivamente toda a violência, e sobretudo para a amada Síria, para a sua população vítima do conflito e para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto. Já foi derramado tanto sangue… Quantos sofrimentos deverão ainda atravessar antes de se conseguir encontrar uma solução política para a crise?
Paz para a África, cenário ainda de sangrentos conflitos: no Mali, para que reencontre unidade e estabilidade; e na Nigéria, onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes, e onde não poucas pessoas, incluindo crianças, são mantidas como reféns por grupos terroristas. Paz no leste da República Democrática do Congo e na República Centro-Africana, onde muitos se vêem forçados a deixar as suas casas e vivem ainda no medo.
Paz para a Ásia, sobretudo na península coreana, para que sejam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação.
Paz para o mundo inteiro, ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis, ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família – um egoísmo que faz continuar o tráfico de pessoas, a escravatura mais extensa neste século vinte e um. O tráfico de pessoas é realmente a escravatura mais extensa neste século vinte e um! Paz para todo o mundo dilacerado pela violência ligada ao narcotráfico e por uma iníqua exploração dos recursos naturais. Paz para esta nossa Terra! Jesus ressuscitado leve conforto a quem é vítima das calamidades naturais e nos torne guardiões responsáveis da criação.
Amados irmãos e irmãs, originários de Roma ou de qualquer parte do mundo, a todos vós que me ouvis, dirijo este convite do Salmo 117: «Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o seu amor. Diga a casa de Israel: É eterno o seu amor» (vv. 1-2).

Saudação

Queridos irmãos e irmãs, a vós aqui reunidos de todos os cantos do mundo nesta Praça, coração da cristandade, e a todos vós que estais conectados através dos meios de comunicação, renovo o meu voto: Feliz Páscoa!
Levai às vossas famílias e aos vossos Países a mensagem de alegria, de esperança e de paz, que a cada ano, neste dia, se renova com vigor.
O Senhor ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, seja o amparo para todos, especialmente para os mais frágeis e necessitados. Obrigado pela vossa presença e pelo testemunho da vossa fé. Uma lembrança e um agradecimento especial pelo dom das belíssimas flores, que provêm dos Países Baixos. A todos repito com afeto: Que Cristo ressuscitado guie a todos vós e à humanidade inteira pelos caminhos de justiça, de amor e de paz.
 

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ESPECIAL 


VIGÍLIA PASCAL


NESTA SEMANA SANTA.




Sábado Santo - Vigília 

Pascal


No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal 

celebração é a “Vigília Pascal”. Inicia-se na noite do 

Sábado Santo em memória da noite santa da 

ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É 

a chamada “A mãe de todas as santas vigílias”, porque 

a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do 

Senhor sobre a morte. 


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Quatro elementos compõem a liturgia da 

Vigília Pascal: 


1 - Liturgia da Luz - 


Com a  bênção do fogo novo 



e do Círio Pascal;




2 - Liturgia da Palavra:





3. Liturgia do Batismo




Liturgia Eucarística




 Noite da Vigília Pascal




Nesta noite da vigília pascal, mãe de todas as vigílias, celebramos a festa mais importante para nós cristãos: a ressurreição de Jesus. Cristo ressuscitou! Aleluia, aleluia! Esse é o grande anúncio do jovem àquelas três mulheres, as mesmas que presenciaram de longe a crucifixão de Jesus, e foram ao túmulo bem cedo, onde Jesus tinha sido colocado, para ungir o seu corpo. “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré que foi crucificado? Perguntou o jovem àquelas mulheres. Ele ressuscitou. Não está aqui.

Na sexta-feira Santa parecia que tudo iria acabar mal, mas a vida de Jesus não terminou no calvário, nem no sepulcro. A páscoa, a ressurreição, que hoje celebramos é o final definitivo: Jesus venceu o pecado e a morte.
Em meio a tantas notícias negativas no mundo de hoje, a Páscoa de Cristo se manifesta na vida das pessoas que promovem a justiça, a paz e entregam sua vida a serviço do bem das pessoas, sobretudo, dos mais pobres, dos enfermos; a Páscoa de Cristo se manifesta, também, na vida dos jovens que apostam num mundo melhor do que o de hoje. Há muita gente que acredita na vida, porque acredita no Cristo vivo, ressuscitado.


Essas mulheres foram as primeiras a receberem o anúncio e as primeiras a levar essa grande notícia da ressurreição aos discípulos e a Pedro.
“O Nazareno, o homem com quem convivestes e vistes ser crucificado de modo injusto e incompreensível, ressuscitou.” Ressuscitado, Jesus Cristo se dirige ao lugar do começo do seu ministério, a Galiléia; aí vai reunir os discípulos dispersos e deixar-se ver por eles. E os discípulos, a partir de agora, deverão dar testemunho desse acontecimento sobrenatural.
Desde aquele momento, essa notícia desconcertante, destinada a mudar a sorte da história, continua repercutir de geração em geração: um anúncio antigo e sempre novo. Mais uma vez, ressoou durante esta Vigília Pascal e vai se difundindo nestas horas por toda a Terra” (João Paulo II).


Pelo batismo, como escutamos na carta de São Paulo aos romanos, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova.“Se Cristo não ressuscitou, escreve São Paulo aos Coríntios, ilusória seria a vossa fé e ainda viveis em vossos pecados e os que morreram como cristãos pereceram para sempre” (1 Cor 15,17). No coração de cada um de nós pulsa um desejo do infinito, de felicidade, e nenhuma realidade limitada pode satisfazer esse desejo. A busca da felicidade, dessa sede de infinito por caminhos equivocados ou em falsas respostas, pode levar a violência, a paixão de possuir, de dominar e de buscar somente o prazer. A frustração experimentada por não encontrar aí a verdadeira realização, pode levar a mais violência e até mesmo ao desespero.


Só o Cristo ressuscitado pode saciar nossa sede de felicidade e responder as indagações mais profundas do ser humano. Se participamos da vitória da ressurreição de Cristo, não podemos continuar tendo medo nem aceitar que a morte é senhora definitiva do homem.
Por Cristo e em Cristo, esclarece-se o enigma da dor e da morte, o qual fora do seu Evangelho, nos esmaga. Cristo ressuscitou, destruiu a morte com a própria morte e deu-nos a vida, para que, tornados filhos no Filho, exclamemos no Espírito: Abba, Pai.” (GS 22)


Que o Cristo ressuscitado ilumine nossos caminhos e o de toda a humanidade. Boas Festas de Páscoa a todos os seguidores e leitores deste blog e a todos os irmãos e irmãs do mundo inteiro.Feliz e Santa Páscoa!!!

Queridos irmãos e irmãs, alegremo-nos, pois o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

sexta-feira, 29 de março de 2013

ESPECIAL 
 SEXTA-FEIRA SANTA
 NA SEXTA-FEIRA SANTA CELEBRAMOS A PAIXÃO DO SENHOR!.
(Dia de Jejum e Abstinência)
A Sexta-feira Santa é para o povo cristão dia de penitência e até de tristeza.
Entretanto, a Sexta-feira Santa não é considerada pela liturgia como dia de luto e de pranto, mas dia de amorosa contemplação do sacrifício cruento de Jesus, fonte da nossa salvação. Hoje, a Igreja não faz um funeral, mas celebra a morte vitoriosa do Senhor. Por isso, fala de "bem-aventurada" e "gloriosa paixão".
Nestas Sexta-feira Santa, celebramos a morte de Jesus como passagem necessária para a ressurreição; é uma lembrança cheia de esperança e da certeza da vitória.É um dia centrado na cruz, não com ar de tristeza, mas de comemoração, uma vez que Cristo Jesus, como Sumo Sacerdote, em nome de toda a humanidade se entregou voluntariamente à morte  para salvar a todos nós.
No dia de hoje, não há Missa em  nenhuma Igreja. O Ato Litúrgico principal da sexta-feira é a celebração da Paixão do Senhor, à tarde. É uma cerimônia simples e silenciosa, durante a qual se propõe a meditação dos fiéis a Paixão do Senhor , proclamada com solenidade toda particular.
As leituras desse dia mostram a coragem com que Cristo enfrenta a dor e a morte. No fim, faz-se o oração pelas necessidades materiais e espirituais de toda a humanidade.
Após a Oração Universal, o sacerdote convida para a veneração à Santa Cruz, que simboliza a Paixão de Cristo e seu amor infinito por nós.
Terminada a adoração da cruz, reza-se o Pai Nosso como preparação para a Comunhão. Como nesse dia não há propriamente missa, as sagradas partículas distribuídas no momento da comunhão são trazidas do altar da reposição ou altar do Santíssimo , onde foram consagradas durante a Missa da Quinta-feira Santa.
Após a Comunhão, termina a cerimônia desse dia, cada um  tem a oportunidade de se unir intimamente ao Senhor que deu a vida por nós.
A LOUCURA DE AMOR POR NÓS!
Nossos sofrimentos não se aproximam do que Jesus sofreu por nós.
Paulo diz que por maiores que sejam nossos sofrimentos, nunca chegaremos ao que Jesus sofreu, ao morrer por nós. Paulo foi o primeiro a compreender que é justamente na cruz que se manifesta a imensidão do amor de Deus. De fato, quem ama muito  uma pessoa é capaz de dar a própria vida por ela. Uma mãe vê um filho doente, sofrendo dores, ou às portas da morte, e anseia por assumir aquela doença, ou até morrer em lugar do filho, a fim de salvá-lo. Não foi isso que Jesus fez por nós?
Pode-se dizer que Deus provou seu amor e sua solidariedade, passando por tudo o que nós passamos: a dor e a morte. Isso é como se Jesus dissesse a cada ser humano: "Eu entendo você. Estou com você pra tudo. Eu sei o quanto você está sofrendo, porque eu também passei por isso." Se ele não tivesse sofrido, como poderia consolar-nos na dor?
Se Deus Pai não tivesse visto seu Filho amado morrer na Cruz, como poderia consolar o coração de  um pai, de uma mãe que perde seu filho, uma filha? Ao passar pela mesma experiência, Deus pode dizer a quem perde um ser amado: "Eu estou com você, estou ao seu lado, entendo sua dor, porque eu também vi meu filho morrer a pior morte, a mais dolorosa, a mais humilhante morte que poderia existir".
Essa é a loucura da Cruz, de que fala o Apóstolo Paulo. Uma pessoa apaixonada faz qualquer loucura e não mede sacrifícios e riscos, para agradar o ser amado. É o que Deus faz por nós.

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LITURGIA DIÁRIA

 Celebração da Paixão
do Senhor!!!

1ª Parte: 

Liturgia da Palavra

Comentário Inicial da Cerimônia da Paixão do Senhor:
Irmãos e irmãs, Jesus abraçou a cruz por fidelidade à missão que o Pai lhe confiou. Nesta celebração unimo-nos a Jesus, servo sofredor, e acompanhamos seus passos rumo à morte. O despojamento e o silêncio dão o tom da celebração, que consta de três partes:
1.     Liturgia da Palavra (incluindo-se a Oração Universal)
2.     Apresentação e Adoração da Cruz
3.     A Comunhão

Primeira leitura (Isaías 52,13—53,12)


Livro do Profeta Isaías: 

13Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo — tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano —, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram.
53,1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse.
3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele.
4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado!
5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura.
6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós.
7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca.
8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras.
10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.
11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas.
12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

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Salmo (Salmos 30)




Sexta-Feira, 2 de Abril de 2010
Paixão do Senhor


— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.— Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

— Senhor, eu ponho em vós minha esperança;/ que eu não fique envergonhado eternamente!/ Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,/ porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
— Tornei-me o opróbrio do inimigo,/ o desprezo e zombaria dos vizinhos,/ e objeto de pavor para os amigos;/ fogem de mim os que me vêem pela rua./ Os corações me esqueceram como um morto,/ e tornei-me como um vaso espedaçado!
— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,/ e afirmo que só vós sois o meu Deus!/ Eu entrego em vossas mãos o meu destino;/ libertai-me do inimigo e do opressor!
— Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,/ e salvai-me pela vossa compaixão!/ Fortalecei os corações, tende coragem,/ todos vós que ao Senhor vos confiais! 

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Segunda leitura (Hebreus 4,14-16; 5,7-9)


Sexta-Feira, 2 de Abril de 2010

Paixão do Senhor


Carta aos Hebreus:

Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos.
15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.
5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

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EVANGELHO 


Jesus é condenado à morte 

Jo 19,1-42 (forma abreviada)

ou Jo 18,1-19-42 

Aí Pilatos mandou chicotear Jesus. Depois os soldados fizeram uma coroa de ramos cheios de espinhos, e a puseram na cabeça dele, e o vestiram com uma capa vermelha. Chegavam perto dele e diziam: 
- Viva o rei dos judeus! 
 
E davam bofetadas nele. Aí Pilatos saiu outra vez e disse para a multidão: 
- Escutem! Vou trazer o homem aqui para que vocês saibam que não encontro nenhum motivo para condená-lo! 
 
Então Jesus saiu com a coroa de espinhos na cabeça e vestido com a capa vermelha. 
- Vejam! Aqui está o homem! - disse Pilatos. 
Quando os chefes dos sacerdotes e os guardas do Templo viram Jesus, começaram a gritar: 
- Crucifica! Crucifica! 
 
- Vocês que o levem e o crucifiquem! Eu não encontro nenhum motivo para condenar este homem! - repetiu Pilatos. 
A multidão respondeu: 
- Nós temos uma Lei, e ela diz que este homem deve morrer porque afirma que é o Filho de Deus. 
 
Quando Pilatos ouviu isso, ficou com mais medo ainda. Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: 
- De onde você é? 
Mas Jesus não respondeu nada. Então Pilatos disse: 
- Você não quer falar comigo? Lembre que eu tenho autoridade tanto para soltá-lo como para mandar crucificá-lo. 
Jesus respondeu: 
 
- O senhor só tem autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor é culpado de um pecado maior. 
Depois disso Pilatos quis soltar Jesus. Mas a multidão gritou: 
- Se o senhor soltar esse homem, não é amigo do Imperador! Pois quem diz que é rei é inimigo do Imperador! 
 
Quando Pilatos ouviu isso, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado "Calçada de Pedra". (Em hebraico o nome desse lugar é "Gabatá".) Era quase meio-dia da véspera da Páscoa. Pilatos disse para a multidão: 
 
- Aqui está o rei de vocês! 
Mas eles gritaram: 
- Mata! Mata! Crucifica! 
Então Pilatos perguntou: 
 
- Querem que eu crucifique o rei de vocês? 
Mas os chefes dos sacerdotes responderam: 
- O nosso único rei é o Imperador! 
Então Pilatos entregou Jesus aos soldados para ser crucificado, e eles o levaram. 
Jesus saiu carregando ele mesmo a cruz para o lugar chamado Calvário. (Em hebraico o nome desse lugar é "Gólgota".) 
 
Ali os soldados pregaram Jesus na cruz. E crucificaram também outros dois homens, um de cada lado dele. - Pilatos mandou escrever um letreiro e colocá-lo na parte de cima da cruz. Nesse letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus". Muitas pessoas leram o letreiro porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. Então os chefes dos sacerdotes disseram a Pilatos: 
- Não escreva: "Rei dos Judeus"; escreva: "Este homem disse: Eu sou o Rei dos Judeus". 
 
- O que escrevi escrevi! - respondeu Pilatos. 
Depois que os soldados crucificaram Jesus, pegaram as roupas dele e dividiram em quatro partes, uma para cada um. Mas a túnica era sem costura, toda tecida numa só peça de alto a baixo. Por isso os soldados disseram uns aos outros: 
 
- Não vamos rasgar a túnica. Vamos tirar a sorte para ver quem fica com ela. 
Isso aconteceu para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem: 
"Repartiram entre si as minhas roupas e fizeram sorteio da minha túnica." 
E foi isso o que os soldados fizeram. 
Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela: 
- Este é o seu filho. 
 
Em seguida disse a ele: 
- Esta é a sua mãe. 
E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele. 
Agora Jesus sabia que tudo estava completado. Então, para que se cumprisse o que dizem as Escrituras Sagradas, disse: 
- Estou com sede! 
 
Havia ali uma vasilha cheia de vinho comum. Molharam no vinho uma esponja, puseram a esponja num bastão de hissopo e a encostaram na boca de Jesus. Quando ele tomou o vinho, disse: 
- Tudo está completado! 
Então baixou a cabeça e morreu. 
 
Um soldado fura o lado de Jesus 
Então os líderes judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos que tinham sido crucificados e mandasse tirá-los das cruzes. Pediram isso porque era sexta-feira e não queriam que, no sábado, os corpos ainda estivessem nas cruzes. E aquele sábado era especialmente santo. Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro homem que tinha sido crucificado com Jesus e depois quebraram as pernas do outro. Mas, quando chegaram perto de Jesus, viram que ele já estava morto e não quebraram as suas pernas. Porém um dos soldados furou o lado de Jesus com uma lança. No mesmo instante saiu sangue e água. 
 
Quem viu isso contou o que aconteceu para que vocês também creiam. O que ele disse é verdade, e ele sabe que fala a verdade. Isso aconteceu para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem: "Nenhum dos seus ossos será quebrado." E em outro lugar as Escrituras Sagradas dizem: "Eles olharão para aquele a quem atravessaram com a lança." 
 
Depois disso, José, da cidade de Arimatéia, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus. (José era seguidor de Jesus, mas em segredo porque tinha medo dos líderes judeus.) Pilatos deu licença, e José foi e retirou o corpo de Jesus. Nicodemos, aquele que tinha ido falar com Jesus à noite, foi com José, levando uns trinta e cinco quilos de uma mistura de aloés e mirra. Os dois homens pegaram o corpo de Jesus e o enrolaram em lençóis nos quais haviam espalhado essa mistura. Era assim que os judeus preparavam os corpos dos mortos para serem sepultados. 
 
No lugar onde Jesus tinha sido crucificado havia um jardim com um túmulo novo onde ninguém ainda tinha sido colocado. Puseram ali o corpo de Jesus porque o túmulo ficava perto e também porque o sábado dos judeus ia começar logo. 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!!! 
 


Explicação do Evangelho 

Paixão e Cruz de Cristo

PADRE PACHECO


A sexta-feira santa é um dia fundado liturgicamente em torno da paixão do Senhor e da sua morte na cruz. Hoje cumpre-se o repetido anúncio de Jesus nos evangelhos sobre a sua morte violenta em Jerusalém. A pergunta é óbvia: por que tinha que ser assim? A resposta mais profunda e válida somente Deus pode dá-la, pois pisamos o terreno insondável da vontade divina e do seu projeto eterno de redenção realizado em Cristo.

Nem Deus Pai nem mesmo Jesus quiseram o sofrimento, a paixão dolorosa e a morte violenta por si mesmas, pois são realidades negativas por si só. A valia da dor, paixão e morte de Cristo radica no significado que recebem de uma finalidade superior: a salvação do homem, a quem Deus ama. Verdade central da nossa fé: tanto amou Deus o mundo que entregou o seu próprio Filho.

Jesus, não obstante, aceita o plano do Pai: não se faça a minha vontade, mas a tua. Este é o motivo e a razão da obediência de Cristo: o querer do Pai, que é a salvação do homem pelo amor que lhe tem. Jesus carrega com a cruz da sua paixão por fidelidade ao Pai e por amor ao homem, isto é, por solidariedade com os seus irmãos. O motivo parece duplo, mas no fundo é único, porque a vontade do Pai é o amor e a salvação do homem.

“Por nós e por nossa salvação”, como dizemos no credo, é a razão teológica que a nossa fé nos descobre para explicar e entender toda a vida de Jesus desde a encarnação à sua paixão, morte e ressurreição. A segunda leitura de hoje afirma: “Cristo, apesar de ser filho, aprendeu, sofrendo, a obedecer. E levado à perfeição, converteu-se para todos os que lhe obedecem em princípio de salvação eterna”.

O mistério da cruz na vida de Jesus – e, portanto, também na nossa – é revelação máxima de amor, pois não há modo mais verídico de expressar o amor do que dar a vida por aqueles a quem se ama. Pois bem, o poema sublime do amor que é a vida, paixão e morte de Cristo pede de nós uma resposta também de amor. “Nós amamos a Deus porque ele nos amor primeiro. Mas se alguém diz: eu amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso, pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Acreditamos e dizemos que a cruz é o sinal do cristão não por masoquismo espiritual, mas porque a cruz é fonte de vida e de libertação total, como sinal que é do amor de Deus ao homem por meio de Jesus Cristo. O amor que testemunha a sua cruz é a única força capaz de mudar o mundo, se nós que nos dizemos seus discípulos seguirmos seu exemplo.

Jesus poderia ter-nos salvo com triunfo, poder e glória; isto é, a partir de fora, como um super-homem. Mas preferiu fazer a partir de dentro da nossa condição humana; ser mais um, demonstrando-o à base de humildade, serviço, obediência e renúncia, em vez de se impor pela categoria e pelo poder. Este segundo é o nosso estilo. Mas Cristo não veio para que o servissem, mas para servir; por isso, renunciando à alegria imediata, suportou a cruz e a ignomínia.

O Senhor convida-nos a segui-lo na autonegação que nos liberta, abraçando a cruz de cada dia, sempre presente de uma outra forma, e da qual inutilmente tentaremos escapar. Saber sofrer por amor é grande sabedoria. O que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á, disse Cristo. O segredo da cruz de Jesus é o amor, e a única maneira de a entender e convertê-la em fonte de vida é amar generosamente Deus e os irmãos.
Padre Pacheco,
Comunidade Canção Nova.
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ORAÇÃO UNIVERSAL

Reza-se :
Pela Santa Igreja
Pelo Papa
Por todas as ordens e por todos os fiéis
Pelos Catecúmenos
Pela Unidade dos Cristãos
Pelos Judeus
Pelos que não creem em cristo
Pelos que não creem em Deus
Pelos Poderes Públicos
Por todos que sofrem provações

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 2ª Parte


Adoração da Cruz


Terminada  a Oração Universal, faz-se adoração da Santa Cruz.
Lembremos que não adoramos o objeto material – a cruz -, mas Cristo que a venceu. Honrando sua cruz, agradecemos a Cristo seu amor por nós.
Devemos notar que a expressão “Adoração da Cruz” ode ser ambígua, se não for explicada; de fato, adoramos a pessoa de Cristo crucificado e o mistério que esta morte significa para nós. ( O celebrante, com certeza, explicará essa expressão: adoração da cruz).



Terceira Parte - Comunhão

Embora não haja celebração eucarística, os fiéis podem comungar das hóstias consagradas na missa da Quinta-feira Santa.
Mesmo que seja feita fora da missa, a comunhão é intima união com Cristo que se oferece por nós em sacrifício ao Pai
FELIZ SEXTA_FEIRA SANTA