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domingo, 28 de julho de 2013

Papa Francisco trocado em miúdos.


Papa Francisco trocado em miúdos
Johannes Gierse *
O mundo todo se surpreende e se encanta com as palavras, e mais ainda com os gestos e atitudes do bispo de Roma: (1) as pessoas de outras religiões, de outras igrejas cristãs, talvez pelo testemunho de uma autoridade que sabe ser humilde, simples e sorridente; (2) a mídia, talvez pelo fato de poder divulgar aquilo que ela sempre precisa: novidades, sensações, manchetes; (3) os católicos, pelo que, há tempo, não viam mais na nossa Igreja (hierárquica) e agora enxergam com nitidez: um papa que é pai de todos, um representante de Jesus Cristo, pobre e peregrino, bem semelhante daquele que se tornou um segundo Cristo: Francisco de Assis.
Então, o mundo (católico) tem os olhos fixos nele e se encanta, gosta, admira, bate palmas, apoia, quer mais... E este é apenas o começo! Há muitas perguntas pairando no ar a respeito das mudanças - e a maneira de fazê-las - que papa Francisco pretende e precisa fazer. No entanto, a questão mais básica é essa: quando é que os católicos começarão a trocar o papa Francisco em miúdo? Quando e como as ovelhas começarão a seguir o seu pastor? Vejamos alguns exemplos! Quais outros você acrescentaria?
1. Muitos ficam animados quando ele deseja "uma Igreja pobre, para os pobres", e que "...temos que realizar os trabalhos da Igreja, mas com um coração de pobreza, não com o coração do investimento ou do empresário"; pois, isso é viver o Evangelho, isso é o jeito de Francisco de Assis (isso é o resgate implícito da Teologia e da Igreja da libertação, como alguns interpretam). E assim ele faz: chegando ao aeroporto do Rio de Janeiro ficamos pasmos quando o papa embarcou num carro pequeno. "Por que não? Se eu posso, vocês podem também!" ele quer nos dizer. - Significa que doravante os cardeais e bispos, os leigos de classe alta vão deixar seus carros de luxo (o modelo de última geração) trocando-o por um mais simples, popular!? E quantas outras mudanças radicais acontecerão!
2. Comovemos-nos quando o "Papa do povo" na Praça de São Pedro, nas ruas do Rio de Janeiro ou em Aparecida abraça e abençoa as criancinhas, as pessoas com deficiência. E ele não faz nada demais, pois Jesus disse: "Deixem as crianças vir a mim... porque o Reino de Deus pertence a elas!" (Lc 18, 16). - Isso significa que futuramente os padres e ministros acolherão e abençoarão as crianças e seus pais ao chegarem à Igreja; significa que os padres tratarão os seus fiéis com mais ternura tendo tempo, um sorriso, uma palavra que toca...
3. Suscita fortes emoções em nós ver o Santo Padre após um dia cansativo e apesar do frio e da chuva visitar e abençoar o Hospital São Francisco, centro de recuperação para dependentes químicos e legado social da JMJ. Aí ele ouve e abraça os leprosos deste milênio. Tocam-nos as palavras de Francisco ao citar as palavras de Jesus do Bom Samaritano, e concordamos no nosso íntimo dizendo: "Assim eu quero ser e fazer! Não digo mais ‘não é o meu problema', não olho mais para o outro lado!" - Trocar as palavras do papa em miúdos significa que uma pessoa, 100% engajada numa comunidade eclesial, que ao longo de 12 anos nunca visitou um projeto semelhante na sua própria cidade (o papa chama isso indiferença globalizada), agora vai fazer isso! Significa que pessoas que se autopromovem ou aproveitam do seu engajamento social, agora vão descobrir o valor do trabalho voluntário e da gratuidade!
4. Concordamos também com suas palavras baseadas na Doutrina Social e citadas do Documento de Aparecida (395) que dizem que "a Igreja, ‘advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu', deseja oferecer a sua colaboração em todas as iniciativas que signifiquem um autêntico desenvolvimento do homem todo e de todo o homem". - Isto significa que de hoje em diante, mais católicos se engajam nas obras de caridade, nas Pastorais Sociais, na Escola Fé e Política! Trocar isso em miúdos significa redistribuir o dízimo: não mais 90% para a dimensão religiosa, e apenas 8% para a dimensão missionária e 2% a social!
5. Achamos bem fraterno e ousado o gesto do Papa no final da missa em Aparecida (dia 24/07) - embora a mídia não tenha bem transmitido - quando ele cumprimentou representantes de outras religiões e igrejas com um abraço e ósculo da paz, querendo dar para todos nós um sinal de acolhida inter-religiosa e ecumênica. - Isto significa também que nas próximas oportunidades - vigília pelas vítimas da Aids, culto no dia internacional do combate à Aids (01/12), e tantas outras - católicos, evangélicos, espíritas etc. celebram juntos o Deus da vida, da esperança e do amor.
6. O coração da gente se alegra ao ouvir o papa Francisco falando nossa língua: "...quando planejava a minha visita ao Brasil, o meu desejo era poder visitar todos os bairros deste País. Queria bater em cada porta, dizer ‘bom dia', pedir um copo de água fresca, beber um ‘cafezinho', falar como a amigos de casa, ouvir o coração de cada um, dos pais, dos filhos, dos avós...Hoje a todos vocês, especialmente aos moradores dessa Comunidade de Varginha, quero dizer: Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o Papa está com vocês". - Isto significa que as grandes carências missionárias nas periferias das metrópoles, na vasta Amazônia e nas paróquias mais pobres do Nordeste agora vão acabar, pois as dioceses que tiverem mais padres enviarão onde tem menos para baterem em cada porta, tomar cafezinho e falar como amigos de casa. Se o papa faz, por que não os padres e bispos?
7. Ficamos encantados com que naturalidade e cordialidade o papa arrasta milhões de jovens - não somente em dias de JMJ - tocando seus corações! - Isto quer dizer que as gerações adultas não devem criar barreiras diante dos jovens, mas sim, ir ao seu encontro e depositar confiança neles; especialmente em nossas comunidades eclesiais.
Francisco, o pastor (supremo) do rebanho, está dando seu testemunho de Cristo; cabe a nós, ovelhas, trocar em miúdos, aplicar, vivenciar o que ele diz e pratica! Ele repete-nos as palavras de Jesus: "Eu lhes dei um exemplo: vocês devem fazer a mesma coisa que eu fiz" (Jo 13, 15).
Mas, além dos gestos e das palavras do papa, mais "alguém" falou nos dias da JMJ: Como explicar que num país tropical, na cidade maravilhosa, no final de julho, bate uma das frentes mais frias no Sul/Sudeste do país, de forma que os romeiros sofrem com a chuva e o frio, e o Campo da Fé vira lamaçal? Se "a fé da juventude é mais forte do que a chuva e o frio", trocando em miúdos, isso significa: botar fé nos jovens que solucionarão as causas das mudanças climáticas: juventude = com sabor da fé = em missão = salva a vida no planeta!
* Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude 2013 -
 frei Johannes Gierse, franciscano.

Fonte: Johannes Gierse / Revista Missões

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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Papa Francisco atende a cinco jovens em confissão

Momento de graça!


Alexandre Oliveira

Da Redação

Na manhã dessa sexta-feira (26), o Papa Francisco iniciou a agenda do dia atendendo confissões no Parque da Quinta da Boa Vista, um dos locais onde estão instalados os confessionários e onde também acontece a Feira Vocacional da JMJ.
O Sumo Pontífice chegou por volta das 9h30 da manhã, cumprimentou alguns religiosos e voluntários, no local, e foi logo atender a confissão de cinco jovens, sendo três homens e duas mulheres. Foram três do Brasil, um da Venezuela e um da Itália. Eles foram sorteados pelo sistema de inscrição. Antes das confissões, os nomes não foram divulgados para preservar a identidade dos penitentes, que também foram orientados a se manter em sigilo. De acordo com a direção do evento, o sorteio foi realizado por idiomas e não por países.
Após a confissão dos cinco jovens, nosso enviado especial ao Rio, Daniel Machado, conversou com dois deles, que expressaram os momentos vividos com o Santo Padre:
“Foi um momento muito marcante para todos nós. Um momento único que a gente viveu. Deu pra ver como o Papa é humilde, como ele tem um carinho muito grande para com a juventude. Em todo momento, ele olhava no meu olho e eu via esta simplicidade que brotava do coração dele”,declarou o jovem Wellington de Melo (23 anos), que reside em Campo Grande (RJ).
"Foi um momento muito marcante para todos nós", declarou o jovem Wellington
“Foi um momento muito marcante para todos nós”, testemunhou o jovem Wellington
Outro jovem, o cuiabano Marco Antônio, de 21 anos, disse: “Quando o Papa foi se aproximando dos confessionários, o meu coração começou a bater muito forte. Fiquei muito emocionado, mas depois eu fui me acalmando e, na hora da confissão, já estava com o coração bem mais tranquilo. No final da confissão, ele disse que me daria o perdão de todos os meus pecados de toda a minha vida, por causa da indulgência. Eu entendi bem isto, porque ele falou meio em espanhol e não vou esquecer estas palavras para o resto da minha vida”.
"Não esquecerei as palavras do Papa pro resto da minha vida" afirmou o jovem Marco Antônio
“Não esquecerei as palavras do Papa pro resto da minha vida”, afirmou o jovem Marco Antônio
Além dos confessionários desenhados especialmente para a Jornada (inspirados no formato do Morro do Corcovado), o espaço da Feira Vocacional, na Quinta da Boa Vista, possui também uma tenda de 600 m² para adoração ao Santíssimo Sacramento. Estão programadas também atividades nas tendas a cada meia hora, com testemunhos, palestras e apresentações musicais.
As confissões duraram cerca de 30 minutos. Após esse momento, o Santo Padre seguiu em direção ao Palácio São Joaquim, na Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde vai se encontrar com jovens detentos e, depois, ao meio dia, rezar a oração do Angelus.
Papa Francisco deixa os confessionários em direção ao Palácio São Joaquim
Papa Francisco deixa os confessionários em direção ao Palácio São Joaquim












Papa reza o Angelus junto com a juventude

No Dia São Joaquim e Sant'Ana


Em seu discurso, o Pontífice destaca o valor da família
Papa Francisco chegou ao Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, na Glória, residência oficial do Arcebispo do Rio, por volta das 11h, para o encontro com alguns detentos. No local, o Pontífice também acolheu os jovens para a oração do Angelus.
Do balcão central do casarão, o Santo Padre cumprimentou os fiéis e os recebeu com seu sorriso acolhedor. No início de seu discurso, Francisco convidou a todos para rezar com  Maria e lembrou aos jovens que, hoje, a Igreja celebra os pais da Virgem Maria, os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana.
No balcão do Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, Papa Francisco acolhe os jovens para oração do Angelus
No balcão do Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, Papa Francisco acolhe os jovens para oração do Angelus.
“Na casa deles, veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade. São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós.”
Com essas palavras, o Pontífice frisou o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé e lembrou aos presentes que, hoje, no Brasil, como em outros países, se celebra a festa dos avós. “Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família.”
O Santo Padre citou, na ocasião, o Documento de Aparecida: “’Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças, porque levarão por adiante a história; os anciãos, porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas’ (DAp 447). Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado!”, completou o Sucessor de Pedro
Francisco finalizou seu discurso dizendo que, nesta JMJ, os jovens quererem saudar os avós com muito carinho e lhes agradecer pelo testemunho de sabedoria que lhes oferecem continuamente.
Após a oração do Angelus, o Papa cumprimentou os membros do Comitê Organizador da JMJ e os benfeitores do evento. Em seguida, dirigiu-se ao Salão Redondo do Palácio Arquiepiscopal para almoçar com dois jovens de cada continente, incluindo dois do Brasil.
Encerrando seus compromissos da manhã, o Pontífice retornará à sua agenda, às 18h, quando dará início à Via-Sacra com os jovens, na orla de Copacabana, e fará outro discurso.

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FORMAÇÕES

Imagem de Destaque

Fazer o bem ao idoso não é perda de tempo

Para alguns idosos, envelhecer é viver a humilhação


Se ao prestarmos ajuda a uma pessoa estranha já nos traz a sensação de satisfação, maior deveria ser nossa alegria quando nos dispuséssemos a amparar nossos idosos, aqueles que fizeram parte da nossa história, sejam esses pais ou avós.

Para alguns idosos, envelhecer é viver a humilhação, pois a sensação para eles é de que no mundo já não têm mais o seu lugar. Para outros, a velhice pode significar, muitas vezes, suplicar para que sejam notados na convivência com seus parentes. Em muitos casos, essas pessoas (idosos) são tratadas como estorvos, pois quase sempre com idade avançada, progridem também as facilidades às doenças necessitando de mais cuidados.


Não é raro encontrarmos nos noticiários manchetes sobre abuso, a falta de paciência, e quase sempre violência contra aqueles que, em razão da sua debilidade física, não têm energias para se defender. Há quem consiga até mesmo usurpar-lhes a credibilidade, quando eles conseguem denunciar os ataques sofridos por aqueles que, um dia, quando bebês, foram também merecedores da atenção de quem hoje merece todo o cuidado. 

Em alguns casos, a importância do velho na família se resume apenas ao valor de uma aposentadoria. Há situações que tal numerário lhes são confiscados pelos filhos ou parentes, quando deveria garantir uma melhor condição de vida.

Conviver com alguém que percebemos dissipar suas forças a cada dia, vai exigir uma dedicação muito maior se comparado aos cuidados que teríamos com uma criança. Pois a criança com o seu próprio desenvolvimento tende a nos liberar daqueles trabalhos que envolvem os cuidados com a higiene, saúde e até mesmo a atenção para não se machucarem, enquanto que o zelo para com os idosos vai nos imputar a cada dia maior dedicação. 

Entretanto, da mesma maneira como lentamente fomos introduzindo nossos filhos dentro da dinâmica do nosso lar, tornando-os participativos, precisaremos também  envolver nossos anciãos naquilo que acontece na família, fazendo-os participativos nas conversas, nas reuniões familiares e de maneira especial, quando tivermos que tomar decisões que poderiam  propiciar melhores condições de vida a eles. Conceder-lhes o direito de opinar, acerca dos novos planos que estamos tomando os farão sentir-se mais seguros e importantes dentro da família.

"Meu filho, ajuda a velhice de teu pai, não o desgostes durante a sua vida.Se seu espírito desfalecer, sê indulgente, não o desprezes porque te sentes forte, pois tua caridade para com teu pai não será esquecida" (Eclo 3,14-15). Aquele que se dispõe a fazer o bem ao seu idoso, não deve sentir-se como se estivesse perdendo o seu tempo, pois é desse carinho dedicado que será para o idoso seu apoio.

Um abraço de quem também está envelhecendo.

Foto
Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros e Lidando com as crises
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes

25/07/2013 - 08h00


JMJ: Muda a rota para vigília com o Papa


Coletiva com Autoridades locais




A transferência da Vigília de Guaratiba para Copacabana, o transporte e toda infraestrutura  foram os assuntos da coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, 26, durante a  Jornada Mundial da Juventude, na capital fluminense (JMJ).
Materia
Coletiva de imprensa com prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Foto Wesley almeida
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, iniciou a entrevista pedindo paciência aos moradores de Copacabana e afirmou que a infraestrutura do evento é muito parecida com a do Réveillon.
Em seguida, o secretário de transportes, Carlos Roberto Osório, descreveu o novo percurso da peregrinação rumo à vigília com o Papa. “Será da Central do Brasil, passando pela Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco, Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Rua Lauro Sodré, chegando a Copacabana, num total de 9,5 km”.
Osório ainda explicou que os kits peregrinos serão entregues, no Aterro do Flamengo, rota dos fiéis.  O prefeito ainda ressaltou que uma das características da JMJ é justamente o ato de peregrinar, caminhar até o espaço da vigília e também passar a noite. A partir do 12h de sábado, Copacabana será fechada com 24 pontos de bloqueio, como feito na festa de  Réveillon e do mesmo modo que tem sido feito nos dias anteriores.
Os peregrinos, que estão no Rio de Janeiro, poderão pegar metrô, ônibus e trem até a Central do Brasil.  “Vamos trabalhar, o tempo todo, tentando flexibilizar. Se a gente sentir que o fluxo de pessoas ainda não é suficientemente grande, que justifique impedir o acesso de carros, a gente pode adiar um pouco. Mas as pessoas devem se basear nesses horários”, disse Paes sobre os bloqueios.
O sacerdote, que faz parte do comitê organizador da JMJ, padre Renato Martins, diz que os jovens poderão dormir em Copacabana. Paes ressaltou ainda que aumentará a infraestrutura de banheiros e, em 24 horas, o transporte estará funcionando para levar os peregrinos de volta.

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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Papa diz que teve uma ‘magnífica acolhida em terra carioca’

  • Francisco ficou emocionado com a recepção em sua 

  • chegada ao Rio

  • Nesta terça-feira, o Pontífice não tem agenda e nesta 

  • quarta ele vai para Aparecida




O Papa Francisco acena para as multidão que esperava para vê-lo nas ruas do Centro do Rio
Foto: Urbano Erbiste / Extra



O Papa Francisco acena para as multidão que esperava para vê-lo nas ruas do Centro do Rio Urbano Erbiste / Extra
RIO - Feliz com a recepção que recebeu do povo carioca em sua viagem ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco fez questão de agradecer o carinho recebido no seu primeiro dia no Rio de Janeiro. No começo da manhã desta terça-feira, o Pontífice tuitou que teve uma “magnífica acolhida em terra carioca”.
“Obrigado! Obrigado! Obrigado a vocês todos e a todas as autoridades pela magnífica acolhida em terra carioca”, escreveu Francisco. Mais tarde, o Papa recorreu mais uma vez à rede social para falar que a JMJ é a demonstração de que a Igreja conseguiu manter o espírito jovem. "A Igreja é jovem e, na JMJ, se vê isso muito bem. Que o Senhor sempre nos mantenha, a todos, jovens de coração", afirmou ele.
De acordo com padre Jorgão, paróco da igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, o Papa Francisco celebrou uma missa nesta terça-feira às 7h na capela da residência Assumpção, onde está hospedado. Logo depois, o Pontífice tomou café e se serviu com um sorvete italiano, presente de Jorgão, que é responsável pelo coral que tocou na cerimônia de entrega das medalhas.
O Papa Francisco desembarcou no Rio de Janeiro pouco antes das 16h desta segunda-feira. Na chegada à cidade, o Pontífice teve uma recepção calorosa nas ruas e chegou a ficar preso em um engarrafamento, o que o deixou vulnerável em alguns momentos, disseram especialistas, que criticaram a falta de planejamento e o risco de deixar Francisco em um engarrafamento.
Sempre sorridente, o Papa viajou pela cidade com o carro blindado com a janela aberta e acenou para todos nas ruas do Rio. Em seguida, ele passou pelo Centro do Rio a bordo do papamóvel para delírio de milhares de fiéis.
“Hoje começamos uma semana estupenda no Rio. Que ela seja uma ocasião para aprofundar a nossa amizade em Jesus Cristo!”, tuitou o Pontífice.
Após a passagem pelas ruas, o Papa participou de um evento fechado no Palácio Guanabara com a presença de autoridades como a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. No seu primeiro discurso, Franciscoevitou falar sobre os protestos que vêm acontecendo no Brasil desde o mês passado. Mas se dirigiu aos jovensdizendo que “Cristo bota fé” neles. No voo para o Rio, o Pontífice já revelara a sua preocupação com o desemprego dos jovens no mundo e o que definiu como “cultura do descartável”. Do lado de fora,manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar durante um protesto contra o governador.
Nesta terça-feira. o Papa não tem agenda prevista. Nesta quarta, Francisco seguirá para Aparecida, em São Paulo, para um ato ecumênico. O santuário deve receber 200 mil fiéis.

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Na íntegra, primeiro discurso do Papa Francisco no Brasil – 22/07/13


Cerimônia de boas vindas


brasao_papa-francisco
Visita Apostólica do Papa Francisco ao Brasil 
Discurso no Palácio da Guanabara – RJ
Segunda-feira, 22 de julho de 2013
Senhora Presidenta,
Ilustres Autoridades,
Irmãos e amigos!
Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.
Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”
:: OUÇA discurso na íntegra: 
Saúdo com deferência a Senhora Presidenta e os ilustres membros do seu Governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua Pátria. Cumprimento também o Senhor Governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na Sede do Governo, e o Senhor Prefeito do Rio de Janeiro, bem como os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto ao Governo Brasileiro, as demais Autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.
Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor.
O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.
Ao iniciar esta minha visita ao Brasil, tenho consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.
Os pais usam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!
Fonte: Boletim da Santa Sé 
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Deus quis que minha primeira viagem fosse ao Brasil, disse o Papa



O catolicismo na América Latina

Os números no Brasil