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sábado, 19 de setembro de 2009

"Evangelho do Dia" - "Minutos de Sabedoria" - Sábado, 19 /Set / 2009.

Liturgia Diária: 19.09.2009

Leitura: 1Tm 6,13-16 - Salmo: 100(99) - Evangelho: Lc 8, 4-15

Minutos de Sabedoria

Não esteja ansioso e preocupado, para não atrair moléstias para o seu corpo. / A ansiedade é um fator bioquímico, que influencia as secreções glandulares, produzindo demasiada andrenalina, que estimula em exagero o sistema nervoso. / Daí à enfermidade é um passo. / O nervosismo prejudica fundamentalmente a saúde. / Portanto, não seja ansioso: faça constantetemente afirmações positivas de saúde, e mantenha-se calmo e sereno.

Livro: Sofrer e Amar

Autor: Pe. João Mohana

Vejam na íntegra, a introdução desse livro:

Um livro é um encontro. Encontro para uma conversa. Este livro é assim. Um encontro com o leitor para uma conversa entre nós dois. Conversa em que falaremos de um assunto importantíssimo por sua natureza, por seu interesse, por suas consequências. Conversa sobre a dor, como sofrer. Isto é, como encarar as dores que batem à porta de nossa sensibilidade, na vida; que atitude tomar em face de uma angústia, de uma mágoa, de uma decepção, de um golpe de alma.

O livro não é um livro de tese. É livro de prática. Não é livro de tema original. É livro de assunto corriqueiro, que toda a gente fala.

Através dos tempos, muitos tem escrito sobre o sofrimento. Mulheres, homens,religiosos, leigos, todos tem escrito. Acontece, porém, que o ter falado nem sempre é atestado de ter sabido sofrer. Aqui está um assunto em que a notícia que se tem ou que se dá é bem diferente do encontro com ele.

Às vezes lemos páginas maravilhosas sobre a dor, tomamos os mais salutares propósitos, formulamos as mais belas atitudes, e, quando ela chega, surpreende-nos ainda com a presença do homem velho em casa.

Assim é e será sempre assim. Neste mundo de contingência e nesta vida comprometida pelo erro de origem, o ato uma vez ou outra decepciona o pensamento que o gerou.

Digo essas palavras para imunizar o leitor contra possíveis tristezas neste sentido. Não dar tanta importância ao resultado de nosso esforço, a ponto de expulsá-lo de nossa vontade, mas repetir as tentativas, multiplicar as experiências, porque na verdade ainda é um esforço repetido e bem intencionado o móvel de nossa evolução.

Se você fechar a última página e fracassar no primeiro encontro com o sofrimento, não crie complexo, mas continue, com humildade e sinceridade. Saber sofrer, que é uma das mais importantes condições de santificação, não se pode tornar um prazer, uma vaidade, uma satisfação, um orgulho. Não é obra de poucos dias. Saber sofrer implica saber viver. Mais: implica muito sofrer.

Por isso é que peço ao leitor toda a sinceridade, toda a simpatia, toda a atenção durante a conversa.
Às vezes uma conversa não dá o lucro que se esperou, e quando se fecha o livro tem-se vontade de fazer uma carta furiosa ao autor, outra ao editor e outra ao vendedor. Mas às vezes a conversa da qual esperávamos algum fruto não trouxe esse fruto, porque não tivemos ouvidos de ouvir, ouvidos abertos por uma boa disposição. Conversa só presta, meu amigo, não quando a palavra que fala sai de um coração, entra pelo ouvido e fica aí, ou volta logo após,  - mas quando penetra e vai terminar a viagem no outro coração. Conversa só presta, de coração para coração. Você sabe disso e com certeza já deve ter observado.

O pintor Holman Hunt, que além de pintor era psicólogo, tem um quadro curioso ( O Bom Pastor) que pode ilustrar estas palavras. O quadro mostra Jesus Cristo com uma lanterna na mão esquerda e batendo com a mão direita numa porta fechada. Quando foi descerrada a cortina que o escondia, um dos críticos presentes fez esta observação:
- Mas, Mr. Hunt, a obra não está acabada.
- Como? - perguntou Holman Hunt.
- A porta. Falta pintar a fechadura da porta.
- Esta porta é assim mesmo, meu caro, não tem fechadura. É a porta do coração humano. Só se abre por dentro.

Pois o coração do leitor é precisamente a porta de Holman Hunt. Só você pode abri-lo. Eu não posso. Infelizmente. Porque, se pudesse, não abriria só o coração do leitor, mas o de todos os homens da terra, e meteria dentro uma infinidade de jóias.

Como não posso, peço. Peço ao leitor que entreaba a porta de seu coração e me deixe entrar. Não se preocupe que não farei barulho, não provocarei distúrbio. Faço esse pedido não porque me falte casa. Faço porque quem vem atrás de mim deseja entrar, não tem casa. Tem o mundo, mas não tem casa; quer morar em corações. Quem vem atrás de mim é quem batia na porta de Hulton Hunt.Sabe que depois daquela porta há alguém triste, lamentoso, sozinho na madrugada da vida. E é por isso que vem com uma lanterna na mão. Aliás nem havia necessidade dessa lanterna, porque ele é a própria Luz, mas como nossos limitados olhos, míopes de tanto sofrer, não sabem ver outra luz a não ser luz de lâmpada, o Bom Pastor vem com lâmpada.

Deixe Ele entrar, leitor. Se sua lâmpada tiver pouco óleo, Ele lhe dará um pouco do seu. Se sua alma estiver seca, voltará a florir. Se sua casa estiver escura, voltará a brilhar. Se seu coração estiver morto, voltará a viver.

Minha entrada, portanto, é a entrada de minha mensagem. Digo mensagem, por hábito apenas. Hoje, quando abrirmos nosso coração para nele deixar entrar um livro, ou quando abrimos um livro para nele penetrar nosso coração, fazemos isso com uma pergunta curiosa pulsando dentro de nós: "Qual a mensagem que o autor me trará?"

Minha mensagem não é nova, amigo. É velha. Velhíssima. E além disso não é minha. E além de ser velhíssima, é novíssima, porque é sempre atual, pois, se é passada, é futura também, sendo sempre presente.

A mensagem de meu livro é a Mensagem. É a mensagem cristã para o homem que sofre. É a mesma mensagem que bateu um dia no coração de Saulo, de Maria Madalena, de Foucauld, de Bundez, e eles abriram a porta. A mensagem que a Igreja carrega pelo mundo, através dos séculos, fortificando os enfraquecidos e divinizando os heróicos. É a mensagem da coragem amorosa no sofrimento e da aceitação enérgica por união e imitação daquele que, crucificado, atraiu todos a si, e ensinou as mais lindas lições que se podem ensinar sobre a dor.

Nestas páginas vai o que Ele disse.
Pe. João Mohana.
_______________ 

Caríssimos leitores deste blog,

Conheci o Pe. Mohana muito de perto. Foi meu professor em duas cadeiras de Psicologia. Foi meu diretor espiritual durante minha vida seminarística na acolhedora e hospitaleira cidade de São Luis - Maranhão.
Pe. Mohana foi um  grande amigo para mim. Aprendi muito com ele.

Afinal, quem foi João Mohana?

Ele foi sacerdote, médico, escritor e psicólogo. Dotado de vastíssima cultura, ao mesmo tempo um homem simples e muito humano.
Para ele o tradicional pensamento popular "pau que nasce torto, morre torto", não funcionava.Ele acreditava no potencial e na mudança das pessoas... ele acreditava no ser humano.
Como professor, cativava com facilidade seus alunos. Não fazia acepção entre eles... Para ele ,
nenhum aluno era melhor do que o outro... pois todos brilhavam em sua inteligência...
Tornou-se um dos maiores escritores no Brasil e tornou-se também muito conhecido no exterior. Suas homilias, palestras, retiros, conferências e livros o tornou amado.Era, de fato, um homem de Deus.

 O livro "Sofrer e Amar" para mim...

Já li vários livros do Pe. João Mohana, mas , "Sofrer e Amar" foi o melhor que achei. Encontrei nele muita riqueza de conteúdo espiritual e psicológico. Um livro que nos anima e nos enche de esperança quando o sofrimento bate à porta de nossa vida.Esse livro foi traduzido em vários idiomas. Portanto, meus amigos desse blog, recomendo a vocês a leitura desse bom, enriquecedor e salutar livro.

Onde encontrá-lo?

Vocês poderão encontrá-lo nas Lojas: Edições Paulinas, Paulus, Vozes, Ave Maria... e noutras livrarias.
Este livro pertence a Editora AGIR.

Obs.: Em Fortaleza, já o procurei várias vezes e não o encontrei nas prateleiras... Copiei a introdução desse livro pra vocês, através de uma cópia xerocada. Na cópia vi  que o livro fora lançado em 1984 ,em sua 15ª Edição.

Então, não percamos tempo! Busquemos adquirir esse bom livro!
Um abraço para todos,
Lusmar Paz.







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