QUINTA-FEIRA DA SEMANA SANTA.
Aracoiaba: Missa e Cerimônia do Lava-pés às 19h na Igreja Matriz - sem público.
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É o dia da Última Ceia de Jesus Cristo com seus Apóstolos, onde Jesus, humildemente lavou os pés dos seus 12 discípulos, dando a todos o exemplo do saber servir e do espírito de doação pela humildade.
É no momento do lava-pés que Judas Iscariote sai para entregar Jesus em troca das 30 moedas de prata. (Jo 13,1-15) Foi ali que Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o Santo Sacrifício como sua eterna memória, e, em seu último discurso, encorajou os discípulos a amarem-se uns aos outros. Depois Jesus dirigiu-se ao monte de Getsêmani, tomou consigo três discípulos, e começou a sua agonia nos jardins, onde foi preso pelos judeus.
É nesta noite que Jesus é preso, interrogado e ao amanhecer de sexta-feira, açoitado e condenado. A Igreja inicia em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos começados por Jesus nesta noite. A Igreja reveste-se de tristeza desnudando os altares, onde são retirados todos os enfeites, toalhas, flores, e velas (tudo para simbolizar que Jesus está preso e consciente do que vai acontecer com Ele, em seguida).
A Quinta-feira Santa marca a transição da Quaresma para o Tríduo Pascal.
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Vamos entender melhor a QUINTA-FEIRA SANTA: Explicação, Apostila escrita pelo Lusmar Paz
Na Quinta-feira Santa, celebramos o mistério da Instituição da Eucaristia.
Jesus quis celebrar a Páscoa com seus discípulos. A Páscoa dos Judeus fazia memória da libertação da libertação, da escravidão no Egito. Além de ser acompanhada de salmos e orações próprias para a ocasião, a celebração previa como alimento um cordeiro, pão sem fermento, ervas amargas e como bebida algumas taças de vinho.
Qual a novidade que Jesus traz para a última ceia?
- A novidade é que Jesus dá um novo sentido para o pão e o vinho. Com efeito, ele toma o pão, e diz aos discípulos: "Isto é o meu corpo que será entregue por vós, e depois o parte e reparte entre os discípulos. Em seguida toma uma taça de vinho e diz: "isto é o meu Sangue, sangue da nova aliança, derramado por vós para a remissão dos pecados."
Portanto, a novidade que Jesus introduz na última ceia é que o pão e o vinho se tornam seu corpo e sangue. E isso será para sempre; "todas as veze que fizeram isso, façam em memória de mim."Isto significa que, doravante, celebrar a Ceia do Senhor é fazer memória, isto é, tornar presente s sua doação, a sua entrega em favor da humanidade.
O que Jesus celebra de modo ritual na última ceia acontece na realidade sobre a cruz, ou seja, realmente Jesus derrama seu sangue por nós. Morre por nós.
A Instituição da Eucaristia não é um fato isolado, limitado apenas às quatro paredes do Cenáculo e ao grupo dos Apóstolos; deverá perpetuar-se a todas as gerações. "Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, proclamais a morte do Senhor".AQUI NASCE a Instituição do Sacerdócio Ministerial. Os sacerdotes, conforme a constituição dogmática sobre a Igreja, "exercem seu ministério sagrado principalmente no culto ou assembleia eucarística, onde, agindo na pessoa de Cristo e proclamando seu ministério, juntam as orações dos fieis ao Sacrifício de Cristo, sua cabeça e, no sacrifício da missa, renovam e aplicam até a vinda do SEnhor, o único sacrifício do Novo Testamento, no qual Cristo, uma vez por todas, se ofereceu ao Pai como hóstia imaculada", Por isso se diz se diz que hoje é também o dia do sacerdote.
Esta celebração constitui-se de quatro momentos fundamentais:
1. Liturgia da Palavra.
2. Lava pés
3. Liturgia Eucarística
4. Transladação do Santíssimo Sacramento.
Hoje, QUINTA-FEIRA SANTA,
a Igreja comemora a Instituição da Sagrada Eucaristia, dia que Jesus celebrou a 1ª Missa . Também a Igreja comemora nesta QUINTA-FEIRA SANTA a Instituição do Sacerdócio Ministerial, em outras palavras, Jesus torna seus apóstolos em sacerdotes, ministros ordenados da Palavra e da Eucaristia.
NESTA QUINTA-FEIRA SANTA, celebramos o MANDAMENTO DO AMOR, pois Jesus num gesto de SERVIÇO e HUMILDADE, lavou os pés dos seus discípulos. Com este gesto quis Jesus nos ensinar a SERVIR O PRÓXIMO.
Uma Santa QUINTA-FEIRA cheia de Deus pra todos vocês.
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Quinta-feira Santa - - Eucaristia: Sacramento do amor |
Por: Dom Eduardo Koaik Bispo Emérito de Piracicaba |
A celebração da Semana Santa encontra seu ápice no Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, a sexta-feira da paixão e morte do Senhor e a solene Vigília Pascal, no sábado à noite. Esses três dias formam uma grande celebração da páscoa memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
A liturgia da Quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue. É a manifestação profunda do seu amor por nós, amor que foi até onde podia ir: "Como Ele amasse os seus amou-os até o fim".
A Eucaristia é o amor maior, que se exprime mediante tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhão. O amor exige sacrifício e a Eucaristia significa e realiza o sacrifício da cruz na forma de ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo: "Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós.
Fazei isto em memória de ' mim. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.
O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas Igrejas centro da vida e da oração dos fiéis.
A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade: "Estarei ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida". Eis a presença, outra exigência do amor.
A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa. Impossível crer nessa presença e não acolhê-la nas situações concretas do dia-a-dia.
Vida eucarística é vida solidária com os pobres e necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de Calcutá que, com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos mais abandonados da sociedade, dizia: "A hora santa diante da Eucaristia deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é incompleta se não levar-nos ao serviço dos pobres por amor."
O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: "Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti... que eles estejam em nós" (Jo 17,20-21).
Jesus Eucarístico é o caminho que leva a esta comunhão ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, nos senti mentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.
Vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente amar na medida dos homens o que chamamos de filantropia. É amar na medida de Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro. Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra...
Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida da caridade "dando sua vida" e amando seus inimigos no gesto do perdão: "Pai, perdoai-lhes pois eles não sabem o que fazem." A Eucaristia não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior do amor de Deus por nós. Para isso, deixa-nos o mandamento: "Façam isso em minha memória".
Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta a sua dignidade. A Eucaristia é o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. "Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre".
A liturgia da Quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue. É a manifestação profunda do seu amor por nós, amor que foi até onde podia ir: "Como Ele amasse os seus amou-os até o fim".
A Eucaristia é o amor maior, que se exprime mediante tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhão. O amor exige sacrifício e a Eucaristia significa e realiza o sacrifício da cruz na forma de ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo: "Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós.
Fazei isto em memória de ' mim. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.
O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas Igrejas centro da vida e da oração dos fiéis.
A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade: "Estarei ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida". Eis a presença, outra exigência do amor.
A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa. Impossível crer nessa presença e não acolhê-la nas situações concretas do dia-a-dia.
Vida eucarística é vida solidária com os pobres e necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de Calcutá que, com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos mais abandonados da sociedade, dizia: "A hora santa diante da Eucaristia deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é incompleta se não levar-nos ao serviço dos pobres por amor."
O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: "Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti... que eles estejam em nós" (Jo 17,20-21).
Jesus Eucarístico é o caminho que leva a esta comunhão ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, nos senti mentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.
Vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente amar na medida dos homens o que chamamos de filantropia. É amar na medida de Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro. Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra...
Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida da caridade "dando sua vida" e amando seus inimigos no gesto do perdão: "Pai, perdoai-lhes pois eles não sabem o que fazem." A Eucaristia não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior do amor de Deus por nós. Para isso, deixa-nos o mandamento: "Façam isso em minha memória".
Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta a sua dignidade. A Eucaristia é o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. "Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre".
Hoje celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia.
Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a Eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos:
Bênção dos Santos Óleos
Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos.
Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia.
O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal.
São abençoados os seguintes óleos:
-Óleo do Crisma: Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
-Óleo dos Catecúmenos: Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
-Óleo dos Enfermos: É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como “extrema-unção”. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.
Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés
Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus-Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores.
Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.
O sermão desta missa é conhecido como sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus Cristo. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda à noite.
Especial da Quinta-feira Santa.
Neste especial você encontrará:
1. - Na Quinta-feira Santa celebramos o mistério da Instituição da Eucaristia e a Instituição do Ministério Sacerdotal.
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2. - Acompanhe conosco:
2.1.-O Especial da Semana Santa.
2.2.-A Última Semana de Jesus!
2.3.- É a semana da nossa reconciliação com Deus.
3.4. - a semana da vitória da vida sobre a morte, da Graça o
pecado.
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4. - Iniciamos o TRÍDUO PASCAL com a QUINTA-FEIRA SANTA
3.1. - O que vem a ser "O Tríduo Pascal?"
3.2. - Dois comentários sobre a Quinta-feira Santa.
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4. -Cristo instituiu o Sacramento do Amor:
4.1. Jesus lava os pés dos seus: é um gesto de amor
4.2. -Jesus se dá em alimento; é o sacramento do amor
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Especial da Quinta-feira Santa.
Na Quinta-feira Santa celebramos
o mistério da Instituição da Eucaristia e a
Instituição do Ministério Sacerdotal.
Acompanhe conosco
O Especial da Semana Santa.
A Última Semana de Jesus!
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É a semana da nossa reconciliação com Deus.
É a semana da vitória da vida sobre a morte, da Graça
sobre opecado.
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Iniciamos o TRÍDUO PASCAL
com a
QUINTA-FEIRA SANTA
com a
QUINTA-FEIRA SANTA
O que vem a ser "O Tríduo Pascal?"
Artigo publicado originalmente em
O Encontro, boletim informativo da
paróquia Coração Imaculado de Maria,
edição nº 21, de abril de 2006
por diácono Francisco Gonçalves
O Encontro, boletim informativo da
paróquia Coração Imaculado de Maria,
edição nº 21, de abril de 2006
por diácono Francisco Gonçalves
Para que seja plenamente entendido o significado do Tríduo Pascal, torna-se fundamental entender o sentido que existe no conceito de “tempo”. O que significa o tempo? Explicá-lo é sempre dificultoso, já o dizia Santo Agostinho: “Se ninguém me pergunta sei o que é, mas se eu quiser explicar não sei o que é”. Na verdade, existe um tempo cósmico, que é o tempo que existe e passa, e nele ocorre o desenvolvimento da história humana. Diferentemente, existe o tempo sagrado, que pode ser recuperado pela pessoa humana e ser celebrado para agradecer e louvar a divindade. Ora, Cristo entra no tempo e condiciona a história. Para a Igreja, a história é o lugar da revelação divina. Deus se mostra e se desvela no tempo.
Os cristãos criaram seu tempo sagrado ao organizarem seu ano litúrgico, começando pela organização de sua semana. Como no primeiro dia da semana Deus iniciou a criação fazendo a distinção entre a luz e as trevas, com Jesus Cristo ressuscitado surge a nova criação. Ele vence as trevas com a luz da sua ressurreição. Por isso, na Igreja primitiva, os cristãos se reuniam e celebravam a Páscoa de Jesus Cristo, não mais no sábado, mas no domingo (Dia do Senhor). Assim, cada domingo era evento pascal. Um dia de domingo anual era a festa maior de Páscoa. Cessando as perseguições dos romanos aos cristãos, no século IV, a Igreja, com mais liberdade, foi ampliando a celebração do mistério pascal para mais dias. Aos poucos foram surgindo: o Tríduo Pascal, o Tempo Pascal, a Oitava de Páscoa, a festa da Ascensão e de Pentecostes, a Quaresma e o Domingo de Ramos.
Tríduo Pascal
São os três dias mais importantes de todo o nosso calendário litúrgico, sendo o ponto culminante a Vigília Pascal. O tríduo se inicia com a celebração da Quinta-feira Santa e termina com as vésperas do Domingo da Ressurreição.
Quinta-feira Santa da Ceia do Senhor. Nesta celebração, somos convidados a celebrar a Nova Aliança selada com o Corpo e o Sangue do próprio Cristo. O gesto do lava-pés mostra Jesus como aquele que veio para servir e ao mesmo tempo nos convoca ao serviço do Reino.
Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor. Nesta celebração, somos convidados a compreender e a viver mais profundamente o mistério da cruz.
Sábado Santo. É o dia da oração silenciosa. Recordamos a morte e o sepultamento de Cristo.
Vigília Pascal e Domingo da Ressurreição. É a festa da Vida Nova: a Liturgia do Fogo e da Luz, em que o Círio Pascal é aceso com o fogo novo e representa o Cristo Ressuscitado que, com sua luz, vence a escuridão; a Liturgia da Água e do Batismo, quando toda a assembléia é convidada a renovar as promessas batismais e a professar solenemente a fé; e a Liturgia Eucarística.
Comentário Sintético sobre a QUINTA-FEIRA SANTA
Celebração do dia: Lava-pés e Missa da Ceia do Senhor (horário: ao entardecer)
Comentário mais detalhado
A liturgia de Quinta-Feira Santa é riquíssima de conteúdo. É o grande dia da instituição da Sagrada Eucaristia, dom do Céu para os homens; o dia da instituição do sacerdócio, nova prenda divina que assegura a presença real e atual do Sacrifício do Calvário em todos os tempos e lugares, tornando possível que nos apropriemos dos seus frutos.
Aproximava-se o momento em que Jesus ia oferecer a sua vida pelos homens. Tão grande era o seu amor, que na sua Sabedoria infinita encontrou o modo de ir e de ficar, ao mesmo tempo. São Josemaria, ao considerar o comportamento dos que se vêem obrigados a deixar a sua família e a sua casa, para procurar emprego em outro lugar, comenta que o amor humano costuma recorrer aos símbolos. As pessoas que se despedem trocam lembranças entre si, talvez uma fotografia… Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não deixa um símbolo, mas uma realidade. Fica Ele mesmo. Embora vá para o Pai, permanece entre os homens. Sob as espécies do pão e do vinho está Ele, realmente presente, com o seu Corpo, o seu Sangue, a sua Alma e a sua Divindade.
Como responderemos a esse amor imenso? Assistindo com fé e devoção à Santa Missa, memorial vivo e atual do Sacrifício do Calvário. Preparando-nos muito bem para comungar, com a alma bem limpa. Visitando Jesus com freqüência, escondido no Sacrário.
A primeira leitura da Missa, recorda o que Deus estabeleceu no Antigo Testamento, para que o povo israelita não se esquecesse dos benefícios recebidos. Desce a muitos detalhes: desde como devia ser o cordeiro pascoal, até aos pormenores que tinham de cuidar para recordar a passagem do Senhor. Se isso se prescrevia para comemorar alguns acontecimentos históricos, que eram só uma imagem da libertação do pecado realizada por Jesus Cristo, como deveríamos comportar-nos agora, quando verdadeiramente fomos resgatados da escravidão do pecado e feitos filhos de Deus!
Esta é a razão por que a Igreja nos inculca um grande esmero em tudo o que se refere à Eucaristia. Assistimos ao Santo Sacrifício todos os domingos e festas de guarda, sabendo que estamos participando numa ação divina?
São João relata que Jesus lavou os pés dos discípulos, antes da Última Ceia. Temos de estar limpos, na alma e no corpo, e aproximarmos para recebê-lo com dignidade. Para isso nos deixou o Sacramento da Penitência.
Comemoramos também a instituição do sacerdócio. É um bom momento para rezar pelo Papa, pelos Bispos, pelos sacerdotes, e para rogar que haja muitas vocações no mundo inteiro. Pediremos melhor na medida em que tenhamos mais diálogo com esse Jesus, que instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio. Vamos dizer, com total sinceridade, o que repetia São Josemaria: Senhor, põe no meu coração o amor com que queres que eu te ame.
Na cena de hoje Nossa Senhora não aparece fisicamente, ainda que estivesse em Jerusalém naqueles dias: encontrá-la-emos amanhã ao pé da Cruz. Mas já hoje, com a sua presença discreta e silenciosa, acompanha muito de perto o seu Filho, em profunda união de oração, de sacrifício e de entrega. João Paulo II assinala que, depois da Ascensão do Senhor ao Céu, participaria assiduamente nas celebrações eucarísticas dos primeiros cristãos. E acrescenta o Papa: aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre! Receber a Eucaristia devia significar para Maria quase acolher de novo no seu ventre aquele coração que batera em uníssono com o d'Ela (Ecclesia de Eucharistia, 56).
Também agora Nossa Senhora acompanha Cristo em todos os sacrários da terra. Peçamos-lhe que nos ensine a ser almas de Eucaristia, homens e mulheres de fé segura e de piedade forte, que se esforçam por não deixar Jesus só. Que saibamos adorá-lo, pedir-lhe perdão, agradecer os seus benefícios, fazer-lhe companhia.
Cristo institui o sacramento do amor
A instituição da eucaristia como rito memorial da nova aliança é certamente o aspecto mais evidente da celebração atual, que, aliás, justifica a sua solenidade como uma evocação "histórica" e figurativa do acontecimento realizado na última ceia. Mas é o próprio missal romano que convida a meditar sobre outros dois aspectos do mistério deste dia: a instituição do sacerdócio ministerial e o serviço fraterno da caridade. De fato, sacerdócio e caridade estão estreitamente ligados com o sacramento da eucaristia, compreendido em sua globalidade e de modo mais preciso.
Jesus lava os pés dos seus: é um gesto de amor
É significativo o fato de João não referir os gestos rituais sobre o pão e o vinho, como os outros evangelistas, ao referir as últimas horas de Jesus com seus discípulos e ao reunir nos "discursos da última ceia" os temas fundamentais do seu evangelho; no entanto, era esse um dado fixo e antiquíssimo da tradição na comunidade, que vemos relatado em forma bem definida no primeiro documento que dele fala, a carta de Paulo aos coríntios (1ª leitura).
João salienta o gesto de Jesus lavando os pés dos seus e deixando, como seu testamento em palavra e exemplo, fazer-se o mesmo entre os irmãos. Não ordena repetir um rito, mas fazer como ele, isto é, refazer em todo tempo e em toda comunidade, gestos de serviço mutuo - não padronizados, mas nascidos da criatividade daquele que ama -' através dos quais torne-se presente o amor supremo do Cristo pelos seus ("amou-os até o fim"). Todo gesto de amor se torna, portanto, "sacramento", isto é, visibilização, encarnação, linguagem simbólica, da única realidade: o amor do Pai em Cristo, o amor, em Cristo, de todos os que creem.
Jesus se dá em alimento; é o sacramento do amor
É a mesma realidade que o rito da ceia, em sua repetição até o fim dos tempos e em sua necessária simplicidade de forma (estilizada) exprime com outra linguagem; mas só quem é "iniciado" pode compreendê-la, e quem vive ou se esforça por viver todos os dias aquilo que exprime no momento da assembleia. Só participamos autenticamente da eucaristia, memorial do sacrifício de Jesus, quando ela é também memorial do nosso sacrifício.
Em outras palavras, trata-se de ter para com o corpo eclesial do Cristo aquele respeito que se tem por seu corpo eucarístico. A presença real do Senhor morto e ressuscitado no pão e no vinho, sobre os quais se diz a ação de graças (cf 2ª leitura), se estende, embora de outro modo, à pessoa dos irmãos, especialmente dos mais pobres (cf todo o contexto de 1 Cor cap. 11); quem faz discriminação, quem despreza os outros, quem mantém divisões na comunidade "não reconhece o corpo do Senhor". Sua ceia não é mais a Ceia do Senhor, mas um rito vazio que expressa sua condenação.
O sacerdócio nasce da eucaristia; é o dom para a unidade
Dentro da comunidade, as relações recíprocas são avaliadas em nível de serviço e não de poder, e encontram sua mais perfeita expressão no momento da ação eucarística. Quem "preside" à comunidade e é por ela responsável, preside também à eucaristia; reúne-a na oração comum, como a une nas diversas atividades da palavra e do auxilio mútuo. Para ser coerentes com seu ministério sacramental, o bispo com os sacerdotes (e os diáconos) são os mais próximos do Cristo servo na consagração total de suas forças e sua vida à atividade eclesial. O Concilio Vaticano II exprime a relação dos vários aspectos do ministério sacerdotal com a celebração da eucaristia: "Os presbíteros... segundo a imagem de Cristo, sumo e eterno Sacerdote, são consagrados para pregar o evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, de maneira que são verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento. Participando, no grau próprio de seu ministério, da função de Cristo Mediador único (cf 1Tm 2,5), a todos anunciam a palavra de Deus. Eles exercem seu sagrado múnus principalmente no culto eucarístico ou sintaxe, na qual, agindo na pessoa de Cristo e proclamando seu mistério, eles unem Os votos dos fiéis ao sacrifício de sua Cabeça e, até a volta do Senhor, apresentam e aplicam no sacrifício da missa o único sacrifício do Novo Testamento, isto é, o sacrifício de Cristo que, como hóstia imaculada, uma vez por todas se ofereceu ao Pai... Exercendo, dentro do âmbito que lhes compete, o múnus de Cristo Pastor e Cabeça, eles congregam a família de Deus numa fraternidade a tender para a unidade e a conduzem a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo... De coração, feitos modelos para o rebanho, presidam e sirvam de tal modo sua comunidade local, que esta dignamente possa ser chamada com aquele nome pelo qual só e todo o Povo de Deus é distinguido, a saber: Igreja de Deus". [Missal Dominical, ©Paulus, 1995]
Recomendações da CNBB para o Tríduo Pascal
Comunhão no Tríduo Santo
1. Aos fiéis em geral pode-se dar a santa Comunhão: a) na quinta-feira Santa somente dentro da Missa; não fora da Missa, nem de manhã nem de tarde. B)Na sexta-feira somente dentro da solene Ação Litúrgica vespertina. C) N Sábado Santo somente dentro da Missa da Vigília Pascal.
2. Aos doentes que não podem participar da celebração litúrgica: a) na quinta-feira Santa e na sexta-feira Santa, pode-se administrar de manhã ou de tarde. B) No Sábado Santo não pode ser administrada.
3. Aos gravemente doentes pode-se dar o Santo Viático a qualquer hora do dia ou da noite
Missa no Tríduo Sacro
1. Na quinta-feira Santa, é celebrada só uma Missa principal (ou Conventual) vespertina nas igrejas ou oratórios em que se fazem as solenidades ou cerimônias litúrgicas da Semana Santa. Nas catedrais também uma Missa do Crisma é celebrada pela manhã. O Ordinário pode permitir, para o bem dos fiéis, uma Missa vespertina nas igrejas ou oratórios em que não se fazem as celebrações da Semana Santa.
2. Quando a exigência pastoral o pedir, o Ordinário do lugar pode permitir que além da Missa principal da Ceia do Senhor, seja celebrada outra, à tarde, nas igrejas e nos oratórios. Em caso de verdadeira necessidade, também pode permitir que a celebração desta Missa seja feita de manhã, mas só para os fiéis que estejam impossibilitados de participar na Missa vespertina, evitando, porém, que tais celebrações sejam autorizadas em favor de particulares, ou prejudiquem a Missa vespertina, que é a principal.
3. Os sacerdotes que concelebrarem a Missa do Crisma podem (com)celebrar novamente a Missa Vespertina.
4. Exéquias – Os enterros devem-se fazer sem Missa e sem solenidades, por exemplo, o toque de sinos.
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Preparando a Semana Santa: Quinta-feira Santa
1. A celebração eucarística na Ceia do Senhor inaugura o Tríduo pascal que terminará com as II Vésperas do Domingo de Páscoa. Estes três dias são o coração do ano litúrgico e de todo o mistério cristão. Não só nos recordam o que o amor de Deus realizou por nós, mas também significam e comunicam a graça do mistério neles celebrado.
SUGESTÕES PARA A CELEBRAÇÃO E A VIVÊNCIA DA LITURGIA
a) Inicia-se o tríduo sagrado, chamado também de o "Tríduo do crucificado, do sepultado e do ressuscitado".
b) Cruz processional, velas, turíbulo fumegando.
c) Matracas.
d) Pode-se entrar na procissão de entrada os santos óleos que foram abençoados pela manhã na Catedral pelo Bispo. Prepara-se no presbitério uma mesa para colocá-los. Para serem levados ao presbitério os santos óleos, poderiam três jovens vestir túnicas das respectivas cores dos óleos: ROXO (óleo dos enfermos); ROSA (óleo do Crisma); BRANCO (óleo do batismo).
e) Pode ser decorado perto do altar e nunca em cima do mesmo, com pão, uva, vinho.
f) Antes da celebração, o sacrário deve estar vazio. As hóstias para a comunhão dos fiéis devem ser consagradas na mesma celebração da missa de maneira suficiente para o dia seguinte também (Sexta-feira santa).
g) Reserve-se uma Capela para conservação do Santíssimo Sacramento e seja ela ornada de modo conveniente, para que possa facilitar a oração e meditação: recomenda-se o respeito.
Daquela solenidade que convém à liturgia destes dias, evitando ou renovando qualquer abuso contrário.
h) Durante o canto do hino do "Glória" tocam-se os sinos (da torre e do altar). Concluído o canto eles ficarão silenciosos até o "Glória" da Vigília Pascal.
i) O órgão ou outros instrumentos a partir do canto do "Glória", só serão utilizados para sustentar o canto. De maneira que não se use nem bateria e nem pandeiros...
j) Seja conservada para o lava-pés a escolha de alguns homens, e como sugestão podendo ser 12 que significa os 12 apóstolos. Neste momento o celebrante retira a casula e cinge-se com uma toalha grande que possa ser amarrada à cintura e ao mesmo tempo enxugar os pés dos discípulos, a casula ficará aberta sobre o altar. Após terminar o lava-pés e ter lavado as mãos vestirá novamente a casula. Pode ser dado para os homens um pão.
k) Na procissão do ofertório tendo sido feita uma conscientização na comunidade, a comunidade pode fazer doação de alimentos não perecíveis para os menos favorecidos, como nos sugere o Missal Romano.
l) Na consagração, não se toca a campainha e sim as matracas.
m) Após a oração da comunhão, forme-se o cortejo, passando por toda a Igreja, que acompanha o Santíssimo Sacramento ao lugar da reposição. A procissão é precedida pelo cruciferário, as velas, o turíbulo fumegando e as matracas.
n) Usa-se a Umbela para cobrir o Santíssimo.
o) Nunca se pode fazer a exposição com o ostensório. (A reserva Eucarística deverá ficar dentro do sacrário).
p) Na adoração até a meia-noite, pode ser lida uma parte do evangelho segundo João Capítulos 13-17. Após a meia noite, esta adoração seja feita sem solenidade já que começou o dia da paixão do Senhor. Recomenda-se o silêncio.
q) A capela do Santíssimo pode ser ornada com flores, com todo esplendor.
r) O sacerdote deveria usar pluvial e véu umeral festivo na transladação do Santíssimo Sacramento em direção ao altar da reposição. Na falta do Pluvial use pelo menos o véu umeral sobre a túnica ou alva com estola.
s) Concluída a missa é desnudado o altar da celebração. Convém cobrir as cruzes da Igreja com um véu de cor vermelha ou roxa.
Para a missa deve-se preparar:
a) Âmbulas com partículas para consagrar para essa missa e para a Sexta-feira;
b) Véu de ombros;
c) Turíbulo com naveta;
d) Tochas e velas;
Para o lava pés:
a) Assentos para os homens designados;
b) Jarro de água e bacia;
c) Toalha para enxugar os pés;
d) Sabonete (para o sacerdote lavar as mãos)
2. Momentos fortes:
São momentos altos deste memorial: a escuta da Palavra, o lava-pés, a oferenda do pão e do vinho acompanhados pelas ofertas para os pobres recolhidas durante a Quaresma, a oração eucarística (com comemorações próprias deste dia), a fração do Pão, a participação no Corpo e Sangue do Senhor consagrados na própria ação litúrgica (é "proibido" o recurso à reserva eventualmente conservada no Sacrário o qual, segundo a vontade da Igreja, deveria estar vazio no começo da celebração).
3. Bênção dos Santos Óleos
Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.
Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos.
Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia.
O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.
3. Ceia do Senhor (Lava-pés)
3.a - Um momento solene
No 13º capítulo do seu Evangelho, João fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na cruz como um blasfemador, um fora da lei ou um criminoso. Até então, Jesus parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os escribas e os fariseus.
Ele parecia ser um grande profeta, quem sabe até o Messias. O Deus do poder estava com Ele. Mais e mais pessoas estavam começando a segui-lo, esperavam que Ele os libertasse dos romanos, resgatando assim, a dignidade do povo escolhido. O tempo da páscoa estava próximo. A multidão e os amigos dele pensavam: "Será que Ele vai se revelar na páscoa? Então, todos acreditarão nele." Todos esperavam que algo extraordinário acontecesse. No entanto, em vez de fazer algo fantástico, Jesus tomou o caminho oposto, o da fraqueza, o da humilhação, deixando que os outros o vencessem. Este processo de humilhação teve início quando o Verbo se fez carne no seio da Virgem Maria, e continuou visível para os discípulos no lava-pés. Terminará com a agonia, paixão, crucifixão e morte.
O começo deste capítulo é muito solene: "Antes do dia da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado à hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado aos seus, que estavam no mundo, amou-os até ao extremo. Começada a ceia, tendo já o demônio posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a determinação de entregá-lo, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto, e apegando uma toalha cingiu-se com ela." (Jo 13,1-4).
Estas palavras são muito fortes: "Jesus, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto..." Então, Ele se ajoelhou diante de cada um de seus discípulos e começou a lavar-lhes os pés, em uma atitude de humilhação, fraqueza, súplica e submissão. De joelhos ninguém pode se mover com facilidade nem se defender.
João Batista havia dito que ele não era digno nem de desatar as sandálias de Jesus (Mc 1,7). No entanto, Jesus se ajoelha em frente a cada um de seus discípulos.
Os primeiros cristãos devem ter cantado o mistério de Jesus, que se desfez da sua glória e se fez fraco, como encontramos nas palavras de S. Paulo aos Filipenses: "O qual, existindo na forma (ou natureza) de Deus, não julgou que fosse uma rapina o seu ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens e sendo reconhecido por condição como homem". Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de cruz! (Fl 2,6-8)
Nós estamos frente a um Deus que se torna pequeno e pobre que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de servo ou escravo. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai.
4. Desnudação do Altar
A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.
A desnudação do altar (denudatio altaris), ou despojamento, como preferem alguns, é um rito antigo, já mencionado por Santo Isidoro no século VII, que fala da desnudação como um gesto que acontecia na quinta-feira santa.
O sacerdote, ajudado por dois ministros, remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. No antigo rito, durante a desnudação recitava-se um trecho de um salmo. O gesto da desnudação do altar tinha o significado alegórico da nudez com a qual Cristo foi crucificado.
O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja.
Caso isso não seja possível, orienta o Missal que convém velar as cruzes e as imagens que não possam ser retiradas. (Cf. Missal Romano, p. 253, n. 19).
O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.
Instituição da Eucaristia
Na véspera da festa da Páscoa, como Jesus sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 12, 1).
Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdia infinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa. A Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da Ressurreição.
Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti.
Comecemos desde já a pedir ao Espírito Santo que nos prepare para podermos entender cada expressão e cada gesto de Jesus Cristo: porque queremos viver vida sobrenatural, porque o Senhor nos manifestou a sua vontade de se dar a cada um de nós em alimento da alma, e porque reconhecemos que só Ele tem palavras de vida eterna.
A fé leva-nos a confessar com Simão Pedro: Nós acreditamos e sabemos que tu és o Cristo, o Filho de Deus. E é essa mesma fé, fundida com a nossa devoção, que nesses momentos transcendentes nos incita a imitar a audácia de João, a aproximar-nos de Jesus e a reclinar a cabeça no peito do Mestre, que amava ardentemente os seus e, como acabamos de ouvir, iria amá-los até o fim.
Tenhamos em mente a experiência tão humana da despedida de duas pessoas que se amam. Desejariam permanecer sempre juntas, mas o dever - seja ele qual for - obriga?As a afastar?Se uma da outra. Não podem continuar sem se separarem, como gostariam. Nessas situações, o amor humano, que, por maior que seja, é sempre limitado, recorre a um símbolo: as pessoas que se despedem trocam lembranças entre si, possivelmente uma fotografia, com uma dedicatória tão ardente que é de admirar que o papel não se queime. Mas não conseguem muito mais, pois o poder das criaturas não vai tão longe quanto o seu querer.
Porém, o Senhor pode o que nós não podemos. Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não nos deixa um símbolo, mas a própria realidade: fica Ele mesmo. Irá para o Pai, mas permanecerá com os homens. Não nos deixará um simples presente que nos lembre a sua memória, uma imagem que se dilua com o tempo, como a fotografia que em breve se esvai, amarelece e perde sentido para os que não tenham sido protagonistas daquele momento amoroso. Sob as espécies do pão e do vinho encontra-se o próprio Cristo, realmente presente com seu Corpo, seu Sangue, sua Alma e sua Divindade.
5. Transladação do Santíssimo
A transladação do Santíssimo tem notícias históricas desde o século II. Mas o rito da adoração, na quinta-feira santa entrou na Igreja a partir do século XIII e foi difundindo-se até o século XV.
O que mais impulsionou foi a devoção ao Santíssimo Sacramento, a partir da segunda metade do século XIII, época em que o Papa Urbano IV decretou a festa de Corpus Christi para toda a Igreja (em 11 de agosto de 1264).
Foi, portanto, a prática devocional da eucaristia a principal responsável para a adoração ao Santíssimo na quinta-feira santa, após a missa da Ceia do Senhor.
O rito atual é muito simples e tem o seguinte significado: após a oração depois da comunhão, o Santíssimo é transladado solenemente em procissão para uma capela lateral ou para um dos altares laterais da igreja, devidamente preparado para receber o santíssimo.
Antes da transladação, o sacerdote prepara o turíbulo e incensa o Santíssimo três vezes. Depois, realiza-se uma pequena procissão dentro da igreja, que é precedida pelo cruciferário (pessoa que leva a cruz processional), velas e incenso.
Durante a procissão, canta-se o "Pange Lingua", traduzido em português, "Vamos todos...", exceto as duas últimas estrofes, "tantum ergo" (tão sublime sacramento...) que são cantadas depois da chegada da procissão na capela lateral, onde ficará o Santíssimo.
Após a transladação, a comunidade é convidada a permanecer em adoração solene até um horário conveniente. O significado é de ação de graças pela eucaristia e pela salvação que celebramos nestes dias do Tríduo Pascal.
Fonte: Revista Missões
Pastoral da Comunicação
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