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sábado, 8 de março de 2014





Feliz Dia Internacional da Mulher!

(Minhas tias-mães, minhas pérolas preciosas, minhas mestras e amigas...)

Hoje, Dia Internacional da Mulher!!!!

Dia de reflexão/debate: será que a mulher está sendo respeitada em sua dignidade?

Dia da Gratidão: a mulher, dádiva de Deus para a humanidade.

Dia da Oração: Deus querido, suscitai no coração da humanidade o sentimento de justiça e reconhecimento pelo que a mulher é em sua beleza interior e exterior.

Mulher criança, mulher adolescente, mulher jovem, mulher estudante/universitária,mulher anciã,mulher avó e, acima de tudo, mulher mãe! Recebam o nosso abraço carregado de gratidão, reconhecimento e orações.

Parabéns!!!

Um beijão nos corações de todas vocês, heroínas desse tempo e de todos os tempos e lugares.

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8 de Março - Dia Internacional da MULHER!
 Maria, Mãe das Mães, Mulher por excelência!



Um dia ESPECIAL para quem?
Às Mulheres Aracoiabenses!

Às Mulheres Cearenses!


Às Mulheres Brasileiras!


Às Mulheres do Mundo Inteiro!


Mulheres queridas, 
Vocês são privilegiadas aos olhos de Deus!
Vocês são presentes de Deus à humanidade!
Vocês são as pupilas dos olhos de Deus!
Vocês são a manifestação do amor e a manifestação do carinho de Deus à humanidade!
Vocês são as continuadoras do amor de Deus na obra da criação!
Através de vocês mulheres, unidas aos seus companheiros, o jardim da terra fica mais florido e mais rico com a presença dos seus queridos filhos!

O amor de Mãe se assemelha com o amor do nosso Deus!
Grande é o amor da mulher-mãe!


Parabéns, mulher criança! Parabéns, mulher adolescente! Parabens, mulher jovem! Parabéns mulher adulta! Parabéns mulher anciã!
Parabéns ,mulheres queridas!


Parabéns, Mulheres-mães!

Recebam o abraço dos leitores e seguidores deste blog.

Deus abençoe a todas vocês com Paz e Saúde! 
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8 de Março – Dia Internacional da Mulher

De todas as datas comemorativas do calendário nacional e mundial, uma das mais importantes, pelo seu significado social, humano, familiar, político e cultural é o 8 de Março – Dia Internacional da Mulher.


É uma data ligada às esperanças, ao trabalho criativo da mulher, ao seu papel na sociedade, mas também à dor e à tragédia, resultantes do caráter espoliador e opressor do capitalismo. Na sua origem está um acontecimento nefasto.

É uma homenagem às operárias de uma fábrica de tecidos situada na cidade norte-americana de Nova York, que no dia 8 de março de 1857 fizeram uma grande greve. Elas ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

A decisão de considerar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher foi tomada em uma conferência socialista realizada em Copenhague, capital da Dinamarca, no ano de 1910. 

Em 1975, a Organização das Nações Unidas adotou a histórica resolução de oficializar a data, o que significa que os países representados na ONU assumiram formalmente o compromisso de também através de atos de governo celebrar o dia dedicado à mulher. 

Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates, reuniões e manifestações de massas cujo objetivo é discutir e afirmar o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é combater os preconceitos, a discriminação, a desigualdade, a desvalorização e as injustiças que as mulheres sofrem.

Como se sabe, as mulheres ainda são vítimas dos salários baixos, dos atos de violência, do trabalho precário, das jornadas de trabalho excessivas, da dupla jornada de trabalho, de insuficientes condições de assistência à saúde materno-infantil e da falta de creches. 

As comemorações do 8 de Março são momentos propícios para insistir na necessidade de aumentar a participação feminina nos órgãos de poder, na vida política, econômica, sindical, social e cultural. Afinal, o gênero feminino é mais da metade da população, não pode, pois, ter uma representação tão inferiorizada. 

Os problemas sociais que afligem as mulheres são imensos. Violência e tráfico de mulheres, fenômenos intoleráveis, ainda persistem na sociedade. A discriminação e a desigualdade são flagrantes.

Ao reafirmar a visão crítica sobre a situação da mulher e a necessidade de lutar por direitos, é necessário também valorizar as vitórias alcançadas, fruto da luta. No ano passado, transcorreu o 80º aniversário da instituição do voto feminino, um inegável avanço democrático. 

Nas três últimas décadas, a partir da redemocratização do país e da realização da Assembleia Constituinte, que redigiu a nova Carta Magna, as mulheres têm dado significativos passos no rumo da sua emancipação e da obtenção de direitos econômicos e sociais. E é evidente o crescente papel que a mulher desempenha na sociedade contemporânea e na vida política, do que é o maior exemplo o fato de o país ter à frente dos destinos nacionais a presidenta Dilma Rousseff.

O governo da presidenta Dilma tem tomado iniciativas no sentido de enfrentar as discrepâncias e assimetrias no mercado de trabalho e no combate à violência.

Na celebração do 8 de Março, é indispensável destacar que o fato de o Dia Internacional da Mulher ter sido estabelecido em uma Conferência socialista guarda relação direta com o papel significativo das trabalhadoras e com os conflitos de classe. E lembrar a figura da revolucionária alemã Clara Zetkin, líder socialista, que foi a pioneira do pensamento político sobre a emancipação da mulher vinculada à libertação social das classes trabalhadoras e à luta pelo socialismo. “Só em aliança com as mulheres trabalhadoras o socialismo vencerá”, dizia a ideóloga, que via a questão das mulheres umbilicalmente ligada à luta de classes.

Ao mencionar Clara Zetkin, recordamos também todas as mulheres que no mundo e no Brasil dedicaram-se à luta pela democracia, a independência nacional, os direitos dos trabalhadores e pelo socialismo. 

O Brasil vive um momento de esperança e luta para aprofundar mudanças políticas, econômicas e sociais no qual as mulheres têm muito a dar na luta por reformas estruturais democráticas para que o nosso país conquiste novos patamares de desenvolvimento econômico, progresso social e democracia.


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Carta do Papa João Paulo II às Mulheres 

A vós, mulheres do mundo inteiro,
a minha mais cordial saudação!

O obrigado ao Senhor pelo seu desígnio sobre a vocação e a missão da mulher no mundo, torna-se também um concreto e directo obrigado às mulheres, a cada mulher, por aquilo que ela representa na vida da humanidade.

Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida.
Obrigado a ti, mulher-esposa, que unes irrevogavelmente o teu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida.

Obrigado a ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da tua sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância.
Obrigado a ti, mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, económica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dás à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, a uma concepção da vida sempre aberta ao sentido do « mistério », à edificação de estruturas económicas e políticas mais ricas de humanidade.

Obrigado a ti, mulher-consagrada, que, a exemplo da maior de todas as mulheres, a Mãe de Cristo, Verbo Encarnado, te abres com docilidade e fidelidade ao amor de Deus, ajudando a Igreja e a humanidade inteira a viver para com Deus uma resposta « esponsal », que exprime maravilhosamente a comunhão que Ele quer estabelecer com a sua criatura.

Obrigado a ti, mulher, pelo simples facto de seres mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas.
Mas agradecer não basta, já sei. Infelizmente, somos herdeiros de uma história com imensos condicionalismos que, em todos os tempos e latitudes, tornaram difícil o caminho da mulher, ignorada na sua dignidade, deturpada nas suas prerrogativas, não raro marginalizada e, até mesmo, reduzida à escravidão. 
Isto impediu-a de ser profundamente ela mesma, e empobreceu a humanidade inteira de autênticas riquezas espirituais. Não seria certamente fácil atribuir precisas responsabilidades, atendendo à força das sedimentações culturais que, ao longo dos séculos, plasmaram mentalidades e instituições. 

Mas, se nisto tiveram responsabilidades objectivas, mesmo não poucos filhos da Igreja, especialmente em determinados contextos históricos, lamento-o sinceramente. Que este pesar se traduza, para toda a Igreja, num compromisso de renovada fidelidade à inspiração evangélica que, precisamente no tema da libertação das mulheres de toda a forma de abuso e de domínio, tem uma mensagem de perene actualidade, que brota da atitude mesma de Cristo. Ele, superando as normas em vigor na cultura do seu tempo, teve para com as mulheres uma atitude de abertura, de respeito, de acolhimento, de ternura. Honrava assim, na mulher, a dignidade que ela sempre teve no projecto e no amor de Deus. Ao fixar o olhar n'Ele, no final deste segundo milénio, vem-nos espontaneamente a pergunta: em que medida a sua mensagem foi recebida e posta em prática?

Sim, é tempo de olhar, com a coragem da memória e o sincero reconhecimento das responsabilidades, a longa história da humanidade, para a qual as mulheres deram uma contribuição não inferior à dos homens, e a maior parte das vezes em condições muito mais desfavoráveis. Penso, de modo especial, nas mulheres que amaram a cultura e a arte, e às mesmas se dedicaram partindo de condições desvantajosas, excluídas frequentemente de uma educação paritária, submetidas à inferiorização, ao anonimato e até mesmo à expropriação da sua contribuição intelectual. Infelizmente, da obra imensa das mulheres na história, bem pouco restou de significativo com os métodos da historiografia científica. 

Mas, por sorte, se o tempo sepultou os seus vestígios documentais, não é possível não perceber os seus influxos benfazejos na seiva vital que impregna o ser das gerações, que se foram sucedendo até à nossa. Relativamente a esta grande, imensa « tradição » feminina, a humanidade tem uma dívida incalculável. Quantas mulheres foram e continuam ainda a ser valorizadas mais pelo aspecto físico que pela competência, pela profissionalidade, pelas obras da inteligência, pela riqueza da sua sensibilidade e, em última análise, pela própria dignidade do seu ser!

Na política do futuro, os graves problemas em aberto verão sempre mais envolvida a mulher: tempo livre, qualidade da vida, migrações, serviços sociais, eutanásia, droga, saúde e assistência, ecologia, etc. 
Em todos estes campos, se revelará preciosa uma maior presença social da mulher, porque contribuirá para fazer manifestar as contradições de uma sociedade organizada sobre critérios de eficiência e produtividade, e obrigará a reformular os sistemas a bem dos processos 

de humanização que delineiam a « civilização do amor ».

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Jesus Cristo dignificou as mulheres no seu tempo, tempo aquele em que 

as mulheres eram marginalizadas. Vejam os textos, mulheres queridas!!!


1º TEXTO:


A MULHER NOS TEMPOS PRIMITIVOS
O texto bíblico quando fala na criação do ser humano coloca o homem e a mulher no mesmo plano: “Deus criou o homem e a mulher à sua imagem; Ele os criou homem e mulher (Gn 1,27). Igual ao homem: “Ossos dos meus ossos, carne de minha carne” (Gn 2,23).
Atribuir-se-à talvez ao texto de Gn 3,16 o que virá depois de negativo sobre a mulher, através dos séculos. Aí é repreendido o comportamento da mulher e repreendida a atitude do homem por causa da mulher.
É diverso e complexo o tratamento dado à mulher, através dos tempos, em todos os povos: ora positivo, exaltando a mulher e sua vocação e atitudes; ora negativo, colocando a mulher em grande desprestígio, inferiorizando-a ao homem. Assim também entre os hebreus-judeus. Encontramos palavras e referências lindas e grandiosas sobre a mulher. No Antigo Testamento, basta lembrar as figuras exaltadas por sua inteligência e heróica atuação na família e no próprio povo, tais como: Raab (Js2), Abgail (1 Sl 25,14), Sara, Agar, Rebeca, Raquel, Lia, Dalila, Atália, Débora, Ruth, Judith, Esther e tantas outras. Os livros sapienciais, ao lado de inúmeras restrições, tecem louvores admiráveis às mulheres, quando diz, em resumo, que o homem que encontra uma esposa virtuosa encontra o maior tesouro na vida.
Mas ao lado das referências e tratamento positivos às mulheres, há, infelizmente, dados negativos da cultura, quanto ao mundo feminino. E isso em todos os povos e religiões. A mulher é tratada como sendo de segunda categoria; é tratada como coisa e propriedade do homem.
Essa degeneração e degradação no tratamento da mulher não escapou aos próprios judeus que se consideravam o “povo escolhido de Deus”...
Jesus de Nazaré encontrou essa mentalidade machista e negativa quanto à mulher. O judeu, com sua obsessão da lei da Pureza, firmou tradições negativas: absorveu mais as referências negativas do Antigo Testamento com relação à mulher; isso, provavelmente, baseando-se na narrativa do Gênesis quando, com linguagem simbólica, descreve a realidade do pecado, acentuando a atuação bíblica da mulher (Eva) junto ao homem (Adão).No Antigo testamento há, realmente, passagens estranhas com referência à mulher. Desculpem-me minhas queridas irmãs se, aqui e acolá, vou colher alguns tópicos negativos do Antigo Testamento antes de, em seguida, colocarmos a mulher no honroso lugar que lhe compete e no qual o próprio Jesus Cristo a colocou. Pois, o realce e o brilho do lado positivo das coisas tornam-se mais evidente quando confrontado com o negativo, não é?

Fonte de Pesquisa: Livro – O jeito de Jesus de Nazaré – Pe. José Ribolla, Sacerdote Redentorista. Editora Santuário.


2º TEXTO:

 "A mulher nos tempos de Jesus". 
Dizíamos que ao lado de tantas referências positivas e admiráveis a respeito da mulher, o Antigo Testamento tem expressões negativas fortes, próprias do tempo.Já dissemos que os judeus, nos tempos que precederam e acompanharam a presença de Jesus, tinham criado uma cultura de tradições e leis negativas quanto à mulher. Parece que só viam a mulher com óculos escuros!
Assim, leram os judeus em Pr 11,22: "Um anel de ouro no focinho de um porco é a mulher formosa, mas sem virtude e bom senso".

Ecl 19,2 manda "tomar cuidado com o vinho e as mulheres". Em vários trechos do livro dos provérbios descobriram a monotonia e a chatice de uma mulher queixosa e choramingona.

Isaías e Amós (4,1;3,16) condenam a frivolidade e as extravagâncias das mulheres de Samaria e Jerusalém.
E as coisas foram pioradas pelos rabinos, doutores e escribas dos judeus. A mulher era catologada como um bem patrimonial do marido, do qual ele podia dispor quando quisesse. Podiam parodiar Nietsche, que blasfemou:"A mulher foi o segundo erro de Deus". Ou Eurípedes, que dizia: " A mulher é o pior dos males". E Aulo Gelio: "Um mal necessário"...
E por aí afora!

Até os 14 anos de idade a judia era propriedade do pai;depois,propriedade do marido.
Mulher não podia falar em público com um homem; não podia falar com um rabino nem assistir a uma aula ou fazer um curso. Mulher não podia sevir de testemunha. Quando nascia um homem, era alegria; quando vinha uma mulher, havia lamúria.Quando a mulher dava à luz um homem, o tempo legal da purificação era de 40 dias; quando dava à luz
uma mulher, o tempo de purificação legal dobrava: 80 dias. O Rabi Eliezer chegava a dizer: "Seria preferível queimar toda a Lei do que entregá-la nas mãos de uma mulher". O judeu machista desse tempo agradecia a Deus três vezes ao dia o não ter nascido mulher.

A mulher adúltera era terrivelmente castigada; ao homem adúltero nada acontecia. Nos dias da menstruação, quem tocasse na mulher (mesmo para cumprimentá-la) ficava "impuro". Até o peso do cérebro inferiorizava a mulher: o delas, com 1.200 gramas, e, o do homem com 1.320 gramas. Entre os judeus, propriamente quem "casava" era o homem, não a mulher: esta era "dada em casamento".

O direito de separação (divórcio) só competia ao homem. Em geral a mulher não tomava refeições à mesa com um homem.
Ao lado de tanta coisa bonita e positiva na Bíblia sobre a mulher, havia toda essa incompreensível mentalidade tacanha, criada por rabinos,escribas,fariseus, com suas leis e tradições.
E como Jesus de Nazaré reagiu a tudo isso? Reagiu fortemente com palavras e atitudes.


3º TEXTO:
" Jesus e a mulher ". 

Estamos continuando com a reflexão sobre a mulher no tempo de Jesus. Uma boa leitura para todos.
A maior blasfêmia que um judeu poderia catalogar e a idéia mais inconcebível para ele era a de um Deus-Homem: Deus em forma humana.

Adoravam a Deus como espírito puríssimo, Jaweh: o Deus transcendente, invisível, indizível, do qual não se podia nem desenhar a idéia nem a figura, do qual nem o nome se pronunciava. Jaweh constituía um abismo de distância com qualquer criatura. Portanto, a maior blasfêmia, a coisa mais inconcebível que havia para os judeus era a idéia de Deus fazer-se Homem. Será essa a “blasfêmia” que levará Jesus à Cruz: o ter-se anunciado como Filho de Deus, nascido de mulher!

Para os judeus, portanto, Deus nunca poderia ter tido a idéia de se apresentar em figura humana. Nem um anjo aceitaria como Deus.
E o que fez o Verbo, o Filho de Deus, o que fez Deus? Encarnou-se, quis tornar-se Homem, quis nascer de uma mulher. E aqui está a primeira mensagem e atitude de Jesus de Nazaré a respeito da MULHER: quis ter uma mãe, quis a mulher em sua vida. Myriam-Maria, a Virgem judia...

Trinta anos viveu com a mãe e com o pai adotivo, José. Quando começou, na vida pública, a dar a entender que Ele era o Filho de Deus, aí começou a briga que o levaria à Cruz. E, entre os marginalizados, os “anawin”, Jesus começou a dignificar a mulher, contra todas as tradições machistas dos judeus. Aí foi outro “Deus nos acuda!” A cada passo, no Evangelho, constatamos isso.

Jesus valorizava a mulher, fazendo-a presente na evangelização:
as parábolas do fermento (Mt 13,13,
da dracma perdida (Lc 15,8),
das virgens prudentes (Mt 25,1).

Jesus faz milagres em favor das mulheres:
a sogra de Pedro (Mt 8,14),
a filha de Jairo e a hemorroíssa (Mt 9,18-26; Mc 5,21-43; Lc 8, 40-56);
a mulher encurvada (Lc 13,10-17);
a mulher cananeia, cuja humildade e fé foram tão elogiadas – e era pagã – Mt 15, 21-28).
Conhecemos a defesa da adúltera e a delicadeza com que a tratou (Jo 8,1-11), livrando-a do apedrejamento.

Um judeu não se aproximava de uma mulher, muito menos de uma mulher doente para saúdá-la: Jesus toma a sogra de Pedro pela mão, levanta-a. Faz o mesmo com a filha de Jairo. Durante anos e anos uma mulher sofria do escorrimento de sangue. Em tais casos a mulher era considerada “impura”, máxime nos dias de menstruação. Imaginemos o sofrimento dessa pobre mulher, da qual todos fugiam para não se “manchar”: com que bondade Jesus a atende e a cura.

Jesus observa como dezenas de pessoas entram no Templo e depositam suas esmolas: chama a atenção dos discípulos para uma pobre mulher do povo que, com sua moedinha, colocara mais que todos os outros!...
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4º TEXTO:
" Ainda Jesus e a mulher ".


Jesus de Nazaré deixa lições claras, maravilhosas e surpreendentes em favor da dignidade da mulher: condena o machismo e a injustiça dos judeus do seu tempo, quanto ao tratamento dispensado à mulher.
Em 42 versículos do capítulo 4 do apóstolo João, está descrito o encontro da mulher samaritana com Jesus à beira do poço de Jacó, em Sicar, na Samaria. Conversar em público com uma mulher, a sós, e ainda mais com uma samaritana! Os próprios Apóstolos estranharam. Jesus se revela à samaritana como a fonte da vida nova da Graça e faz da samaritana, convertida, (levava uma “vidinha”) a missionária da Graça, do Plano de Deus: ela traz toda a cidade para Jesus e leva os concidadãos a crerem em Jesus.

Outra cena forte, questionadora para os judeus e para nós, é descrita em Lc 7,36-50: a pecadora pública na casa do fariseu Simeão, que enfrenta a “soçaite” do tempo, vai aos pés de Jesus, e, chorando, lava-lhe os pés, enxuga-os com seus cabelos... Simeão pensa mal da mulher, envergonhado com a presença dela ali... Jesus o adverte do seu farisaísmo; declara o perdão de todos os pecados daquela meretriz, que se converte e ressuscita para a vida da Graça e, quem sabe, talvez seja ela a que esteve aos pés da Cruz...

Na casa do amigo Lázaro (Jo 12, 1-11)Jesus costumava estar vez por outra. Desta vez foi após a ressurreição de Lázaro. Enquanto Marta, uma das irmãs de Lázaro, azafamava-se em preparar a refeição, Maria, a outra irmã, estava aos pés de Jesus, ouvindo-o. Os judeus coetâneos nem podiam imaginar tal cena: uma mulher, sentada aos pés daquele Homem, conversando descontraidamente com Ele... Jesus lembra a Marta, com outras palavras, a admoestação que fizera a alguém uns três anos atrás: “não só de pão vive o homem, Marta, Marta...” Maria fez boa escolha: ouvir a Palavra...

Lc 8,1-3 deixa claro que, enquanto Jesus passava por cidades e aldeias anunciando a Boa Nova, junto com os Apóstolos, havia um grupo de mulheres “apóstolas” que O seguiam, ajudando, ao menos indiretamente, no ministério, prestando assistência com seus bens. E até nomeia algumas dessas seguidoras de Jesus de Nazaré: Madalena, a convertida; Joana, Suzana “e muitas outras”.

No último Sínodo para os leigos, em 1987, quando se discutia sobre a mulher na evangelização, um bispo fez uma advertência muito oportuna aos seus colegas episcopais:
“Proponho que nós, bispos, tratemos a mulher ao menos como Jesus a tratou no Evangelho!”

Esses quatro textos estão no livro:  "O Jeito de Jesus de Nazaré"
José Ribolla, Sacerdote Redentorista
Editora Santuário

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