"Namoro Gramatical" e "Humor na Língua Portuguesa"
Vocês irão conferir estes assuntos após o "Índice "Geral. ----------------------------------
SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA!
A Palavra de Deus só pode ser ouvida com o coração!
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PENSAMENTO - MÊS DE SETEMBRO
No coração de todos os invernos vive uma primavera palpitante.
Kail Gibranl
----------------------------VERSO DE UM CANTO...
É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
(Pe. zezinho.)
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MÊS DE SETEMBRO - DATAS COMEMORATIVAS
05. - Dia da Amazônia / Dia da Juventude / Dia Oficial de Farmácia
06. Dia do Hino Nacional
07. Independência do Brasil
08. Dia Internacional da Alfabetização / Dia da Dedicação.
09. Dia do Administrador
09. Dia do Veterinário
16. Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozônio
17. Dia da Compreensão Mundial / Dia Nacional do Cego
18. Dia dos Símbolos Nacionais / Dia da Televisão / Dia do Perdão.
21. Dia da Árvore / Dia do Radialista / Dia do Fazendeiro / Dia da Agricultura / Dia Nacional do Portador de Deficiência.
23.Início da Primavera
24. Dia Mundial do Coração.
25. Dia Nacional do Trânsito / Dia do Rádio.
27. Dia de Cosme e Damião / Dia Nacional do Idoso / Dia da Música Popular Brasileira / Dia do Cantor.
30. Dia da Secretária / Dia do Jornaleiro / Dia Mundial do Tradutor.--------------------------------------
MÊS DE SETEMBRO - CALENDÁRIO LITÚRGICO
( Alguns dias...)03. Primeira Sexta-feira em honra do Sagrado Coração de Jesus.
08. Festa: Natividade de Nossa Senhora
14. Festa: Exaltação da Santa Cruz.
15. Dia : Nossa senhora das Dores
21. Festa: São Mateus Apóstolo.
23. Dia: São Pio de Pietrelcina
26. Dia da Bíblia.
27. Dia: São Vicente de Paulo
29. Festa: dos Arcanjos: São miguel, São Gabriel, São Rafael
30. Dia de São Jerônimo.
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ÍNDICE GERAL
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ASSUNTOS:
NOVIDADES NA SAÚDE
- Setembro, Mês da Bíblia - Mensagem
- Setembro, Mês da Bíblia - Mensagem
- 27 de Agosto : Dia do Psicólogo
2)- Anorexia
- 29 de Agosto - Dia Nacional de Combate ao fumo
- Dia Nacional de Combate ao Fumo - Brasil Escola
- Cigarro faz mal até pra quem não fuma.
- O que o cigarro faz a seu corpo.
- Sete brasileiros morrem por dia vítimas do tabagismo brasileiro
- Cuidado: novo dispositivo ligado no final do cabo do teclado do PC...
- Água de coco? Melhor não arriscar...
- Refrigerante ? Leia e tire sua conclusão...
- Método de Leitura da Bíblia :Lectio Divina
- Dança Nordestina:
NOVIDADES -ADVERTÊNCIAS:
- Cuidado: novo dispositivo ligado no final do cabo do teclado do PC...
- Água de coco? Melhor não arriscar...
- Refrigerante ? Leia e tire sua conclusão...
NOVIDADE: CATEQUESE :
- Método de Leitura da Bíblia :Lectio Divina
NOVIDADE: CULTURA
- Dança Nordestina:
- O que é o Baião?
- O que é o Forró?
- Quem foi Luis Gonzaga?
- Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro? Você acredita nisso? O que a Bíblia diz?
-Por que comemorar o Natal se Jesus nunca pediu isso, nem ordenou?
- Ingratidão, a resposta que mata o amor
- Como lidar com a mudança?
- Líderes Religiosos dão testemunho de diálogo entre as religões
-Inpe registra mais de mil focos de incêndio no Brasil
- Pianista sem braços faz sucesso na China ao tocar piano
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"Clássico é clássico e vice-versa."
"Não foi nada de especial, chutei com o pé que estava mais à mão!"
João Pinto, jogador do Futebol Clube do Porto, de Portugal
"Chegarei de surpresa, dia 15, às duas da tarde, voo 619 da VARIG..."
Mengalvio, ex-meia do Santos, em telegrama mandado a família quando em excursão à Europa
"Jogador é o Didi, que joga como quem chupa laranja."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"Bom, eu não achei nada, mas o meu companheiro ali achou uma correntinha; acho que é de ouro, dá pra ele vender!"
Josimar, ex-lateral direito do Botafogo, ao ser perguntado o que ele achou do jogo
"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu."
Claudiomiro, ex-meia do Internacional-RS ao chegar em Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu pelo Brasileirão de 72
"Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe."
Jardel, ex-atacante do Grêmio
"Campeonatinho mixuruco, nem tem segundo turno!"
Garrincha, durante a comemoração da conquista da Copa do Mundo em 58
"Realmente minha cidade é muito facultativa."
Elivelton, ao repórter da Jovem Pam que falava das muitas escolas de ensino superior existentes na cidade natal do jogador
"Se concentração ganhasse jogo, o time do presídio não perdia uma partida."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"A moto eu vou vender, e o rádio eu vou dar pra minha tia."
Josimar, ex-lateral direito do Botafogo ao responder a um repórter o que iria fazer com o Motoradio que ganhou como melhor jogador da partida
"Técnico bom é aquele que não atrapalha."
Romário
"E aí, King, tudo bem?"
Mário Trigo, médico brasileiro em 58, após abraçar efusivamente o rei Gustavo da Suécia que entregava a taça aos brasileiros
"O pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"Não tem outra, temos que jogar com essa mesma."
Reinaldo, do Atlético, ao responder a pergunta do repórter se ele ia jogar com aquela chuva
"Está sendo massageado o seu membro em pé."
"Fiz o gol com a minha cabeça e a mão de Deus."
Maradona, sobre o gol na Copa de 1986 contra a Inglaterra
"Fomos e voltemos. Não ganhemos nem perdemos, empatemos."
Buiú, do Bahia
Domingo, 12 de Setembro de 2010
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
ESPECIAL
1822, a independência feita no grito
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A confusão no reino Diga-se que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, instituído por Carta de Lei em 1815, era uma ficção e uma confusão. Até 1820, Portugal estava sob o governo de fato de um general inglês, Lord Beresford. O titular legítimo, dom João VI, o fujão, estava no Brasil desde 1808, corrido que fora de Lisboa pelas tropas francesas de Junot. Com a revolta antiabsolutista do Porto de 1820, o poder concentrara-se nas Cortes de Lisboa, instrumento dos liberais, os homens da casaca de briche, que, escaldados pelos excessos terroristas dos jacobinos franceses de 1793, preferiram manter-se obedientes a um regime com rei, lei e parlamento. Levaram oito meses convencendo o Bragança a voltar ao Tejo. Finalmente, em 26 de abril de 1821, ele reembarcou com seus quatro mil cortesãos, rapando todo o ouro e jóia depositada no Banco do Brasil. Para o Brasil, as Cortes de Lisboa, empenhadas na Sagrada Causa da Regeneração Política da Nação Portuguesa, uma vasta reforma no reino inteiro, determinaram que se organizassem juntas governativas, cada uma delas responsável por uma das antigas capitanias. O espírito descentralizador, inerente ao liberalismo, acatava, como no caso de Minas Gerais, que até direito de conceder patentes militares, cunhar moedas e mesmo lançar tributos próprios elas passariam a ter.
O quadro político, visto de quem estava no centro-sul do Brasil, era assustador. O Nordeste já se revoltara em 1817, a Bahia, seguida do Pará e do Maranhão, as principais províncias do Norte, que em extensão perfaziam 1/3 do país, já eram regimentos rebelados que não obedeceriam o Rio de Janeiro. Sossegaram os patriotas com o Sul quando o coronel gaúcho Manoel Carneiro da Silva e Fontoura, no emocionado Dia do Fico, em nome da unidade, juntou-se "à vontade unânime dos povos do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo", no apoio ao príncipe.
Ao redor do Brasil a situação não diferia muito. Os vizinhos sul-americanos haviam pego em armas há mais de dez anos, gerando caudilhos em cada rincão, enquanto no México um general realista meio doido, Iturbide, depois de sufocar os revolucionários em 1821, proclamara-se imperador Augustin I.
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O sonho de Bolívar em manter as antigas províncias espanholas unidas numa confederação gerara um pesadelo de golpes e contragolpes onde cada cacique local, assanhado em despotismos, afiava a espada nas costas do outro. O ex-vice-reino ibérico das Américas, depois dos levantes e amotinamentos de 1810, era um monumento vivo ao caos. Em meio a esse tumulto todo temia-se repetir por aqui, elevado ao cubo, um Haiti, onde os escravos pegaram em armas, insuflados pelos tantãs dos sacerdotes vodu, passaram no machete e no machado toda a população branca e ainda derrotaram um general de Napoleão. Para José Bonifácio e os seus, era dom Pedro ou o dilúvio. O programa era fazer daquele "príncipe do Mundo Novo" imperador do Brasil, manter o país recém-liberto unido em torno da coroa, os escravos no eito e os portugueses na Europa. A solução era nacionalizar o herdeiro luso. Este, por sua vez, já seduzia-se pelo que andavam a cantarolar pelas ruas:
No primeiro grito, o príncipe Pedro disse que não ia, no segundo foi o Brasil que se insurgia. Ao voltar de Santos para São Paulo, no dia 7 de setembro de 1822, depois de seu périplo de mais de 600 quilômetros pelo interior fluminense e paulista, por onde cavalgara por 24 dias, refeito das emoções do riacho Ipiranga, que se deram às quatro horas da tarde, desarreiando-se, inquieto, compõe o Hino da Independência. Ao adentrar a noite no camarote do teatro, não muito distante do Colégio dos Jesuítas, primeiro prédio da capital paulista, da platéia alvoroçada partiram os gritos "Independência ou Morte!" O varão dos Bragança, bom músico, dominando o fagote, o piano, a viola e o rabecão, com voz de tenor, vencera a parada no grito.
Desde o Concílio Vaticano II, convocado em dezembro de 1961, pelo Papa João XXIII, a Bíblia ocupou espaço privilegiado na família, nos círculos bíblicos, na catequese, nos grupos de reflexão, nas comunidades eclesiais. O mês de setembro se tornou o mês referência para o estudo, a vivência e o testemunho da Palavra de Deus. Tornando-se o Mês da Bíblia.
Este ano, 2010, será o 39º ano que a Igreja celebra o Mês da Bíblia. A celebração surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), e logo em seguida, a proposta foi lançada e aceita por toda a Igreja no Brasil.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com o Grupo de Reflexão Bíblica Nacional (GREBIN), dando continuidade à 12ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (2008), propôs para o Mês da Bíblia deste ano o estudo do livro de Jonas, com destaque para a evangelização e a missão na cidade.
“Ele [livro de Jonas] tem como objetivo principal ajudar o povo a cumprir o anseio do último Sínodo (2008) que destacou o mandato missionário de todo cristão como consequência do Batismo. Acrescenta-se a isso o fato do documento de Aparecida também destacar o valor do mandato missionário. Outras motivações contribuíram para a escolha do livro de Jonas: a Campanha da Fraternidade Ecumênica e o Ano Paulino, que refletiram sobre a evangelização do mundo urbano. Através do livro de Jonas, Deus faz o mesmo apelo aos cristãos de hoje: ‘Levanta-te e vai à grande cidade’ (Jn 1,2) para denunciar as injustiças e proclamar a sua misericórdia”, destacou o bispo da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, Dom Jacinto Bergmann.
Para a assessora da Comissão Bíblico-catequética, Maria Cecília Rover, responsável pela parte bíblica da Comissão, o Documento de Aparecida trata o caminho de formação dos discípulos missionários, principalmente apontando para o texto escolhido para o Mês da Bíblia 2010. “O Documento de Aparecida nos alerta para as muitas formas de nos aproximarmos da Sagrada Escritura, e destaco a Leitura Orante como a maneira privilegiada. No Livro de Jonas, ele nos ensina a não temermos os grandes desafios, levando o Evangelho a todas as direções que seguirmos. Este é o grande auxílio que vejo com o Mês da Bíblia, ele mobiliza a sociedade em torno de um tema específico, fortalecendo a comunhão social e despertando o ardor missionário de cada cristão”.
Este ano, a novidade fica por conta do livreto, em forma de leitura orante, confeccionado pelo GREBIN, e nele consta quatro leituras sobre o livro de Jonas. Além do livro, há o cartaz e o texto-base. Os materiais podem ser adquiridos pelas Edições CNBB, no endereço www.edicoescnbb.com.br e o texto-base está disponível gratuitamente na página da Comissão.
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NOVIDADES NA BÍBLIA:
- Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro? Você acredita nisso? O que a Bíblia diz?
-Por que comemorar o Natal se Jesus nunca pediu isso, nem ordenou?
NOVIDADES - FORMAÇÕES
- Harmonia sexual entre o casal- Ingratidão, a resposta que mata o amor
- Como lidar com a mudança?
NOTÍCIAS - SITE CANÇÃO NOVA
- Líderes Religiosos dão testemunho de diálogo entre as religões
-Inpe registra mais de mil focos de incêndio no Brasil
- Pianista sem braços faz sucesso na China ao tocar piano
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Namoro Gramatical:
Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco, que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.
Início da Redação.
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
Fonte: Diário de uma perfeccionista
Matéria retirada do blog Conciso & Coeso
"Clássico é clássico e vice-versa."
Jardel, ex-atacante do Grêmio e da Seleção Brasileira
"O meu clube estava à beira do precipício, mas tomou a decisão correta: deu um passo à frente."
João Pinto, jogador do Futebol Clube do Porto, de Portugal
"No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente, de quinze em quinze dias."
Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos
"Se macumba ganhasse jogo, o Campeonato Baiano terminava empatado."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"Fiz que fui, não fui, e acabei fondo!"
Nunes, ex-atacante do Flamengo
"Não venham com problemática que eu tenho a solucionática."
Dadá Maravilha"Não foi nada de especial, chutei com o pé que estava mais à mão!"
João Pinto, jogador do Futebol Clube do Porto, de Portugal
"Chegarei de surpresa, dia 15, às duas da tarde, voo 619 da VARIG..."
Mengalvio, ex-meia do Santos, em telegrama mandado a família quando em excursão à Europa
"Jogador é o Didi, que joga como quem chupa laranja."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"Bom, eu não achei nada, mas o meu companheiro ali achou uma correntinha; acho que é de ouro, dá pra ele vender!"
Josimar, ex-lateral direito do Botafogo, ao ser perguntado o que ele achou do jogo
"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu."
Claudiomiro, ex-meia do Internacional-RS ao chegar em Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu pelo Brasileirão de 72
"Não sei, chutei, a bola foi indo, indo.... e iu!"
Nunes, ex-atacante do Flamengo ao descrever um gol que tinha feito"Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe."
Jardel, ex-atacante do Grêmio
"Campeonatinho mixuruco, nem tem segundo turno!"
Garrincha, durante a comemoração da conquista da Copa do Mundo em 58
"Realmente minha cidade é muito facultativa."
Elivelton, ao repórter da Jovem Pam que falava das muitas escolas de ensino superior existentes na cidade natal do jogador
"Se concentração ganhasse jogo, o time do presídio não perdia uma partida."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"A moto eu vou vender, e o rádio eu vou dar pra minha tia."
Josimar, ex-lateral direito do Botafogo ao responder a um repórter o que iria fazer com o Motoradio que ganhou como melhor jogador da partida
"Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana."
Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do jogo de despedida do Zico
"Só existem três coisas que param no ar: Beija-Flor, Helicóptero e Dadá."
Dadá Maravilha
"Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado!"
Jardel, jogador de futebol, referindo-se aos Toyotas e Mitsubishs
"Jogar a bola pra cima, enquanto ela estiver no alto não há perigo de gol."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"Eu disconcordo com o que você disse."
Vladimir, ex-meia do Corínthians em uma entrevista para a Rádio Record
"Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola."
Bradock, amigo de Romário reclamando de um passe longo
"A partir de agora meu coração tem uma cor só: rubro-negro."
Fabão, zagueiro baiano ao chegar para o Flamengo
"Você viu, Didi, o São Cristóvão está de uniforme novo!"
Garrincha, em 62, no Chile, reparando no uniforme dos ingleses
"Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar."
Zanata, ex-lateral do Fluminense
"É que na querência de ganhar o jogo, acabam acontecendo coisas desse tipo."
Romário, no jogo Flamengo 4 x 1 Americano, do dia 19.02.97, quando perguntado sobre sua discussão com Júnior Baiano, nesse jogo"Técnico bom é aquele que não atrapalha."
Romário
"E aí, King, tudo bem?"
Mário Trigo, médico brasileiro em 58, após abraçar efusivamente o rei Gustavo da Suécia que entregava a taça aos brasileiros
"O pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube."
Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola
"Não tem outra, temos que jogar com essa mesma."
Reinaldo, do Atlético, ao responder a pergunta do repórter se ele ia jogar com aquela chuva
"Está sendo massageado o seu membro em pé."
O locutor interno, reportando sobre o atendimento na lateral do gramado prestado pelo massagista ao jogador que se mantinha em pé, e que se machucara violentamente na coxa
"A falha individual é do coletivo."
Wanderley Luxemburgo, explicando a derrota do Brasil contra o México, na final da Copa das Confederações de 1999"Fiz o gol com a minha cabeça e a mão de Deus."
Maradona, sobre o gol na Copa de 1986 contra a Inglaterra
"Fomos e voltemos. Não ganhemos nem perdemos, empatemos."
Buiú, do Bahia
Matéria retirada do blog Conciso & Coeso
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SANTA MISSADomingo, 12 de setembro de 2010.
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Primeira leitura (Êxodo 32,7-11.13-14)
Domingo, 12 de Setembro de 2010
24º Domingo Comum
24º Domingo Comum
Leitura do Livro do Êxodo.
Naqueles dias, 7o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo que tiraste da terra do Egito. 8Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!’”.
9E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura. 10Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu os extermine. Mas de ti farei uma grande nação”.
11Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: “Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte?
13Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste, por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’”.
14E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer a seu povo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Naqueles dias, 7o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo que tiraste da terra do Egito. 8Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!’”.
9E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura. 10Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu os extermine. Mas de ti farei uma grande nação”.
11Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: “Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte?
13Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste, por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’”.
14E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer a seu povo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Salmo (Salmos 50)
Domingo, 12 de Setembro de 2010
24º Domingo Comum
24º Domingo Comum
— Vou, agora, levantar-me, volto à casa do meu pai.
— Vou, agora, levantar-me, volto à casa do meu pai.
— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão de vosso amor, purificai-me!/ Lavai--me todo inteiro do pecado,/ e apagai completamente a minha culpa!
— Criai em mim um coração que seja puro,/ dai-
-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
— Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,/ e minha boca anunciará vosso louvor!/ Meu sacrifício é minha alma penitente,/ não desprezeis um coração arrependido!
— Vou, agora, levantar-me, volto à casa do meu pai.
— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão de vosso amor, purificai-me!/ Lavai--me todo inteiro do pecado,/ e apagai completamente a minha culpa!
— Criai em mim um coração que seja puro,/ dai-
-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
— Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,/ e minha boca anunciará vosso louvor!/ Meu sacrifício é minha alma penitente,/ não desprezeis um coração arrependido!
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Segunda leitura (1º Timóteo 1,12-17)
Domingo, 12 de Setembro de 2010
24º Domingo Comum
24º Domingo Comum
Primeira Carta de São Paulo apóstolo a Timóteo.
Caríssimo: 12Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim, ao designar-me para o seu serviço, 13a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé.
14Transbordou a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. 15Segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles!
16Por isso encontrei misericórdia, para que em mim, como primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração; ele fez de mim um modelo de todos os que crerem nele para alcançar a vida eterna. 17Ao Rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Caríssimo: 12Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim, ao designar-me para o seu serviço, 13a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé.
14Transbordou a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. 15Segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles!
16Por isso encontrei misericórdia, para que em mim, como primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração; ele fez de mim um modelo de todos os que crerem nele para alcançar a vida eterna. 17Ao Rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Evangelho (Lucas 15,1-32)
Domingo, 12 de Setembro de 2010
24º Domingo Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
—PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola:
4Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando à casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’
7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’
10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.
11E Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.
13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade.
15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.
17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer--lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos.
21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.
27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.
31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’.
— Ele está no meio de nós.
—PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola:
4Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando à casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’
7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’
10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.
11E Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.
13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade.
15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.
17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer--lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos.
21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.
27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.
31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO
A casa do Pai: lugar da festa
Postado por: padrepacheco
Neste domingo, no qual somos convidados a celebrar a Páscoa do Senhor com toda a Igreja, a Palavra que nos é apresentada pelo Senhor, para que possamos orientar a nossa vida, é a do Evangelho de Lucas, por meio da qual uma parábola nos é apresentada com três atitudes profunda de misericórdia. Aliás, Lucas tem a intenção, ao escrevê-lo, de nos apresentar um Deus, revelado por Jesus, tomado de compaixão, misericórdia e amor por cada um de nós.
Esta parábola nos fala da ovelha perdida e que foi encontrada; da moeda que havia sido perdida e que foi encontrada; e do filho que se perdeu e foi acolhido pelo pai. Em todas as três situações, sempre o fim foi de muita alegria, pois a misericórdia de Deus tem como característica a festa do reencontro do pecador com o Pai; a misericórdia alcança e sempre alcançou o miserável – entenda o miserável de forma correta e não pejorativa, ou seja, miserável é todo aquele (cada um de nós) que é necessitado de misericórdia.
Creio que é muito oportuno nos atermos à parte da parábola que nos apresenta a realidade do filho que resolve sair de casa, ou seja, o filho pródigo; até porque no que diz respeito á moeda e á ovelha, que são encontradas, o pano de fundo é a alegria e a festa que acontece quando são encontradas; e isso acontece porque a pessoa responsável se compadece e vai ao encontro do que está perdido até encontrar, pois o amor jamais se cansa.
Na passagem do filho pródigo, o pai tinha dois filhos e um resolve sair de casa, quer ganhar o mundo; acha que está difícil continuar a viver em casa, pois acredita existir um lugar no mundo em que não encontrará dificuldades; começa aqui o seu erro e a sua frustração; aliás, é sempre longe de casa que encontraremos as verdadeiras angústias e sofrimentos – entendendo “casa” como este lugar mais íntimo em nós, no qual só quem pode estar somos nós e Deus; o sacrário íntimo da alma.
Por essa razão, esse jovem resolve abandonar a casa e quer a herança. Herança não serve para ser dividida, mas perpetuada através da vida, vivendo, ensinando e testemunhando aquilo que recebemos enquanto virtudes e valores (a verdadeira herança). E a herança material? A estes bens deram o nome de herança; na verdade, isso não é herança. Pois herança material, filho bom não precisa e filho mau não merece!
Assim o jovem vai embora e o pai o deixa ir, pois o amor não obriga, não prende, não impõe nada, mas propõe, deixa livre. Ele vai e “quebra a cara” verdadeiramente. Arrependido, constata que nem a lavagem dos porcos ele tem para comer; é assim que o demônio nos trata e ilude: à base de mentira, nos propõe mundos e fundos; quando “caímos na dele” – na mentira, pois ele é o pai da mentira – então percebemos que nem à lavagem temos direito, pois nem isso ele tem condições de dar a alguém, pois ele é o senhor da miséria e da derrota. Ele é desgraçado, no mais profundo sentido da palavra – ele está sem a graça; ele é sem graça e quer todos afastados da graça de Deus.
Quando este rapaz cai em si, percebe que todos na casa do pai são tratados com dignidade e respeito, a começar pelos empregados, que têm pão com fartura. Então resolve voltar para casa e pedir uma oportunidade, ao menos de ser tratado com empregado, pois – segundo ele mesmo – não pode mais voltar a ser filho, pois fez muitas coisas erradas. Para chegar em casa e poder ser tratado, ao menos, como empregado, monta um discursozinho: “Ao chegar em casa vou dizer para o meu Pai: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não merece ser trado como teu filho; trata-me como um de teus empregados’”. Ele veio decorando, pelo caminho, este discurso, pois tinha medo de não ser acolhido pelo pai por ter “pisado feio na bola”.
Quando está distante de casa do pai, mas podendo vê-la, percebe que vem alguém correndo ao seu encontro. É o pai quem vem, pois é ele quem vê o filho e não o filho quem vê o pai. O pai sabia que o filho iria voltar, pois o conhecia. Corre em direção ao menino e enche-o de beijos; aperta-o, não perguntando acerca do seu passado, mas o aperta em seus braços, abraçando aquele filho que acabara de chegar: feio, arrebentado, sujo… O pai não se importa com o estado deste, pois o ama e o amor consiste em acolher o outro a partir daquilo que ele tem de pior.
O filho começa a discorrer o discurso, mas quando vai pedir para ser tratado como um dos empregados do pai, este o interrompe imediatamente e manda vir todos os produtos necessários para a festa: boi para o churrasco, roupa, calçado e anel novos.
O pai não é indiferente ao que o filho fez, meus irmãos e irmãs; a questão é que o genitor coloca tudo no seu devido lugar e dá atenção àquilo que merece atenção, ou seja, ele não põe panos quentes sobre o que o filho fez, mas o coloca no seu lugar, e, sobretudo, coloca o pecado do filho também no seu devido lugar. Para dizer que o pai se interessa pelo filho e não pelo pecado, ou seja, somos amados por Deus por aquilo que somos e não por aquilo que fazemos. E o que somos? Filhos!
E o filho mais moço – porque aprendeu com o filho mais velho – acha que é amado por aquilo que faz; por isso preparou o discurso; para ser aceito. O pecado nunca terá condições de retirar o que somos essencialmente: filhos. Verdadeiramente, quem era o filho pródigo, nesta parábola, era o filho mais velho, pois viveu a vida toda pisando em cima dos manjares, por estar na casa do pai e morria constantemente de fome; o mais moço sentiu fome e teve a coragem de voltar; e porque teve a coragem de voltar, foi alimentado à base de festa, pois experimentou o amor do pai.
Não interessa onde estivermos e como estivermos; voltemos, irmãos e irmãs; voltemos através do sacramento da reconciliação, pois a Ceia Eucarística está a nos esperar para que possamos reviver nos braços misericordiosos de Deus Pai.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
Comunidade Canção Nova
SEMANA DA PÁTRIA
7 DE SETEMBRO - FESTA DA INDEPENDÊNCIA
"Ano:2010"
.----------------------------------. O dia 7 de setembro, data em que o Brasil se tornou independente de Portugal no ano de 1822, é, sem dúvida, um dos momentos mais importantes e gloriosos do País. Por isso, deve ser comemorado não apenas como uma festa mas, sobretudo, como um evento para reflexão sobre os rumos que a nação vem trilhando em sua história desde de 1500, data oficial de seu descobrimento.
Muito se avançou até o presente momento, sobretudo depois do ato de independência liderado por D. Pedro. Na monarquia, o regime de escravidão que oprimia os negros oficialmente não mais existe desde 1888, depois de muitas lutas e sacrifício desta etnia. No ano seguinte, em 1889, instalou-se a primeira República. Em 1930, aconteceu uma revolução constitucionalistas que baniu os restos da Velha República.
Do final dos anos 1930 até 1950, inclusive durante o período chamado de Estado Novo, com viés autoritário, assentou-se as bases do desenvolvimento nacional com a criação de universidades como a USP, em São Paulo, e a Petrobras, empresas siderúrgicas e a construção de Brasília, entre os governos de Getúlio Vargas a Juscelino Kubitschek. Já de 1964 a 1985, período do regime militar, o País conviveu com o retrocesso político – perseguições e torturas aos opositores - e a interrupção de sua política nacional, resultando em uma maior dependência dos países estrangeiros, simbolizada no aumento da dívida externa, tendo como credor principal os Estados Unidos. 1986 foi o início da Nova República, no qual o vice-presidente José Sarney, um civil, sucedeu a Tancredo Neves, o titular que morreu ainda no período da transição.
Depois dos insucessos do governo anterior, Fernando Collor (PRN), disputando com Luís Inácio “Lula” da Silva (PT), se tornou o 32º presidente da República em 1990, com um discurso de moralização do País, com o combate à corrupção e aos “marajás”, ou seja, os que supostamente ganhavam altos salários do serviço público. Como tomou algumas medidas antipáticas – intervenção na caderneta de poupança e outras na área econômicas – e favorecimentos políticos (o Caso PC Farias – empresário que fora assassinado após ter criado uma rede de corrupção no governo), Collor perdeu apoio político e o cargo através de um processo de “impeachment”. Seu vice, Itamar Franco, conclui a gestão até 1994.
Nesse mesmo ano, aconteceu a eleição presidencial, no qual se sagrou vencedor o sociólogo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao derrotar o candidato Lula, aproveitando-se, principalmente, da estabilidade econômica gerada pelo Plano Real, criado no governo Itamar. Fernando Henrique, que teve participação no governo anterior na condição de Ministro da Fazenda, ficou no poder durante dois mandatos, até 2002, sempre enfrentado Lula como principal candidato da oposição. Uma de suas marcas principais foi a privatização de várias empresas, como a CSN e Vale do Rio Doce.
Já em 2002, depois de três derrotas eleitorais como candidato a presidente, Lula vence seu primeiro pleito presidencial, derrotando justamente um candidato do PSDB, José Serra, apoiado por Fernando Henrique, também conhecido por FHC. O êxito no campo social, na política econômica e externa, apesar das crises políticas, fizeram com que Lula fosse reeleito, também superando em segundo turno o candidato do PSDB Geraldo Alckmin, ex-governador do estado de São Paulo.
Nesse 7 de setembro de 2009, o Brasil vive um momento de grande prestígio no cenário internacional em decorrência da política externa liderada pelo presidente Lula. O Brasil é o líder econômico e político da América do Sul. Está com força nos blocos econômicos mundiais, inclusive é um dos líderes dos países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China), também conhecido como Brics. Com sua política autônoma, o Brasil foi um dos poucos do mundo a enfrentar com êxito a atual crise econômica mundial, que estourou nos Estados Unidos e se espalhou por outras nações. O grande tema em debate interno no momento, que pode fortalecer ainda mais o Brasil no contexto internacional, é a descoberta das novas reservas de petróleo no território brasileiro, também conhecida como Pré-Sal. O País pode se transformar no oitavo produtor mundial de petróleo, consolidando, assim, sua independência econômica e liderança.
Novamente, o debate estratégico sobre o desenvolvimento e autonomia do Brasil está na ordem do dia, sobretudo porque haverá eleição presidencial no próximo ano, agora num ambiente democrático.
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> A Independência do Brasil | |||||||||||||||||||
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O processo de independência do Brasil
Para compreender o verdadeiro significado histórico da independência do Brasil, levaremos em consideração duas importantes questões:
Em primeiro lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as revoltas de emancipação no final do século XVIII. Ainda é muito comum a memória do estudante associar a independência do Brasil ao quadro de Pedro Américo, "O Grito do Ipiranga", que personifica o acontecimento na figura de D. Pedro.
Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando em nada a realidade sócio-econômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial.
Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação histórica do processo de independência do Brasil.
Desde as últimas décadas do século XVIII assinala-se na América Latina a crise do Antigo Sistema Colonial. No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar o pacto colonial e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo de independência política do Brasil, que se estende até 1822 com o "sete de setembro". Esta situação de crise do antigo sistema colonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Antigo Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra e principalmente pela difusão do liberalismo econômico e dos princípios iluministas, que juntos formarão a base ideológica para a Independência dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789). Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na História, assinalado pela passagem da idade moderna para a contemporânea, representada pela transição do capitalismo comercial para o industrial.
Os Movimentos de Emancipação
A Inconfidência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro movimento social republicano-emancipacionista de nossa história. Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos ficou muito a desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as camadas mais populares, configurando-se num movimento elitista estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como intelectuais, militares, e religiosos. Outros pontos que contribuíram para debilitar o movimento foram a precária articulação militar e a postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a república para o Brasil e na prática preocupavam-se com problemas locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a ausência de uma postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfecho do movimento foi assinalado quando o governador Visconde de Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para deflagar a revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas de uma verdadeira devassa.
Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua participação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier, o alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilidade de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada a pena de morte dos inconfidentes, exceto a de Tiradentes. Alguns tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde provavelmente foi assassinado.
Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais (21 de abril de 1789). Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder da metrópole.
O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta dos Alfaiates, também chamada de Conjuração Baiana. A influência da loja maçônica Cavaleiros da Luz deu um sentido mais intelectual ao movimento que contou também com uma ativa participação de camadas populares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira.Eram pretos, mestiços, índios, pobres em geral, além de soldados e religiosos. Justamente por possuír uma composição social mais abrangente com participação popular, a revolta pretendia uma república acompanhada da abolição da escravatura. Controlado pelo governo, as lideranças populares do movimento foram executadas por enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos.
Outros movimentos de emancipação também foram controlados, como a Conjuração do Rio de Janeiro em 1794, a Conspiração dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de 1817. Esta última, já na época que D. João VI havia se estabelecido no Brasil. Apesar de contidas todas essas rebeliões foram determinantes para o agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já que trouxeram pela primeira vez os ideais iluministas e os objetivos republicanos.
A Família Real no Brasil e a Preponderância Inglesa
Se o que define a condição de colônia é o monopólio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não mais existia. Rompia-se o pacto colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradicionais relações com Portugal.
Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção ao "sete de setembro".
Há muito Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de D. João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar na esfera do domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a independência da América Latina era uma promissora oportunidade de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.
Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência do capitalismo inglês.
Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do Porto. Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu um caráter liberal ao movimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o poder, essa revolução assume uma postura recolonizadora sobre o Brasil. D. João VI retorna para Portugal e seu filho aproxima-se ainda mais da aristocracia rural brasileira, que sentia-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção recolonizadora de Portugal e as guerras de independência na América Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas.
O Significado Histórico da Independência
A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do Brasil com o cuidado de não afetar seus privilégios, representados pelo latifúndio e escravismo. Dessa forma, a independência foi imposta verticalmente, com a preocupação em manter a unidade nacional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e trabalhadores pobres em geral.
Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para que também o príncipe regente voltasse, a aristocracia rural passa a viver sob um difícil dilema: conter a recolonização e ao mesmo tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário-republicano que marcava a independência da América Espanhola, o que evidentemente ameaçaria seus privilégios.
A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica Comércio e Artes) e a imprensa uniram suas forças contra a postura recolonizadora das Cortes.
D. Pedro é sondado para ficar no Brasil, pois sua partida poderia representar o esfacelamento do país. Era preciso ganhar o apoio de D. Pedro, em torno do qual se concretizariam os interesses da aristocracia rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil. Cedendo às pressões, D. Pedro decidiu-se: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".
É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria como imperador em troca da futura independência não alterar a realidade sócio-econômica colonial. Contudo, o Dia do fico era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal. Graças a homens como José Bonifácio de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro, que acabou aceitando o título de Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3 de junho foi convocada uma Assembléia Geral Constituinte e Legislativa e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.
São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andradas, pois Martim Francisco (vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo) foi forçado a demitir-se, sendo expulso da província. Em Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de tropas, caso o príncipe não retornasse imediatamente.
José Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao príncipe, juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldina, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pedro que se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos, bradou: "É tempo... Independência ou morte... Estamos separados de Portugal".Chegando no Rio de Janeiro (14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era o início do Império, embora a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.
A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.
-----------------------------------Em primeiro lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as revoltas de emancipação no final do século XVIII. Ainda é muito comum a memória do estudante associar a independência do Brasil ao quadro de Pedro Américo, "O Grito do Ipiranga", que personifica o acontecimento na figura de D. Pedro.
Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando em nada a realidade sócio-econômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial.
Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação histórica do processo de independência do Brasil.
Desde as últimas décadas do século XVIII assinala-se na América Latina a crise do Antigo Sistema Colonial. No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar o pacto colonial e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo de independência política do Brasil, que se estende até 1822 com o "sete de setembro". Esta situação de crise do antigo sistema colonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Antigo Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra e principalmente pela difusão do liberalismo econômico e dos princípios iluministas, que juntos formarão a base ideológica para a Independência dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789). Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na História, assinalado pela passagem da idade moderna para a contemporânea, representada pela transição do capitalismo comercial para o industrial.
Os Movimentos de Emancipação
A Inconfidência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro movimento social republicano-emancipacionista de nossa história. Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos ficou muito a desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as camadas mais populares, configurando-se num movimento elitista estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como intelectuais, militares, e religiosos. Outros pontos que contribuíram para debilitar o movimento foram a precária articulação militar e a postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a república para o Brasil e na prática preocupavam-se com problemas locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a ausência de uma postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfecho do movimento foi assinalado quando o governador Visconde de Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para deflagar a revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas de uma verdadeira devassa.
Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua participação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier, o alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilidade de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada a pena de morte dos inconfidentes, exceto a de Tiradentes. Alguns tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde provavelmente foi assassinado.
Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais (21 de abril de 1789). Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder da metrópole.
O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta dos Alfaiates, também chamada de Conjuração Baiana. A influência da loja maçônica Cavaleiros da Luz deu um sentido mais intelectual ao movimento que contou também com uma ativa participação de camadas populares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira.Eram pretos, mestiços, índios, pobres em geral, além de soldados e religiosos. Justamente por possuír uma composição social mais abrangente com participação popular, a revolta pretendia uma república acompanhada da abolição da escravatura. Controlado pelo governo, as lideranças populares do movimento foram executadas por enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos.
Outros movimentos de emancipação também foram controlados, como a Conjuração do Rio de Janeiro em 1794, a Conspiração dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de 1817. Esta última, já na época que D. João VI havia se estabelecido no Brasil. Apesar de contidas todas essas rebeliões foram determinantes para o agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já que trouxeram pela primeira vez os ideais iluministas e os objetivos republicanos.
A Família Real no Brasil e a Preponderância Inglesa
Se o que define a condição de colônia é o monopólio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não mais existia. Rompia-se o pacto colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradicionais relações com Portugal.
Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção ao "sete de setembro".
Há muito Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de D. João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar na esfera do domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a independência da América Latina era uma promissora oportunidade de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.
Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência do capitalismo inglês.
Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do Porto. Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu um caráter liberal ao movimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o poder, essa revolução assume uma postura recolonizadora sobre o Brasil. D. João VI retorna para Portugal e seu filho aproxima-se ainda mais da aristocracia rural brasileira, que sentia-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção recolonizadora de Portugal e as guerras de independência na América Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas.
O Significado Histórico da Independência
A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do Brasil com o cuidado de não afetar seus privilégios, representados pelo latifúndio e escravismo. Dessa forma, a independência foi imposta verticalmente, com a preocupação em manter a unidade nacional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e trabalhadores pobres em geral.
Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para que também o príncipe regente voltasse, a aristocracia rural passa a viver sob um difícil dilema: conter a recolonização e ao mesmo tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário-republicano que marcava a independência da América Espanhola, o que evidentemente ameaçaria seus privilégios.
A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica Comércio e Artes) e a imprensa uniram suas forças contra a postura recolonizadora das Cortes.
D. Pedro é sondado para ficar no Brasil, pois sua partida poderia representar o esfacelamento do país. Era preciso ganhar o apoio de D. Pedro, em torno do qual se concretizariam os interesses da aristocracia rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil. Cedendo às pressões, D. Pedro decidiu-se: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".
É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria como imperador em troca da futura independência não alterar a realidade sócio-econômica colonial. Contudo, o Dia do fico era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal. Graças a homens como José Bonifácio de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro, que acabou aceitando o título de Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3 de junho foi convocada uma Assembléia Geral Constituinte e Legislativa e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.
São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andradas, pois Martim Francisco (vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo) foi forçado a demitir-se, sendo expulso da província. Em Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de tropas, caso o príncipe não retornasse imediatamente.
José Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao príncipe, juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldina, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pedro que se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos, bradou: "É tempo... Independência ou morte... Estamos separados de Portugal".Chegando no Rio de Janeiro (14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era o início do Império, embora a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.
A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.
D. Pedro compondo o Hino da Independência (tela de Augusto Bracet) |
Dois episódios históricos muito próximos, o Dia do Fico e o Grito do Ipiranga, distantes apenas dez meses um do outro, ocorridos no ano de 1822, um em janeiro o outro em setembro, marcaram simbolicamente a emancipação brasileira do domínio lusitano, encerrando 322 anos de colonização portuguesa na América. A presença da família real dos Bragança no Brasil, desde 1808, e a permanência do herdeiro do trono depois da volta de dom João VI para Lisboa, em 1821, terminaram por amortecer um movimento separatista violento e desagregador como ocorreu no restante do continente. Isto permitiu que apenas com dois gritos, o do Fico, mais baixo, e o do Ipiranga, mais sonoro, o Brasil atingisse a tão desejada autonomia sem os tormentos de uma guerra de independência prolongada e sangrenta e sem ver-se dividido em dezenas de republiquetas.
As negaças do príncipe
"Ele está melhor disposto para os brasileiros do que eu esperava - mas é necessário que algumas pessoas o influam mais, pois não está tão positivamente decidido quanto eu desejaria."
Major Schäffer, recrutador de colonos e próximo a dom Pedro, 1821
D. Pedro I (pintura anônima) |
Por duas vezes seguidas as Cortes de Lisboa o chamaram. Queriam o príncipe dom Pedro, regente e capitão-general do Brasil, de volta a Portugal. Por duas vezes ele negou-se a ir. Na primeira vez, deu-se o "fico", quando ele, no dia 9 de janeiro de 1822, na varanda do paço do Rio de Janeiro, acatou o manifesto com algumas milhares de assinaturas que o presidente do senado da câmara da capital, José Clemente Pereira apresentou-lhe implorando para que ele não partisse. Na segunda vez, no 7 de setembro do mesmo ano, deu-se a independência. Momento em que o príncipe, nas margens do Ipiranga, respondeu ao apelo de um outro manifesto, este colhido por José Bonifácio em toda a capitania de São Paulo, com oito mil nomes escritos, que pedia que ele rompesse definitivamente com a Metrópole. Um grito numa sacada, outro grito, mais alto, num riacho, insuflados pelas lojas maçônicas e pelo povo, fizeram o Brasil independente de Portugal. Os dois acontecimentos produziram quadros, um de Debret, esboçado ali mesmo no calor da hora, o outro de Pedro Américo, feito muito mais tarde, trabalho de estudo, obra de atelier.
Vila Rica em 1820 |
Um quadro assustador
José Bonifácio |
Ao redor do Brasil a situação não diferia muito. Os vizinhos sul-americanos haviam pego em armas há mais de dez anos, gerando caudilhos em cada rincão, enquanto no México um general realista meio doido, Iturbide, depois de sufocar os revolucionários em 1821, proclamara-se imperador Augustin I.
A dissolução da unidade americana
Independência, mas sem abolição |
"Para ser de glórias farto,/ Inda que não fosse herdeiro,/
Seja já Pedro Primeiro... Seja nosso Imperador/
...Mas nunca nosso Senhor".
Seja já Pedro Primeiro... Seja nosso Imperador/
...Mas nunca nosso Senhor".
O hino e o grito
D. Pedro ovacionado no teatro em São Paulo |
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Mês da Bíblia será celebrado com estudo do Livro de Jonas
CNBB
CNBB
Cartaz do 39º ano de celebração do mês da Bíblia
Este ano, 2010, será o 39º ano que a Igreja celebra o Mês da Bíblia. A celebração surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), e logo em seguida, a proposta foi lançada e aceita por toda a Igreja no Brasil.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com o Grupo de Reflexão Bíblica Nacional (GREBIN), dando continuidade à 12ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (2008), propôs para o Mês da Bíblia deste ano o estudo do livro de Jonas, com destaque para a evangelização e a missão na cidade.
“Ele [livro de Jonas] tem como objetivo principal ajudar o povo a cumprir o anseio do último Sínodo (2008) que destacou o mandato missionário de todo cristão como consequência do Batismo. Acrescenta-se a isso o fato do documento de Aparecida também destacar o valor do mandato missionário. Outras motivações contribuíram para a escolha do livro de Jonas: a Campanha da Fraternidade Ecumênica e o Ano Paulino, que refletiram sobre a evangelização do mundo urbano. Através do livro de Jonas, Deus faz o mesmo apelo aos cristãos de hoje: ‘Levanta-te e vai à grande cidade’ (Jn 1,2) para denunciar as injustiças e proclamar a sua misericórdia”, destacou o bispo da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, Dom Jacinto Bergmann.
Para a assessora da Comissão Bíblico-catequética, Maria Cecília Rover, responsável pela parte bíblica da Comissão, o Documento de Aparecida trata o caminho de formação dos discípulos missionários, principalmente apontando para o texto escolhido para o Mês da Bíblia 2010. “O Documento de Aparecida nos alerta para as muitas formas de nos aproximarmos da Sagrada Escritura, e destaco a Leitura Orante como a maneira privilegiada. No Livro de Jonas, ele nos ensina a não temermos os grandes desafios, levando o Evangelho a todas as direções que seguirmos. Este é o grande auxílio que vejo com o Mês da Bíblia, ele mobiliza a sociedade em torno de um tema específico, fortalecendo a comunhão social e despertando o ardor missionário de cada cristão”.
Este ano, a novidade fica por conta do livreto, em forma de leitura orante, confeccionado pelo GREBIN, e nele consta quatro leituras sobre o livro de Jonas. Além do livro, há o cartaz e o texto-base. Os materiais podem ser adquiridos pelas Edições CNBB, no endereço www.edicoescnbb.com.br e o texto-base está disponível gratuitamente na página da Comissão.
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1) 27 DE AGOSTOESPECIAL
SEMANA DA PÁTRIA
(Estamos preparando as postagens...)----------------------------
Domingo, 29 de agosto, "Dia do Senhor!!!"
Dia Nacional do Catequista!
Comentário:
Irmãos e irmãs, o Senhor nos convida a “vir mais para cima”, a participar do banquete em sua casa, banquete do reino, onde não há privilégios. A eucaristia é momento favorável para conhecermos as preferências de Deus. Neste Dia Nacional do Catequista, celebramos a vida e a doação de tantas mulheres e homens a serviço da catequese.
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Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
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------------ Dia Nacional do Catequista ------------
Dia do Catequista
Ide e pregai o Evangelho a toda criatura
A Igreja Católica celebra no dia 29 de agosto deste ano o dia nacional do catequista. Na ação pastoral da vida eclesial é tão importante a missão do catequista, verdadeiros evangelizadores, que Jesus, antes de começar sua pregação, escolheu seus doze discípulos, que deveriam se espalhar pelo mundo inteiro, anunciando a boa nova, isto é, evangelizando as pessoas.
O número 12, na Sagrada Escritura, tem um sentido de totalidade, plenitude e, realmente, esses doze discípulos se multiplicaram em progressão geométrica e, entre eles, nós temos os catequistas, homens e mulheres dispostos a levar às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos a mensagem de Cristo, promovendo a catequese renovada, à luz do Concílio Vaticano II.
Os catequistas e as catequistas lembram o próprio Senhor Jesus, pois, além de apresentarem o projeto do Pai a outras pessoas, pretendem formar novos discípulos missionários.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos ajuda em seus métodos de evangelização, catequese e apostolado: Ele começa pela vida, em seus aspectos comuns, de forma a levar o povo à revelação do seu Evangelho.
Quando Ele disse a seus discípulos: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”, estava iniciando com eles um trabalho de catequese, que foi multiplicado até os dias de hoje.
O mundo está tão conturbado com guerras, violência, ganância, egoísmo que pouca gente quer escutar a Palavra de Deus. É por isto que é muito louvável o trabalho do catequista nos nossos dias porque ele precisa abrir os olhos e os ouvidos das pessoas para a realidade sempre atual, em todos os tempos, da Palavra de Deus.
Que Deus, com largueza e profusão, abençoe nossos catequistas, homens e mulheres que, espontaneamente, se dedicam a transmitir ensinamentos cristãos. Que eles continuem no seu propósito de evangelizar e que consigam formar novos operários para a messe do Senhor, na escola da nova evangelização de discípulos-missionários.
O número 12, na Sagrada Escritura, tem um sentido de totalidade, plenitude e, realmente, esses doze discípulos se multiplicaram em progressão geométrica e, entre eles, nós temos os catequistas, homens e mulheres dispostos a levar às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos a mensagem de Cristo, promovendo a catequese renovada, à luz do Concílio Vaticano II.
Os catequistas e as catequistas lembram o próprio Senhor Jesus, pois, além de apresentarem o projeto do Pai a outras pessoas, pretendem formar novos discípulos missionários.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos ajuda em seus métodos de evangelização, catequese e apostolado: Ele começa pela vida, em seus aspectos comuns, de forma a levar o povo à revelação do seu Evangelho.
Quando Ele disse a seus discípulos: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”, estava iniciando com eles um trabalho de catequese, que foi multiplicado até os dias de hoje.
O mundo está tão conturbado com guerras, violência, ganância, egoísmo que pouca gente quer escutar a Palavra de Deus. É por isto que é muito louvável o trabalho do catequista nos nossos dias porque ele precisa abrir os olhos e os ouvidos das pessoas para a realidade sempre atual, em todos os tempos, da Palavra de Deus.
Que Deus, com largueza e profusão, abençoe nossos catequistas, homens e mulheres que, espontaneamente, se dedicam a transmitir ensinamentos cristãos. Que eles continuem no seu propósito de evangelizar e que consigam formar novos operários para a messe do Senhor, na escola da nova evangelização de discípulos-missionários.
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
DIA DO PSICÓLOGO
O profissional de psicologia é, como o próprio nome da teoria sugere, um conhecedor da mente humana. A palavra deriva do grego e significa psyche (mente ou alma) e logos (conhecimento), ou seja, "ciência da alma": sua definição mais antiga. Tudo começou com os filósofos, os primeiros a fazer especulações em relação a problemas psicológicos, em busca de respostas sobre a natureza da alma e de sua relação com o corpo. Daí o costume de se dizer que a filosofia é a mãe da psicologia ou que os filósofos foram os precursores dos psicólogos. Hoje, a definição da psicologia é outra e cabe ao psicólogo "estudar os fenômenos da mente e do comportamento do homem com o objetivo de orientar os indivíduos a enfrentar suas dificuldades emocionais e ajudá-los a encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção".
O objeto de estudo do psicólogo é o comportamento humano e o seu principal objetivo é compreender o homem.
Apesar desse intuito de compreensão não ser uma característica somente do profissional de psicologia - temos também o antropólogo, o sociólogo e o economista procurando o mesmo -, fica visível que estes dão ênfase, sobretudo, aos grupos e sociedades, enquanto aquele se fixa no indivíduo.
Isto também não significa que o psicólogo só veja o indivíduo em separado, fora do coletivo, mas sim que enxerga o homem como a unidade do grupo.
Veja algumas das divisões desse estudo:
- psicologia da personalidade - ocupa-se dos diagnósticos e desenvolvimento das personalidades.
- psicologia social - estuda o comportamento dos indivíduos dentro do grupo.
- psicologia comparativa - compara o comportamento animal com o do homem.
- psicologia do desenvolvimento - avalia as mudanças que acontecem com o indivíduo.
- psicologia experimental - analisa os fenômenos psicológicos com fenômenos naturais, em condições monitoradas em laboratório.
- psicologia clínica - tratamento das neuroses e demais problemas psíquicos.
Para quem anda pensando em seguir essa profissão, alguns conhecimentos podem ajudar a se definir na escolha. Uma delas é saber sobre o seu futuro campo de atuação, ou seja, onde e como poderá trabalhar.
O psicólogo pode atuar não apenas em consultórios, mas ainda em escolas, dando orientação vocacional; em empresas, participando de processos de seleção de funcionários; em hospitais, atendendo a pacientes e seus familiares; e mesmo na área de pesquisa, avaliando perfil do consumidor.
Também pode trabalhar como psicólogo esportivo, preparando os atletas emocionalmente, ou como psicólogo educacional, auxiliando pais e professores a solucionar problemas de aprendizagem.
O campo é bem amplo. A psicologia jurídica é outra área desse universo de opções. Como psicólogo jurídico, você vai acompanhar processos de adoção ou de violência a menores ou, em caso de presídios, avaliar os detentos.
Seja qual for a sua escolha, o importante é saber que você vai estar lidando com pessoas em seus sentimentos, medos e desejos. E que isto requer muito cuidado.
O curso de psicologia vai dar a você, nos períodos iniciais, uma visão dos diferentes aspectos da psicologia: história, teoria e principais correntes.
Também haverá aulas enfocando matérias sobre saúde, como neurologia, por exemplo.
Mais adiante é que o aluno vai se deparar com as disciplinas profissionalizantes e optativas, como pedagogia do excepcional, problemas de aprendizagem e orientação vocacional. Nesse momento, é a hora de optar por uma área de especialização.
No caso de quem pretende clinicar, o estágio é obrigatório, mas todos, uma vez formados, deverão se registrar no Conselho Regional de Psicologia.
O curso tem duração de quatro anos, para o bacharelado, e cinco, para quem deseja ainda a formação clínica, para atendimento em consultório.
Fonte: IBGE Teen
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2)ANOREXIA
O termo anorexia vem do grego, significando falta de apetite. O termo, na verdade , é errôneo, já que a falta de apetite é rara, pois o indivíduo muitas vezes sentem fome, mas procuram negá-la.
A síndrome foi identificada como entidade clínica em 1868, por Gull e Lasígue, apesar de Ter sido descrita em 1694 por Richard Morton, que relatava um emagrecimento auto-induzido em decorrência de um medo mórbido de ganhar peso.
As características essenciais da anorexia nervosa são: recusa do indivíduo de manter um peso corporal na faixa normal mínima associado à um temor intenso de ganhar peso. Esse distúrbio é caracterizado por distúrbios severos no comportamento alimentar, que merecem análise cuidadosa no que diz respeito aos aspectos e cuidados nutricionais.
A comunidade científica trata a (AN) como sintomas do inconsciente da cultura
contemporânea.
Na realidade, trata-se de uma perturbação significativa na percepção do esquema corporal, ou seja, da auto-percepção da forma e ou do tamanho do corpo.
Parece ter tornado-se do senso comum que tais transtornos são muito mais predominantes nas sociedades industrializadas, nas quais há abundância de comida e onde, especialmente para as mulheres, é considerada atraente a pessoa que é magra. Contraditoriamente, “em algumas culturas, a percepção distorcida do corpo pode não ser proeminente, e a motivação expressa para a restrição alimentar poderia Ter um conteúdo diferente, como o desconforto espigástrico.
A anorexia nervosa tem fatores psicológicos, biológicos e sociais.
Epidemiologia
A taxa de prevalência de indivíduos com Anorexia é de 1% e desses cerca de 90% dos casos de Anorexia Nervosa são em mulheres. Os casos acontecem com mais freqüência em classes sociais mais elevadas. Em 45% dos casos, a Anorexia acontece após uma dieta de emagrecimento. Em 40% acontece por competição, como por exemplo pessoas que sua profissão exige magreza como modelos e bailarinas.
Nas últimas décadas, tem crescido o número de relatos em meninas pré- púberes e em homens. As idades mais comuns de início ocorre na adolescência, mas até 5% dos pacientes com Anorexia Nervosa tem início logo após os 20 anos.
Etiologia
Não se conhecem as causas fundamentais da Anorexia Nervosa. Há autores que evidenciam como causa a interação sociocultural mal adaptada, fatores biológicos, mecanismos psicológicos menos específicos e especial vulnerabilidade de personalidade.
Fatores biológicos: Incluem as alterações hormonais que ocorrem durante a puberdade e as disfunções de neuro- transmissores cerebrais (disfunção cerebral ao nível do hipotálomo, que comandam os estímulos da fome, da sede e amadurecimento sexual) tais como a dopamina, a serotonina, noradrenalina e dos pepitídeos opióides.
Vários trabalhos apontam para uma pré- disposição genética para o desenvolvimento da Anorexia. Estudos demonstram uma taxa se concordância muito maior em gêmeos monozigóticos em comparação com gêmeos dizigóticos (56% contra 5%). Parentes de primeiro graus de pacientes com Anorexia exibe um risco de aproximadamente 8 vezes maior de apresentar a doença do que a população geral.
Fatores psicológicos: Muitas anoréxicas pertencem a famílias rígidas e fechadas sobre elas próprias, e geralmente tem um relacionamento patológico com a mãe.
As anoréxicas são freqüentemente pessoas dependentes mas atuando de uma forma de perfeita independência, extremamente carente de afeto, quase obsessiva tendência para o perfeccionismo intelectual, que as leva quase incurável racionalização.
Há como que uma recusa inconsciente de crescer, tentando conservar as formas de infância. A tentativa de controle do corpo surge assim como uma forma inconsciente de compensação de um sentimento generalizado de incapacidade, de dependência e de dificuldade de autonomia.
Fatores socioculturais: Os aspectos socioculturais dos transtornos alimentares têm sido amplamente estudados e já foram objeto de inúmeros trabalhos médicos, antropológicos, sociológicos e históricos. O interesse pelo tema decorre de observações, encontradas já nas primeiras descrições contemporâneas destes transtornos, de que a extrema valorização da magreza nas sociedades ocidentais desenvolvidas estaria fortemente associada à ocorrência de anorexia nervosa.
Os dados revelam também que anorexia nervosa pareça ser mais prevalente em
países ocidentais e são claramente mais freqüentes entre as mulheres jovens, especialmente aquelas pertencentes aos estratos sociais mais elevados destas sociedades, o que fortalece sua conexão com fatores socioculturais.
A pressão cultural para emagrecer é considerada um elemento fundamental da
etiologia dos transtornos alimentares, que interage com fatores biológicos, psicológicos e familiares para gerar a preocupação excessiva com o corpo e o pavor doentio de engordar, característicos da anorexia nervosa.
A influência dos aspectos socioculturais é marcante.
Os transtornos alimentares, na forma como se apresentam hoje em dia, emergem das pesquisas epidemiológicas como doenças relativamente modernas e predominantemente ocidentais. Segundo DiNicola (1990), a concepção de um modelo de compreensão dos transtornos alimentares que explique os dados sobre sua ocorrência e distribuição deve incluir necessariamente a abordagem do contexto sociocultural onde ocorrem.
Nas sociedades afluentes, ao mesmo tempo em que observamos uma oferta abundante de alimentos de alto teor calórico e de rápido consumo, e a vida cotidiana se torna cada vez mais sedentária, as modelos e atrizes de sucesso, representantes dos padrões ideais de beleza feminina, são extremamente magras e muitas vezes apresentam um corpo de pré- adolescente, com formas pouco definidas.
Assim, as sociedades ocidentais contemporâneas vivem atualmente sob o
ideal da magreza e da boa forma física. Este padrão se impõe especialmente para asa mulheres, nas quais a aparência física representa uma importante medida de valor pessoal. Proliferam novas e miraculosas dietas para emagrecimento.
Apesar na falta de informação com sólida base empírica e das limitações metodológicas de algumas pesquisas sobre transtornos alimentares em países
não europeus ou norte-americanos, a descrição crescente da ocorrência da anorexia nervosa em outras sociedades tem oferecido dados para a argumentação contrária à visão dos transtornos alimentares como síndrome restrita à cultura ocidental.
O processo de aculturação parece também ter alguma influência na
ocorrência dos transtornos alimentares entre imigrantes residindo em países ocidentais de primeiro mundo e nas minorias étnicas destes países.
Segundo autores, a razão para este aumento se deve a melhores métodos de detecção de caso, maior acesso ao sistema de saúde, mudanças nos padrões sócio-econômicos e mais ampla adoção do padrão de magreza.
Quais as teorias psicológicas que tentam explicar o que acontece com alguém com transtorno alimentar?
As teorias psicológicas tentam discutir e compreender como se dá a relação do ser humano com o alimento e a forma corporal, bem como de que forma isso poderia se relacionar com o modo pelo as anoréxicas pensam, sentem e se comportam.
De modo bem simples, poderíamos destacar a visão psicanalítica e a visão cognitivista a respeito dos transtornos alimentares, porque são as formas de psicoterapia maios utilizadas no tratamento individual ou em grupo dessas pacientes.
A visão psicanalítica se formou, a partir dos estudos e teorias de Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, no início de século. Entre outras idéias, formulou que a causa da maioria dos problemas e sofrimentos psicológicos são conflitos, em geral entre os desejos do próprio indivíduo e os limites do ambiente e da sociedade. Anoréxicas e bulímicas passam, ao longo da vida, por diversas experiências de conflito e sofrimento psíquico, seja em aceitar a si próprias e às suas necessidades básicas (por exemplo, a de precisar de alimento), seja em relação às expectativas de outras pessoas, as quais buscam atender ( por exemplo, familiares). Contudo, para explicar por que problemas emocionais vão se refletir na alimentação, é preciso recordar outra das teorias de Freud, a respeito do desenvolvimento afetivos e sexual, que se inicia na infância. Ele dividiu em diversas etapas ou fases este desenvolvimento, no qual a criança vai descobrindo, em si mesma, fontes de sentimentos prazerosos e desprazerosos.
A primeira dessas etapas é justamente a chamada fase oral, na qual a criança, a partir do contato com o seio materno, associa a obtenção de alimento com o contato afetivo e o prazer. Obviamente, outros estudiosos modificam e ampliaram essas teorias. AO se entrar em contato com uma paciente anoréxica ou bulímica, percebe-se que o mais importante é que ela descubra qual é o significado (muitas vezes inconsciente e desconhecido para ela) do seu sintoma e como isso pode ser integrado e vivido de forma menos angustiante.
A visão cognitivista se baseia em uma outra teoria, a de que as cognições ou idéias do indivíduo influenciam a sua afetividade. No caso da Anorexia Nervosa e da bulimia nervosa, pessoas com esses tipos de problema teriam originalmente experiências que as fizeram pensar que somente se sentiriam melhor ou mais valorizadas se tivessem determinada aparência, não fossem obesas e para tanto tivessem que praticar dietas e comportamentos purgativos. Ademais, teriam erros de raciocínio ou “distorções cognitivas” que justificariam continuar mantendo esses comportamentos, como, por exemplo, “sou magra e estou bem”, “aquela comida vai me engordar, por isso nunca mais vou comê-la”, sem argumentos lógicos que justifiquem tais idéias.
Diagnósticos e características clínicas
O aparecimento da Anorexia Nervosa ocorre entre os 10 e 30 anos de idade. Os pacientes fora desta faixa etária não representam casos típicos e, portanto, seus diagnósticos devem ser questionados. Após os 13 anos de idade, a freqüência do aparecimento da condição aumenta rapidamente, sendo máxima aos 17 ou 18 anos de idade. Em cerca de 85% de todos os pacientes com Anorexia Nervosa o surgimento da doença dá- se entre os 13 e 20 anos, alguns, antes dos 10 anos, eram “enjoados” para comer ou tinham freqüentes problemas digestivos.
Os critérios de diagnóstico do DSM-IV para Anorexia Nervosa são estes:
Recusas a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado a idade e a altura (por exemplo, perda de peso e levando a manutenção do peso corporal abaixo de 85% do esperado; o fracasso é inteiro ganho de peso esperado durante o período de crescimento, levando a um peso corporal menor que 85% do esperado).
Medo intenso de ganhar peso ou de se tornar gordo, mesmo estando com peso abaixo do normal.
Perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo, influencia indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto- avaliação, ou negação do baixo peso corporal atual.
Nas mulheres pós- menarca, amenorréia, isto é, ausência de pelo menos 3 ciclos menstruais consecutivos. (Considera-se que uma mulher tenha amenorréia se seus períodos ocorrem apenas após a administração de hormônio, por exemplo estrógeno).
Características físicas:
Os pacientes geralmente chegam ao médico quando a perda de peso se torna aparente, o peso cai assustadoramente. Anoréxicas com 42 kg são consideradas de peso bom. Freqüentemente o peso chega a 36, 32, 28 kg ou menos.
A medida que a perda ponderal se aprofunda aparecem sinais físicos como hipotermia (temperatura abaixo de 35 C), edema (inchaço), bradicardia (coração bate mais lentamente), hipotensão (pressão arterial abaixo do normal), lanugo (pelos finos que recobrem a pele do rosto e outras partes do corpo), pele seca, intolerância ao frio, queda de cabelo, olhos fundos, envelhecimento precoce e outras alterações metabólicas.
Algumas pacientes chegam a atenção médica por causa da amenorréia que freqüentemente aparece antes de sua perda de peso ser perceptível.
Outras complicações médicas desse transtorno alimentar serão citadas logo abaixo:
Relacionadas a perda de peso:
Caquexia: Perda de gordura, massa muscular, metabolismo tireoídeo reduzido, dificuldades para manter a temperatura corporal básica.
Cardíaca: Perda do músculo cardíaco, coração pequeno, arritmia cardíaca, parada cardíaca.
Digestivos gastrintestinais: Inchação, constipação (queixas de intestino preso), dor abdominal .
Reprodutivas: Baixos níveis de hormônios luteinizante (LH) e hormônio folículo- estimulante (FSH).
Hematológicas: leucopenia (diminuição do número de leucócitos: diminuição da defesa do organismo a infecções).
Neuropsiquiátricas: Sentido de paladar anormal
Esqueléticas: Osteoporose (Conseqüência do baixo consumo e absorção de cálcio).
Endócrinas: Hipotireoidismo
Relacionadas a purgação (vômitos e uso de laxantes)
Digestivas- gastrintestinais: Inflamação e aumento das glândulas salivares e pancreáticas e aumento da amilase sérica, erosão esofágica e gástrica.
Dentárias: Erosão do esmalte dentário
Neuropsiquiátricas: Convulsões, fadiga e fraqueza.
Características psicológicas:
Surgimento da doença dá-se entre os 13 e 20 anos.
Meninas inteligentes, bonitas, perfeccionistas e espertas.
Existe uma preocupação em comer em público.
Enquanto fazem uma refeição tentam livrar-se do alimento colocando-o no guardanapo ou escondendo-o nos bolsos.
Cortam a carne em pedaços muito pequenos e levam muito tempo mexendo com a comida no prato.
Sentimento de inutilidade
Pensamento inflexível
Isolamento social (até mesmo namoro)
Expressão emocional demasiadamente refreadas
Sua auto- estima está associada ao grau de sua forma e peso corporais
A perda de peso é vista como uma conquista, é um sinal de auto- disciplina
E o ganho de peso é visto como um fracasso
Os indivíduos com estes transtornos até reconhecem que estão magros, mas negam as implicações de seu estado de desnutrição, ou até mesmo a morte.
A indução de vômitos, onde uma simples escova de dentes ou cabo de uma colher se tornam ótimos instrumentos para induzir o vômito (se não vomitarem se sentem sujas).
Abuso de laxantes e diuréticos que conduzem ao mórbido emagrecimento desejado.
Irritabilidade (pouco conversam)
Agressividade
Choro
Adoram cozinhar e servir comida para os outros, mas elas mesmas fazem exercícios físicos exageradamente
Acham que o tratamento é totalmente desnecessário
Transtornos mentais associados:
Transtornos depressivos tais como: humor deprimido, retraimento social, irritabilidade, insônia e interesse diminuído por sexo. Esses pacientes podem ter um quadro clínico e sintomático que satisfaz os critérios para um transtorno depressivo maior. Estes sintomas de perturbação de humor deve portanto ser reavaliados após uma reavaliação completa ou parcial do peso.
A depressão também é muito freqüente entre indivíduos com AN.
Transtornos Obsessivos Compulsivos: Pessoas com TOC sente-se aprisionadas por pensamentos e comportamentos que se repetem e que o próprio indivíduo considera absurdos, desagradáveis e impossíveis de fazer cessar.
Quando os indivíduos com AN apresentam obsessões e compulsões não relacionadas a alimentos, forma corporal ou peso, podem haver um diagnóstico conjunto e concomitante de transtornos obsessivo compulsivo que são relacionados quando não são relacionados com comida.
A síndrome foi identificada como entidade clínica em 1868, por Gull e Lasígue, apesar de Ter sido descrita em 1694 por Richard Morton, que relatava um emagrecimento auto-induzido em decorrência de um medo mórbido de ganhar peso.
As características essenciais da anorexia nervosa são: recusa do indivíduo de manter um peso corporal na faixa normal mínima associado à um temor intenso de ganhar peso. Esse distúrbio é caracterizado por distúrbios severos no comportamento alimentar, que merecem análise cuidadosa no que diz respeito aos aspectos e cuidados nutricionais.
A comunidade científica trata a (AN) como sintomas do inconsciente da cultura
contemporânea.
Na realidade, trata-se de uma perturbação significativa na percepção do esquema corporal, ou seja, da auto-percepção da forma e ou do tamanho do corpo.
Parece ter tornado-se do senso comum que tais transtornos são muito mais predominantes nas sociedades industrializadas, nas quais há abundância de comida e onde, especialmente para as mulheres, é considerada atraente a pessoa que é magra. Contraditoriamente, “em algumas culturas, a percepção distorcida do corpo pode não ser proeminente, e a motivação expressa para a restrição alimentar poderia Ter um conteúdo diferente, como o desconforto espigástrico.
A anorexia nervosa tem fatores psicológicos, biológicos e sociais.
Epidemiologia
A taxa de prevalência de indivíduos com Anorexia é de 1% e desses cerca de 90% dos casos de Anorexia Nervosa são em mulheres. Os casos acontecem com mais freqüência em classes sociais mais elevadas. Em 45% dos casos, a Anorexia acontece após uma dieta de emagrecimento. Em 40% acontece por competição, como por exemplo pessoas que sua profissão exige magreza como modelos e bailarinas.
Nas últimas décadas, tem crescido o número de relatos em meninas pré- púberes e em homens. As idades mais comuns de início ocorre na adolescência, mas até 5% dos pacientes com Anorexia Nervosa tem início logo após os 20 anos.
Etiologia
Não se conhecem as causas fundamentais da Anorexia Nervosa. Há autores que evidenciam como causa a interação sociocultural mal adaptada, fatores biológicos, mecanismos psicológicos menos específicos e especial vulnerabilidade de personalidade.
Fatores biológicos: Incluem as alterações hormonais que ocorrem durante a puberdade e as disfunções de neuro- transmissores cerebrais (disfunção cerebral ao nível do hipotálomo, que comandam os estímulos da fome, da sede e amadurecimento sexual) tais como a dopamina, a serotonina, noradrenalina e dos pepitídeos opióides.
Vários trabalhos apontam para uma pré- disposição genética para o desenvolvimento da Anorexia. Estudos demonstram uma taxa se concordância muito maior em gêmeos monozigóticos em comparação com gêmeos dizigóticos (56% contra 5%). Parentes de primeiro graus de pacientes com Anorexia exibe um risco de aproximadamente 8 vezes maior de apresentar a doença do que a população geral.
Fatores psicológicos: Muitas anoréxicas pertencem a famílias rígidas e fechadas sobre elas próprias, e geralmente tem um relacionamento patológico com a mãe.
As anoréxicas são freqüentemente pessoas dependentes mas atuando de uma forma de perfeita independência, extremamente carente de afeto, quase obsessiva tendência para o perfeccionismo intelectual, que as leva quase incurável racionalização.
Há como que uma recusa inconsciente de crescer, tentando conservar as formas de infância. A tentativa de controle do corpo surge assim como uma forma inconsciente de compensação de um sentimento generalizado de incapacidade, de dependência e de dificuldade de autonomia.
Fatores socioculturais: Os aspectos socioculturais dos transtornos alimentares têm sido amplamente estudados e já foram objeto de inúmeros trabalhos médicos, antropológicos, sociológicos e históricos. O interesse pelo tema decorre de observações, encontradas já nas primeiras descrições contemporâneas destes transtornos, de que a extrema valorização da magreza nas sociedades ocidentais desenvolvidas estaria fortemente associada à ocorrência de anorexia nervosa.
Os dados revelam também que anorexia nervosa pareça ser mais prevalente em
países ocidentais e são claramente mais freqüentes entre as mulheres jovens, especialmente aquelas pertencentes aos estratos sociais mais elevados destas sociedades, o que fortalece sua conexão com fatores socioculturais.
A pressão cultural para emagrecer é considerada um elemento fundamental da
etiologia dos transtornos alimentares, que interage com fatores biológicos, psicológicos e familiares para gerar a preocupação excessiva com o corpo e o pavor doentio de engordar, característicos da anorexia nervosa.
A influência dos aspectos socioculturais é marcante.
Os transtornos alimentares, na forma como se apresentam hoje em dia, emergem das pesquisas epidemiológicas como doenças relativamente modernas e predominantemente ocidentais. Segundo DiNicola (1990), a concepção de um modelo de compreensão dos transtornos alimentares que explique os dados sobre sua ocorrência e distribuição deve incluir necessariamente a abordagem do contexto sociocultural onde ocorrem.
Nas sociedades afluentes, ao mesmo tempo em que observamos uma oferta abundante de alimentos de alto teor calórico e de rápido consumo, e a vida cotidiana se torna cada vez mais sedentária, as modelos e atrizes de sucesso, representantes dos padrões ideais de beleza feminina, são extremamente magras e muitas vezes apresentam um corpo de pré- adolescente, com formas pouco definidas.
Assim, as sociedades ocidentais contemporâneas vivem atualmente sob o
ideal da magreza e da boa forma física. Este padrão se impõe especialmente para asa mulheres, nas quais a aparência física representa uma importante medida de valor pessoal. Proliferam novas e miraculosas dietas para emagrecimento.
Apesar na falta de informação com sólida base empírica e das limitações metodológicas de algumas pesquisas sobre transtornos alimentares em países
não europeus ou norte-americanos, a descrição crescente da ocorrência da anorexia nervosa em outras sociedades tem oferecido dados para a argumentação contrária à visão dos transtornos alimentares como síndrome restrita à cultura ocidental.
O processo de aculturação parece também ter alguma influência na
ocorrência dos transtornos alimentares entre imigrantes residindo em países ocidentais de primeiro mundo e nas minorias étnicas destes países.
Segundo autores, a razão para este aumento se deve a melhores métodos de detecção de caso, maior acesso ao sistema de saúde, mudanças nos padrões sócio-econômicos e mais ampla adoção do padrão de magreza.
Quais as teorias psicológicas que tentam explicar o que acontece com alguém com transtorno alimentar?
As teorias psicológicas tentam discutir e compreender como se dá a relação do ser humano com o alimento e a forma corporal, bem como de que forma isso poderia se relacionar com o modo pelo as anoréxicas pensam, sentem e se comportam.
De modo bem simples, poderíamos destacar a visão psicanalítica e a visão cognitivista a respeito dos transtornos alimentares, porque são as formas de psicoterapia maios utilizadas no tratamento individual ou em grupo dessas pacientes.
A visão psicanalítica se formou, a partir dos estudos e teorias de Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, no início de século. Entre outras idéias, formulou que a causa da maioria dos problemas e sofrimentos psicológicos são conflitos, em geral entre os desejos do próprio indivíduo e os limites do ambiente e da sociedade. Anoréxicas e bulímicas passam, ao longo da vida, por diversas experiências de conflito e sofrimento psíquico, seja em aceitar a si próprias e às suas necessidades básicas (por exemplo, a de precisar de alimento), seja em relação às expectativas de outras pessoas, as quais buscam atender ( por exemplo, familiares). Contudo, para explicar por que problemas emocionais vão se refletir na alimentação, é preciso recordar outra das teorias de Freud, a respeito do desenvolvimento afetivos e sexual, que se inicia na infância. Ele dividiu em diversas etapas ou fases este desenvolvimento, no qual a criança vai descobrindo, em si mesma, fontes de sentimentos prazerosos e desprazerosos.
A primeira dessas etapas é justamente a chamada fase oral, na qual a criança, a partir do contato com o seio materno, associa a obtenção de alimento com o contato afetivo e o prazer. Obviamente, outros estudiosos modificam e ampliaram essas teorias. AO se entrar em contato com uma paciente anoréxica ou bulímica, percebe-se que o mais importante é que ela descubra qual é o significado (muitas vezes inconsciente e desconhecido para ela) do seu sintoma e como isso pode ser integrado e vivido de forma menos angustiante.
A visão cognitivista se baseia em uma outra teoria, a de que as cognições ou idéias do indivíduo influenciam a sua afetividade. No caso da Anorexia Nervosa e da bulimia nervosa, pessoas com esses tipos de problema teriam originalmente experiências que as fizeram pensar que somente se sentiriam melhor ou mais valorizadas se tivessem determinada aparência, não fossem obesas e para tanto tivessem que praticar dietas e comportamentos purgativos. Ademais, teriam erros de raciocínio ou “distorções cognitivas” que justificariam continuar mantendo esses comportamentos, como, por exemplo, “sou magra e estou bem”, “aquela comida vai me engordar, por isso nunca mais vou comê-la”, sem argumentos lógicos que justifiquem tais idéias.
Diagnósticos e características clínicas
O aparecimento da Anorexia Nervosa ocorre entre os 10 e 30 anos de idade. Os pacientes fora desta faixa etária não representam casos típicos e, portanto, seus diagnósticos devem ser questionados. Após os 13 anos de idade, a freqüência do aparecimento da condição aumenta rapidamente, sendo máxima aos 17 ou 18 anos de idade. Em cerca de 85% de todos os pacientes com Anorexia Nervosa o surgimento da doença dá- se entre os 13 e 20 anos, alguns, antes dos 10 anos, eram “enjoados” para comer ou tinham freqüentes problemas digestivos.
Os critérios de diagnóstico do DSM-IV para Anorexia Nervosa são estes:
Recusas a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado a idade e a altura (por exemplo, perda de peso e levando a manutenção do peso corporal abaixo de 85% do esperado; o fracasso é inteiro ganho de peso esperado durante o período de crescimento, levando a um peso corporal menor que 85% do esperado).
Medo intenso de ganhar peso ou de se tornar gordo, mesmo estando com peso abaixo do normal.
Perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo, influencia indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto- avaliação, ou negação do baixo peso corporal atual.
Nas mulheres pós- menarca, amenorréia, isto é, ausência de pelo menos 3 ciclos menstruais consecutivos. (Considera-se que uma mulher tenha amenorréia se seus períodos ocorrem apenas após a administração de hormônio, por exemplo estrógeno).
Características físicas:
Os pacientes geralmente chegam ao médico quando a perda de peso se torna aparente, o peso cai assustadoramente. Anoréxicas com 42 kg são consideradas de peso bom. Freqüentemente o peso chega a 36, 32, 28 kg ou menos.
A medida que a perda ponderal se aprofunda aparecem sinais físicos como hipotermia (temperatura abaixo de 35 C), edema (inchaço), bradicardia (coração bate mais lentamente), hipotensão (pressão arterial abaixo do normal), lanugo (pelos finos que recobrem a pele do rosto e outras partes do corpo), pele seca, intolerância ao frio, queda de cabelo, olhos fundos, envelhecimento precoce e outras alterações metabólicas.
Algumas pacientes chegam a atenção médica por causa da amenorréia que freqüentemente aparece antes de sua perda de peso ser perceptível.
Outras complicações médicas desse transtorno alimentar serão citadas logo abaixo:
Relacionadas a perda de peso:
Caquexia: Perda de gordura, massa muscular, metabolismo tireoídeo reduzido, dificuldades para manter a temperatura corporal básica.
Cardíaca: Perda do músculo cardíaco, coração pequeno, arritmia cardíaca, parada cardíaca.
Digestivos gastrintestinais: Inchação, constipação (queixas de intestino preso), dor abdominal .
Reprodutivas: Baixos níveis de hormônios luteinizante (LH) e hormônio folículo- estimulante (FSH).
Hematológicas: leucopenia (diminuição do número de leucócitos: diminuição da defesa do organismo a infecções).
Neuropsiquiátricas: Sentido de paladar anormal
Esqueléticas: Osteoporose (Conseqüência do baixo consumo e absorção de cálcio).
Endócrinas: Hipotireoidismo
Relacionadas a purgação (vômitos e uso de laxantes)
Digestivas- gastrintestinais: Inflamação e aumento das glândulas salivares e pancreáticas e aumento da amilase sérica, erosão esofágica e gástrica.
Dentárias: Erosão do esmalte dentário
Neuropsiquiátricas: Convulsões, fadiga e fraqueza.
Características psicológicas:
Surgimento da doença dá-se entre os 13 e 20 anos.
Meninas inteligentes, bonitas, perfeccionistas e espertas.
Existe uma preocupação em comer em público.
Enquanto fazem uma refeição tentam livrar-se do alimento colocando-o no guardanapo ou escondendo-o nos bolsos.
Cortam a carne em pedaços muito pequenos e levam muito tempo mexendo com a comida no prato.
Sentimento de inutilidade
Pensamento inflexível
Isolamento social (até mesmo namoro)
Expressão emocional demasiadamente refreadas
Sua auto- estima está associada ao grau de sua forma e peso corporais
A perda de peso é vista como uma conquista, é um sinal de auto- disciplina
E o ganho de peso é visto como um fracasso
Os indivíduos com estes transtornos até reconhecem que estão magros, mas negam as implicações de seu estado de desnutrição, ou até mesmo a morte.
A indução de vômitos, onde uma simples escova de dentes ou cabo de uma colher se tornam ótimos instrumentos para induzir o vômito (se não vomitarem se sentem sujas).
Abuso de laxantes e diuréticos que conduzem ao mórbido emagrecimento desejado.
Irritabilidade (pouco conversam)
Agressividade
Choro
Adoram cozinhar e servir comida para os outros, mas elas mesmas fazem exercícios físicos exageradamente
Acham que o tratamento é totalmente desnecessário
Transtornos mentais associados:
Transtornos depressivos tais como: humor deprimido, retraimento social, irritabilidade, insônia e interesse diminuído por sexo. Esses pacientes podem ter um quadro clínico e sintomático que satisfaz os critérios para um transtorno depressivo maior. Estes sintomas de perturbação de humor deve portanto ser reavaliados após uma reavaliação completa ou parcial do peso.
A depressão também é muito freqüente entre indivíduos com AN.
Transtornos Obsessivos Compulsivos: Pessoas com TOC sente-se aprisionadas por pensamentos e comportamentos que se repetem e que o próprio indivíduo considera absurdos, desagradáveis e impossíveis de fazer cessar.
Quando os indivíduos com AN apresentam obsessões e compulsões não relacionadas a alimentos, forma corporal ou peso, podem haver um diagnóstico conjunto e concomitante de transtornos obsessivo compulsivo que são relacionados quando não são relacionados com comida.
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3.) DIA 29 DE AGOSTO
DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO
CIGARRO, QUE DROGA!
Os pneumologistas afirmam que os males do fumo passivo causam severos prejuízos à saúde. A fumaça do cigarro libera a adrenalina e o cortisol, hormônios causadores do estresse ao fumante passivo, aquele que aspira o ar poluído pelo cigarro. Evitar restaurantes, boates ou locais fechados, freqüentados por fumantes, não é suficiente. O importante é coibir o cigarro também no trabalho e em casa. As substâncias tóxicas de apenas um cigarro aceso já poluem ambientes fechados. No final de um dia, aqueles que convivem 80% do tempo com fumantes podem ter respirado o equivalente a dez cigarros. Depois de passar pelo filtro do cigarro, a fumaça, pode poluir o ar, em média, com três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça inalada pelo próprio fumante ''. E os chamados fumantes passivos são os que mais sofrem, podendo adquirir asma, otite, alergias, sinusite, faringite, bronquite e dor de cabeça, entre outras doenças como as arteriais, as cardíacas, o câncer de pulmão e de garganta.
Muitas pessoas fumam na varanda, na janela, ou nos corredores dos prédios acreditando que estão evitando o mal aos filhos pequenos. Mas os pediatras afirmam que as substâncias químicas são muito abrangentes, mesmo que o cheiro do cigarro não seja sentido.
Crianças e idosos, que convivem com pessoas fumantes, ficam com o sistema imunológico debilitado e correm o risco de sofrerem problemas respiratórios graves pelo resto da vida.
As substâncias químicas do cigarro são absorvidas pela placenta e prejudicam o desenvolvimento do feto. Daí ser necessário que as gestantes evitem ambientes onde haja fumantes, para evitar que seus bebês nasçam com baixa imunidade e muito abaixo do peso.
Pais e mães fumantes expõem seus filhos a um risco cinco vezes maior de padecerem de doenças pulmonares e também de virem a sofrer de morte súbita.
Não fume e não permita que fumem em lugares públicos! Respeite a vida!
Fonte: diversos sites
4.) 29 de agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo - Lei Nº 7.488 de 11/06/1986
Com o objetivo de conscientizar a população sobre o assunto e diminuir os riscos desses tipos de doenças, o governo aprovou, em 1986, a Lei Federal nº 7488, que estabeleceu o dia 29 de agosto como "Dia Nacional de Combate ao Fumo", criando assim, o compromisso de elaborar campanhas de combate ao tabagismo. Essa iniciativa também é praticada em todo mundo no dia 31 de maio, conhecido como "Dia Mundial sem o Tabaco", que movimenta todos países na luta contra o vício.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no Brasil, cerca de 30% da população adulta é fumante. Além disso, estima-se que ocorram, a cada ano, 125.000 mortes no país por doenças associadas ao fumo.
Fonte: UFGNet; Soleis
Pesquisa: Lou Micaldas
Pesquisa: Lou Micaldas
QUEM FUMA DANÇA
Da Natureza cósmica,
a beleza da Vida.
Da orquestra que toca
a incerteza vivida.
Do vício que sufoca
o fumo escraviza.
Do palco, aplaudida
a dança do tango:
"Fumar é um prazer,
sensual, divinal..."
O casal dança e fuma.
Aplauso sensacional...
Fumar é morrer,
aos poucos, sem saber!
Faz sofrer ao perceber
que não há tempo a perder...
O exemplo é imortal,
na fumaça que dança.
O pulmão que é mortal,
oxigênio não alcança,
com sobrevida irreal,
perde a fé e a esperança.
Ao casal que fuma e dança,
no leito, a dor é real.
Já não existe Aliança,
porque o vício é fatal.
a beleza da Vida.
Da orquestra que toca
a incerteza vivida.
Do vício que sufoca
o fumo escraviza.
Do palco, aplaudida
a dança do tango:
"Fumar é um prazer,
sensual, divinal..."
O casal dança e fuma.
Aplauso sensacional...
Fumar é morrer,
aos poucos, sem saber!
Faz sofrer ao perceber
que não há tempo a perder...
O exemplo é imortal,
na fumaça que dança.
O pulmão que é mortal,
oxigênio não alcança,
com sobrevida irreal,
perde a fé e a esperança.
Ao casal que fuma e dança,
no leito, a dor é real.
Já não existe Aliança,
porque o vício é fatal.
Autora
Sílvia Araújo Motta
Sílvia Araújo Motta
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5.) DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO - BRASIL ESCOLA
Pulmão de não fumante e pulmão de fumante
Fumar faz mal porque o fumo quando queimado produz mais de quatro mil substâncias químicas, sendo que sessenta delas são cancerígenas.
A dependência é causada pela nicotina, um dos elementos presentes no tabaco ou fumo. Após a ingestão da fumaça, o cérebro é estimulado ao prazer, porque a nicotina cai na corrente sanguínea. Com isso, o fumante tem sensação de bem-estar, atenua a ansiedade, diminui a fome, perde peso, sente-se relaxado, etc.
O fumo é uma planta variável em mais de sessenta espécies, que podem ser preparadas para mascar, cheirar ou fumar. Porém, apenas algumas delas são cultivadas para o processo de industrialização.
O fumante, com o passar do tempo, adquire uma doença denominada tabagismo, que se caracteriza pelo excesso de nicotina no organismo.
O tabagismo não é facilmente curado, pois os efeitos do cigarro são processados pelo cérebro e causam prazer. Com isso, o tratamento volta-se para psicoterapias, acupuntura, uso de adesivos e chicletes de nicotina (que juntam pequenas quantidades da mesma no organismo até que a pessoa chegue à baixa taxa), inaladores ou sprays nasais.
Os maiores produtores de fumo do Brasil são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia.
As espécies mais cultivadas são de fumo para cigarro, charuto, cachimbo e o fumo de corda (aquele de rolo).
O maior dos malefícios do consumo de fumo é o câncer de pulmão, que responde por 90% dos casos da doença. Além desse, o cigarro também pode causar câncer de boca, mau hálito, dentes amarelados, impotência sexual, gangrena em partes do corpo (diminuição da circulação do sangue), dentre outras.
O tratamento do câncer de pulmão é de muito sofrimento e dor, tanto para o paciente quanto para sua família, pois é um tipo de câncer que pode levar facilmente ao óbito, em razão da sua capacidade de se disseminar para outras áreas do corpo.
Além das medicações que são fortes e causam efeitos colaterais no organismo, o paciente deve passar por sessões de quimioterapia, radioterapia, além de passar por procedimentos cirúrgicos.
Durante o tratamento, o paciente sente fortes dores no corpo, fica fragilizado e sem resistência, perde os cabelos, sofre com aftas e feridas na boca, náuseas e vômitos constantes, emagrece muito, fica anêmico e pode ou não apresentar febre (em razão da infecção).
Pessoas que não fumam devem ficar alertas, pois a inalação da fumaça do cigarro, mesmo que de outra pessoa, causa os mesmos males, sendo consideradas fumantes passivas. Outras nada podem fazer, como no caso de crianças que convivem com pais que fumam ou mesmo recebem a nicotina ainda na barriga da mãe.
Dessa forma, para se evitar a aquisição de um câncer ou outras doenças causadas pela fumaça do cigarro, o melhor a fazer é não fumar e ajudar a combater o consumo do fumo, do tabaco, devido aos sérios problemas que causam ao organismo.
Ajude, oriente, participe, essa campanha precisa de você!
Por Jussara de Barros6.)Cigarro faz mal até pra quem não fuma
No Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto) de 2006, o Instituto Nacional de Câncer, INCA, órgão do Ministério da Saúde responsável pela política de controle do câncer no País, aproveita para fazer um alerta: cigarro faz mal até para quem não fuma. As crianças são um dos grupos mais atingidos. Elas correm, por exemplo, um risco cinco vezes maior de sofrerem morte súbita sem razão específica. O tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.
“Se os adultos soubessem o que sofrem as crianças expostas à fumaça do cigarro, nunca mais fumariam perto delas”, observa Luiz Antonio Santini, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer. Quando a mãe fuma depois que o bebê nasce, este sofre imediatamente os efeitos do cigarro. Segundo Santini, durante o aleitamento, a criança recebe nicotina através do leite materno. “Ela fica intoxicada com a nicotina, podendo apresentar agitação, vômitos, diarréia e taquicardia, principalmente em mães fumantes de 20 ou mais cigarros por dia”, avisa.
Em recém-nascidos, filhos de mães fumantes de 40 a 60 cigarros por dia, observaram-se resultados mais graves como palidez, cianose (coloração azulada da pele e membranas mucosas devido à falta de oxigenação no sangue), taquicardia e crises de parada respiratória, logo após a mamada. Em crianças de zero a um ano de idade, que vivem com fumantes, há uma maior prevalência de problemas respiratórios em relação àquelas cujos familiares não fumam. Além disso, quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias, chegando a 50% nas crianças que vivem com mais de dois fumantes em casa.
Estudos também mostram que crianças com sete anos de idade, nascidas de mães que fumaram 10 ou mais cigarros por dia durante a gestação, apresentam atraso no aprendizado quando comparadas a outras crianças: “elas são mais lentas para desenvolverem suas habilidades. Nota-se um atraso de quatro meses para a leitura e cinco, para a matemática, por exemplo”, explica Tânia Cavalcante, chefe da Divisão de Controle do Tabagismo da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA.
A fumaça aspirada pelo não-fumante apresenta níveis oito vezes maiores de monóxido de carbono, o triplo de nicotina, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas que a fumaça tragada. A fumaça que sai da ponta do cigarro contém, em média, três vezes mais nicotina e monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.
Pesquisas nacionais e internacionais indicam que os fumantes passivos têm um risco 23% maior de desenvolver doença cardiovascular e 30% mais chances de ter câncer de pulmão. Crianças expostas à fumaça do tabaco podem desenvolver doença cardiovascular, quando adultas, infecções respiratórias e asma brônquica. Os filhos de gestantes que fumam apresentam o dobro de chances de nascer com baixo peso e 70% de possibilidades de sofrer um aborto espontâneo; 30% podem morrer ao nascer.
Fumaça Tabagística Ambiental
Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça inalada pelo fumante, chamada de corrente primária, e a fumaça que sai da ponta do cigarro, a corrente secundária. Esta última é o principal componente da PTA, formada em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco.
Algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontrados em quantidades mais elevadas na corrente secundária. Isto porque não são filtrados e também devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão das substâncias incompleta.
Análise feita pelo INCA, em 1996, com cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro em relação à fumaça exalada pelo fumante.
Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superiores que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo para a maior absorção de nicotina pelos fumantes, e aumentando a dependência da droga. Este também é o principal componente irritante da fumaça do tabaco.
Informações para a imprensa
Instituto Nacional de Câncer
Divisão de Comunicação Social
21 2506-6103/6108/6099/6607
Instituto Nacional de Câncer
Divisão de Comunicação Social
21 2506-6103/6108/6099/6607
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7.) O que o cigarro faz a seu corpo
Dos milhares de malefícios que o cigarro pode fazer ao seu organismo, citamos alguns aqui, assim como os prováveis benefícios citados na folha de São Paulo em artigo do dia 03 de setembro de 2007. Confira!
*
Cérebro: A nicotina inalada no cigarro atinge o cérebro em 8 segundos, onde tem um potencial comparável ao da heroína para viciar. De 30% a 50% das pessoas que fumam desenvolvem algum tipo de dependência e 70% a 90% dos fumantes regulares sào viciados. Apenas 6% dos que tentam parar conseguem ficar mais de um mês sem fumar.
*
Pele: O cigarro diminui o calibre das veias, o que diminui a irrigação sangüínea da pele e diminui a chegada de oxigênio e nutrientes para as células. O resultado é um envelhecimento precoce da pele, com rugas em média 20 anos mais cedo que não fumantes.
*
Olho: Estudos mostram que fumar aumenta em até 3 vezes o risco de catarata, doença nos olhos que diminui progressivamente a visão e é a principal causa de cegueira no mundo.
*
Pele: Entre as mulheres, o cigarro aumenta em mais de 3 vezes o risco de desenvolver psoríase, doença sem cura que causa feridas na pele. Entre os homens, ela não chega a causar a doença, mas agrava os sintomas naqueles que já sofrem com ela.
*
Boca: Além de dar mau hálito e dentes amarelados, fumar aumenta de 4 a 15 vezes a chance de ter câncer de boca, dependendo do quanto se fuma. E mais de 60% das pessoas que diagnosticam esse câncer não tem chance de curá-lo.
*
Garganta:Pigarro não é a única coisa que o cigarro traz para a garganta. Ele também é o principal fator de risco para o câncer de garganta, que só no Brasil registra 6 600 novos casos e é causa de 3 500 mortes por ano.
*
Pulmão: Quem fuma muito tem 20 a 30 vezes mais chances de ter câncer de pulmão. Ele é o câncer que mais mata homens no Brasil, e, desde 2002, o segundo que mais mata mulheres. De 80% a 90% dos casos da doença matam em menos de 5 anos. Além disso, o fumante diminui sua capacidade respiratória e tem maiores chances de ter qualquer doença respiratória, como bronquite e enfisema.
*
Estômago: A nicotina aumenta a acidez do estômago e, conseqüentemente, as chances de gastrite e úlcera. As úlceras demoram mais para cicatrizar e voltam com mais facilidade nos fumantes. Ah, e o tabaco também é fator de risco para o câncer de estômago, que atingiu cerca de 26 mil pessoas no Brasil em 2006.
*
Coração: O fumo aumenta a pressão arterial, diminui a capacidade respiratória e aumenta a coagulação sanguínea. Resultado: chances 2 a 3 vezes maiores de morrer por doenças cardiovasculares, como derrame e enfarto. Estudos mostram que o risco de enfarto é ainda maior entre mulheres, especialmente para as que usam anticoncepcionais orais.
*
Ossos:A osteoporose é um processo de perda de minerais e enfraquecimento dos ossos, que os deixa muito mais fáceis de quebrar. O cigarro é um dos fatores que mais acelera esse processo, mais comum entre as mulheres. Estima-se que uma em cada oito fraturas da cintura são causadas pelo fumo.
*
Sistema reprodutor: O fumo causa problemas vasculares que aumentam a chance de impotência nos homens. Entre as mulheres fumantes, ele aumenta as chances de menopausa precoce, infertilidade e problemas com a menstruação.
*
Fumo passivo: A fumaça que deixa seu cabelo fedorento na balada é bem mais perigosa do que parece. Ela contém uma concentração maior de substâncias cancerígenas que a inalada pelos fumantes. O risco de câncer de pulmão é 30% maior entre não-fumantes expostos ao cigarro do que entre os que não têm contato com a fumaça.
*
Tem o lado bom: A nicotina é uma droga estimulante que estimula a produção de substâncias no cérebro ligadas ao prazer. Por isso, ela diminui o estresse e a ansiedade, e, nos dependentes, essa sensação é especialmente maior por causa do desconforto causado pela abstinência.
*
Várias pesquisas mostram que fumantes têm menos chances de ter Mal de Alzheimer e Mal de Parkinson. Elas tentam entender como esse processo funciona em busca de novas terapias para as doenças.
*
Também existem estudos mostrando que algumas pessoas têm uma capacidade maior de memória e concentração quando estão sob efeito da droga.
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7 brasileiros morrem por dia vítimas do tabagismo passivo
A campanha “Ambientes 100% Livres de Fumo” está alinhada com a Convençao-Quadro para o Controle do Tabaco; primeiro tratado internacional de saúde pública firmado entre 192 países, com a coordenação da Organização Mundial de Saúde(OMS), “que tem o objetivo de proteger as gerações presentes e futuras das terríveis conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo consumo e pela exposição à fumaça do tabaco.” (INCA)
Com a divulgação da campanha, trouxeram a público os resultados sobre estudo inédito realizado no Brasil (Mortalidade Atribuível ao Tabagismo Passivo na população urbana do Brasil) realizado pelo INCA e UFRJ, que estimou o número e a proporção de óbitos da população urbana no Brasil.
Foram consideradas apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto) e acidentes vasculares cerebrais.
Definiu-se como fumantes passivos as pessoas que nunca fumaram e que moravam com pelo menos um fumante no mesmo domicílio. Somente indivíduos na faixa etária de 35 anos ou mais foram alvo do estudo. Fumantes e ex-fumantes não fizeram parte da população avaliada.
De cada 1.000 mortes por doenças cérebro-vasculares, 29 são atribuíveis à exposição passiva à fumaça do tabaco. A proporção é de 25 para 1.000 no caso de doenças isquêmicas e de 7 para 1.000 mortes por câncer de pulmão.
Os óbitos de mulheres são de 1,3 a 3 vezes mais elevados que os de homens. No total são 2655 não-fumantes morrem a cada ano no Brasil, 1.601 foram mulheres devido ao tabagismo passivo.
O estudo faz um importante alerta à população brasileira: 7 brasileiros morrem por dia devido as consequências do tabagismo passivo.
Os perigos da exposição a fumaça ambiental segundo estudo:
Quando respiramos a fumaça do tabaco em um ambiente onde outras pessoas estejam fumando, ficamos expostas a mais de 4.000 produtos químicos. Sabemos que mais de 50 deles causam câncer nos seres humanos.
A fumaça ambiental do tabaco também causa doenças cardíacas e muitas outras graves doenças respiratórias e cardiovasculares em crianças e adultos, capazes de levar à morte. Quando estamos constantemente expostos à fumaça ambiental do tabaco, onde trabalhamos, por exemplo, aumenta em cerca de duas vezes o risco de infarto do miocárdio, segundo o mesmo estudo divulgado pelo INCA.
Some a isso, um risco maior de 24% para doença coronariana entre os expostos, do que entre os não expostos à fumaça. As pessoas que passam 80% do seu tempo em ambientes fechados, ao final do dia, poderão ter respirado o equivalente a 10 cigarros. A fumaça do tabaco contém mais de 4.000 substâncias tóxicas. É prejudicial à saúde e leva à formação de duas correntes de fumaça: a corrente principal (CP), gerada durante as tragadas, ou seja, a que entra pela boca do fumante; e a corrente secundária (CS), formada no intervalo entre as tragadas e emitida livremente da ponta do cigarro aceso, diretamente no ar ambiente.
A corrente secundária possui cerca de 400 substâncias tóxicas em quantidades comparáveis com a corrente principal, além de conter algumas delas, tais como a amônia, benzeno, monóxido de carbono (CO), nicotina, nitrosaminas e outros cancerígenos em quantidades mais elevadas do que na fumaça tragada pelo fumante .
A concentração de alcatrão na fumaça de tabaco que polui os ambientes fechados chega a ser 50 vezes maior do que na fumaça que o fumante traga, e a de nitrosamina NPYR (N-nitrosopirrolidina), elemento cancerígeno do tabaco, chega a ser 10 vezes maior.
A concentração de nicotina e monóxido de carbono, principais elementos da fumaça do tabaco que são tóxicos para o sistema cardiovascular, são três vezes maior na fumaça que polui os ambientes fechados do que na tragada pelo fumante.
Conclusões e resultados sobre o estudo:Mortalidade Atribuível ao Tabagismo Passivo na população urbana do Brasil:
- . Domicílios e ambientes de trabalho são os principais locais de exposição.
- . Exposição é elevada e contínua em bares, restaurantes, boates, e veículos.
- . No Brasil, a cada ano, em cada 1.000 mortes ocorridas em áreas urbanas, 25 são devido ao tabagismo passivo em domicílio.
- . Cerca de 2.655 mortes por câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração e doenças cérebro-vasculares ocorridas somente na população urbana do Brasil poderiam ser evitadas a cada ano, pela prevenção do tabagismo passivo.
- . A mortalidade causada pelo tabagismo passivo é mais elevada entre mulheres e pessoas de 65 anos ou mais
- . Políticas de criação de ambientes livres do tabaco em casa e no trabalho podem reduzir consideravelmente a mortalidade no Brasil.
Nível “seguro” de exposição ao tabaco é uma mentira! Não importa que filtrem, ventilem ou mantenham isoladas ou combinadas as áreas para fumantes. Nada parece resolver o problema da fumaça que circula no ambiente. Somente “Ambientes 100% livres de fumo” oferecem proteção eficaz contra os males do tabagismo passivo.
Pense nisso quando estiver fumando um cigarro em sua casa, junto a seus filhos, animais domésticos (animais também tem pulmões, fígado, etc…), e todos os membros de sua querida família, ou próximo a sua namorada, a qual você está expondo a tantos riscos. No mundo, quase metade das crianças respiram ar contaminado pelo fumo do tabaco. Isso ocorre por que o fumo é permitido dentro das casas, dentro de alguns locais de trabalho, etc. A OMS calcula que aproximadamente 700 milhões de crianças, quase a metade das crianças do mundo, respiram ar contaminado pela fumaça de tabaco, principalmente em casa. Tristes estatísticas…
Como você pode contribuir para diminuir o impacto da poluição gerada pelo tabaco? Você fuma em casa, em seu local de trabalho, no carro com outras pessoas que não fumam? Você é um fumante que só importa com a própria vontade de fumar, e esquece que a maioria das pessoas NÃO FUMA? Qual será o primeiro passo que você, como fumante, dará para reverter esse quadro de destruição sistemática da sua saúde e a das pessoas ao seu redor ? Pense nisso…
TURMA AMIGA,
Recebi este relato (abaixo) através de e-mail. Em nada tirei ou acrescentei alguma coisa; o relato foi repassado para este blog na íntegra... Obrigado, Lusmar Paz.
Recebi este relato (abaixo) através de e-mail. Em nada tirei ou acrescentei alguma coisa; o relato foi repassado para este blog na íntegra... Obrigado, Lusmar Paz.
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Assim, examina o PC que utilizares em sítios ou lugares públicos,
e procura qualquer peça suspeita instalada por detrás do mesmo antes de utilizá-lo.
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Um artigo científico (Levy-Costa et al. 2005) relata que no período de 1974-2003 o consumo de refrigerante aumentou 400 %. Enquanto que a participação de leite e derivados na dieta aumentou apenas 36%.
Alguns nutricionistas dizem que a bebida pode gerar problemas ósseos mas a indústria desmente.Mas é fato que atualmente as pessoas substituem bebidas à base de leite pelos refrigerantes e isso gera diminuição na ingestão de cálcio.
Festinhas de aniversário na maioria das escolas são regadas a refrigerante. Muitas escolas chegam a enviar bilhetes aos pais informando que terá alguma festividade e que cada criança deve levar uma garrafa. Os pais que tentam resistir não conseguem êxito e ainda são taxados de chatos, neuróticos e exagerados.
O apelo da mídia é muito forte a ponto de uma mãe cometer o ato, impensado e cruel, de colocar refrigerante na mamadeira do seu filho, menor que um ano de idade, e dar para o “infeliz” beber. Um refrigerante nada mais é do que água, açúcar e um monte de aditivos.
Podemos incluí-lo no grupo dos Junk food (“comida lixo” - tradução literal do inglês) por possuir alto teor calórico, devido ao açúcar, e mais nada que se aproveite.. Você já leu o a lista de ingredientes num rótulo de um refrigerante?
Agua gaseificada, açúcar, corante caramelo, acidulante Ácido fosfórico e aroma natural. Quer que eu seja mais técnico? Então anote aí: água gaseificada, açúcar, Amarelo ocaso FCF (INS 110), acidulante ácido orto-fosfórico (INS 338), Esatabilizante Dioctil Sulfosuccinato de sódio (INS 480) e aromatizante sintético artificial.
Peço desculpas, afinal, quase cometi uma injustiça. Existem os refrigerantes que possuem suco de frutas. Sério mesmo! Estou lendo aqui o rótulo de um que tem 2,5 % de suco de limão. Isto significa que em cada 200ml da bebida 5ml é de suco ou 25ml de suco (2 colheres de sopa aproximadamente) por litro de refrigerante.
Alguém pode pensar: - sendo assim vou fazer em casa. É só pegar um litro de água com gás e acrescentar 2 colheres de sopa de suco de limão, açúcar e pronto!Como vou beber logo, então nem precisa de conservantes.
Tem gente que me fala assim:- Ah, professor Cláudio, mas eu tomo o diet.Ótimo. você acabou de trocar o único ingrediente que, pelo menos, servia para fornecer alguma caloria, pelo adoçante. Agora só temos água e um monte de produto químico.
Atenção hipertensos! Alguns refrigerantes dietéticos possuem 50 mg de sódio (isso pode significar cinco vezes mais sódio que o refrigerante comum). Além de tudo isso, todo mundo sabe também que não é legal consumir líquidos na hora da refeição.
Achando que era pouco não fabricar produtos alimentícios que acrescentassem algo de benéfico para as saúde das pessoas, a indústria de refrigerantes resolveu substituir a garrafa de vidro pela de plástico e contribuir para a poluição do planeta.
A embalagem plástica pesa menos que a de vidro e isso significa frete mais barato, mais lucro.
Quem quiser que invente uma forma de reciclar as embalagens. Acho que essas embalagens nem deveriam ser fabricadas. Mas como estamos falando em refrigerante, lembrei-me que um amigo, certa vez, me perguntou a razão pela qual batizaram a bebida com esse nome, arrematei: - Pensa comigo rapaz. Se contém acidulANTE, conservANTE, estabilizANTE, antioxidANTE, corANTE, aromatizANTE e edulcorANTE, poderia ter outro nome, senão, refrigerANTE?
Cláudio Lima é engenheiro de alimentos do Instituto Centec, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos, autor de quatro livros na área de higiene e qualidade de alimentos. www.professorclaudiolima.blogspot.com
Água de coco: melhor não arriscar!
Professor Cláudio Lima
Você já deve ter ouvido o grito no sinal: ``Olha a água de coco geladinha``. Realmente beber água de coco geladinha, no forte calor do meio-dia, em Fortaleza, é uma excelente pedida. Alivia o calor, hidrata e revigora as forças. Muitas pessoas são abordadas em seus veículos, por vendedores ambulantes, nos semáforos da cidade, e se rendem ao visual daquela garrafinha ``suando`` de tão geladinha. Com tanta sede, dá até para sentir o sabor da água de coco docinha, antes mesmo de provar.
Dia desses, estava voltando do mercado São Sebastião onde fora gravar uma matéria para o quadro Inspetor Saúde na TV e, ao passar pela rua Padre Mororó esquina com a avenida Duque de Caxias, vi um homem de cócoras numa calçada, cercado por garrafinhas plásticas com tampas verdes. Ao me aproximar, vi que o homem enchia as garrafinhas - centenas delas - ali mesmo na calçada, sob o forte calor da manhã, bem ao lado de muito lixo e lama. O homem correu quando percebeu a minha presença e abandonou as garrafas ali no chão.
Eu fiz as gravações e sai. Eu e a equipe da TV ficamos esperando que o cidadão voltasse para tomar seu posto de ``manipulador de alimentos``. Ele voltou e terminou o ``serviço``. Vedou as garrafinhas e as colocou numa caixa que era amarrada a uma bicicleta. De carro e de longe, tentamos seguir o rapaz em sua bicicleta, mas o perdemos de vista. Fomos avistá-lo novamente na avenida do Imperador. Nessa avenida, muitos ambulantes vendiam água de coco nos sinais e calçadas e, pasmem, bem em frente à Célula de Vigilância Sanitária Municipal.
Conversei com os ambulantes.Muitos afirmaram que enchiam as garrafinhas nos comércios da redondeza. Garantiram, claro, que tudo é feito com muito cuidado e higiene. Já os transeuntes, em sua maioria, disseram que não se arriscam beber dessa água por acharem que é de procedência duvidosa e que sofrem misturas com água comum, não sendo, portanto, pura.
Eu não pude constatar que a água sofria misturas. Mas pude observar que aquele rapaz encheu as garrafas na calçada, sem qualquer tipo de proteção e de higiene, expostas ao calor, poluição, lixo e lama. Será que alguns outros não enchem garrafas na rua? Será que não fazem realmente misturas como muitos desconfiam?
O risco de se contrair uma doença transmitida por alimentos (DTA) é muito alto e o baixo preço pago por essa água não paga os prejuízos causados por essas doenças. Mas alguém, como sempre, vai dizer: ``Professor, o ``coitado`` tá ``ganhando a vida!``. Mas, o ``coitado`` não pode ganhar a vida sem arriscar a vida alheia? Ele não pode trabalhar com higiene para não prejudicar a pessoa que compra o seu produto e o ajuda? Eu sou contra esse tipo de comércio. Os riscos são enormes.
Estamos falando sobre o risco de contrair doenças e, também, do risco de morte. Sim, as DTAs podem matar, claro. A comercialização dessa água de coco ocorre em vários semáforos da cidade. O risco está diante dos pedrestres, dos motoristas, dos trabalhadores que circulam pelo centro da cidade, diante da próprio orgão responsável por cuidar da prevenção das DTAs. Todo mundo sabe, tudo mundo vê. Ninguém faz nada. A água docinha de um coquinho ``inocente`` pode amargar a vida de muita gente. Melhor não arriscar.
>> Cláudio Lima é engenheiro de alimentos do Instituto Centec, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos, autor de quatro livros na área de higiene e qualidade de alimentos. www.professorclaudiolima.blogspot.com . claudiolima@opovo.com.br.
Dia desses, estava voltando do mercado São Sebastião onde fora gravar uma matéria para o quadro Inspetor Saúde na TV e, ao passar pela rua Padre Mororó esquina com a avenida Duque de Caxias, vi um homem de cócoras numa calçada, cercado por garrafinhas plásticas com tampas verdes. Ao me aproximar, vi que o homem enchia as garrafinhas - centenas delas - ali mesmo na calçada, sob o forte calor da manhã, bem ao lado de muito lixo e lama. O homem correu quando percebeu a minha presença e abandonou as garrafas ali no chão.
Eu fiz as gravações e sai. Eu e a equipe da TV ficamos esperando que o cidadão voltasse para tomar seu posto de ``manipulador de alimentos``. Ele voltou e terminou o ``serviço``. Vedou as garrafinhas e as colocou numa caixa que era amarrada a uma bicicleta. De carro e de longe, tentamos seguir o rapaz em sua bicicleta, mas o perdemos de vista. Fomos avistá-lo novamente na avenida do Imperador. Nessa avenida, muitos ambulantes vendiam água de coco nos sinais e calçadas e, pasmem, bem em frente à Célula de Vigilância Sanitária Municipal.
Conversei com os ambulantes.Muitos afirmaram que enchiam as garrafinhas nos comércios da redondeza. Garantiram, claro, que tudo é feito com muito cuidado e higiene. Já os transeuntes, em sua maioria, disseram que não se arriscam beber dessa água por acharem que é de procedência duvidosa e que sofrem misturas com água comum, não sendo, portanto, pura.
Eu não pude constatar que a água sofria misturas. Mas pude observar que aquele rapaz encheu as garrafas na calçada, sem qualquer tipo de proteção e de higiene, expostas ao calor, poluição, lixo e lama. Será que alguns outros não enchem garrafas na rua? Será que não fazem realmente misturas como muitos desconfiam?
O risco de se contrair uma doença transmitida por alimentos (DTA) é muito alto e o baixo preço pago por essa água não paga os prejuízos causados por essas doenças. Mas alguém, como sempre, vai dizer: ``Professor, o ``coitado`` tá ``ganhando a vida!``. Mas, o ``coitado`` não pode ganhar a vida sem arriscar a vida alheia? Ele não pode trabalhar com higiene para não prejudicar a pessoa que compra o seu produto e o ajuda? Eu sou contra esse tipo de comércio. Os riscos são enormes.
Estamos falando sobre o risco de contrair doenças e, também, do risco de morte. Sim, as DTAs podem matar, claro. A comercialização dessa água de coco ocorre em vários semáforos da cidade. O risco está diante dos pedrestres, dos motoristas, dos trabalhadores que circulam pelo centro da cidade, diante da próprio orgão responsável por cuidar da prevenção das DTAs. Todo mundo sabe, tudo mundo vê. Ninguém faz nada. A água docinha de um coquinho ``inocente`` pode amargar a vida de muita gente. Melhor não arriscar.
>> Cláudio Lima é engenheiro de alimentos do Instituto Centec, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos, autor de quatro livros na área de higiene e qualidade de alimentos. www.professorclaudiolima.blogspot.com . claudiolima@opovo.com.br.
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R e f r i g e r a n t e ?
Professor Cláudio Lima
Fico impressionado com a quantidade de refrigerantes que é consumido hoje em dia.As pessoas consomem no almoço, no lanche, no jantar. Conheço uma pessoa que bebe logo de manhã cedo. Em qualquer hora do dia tem sempre alguém consumindo a bebida. Um artigo científico (Levy-Costa et al. 2005) relata que no período de 1974-2003 o consumo de refrigerante aumentou 400 %. Enquanto que a participação de leite e derivados na dieta aumentou apenas 36%.
Alguns nutricionistas dizem que a bebida pode gerar problemas ósseos mas a indústria desmente.Mas é fato que atualmente as pessoas substituem bebidas à base de leite pelos refrigerantes e isso gera diminuição na ingestão de cálcio.
Festinhas de aniversário na maioria das escolas são regadas a refrigerante. Muitas escolas chegam a enviar bilhetes aos pais informando que terá alguma festividade e que cada criança deve levar uma garrafa. Os pais que tentam resistir não conseguem êxito e ainda são taxados de chatos, neuróticos e exagerados.
O apelo da mídia é muito forte a ponto de uma mãe cometer o ato, impensado e cruel, de colocar refrigerante na mamadeira do seu filho, menor que um ano de idade, e dar para o “infeliz” beber. Um refrigerante nada mais é do que água, açúcar e um monte de aditivos.
Podemos incluí-lo no grupo dos Junk food (“comida lixo” - tradução literal do inglês) por possuir alto teor calórico, devido ao açúcar, e mais nada que se aproveite.. Você já leu o a lista de ingredientes num rótulo de um refrigerante?
Agua gaseificada, açúcar, corante caramelo, acidulante Ácido fosfórico e aroma natural. Quer que eu seja mais técnico? Então anote aí: água gaseificada, açúcar, Amarelo ocaso FCF (INS 110), acidulante ácido orto-fosfórico (INS 338), Esatabilizante Dioctil Sulfosuccinato de sódio (INS 480) e aromatizante sintético artificial.
Peço desculpas, afinal, quase cometi uma injustiça. Existem os refrigerantes que possuem suco de frutas. Sério mesmo! Estou lendo aqui o rótulo de um que tem 2,5 % de suco de limão. Isto significa que em cada 200ml da bebida 5ml é de suco ou 25ml de suco (2 colheres de sopa aproximadamente) por litro de refrigerante.
Alguém pode pensar: - sendo assim vou fazer em casa. É só pegar um litro de água com gás e acrescentar 2 colheres de sopa de suco de limão, açúcar e pronto!Como vou beber logo, então nem precisa de conservantes.
Tem gente que me fala assim:- Ah, professor Cláudio, mas eu tomo o diet.Ótimo. você acabou de trocar o único ingrediente que, pelo menos, servia para fornecer alguma caloria, pelo adoçante. Agora só temos água e um monte de produto químico.
Atenção hipertensos! Alguns refrigerantes dietéticos possuem 50 mg de sódio (isso pode significar cinco vezes mais sódio que o refrigerante comum). Além de tudo isso, todo mundo sabe também que não é legal consumir líquidos na hora da refeição.
Achando que era pouco não fabricar produtos alimentícios que acrescentassem algo de benéfico para as saúde das pessoas, a indústria de refrigerantes resolveu substituir a garrafa de vidro pela de plástico e contribuir para a poluição do planeta.
A embalagem plástica pesa menos que a de vidro e isso significa frete mais barato, mais lucro.
Quem quiser que invente uma forma de reciclar as embalagens. Acho que essas embalagens nem deveriam ser fabricadas. Mas como estamos falando em refrigerante, lembrei-me que um amigo, certa vez, me perguntou a razão pela qual batizaram a bebida com esse nome, arrematei: - Pensa comigo rapaz. Se contém acidulANTE, conservANTE, estabilizANTE, antioxidANTE, corANTE, aromatizANTE e edulcorANTE, poderia ter outro nome, senão, refrigerANTE?
Cláudio Lima é engenheiro de alimentos do Instituto Centec, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos, autor de quatro livros na área de higiene e qualidade de alimentos. www.professorclaudiolima.blogspot.com
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CATEQUESE
Método de Leitura da Bíblia
Lectio Divina
Este é, certamente, um dos métodos mais falados actualmente. A primeira coisa que nos
poderá interpelar é a expressão latina Lectio Divina, que vem desde os Padres da Igreja, e
que significa “leitura divina” ou seja, Leitura da Sagrada Escritura. Devemos ao concílio
Vaticano II a oficialização desta antiquíssima maneira de ler a Bíblia, que estava adormecida na
Igreja depois das controvérsias da Reforma. Trata-se, fundamentalmente, duma leitura crente e
orante da Bíblia que encontra as suas raízes no Novo Testamento. Lucas apresenta-nos Jesus a
convidar os discípulos de Emaús a reler o Antigo Testamento a partir do acontecimento da
Páscoa (Lc 24,13-35). E podemos dizer que os Evangelhos seguem, em grande parte, esta
dinâmica. A Lectio Divina (LD) pode assumir diferentes formulações e práticas. Vamos aqui
apresentar o que este método de leitura bíblica tem de essencial.
Origem e história: Podemos dizer que a Lectio Divina é tão antiga como a Igreja, porque consiste, essencialmente, em rezar a Palavra, da qual ela depende como a água da fonte (DV 7.10.21).
É, portanto, a leitura crente e orante da Bíblia, baseada na Palavra de Jesus e no Seu Espírito:
Tenho-vos dito isto, estando convosco, mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará
em Meu nome, Esse ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito
(Jo 14,25-26; ver 16,12).
Foi Orígenes (séc.III) quem baptizou a Lectio Divina com este belo nome.
Generalizou-se no
séc. IV e V, como maneira predominante de ler a Bíblia, e, a partir desta leitura, veio a
leitura do Ofício Divino.
Como método de leitura, encontra-se dentro da própria Bíblia (releitura do Antigo pelo Novo
Testamento) e foi o método de interpretação bíblica que prevaleceu no tempo de S. Bento.
A regra deste santo Patriarca repousa sobre este método de oração e interpretação da Bíblia.
Mas foi já na baixa Idade Média que a Lectio Divina foi estruturada, sobretudo com as ordens
mendicantes.
Guigo II, abade da Grande Cartucha, deixou-nos, por volta de 1150, uma apresentação
orgânica da Lectio Divina, com o longo título: “Escada de Jacob - Tratado sobre o modo
de orar, escada dos monges e escada do Paraíso”.[1]
S. Francisco de Assis é certamente devedor da LD e esta foi talvez um dos factores que
contribuiu para que ele fosse um apaixonado pela Palavra de Deus. Para ele, ler a Palavra era
também rezar a Palavra. As Ordens religiosas, que surgiram no séc. XIII, utilizaram todas o
método da Lectio Divina, levando ao povo este método orante da Bíblia.[2]
Esta oração está, pois, ligada à teologia monástica que, ao contrário da escolástica, é mais vital,
mais ligada ao coração e ao ambiente popular. Poderíamos chamá-la, por isso, uma “leitura
saborosa (ou sapiencial) da Bíblia”.
A partir da Idade Média, deixou de ser aconselhada, porque entrou na Igreja o receio de
ler a Bíblia; posteriormente, o medo das heresias e do protestantismo fez o resto. Os católicos
perderam, assim, em grande parte, o contacto com a fonte da sua fé. Santa Teresa de Ávila não
tinha licença para ler o Antigo Testamento… Sem a Palavra de Deus, as ordens religiosas, e outras associações, passaram a insistir na “leitura espiritual”, isto é, a trocaram a Palavra de Deus por palavras humanas piedosas.
O Concílio Vaticano II, ao insistir na Palavra de Deus, como base de toda a espiritualidade
cristã, insistiu também na Lectio Divina como método de oração: Debrucem-se, pois, gostosamente
sobre o texto sagrado, quer através da sagrada liturgia, rica em palavras divinas, quer pela leitura
espiritual (piam lectionem…”) (nº 25).
Ligar a fé e a vida: Um dos grandes problemas do cristianismo de hoje é o hiato entre fé e vida,
que encontra na frase “sou católico não praticante” uma espécie de anti-programa. Segundo o
card. de Milão, Carlo Maria Martini, um dos grandes impulsionadores deste método de leitura da
Bíblia, a Lectio Divina pretende despertar para o sentido do mistério escondido nas páginas da Bíblia, a abertura ao infinito e
a tensão para Deus. Por isso, “Sacra página”, “páginas santas”, “páginas do Livro de Deus”
e outras expressões semelhantes eram nomes que os Padres da Igreja, davam às Escrituras.
Porque elas encerram um mistério que nenhum homem poderá desvendar completamente [3].
A ligação da fé com a vida repousa no dinamismo interno de toda a palavra, que, para além
duma simples dimensão fática, tem a dimensão poética (de poieo=fazer, agir). Toda a palavra tem
em si um dinamismo do concreto e da acção. Na Bíblia, esta dimensão é tal que palavra e objecto, significante e significado se confundem e dizem do mesmo modo (dabar). A Lectio Divina
abrange,
como método de leitura bíblica, as duas dimensões essenciais da Palavra e da vida.
O Método: A leitura espiritual da Bíblia necessita dum método, para ser criativa, segura e profunda.
Nada de importante na vida, muito menos quando se trata da oração, pode ser fruto do acaso,
apenas da boa vontade ou da emoção. É neste sentido que uma leitura popular da Bíblia pode
ser tão profunda como uma leitura mais sistemática. A Lectio Divina repousa, tradicionalmente,
depois do já referido Guigo II, sobre quatro etapas ou degraus, que pretendem elevar o
leitor-orante da terra ao Paraíso.
Uma observação prévia, antes de entrar no método propriamente dito: não existe uma clara
distinção ou fronteira entre as diferentes etapas ou momentos do método, porque cada etapa
segue, com toda a naturalidade, a anterior.
rica do que um simples “ler”. Porque se trata-se dum “ler” com a finalidade de “recolher”,
não tanto conhecimentos de tipo intelectual quanto o sentido profundo da Palavra: mensagem,
sugestões, inspirações.
Trata-se da primeira etapa do processo da apropriação da Palavra pelo leitor que, por isso,
privilegia o ler, o re-ler, a análise dos verbos, as personagens, os sentimentos, os ambientes….
É por isso que esta “lectio” se qualifica de divina. Poderia dizer-se, talvez, ainda melhor “sagrada”.
Mas o mais importante é a lectio. Leitura e re-leitura, em ordem a uma apropriação profunda
da Palavra.
Esta primeira etapa não é fácil, como poderia parecer à primeira vista. Trata-se duma espécie
de visita que fazemos a um amigo: há gestos, amizade, respeito, silêncios, atenção a um
determinado cerimonial. Como se trata dum amigo, a leitura é desinteressada, perseverante,
quotidiana.
A lectio é ainda o ponto de partida e não o ponto de chegada. Por isso, exige que ponhamos
o pé em terreno firme: porque só sobre o terreno firme duma Lectio bem feita poderá o
crente-leitor
entrar na etapa seguinte, no diálogo da Meditatio. A exegese, como método científico de
leitura bíblica, coloca-se ao serviço da “lectio”, para que esta seja mais eficaz, e o texto lido
seja respeitado na sua autonomia. Este modo de proceder levará o leitor a recolher o melhor
do texto escrito na Bíblia. Deste modo, a lectio tem três diferentes níveis:
* Nível literário: fixar o texto e responder a questões muito simples, como estas: Quem?
Onde? Como? Porquê? Que ligação entre texto e contexto?
* Nível histórico: Procurar o contexto histórico em que o texto foi escrito e analisá-lo sob
quatro aspectos: económico, social, político, ideológico. Descobrir os problemas aos quais o
texto pretende dar resposta e que, de algum modo, aparecem no fundo ou à superfície do texto.
* Nível teológico: descobrir a mensagem para o homem, nesta situação histórica concreta:
como é que o texto a manifesta, modo como as pessoas desse tempo representavam a Deus,
como é que Ele Se lhes revelava, como é que o povo vivia esta mensagem.
A finalidade da Lectio não é o estudo científico do texto, mas este é um meio para perceber
o texto a haver uma boa leitura. Deste modo, a Lectio prepara o leitor / ouvinte da Palavra
para
uma melhor “auditio” da mesma. Este estudo depende das capacidades e exigências do leitor
e dos instrumentos de trabalho que ele é capaz de utilizar. O que mais interessa é, de facto, conseguir
vencer a distância entre o hoje do leitor e o ontem, por vezes muito remoto, do texto e das suas circunstâncias. Na Idade Média, Guigo II já era exigente, quando dizia: “estudo assíduo, com espírito atento”; e Paulo VI, dizia a este propósito, que se deve adquirir uma certa conaturalidade entre as preocupações actuais e o objecto do texto (do passado), para se poder escutá-lo. Por outras
palavras, temos que cavar, ao mesmo tempo, no texto e na nossa experiência vital de hoje. O texto pode não nos falar, pode esconder-nos o seu sentido profundo, não por falta de estudo, mas por falta de aprofundamento da nossa própria vida.
É a ligação entre estes dois factores fundamentais da lectio, ou melhor, as duas leituras, que podem
evitar o fundamentalismo. Este depende duma deficiente leitura dos textos, nas duas vertentes
enunciadas: por um lado, separa o texto da vida e da história do povo, fazendo dele um absoluto,
o único lugar da manifestação da vontade de Deus. O resto da vida e da história do Povo nada
mais diriam sobre
a vontade de Deus. Por outro lado, o fundamentalismo anula a acção da Palavra de Deus na
vida e na história concreta das pessoas, rouba-lhes a consciência crítica, leva-as a um moralismo
sem ligação com a Palavra, a um individualismo requintado e a um espiritualismo vazio de conteúdos libertadores da pessoa e da comunidade. Este é a leitura de que mais gostam, por motivos óbvios, os ditadores de todas as cores e épocas. Porque esta perspectiva lhes permite manipular a Bíblia
à sua vontade. Esta leitura alienante da Bíblia só pode ser corrigida, situando o texto no
seu contexto histórico passado, vendo aí, ao mesmo tempo, um reflexo da situação actual, com as
suas luzes e sombras. Por isso, a lectio nunca se poderá desligar da vida, porque é, simultaneamente,
leitura da Bíblia e leitura da vida. Ou melhor, uma maneira de ler que dá sentido à vida.
Como estamos a ver, a lectio cria uma certa osmose entre leitor e autor, história do passado e
história do presente do leitor. A este propósito, dizia o monge Cassiano que o leitor fica de
tal modo penetrado dos mesmos sentimentos com os quais o texto foi escrito, que se torna, de
algum modo, seu autor[4]. Damo-nos, então, conta de que Deus nos quer falar. Entramos, então,
no silêncio. Estamos preparados para a escuta da Palavra de Deus, para a etapa seguinte, a
Meditatio.
Este estudo do texto inclui também a “auditio”: esta poderá inclusive ser física, preparando
a uma certa memorização “semita” da Palavra (haggadah) e à meditatio. A “lectio” inclui,
portanto, os olhos, a mente e o ouvido, mas unicamente como canais de passagem da Palavra
para o mais recôndito do homem: o coração, como o Senhor diz a Ezequiel: Filho do homem,
todas as palavras que Eu te disser, guarda-as no teu coração, escuta-as com atênção” (3,10).
É no coração que se encontra a sala onde o Senhor é acolhido[5]
.
à pergunta:
“Que diz o texto, para mim?”. A Lectio pretendia descobrir as correspondências entre o texto
e os seus diferentes contextos, a mensagem que o texto dava aos fiéis do seu tempo. Desde
então para cá, os contextos são completamente diferentes, os conflitos e problemas são outros.
Mas, como Palavra de Deus que é, a Bíblia foi escrita também para o Povo de Deus de hoje;
o texto é portador de valores que não caducam na História nem envelhecem com o tempo.
Por isso, a Meditatio é, antes de mais, uma actualização do texto, para mim, um quedar-se
nos valores permanentes do texto. Ainda segundo Guigo II, ” a meditação é uma acção da
mente que procura com ardor, sob a guia da razão, o conhecimento da verdade escondida” [6].
Como se faz, concretamente, a Meditatio? Guigo II dizia que é necessário utilizar a razão e o
sentido comum para encontrar a verdade escondida no texto. Para isso, é necessário dialogar
com o texto, colocando-lhe certas questões, que o levam a entrar no nível da nossa vida:
-Que semelhanças e diferenças existem entre as circunstâncias do texto e as de hoje?
-Conflitos de ontem e de hoje? Que diz o texto à situação de hoje?
-Que mudança de comportamento me inspira no aqui e agora da minha vida pessoal e social?…
Um outro modo de actuar o método poderá ser o de ruminar, mastigar o texto, como fez
Maria
para os acontecimentos que ocorriam à sua volta, até encontrar o que ele me quer dizer
(ver Lc 2,19.51; Sl 1,2; Is 26,8). Podemos tentar resumir o texto numa só frase do mesmo,
que sirva para repetir, guardar para todo o dia, de modo a servir não só de lema, mas que
chegue a fazer parte da vida desse dia.
Este ruminar a Palavra faz que ela se torne a “espada” que julga e corta (Heb 4,12-13).
A Meditatio faz que a Palavra deite abaixo máscaras, preconceitos, alienações nas quais
nos encontramos muitas vezes. Cassiano dizia, a este propósito: “Instruídos pelo que nós
próprios sentimos, já não vemos o texto apenas como uma coisa que escutámos, mas
como algo que experimentamos e tocamos com as nossas
próprias mãos; não como uma história estranha e desconhecida, mas como algo que
fazemos brotar do mais profundo de nós próprios, à imagem dos sentimentos que fazem
parte do nosso próprio ser. Insistimos: não é a leitura que nos permite penetrar no sentido das
palavras, mas a nossa experiência, adquirida antes, na vida de todos os dias”
(Consollationes X,11)[7].
Desaparece, assim, em parte, a diferença entre Bíblia e vida, entre a Palavra de Deus e a
nossa palavra. É nesta quase identificação que se encontra o significado profundo que
a Bíblia tem para nós. O mesmo Cassiano diz, inclusive, que esta percepção profunda da
Palavra não advém do estudo mas da experiência quotidiana. Alguém explicou, assim, a
relação entre as várias partes: a leitura faz o fio eléctrico; a experiência cria a energia, a
meditação liga o botão e faz que a energia corra, iluminando o texto. Portanto, a linha e
a energia são necessárias para que haja luz. A vida ilumina o texto, o texto ilumina a vida.
A Meditatio aprofunda a dimensão pessoal da Palavra; esta tem valor em si mesma, mas o seu
maior valor é relacional, isto é, torna-se um veículo de amor entre Deus e o homem[8]. Uma palavra de amor deixa sair energia, recria as pessoas. Pela Palavra, a pessoa eleva-se até à Pessoa. É aqui
que a Lectio Divina atinge a dimensão mística. Por outras palavras, a Lectio rompe a casca, a
Meditatio faz provar os frutos do Espírito: “A letra mata; o Espírito é que dá vida”
(2Cor 3,6; ver 2Tim 3,16).
Pela Meditatio, o Espírito comunica-se a nós, inspira-nos, dá-nos os mesmos sentimentos
de Jesus Cristo (Fil 2,5), leva-nos à Verdade total (Jo 16,13), deixa-nos compreender que,
sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15,5). O Espírito que enche toda a terra enche também o
nosso coração (Sab 1,7). É Ele o mesmo Espírito que falava aos profetas e que fará de nós os
profetas de hoje, pela Sua Palavra. Mas a Meditatio, para além de ser uma actividade individual,
é também comunitária. O sentido mais profundo e total da Palavra vem da experiência
comunitária e da oração em grupo. Daí a necessidade de levar a Lectio divina também aos
grupos e às familias.
A passagem da Meditatio à Oratio, tal como acontecia na passagem da Lectio à
Meditatio, faz-se progressivamente. Como acontece com a passagem duma estação à outra,
de uma idade à outra. Os critérios podem ser os seguintes: A Meditatio actualiza o texto de modo
a eu /nós percebermos o sentido do texto para nós, aqui e agora. Quando isso se tornou mais claro,
faz-se, então, a passagem para a etapa seguinte, com uma questão, como esta. ” E agora que vou /
vamos dizer a Deus? Esta questão depende, portanto, da certeza de que Deus me chama a
colaborar com Ele. Mas esta colaboração com Deus na minha / nossa História põe a descoberto
todos os meus medos e fraquezas, tal como aconteceu com os profetas da Bíblia, chamados a
anunciar e a viver uma Palavra difícil (ver Is 6,1-13; Jer 1,4-19). Podemos dizer que a Meditação
bem feita leva-nos insensivelmente à Oração, como a semente leva à planta.
poderá interpelar é a expressão latina Lectio Divina, que vem desde os Padres da Igreja, e
que significa “leitura divina” ou seja, Leitura da Sagrada Escritura. Devemos ao concílio
Vaticano II a oficialização desta antiquíssima maneira de ler a Bíblia, que estava adormecida na
Igreja depois das controvérsias da Reforma. Trata-se, fundamentalmente, duma leitura crente e
orante da Bíblia que encontra as suas raízes no Novo Testamento. Lucas apresenta-nos Jesus a
convidar os discípulos de Emaús a reler o Antigo Testamento a partir do acontecimento da
Páscoa (Lc 24,13-35). E podemos dizer que os Evangelhos seguem, em grande parte, esta
dinâmica. A Lectio Divina (LD) pode assumir diferentes formulações e práticas. Vamos aqui
apresentar o que este método de leitura bíblica tem de essencial.
Origem e história: Podemos dizer que a Lectio Divina é tão antiga como a Igreja, porque consiste, essencialmente, em rezar a Palavra, da qual ela depende como a água da fonte (DV 7.10.21).
É, portanto, a leitura crente e orante da Bíblia, baseada na Palavra de Jesus e no Seu Espírito:
Tenho-vos dito isto, estando convosco, mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará
em Meu nome, Esse ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito
(Jo 14,25-26; ver 16,12).
Foi Orígenes (séc.III) quem baptizou a Lectio Divina com este belo nome.
Generalizou-se no
séc. IV e V, como maneira predominante de ler a Bíblia, e, a partir desta leitura, veio a
leitura do Ofício Divino.
Como método de leitura, encontra-se dentro da própria Bíblia (releitura do Antigo pelo Novo
Testamento) e foi o método de interpretação bíblica que prevaleceu no tempo de S. Bento.
A regra deste santo Patriarca repousa sobre este método de oração e interpretação da Bíblia.
Mas foi já na baixa Idade Média que a Lectio Divina foi estruturada, sobretudo com as ordens
mendicantes.
Guigo II, abade da Grande Cartucha, deixou-nos, por volta de 1150, uma apresentação
orgânica da Lectio Divina, com o longo título: “Escada de Jacob - Tratado sobre o modo
de orar, escada dos monges e escada do Paraíso”.[1]
S. Francisco de Assis é certamente devedor da LD e esta foi talvez um dos factores que
contribuiu para que ele fosse um apaixonado pela Palavra de Deus. Para ele, ler a Palavra era
também rezar a Palavra. As Ordens religiosas, que surgiram no séc. XIII, utilizaram todas o
método da Lectio Divina, levando ao povo este método orante da Bíblia.[2]
Esta oração está, pois, ligada à teologia monástica que, ao contrário da escolástica, é mais vital,
mais ligada ao coração e ao ambiente popular. Poderíamos chamá-la, por isso, uma “leitura
saborosa (ou sapiencial) da Bíblia”.
A partir da Idade Média, deixou de ser aconselhada, porque entrou na Igreja o receio de
ler a Bíblia; posteriormente, o medo das heresias e do protestantismo fez o resto. Os católicos
perderam, assim, em grande parte, o contacto com a fonte da sua fé. Santa Teresa de Ávila não
tinha licença para ler o Antigo Testamento… Sem a Palavra de Deus, as ordens religiosas, e outras associações, passaram a insistir na “leitura espiritual”, isto é, a trocaram a Palavra de Deus por palavras humanas piedosas.
O Concílio Vaticano II, ao insistir na Palavra de Deus, como base de toda a espiritualidade
cristã, insistiu também na Lectio Divina como método de oração: Debrucem-se, pois, gostosamente
sobre o texto sagrado, quer através da sagrada liturgia, rica em palavras divinas, quer pela leitura
espiritual (piam lectionem…”) (nº 25).
Ligar a fé e a vida: Um dos grandes problemas do cristianismo de hoje é o hiato entre fé e vida,
que encontra na frase “sou católico não praticante” uma espécie de anti-programa. Segundo o
card. de Milão, Carlo Maria Martini, um dos grandes impulsionadores deste método de leitura da
Bíblia, a Lectio Divina pretende despertar para o sentido do mistério escondido nas páginas da Bíblia, a abertura ao infinito e
a tensão para Deus. Por isso, “Sacra página”, “páginas santas”, “páginas do Livro de Deus”
e outras expressões semelhantes eram nomes que os Padres da Igreja, davam às Escrituras.
Porque elas encerram um mistério que nenhum homem poderá desvendar completamente [3].
A ligação da fé com a vida repousa no dinamismo interno de toda a palavra, que, para além
duma simples dimensão fática, tem a dimensão poética (de poieo=fazer, agir). Toda a palavra tem
em si um dinamismo do concreto e da acção. Na Bíblia, esta dimensão é tal que palavra e objecto, significante e significado se confundem e dizem do mesmo modo (dabar). A Lectio Divina
abrange,
como método de leitura bíblica, as duas dimensões essenciais da Palavra e da vida.
O Método: A leitura espiritual da Bíblia necessita dum método, para ser criativa, segura e profunda.
Nada de importante na vida, muito menos quando se trata da oração, pode ser fruto do acaso,
apenas da boa vontade ou da emoção. É neste sentido que uma leitura popular da Bíblia pode
ser tão profunda como uma leitura mais sistemática. A Lectio Divina repousa, tradicionalmente,
depois do já referido Guigo II, sobre quatro etapas ou degraus, que pretendem elevar o
leitor-orante da terra ao Paraíso.
Uma observação prévia, antes de entrar no método propriamente dito: não existe uma clara
distinção ou fronteira entre as diferentes etapas ou momentos do método, porque cada etapa
segue, com toda a naturalidade, a anterior.
I. LECTIO (leitura)
apropriar, situar, respeitar o texto.
Trata-se duma “leitura” em sentido etimológico, isto é, duma “recolha” (de lego), muito maisrica do que um simples “ler”. Porque se trata-se dum “ler” com a finalidade de “recolher”,
não tanto conhecimentos de tipo intelectual quanto o sentido profundo da Palavra: mensagem,
sugestões, inspirações.
Trata-se da primeira etapa do processo da apropriação da Palavra pelo leitor que, por isso,
privilegia o ler, o re-ler, a análise dos verbos, as personagens, os sentimentos, os ambientes….
É por isso que esta “lectio” se qualifica de divina. Poderia dizer-se, talvez, ainda melhor “sagrada”.
Mas o mais importante é a lectio. Leitura e re-leitura, em ordem a uma apropriação profunda
da Palavra.
Esta primeira etapa não é fácil, como poderia parecer à primeira vista. Trata-se duma espécie
de visita que fazemos a um amigo: há gestos, amizade, respeito, silêncios, atenção a um
determinado cerimonial. Como se trata dum amigo, a leitura é desinteressada, perseverante,
quotidiana.
A lectio é ainda o ponto de partida e não o ponto de chegada. Por isso, exige que ponhamos
o pé em terreno firme: porque só sobre o terreno firme duma Lectio bem feita poderá o
crente-leitor
entrar na etapa seguinte, no diálogo da Meditatio. A exegese, como método científico de
leitura bíblica, coloca-se ao serviço da “lectio”, para que esta seja mais eficaz, e o texto lido
seja respeitado na sua autonomia. Este modo de proceder levará o leitor a recolher o melhor
do texto escrito na Bíblia. Deste modo, a lectio tem três diferentes níveis:
* Nível literário: fixar o texto e responder a questões muito simples, como estas: Quem?
Onde? Como? Porquê? Que ligação entre texto e contexto?
* Nível histórico: Procurar o contexto histórico em que o texto foi escrito e analisá-lo sob
quatro aspectos: económico, social, político, ideológico. Descobrir os problemas aos quais o
texto pretende dar resposta e que, de algum modo, aparecem no fundo ou à superfície do texto.
* Nível teológico: descobrir a mensagem para o homem, nesta situação histórica concreta:
como é que o texto a manifesta, modo como as pessoas desse tempo representavam a Deus,
como é que Ele Se lhes revelava, como é que o povo vivia esta mensagem.
A finalidade da Lectio não é o estudo científico do texto, mas este é um meio para perceber
o texto a haver uma boa leitura. Deste modo, a Lectio prepara o leitor / ouvinte da Palavra
para
uma melhor “auditio” da mesma. Este estudo depende das capacidades e exigências do leitor
e dos instrumentos de trabalho que ele é capaz de utilizar. O que mais interessa é, de facto, conseguir
vencer a distância entre o hoje do leitor e o ontem, por vezes muito remoto, do texto e das suas circunstâncias. Na Idade Média, Guigo II já era exigente, quando dizia: “estudo assíduo, com espírito atento”; e Paulo VI, dizia a este propósito, que se deve adquirir uma certa conaturalidade entre as preocupações actuais e o objecto do texto (do passado), para se poder escutá-lo. Por outras
palavras, temos que cavar, ao mesmo tempo, no texto e na nossa experiência vital de hoje. O texto pode não nos falar, pode esconder-nos o seu sentido profundo, não por falta de estudo, mas por falta de aprofundamento da nossa própria vida.
É a ligação entre estes dois factores fundamentais da lectio, ou melhor, as duas leituras, que podem
evitar o fundamentalismo. Este depende duma deficiente leitura dos textos, nas duas vertentes
enunciadas: por um lado, separa o texto da vida e da história do povo, fazendo dele um absoluto,
o único lugar da manifestação da vontade de Deus. O resto da vida e da história do Povo nada
mais diriam sobre
a vontade de Deus. Por outro lado, o fundamentalismo anula a acção da Palavra de Deus na
vida e na história concreta das pessoas, rouba-lhes a consciência crítica, leva-as a um moralismo
sem ligação com a Palavra, a um individualismo requintado e a um espiritualismo vazio de conteúdos libertadores da pessoa e da comunidade. Este é a leitura de que mais gostam, por motivos óbvios, os ditadores de todas as cores e épocas. Porque esta perspectiva lhes permite manipular a Bíblia
à sua vontade. Esta leitura alienante da Bíblia só pode ser corrigida, situando o texto no
seu contexto histórico passado, vendo aí, ao mesmo tempo, um reflexo da situação actual, com as
suas luzes e sombras. Por isso, a lectio nunca se poderá desligar da vida, porque é, simultaneamente,
leitura da Bíblia e leitura da vida. Ou melhor, uma maneira de ler que dá sentido à vida.
Como estamos a ver, a lectio cria uma certa osmose entre leitor e autor, história do passado e
história do presente do leitor. A este propósito, dizia o monge Cassiano que o leitor fica de
tal modo penetrado dos mesmos sentimentos com os quais o texto foi escrito, que se torna, de
algum modo, seu autor[4]. Damo-nos, então, conta de que Deus nos quer falar. Entramos, então,
no silêncio. Estamos preparados para a escuta da Palavra de Deus, para a etapa seguinte, a
Meditatio.
Este estudo do texto inclui também a “auditio”: esta poderá inclusive ser física, preparando
a uma certa memorização “semita” da Palavra (haggadah) e à meditatio. A “lectio” inclui,
portanto, os olhos, a mente e o ouvido, mas unicamente como canais de passagem da Palavra
para o mais recôndito do homem: o coração, como o Senhor diz a Ezequiel: Filho do homem,
todas as palavras que Eu te disser, guarda-as no teu coração, escuta-as com atênção” (3,10).
É no coração que se encontra a sala onde o Senhor é acolhido[5]
.
II. Meditatio (meditação)
ruminar, dialogar, actualizar
Se a Lectio respondia à pergunta: “Que diz o texto?”, a Meditatio pretende responderà pergunta:
“Que diz o texto, para mim?”. A Lectio pretendia descobrir as correspondências entre o texto
e os seus diferentes contextos, a mensagem que o texto dava aos fiéis do seu tempo. Desde
então para cá, os contextos são completamente diferentes, os conflitos e problemas são outros.
Mas, como Palavra de Deus que é, a Bíblia foi escrita também para o Povo de Deus de hoje;
o texto é portador de valores que não caducam na História nem envelhecem com o tempo.
Por isso, a Meditatio é, antes de mais, uma actualização do texto, para mim, um quedar-se
nos valores permanentes do texto. Ainda segundo Guigo II, ” a meditação é uma acção da
mente que procura com ardor, sob a guia da razão, o conhecimento da verdade escondida” [6].
Como se faz, concretamente, a Meditatio? Guigo II dizia que é necessário utilizar a razão e o
sentido comum para encontrar a verdade escondida no texto. Para isso, é necessário dialogar
com o texto, colocando-lhe certas questões, que o levam a entrar no nível da nossa vida:
-Que semelhanças e diferenças existem entre as circunstâncias do texto e as de hoje?
-Conflitos de ontem e de hoje? Que diz o texto à situação de hoje?
-Que mudança de comportamento me inspira no aqui e agora da minha vida pessoal e social?…
Um outro modo de actuar o método poderá ser o de ruminar, mastigar o texto, como fez
Maria
para os acontecimentos que ocorriam à sua volta, até encontrar o que ele me quer dizer
(ver Lc 2,19.51; Sl 1,2; Is 26,8). Podemos tentar resumir o texto numa só frase do mesmo,
que sirva para repetir, guardar para todo o dia, de modo a servir não só de lema, mas que
chegue a fazer parte da vida desse dia.
Este ruminar a Palavra faz que ela se torne a “espada” que julga e corta (Heb 4,12-13).
A Meditatio faz que a Palavra deite abaixo máscaras, preconceitos, alienações nas quais
nos encontramos muitas vezes. Cassiano dizia, a este propósito: “Instruídos pelo que nós
próprios sentimos, já não vemos o texto apenas como uma coisa que escutámos, mas
como algo que experimentamos e tocamos com as nossas
próprias mãos; não como uma história estranha e desconhecida, mas como algo que
fazemos brotar do mais profundo de nós próprios, à imagem dos sentimentos que fazem
parte do nosso próprio ser. Insistimos: não é a leitura que nos permite penetrar no sentido das
palavras, mas a nossa experiência, adquirida antes, na vida de todos os dias”
(Consollationes X,11)[7].
Desaparece, assim, em parte, a diferença entre Bíblia e vida, entre a Palavra de Deus e a
nossa palavra. É nesta quase identificação que se encontra o significado profundo que
a Bíblia tem para nós. O mesmo Cassiano diz, inclusive, que esta percepção profunda da
Palavra não advém do estudo mas da experiência quotidiana. Alguém explicou, assim, a
relação entre as várias partes: a leitura faz o fio eléctrico; a experiência cria a energia, a
meditação liga o botão e faz que a energia corra, iluminando o texto. Portanto, a linha e
a energia são necessárias para que haja luz. A vida ilumina o texto, o texto ilumina a vida.
A Meditatio aprofunda a dimensão pessoal da Palavra; esta tem valor em si mesma, mas o seu
maior valor é relacional, isto é, torna-se um veículo de amor entre Deus e o homem[8]. Uma palavra de amor deixa sair energia, recria as pessoas. Pela Palavra, a pessoa eleva-se até à Pessoa. É aqui
que a Lectio Divina atinge a dimensão mística. Por outras palavras, a Lectio rompe a casca, a
Meditatio faz provar os frutos do Espírito: “A letra mata; o Espírito é que dá vida”
(2Cor 3,6; ver 2Tim 3,16).
Pela Meditatio, o Espírito comunica-se a nós, inspira-nos, dá-nos os mesmos sentimentos
de Jesus Cristo (Fil 2,5), leva-nos à Verdade total (Jo 16,13), deixa-nos compreender que,
sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15,5). O Espírito que enche toda a terra enche também o
nosso coração (Sab 1,7). É Ele o mesmo Espírito que falava aos profetas e que fará de nós os
profetas de hoje, pela Sua Palavra. Mas a Meditatio, para além de ser uma actividade individual,
é também comunitária. O sentido mais profundo e total da Palavra vem da experiência
comunitária e da oração em grupo. Daí a necessidade de levar a Lectio divina também aos
grupos e às familias.
A passagem da Meditatio à Oratio, tal como acontecia na passagem da Lectio à
Meditatio, faz-se progressivamente. Como acontece com a passagem duma estação à outra,
de uma idade à outra. Os critérios podem ser os seguintes: A Meditatio actualiza o texto de modo
a eu /nós percebermos o sentido do texto para nós, aqui e agora. Quando isso se tornou mais claro,
faz-se, então, a passagem para a etapa seguinte, com uma questão, como esta. ” E agora que vou /
vamos dizer a Deus? Esta questão depende, portanto, da certeza de que Deus me chama a
colaborar com Ele. Mas esta colaboração com Deus na minha / nossa História põe a descoberto
todos os meus medos e fraquezas, tal como aconteceu com os profetas da Bíblia, chamados a
anunciar e a viver uma Palavra difícil (ver Is 6,1-13; Jer 1,4-19). Podemos dizer que a Meditação
bem feita leva-nos insensivelmente à Oração, como a semente leva à planta.
III. Oratio (oração)
suplicar, louvar, orar
Na Lectio, a pergunta era: Que diz o texto?; na Meditatio, perguntávamos: Que me diz o texto? Agora, a pergunta fundamental é: Que me faz dizer o texto a Deus? Até agora, era o Senhor a falar connosco, a apresentar-nos a Sua proposta; agora, é o momento da nossa resposta à proposta de Deus. Esta é a característica fundamental da oração cristã. E esta minha resposta exprime-se em sentimentos de louvor, súplica, acção de graças, pedido de perdão…Guigo dizia: “A oração é o impulso fervente do coração a Deus, pedindo-lhe que Ele evite os males e nos conceda coisas boas”[9]. Devemos, no entanto, afirmar que este momento de Oração não impede que haja oração nas outras duas etapas anteriores. Porque, na Lectio Divina, as etapas não são estanques nem cronologicamente definidas. As quatro etapas são quatro atitudes que têm momentos típicos mas não únicos para se manifestar. No princípio da Leitura invoca-se o Espírito do Senhor da Palavra; a oração está presente desde o princípio e a Lectio, por exemplo, adquire maior claridade à medida que as etapas avançam. A Meditação está já cheia de oração. Mas este é o momento em que se manifesta mais profundamente a Oração. A atitude fundamental da Oração deverá ser, mais uma vez, a de Maria: Faça-se em Mim segundo a Tua Palavra (Lc 1,38). Maria não diz uma palavra da Bíblia, mas uma palavra saída dum coração que, antes, meditou uma Palavra, que lhe purificou o olhar e o coração (Lc 2,19.51). Só um coração purificado pela Meditação da Palavra é capaz de a acolher e deixar incarnar - o que aconteceu n’Ela de maneira excelsa e total. Só os que a sentem encarnada na vida são capazes de a rezar, cantando, como fez Maria, no Magnificat (Lc 1,46-55). Esta oração, essencialmente espontânea, pode assumir várias formas: louvor, petição, súplica de perdão… e deve reflectir sempre uma dimensão comunitária. Pode utilizar orações já feitas, sobretudo Salmos. Estes eram, na Idade Média, aprendidos de cor e alimentavam a oração pessoal do monge. Por este motivo, foram distribuídos ao longo das diferentes “horas” do dia. Os tempos são outros, mas o método pode ser hoje semelhante: guardar uma frase que alimente o coração e encha a memória, ao longo do dia. Esta Palavra lida, meditada, rezada não é simples palavra para dizer; é uma palavra criadora. De algum modo, é sacramental: faz o que diz e diz o que faz. Ou seja, é um dabar (palavra), sempre eficaz. Toda a palavra rezada está chamada a entrar na vida concreta: A Palavra diz e faz; anuncia e arrasta; ensina e anima; ilumina e reconforta. É luz e força, é Palavra e Espírito. É mediante esta Palavra que a Lectio Divina tem as suas raízes na Bíblia e valoriza as duas vertentes do Dabar bíblico: a Lectio descobre a sua mensagem; a Meditatio, e sobretudo a Oratio, comunica a sua força e leva à “encarnação” na vida. A prática pastoral tem separado muitas vezes estes dois aspectos. Certos movimentos espiritualistas empenham-se na oração mas não fazem o mesmo na vida, na atitude crítica e na intervenção social. Isto acontece por uma deficiente leitura do texto bíblico: este é desligado do seu contexto, o que leva a um moralismo sem bases, a um certo fundamentalismo e individualismo alienantes. Por isso, a sua meditação e oração não estão fundamentadas nem no texto bíblico nem na realidade da vida de hoje. No extremo oposto, encontram-se certos movimentos de libertação, que se alimentam do Evangelho. Fazem uma boa Leitura, mas falta-lhes a fé perante muitos problemas da realidade humana. Acham que o tempo da Oração é tempo perdido e o importante é a intervenção directa e imediata na sociedade. A Lectio Divina bem praticada corrige um outro extremismo. A Oração tem sempre duas vertentes, ou melhor duas direcções: a vertical e a horizontal. É libertadora do orante - em direcção a Deus; e é libertadora dos irmãos - em direcção aos oprimidos de hoje. IV. Contemplatio (contemplação) discernir, agir, saborear Quando se passa de Oratio à Contemplatio? Alguem disse que a Contemplatio é o que fica nos olhos e no coração, quando acabou a Oratio. É como o fruto da árvore. A Contemplatio é, fundamentalmente, a concentração da minha atenção, não em sentimentos ou em orações, mas na Pessoa de Jesus e na Sua relação com o nosso mundo. Esta, sendo o ponto de chegada de todas as etapas da LD, exige um novo começo de todo o processo, isto é, torna-se o ponto de partida para nova Lectio, Meditatio, Oratio. O processo recomeça, sem nunca acabar. Porque há sempre lugar para uma leitura, meditação e oração mais profundas. É aqui que se situa a Contemplatio: um saborear, degustar, um novo modo de ver a vida e o mundo, que são vistos a partir de cima, a partir dos critérios de Deus. Este novo olhar de Deus no orante é a Contemplatio. É olhar, saborear e agir novos. S. Agostinho diz-nos que, pela leitura da Palavra, Deus faz-nos contemplar e ver o mundo de modo diferente e leva-nos a transformá-lo, para que ele se torne, de novo, uma teofania. A Contemplação leva o orante a olhar mais para o mundo, de modo a poder encontrar nele toda a profundidade dos acontecimentos e a presença escondida de Deus. Como estamos a ver, esta Contemplação é totalmente diferente da daquele que se retira do mundo, da política, dos sindicatos, dos problemas do bairro e da empresa, para “poder contemplar a Deus”. A verdadeira contemplação, para além do escutar, vai até ao fazer (Mt 7,24-28). Para os fundamentalistas, a Palavra de Deus encontra-se unicamente na Bíblia. O mundo, a vida e a história estão cheios de espíritos diabólicos. A LD abre-nos os olhos, dá-nos uma lente telescópica, para ver mais longe e mais profundamente. A este respeito, dizia Guigo que a contemplação é “A escada dos monges que penetra as nuvens e procura os segredos do céu”, isto é, antecipa o futuro, dá-nos a visão das coisas a partir de Deus. E acrescenta, a título de resumo das diferentes etapas: ” A Leitura procura a doçura bem-aventurada; a Meditação encontra-a; a Oração pede-a e a Contemplação saboreia-a. A Leitura conduz o alimento à boca; a Meditação mastiga-o e digere-o; a Oração verifica o seu gosto e a Contemplação é a doçura que dá a alegria. A Leitura toca a casca, a Meditação penetra no interior, a Oração formula o desejo e a Contemplação atinge o gosto e a doçura; a Contemplação é uma elevação do espírito acima de mim próprio; suspensa em Deus, ela saboreia as alegrias da doçura eterna”. Segundo isto, a Contemplação relativiza o que é verdadeiramente relativo, quedando-se no que é Absoluto. E o contacto com o Absoluto torna-se a fonte da alegria e da esperança em todas as tribulações. Deste modo, a Contemplação é o último degrau da subida à Sétima Morada, a uma torre muito alta: quanto mais se sobe, mais belo é o panorama. Segundo o card. Martini, a LD produz a Discretio, isto é, a capacidade de seleccionar os valores que são conformes ao Evangelho e de rejeitar os que não o são. Produz ainda a Deliberatio, ou seja, a escolha comprometida dos valores do Evangelho. A Actio é o agir que se lhe segue. Para terminar, poderíamos perguntar-nos: Será possível este método de leitura e de oração bíblicas na vida quotidiana? Comecemos por afirmar que o método pode assumir certas modalidades, segundo a cultura e a formação das pessoas ou se é praticado individualmente ou em grupo. Mas não pode esquecer as qualidades essenciais apontadas. Toca a cada um adoptá-lo às suas condições concretas. Propostas simples de Lectio Divina Na convicção de que a LD pode aplicar-se a todas as pessoas e a todas as circunstâncias, apresentamos aqui alguns modos simples de levar à prática a LD: * Numa reunião de grupo qualquer, se pode fazer sempre um pouco de Lectio Divina: - Proclamação da Palavra (breve); - breve silêncio - breve partilha sobre o que o Espírito comunicou a cada um no silêncio - Oração comunitária, espontânea, como resposta àquela Palavra de Deus. Este não será um “tempo perdido” num grupo de catequistas ou outro. Será o tempo mais útil, porque muito ajudará no desenvolvimento dos trabalhos. * Criar nas paróquias um grupo ou grupos que possam preparar as leituras dominicais (leitores, acólitos, etc), seguindo este método simples. Os Grupos de Dinamização Bíblica fazem esta preparação durante um longo período de uma hora e meia a duas horas (ver 6.3). * As famílias são convidadas, uma vez por semana, a ler um texto bíblico e a seguir o método simples acima referido. Isso muito contribuirá para a união mais íntima das nossas famílias de hoje[1]. A Oratio poderá ser um mistério do terço. * Este mesmo método poderá seguir-se na preparação dos sacramentos (da reconciliação ou outro) ou mesmo no exame de consciência diário. Isso levar-nos-á a ver na Palavra de Deus a medida de confronto da nossa vida. * Mas é, sem dúvida, na meditação diária que poderemos provar a verdade deste método de leitura bíblica. Um dia poderemos quedar-nos mais na Leitura, outro na Contemplação… ——————————————————————————- [1]. Ver, a este propósito, C.M. Martini, Senhor, ensina-nos a rezar em família, Gráfica de Coimbra, 1986, 33 páginas. ——————————————————————————– [1] Dizia: “A leitura leva à boca o alimento sólido, a meditação corta-o e mastiga-o, a oração saboreia-o, a contemplação é a própria doçura que alegra e recria”. [2] “Assim como da pedra fria, talhada pelo martelo, saltam faíscas, da palavra divina, por inspiração do Espírito santo, brota fogo” (S. Gregório Magno). [3]. Ver Masini, Mario, Iniziazione alla Lectio Divina, ed Messagero, Padova, 1988, p. 91. [4]. Ver Bulletin Dei Verbum, Stuttgart, 1992, nº 22, p. 16. [5]. Ver Iniziazione…p.92. [6]. Ver Iniziazione… p. 92. [7]. Ver Bulletin Dei Verbum, Stuttgart, 1992, nº 23, p. 5; nº 27 (1993), p.5-7. [8]. A este propósito, veja-se Alves, H. A Bíblia, Palavra e testemunho de Deus em Jesus Cristo, in ----------------------------- C U L T U R A O QUE É: BaiãoO BRASIL NÃO PODE, NÃO DEVE ESQUECER SEUS ARTISTAS QUEFIZERAM HISTÓRIA. LUIZ GONZAGA FOI UM DELES... Gonzagão, o nosso Gonzagão! Em meados do século XX, o sudeste ainda escutava canções enfadonhas, eruditas e tristes como machinhas, maxixe e Boleros. Foi aí, que um compositor pernambucano chamado Luiz Gonzaga (1912-1989), vindo do sertão lhes apresentou um ritmo novo, contagiante e alegre chamado Baião. Não demorou muito para os “sulistas” se agradarem do tal Baião. O Baião é um ritmo derivado de outro chamado Lundu (o Lundu segundo o sociólogo Waldenyr Caldas, chegou ao nosso país ainda no século XVI, trazido por escravos. Portanto, de origem Afro), o Baião também é influenciado pelo Samba e o Conga (ritmo latino “cubano”). Apesar de ser um primo irmão do Lundu, o Baião segundo Câmara Cascudo, só veio a ser criado no século XIX, mas foi no século XX (após 1946) que ele desbancou o Bolero e se tornou “paixão nacional”. O Baião nos anos 50 virou uma verdadeira febre e vários artistas de outras vertentes musicais se rendem ao seu charme gravando suas canções, dentre esses artistas temos como exemplo Carmem Miranda e Jamelão. Apesar da Bossa Nova na década de 60 colocar um pouco de água no chopp do Baião, o mesmo ainda persistia e resistia principalmente pelo fato de ser mais “povo”, até porque a Bossa Nova usava smoking e tomava champagne, enquanto o Baião vestia gibão (vestimenta rústica tradicional dos vaqueiros nordestinos) e tomava cachaça. Porém, com o surgimento da indústria cultural o Baião sofreu mais um grande baque e definhou mais ainda na década 70. Mas como bom nordestino, ainda tinha forças pra lutar e foi o que fez, através de artistas como o próprio Luiz Gonzaga, Dominguinhos e outros tantos que lutaram para que o Baião não fosse esquecido pela modernidade, pela indústria cultural que cada vez mais trazia o Rock’n’roll americano. Entretanto, no meio dessa confusão toda ocorreu uma contradição, até o Rock se rendeu ao Baião – Como assim? – Vou explicar: como a Tropicália se apropriava de vários ritmos, o Baião não podia ficar de fora e se misturou com a Tropicália (ou ao contrário, tanto faz…), como a Tropicália também fundia elementos do Rock’n’roll, não foi difícil o Rock mescla-se ao Baião. Então, pra encurtar a estória, é criado por Raul Seixas o Baioque, uma mistura de Rock e Baião que se transformou numa espécie de musica country brazuca. Luiz Gonzaga, Rei do Baião O título de Rei do Baião dado a Luiz Gonzaga não é por acaso. Esse pernambucano de Exu, não só foi o percussor do ritmo no sudeste, como também inventou uma forma única e marcante de se tocar. Maneira essa diferente que é um dos critérios fundamentais para se definir o Baião do Forró. Gonzagão tocava de maneira única, “resfulengando” o fole, ou seja, tocava de maneira que quando ia “bombar” o acordeom, não fazia o movimento de vai-e-vem (comum entre os sanfoneiros da época) e sim, tremia a sanfona fazendo com que a mesma desce impressão de está “gemendo”. Essa pequena, porém importante mudança na estética de tocar a sanfona é a marca “registrada” do Baião. Luiz Gonzaga foi importante para o Baião não só pelo fato de divulgá-lo, mas sim, de extraí-lo das violas dos cantadores sertanejos e transferi-lo para o fole. O Baião ostentava ainda uma rainha, uma princesa e um herdeiro do trono: Carmélia Alves, Claudette Soares e José Domingos de Morais (Dominguinhos). Muitos confundem a origem do Baião e pensam que o mesmo foi criado por Gonzaga, porém isso não é verdade. Luiz foi o grande propagador desse ritmo, não o criador. Aliás, não se tem idéia (se é que existiu um criador) de quem criou o Baião, até porque, o Baião como quase toda dança e música popular não têm registro oficial de quando e por quem foi criado, mas isso é o de menos, concordam? Ainda continuo achando importante não o criador, mas sim os divulgadores desse ritmo sertanejo, pernambucano e/ou nordestino. Nomes como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Camélia Alves, Dominguinhos, Gilberto Gil, Alceu Valença, Zé Ramalho, Jackson do Pandeiro, Quinteto Violado, Elba Ramalho, Chico César, Hermeto Pascoal, Lenine, Zeca Baleiro e tantas outras vozes que ecoam e ecoaram o Baião não só pelo nordeste como também pelo Brasil e até por algumas partes do mundo. Ritmo alegre que retrata nossas riquezas, mas também nossas angustias e nossos problemas. Que pena que minha geração não dá o devido valor ao Baião, é pena não temos mais a voz grave e rouca de Gonzagão cantando o autêntico Baião e o verdadeiro Forró. Que chato termos que engolir sem mastigar uma “coisa plastificada” que chamam de Forró Estilizado. É quando sempre me pergunto, se é estilizado, então cadê o tal estilo!? F o r r ó História do Forró, origem, gêneros, dança, cantores e bandas de forró, cultura nordestina Forró: dança popular nordestina O que é O forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de música, que possui o mesmo nome da dança. A música de forró possui temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordeste do Brasil. A música de forró é acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba. História do Forró De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. Nesta época, como as pistas de dança eram de barro batido, era necessário molhá-las antes, para que a poeira não levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse. Origem do nome A origem do nome forró tem várias versões, porém a mais aceita é a do folclorista e pesquisador da cultura popular Luiz Câmara Cascudo. Segundo ele, a palavra forró deriva da abreviação de forrobodó, que significa arrasta-pé, confusão, farra. Uma das principais características do forró é o ato de arrastar os pés durante a dança. Esta é realizada por casais, que dançam com os corpos bem colados, transmitindo sensualidade.Características Embora seja tipicamente nordestino, o forró espalhou-se pelo Brasil fazendo grande sucesso. Foram os migrantes nordestinos que espalharam o forró, principalmente nas décadas de 1960 e 1970. Atualmente, existem vários gêneros de forró: forró eletrônico, forró tradicional, forró universitário e o forró pé de serra. Principais cantores e bandas de forró: - Alceu Valença - Banda Calypso - Beto Barbosa - Calcinha Preta - Chico Salles - Dominguinhos - Elba Ramalho - Frank Aguiar - Genival Lacerda - Jackson do Pandeiro - Limão com mel - Luiz Gonzaga - Mastruz com leite - Oswaldinho do Acordeon - Sivuca - Zé Ramalho e outros... --------------------------------- Bíblia:Curiosidade: Jesus nasceu de fato no dia 25 de dezembro? Você acredita nisto? O que a Bíblia diz?...JESUS NASCEU DE FATO NO DIA 25 DE DEZEMBRO? O QUE A BÍBLIA DIZ A RESPEITO DO DIA DO NASCIMENTO DE JESUS? Ninguém sabe o dia em que jesus nasceu, nem a estação do ano (inverno etc). A primeira vez que o dia 25 de dezembro aparece como o dia do nascimento de Jesus está registrada num calendário romano do ano 354.Esse calendário foi preparado por um tal de Filocalo. A escolha desse dia tem um motivo histórico. Mas, que motivo? Vamos conhecer, agora. Na Roma antiga celebrava-se nesse dia a festa do Sol Invencível. De acordo com os cálculos daquele tempo, o dia 25 de dezembro marcava o solstício de inverno. Ou seja, no Hemisfério Norte, é o dia em que o sol parece mais fraco (isso não acontece em nosso hemisfério Sul.) O sol é fonte de calor. Nessa época, essa força parecia estar vencida e a ponto de morrer. Mas, nos dias seguintes, pouco a pouco ia se tornando mais forte e brilhante. Isso demonstrava para o povo daquele tempo que o sol era forte e invencível. No ano 274 da nossa era, o imperador romano Aureliano criou a festa do Sol Invencível. Os cristãos daquele tempo aproveitaram essa idéia e a transformaram completamente. O Natal do Sol Invencível passou a ser o NATAL DE CRISTO. Isso porque o simbolismo da luz é muito importante na Bíblia. De fato, os primeiros cristãos gostavam de chamar Jesus de "SOL DA JUSTIÇA", "ESPLENDOR DO PAI", "LUZ DO MUNDO" e outros títulos ligados à luz. Aliás, já os profetas do passado falavam desse "sol da justiça" (veja, por exemplo, Malaquias 3,20). Eles se perguntavam: "Quem é invencível como nosso Senhor, que venceu e conquistou a morte?" De fato, a morte de Jesus parecia ter sido o fim. Mas ele ressuscitou e venceu a morte para sempre. Detalhe importante: os primeiros cristãos associavam o nascimento de Jesus à sua ressurreição. O Evangelista Lucas ensinou esse caminho. Ele diz que, quando Jesus nasceu, Maria "o enfaixou, e o colocou na manjedoura" (2,7b). E, depois que Jesus morreu, José de Arimatéia enfaixou o corpo de Jesus num lençol e o colocou num túmulo escavado na rocha (23,53) Com base na data de 25 de dezembro os cristãos criaram outras festas, como, por exemplo,a da Anunciação, celebrada no dia 25 de março (nove meses antes do nascimento de Jesus). ------------------------------------- POR QUE COMEMORAR O NATAL SE JESUS NUNCA PEDIU ISSO NEM ORDENOU? Há pessoas e grupos religiosos que fazem da Bíblia um arquivo de soluções para todos os problemas e um depósito de respostas para todas as questões. De acordo com essas pessoas, tudo o que não se encontra nesse arquivo deve ser rejeitado como erro, contrário aos ensinamentos da Bíblia. Pode ser que essa pergunta tenha sido feita a partir dessa preocupação. Se fizéssemos da Bíblia um "arquivo de respostas", provavelmente não deveríamos celebrar a data de nascimento. Por quê? Porque, de acordo com que vimos, a celebração do aniversário é coisa de gente poderosa que trama a morte dos que defendem os interesses do povo. E então, como ficamos?Para aprofundar essa questão,vamos fazer um exemplo. Todos nós costumamos celebrar nosso aniversário e o dos outros, não é mesmo? O que a Bíblia tem para dizer a esse respeito? Está certo ou está errado celebrar o aniversário? Com essa preocupação, algumas pessoas abrem o "arquivo das respostas", procurando uma solução definitiva. E acabam não encontrando, na Bíblia,nenhuma indicação se se deve ou não celebrar a data do nascimento. JESUS NÃO DISSE NADA. OS DISCÍPULOS DELE TAMBÉM NÃO. Aí alguém se lembra de que o rei Herodes celebrou seu aniversário, e foi justamente nessa ocasião que a filha de Herodíades pediu num prato a cabeça de João Batista (Marcos 6,17-29; Mateus 14,3-12). Herodes celebra a própria vida matando aqueles que defendem o povo. Que pensar disso? Esse exemplo levanta a questão da inculturação da Palavra de Deus na vida de cada povo. Tudo leva a crer que o povo da Bíblia não costumava celebrar o aniversário, e isso por razões bem simples: na precariedade dos meios, como recordar o dia que alguém nasceu? Hoje nós temos registro de nascimento e tantos outros documentos que comprovam o dia em que nascemos. Mas naquele tempo isso se tornava extremamente difícil. O caminho, portanto, deve ser outro, e parece ser este: celebrar o aniversário significa celebrar a vida, louvar a Deus pelo dom da existência, festejar com amigos e vizinhois, amar a vida e querer viver. E disso a Bíblia fala abundantemente. Ela estimula a celebrar, festejar, louvar. Basta, por exemplo, ler alguns Salmos para perceber como neles está presente o louvor, a ação de graças, o desejo de viver, o pedido de libertação, o amor à vida etc. Então podemos afirmar que, embora não mande nem proíba festejar o anoversário, a Bíblia, pelo fato de valorizar a vida, nos estimula a celebrar nossa data de nascimento e a dos outros, também a de Jesus. A Sagrada Escritura deixa de ser, dessa forma, um ' "arquivo de respostas" para se tornar uma iluminação, uma proposta, um caminho... Em outras palavras, é preciso orientar-se mais pelo espírito do que pela letra da Bíblia. Ela não tem respostas para tudo, mas, como luz, pode tudo iluminar, indicando um caminho... Será que Jesus sabia o dia em que nasceu? Será que José e Maria guardaram na memória o dia exato do nascimento de Jesus? Provavelmente não, pelos motivos que já apresentamos. O povo daquele tempo tinha pouco conhecimento de anos, meses, semanas etc. Naquele tempo, o máximo que se podia fazer era associar o nascimento de alguém a um acontecimento externo, como uma colheita de cereal, ou plantio, ou guerra... Nem sequer nós sabemos o dia em que Jesus nasceu. Mas isso não é motivo para que não comemoremos seu nascimento. Aliás, se quisermos orientar nossa vida exclusivamente pelas ordens explícitas de Jesus, pouco conseguiremos fazer. A que horas devemos levantar? A que horas devemos comer? A que horas devemos ir dormir? Devemos ir à escola ou não? Devemos ir ao médico ou não? De que modo devemos nos vestir? Essas e tantas outras perguntas, aparentemente tolas, mostram que não podemos fazer da Bíblia um "arquivo de respostas" prontas para todas as questões que a vida nos apresenta. Alguns grupos religiosos fundamentalistas, agarrados à letra e não ao espírito da Bíblia, condenam os que celebram o Natal de Jesus justamente por ele nunca ter pedido isso nem ordenado. Que dizer disso? Às vezes o simples bom senso é suficiente para clarear essas questões. Outras vezes é preciso ligar o desconfiômetro: desconfie sempre de quem faz da Bíblia um "arquivo de respostas" para todos os problemas; desconfie sempre das religiões que se impõem pelo medo; desconfie sempre das religiões que crescem à custa da crítica destrutiva das outras religiões. Fonte / Pesquisa: Livro: "Tire suas dúvidas sobre Bíblia", José Bortolini , Editora Paulus págs. 107 e 108. --------------------------------------------------------- FORMAÇÃOHarmonia sexual entre o casalSe tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituiçãoO bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia. A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de Deus. O sexo tem duas dimensões na vida conjugal: unitiva e procriativa. A dimensão unitiva significa que o sexo é um meio de unidade do casal. Mais do que nunca é no relacionamento sexual que eles se tornam “uma só carne” . O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação do seu amor; é a celebração do amor no nível afetivo e sensitivo. Portanto, não pode haver sexo sem profundo amor; ele só pode ser vivido no casamento, porque só no casamento existe um compromisso de vida para toda a vida e a responsabilidade de assumir as suas consequências, especialmente os filhos. -------------------------------------------- O que faz do sexo algo perigoso e desordenado é exatamente o seu uso fora de uma realidade de manifestação de amor. Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição: sexo sem amor, sem compromisso. Aquele que usa da prostituta não tem responsabilidade sobre ela; não se importa se amanhã ela estará doente, desempregada, passando fome ou morrendo de AIDS. Ela foi apenas um instrumento de prazer, que foi alugado por alguns instantes. É o grande desvirtuamento de uma das realidades mais lindas criadas por Deus. Se ao criar todas as coisas, “Deus viu que tudo era bom” (cf. Gen 1,10), também o sexo, já que foi feito com a bela finalidade de gerar a vida e unir os esposos. Se ele fosse sujo, em si mesmo, a criança não poderia ser tão bela e inocente. Nossos filhos vieram ao mundo porque tivemos relações sexuais. Deus, na Sua sabedoria, quis assim; quis que, no auge da celebração do amor do casal, o filho fosse gerado, para que este não fosse apenas “carne da carne dos pais”, mas “amor do seu amor”. A Igreja sempre viu com olhos claros esta realidade. São Paulo, há vinte séculos, já dava orientação segura aos fiéis de Corinto sobre isso: "O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornais um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência" (I Cor 7, 3-5). Com essas orientações o apóstolo dos gentios mostra a legitimidade da vida sexual no casamento e até pede que os casais não se abstenham dela por muito tempo, dizendo: "Não vos recuseis um ao outro”. E pede que cada um “cumpra o seu dever” para com o outro. Como não ver nessas palavras do apóstolo um pedido aos cônjuges, para que satisfaçam as legítimas aspirações do outro? É claro que a luz a guiar este relacionamento há de ser sempre o amor e nunca o egoísmo. Haverá épocas na vida do casal em que a relação sexual será impossível. Quando a esposa está grávida, já próximo de dar à luz, após o parto, quando passa por uma cirurgia, entre outros. Nessas ocasiões, e em muitas outras, por bom senso, mas também por caridade para com a esposa, o esposo há de respeitá-la. O fato de o sexo ser legítimo no casamento,– e só no casamento –, não quer dizer que nele "vale tudo" como se diz. Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem estrepolias em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais. A moral católica se rege pela "lei natural", que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Será que, por exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza? Certamente não. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos ensina o seguinte: "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido" (CIC, 2362; GS, 49). Tenho ouvido esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o que elas não querem nem aceitam no ato sexual. Neste caso, será uma violência obrigá-las a isso. Aquilo que cada um aceita, dentro das características psicológicas de cada um, não sendo uma violência à lei natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal. É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja a harmonia sexual; isto é, ambos atingirem juntos o orgasmo. O esposo deve se guiar exatamente pela orientação da esposa, que saberá mostrar-lhe naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele. Não é fácil, muitas vezes, o ajustamento sexual do casal; e, algumas vezes, precisa-se de anos para que ele aconteça. Também aí há de haver a paciência e a bondade de um para com o outro, para ajudá-lo a superar as suas dificuldades. Mas tudo se resolve se houver esses ingredientes. (Trecho do livro "Família, santuário da vida" do professor Felipe Aquino). Ingratidão, a resposta que mata o amorO bom entrosamento é a alma do relacionamentoConforme definição do dicionário, gratidão é o “reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um favor ou auxílio”. Em outras palavras, é alguém mostrar-se agradecido por aquilo que lhe foi oferecido como um benefício. Se perguntarmos às pessoas se elas se acham ingratas, talvez por vergonha ou por não se darem conta disso, a maioria não admita tal característica em sua personalidade. Quase sempre, a ingratidão é manifestada por meio de pequenas atitudes. Para quem é vítima desse destrato, tal ato é sinal de pobre retribuição ao carinho recebido e, na maioria dos casos, uma grande falta de educação. Há pessoas que, simplesmente, pelo fato de estarem comprando algo, se comportam como se não necessitassem ser corteses com o vendedor. Dando-nos a impressão de terem abandonado as boas maneiras em casa. Tudo aquilo que vivemos ou fazemos é reflexo de coisas que se tornaram comuns a partir de experiências vividas em casa. Como diz o ditado popular: “O uso do cachimbo deixa a boca torta”. Se alguém não tem o hábito de ser dócil com um atendente de uma loja, restaurante ou posto de gasolina, por exemplo, logo, imaginamos que seu comportamento não deva ser diferente com as pessoas mais próximas, incluindo as de casa. Um relacionamento em que não há reciprocidade nos bons modos, dificilmente poderá evoluir além da tolerância, porque será regido apenas pelas práticas da boa educação. Como já estudamos na escola, para toda ação há uma reação, entretanto, muitas vezes, parece que nos esquecemos dessa regra quando saímos das leis da física e entramos nas relações interpessoais. Dentro do convívio, ao percebermos constantes respostas de indiferenças e ingratidão da parte de quem prestamos algum favor, com o tempo, naturalmente, nosso interesse em continuar lhe ajudando diminuirá. Por outro lado, os sinais de afabilidade, presteza e reconhecimento, manifestados em nossos diferentes níveis de relacionamentos, alimentam e potencializam o nosso desejo de estreitar os laços favorecidos pela convivência. Vamos aprendendo, pouco a pouco, com essa proximidade a aprimorar nosso modo de ser. No que diz respeito aos nossos hábitos pouco virtuosos, tentemos nos encarregar de extirpá-los de nossa vida, já que não produzem bons frutos. O bom entrosamento em nossos relacionamentos cresce à medida que as pessoas se dispõem a nutri-los com pequenos gestos de carinho. No entanto, quem insiste em se fechar em si e em suas verdades, certamente, já deve ter percebido a superficialidade e a frieza do tratamento recebido e os poucos amigos conquistados. Isso acontece em razão da falta de interesse e reciprocidade dessas pessoas em viver um vínculo mais profundo nos relacionamentos, além dos estabelecidos pelas situações exigidas no trabalho, na escola ou em outras atividades sociais. Amar é um esforço que passa pela atitude de nos reconhecermos gratos por aquilo que recebemos. Não tenho dúvida de que a gratidão é a alma do relacionamento, o ingrediente que ajuda na construção de compromissos duradouros. Dessa forma, se não nos esforçarmos para dar uma resposta diferente aos novos desafios da convivência correremos o risco de esvaziar o nosso círculo de amizades e maior será o desgaste dentro dos demais relacionamentos já estabelecidos. Um abraço contato@dadomoura.com Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Outros temas do autor: www.dadomoura.com FormaçõesComo lidar com a mudança?A vida muda com o tempoA vida pode ser comparada a um rio, tem um destino e, portanto, não pode parar. Entre um obstáculo e outro, segue seu curso até chegar ao oceano. Imaginemos que o rio passa por muitas paisagens e lugares diferentes, alguns mais encantadores, outros menos, no entanto, ele não para, continua sua jornada e não só... Por onde ele passa, vai partilhando riquezas e dividindo suas águas. Podemos ver lindos jardins e verdejantes plantações às margens de um rio. Desde criança os rios me chamavam a atenção. São livres, fortes, destinados, ninguém os pode segurar diante de suas metas, quando tentam impedi-los de seguir e constroem barragens, mesmo assim, eles enchem o espaço e logo começam a transbordar. Quem dera eu fosse como um rio buscando meu destino, que é o Céu. Bom, foi por admirá-los [rios] que encontrei inspiração para responder a um jovem que me pediu ajuda outro dia. Disse-me que andava infeliz porque não conseguia servir ao Senhor e me explicou o porquê disso. Partilhou que sempre foi ativo nas atividades de sua paróquia e tocar no ministério de música era sua maior alegria. Porém, com o tempo, precisou mudar de cidade, casou, vieram os filhos e hoje se sente inútil na obra de Deus, triste e sem fé, porque não consegue servir a Igreja. Eu lhe disse que a vida muda com o tempo e é preciso ter coragem para encarar as mudanças com maturidade, sem ficar preso ao que passou. Falei sobre esta “filosofia do rio” e convidei-o para contemplar uma nova paisagem à sua margem. O rio não para onde lhe é mais cômodo, entre um desafio e outro, segue seu destino, por isso tem a oportunidade de estar sempre crescendo enquanto persegue a meta. Talvez você hoje esteja passando por situação semelhante e é pensando em casos assim que partilho o que penso. Acontece que, muitas vezes, nossa vida muda e nosso coração não acompanha a mudança. É preciso rever a estrada e perceber por onde ele ficou, talvez tenha se perdido ou esteja lá atrás, preso a algum sentimento; e precise de ajuda para acompanhar a razão. É importante perceber que a vida nos oferece oportunidades de crescer com as mudanças, mas não basta mudar de lugar, é preciso ter a disposição de acompanhar a mudança com a essência do que somos por inteiro. Gosto da comparação feita pelo diácono Nelsinho Corrêa para falar sobre mudanças na Canção Nova, que aliás são constantes. Ele explica que vivemos o mesmo processo de uma plantinha que é trocada de terreno. Com ocorre com elas, diante da mudança, até "murchamos" um pouco e sofremos as consequências do novo "solo", mas precisamos lançar as raízes na terra nova e reagir para não morrer. Talvez, na sua vida, seja hora de lançar raízes onde Deus lhe permite estar. Penso que não existe melhor lugar para servir ao Senhor do que onde estamos. Por mais que tenhamos a reta intenção de fazer grandes coisas em outro lugar, é em nosso próximo que o Senhor espera ser servido. E quem é o próximo, senão aqueles que convivem conosco, em casa, no trabalho, na escola...? Sentir saudade dos que amamos e dos momentos felizes que marcaram nossa história é uma coisa, deixar-se paralisar pelo saudosismo e não se abrir às novidades do presente é outra. E agir assim é o mesmo que dizer: "Eu não quero colaborar com minha própria felicidade". Como cristãos precisamos ter claro em nossa mente que só existe um Senhor e nós somos servos d'Ele. Se Deus, o Senhor, conta conosco no exercício de um ministério ou deixa de contar, é necessário ter humildade e reconhecer que valemos muito mais do que aquilo que fazemos. São Francisco de Assis afirmava, com razão, que somos o que somos diante de Deus e mais nada. Acolher isso é grande sabedoria e sinal de maturidade. O desejo desenfreado de fazer muitas coisas, mesmo que seja na obra de Deus, pode estar escondendo o grito de um coração ferido que quer ser reconhecido e amado. Mas já está provado que não existe trabalho, nem lugar neste mundo, que possa preencher o vazio de uma alma. Só Deus pode nos curar e saciar plenamente e as mudanças que Ele nos permite viver, muitas vezes, são as oportunidades de restauração que Ele nos oferece. Portanto, se hoje você sofre as consequências de alguma mudança, não pare na dor, reaja, lance raízes neste novo "solo" e procure frutificar aí mesmo. O rio não para onde lhe parece mais florido. Ele passa e segue buscando seu destino. Façamos o mesmo! Na prática, hoje, procure fazer algo concreto para levar o amor de Deus às pessoas, mesmo que sejam atitudes bem simples, mas comece já. Acredito que aí está a cura para muitos males deste mundo. Mãos à obra! Talvez nem necessitemos ir longe, existe muita gente que precisa de nós até dentro de nossas próprias casas. Amar e servir dizem da vocação cristã. Cristo passou por este mundo nos ensinando com a vida essa lição. Se você aceita um conselho: não pare na dor das perdas ou na saudade, experimente amar sem esperar recompensas. Você ficará surpreso com o resultado. Estou rezando e torcendo por você! Dijanira Silva dijanira@geracaophn.com Dijanira Silva Missionária da Comunidade Canção Nova, em Fátima, Portugal. Trabalha na Rádio CN FM 103.7 -------------------------------------------------- NOTÍCIAS Site - Canção NovaLíderes religiosos dão testemunho de diálogo entre as religiõesMirticeli MedeirosFalta um dia para terminar o Meeting Rimini 2010, no litoral da Itália. No penúltimo dia de evento, o testemunho de líderes religiosos sobre a força do diálogo e uma mostra que traz o que o Brasil tem de mais belo: a alegria. |