Em nossa fraqueza se manifesta a potência de Deus, salienta Papa
Nicole Melhado
Da Redação
Rádio Vaticano
Na audiência geral desta quarta-feira, o Papa deu continuidade ao ciclo de catequese sobre a oração segundo as Cartas de Paulo
O Papa Bento XVI deu continuidade nesta quarta-feira, 13, a um ciclo de Catequeses sobre a oração, segundo as Cartas de São Paulo. Hoje o Pontífice destacou o capítulo 12 da Segunda Carta aos Coríntios.
“São Paulo compreende com clareza como enfrentar e viver cada evento, sobretudo o sofrimento, a dificuldade, a perseguição: no momento no qual se experimenta a própria fraqueza, se manifesta a potência de Deus, que não abandona, não nos deixa sozinhos, mas torna-se sustento e força”, salientou o Santo Padre.
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI – 13/06/2012
Bento XVI recorda que o Senhor não “nos liberta dos males, mas nos ajuda a amadurecer nos sofrimentos, nas dificuldades, nas perseguições” e é a fé que nos faz permanecer em Deus.
Então, na medida em que cresce a união com o Senhor, por meio da intensa oração, é possível compreender que não é a potência dos próprios meios, das próprias virtudes e capacidades que realiza o Reino de Deus, mas é Deus que opera maravilhas justamente através da fraqueza humana.
“Devemos, então, ter a humildade de não confiar simplesmente em nós mesmos, mas de trabalhar, com a ajuda do Senhor, na vinha do Senhor, confiando-nos a Ele como frágeis ‘vasos de barro’”, reforçou o Papa.
Na oração, destaca o Santo Padre, é possível abrir a alma ao Senhor a fim de que Ele venha habitar na fraqueza, transformando-a em força para o Evangelho.
“Também em nossa vida de oração podemos, então, ter momentos de particular intensidade, talvez, no qual sentimos mais viva a presença do Senhor, mas é importante a constância, a fidelidade no relacionamento com Deus, sobretudo nas situações de aridez, de dificuldade, de sofrimento, de aparente ausência de Deus. Somente se nos sentirmos agarrados pelo amor de Cristo, seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade, como Paulo, convictos que tudo podemos Naquele que nos fortalece”, enfatizou.
Por fim, o Papa ressaltou que a contemplação de Cristo não aliena as pessoas, mas torna-as ainda mais participantes das questões humanas, porque o Senhor, atraindo-as para Si na oração, permite que elas estejam mais presentes e próximas de cada irmão no seu amor.
Saudação em português
Depois da Catequese, o Papa fez uma síntese de sua explanação em diferentes idiomas, entre eles o português, e saudou os peregrinos.
“Amados peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, em particular ao grupo jovem de voluntariado animado pelos Salesianos de Macau e aos grupos brasileiros de Foz do Iguaçu e de Florianópolis: abri os vossos corações ao Senhor e dedicai as vossas vidas ao reino de Deus, que cresce na terra com o vosso serviço a favor dos mais desfavorecidos”, disse.
“São Paulo compreende com clareza como enfrentar e viver cada evento, sobretudo o sofrimento, a dificuldade, a perseguição: no momento no qual se experimenta a própria fraqueza, se manifesta a potência de Deus, que não abandona, não nos deixa sozinhos, mas torna-se sustento e força”, salientou o Santo Padre.
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI – 13/06/2012
Bento XVI recorda que o Senhor não “nos liberta dos males, mas nos ajuda a amadurecer nos sofrimentos, nas dificuldades, nas perseguições” e é a fé que nos faz permanecer em Deus.
Então, na medida em que cresce a união com o Senhor, por meio da intensa oração, é possível compreender que não é a potência dos próprios meios, das próprias virtudes e capacidades que realiza o Reino de Deus, mas é Deus que opera maravilhas justamente através da fraqueza humana.
“Devemos, então, ter a humildade de não confiar simplesmente em nós mesmos, mas de trabalhar, com a ajuda do Senhor, na vinha do Senhor, confiando-nos a Ele como frágeis ‘vasos de barro’”, reforçou o Papa.
Na oração, destaca o Santo Padre, é possível abrir a alma ao Senhor a fim de que Ele venha habitar na fraqueza, transformando-a em força para o Evangelho.
“Também em nossa vida de oração podemos, então, ter momentos de particular intensidade, talvez, no qual sentimos mais viva a presença do Senhor, mas é importante a constância, a fidelidade no relacionamento com Deus, sobretudo nas situações de aridez, de dificuldade, de sofrimento, de aparente ausência de Deus. Somente se nos sentirmos agarrados pelo amor de Cristo, seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade, como Paulo, convictos que tudo podemos Naquele que nos fortalece”, enfatizou.
Por fim, o Papa ressaltou que a contemplação de Cristo não aliena as pessoas, mas torna-as ainda mais participantes das questões humanas, porque o Senhor, atraindo-as para Si na oração, permite que elas estejam mais presentes e próximas de cada irmão no seu amor.
Saudação em português
Depois da Catequese, o Papa fez uma síntese de sua explanação em diferentes idiomas, entre eles o português, e saudou os peregrinos.
“Amados peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, em particular ao grupo jovem de voluntariado animado pelos Salesianos de Macau e aos grupos brasileiros de Foz do Iguaçu e de Florianópolis: abri os vossos corações ao Senhor e dedicai as vossas vidas ao reino de Deus, que cresce na terra com o vosso serviço a favor dos mais desfavorecidos”, disse.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atenção!!!
Apostolado da Oração em Aracoiaba-CE.!
Comunicamos aos Aspirantes, Associados e Zeladores
do Apostolado da Oração da Paróquia N.Sra. da Conceição em Aracoiaba, que nos
dias 11 e 12 de junho, às 19 h na Igreja Matriz, haverá formação em preparação
para a Cerimônia de Recepção de Fitas.
Sintam-se convidados!
A Cerimônia de
Recepção de Fitas será dia 15 de Junho, sábado, às 19h - dentro da Santa Missa
- na Igreja Matriz.
-------------------------------------------------------------------
---------------------------------------
Oferecimento Diário – Junho/2012 – APOSTOLADO DA ORAÇÃO.
Deus, nosso Pai, eu te ofereço
todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e minhas palavras, minhas alegrias e meus sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia, para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês:
- Para que os fiéis saibam reconhecer na Eucaristia a presença viva do Ressuscitado, que os acompanha na vida diária.
- E que os cristãos na Europa redescubram sua própria identidade e participem, com empenho, no anúncio do Evangelho.
----------------------------------------------------
Vejam:
--------------------
Assista: "Eucaristia e Discipulado", com Dom Alberto Taveira
A pequena Anna perguntou: Caro Papa, poderias explicar-nos o que Jesus queria dizer quando disse ao povo que o seguia: "Eu sou o pão da vida"?
Com essas palavras do Papa Bento XVI dirigidas às pequenas crianças na Alemanha, aprendemos que Jesus está presente na Eucaristia, mesmo que não O vejamos, pois Sua presença está além dos nossos sentidos. Aprendemos que Ele, o Pão da Vida, deseja nos alimentar, para que, em meio ao mundo - faminto de Deus –, possamos caminhar fortemente rumo à vontade d'Ele. Para isso, basta-nos apenas reconhecer Sua presença majestosa e nos prostrarmos em adoração, oferecendo a Ele, a partir da nosso testemunho de vida, uma resposta de amor, a Ele que quer ficar conosco até o fim dos tempos.
Kelen Galvan
----------------------------------------------------
Jéssica Marçal
-------------------------------------------------------------------
---------------------------------------
Oferecimento Diário – Junho/2012 – APOSTOLADO DA ORAÇÃO.
Deus, nosso Pai, eu te ofereço
todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e minhas palavras, minhas alegrias e meus sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia, para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês:
- Para que os fiéis saibam reconhecer na Eucaristia a presença viva do Ressuscitado, que os acompanha na vida diária.
- E que os cristãos na Europa redescubram sua própria identidade e participem, com empenho, no anúncio do Evangelho.
----------------------------------------------------
Além das Mensagens e Ensinamentos Eucarísticos, vocês verão também várias fotos (dentro dos textos) das procissões de Corpus Christi no Brasil e no mundo!
Grandes manifestações de FÉ pública em Jesus presente na Eucaristia.--------------------
No dia 15
de outubro de 2005, o Santo Padre Bento XVI encontrou-se com diversas
crianças que estavam se preparando para receber pela primeira vez a
Eucaristia. Nesse bate-papo com os pequenos, o Pontífice deixou
ensinamentos precisos sobre este tão grande mistério.
O jovem André perguntou ao Papa: A minha catequista, ao preparar-me para o dia da minha Primeira Comunhão, disse-me que Jesus está presente na Eucaristia. Mas como? Eu não o vejo!
Bento
XVI respondeu: Sim, não o vemos, mas existem tantas coisas que não
vemos e que existem e são essenciais. Por exemplo, não vemos a nossa
razão, contudo temos a razão. Não vemos a nossa inteligência e temo-la.
Não vemos, numa palavra, a nossa alma e todavia ela existe e vemos os
seus efeitos, pois podemos falar, pensar, decidir, etc... Assim também
não vemos, por exemplo, a corrente eléctrica, mas sabemos que ela
existe, vemos este microfone como funciona; vemos as luzes. Numa
palavra, precisamente, as coisas mais profundas, que sustentam realmente
a vida e o mundo, não as vemos, mas podemos ver, sentir os efeitos. A
eletricidade, a corrente não as vemos, mas a luz sim. E assim por
diante. Desse modo, também o Senhor ressuscitado não o vemos com os
nossos olhos, mas vemos que onde está Jesus, os homens mudam, tornam-se
melhores. Cria-se uma maior capacidade de paz, de reconciliação, etc...
Portanto, não vemos o próprio Senhor, mas vemos os efeitos: assim
podemos entender que Jesus está presente. Como disse, precisamente as
coisas invisíveis são as mais profundas e importantes. Vamos, então, ao
encontro deste Senhor invisível, mas forte, que nos ajuda a viver bem.
O
Papa bento XVI, em breves palavras, afirmou que a presença de Jesus é
real na Eucaristia, independentemente se esta não seja “perceptível” aos
olhos humanos, porém, este fato não afasta a realidade de que Cristo
está presente na Eucaristia.
Assista: "Eucaristia e Discipulado", com Dom Alberto Taveira
A pequena Anna perguntou: Caro Papa, poderias explicar-nos o que Jesus queria dizer quando disse ao povo que o seguia: "Eu sou o pão da vida"?
O Pontífice respondeu que: Deveríamos,
esclarecer o que é o pão, pois hoje nós temos uma cozinha requintada e
rica de diversíssimos pratos, mas nas situações mais simples o pão é o
fundamento da nutrição e se Jesus se chama o pão da vida,
o pão é, digamos, a sigla, uma abreviação para todo o nutrimento. E
como temos necessidade de nos nutrir corporalmente para viver, assim
como o espírito, a alma em nós, a vontade, tem necessidade de se nutrir.
Nós, como pessoas humanas, não temos somente um corpo, mas também uma
alma; somos seres pensantes com uma vontade, uma inteligência, e devemos
nutrir também o espírito, a alma, para que possa amadurecer, para que
possa alcançar realmente a sua plenitude. E, por conseguinte, se Jesus
diz 'eu sou o pão da vida', quer dizer que Jesus próprio é este
nutrimento da nossa alma, do homem interior do qual temos necessidade,
porque também a alma deve nutrir-se. E não bastam as coisas técnicas,
embora sejam muito importantes. Temos necessidade precisamente desta
amizade de Deus, que nos ajuda a tomar decisões justas. Temos
necessidade de amadurecer humanamente. Por outras palavras, Jesus
nutre-nos a fim de que nos tornemos realmente pessoas maduras e a nossa
vida se torne boa.
Por fim, o jovem Adriano perguntou ao Sumo Pontífice: Santo Padre, disseram-nos que hoje faremos a Adoração Eucarística. O que é? Como se faz? Poderias explicar-nos isso?
Bento XVI afirmou: A
adoração é reconhecer que Jesus é meu Senhor, que Jesus me mostra o
caminho a tomar, me faz entender que vivo bem somente se conheço a
estrada indicada por Ele, somente se sigo a via que Ele me mostra.
Portanto, adorar é dizer: "Jesus, eu sou teu e sigo-te na minha vida,
nunca gostaria de perder esta amizade, esta comunhão contigo". Poderia
também dizer que a adoração, na sua essência, é um abraço com Jesus, no
qual eu digo: "Eu sou teu e peço-te que estejas também tu sempre comigo".
Com essas palavras do Papa Bento XVI dirigidas às pequenas crianças na Alemanha, aprendemos que Jesus está presente na Eucaristia, mesmo que não O vejamos, pois Sua presença está além dos nossos sentidos. Aprendemos que Ele, o Pão da Vida, deseja nos alimentar, para que, em meio ao mundo - faminto de Deus –, possamos caminhar fortemente rumo à vontade d'Ele. Para isso, basta-nos apenas reconhecer Sua presença majestosa e nos prostrarmos em adoração, oferecendo a Ele, a partir da nosso testemunho de vida, uma resposta de amor, a Ele que quer ficar conosco até o fim dos tempos.
Ricardo Gaiotti
@Ricardogaiotti - Comunidade Canção Nova
---------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------
@Ricardogaiotti - Comunidade Canção Nova
---------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------
Papa destaca valor da Adoração Eucarística
Kelen Galvan
Da Redação, com Rádio Vaticano
Arquivo / Paula Dizaró - CN Roma
Após a Missa, o Papa percorreu as ruas de Roma com o Santíssimo Sacramento em procissão até a Basílica de Santa Maria Maior
O Papa Bento XVI presidiu a
Missa da Solenidade de Corpus Christi nesta quinta-feira, 7, na Basílica
de São João de Latrão, em Roma. Milhares de fiéis participaram da
Celebração e da procissão até a Basílica de Santa Maria Maior, logo após
a Missa.
Na homilia, o Papa destacou que é importante manter vivo “o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e conosco, uma presença concreta, próxima, entre as nossas casas, como 'Coração pulsante' da cidade"
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI
O Santo Padre explicou dois aspectos do Mistério Eucarístico, ligados entre si: o culto da Eucaristia e sua sacralidade. Sobre o valor do culto eucarístico, o Papa deteve-se sobre o sentido e importância da adoração ao Santíssimo Sacramento.
Uma interpretação parcial do Concíclio Vaticano II restringiu a Eucaristia ao momento celebrativo, da Santa Missa. Segundo Bento XVI, foi "muito importante reconhecer a centralidade da celebração, em que o Senhor convoca o seu povo e o reúne em torno da dúplice Ceia da Palavra e do Pão da vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício". Porém, embora essa valorização da assembleia litúrgica seja válida, ela deve ser reinserida no justo equilíbrio.
O destaque dado à Santa Missa acabou sacrificando o valor da Adoração Eucarística, como ato de fé e oração dirigido ao Senhor Jesus presente na Eucaristia. "De fato, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia somente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar de Sua presença o restante do tempo e do espaço existenciais".
O Papa ressaltou que é errado contrapor a celebração e a adoração, como se estivessem em concorrência uma com a outra. O que acontece é precisamente o contrário. "O culto do Santíssimo Sacramento constitui o 'ambiente' espiritual dentro do qual a comunidade pode celebrar bem e em verdade a Eucaristia. Somente se for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e de adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor", explicou.
Bento XVI enfatizou: "O encontro com Jesus na Santa Missa se realiza realmente e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que Ele, no Sacramento, habita a sua casa, nos aguarda, nos convida à sua ceia e, a seguir, depois que a assembleia se desfaz, permanece conosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e nos acompanha com a sua intercessão, continuando a recolher os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai".
O Santo Padre insistiu que não se podem separar comunhão e contemplação. "Para comunicar realmente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes, repletos de respeito e de veneração, de modo que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial".
Sobre a sacralidade da Eucaristia, o Papa explicou que o centro do culto cristão não está nos ritos e sacrifícios antigos, mas sim no próprio Cristo, no seu mistério pascal. "Desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado não existe mais, mas que encontrou sua realização em Jesus Cristo, Amor divino encarnado", disse.
Jesus não aboliu o sagrado, ressaltou Bento XVI, Ele o levou ao cumprimento, inaugurando um novo culto, plenamente espiritual. Em todo o caso, "enquanto vivemos no tempo, precisamos de sinais e ritos, que desaparecerão somento no fim, na Jerusalém Celeste".
Por fim, o Papa sublinhou que "o sagrado possui uma função educativa, e seu desaparecimento inevitavelmente empobrecerá a cultura, de modo particular a formação das novas gerações".
Leia mais
.: Corpus Christi: entenda o significado dessa solenidade
Bento XVI
Corpus Christi
Igreja
cristãos
Eucaristia
Igreja
fé
noticias cançãon Na homilia, o Papa destacou que é importante manter vivo “o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e conosco, uma presença concreta, próxima, entre as nossas casas, como 'Coração pulsante' da cidade"
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI
O Santo Padre explicou dois aspectos do Mistério Eucarístico, ligados entre si: o culto da Eucaristia e sua sacralidade. Sobre o valor do culto eucarístico, o Papa deteve-se sobre o sentido e importância da adoração ao Santíssimo Sacramento.
Uma interpretação parcial do Concíclio Vaticano II restringiu a Eucaristia ao momento celebrativo, da Santa Missa. Segundo Bento XVI, foi "muito importante reconhecer a centralidade da celebração, em que o Senhor convoca o seu povo e o reúne em torno da dúplice Ceia da Palavra e do Pão da vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício". Porém, embora essa valorização da assembleia litúrgica seja válida, ela deve ser reinserida no justo equilíbrio.
O destaque dado à Santa Missa acabou sacrificando o valor da Adoração Eucarística, como ato de fé e oração dirigido ao Senhor Jesus presente na Eucaristia. "De fato, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia somente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar de Sua presença o restante do tempo e do espaço existenciais".
O Papa ressaltou que é errado contrapor a celebração e a adoração, como se estivessem em concorrência uma com a outra. O que acontece é precisamente o contrário. "O culto do Santíssimo Sacramento constitui o 'ambiente' espiritual dentro do qual a comunidade pode celebrar bem e em verdade a Eucaristia. Somente se for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e de adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor", explicou.
Bento XVI enfatizou: "O encontro com Jesus na Santa Missa se realiza realmente e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que Ele, no Sacramento, habita a sua casa, nos aguarda, nos convida à sua ceia e, a seguir, depois que a assembleia se desfaz, permanece conosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e nos acompanha com a sua intercessão, continuando a recolher os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai".
O Santo Padre insistiu que não se podem separar comunhão e contemplação. "Para comunicar realmente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes, repletos de respeito e de veneração, de modo que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial".
Sobre a sacralidade da Eucaristia, o Papa explicou que o centro do culto cristão não está nos ritos e sacrifícios antigos, mas sim no próprio Cristo, no seu mistério pascal. "Desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado não existe mais, mas que encontrou sua realização em Jesus Cristo, Amor divino encarnado", disse.
Jesus não aboliu o sagrado, ressaltou Bento XVI, Ele o levou ao cumprimento, inaugurando um novo culto, plenamente espiritual. Em todo o caso, "enquanto vivemos no tempo, precisamos de sinais e ritos, que desaparecerão somento no fim, na Jerusalém Celeste".
Por fim, o Papa sublinhou que "o sagrado possui uma função educativa, e seu desaparecimento inevitavelmente empobrecerá a cultura, de modo particular a formação das novas gerações".
Leia mais
.: Corpus Christi: entenda o significado dessa solenidade
----------------------------------------------------
Quinta-feira, 07 de junho de 2012, 09h32
Corpus Christi: entenda o significado dessa solenidade
Jéssica Marçal
Da Redação
Arquivo
Os tapetes confeccionados para a celebração de
Corpus Christi, o que, segundo padre Hernaldo, é uma forma dos fiéis
exaltarem a Eucaristia.
Nesta
quinta-feira, 7, a Igreja Católica no mundo inteiro celebra uma
importante solenidade que reveste o mistério central de sua fé: Corpus Christi.
Neste dia, celebra-se o Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de
Cristo. Como tradição popular, muitos fiéis enfeitam as ruas com tapetes
feitos à base de pó de serragem, com o objetivo de preparar o local
para a procissão que traz o grande motivo da festa, Jesus Eucarístico.
Esta é uma solenidade que há séculos faz parte da vida dos cristãos católicos. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral de Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Hernaldo Pinto Farias, explicou que a festa nasceu de uma prática da devoção popular que tem início no final do século IX, mas já no século XI ao XIII está muito difundida em vários lugares da Europa. Depois, em 8 de setembro de 1264, o Papa Urbano IV, com a Bula Transiturus, instituiu esta celebração para toda a Igreja.
De acordo com padre Hernaldo, essa prática surgiu por causa da defesa da compreensão da teologia da presença real. “Contra as heresias do início do segundo milênio, essa festa vem reforçar a posição e a orientação da Igreja sobre a presença real de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento”.
O padre comentou ainda que a Reforma Litúrgica procurou ampliar o Missal de 1970 até o atual, utilizando a denominação de Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. “Ou seja, é uma solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, não só do Corpo, pra não dar esse sentido de redução da compreensão do próprio mistério do Corpo e Sangue de Cristo”, explicou.
Para enfatizar a importância de se reconhecer em Corpus Christi uma solenidade não só do Corpo, mas também do Sangue de Cristo, padre Hernaldo recorreu à uma menção que o Papa João Paulo II, hoje beato, fez sobre o Sacramento na Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine, de 2004. Nessa carta, o beato disse que nenhuma dimensão desse Sacramento da Eucaristia pode ser deixada de lado, esquecida.
“Neste sentido, os textos bíblicos propostos, portanto, para esta festa nos trazem todas as riquezas deste Sacramento, como alimento, como banquete, aliança, sacramento da unidade da Igreja, do memorial da morte e da ressurreição de Cristo, não fica apenas no sentido da morte, mas revela o mistério como tal”, enfatizou o padre.
O assessor da Pastoral Litúrgica da CNBB lembrou que o sentido maior dessa solenidade está na celebração da Quinta-feira Santa. Dessa forma, Corpus Christi é como uma repetição, uma duplicação do dia da instituição da Eucaristia, porém com um aspecto mais devocional, o que também é bem vindo para a Igreja. “A Igreja não condena, porém ela quer nos ajudar a não ficar no puro devocional, se não a gente se perde”.
A tradição dos
tapetes, por exemplo, que todos os anos tomam as ruas de diversas
cidades do país para preparar a procissão que traz Jesus Eucarístico,
segundo padre Hernaldo, é costume popular de reverenciar, de dar
importância e exaltar a própria Eucaristia. O Padre explicou que, no
entanto, a Igreja não pode parar nesse puro reverenciar.
“A gente lembra os Santos Padres que nos convidavam a olhar o Sacramento para além dele, ou seja, a gente tem que celebrar, ver o Sacramento para além daquilo que ele está mostrando enquanto realidade física, ele está revelando também todo um mistério que esse Sacramento quer nos ajudar a viver”, ressaltou.
Como padre Hernaldo explicou, os tapetes de Corpus Christi já fazem parte da tradição popular. Em Lorena (SP), o professor aposentado Cláudio César de Araújo, que já foi ministro da Eucaristia e fez a experiência de ajudar nesta tradição dos tapetes, contou que é muito gratificante poder participar ativamente.
“A sensação primeira é de gratidão. A gente vai mesmo por gratidão de tantas bênçãos que a gente recebe Dele (Jesus) e pelo prazer de querer deixar uma rua bem bonita e bem enfeitada para que Jesus passe por lá, é o mínimo que nós podemos fazer. É uma alegria poder participar sabendo que Jesus vai passar por ali”, relatou.
O aposentado acredita que a celebração de Corpus Christi é o momento que representa o respeito e o amor que se tem por Jesus, pela Sagrada Eucaristia. Ele contou que receber este Sacramento pela primeira vez marcou muito sua vida; foi seu primeiro encontro com Cristo.
“Eu me lembro do entusiasmo, da alegria, da fé que eu tive quando eu recebi a Eucaristia pela primeira vez, então pra mim ali foi o meu primeiro encontro. Depois eu tive vários reencontros, então essa comunhão com Jesus é sempre, espiritualmente é sempre”.
Para os católicos, a Eucaristia é o sacramento mais importante, é a centralidade da vida cristã. Tendo em vista a importância desse Sacramento, padre Hernaldo deixou dois conselhos para que esta intimidade com Jesus Eucarístico seja vivenciada não só na celebração de Corpus Christi, mas ao longo de toda a vida cristã.
“Aí entra a importância, sobretudo, do Dia do Senhor, que tem que ser cada vez mais valorizado em nossas comunidades. O domingo é o dia por excelência da Eucaristia, porque é o dia por excelência da ressurreição do Cristo. O conselho que eu dou é preparar melhor as nossas celebrações dominicais, celebrá-la com mais intensidade, sem interferências. Outro conselho, por decorrência, é o aprofundamento, o estudo da liturgia da Eucaristia”, disse o padre.
Esta é uma solenidade que há séculos faz parte da vida dos cristãos católicos. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral de Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Hernaldo Pinto Farias, explicou que a festa nasceu de uma prática da devoção popular que tem início no final do século IX, mas já no século XI ao XIII está muito difundida em vários lugares da Europa. Depois, em 8 de setembro de 1264, o Papa Urbano IV, com a Bula Transiturus, instituiu esta celebração para toda a Igreja.
De acordo com padre Hernaldo, essa prática surgiu por causa da defesa da compreensão da teologia da presença real. “Contra as heresias do início do segundo milênio, essa festa vem reforçar a posição e a orientação da Igreja sobre a presença real de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento”.
O padre comentou ainda que a Reforma Litúrgica procurou ampliar o Missal de 1970 até o atual, utilizando a denominação de Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. “Ou seja, é uma solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, não só do Corpo, pra não dar esse sentido de redução da compreensão do próprio mistério do Corpo e Sangue de Cristo”, explicou.
Importância
Para enfatizar a importância de se reconhecer em Corpus Christi uma solenidade não só do Corpo, mas também do Sangue de Cristo, padre Hernaldo recorreu à uma menção que o Papa João Paulo II, hoje beato, fez sobre o Sacramento na Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine, de 2004. Nessa carta, o beato disse que nenhuma dimensão desse Sacramento da Eucaristia pode ser deixada de lado, esquecida.
“Neste sentido, os textos bíblicos propostos, portanto, para esta festa nos trazem todas as riquezas deste Sacramento, como alimento, como banquete, aliança, sacramento da unidade da Igreja, do memorial da morte e da ressurreição de Cristo, não fica apenas no sentido da morte, mas revela o mistério como tal”, enfatizou o padre.
O assessor da Pastoral Litúrgica da CNBB lembrou que o sentido maior dessa solenidade está na celebração da Quinta-feira Santa. Dessa forma, Corpus Christi é como uma repetição, uma duplicação do dia da instituição da Eucaristia, porém com um aspecto mais devocional, o que também é bem vindo para a Igreja. “A Igreja não condena, porém ela quer nos ajudar a não ficar no puro devocional, se não a gente se perde”.
“A gente lembra os Santos Padres que nos convidavam a olhar o Sacramento para além dele, ou seja, a gente tem que celebrar, ver o Sacramento para além daquilo que ele está mostrando enquanto realidade física, ele está revelando também todo um mistério que esse Sacramento quer nos ajudar a viver”, ressaltou.
Participação ativa
Como padre Hernaldo explicou, os tapetes de Corpus Christi já fazem parte da tradição popular. Em Lorena (SP), o professor aposentado Cláudio César de Araújo, que já foi ministro da Eucaristia e fez a experiência de ajudar nesta tradição dos tapetes, contou que é muito gratificante poder participar ativamente.
“A sensação primeira é de gratidão. A gente vai mesmo por gratidão de tantas bênçãos que a gente recebe Dele (Jesus) e pelo prazer de querer deixar uma rua bem bonita e bem enfeitada para que Jesus passe por lá, é o mínimo que nós podemos fazer. É uma alegria poder participar sabendo que Jesus vai passar por ali”, relatou.
O aposentado acredita que a celebração de Corpus Christi é o momento que representa o respeito e o amor que se tem por Jesus, pela Sagrada Eucaristia. Ele contou que receber este Sacramento pela primeira vez marcou muito sua vida; foi seu primeiro encontro com Cristo.
“Eu me lembro do entusiasmo, da alegria, da fé que eu tive quando eu recebi a Eucaristia pela primeira vez, então pra mim ali foi o meu primeiro encontro. Depois eu tive vários reencontros, então essa comunhão com Jesus é sempre, espiritualmente é sempre”.
Eucaristia: como vivenciar este mistério?
Para os católicos, a Eucaristia é o sacramento mais importante, é a centralidade da vida cristã. Tendo em vista a importância desse Sacramento, padre Hernaldo deixou dois conselhos para que esta intimidade com Jesus Eucarístico seja vivenciada não só na celebração de Corpus Christi, mas ao longo de toda a vida cristã.
“Aí entra a importância, sobretudo, do Dia do Senhor, que tem que ser cada vez mais valorizado em nossas comunidades. O domingo é o dia por excelência da Eucaristia, porque é o dia por excelência da ressurreição do Cristo. O conselho que eu dou é preparar melhor as nossas celebrações dominicais, celebrá-la com mais intensidade, sem interferências. Outro conselho, por decorrência, é o aprofundamento, o estudo da liturgia da Eucaristia”, disse o padre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário