Hoje, dia 13 de maio se comemora o dia das mães, e neste dia devemos lembrar
especialmente de uma mãe ou melhor, a Mãe de todas
as mães, Nossa Senhora de Fátima.
Foi em 13
de maio de 1917 a 95 anos que Nossa Senhora apareceu em Fátima Portugal como
uma mãe, para alertar e indicar aos seus filhos o caminho da salvação. A
devoção ao Seu Imaculado Coração. “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu
Imaculado Coração.
Nossa Senhora apareceu seis vezes de maio a outubro fechando
um ciclo de quatro aparições. Em Paris 1830, em La Salete 1846, em Lourdes 1858
e Fátima 1917.
Logo na primeira aparição Nossa Senhora fez essa pergunta: "Quereis oferecer-vos a Deus para suportar
todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos
pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores"?
Nossa Senhora falou a três simples crianças para indicar
que seus pedidos esta ao alcance de todos e que com gestos pequenos podemos
reparar e agradar a Deus. Portanto ao invés de nos queixarmos das dificuldades
e adversidade que a vida nos impõe temos a oportunidade de oferecer no dia a
dia, pequenos sacrifícios para reparar os pecados com que Deus Nosso Senhor é
ofendido.
Lúcia levou pedidos de alguns doentes e Nossa Senhora advertiu
que era preciso se converter. "Se se converter, curar-se a durante o
ano". Mesmo nós
católicos precisamos nos converter, precisamos parar de praticar a santa
religião de Deus pela metade, fazendo só o que nos é conveniente. Muitas
pessoas vão à Missa como se vai a um piquenique.
Vemos todo tipo de imoralidade e inversão dos valores da
família que não resta duvida que esta se cumprindo o que a pequena Jacinta
disse: “ virão modas que ofenderam muito a Nosso Senhor”.
Portanto
quem toma contato com a mensagem de Fátima esta sendo convidado a ser do numero
daqueles para quem os pedidos da Mãe de Deus e nossa não foram em vão. Esses serão
do numero daqueles que como o Cirineu ajudou Nosso Senhor carregar sua Cruz.
“O Meu Imaculado Coração será o teu refugio e o caminho que te
conduzirá até Deus".
Nosso Senhor no alto da cruz, no auge dos seus sofrimentos ainda
teve força para mais um ato de misericórdia para com a humanidade, talvez o
maior de todos. Foi fazer sua Mãe nossa mãe. "Ao ver Sua Mãe e junto dela o discípulo que Ele amava, Jesus
disse à Sua mãe: "Mulher, eis
aí o teu filho". Depois
disse ao discípulo: "Eis aí a tua Mãe" (Jo.19, 26-27).
Em 1917 Nosso Senhor mais uma vez manifesta sua misericórdia
como fez do alto da cruz, manda sua Mãe em nosso socorro e auxilio em meio ao
caos dos dias atuais.
Como disse foi como Mãe que Ela veio. Toda mãe quer o
melhor para seus filhos, toda mãe sabe o
que seus filhos precisam e esta disposta a tudo para ajudá-lo. -------------------------------------
Domingo, 13 de maio de 2012, 09h21
Valores a transmitir - Homenagem ao Dia das Mães
Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)
Arquivo
'Na Família se aprende quanto seja importante o relacionamento com os outros'
Mas o Dia das Mães nem precisa constar no calendário. Ele se impõe por si mesmo. Por múltiplos motivos. Em primeiro lugar pelo respeito, admiração e gratidão que merece qualquer mãe, seja qual for a condição em que se encontra. A mãe sempre merece um preito de gratidão da humanidade. É sempre sublime a missão de gerar e resguardar a vida. Ainda mais quando esta é frágil e necessita de proteção.
Toda festa acaba assumindo uma causa a celebrar, um valor a defender, um critério a seguir.
A festa das Mães tem evidente conotação com a família. E a família tem forte vinculação com a sociedade.
E´ o que quer transmitir o Sétimo Encontro Mundial das Famílias, a se realizar no final deste mês e início de junho, em Milão na Itália. Uma das mensagens que promovem o evento, recorda, exatamente, o estreito vínculo da família com a sociedade.
Assim é divulgada a mensagem: “A Família é a primeira e vital célula da sociedade, porque na Família se aprende quanto seja importante o relacionamento com os outros.”
De tal modo que a Família se torna o espelho da sociedade. Ela transmite valores que fazem parte do convívio humano, independente da forma como este convívio se configura.
Tanto é verdade que as famílias vão mudando de fisionomia. Mas ao passar por estas metamorfoses que tanto afetam hoje a sociedade, a família é chamada a vivenciar os valores que ela sempre testemunhou, de proteção da vida, de respeito pela subjetividade de cada pessoa, de bondade, de confiança, de dedicação amorosa às pessoas que compõem o circuito da convivência humana.
Promovendo o Dia das Mães, acabamos reforçando nesse ano a mensagem do Sétimo Encontro Mundial das Famílias. O número já sugere que a iniciativa é bastante recente. De fato, o grande inspirador destes encontros foi o Papa João Paulo II. Um deles foi realizado no Rio de Janeiro, no final da década de noventa, quando João Paulo II teve oportunidade de ver de perto os encantos da natureza carioca. O encontro que teve o público mais expressivo foi em Manilha, nas Filipinas, quando quatro milhões de pessoas participaram da celebração final da Eucaristia.
Desta vez o tema é prático e sugestivo: “A Família, o Trabalho e a Festa”.
Realizado em Milão, capital da laboriosa Lombardia, região de forte identidade cultural e humana, identificada com a fé católica, nada melhor do que lembrar o trabalho e a festa, componentes indispensáveis da vida, para servirem de tema deste encontro mundial.
O hino que vai unir as diversas celebrações, leva por título: “A Tua Família te rende graças”.
Um último aceno simbólico: o encontro se conclui no dia 03 de junho, domingo da Santíssima Trindade. Se a família tem necessária relação com a sociedade, ela encontra sua consistência maior em sua relação com Deus, o Senhor da Vida. A família é espelho da comunhão trinitária.
A família nos permite expressar nossa compreensão aproximada do mistério de Deus. Dela tomamos as palavras que aplicamos alegoricamente a Deus, que identificamos como Pai-Mãe, Filho e Espírito Santo. Usando categorias familiares, expressamos nossa compreensão de Deus.
Vivenciando o amor materno, temos a imagem aproximada do amor divino que Deus manifesta por nós. As mães são testemunhas de que Deus é amor!
------------------------------------------
Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visita Roma
Agência Ecclesia
A celebração vai ser presidida pelo cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a Diocese de Roma e presidente da Obra Romana de Peregrinações. Ainda no domingo, a imagem peregrina vai ser transportada para a igreja de Santa Maria das Graças, próxima do Vaticano, onde permanecerá até ao dia 20 deste mês.
Segundo dados do Santuário de Fátima, mais de 29 mil italianos visitaram a Cova da Iria de forma organizada em 2011, um número apenas ultrapassado, quanto a estrangeiros, pelos espanhóis (33 821).
Durante a estadia da imagem em Roma estão previstas diversas catequeses e missas, presididas, entre outros, pelo arcebispo Rino Fisichella, que lidera o Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, ou os cardeais Christoph Schonborn e Giuseppe Bertello.
A jornada de domingo vai contar com a apresentação de um “concerto-meditação” com a recitação do rosário. Seguindo as indicações da Irmã Lúcia, a primeira imagem da Virgem Peregrina de Fátima foi coroada solenemente a 13 de maio de 1947.
“A fim de dar resposta aos imensos pedidos, foram, entretanto, feitas várias réplicas da primeira imagem peregrina”, informa o Santuário de Fátima na sua página na internet.
De acordo com o testemunho das três crianças conhecidas como Pastorinhos de Fátima (Lúcia, Francisco e Jacinta), confirmado pela Igreja Católica, ocorreram seis aparições da Virgem Maria na Cova da Iria e imediações (Distrito de Santarém, Diocese de Leiria-Fátima), uma em cada mês, entre maio e outubro de 1917. OC
Turma Amiga, a partir de hoje, iremos conhecer com
alguns detalhes a História das Aparições de Nossa Senhora de Fátima.
Estudaremos os dois assuntos abaixo:
1.Orações do Anjo
2. Aparições de N. Sra, de Fátima
1.Orações do Anjo
Vamos procurar entender em detalhes o conteúdo e a importância das
Orações do Anjo de Portugal aos três Pastorinhos.
É bom salientar que essas aparições ocorreram um ano antes(1916) das
Aparições de Nossa Senhora de Fátima (1917).
--------------
As Orações do Anjo são duas orações que terão sido ensinadas pelo
Anjo de Portugal aos três pastorinhos de Fátima durante as suas aparições em 1916 em Fátima.
Índice
|
1.Introdução
Antes das aparições
de Nossa Senhora na Cova da Iria em 1917, Lúcia
de Jesus, Francisco Marto e Jacinta
Marto tiveram no ano anterior três visões do Anjo, Anjo da Paz ou
Anjo de Portugal. Estas visões permaneceram inéditas até 1937, até Lúcia as
divulgar, pela primeira vez, no designado texto Memória II. A
narração é mais completa e o texto definitivo das orações do anjo é publicado
na Memória IV, escrito em 1941. As aparições do Anjo em 1916,
foram precedidas por três outras visões, de Abril a Outubro de 1915, nas quais
Lúcia e outras três pastorinhas, Maria Rosa Matias, Teresa Matias e Maria
Justino viram, também no outeiro do Cabeço, e noutros locais, suspensa no ar
sobre o arvoredo do vale "uma como que nuvem mais branca que a neve, algo
transparente, com forma humana. Era uma figura, como se fosse uma estátua de
neve, que os raios do sol tornavam algo transparente". A descrição é da
própria irmã Lúcia.
2.Texto das Orações
Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos.
Peço Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam.
-----------------------
Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo,
adoro-Vos profundamente
e ofereço Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus
Cristo,
presente em todos os sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que ele
mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração
e do Coração Imaculado de Maria,
peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.
3. Contexto das Orações
Estamos perante dois textos pertencentes à mensagem de Fátima. São duas orações reveladas
aos três pastorinhos de Fátima em duas aparições dum
anjo, que se apresentou como “Anjo da Paz”, e também identificado como Anjo de Portugal. A primeira
oração (“Meu Deus, eu creio…”) foi ensinada na primeira aparição, na Primavera
de 1916 e a segunda
(“Santíssima Trindade…”) em Outubro ou fins de Setembro do mesmo ano. Ambas as
aparições se deram nos Valinhos, perto de Aljustrel, terra natal dos videntes, na
freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém.
3.2.Circunstâncias das aparições do Anjo
Segundo os relatos da mais velha dos videntes,
Lúcia, Certo dia, na Primavera de 1916, na Loca do Cabeço, uma pequena
gruta, os pastorinhos são surpreendidos por “uma luz mais branca que a neve”,
na forma dum jovem. Este diz-lhes: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai
comigo”. De seguida, ajoelha-se e curva-se até ao chão e pronuncia por três
vezes a oração “Meu Deus, eu creio…”. Em tudo isto, é imitado pelos
pastorinhos. Foi esta a primeira aparição.
Na segunda aparição, no mesmo lugar, depois de os
pastorinhos rezarem o terço e a oração que o Anjo lhes tinha ensinado, aparece-lhes
de novo “trazendo na mão um cálice e sobre ele uma hóstia, da
qual caíam, dentro do cálice, algumas gotas de sangue. Deixando o
cálice e a hóstia suspensos no ar, prostrou-se por terra e repetiu três vezes a
oração “Santíssima Trindade…” Depois de dar o cálice e a hóstia em comunhão
aos pastorinhos, recomenda “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo,
horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e
consolai o vosso Deus”. Prostra-se novamente por terra e de novo repete três
vezes a mesma oração. De novo, os pastorinhos imitam-no em tudo.
Estas aparições permaneceram inéditas até 1937, quando Lúcia as divulga
pela primeira vez, na sua 2ª memória. Encontramos uma narração mais completa e
o texto definitivo das orações na 4ª memória, escrita em 1941.
3.3.O uso atual
Estas duas orações entraram no património de piedade e estão muito
difundidas em todo o país, sobretudo devido ao seu uso no Santuário de Fátima. A sua utilização principal
é na adoração
eucarística (o seu contexto original), onde são proclamadas ou cantadas. É
frequente encontrá-las associadas entre si, rezadas em conjunto,
alternadamente.
4. Temas
4.1. Meu Deus, Santíssima Trindade
Deus é o destinatário de ambas estas orações, como não podia
deixar de ser. O horizonte trinitário está presente de forma perfeitamente
explícita na oração “Santíssima Trindade”, e de forma reiterada: na verdade,
após a invocação Santíssima Trindade, acrescenta-se o Nome de
cada uma das Pessoas. Notamos assim que esta oração se dirige às três Pessoas
divinas simultaneamente, da mesma forma. Contudo, na oração “Meu Deus, eu
creio”, tal horizonte trinitário não está tão explícito. A questão é saber a
quem se dirige o vocativo “Meu Deus”.
Esta invocação, “Meu Deus”, é habitualmente
dirigida a Deus
Pai. Ao longo da Tradição da Igreja, o vocativo “Deus”, sem mais
explicitação, designa habitualmente o Pai. Na Liturgia da
Igreja verificamos o mesmo fenómeno, em que esta invocação significa
habitualmente o Pai. Na linguagem popular religiosa o mesmo se verifica. Assim,
à partida, seríamos levados a dizer que a oração se dirige a Deus Pai.
No entanto, há outros factores importantes a ter
em conta. A expressão “Meu Deus” remete quase instantaneamente também para a
profissão de fé do apóstolo Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28), que
é dirigida a Jesus Cristo. Posto que cada uma das Pessoas da
Santíssima Trindade é Deus, este vocativo pode dirigir-se a cada uma delas.
Desde o início, ou pelo menos a partir de
determinado momento, a oração foi utilizada pelos pastorinhos em contexto
eucarístico. De facto, como foi já referido, é neste contexto que ela hoje é
utilizada, de modo praticamente universal. É uma das orações mais
frequentemente utilizadas na adoração eucarística, o que vem testemunhar a sua
estreita ligação à Eucaristia.
Mas é necessário ainda verificar a íntima relação
que esta fórmula tem com a oração “Santíssima Trindade”: ambas reveladas pelo
Anjo, ambas utilizadas, então e agora, em contexto de culto eucarístico, ambas
fazendo um uso importante do conceito de adoração.
Por esta estreita relação, podemos acabar por concluir que o destinatário de
ambas as orações é o mesmo: a Santíssima Trindade, na simultaneidade das
Pessoas, invocadas em conjunto e da mesma forma. O que é sublinhado pelo uso
corrente de proclamar esta oração: três vezes seguidas.
A invocação “Meu Deus” exprime o acolhimento
íntimo e pessoal do Deus vivo. Esta oração contém o essencial da
espiritualidade cristã, que na sua estrutura é teologal e trinitária. “Deus”
designa de modo muito simples o mistério trinitário, a que se presta uma adesão
pessoal, à maneira do apóstolo Tomé. O uso do possessivo “meu” não designa,
como alguns possam pensar, uma apropriação egoísta e individualista da
divindade, mas uma relação de confiança e proximidade, logo de seguida
expressas pelos actos de fé, adoração, esperança
e amor.
4.2. Eu creio, adoro, espero e amo-Vos
A atitude mais imediata perante o mistério da
Trindade Santíssima é a adoração.
Por esse motivo, o Anjo, ao ensinar aos pastorinhos ambas as orações,
prostrou-se por terra. Eles entenderam que este gesto corporal era o que melhor
correspondia às palavras pronunciadas. Prostrar-se por terra é um dos gestos
que, em praticamente todas as culturas, significa a atitude de adoração, de
abaixamento humilde perante o mistério que nos ultrapassa, a que rendemos a
nossa homenagem. No Cristianismo, claro, esta adoração supera em muito o
temor perante o terrível e poderoso, para passar a significar o respeito que
naturalmente brota do Amor
com que Deus Se nos
revelou.
4.3. Ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo
Como já sublinhámos várias vezes as orações
ensinadas pelo Anjo apresentam uma peculiar relação com a Eucaristia. Na
fórmula “Santíssima Trindade” tal relação é explícita, pela menção da
Eucaristia através da fórmula utilizada no catecismo. A fórmula “Meu Deus, eu creio”,
como vimos, tem também uma forte ligação à Eucaristia, quer pelo contexto da
altura, quer pelo seu uso actual. Mas, como vimos, o fundo de ambas as orações
é também particularmente trinitário. Ou seja, encontramos aqui manifestado o
mistério da íntima relação entre a Trindade e a Eucaristia.
4.4. Reparação
O motivo da reparação
está bem expresso: “em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que
Ele mesmo é ofendido”. Estas três palavras pretendem resumir as ofensas feitas
contra o Senhor sacramentado, ou seja, contra a presença de Deus no meio de
nós, e assim contra Deus que Se oferece por nós. “Ultrajes” e “sacrilégios” têm
um significado semelhante: designam as ofensas que são cometidas activamente
contra o Senhor, actos que o ofendem, porque manifestam a recusa da salvação
por Ele e n’Ele oferecida, e inclusivamente até agem contra ela. Já
“indiferenças” refere-se às ofensas cometidas passivamente, por omissão, por
não reconhecer o Senhor que nos salva nem agir em conformidade com essa
salvação. Temos também aqui uma forma de recusa da salvação,
de ingratidão que, apesar de passiva, não deixa de ofender Jesus
Cristo eucarístico.
4.5. Peço-Vos perdão, peço-Vos a conversão
Mas a reparação, como acto comunitário inserido
na solidariedade salvífica da comunhão dos santos, não teria qualquer sentido
se se resumisse a “consolar Nosso Senhor pelo mal que Lhe fazem” e não
contivesse, dentro da mesma solidariedade salvífica, o pedido e intercessão
pelo perdão
e pela conversão
daqueles que O ofendem.
4.6. Os pobres pecadores, que não crêem, não adoram, não esperam e não amam
Quem são estes “pobres pecadores”? Sem
dúvida, aqueles que, na fórmula “Meu Deus, eu creio”, “não crêem, não adoram,
não esperam e não Vos amam”. Ora, são pobres precisamente porque ignoram o seu
pecado. Uma vez que não crêem, desconhecem o pecado, porque a ignorância de
Deus implica a ignorância do pecado. Estes pobres pecadores são aqueles que se
encontram mais longe de Deus, que não o conhecem, e por isso não têm para com
Ele a atitude crente e adorante. São pobres também por serem infelizes, uma vez
que, longe de Deus, estão também longe da fonte de toda a vida e de toda a
alegria.
4.7. Pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria
O Coração de Jesus é símbolo significativo do Mistério
Pascal, Mistério de misericórdia. Significa o amor que nos salva, pela
entrega do Crucificado Ressuscitado.
Ao pedirmos a conversão dos pecadores pelos méritos do Coração de Jesus,
pedimo-la pelos méritos do seu Mistério Pascal, da sua paixão, morte, ressurreição e
ascensão aos céus. De facto, é esse mistério que
nos reconcilia com Deus, é por ele que podemos converter-nos. Méritos
infinitos, porque na sua entrega por nós a vitória sobre o pecado foi
definitiva e fomos reconciliados com Deus duma vez para sempre. Este mistério jamais
se esgota e é a fonte de toda a reconciliação, de modo que a conversão passa
sempre necessariamente pelos méritos do Santíssimo Coração de Jesus.
Como símbolo privilegiado da Redenção e da
misericórdia de Deus, o Coração de Jesus é o que mais sofre com a ingratidão
dos homens que não querem associar-se ao dom da salvação. Daí que o Coração de
Jesus tenha sido ao longo dos tempos o principal objecto da atitude reparadora.
O papel de Maria na vida cristã é o de continuamente
chamar e exortar a unirmo-nos à Igreja de Deus. Confiarmo-nos ao seu Coração significa entregarmo-nos ao Coração do seu
Filho. O Coração da Mãe está unido ao Coração do Filho, daí que também ele se
insira no centro do mistério da Redenção.
Maria estava presente na Hora de Jesus, participando com Ele no culminar da sua
missão
.
5.Referências
- AA.VV., Apelo e Resposta. Semana de Estudos sobre a Mensagem de Fátima, Santuário de Fátima, Fátima 1983.
- AA. VV., A Pastoral de Fátima. Actas do 1º Encontro Internacional sobre a Pastoral de Fátima, no 75º aniversário das aparições, Santuário de Fátima, Fátima 1993.
- AA. VV., Actas do Congresso Internacional de Fátima: Fenomenologia e Teologia das Aparições, Santuário de Fátima, Fátima 1998.
- AA.VV., Mysterium Redemptionis. Actas do Congresso de Fátima Do Sacrifício de Cristo à dimensão sacrificial da existência cristã, Santuário de Fátima, Fátima 2002.
- COELHO, MESSIAS DIAS, O que falta para a conversão da Rússia, Fundão 1959.
- IRMÃ LÚCIA, Memórias, Secretariado dos Pastorinhos, Fátima 2000.
- WAKKERS, FRANCISCO, A Oração do Anjo, em Lumen 13 (1949) 132-136
6. Ver também
---------------------------------------------------------------------
Por Valdeci Toledo
é mestre em Teologia e editora assistente na
editora Ave-Maria
Eis os assuntos:
As aparições ocorrem de fato?
Prudência e discernimento
-O Magistério da Igreja costuma seguir
as seguintes normas de prudência:
Em nosso tempo, visitar santuários marianos ou
lugares de aparição tem sido um fenômeno de grande proporção. Os santuários de
Aparecida, Fátima, Guadalupe e Lourdes são os mais frequentados. Em muitas
regiões de tradição católica, santuários locais recebem cada vez mais
peregrinos. A religiosidade popular se expressa muitas vezes por experiências
existenciais. Quando visitamos os santuários, podemos visualizar em muitos deles,
na “sala dos milagres”, os depoimentos pelas graças alcançadas. É o testemunho
de que, quando pediram auxílio à Mãe de Deus, não voltaram para casa com as
mãos vazias.
Os santuários marianos são lugares privilegiados de
oração e penitência. Quantos se dirigem a eles buscando solução para suas
dificuldades pessoais e familiares? Não conseguimos compreender o que ocorre
ali pela nossa simples razão crítica. Mas muitas vidas são transformadas, e o
encontro com Maria passa a ser o ponto de partida para o encontro pessoal com
Deus e com seu Filho, Jesus. Maria sempre nos conduz a Cristo. O verdadeiro
encontro com ela, de modo inevitável, leva a Cristo: “Fazei o que ele vos
disser” (João 2,5).
As aparições ocorrem de fato?
As aparições de Maria, as mensagens e a
interpretação dos videntes estão presentes em toda a história do Cristianismo.
Podemos considerar todas as aparições de Nossa
Senhora de que temos notícia como autênticas e dignas de fé ? Certamente que
não. Só para exemplificar, nos últimos anos, mais de duzentas aparições não
foram reconhecidas pelos bispos.
Mas as “aparições” ocorrem de fato? Recorrendo à
tradição judaico-cristã, notamos nas Sagradas Escrituras diversos relatos de
aparições e revelações. Citaremos dois para ilustrar:
- Uma delas pode-se verificar no Antigo Testamento: “o anjo do Senhor apareceu a Moisés numa chama (que saía) do meio de uma sarça”, (Êxodo 3,2). Após ter ouvido a “revelação” do Senhor, Moisés acolhe sua Palavra e vai libertar o Povo de Deus, que estava na escravidão do Egito.
- Outra, mais significativa ainda, encontra-se no Novo Testamento. Trata-se da revelação do anjo Gabriel a Maria, que lhe aparece e anuncia a grande missão que Deus escolheu para sua vida. Missão essa que repercutiu em toda a humanidade, de modo particular na vida daqueles que acolheram o seu Filho Jesus. O anjo então disse: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lucas 1,30-33).
Temos relatos de muitas outras aparições e
revelações na Bíblia. Todas elas fazem parte da pedagogia de Deus, pois é um
modo de ele se revelar ao seu Povo e indicar o caminho que devem seguir, para
encontrar o verdadeiro significado de suas vidas. Essas revelações fazem parte
do “depósito da fé” que recebemos de Deus e que nos foram transmitidas pela
Igreja.
Na Epístola aos Hebreus (1,1-2) podemos ler que:
“muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos
profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro
universal, pelo qual criou todas as coisas.” Conforme o Catecismo da Igreja
Católica (CIC), a revelação do “Verbo de Deus” passa a ser a plenitude da
revelação: “Cristo, o Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e
insuperável do Pai. Nele o Pai disse tudo, e não haverá outra palavra senão
esta” (CIC, 65).
Desse modo, “já não há que esperar nenhuma nova
revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Todavia, embora a Revelação esteja terminada, não será explicitada por
completo; caberá à fé cristã captar gradualmente todo o seu alcance ao longo
dos séculos” (CIC, 66). Como nos diz São Paulo: “Hoje vemos como por um
espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte;
mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido” (1 Coríntios 13,12).
A Igreja nos ensina que: “no decurso dos séculos
houve revelações denominadas ‘privadas’, e algumas delas têm sido reconhecidas
pela autoridade da Igreja. Elas não pertencem, contudo, ao depósito da fé. A
função delas não é melhorar ou completar a Revelação definitiva de Cristo, mas
ajudar a viver dela com mais plenitude em determinada época da história.
Guiado pelo Magistério da Igreja, o senso dos fiéis sabe discernir e acolher o
que nessas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou de seus santos
à Igreja.
A fé cristã não pode aceitar revelações que
pretendiam ultrapassar ou corrigir a Revelação da qual Cristo é a perfeição.
Este é o caso de certas religiões não cristãs e também de certas seitas
recentes que se fundamentam em tais revelações (CIC, 67).
A partir dessas palavras, consideremos que as
verdadeiras aparições de Nossa Senhora sempre nos levarão à obediência a Cristo
e à sua Igreja e não intencionarão nos anunciar outro evangelho. Como nos
ensina São Paulo: “ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos
anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja
anátema” (Gálatas 1,8). As verdadeiras aparições evidenciam a missão de Maria
em continuidade com sua missão materna junto aos seus filhos. Tudo o que
Maria nos ensinar e fizer para nós estará em conformidade com a vontade de
Deus: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas
1,38).”
Prudência e discernimento
No campo do discernimento e do significado das
aparições, a Igreja Católica se interroga há muito tempo. Diante das inúmeras
notificações de aparições e revelações, principalmente de Nossa Senhora, é
preciso prudência. Como membros da Igreja, somos chamados a aguardar e confiar
nas orientações dos bispos, pois, normalmente, esses fenômenos envolvem
questões de ordem doutrinal e pastoral. Cabe ao magistério da Igreja dar aos
fiéis uma orientação autorizada sobre esses acontecimentos.
Logicamente, os pastores devem apurar essas
questões com ponderação, examinando, de modo acurado, considerando os vários
aspectos presentes e solicitando o auxílio das ciências em geral (como a
Psicologia e a Sociologia), da tradição judaica-cristã, da Teologia e da
experiência do magistério da Igreja ao longo dos séculos.
Ao avaliar as aparições e revelações, é preciso
considerar o fato em si, sua mensagem e seu contexto. A ingenuidade, que
aceita todo o tipo de fenômeno religioso, e o cientificismo, que tenta explicar
sem recorrer às realidades transcendentes, devem ser evitados durante o
processo de discernimento, para não influenciar na conclusão.
O Magistério da Igreja costuma seguir
as seguintes normas de prudência:
a) Aparições e revelações particulares
não são planejadas. E, se acontecem, devem ser examinadas;
b) Antes de considerá-las sobrenaturais,
procure por explicações naturais;
c) Procure evitar o engano, pois o ser
humano, sendo frágil, pode sofrer alucinações, ilusões, obsessão, sugestões
coletivas etc.
As Normas da Congregação para a Doutrina da Fé
sobre o modo de proceder para julgar as supostas aparições e revelações,
aprovadas pelo Papa Paulo VI em 1978, orientam para que a Autoridade
Eclesiástica no julgamento sobre esta ou aquela aparição ou revelação. Em primeiro
lugar, deverão ser observados os seguintes critérios:
• Critérios positivos: conformidade
das revelações com a doutrina teológica e veracidade espiritual, isenção de
erro, uma sã devoção e frutos espirituais em constante progresso (sobretudo
espírito de oração, conversões, testemunhos de caridade etc).
• Critérios negativos: uma procura evidente
do lucro relacionada com os acontecimentos (atos imorais cometidos pelo
sujeito ou pelos seus próximos durante os fatos); problemas psíquicos ou
tendências a psicopatias no sujeito que possam influir no fato dito sobrenatural,
psicoses, histeria coletiva ou outros fatores semelhantes.
O Magistério da Igreja julga as aparições de acordo
com os critérios apresentados acima e não fica indiferente a esses fenômenos,
mas se fundamenta nas Sagradas Escrituras, na Sagrada Tradição e nos
ensinamentos da Igreja, e também, na consequência desses benefícios espirituais
na vida das pessoas atingidas por esses fenômenos.
É claro que não se pode provar o sobrenatural. Tão
pouco ninguém está obrigado a crer nas aparições, inclusive naquelas
reconhecidas oficialmente. No entanto, se elas são uma ajuda em nossa fé e em
nossa vida diária, por que rejeitá-las ?
Que Nossa Senhora da Conceição Aparecida interceda
por nós, para que possamos fazer tudo o que o Senhor Jesus nos disser.
-----------------------------
Atenção Turma do Apostolado da Oração em Aracoiaba!
Terça-feira, dia 08/05, teremos "FORMAÇÃO" no Centro Catequético, às 19h.
--------------------------
Sábado, dia 05.05, o Santuário das Mãe das Dores no Alto Santo, em Aracoiaba, esteve em festa.
---------------- Agora, teremos o Tríduo Mariano na Igreja Matriz.
Estamos iniciando o Mês Mariano dedicado a
Mãe de Deus e nossa
terna Mãe!
É o mês - por excelência -
de Nossa Senhora.
A Jesus por Maria!
Nenhum comentário:
Postar um comentário