Liturgia da Santa Missa de Domingo – 21-02-2010
Atenção: A partir de amanhã ( 22.02.2010),colocaremos novas postagens...
1º Domingo da Quaresma
Comentário Inicial:
Mais uma vez estamos juntos para meditar a Palavra que é Vida, neste primeiro domingo da quaresma. Teremos quarenta dias para meditar os mistérios da nossa fé. Quaresma é tempo de jejum, penitência, oração e, acima de tudo, tempo de conversão.
Estamos iniciando também a Campanha da Fraternidade Ecumênica, que neste ano tem como tema: "Economia e Vida” e como lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro".
O grande objetivo dessa campanha é unir Igrejas Cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e paz.
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Primeira leitura (Deuteronômio 26,4-10)
Domingo, 21 de Fevereiro de 2010
1º Domingo da Quaresma
1º Domingo da Quaresma
Livro do Deuteronômio:
Assim Moisés falou ao povo: 4“O sacerdote receberá de tuas mãos a cesta e a colocará diante do altar do Senhor teu Deus.
5Dirás, então, na presença do Senhor teu Deus: ‘Meu pai era um arameu errante, que desceu ao Egito com um punhado de gente e ali viveu como estrangeiro. Ali se tornou um povo grande, forte e numeroso. 6Os egípcios nos maltrataram e oprimiram, impondo-nos uma dura escravidão.
7Clamamos, então, ao Senhor, o Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu a nossa voz e viu a nossa opressão, a nossa miséria e a nossa angústia. 8E o Senhor nos tirou do Egito com mão poderosa e braço estendido, no meio de grande pavor, com sinais e prodígios. 9E conduziu-nos a este lugar e nos deu esta terra, onde corre leite e mel.
10Por isso, agora trago os primeiros frutos da terra que tu me deste, Senhor’.
Depois de colocados os frutos diante do Senhor teu Deus, tu te inclinarás em adoração diante dele”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Assim Moisés falou ao povo: 4“O sacerdote receberá de tuas mãos a cesta e a colocará diante do altar do Senhor teu Deus.
5Dirás, então, na presença do Senhor teu Deus: ‘Meu pai era um arameu errante, que desceu ao Egito com um punhado de gente e ali viveu como estrangeiro. Ali se tornou um povo grande, forte e numeroso. 6Os egípcios nos maltrataram e oprimiram, impondo-nos uma dura escravidão.
7Clamamos, então, ao Senhor, o Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu a nossa voz e viu a nossa opressão, a nossa miséria e a nossa angústia. 8E o Senhor nos tirou do Egito com mão poderosa e braço estendido, no meio de grande pavor, com sinais e prodígios. 9E conduziu-nos a este lugar e nos deu esta terra, onde corre leite e mel.
10Por isso, agora trago os primeiros frutos da terra que tu me deste, Senhor’.
Depois de colocados os frutos diante do Senhor teu Deus, tu te inclinarás em adoração diante dele”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Salmo (Salmos 90)
Domingo, 21 de Fevereiro de 2010
1º Domingo da Quaresma
1º Domingo da Quaresma
— Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!
— Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!
— Quem habita ao abrigo do Altíssimo/ e vive à sombra do Senhor onipotente,/ diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,/ sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.
— Nenhum mal há de chegar perto de ti,/ nem a desgraça baterá à tua porta;/ pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos/ para em todos os caminhos te guardarem.
— Haverão de te levar em suas mãos,/ para o teu pé não se ferir nalguma pedra./ Passarás sobre cobras e serpentes,/ pisarás sobre leões e outras feras.
— “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo e protegê-lo,/ pois meu nome ele conhece./ Ao invocar-me, hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores”.
— Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!
— Quem habita ao abrigo do Altíssimo/ e vive à sombra do Senhor onipotente,/ diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,/ sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.
— Nenhum mal há de chegar perto de ti,/ nem a desgraça baterá à tua porta;/ pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos/ para em todos os caminhos te guardarem.
— Haverão de te levar em suas mãos,/ para o teu pé não se ferir nalguma pedra./ Passarás sobre cobras e serpentes,/ pisarás sobre leões e outras feras.
— “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo e protegê-lo,/ pois meu nome ele conhece./ Ao invocar-me, hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores”.
Segunda leitura (Romanos 10,8-13)
Domingo, 21 de Fevereiro de 2010
1º Domingo da Quaresma
1º Domingo da Quaresma
Carta de São Paulo apóstolo aos Romanos:
Irmãos: 8O que diz a Escritura? “A palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração”. Essa palavra é a palavra da fé, que nós pregamos.
9Se, pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não ficará confundido”.
12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam.
13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Irmãos: 8O que diz a Escritura? “A palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração”. Essa palavra é a palavra da fé, que nós pregamos.
9Se, pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não ficará confundido”.
12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam.
13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Evangelho (Lucas 4,1-13)
Domingo, 21 de Fevereiro de 2010
1º Domingo da Quaresma
1º Domingo da Quaresma
— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. 2Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome. 3O diabo disse, então, a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. 4Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”
5O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo 6e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isto foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. 7Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”.
8Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”.
9Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! 10Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ 11E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.
12Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”.
13Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. 2Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome. 3O diabo disse, então, a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. 4Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”
5O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo 6e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isto foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. 7Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”.
8Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”.
9Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! 10Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ 11E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.
12Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”.
13Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO
Jesus resiste à tentação.
Quaresma, quadragésimo dia antes da Páscoa. Na Igreja das origens, era o tempo de preparação para o batismo na noite pascal. Aprendia-se o Credo. Por isso, a primeira leitura de hoje cita o “credo do israelita”. Ao oferecer as primícias da terra, na primavera, o israelita se lembrava dos quarenta anos passados no deserto, sob a firme condução de Javé Deus, conclusão da peregrinação iniciada por Abraão nas origens do povo. Para ser liberto da escravidão, Israel atravessou o deserto durante quarenta anos, tempo de uma geração: o povo saiu renovado. Tudo isso o israelita recordava anualmente ao oferecer sua primícias a Deus.
O cristão, ao apresentar-se diante de Deus, seja na comunidade reunida em assembleia, seja no silêncio de seu coração, recorda uma outra libertação: a que libertou Jesus da morte e o fez passar para a glória, a “passagem” não do anjo exterminador, mas do Cristo, que significa também nossa passagem da morte para a vida. “Jesus é o Senhor… Deus o ressuscitou dos mortos” (Rm,8,10; segunda leitura). Para poder proclamar esta fé, na noite do “novo dia”, a Páscoa, o cristão passa um “tempo de quarentena”, para sair completamente renovado.
Também Jesus passou por um “tempo de quarentena” (evangelho). Reviveu toda a história do povo. Conheceu toda a tentação da fome, mas recordou o ensinamento de Deus: “Não se vive só de pão”. Conheceu a tentação do bezerro de ouro, ou seja, de adorar um falso Deus, que fornecesse riqueza; mas respondeu com a palavra de Deus: “Só a Deus adorarás”. Conheceu a tentação mais refinada que se pode imaginar, a de manipular o poder de Deus para encurtar o caminho; mas a experiência de Israel, resumida em Deuteronômio, lhe oferece novamente a resposta: “Não tentarás o Senhor teu Deus. Jesus venceu o tentador no seu próprio terreno, o deserto, onde moram as serpentes e os escorpiões, onde Deus provou Israel, mas também Israel tinha colocado o próprio Deus à prova. Jesus não tentou Deus, mas venceu o tentador. Pelo menos por enquanto, pois a grande tentação ficou para a “hora determinada” - a hora da entrega de Cristo assumindo a cruz.
Em Lucas, Jesus é o grande orante, o modelo do fiel. Jesus resistiu a tentação de tentar Deus: sinal de sua imensa confiança no Pai. Ele professa a fé no único Deus como regra de sua vida. Ele se alimenta com a palavra que sai da boca do Altíssimo. Nossa quaresma deve ser um estar com Jesus no deserto, para, como Ele, dar a Deus o lugar central de nossa vida. Como ele, com ele e por ele, pois é dando a Jesus o lugar central, que o damos a Deus também. Neste sentido, a quaresma é realmente “ser sepultado com Cristo”, para, na noite pascal, com ele ressuscitar.
Lucas traz as tentações em ordem diferente de Mateus. Em Mateus, o auge é a tentação de adorar o demônio; em Lucas, o “transporte” para Jerusalém. Ora, todo o evangelho de Lucas é uma migração de Jesus para Jerusalém, e a tentação decisiva será a “tentação de Jerusalém”. Jesus resistirá a esse ataque decisivo, na mesma cidade de Jerusalém.
Assim, as tentações prefiguram o caminho de Jesus. Por isso é tão importante que nós nos unamos a ele neste “tempo de quarenta”, em espírito de prova de nossa fé e vida.
A Quaresma é uma subida à Páscoa, como os israelitas subiam a Jerusalém para oferecer sua ofertas e como Jesus subiu para oferecer sua vida. Nossa subida à Páscoa está sob o signo da provação e comprovação de nossa fé. Encaminhamo-nos para a grande renovação de nossa opção de fé. Se, nos primeiros tempos da Igreja, a Quaresma era preparação para o batismo e a profissão de fé, para nós é caminhada de aprofundamento e renovação de nossa fé. Pois uma fé que não passa por nenhuma prova e não vence nenhuma tentação pode se tornar acomodada, morta. Ora, a renovação da nossa opção de fé não acontece na base de algum exercício piedoso ou cursinho teórico. É uma luta como foi a tentação de Jesus no deserto, ao longo de quarenta dias. A fé se confirma e se aprofunda em sucessivas decisões, como as de Jesus, quando resistia com firmeza e perspicácia às tentações mais sutis: riqueza, poder sucesso.
Pe . Pacheco,
Comunidade Canção Nova.
1º Domingo da Quaresma - EVANGELHO COMENTADO
COMENTÁRIO
Mais uma vez estamos juntos para meditar a Palavra que é Vida, neste primeiro domingo da quaresma. Teremos quarenta dias para meditar os mistérios da nossa fé. Quaresma é tempo de jejum, penitência, oração e, acima de tudo, tempo de conversão.
Estamos iniciando também a Campanha da Fraternidade Ecumênica, que neste ano tem como tema: "Economia e Vida” e como lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". O grande objetivo dessa campanha é unir Igrejas Cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e paz.
No Evangelho de hoje Jesus nos lembra que só devemos servir ao Senhor nosso Deus. Lembra também que poder e glória são oferecidos para quem se prostrar diante do maligno e adorá-lo. Ninguém está livre da tentação. Jesus também foi procurado e tentado pelo inimigo. O mundo inteiro foi-lhe oferecido. Bastaria prostrar-se e adorá-lo, mas Jesus não se deixou levar pela tentação e respondeu: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele servirás”.
Diante da derrota que conheceu frente a Jesus, o inimigo voltou-se para o lado mais fraco. O alvo agora somos nós. Ele não mudou de idéia e sua proposta ainda está de pé. O inimigo continua mais presente do que nunca, oferecendo milhares de vantagens para quem segui-lo.
O príncipe do mal não vai desistir nunca, seu único desejo é arrastar-nos para o seu reino. E, pelo jeito, analisando o mundo em que vivemos, com tanta ambição, concentração de riquezas e corrupção, parece que ele está conseguindo atingir seu objetivo.
Só existe uma arma capaz de aniquilar esse inimigo, é a mesma que Jesus usou e chama-se oração. Jesus permaneceu no deserto quarenta dias e quarenta noites orando e jejuando. Seu único alimento durante esse período foi a oração. Nela encontrou forças para superar o apetite e as tentações.
Na Bíblia, o número quarenta e a palavra deserto, são simbólicos. Quarenta significa muito tempo, assim como os quarenta anos de escravidão no Egito. No deserto, caminhando para a terra prometida, o povo judeu foi testado, foi posto a prova em sua fé. Deserto significa estar isolado, sozinho, recolhido em oração.
Jesus esteve durante quarenta dias, a sós, em profunda comunhão com Deus. No deserto foi tentado a transformar as pedras em pão e usar seu poder em proveito próprio; passou pela tentação da vaidade, de atirar-se do alto do templo e ainda pela tentação de arrogância e orgulho, de apossar-se de todos os reinos do mundo. Todas essas tentações Jesus superou graças à oração.
Quem conhece a Palavra de Deus e vive a oração, jamais se desvia do caminho certo. A oração complementada pela ação, por gestos concretos, com obras, abre os olhos e nos faz entender o Plano de Amor de Deus Pai. As obras nos levam à conversão. E o coração convertido encontra na Eucaristia a força necessária para viver a fé e vencer toda e qualquer tentação.
(fonte: www.miliciadaimaculada.org.br - autor: Jorge Lorente
Comunidade Canção Nova.
Outra Explicação do Evangelho - Site: Canto da Paz
1º Domingo da Quaresma - EVANGELHO COMENTADO
Leitura do Evangelho: (Lc 4, 1-13)
Cheio do Espírito Santo, Jesus voltou do rio Jordão e foi levado pelo Espírito para o deserto, onde foi tentado pelo inimigo durante quarenta dias. Não comeu nada nestes dias e, terminado esse tempo, teve fome. O inimigo, então, lhe disse: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”. Jesus lhe respondeu: “Está escrito: Não é só de pão que vive o ser humano”. Levando-o para o alto, o inimigo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do mundo e disse: “Eu te darei o poder e a glória de todos estes reinos, porque a mim foram confiados e eu dou a quem quiser. Se te prostrares, pois, diante de mim, tudo será teu”. Jesus lhe respondeu: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele servirás”. O inimigo o levou ainda para Jerusalém, colocou-o no ponto mais alto do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, joga-te daqui para baixo, porque está escrito: A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem. E ainda: Eles te carregarão nas mãos para não tropeçares em alguma pedra”. Em resposta Jesus disse: “Está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”. E tendo terminado toda espécie de tentação, o inimigo se afastou dele até o momento oportuno.COMENTÁRIO
Mais uma vez estamos juntos para meditar a Palavra que é Vida, neste primeiro domingo da quaresma. Teremos quarenta dias para meditar os mistérios da nossa fé. Quaresma é tempo de jejum, penitência, oração e, acima de tudo, tempo de conversão.
Estamos iniciando também a Campanha da Fraternidade Ecumênica, que neste ano tem como tema: "Economia e Vida” e como lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". O grande objetivo dessa campanha é unir Igrejas Cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e paz.
No Evangelho de hoje Jesus nos lembra que só devemos servir ao Senhor nosso Deus. Lembra também que poder e glória são oferecidos para quem se prostrar diante do maligno e adorá-lo. Ninguém está livre da tentação. Jesus também foi procurado e tentado pelo inimigo. O mundo inteiro foi-lhe oferecido. Bastaria prostrar-se e adorá-lo, mas Jesus não se deixou levar pela tentação e respondeu: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele servirás”.
Diante da derrota que conheceu frente a Jesus, o inimigo voltou-se para o lado mais fraco. O alvo agora somos nós. Ele não mudou de idéia e sua proposta ainda está de pé. O inimigo continua mais presente do que nunca, oferecendo milhares de vantagens para quem segui-lo.
O príncipe do mal não vai desistir nunca, seu único desejo é arrastar-nos para o seu reino. E, pelo jeito, analisando o mundo em que vivemos, com tanta ambição, concentração de riquezas e corrupção, parece que ele está conseguindo atingir seu objetivo.
Só existe uma arma capaz de aniquilar esse inimigo, é a mesma que Jesus usou e chama-se oração. Jesus permaneceu no deserto quarenta dias e quarenta noites orando e jejuando. Seu único alimento durante esse período foi a oração. Nela encontrou forças para superar o apetite e as tentações.
Na Bíblia, o número quarenta e a palavra deserto, são simbólicos. Quarenta significa muito tempo, assim como os quarenta anos de escravidão no Egito. No deserto, caminhando para a terra prometida, o povo judeu foi testado, foi posto a prova em sua fé. Deserto significa estar isolado, sozinho, recolhido em oração.
Jesus esteve durante quarenta dias, a sós, em profunda comunhão com Deus. No deserto foi tentado a transformar as pedras em pão e usar seu poder em proveito próprio; passou pela tentação da vaidade, de atirar-se do alto do templo e ainda pela tentação de arrogância e orgulho, de apossar-se de todos os reinos do mundo. Todas essas tentações Jesus superou graças à oração.
Quem conhece a Palavra de Deus e vive a oração, jamais se desvia do caminho certo. A oração complementada pela ação, por gestos concretos, com obras, abre os olhos e nos faz entender o Plano de Amor de Deus Pai. As obras nos levam à conversão. E o coração convertido encontra na Eucaristia a força necessária para viver a fé e vencer toda e qualquer tentação.
(fonte: www.miliciadaimaculada.org.br - autor: Jorge Lorente
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Formações
40 dias de reflexão
Vivemos no mundo, mas sem seguir suas orientações
Em um mundo dessacralizado, distante da prática religiosa, percebe-se a influência dos tempos litúrgicos. Embora deformados, o Natal, a Páscoa e outras festividades têm ressonância no ambiente humano. Ainda que seja débil sua repercussão na consciência dos indivíduos, devem ser utilizadas em favor dos objetivos de evangelização, que é levar aos homens a Mensagem de Cristo.
As semanas que antecedem as comemorações da Morte e Ressurreição do Salvador, denominadas “tempo quaresmal”, nos proporcionam ricos ensinamentos, farta e bela semeadura, capaz de, uma vez aproveitada, produzir abundantes frutos espirituais.
Recordam outra “quaresma”, os quarenta dias de Jesus no deserto, preparando-se para sua missão salvífica. Ensina-nos o evangelista Marcos (1, 12-13): “E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás e vivia entre as feras e os anjos o serviam”. E Lucas (4, 1-13) completa a descrição mostrando a vitória de Jesus sobre as tentações. Esse fato é revivido pela Igreja a cada ano e isso ocorre, entre outros motivos, pela sua própria natureza. Diz o Vaticano II em “Lumen Gentium” nº8: “A Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação”. Queremos uma Igreja sem mancha nem rugas, embora composta de homens. Isso somente será possível através de uma verdadeira conversão. Exatamente é este o alvo do tempo litúrgico da quaresma.
São seis semanas de preparação para a Páscoa. Ela une profundamente cristãos e judeus. A mesma Sagrada Escritura serve de elemento constitutivo para uns e outros. A diferença é que nós celebramos o que já aconteceu – a vinda do Messias esperado – e vivemos na esperança da vida definitiva no paraíso; os israelitas, na expectativa do Salvador prometido ou o Reino de Deus.
Uma eficaz e condigna celebração da Páscoa se obtém, sobretudo, pela lembrança das exigências do Batismo, a frequência em ouvir a Palavra de Deus, a oração, o jejum e a esmola. A penitência é uma característica desta época. Lamentavelmente, hoje em dia, os cristãos, arrefecidos em sua Fé, esquecem-se desses compromissos.
O Concílio Ecumênico, na Constituição “Sacrosanctum Concilium”, adverte: “A penitência no tempo quaresmal não seja somente interna e individual, mas também externa e social” (nº110). São recomendados também “os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitência, as privações voluntárias, como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras caritativas e missionárias)” (Catecismo da Igreja Católica, nº1438).
Esse quadro nos indica o caminho da perfeição, que passa pela Cruz. E lembra o dever da santidade, que, para ser cumprido, exige o esforço. Em consequência, a ascese e a mortificação, fazem parte do plano de Deus a respeito de seus filhos.
O quinto mandamento da Igreja prescreve o jejum e a abstinência. Eles são um meio de dominar os instintos e adquirir a liberdade de coração. Estão presentes também no Código de Direito Canônico (cc 1249 a 1253). O primeiro começa: “Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência”. E no seguinte: “Os dias e tempos penitenciais em toda a Igreja são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma”. No Brasil, a abstinência das sextas-feiras – exceto na Semana Santa – pode ser comutada por “outras formas de penitência, principalmente obras de caridade e exercícios de piedade”.
Este período do ano litúrgico coloca diante de nossos olhos, como imperativo da vida cristã, a conversão – através da penitência. Ora, nós respiramos uma atmosfera visceralmente contrária. Tudo em torno de nós sugere o prazer sem limites, isento de compromisso, um comportamento à margem das exigências oriundas das determinações do Evangelho. Essa maneira de ser penetrou os umbrais sagrados. Assim, pouco se fala do pecado, dos deveres que são substituídos por direitos sem barreiras, de um Cristo despojado de seus ensinamentos, que constrangem a sede ilimitada de liberdade sem peias.
Esta época litúrgica tem muita semelhança com o apelo dos profetas à conversão, e esta, a partir do coração. Tanto é assim que usamos os textos do Antigo Testamento na escuta da Palavra de Deus, dirigida a cada um dos fiéis em nossos dias.
O apelo de Pedro deve repercutir em nossos ouvidos: “Salvai-vos, dizia ele, dessa geração perversa” (Atos 2,40). Vivemos no mundo, mas sem seguir suas orientações. O cristão será sempre alguém que “rema contra a corrente”. Quando encontramos um pregador ou um agente pastoral que teme ensinar a mesma Doutrina de Jesus Cristo ou prefere amenizá-la para não afastar os fiéis, sabemos que não são verdadeiros pastores.
A Quaresma é um tempo propício à reflexão cristã, a uma conversão do coração, a uma prática de penitência, tão distanciada de uma mentalidade moderna à margem do Evangelho, mas que penetrou até nas fileiras dos seguidores de Cristo.
Vivendo os ensinamentos da Igreja neste tempo litúrgico, nos dispomos a receber as graças da Páscoa da Ressurreição.
Dom Eugênio Sales
Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro
Fonte: Site da Arquidiocese do Rio de Janeiro
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DEZ SÍMBOLOS DA QUARESMA
A quaresma começa, precisamente, com um símbolo bem conhecido e consolidado: a Cinza, que nos lembra a condição efêmera da vida e seu destino de eternidade em Deus. A Cinza de cada ano, recorda também a árvore da Cruz Ressuscitada da Vigília Pascal do ano anterior.
As semanas que antecedem as comemorações da Morte e Ressurreição do Salvador, denominadas “tempo quaresmal”, nos proporcionam ricos ensinamentos, farta e bela semeadura, capaz de, uma vez aproveitada, produzir abundantes frutos espirituais.
Recordam outra “quaresma”, os quarenta dias de Jesus no deserto, preparando-se para sua missão salvífica. Ensina-nos o evangelista Marcos (1, 12-13): “E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás e vivia entre as feras e os anjos o serviam”. E Lucas (4, 1-13) completa a descrição mostrando a vitória de Jesus sobre as tentações. Esse fato é revivido pela Igreja a cada ano e isso ocorre, entre outros motivos, pela sua própria natureza. Diz o Vaticano II em “Lumen Gentium” nº8: “A Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação”. Queremos uma Igreja sem mancha nem rugas, embora composta de homens. Isso somente será possível através de uma verdadeira conversão. Exatamente é este o alvo do tempo litúrgico da quaresma.
São seis semanas de preparação para a Páscoa. Ela une profundamente cristãos e judeus. A mesma Sagrada Escritura serve de elemento constitutivo para uns e outros. A diferença é que nós celebramos o que já aconteceu – a vinda do Messias esperado – e vivemos na esperança da vida definitiva no paraíso; os israelitas, na expectativa do Salvador prometido ou o Reino de Deus.
Uma eficaz e condigna celebração da Páscoa se obtém, sobretudo, pela lembrança das exigências do Batismo, a frequência em ouvir a Palavra de Deus, a oração, o jejum e a esmola. A penitência é uma característica desta época. Lamentavelmente, hoje em dia, os cristãos, arrefecidos em sua Fé, esquecem-se desses compromissos.
O Concílio Ecumênico, na Constituição “Sacrosanctum Concilium”, adverte: “A penitência no tempo quaresmal não seja somente interna e individual, mas também externa e social” (nº110). São recomendados também “os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitência, as privações voluntárias, como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras caritativas e missionárias)” (Catecismo da Igreja Católica, nº1438).
Esse quadro nos indica o caminho da perfeição, que passa pela Cruz. E lembra o dever da santidade, que, para ser cumprido, exige o esforço. Em consequência, a ascese e a mortificação, fazem parte do plano de Deus a respeito de seus filhos.
O quinto mandamento da Igreja prescreve o jejum e a abstinência. Eles são um meio de dominar os instintos e adquirir a liberdade de coração. Estão presentes também no Código de Direito Canônico (cc 1249 a 1253). O primeiro começa: “Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência”. E no seguinte: “Os dias e tempos penitenciais em toda a Igreja são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma”. No Brasil, a abstinência das sextas-feiras – exceto na Semana Santa – pode ser comutada por “outras formas de penitência, principalmente obras de caridade e exercícios de piedade”.
Este período do ano litúrgico coloca diante de nossos olhos, como imperativo da vida cristã, a conversão – através da penitência. Ora, nós respiramos uma atmosfera visceralmente contrária. Tudo em torno de nós sugere o prazer sem limites, isento de compromisso, um comportamento à margem das exigências oriundas das determinações do Evangelho. Essa maneira de ser penetrou os umbrais sagrados. Assim, pouco se fala do pecado, dos deveres que são substituídos por direitos sem barreiras, de um Cristo despojado de seus ensinamentos, que constrangem a sede ilimitada de liberdade sem peias.
Esta época litúrgica tem muita semelhança com o apelo dos profetas à conversão, e esta, a partir do coração. Tanto é assim que usamos os textos do Antigo Testamento na escuta da Palavra de Deus, dirigida a cada um dos fiéis em nossos dias.
O apelo de Pedro deve repercutir em nossos ouvidos: “Salvai-vos, dizia ele, dessa geração perversa” (Atos 2,40). Vivemos no mundo, mas sem seguir suas orientações. O cristão será sempre alguém que “rema contra a corrente”. Quando encontramos um pregador ou um agente pastoral que teme ensinar a mesma Doutrina de Jesus Cristo ou prefere amenizá-la para não afastar os fiéis, sabemos que não são verdadeiros pastores.
A Quaresma é um tempo propício à reflexão cristã, a uma conversão do coração, a uma prática de penitência, tão distanciada de uma mentalidade moderna à margem do Evangelho, mas que penetrou até nas fileiras dos seguidores de Cristo.
Vivendo os ensinamentos da Igreja neste tempo litúrgico, nos dispomos a receber as graças da Páscoa da Ressurreição.
Dom Eugênio Sales
Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro
Fonte: Site da Arquidiocese do Rio de Janeiro
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Simbolos da Quaresma
DEZ SÍMBOLOS DA QUARESMA
1.- A quaresma é DESERTO. É aridez, solidão, jejum, austeridade, rigor, esforço, penitência, perigo, tentação.
2.- A quaresma é PERDÃO. As histórias bíblicas de Jonas e de Nínive e a parábola do filho pródigo são exemplos dele.
3.- A quaresma é ENCONTRO, é abraço de reconciliação como na parábola do filho pródigo ou na conversão de Zaqueu ou no diálogo de Jesus Cristo com a mulher adúltera.
4.- A quaresma é LUZ, como se põe em evidência, por exemplo, no evangelho do cego de nascimento. É a passagem das trevas para a luz. Jesus Cristo é a luz do mundo.
5.- A quaresma é SAÚDE, símbolo manifestado nos textos como na cura do paralítico ou do filho do centurião.
6.- A quaresma é AGUA. É a passagem da sede de nossa insatisfação para a água viva, a água de Moisés ao povo de Israel no deserto ou de Jesus à mulher samaritana.
7.- A quaresma é superação vitoriosa das provas e dificuldades. É LIBERTAÇÃO, TRIUNFO. Algumas figuras bíblicas, que sofrem graves perigos e vencem na prova, são José filho de Jacó, a casta Suzana, Ester, o profeta Jeremias e, sobretudo, Jesus, tentado e transfigurado.
8.- A quaresma é CRUZ. Sinal e presença permanente durante toda a quaresma. Prefigurada no Antigo Testamento e manifestada com o exemplo de Jesus Cristo e com seu convite de carregá-la como condição para o seguimento.
9.- A quaresma é TRANSFIGURAÇÃO. É a luz definitiva do caminho quaresmal, preanunciada e vivida na cena da transfiguração de Jesus. Pela cruz para a luz".
10.- A quaresma é o esforço para retirar o fermento velho e incorporar a FERMENTAÇÃO NOVA DA PÁSCOA RESSUSCITADA E RESSUSCITADORA, agora e para sempre.
Pe. Antônio G. Dalla Costa, CS___________
Uma "Santa Quaresma" e uma "Semana abençoada"para todos nós!
Lusmar Paz
Aracoiaba - CE.
Lusmar Paz
Aracoiaba - CE.
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