Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



sábado, 10 de dezembro de 2011


 

Amanhã, dia 14/12, quarta-feira, teremos “reunião e formação” às 19h na Igreja Matriz.
Sua presença nos anima na fé e na caminhada da Igreja! Valeu! Até lá!

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Como celebrar o Natal ?
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Celebremos o Natal percebendo-o como um tempo de aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus.
No dia 25 de dezembro celebramos a Festa do Natal, que nos recorda o nascimento de Jesus. Os dias que antecedem o 25 de dezembro são dias marcados por manifestações diversas e, através dos cartões, telefonemas, e-mail ou visitas, as pessoas expressam seus votos de Feliz Natal!
Nesses dias, de um lado, somos bombardeados pelas propagandas veiculadas na mídia (Rádio e TV), incitando a população a ir às compras, conseguindo assim criar um espírito consumista, lembrando que para muitos essa é uma época do ano oportuna para negócios.
O aspecto meramente comercial e econômico prevalece nas lojas de shopping nas grandes cidades e em todas as vitrines, com as mais variadas ofertas e possibilidades de compras.
E assim algumas pessoas vão celebrando os seus natais, enfatizando os aspectos exteriores e comerciais da festa, aproveitando da data para a exacerbação das vaidades e do esbanjamento.
Porém, há uma outra maneira de se celebrar o Natal, cuja preocupação é a de resgatar seu verdadeiro sentido. Aqui a Igreja exerce papel preponderante, passando pêlos meandros da liturgia.
E inegável que nós cristãos também acabamos entrando um pouco no esquema proposto pela sociedade consumista. O Natal no Brasil pouco difere de outros países: reúne-se a família, trocam-se presentes junto à árvore de natal, arma-se o presépio, acontece o amigo secreto, sentamo-nos ao redor da mesa para a ceia após a missa da noite do dia 24 de dezembro.
Mas, no Brasil, por conta de tanta miséria, muitos brasileiros não sabem o que é natal, enquanto troca de presentes, comida e bebida.
Faz a diferença quem celebra o Natal colocando o espírito cristão, não se deixando enganar, mas celebrando verdadeiramente o Natal com a certeza de que no coração do Natal está Jesus. Celebremos o Natal, recordando o nascimento de Jesus, e "Jesus não é uma tradição anual, não é um mito, não é uma fábula. Jesus é parte verdadeira da nossa história humana.
O sentido teológico da vinda de Cristo não destrói por si só a moldura festiva e a poesia do natal, mas a redimensiona e a coloca em seu justo contexto:Jesus que nasce é a Palavra de Deus que se faz carne"(cf. Missal Dominical, pág. 80).
Celebremos o Natal percebendo-o como um tempo de aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus; como tempo de reconciliação, quando devemos afastar de nós o ódio, o rancor, o ressentimento e a inveja; tempo de recuperar os princípios da vida cristã, refletindo o verdadeiro significado do natal, sempre muito evocado, porém pouco meditado; tempo de compreender que Deus armou sua tenda entre nós; o céu desceu à terra. Por amor do Pai fomos contemplados com o maior presente: Jesus na gruta de Belém.
Natal é tempo de chegar até os irmãos e irmãs, amigos e amigas, para simplesmente dizer-lhes, tendo Cristo no coração: Feliz Natal!
Pe. Ademir Gonçalves, C.Ss.R.
Fonte: Revista de Aparecida
(origem do artigo: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/natal/08.htm)   

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O MENINO JESUS E O PAPAI NOEL

Leiam com atenção amigos(as)!

Papai Noel, nossas crianças precisam de símbolos, de histórias, do “faz-de-conta”, além de contos de fada, etc. Você, Papai Noel, veio do norte europeu, tinha o nome de São Nicolau, andava distribuindo presentes. Todavia você sabe que as coisas mudaram, na verdade, no passado você representou o Pai que nos deu seu Filho. Precisamos da paternidade.

Hoje, Papai Noel, você não representa mais nada disso. Sei que esta conversa não vai lhe agradar e, por isso, peço desculpas já antecipadamente. Sim, no Natal, o centro é uma criança pobre, humilde, sem teto, desalojada, na periferia, cheirando esterco. “Um Menino nos foi dado” (Is 9,5). O aniversariante, o dono da festa é Jesus nascido em Belém, “cidade do pão”, ou seja, da partilha, da solidariedade.

Você, Papai Noel, veio do comércio, do mercado, é um marqueteiro do consumismo, um sedutor de crianças, porta-voz das vitrines e compras. Ninguém, Papai Noel, é contra a festa, os presentes, a alegria. Mas nossas crianças acabam esquecendo o Menino que colocou a criança no centro de seu reino. Elas, hoje, são fascinadas pelo consumismo e com voracidade viverão seu futuro como escravas da moda, das compras e do desperdício. Jesus foi desalojado e as lojas endeusadas. Desde aquele tempo até hoje, Deus foi despejado, excluído, abandonado: “Não havia lugar para eles.” (Lc 2,7)

Que pena! Muita gente não acredita mais em nada, nem no Menino e muito menos em você, Papai Noel. Nosso Natal cristão virou feriadão. Apagam-se as luzes da fé e acendem-se as do comércio. O Velho matou o Menino. É verdade que temos gestos lindos de solidariedade, encontros familiares, celebrações litúrgicas. Eis o Natal com Jesus, com o aniversariante, com Maria, José, os anjos, os pastores, os magos. Estes últimos abandonaram suas riquezas, horóscopos e adoraram Jesus. Encontraram o verdadeiro caminho: o Menino e sua Mãe.

Papai Noel, você não precisa desaparecer. Mas precisa mudar. Reconhecemos que você faz gestos humanitários nos hospitais, nas fábricas, etc. Faça como o velho Simeão no templo e ajude-nos a dar o Menino Jesus para as crianças. Que o Menino seja conhecido, amado e seguido. Natal é a historia de uma gravidez não abortada, é uma festa de fé, esperança e amor que todos os domingos é celebrada na liturgia.

Natal é festa da encarnação, da salvação, da partilha, da solidariedade. Nasceu o Príncipe da Paz. Seu trono é fundado na justiça e no direito. O Menino de Belém, com Maria e José, abençoem e nos confirmem no verdadeiro espírito de Natal. Com hinos de glória a Deus nas alturas e com gestos de paz, nos tornaremos mais humanos, alegres, verdadeiros, sensíveis, solícitos e bons. Depois que Jesus veio não podemos viver num mundo sem Jesus e numa sociedade pós-humana. Vamos renascer neste Natal, recuperar o que foi perdido e reencantar-nos pelo Menino.


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Papa explica como não se distrair com consumismo no Natal

(Canção Nova)


O Papa fez a recitação do Angelus aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, entre eles, crianças com suas imagens do Menino Jesus
Neste tempo de Natal, tudo a nossa volta propõe uma uma mensagem de natureza comercial, mas o cristão é convidado a viver o Advento sem deixar-se distrair pelas luzes, mas sabendo dar o valor correto às coisas, fixando seu olhar interior sob Cristo. "Se, de fato, perseveramos 'vigiantes na oração e exultantes na glória' os nossos olhos serão capazes de reconhecer Nele a verdadeira luz do mundo, que vem clarear as nossas trevas”, salientou o Papa Bento XVI na recitação do Angelus desse domingo, 11.

Depois de visitar a paróquia Santa Maria das Graças, na zona norte de Roma (Itália), falou  aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

“A vigília de coração, que o cristão é chamado a exercitar sempre, na vida de todos os dias, caracteriza de modo particular este tempo no qual nos preparamos com alegria para o mistério do Natal”, explicou o Santo Padre.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Angelus de Bento XVI deste domingo 11/12/2011


O Pontífice ressaltou que a verdadeira alegria não é fruto do divertimento que deixa de lado os deveres da vida e as responsabilidades. A verdadeira alegria está ligada a algo mais profundo.  Claro que em meio ao cotidiano, muitas vezes vivido num ritmo frenético, é importante encontrar espaço para um tempo de descanso, para distração, mas a alegria verdadeira está ligada a um relacionamento com Deus.

“Quem encontrou Cristo na própria vida experimenta no coração uma serenidade e uma alegria que ninguém e nenhuma situação pode tirar”, enfatizou.

O Papa lembrou das palavras de Santo Agostinho que expressou isso muito bem essa busca pela verdade, pela paz e pela alegria. Depois de ter buscado em vão em muitas coisas, Santo Agostinho conclui que o coração do homem é inquieto, não encontra serenidade e paz até que repousa em Deus.

“A verdadeira alegria não é simplesmente um estado de animo passageiro, nem qualquer coisa que se consegue com os próprios esforços, mas é um dom, nasce do encontro com a pessoa vinda de Jesus, ao dar espaço a Ele em nós, ao acolher o Espírito Santo que guia nossa vida”, afirma.


Natal do Menino Jesus
Entre os peregrinos estavam as crianças do Centro Oradores Romanos trazendo suas imagens do Menino Jesus para receber a benção do Papa. Depois da recitação do Angelus, o Papa saudou-as dizendo: “Queridas crianças, quando rezarem diante do vosso presépio, lembrem-se de mim, como eu me recordo de vocês. Agradeço-vos e bom natal!”

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Natal não é feito só de presentes, salienta Bento XVI

Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano (Tradução: equipe CN Notícias)


Montagem sobre fotos / Reuters e AP
Bento XVI visitou neste domingo a paróquia Santa Maria das Graças, na zona norte de Roma

O Papa Bento XVI visitou neste domingo, 11, a paróquia de Santa Maria das Graças, na cidade de Roma (Itália). Antes de entrar na igreja, o Papa saudou as crianças recordando que o Natal se aproxima e que é preciso não só comprar presentes, mas preparar o coração. “Pensemos que Cristo, o Senhor, está próximo de nós, entra em nossa vida e nos dá luz e alegria”, disse o Papa..


Em sua homilia sobre a profecia de Isaías, o Pontífice destacou que estas palavras, embora tenham sido pronunciadas anos atrás, dizem muito sobre a espera do Advento e a solenidade do Natal, reanimam a esperança e preparam todos para receber a salvação do Senhor, anunciando a chegada de um tempo de graça e liberdade.


“O Advento é precisamente um tempo de espera, de esperança e de preparação para a visita do Senhor”, disse o Santo Padre, recordando também a figura de São João Batista, o profeta que anunciava pelo deserto a vinda de Cristo.


Também hoje, no deserto das grandes cidades deste mundo, onde as pessoas sentem a ausência de Deus, é necessário vozes que O anunciem. Deus está sempre próximo, destacou o Pontífice, mesmo que pareça distante. Esta voz no deserto é a testemunha da luz que toca o coração em meio a um mundo escuro, todos são chamados a ser testemunha da Luz.


“Esta é missão do tempo do Advento: ser testemunha da Luz e podemos assim ser somente se levamos essa Luz conosco, não só se somos seguros que esta Luz existe, mas se vimos um pouco desta Luz”, enfatiza o Santo Padre.




Adoração Eucarística


O Papa salientou a importância da adoração Eucarística que ajuda no crescimento espiritual a nível pessoal e comunitário. Ele ressaltou que a Santa Missa deve ser a coisa mais importante do domingo, pois é o dia do Senhor e da comunidade, um dia para dar graças a Deus e celebrar Aquele que nasceu, morreu e ressuscitou para a salvação da humanidade.


“Não percam o sentido do Domingo e sejam fiéis ao encontro eucarístico. Os primeiros cristãos estavam prontos a dar a própria vida para isso!”, destacou.




Testemunhas da caridade e do amor de Deus


Bento XVI reforçou ainda um outro ponto: o testemunho da caridade que deve caracterizar a vida em comunidade. A ajuda aos necessitados e as pessoas em dificuldade material e espiritual é o maior testemunho dos fiéis. “Façam de maneira que a nossa comunidade expresse concretamente o amor de Deus rico em misericórdia e convidem a todos a aproximarem-se Dele com confiança”.


A paróquia Santa Maria das Graças é caracterizadas pela presença de famílias jovens e imigrantes, especialmente filipinos. Aos jovens, o Papa disse que o hoje e o amanhã, a história e o futuro da fé, são confiados de modo especial a ele, a essa nova geração. A Igreja, afirmou o Santo Padre, espera muito do entusiasmo dos jovens, da capacidade deles de olhar a diante, do animo deles pelo grande ideais, do desejo pela radicalidade nas escolhas da vida. Para Bento XVI, na paróquia, os jovens devem ser acompanhados e encorajados.




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Tags: Bento XVI natal compras Consumo Eucaristia Santa Missa noticias cancaonova Canção Nova



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Natal: tempo de presépios


Tempo rico em gestos de fraternidade e convites de solidariedade


Certos sinais são importantes para fecundar o sentido que sustenta a vida. Vivemos um tempo especial. O Natal é rico em sinais, com uma força que vem da beleza, dos gestos de fraternidade e dos convites para compromissos de solidariedade. De novo, neste tempo, as praças atrairão multidões pela singularidade de sua ornamentação, com iluminações criativas, muita gente, novidades, festa.


As casas também são enfeitadas. Lojas e shopping centers recebem especial tratamento de beleza. Papai Noel ganha um destaque fora do comum, um realce que merece preocupação. O que acontece quando crianças entendem o Natal apenas como tempo de Papai Noel? O perigo se manifesta quando o sentido dessa figura [Papai Noel] se reduz ao interesse de ganhar um presente.

O sonho de ser presenteado pelo velhinho encantado é também um sinal que possui força de evocações. Mas esse sinal terno do Papai Noel não remete, pelo menos de forma mais direta, às raízes do sentido do Natal. Mais importante que entender que é tempo de ganhar presente, até com riscos de alimentar alguma mesquinhez, o que vale é aprender a lição de que o bom velhinho nasceu da tradição narrada a respeito de São Nicolau, bispo de Mira, na Lícia, hoje parte da Turquia.

O destinatário mais importante dos presentes era o mais pobre, aquele que também tinha o direito de experimentar alegrias, nascidas de gestos de solidariedade. Pode-se imaginar a revolução de valores que viveríamos caso fosse resgatado esse entendimento de Papai Noel. O Natal não seria tempo de se receber presentes, mas de oferecer e repartir mais. Nesta direção está o horizonte largo e de inesgotável riqueza presente no sinal mais importante deste tempo: o presépio.

As lições do presépio, entendidas e praticadas, ajudam a livrar, homens e mulheres, dos caminhos que estão desfigurando a sociedade. São ensinamentos que precisam ser resgatados nas praças, nas igrejas, nas casas e em todo lugar. A tradição dos presépios nasce em 1223, quando, depois da aprovação da Regra dos Frades Menores, São Francisco de Assis foi para o eremitério de Greccio (Itália), com o propósito de ali celebrar o Natal do Senhor. O santo italiano disse a alguém que queria ver, com os olhos do corpo, como o Menino Jesus, escolhendo a humilhação, foi deitado numa manjedoura. Assim, entre o boi e o jumento, foi celebrada a Santa Missa de Natal, ainda sem estátuas e pinturas. Esse acontecimento foi a inspiração para, mais tarde, o Natal ser representado por meio do presépio, que simboliza a Encarnação de Jesus Cristo, o Verbo de Deus. A retratação do amor misericordioso de Deus na Encarnação do Filho Amado, o Redentor, no presépio, faz desta arte, nas mais diversas modalidades e com a inteligência de criatividades interpelantes, um ensinamento da mais alta importância. O presépio se torna assim um patrimônio da cultura e da fé popular. Esta retratação remete, pois, ao núcleo mais genuíno do sentido autêntico do Natal. O presépio, pela arte e pela beleza, mesmo pela simplicidade e pobreza, tem força para propagar o Evangelho com um entusiasmo singular, capaz de atrair toda atenção para Jesus, a Pessoa que é a razão insubstituível das festas natalinas.

A arte do presépio, de miniaturas a imagens em tamanho normal, com a riqueza dos personagens, da singeleza nobre das figuras de José e Maria venerando o Menino Deus, pode e deve tocar os corações. A celebração do Natal se torna consequentemente uma festa da interioridade sem eliminar, absolutamente, o que luzes, sons e enfeites significam na beleza amorosa deste tempo. Não se pode abrir mão do presépio, sinal que remete a Cristo.

Jesus deve ser e estar no centro do Natal, sem prescindir de tantas outras coisas que compõem e dão graça especial a este tempo. Vale recuperar e investir na armação de presépios, nas casas, nas igrejas e nos lugares públicos. Uma oportunidade para os pais exercerem a catequese dos filhos, reavivando no próprio coração as lições insubstituíveis aprendidas com Cristo. Assim, o tempo do Natal, respeitando seu genuíno sentido, torna-se época especial de aproximação. Passa-se a viver um encontro que transforma corações e superam-se descompassos como a corrupção e a mesquinhez de ter só para si. O presépio ajuda a dar estatura a quem só tem tamanho, fazendo brotar a sabedoria emoldurada por serenidade, um presente para quem contempla esse sinal e aprende o sentido de sua lição.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo 
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

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A doutrina católica do Papado está baseada na Bíblia e é derivada da evidente primazia de São Pedro entre os Apóstolos de Cristo. Como todas as doutrinas cristãs, esta também experimentou um desenvolvimento através dos séculos, mas não perdeu seus componentes essenciais que já existiam na liderança e prerrogativas de São Pedro. Tudo isto foi dado a ele pelo próprioo Senhor Jesus Cristo, como reconheceram seus contemporâneos e foi aceito pela Igreja primitiva. Os dados bíblicos petrinos são evidentes e convincentes pela virtude de seu peso cumulativo. Tal peso é especialmente claro conforme vemos nos comentários bíblicos; seguem-se, assim, as evidências da Sagrada Escritura:
1. Mt 16,18: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela”.
A pedra (“petra”, em grego) aqui se refere ao próprio São Pedro e não à sua fé ou a Jesus Cristo. Cristo aparece aqui não como o fundamento, mas como o arquiteto que “edifica”. A Igreja é edificada não sobre confissões, mas sobre confessores – homens vivos (v., p.ex., 1Pd 2,5). Hoje, o consenso comum da grande maioria dos pesquisadores e comentaristas bíblicos favorece esta dedução católica tradicional. Aqui diz-se que São Pedro é a pedra-fundamental da Igreja, tornando-o cabeça e chefe da família de Deus (isto é, a semente da doutrina do papado). Além disso, “pedra” expressa uma metáfora aplicada a ele por Cristo em um sentido análogo ao do Messias sofredor e desprezado (1Pd 2,4-8; cf. Mt 21,42). Sem um fundamento sólido qualquer casa desaba. São Pedro é o fundamento, mas não o fundador da Igreja; é o administrador, mas não o Senhor da Igreja. O Bom Pastor (Jo 10,11) nos dá outros bons pastores (Ef 4,11).
2. Mt 16,19: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus…”
O “poder das chaves” expressa a autoridade administrativa e disciplina eclesiástica com relação às necessidades da fé, como em Is 22,22 (cf. Is 9,6; Jó 12,14; Ap 3,7). É deste poder que surge o uso de censuras, excomunhão, absolvição, disciplina batismal, imposição de penas e poderes legislativos. No Antigo Testamento, o comissário ou primeiro-ministro era aquele homem que estava acima da assembléia (Gn 41,40; 43,19; 44,4; 1Rs 4,6; 16,9; 18,3; 2Rs 10,5; 15,5; 18,18; Is 22,15.20-21).
3. Mt 16,19: “…e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado no céu”.
“Ligar” e “desligar” são termos técnicos usados pelos rabinos e que têm o significado de “permitir” e “proibir” com relação à interpretação da lei e, secundariamente, “condenar”, “desproibir” ou “liberar”. Assim, a São Pedro e aos papas é dada a autoridade para determinar as regras de doutrina e vida, por virtude da revelação e orientado pelo Espírito Santo (Jo 16,13), e para exigir obediência por parte da Igreja. “Ligar” e “desligar” representam os poderes legislativo e judicial do papa e dos bispos (Mt 18,17-18; Jo 20,23). Porém, São Pedro foi o único apóstolo que recebeu nominal e singularmente estes poderes, tornando-o preeminente.
4. O nome de Pedro aparece em primeiro lugar em todas as listas que enumeram os apóstolos (Mt 10,2; Mc 3,16; Lc 6,14; At 1,13). Mateus até o chama de “o primeiro” (Mt 10,2). Já Judas Iscariotes é invariavelmente mencionado por último.
5. Pedro é quase sempre mencionado em primeiro, mesmo quando aparece ao lado de outros. A (única) exceção está em Gl 2,9, onde ele (“Cefas”) é listado após Tiago e João, mas, mesmo assim, o contexto coloca-o em preeminência (ex.: Gl 1,18-19; 2,7-8).
6. Pedro é o único entre os Apóstolos que recebe um novo nome, Pedra, solenemente conferido (Jo 1,42; Mt 16,18).
7. Da mesma forma, Pedro é estimado por Jesus como o Pastor chefe, logo após Ele (Jo 21,15-17), de forma especial pelo nome, e sobre a Igreja universal, apesar dos demais apóstolos terem uma função similar mas subordinada (At 20,28; 1Pd 5,2).
8. Pedro é o único apóstolo mencionado pelo nome quando Jesus Cristo orou para que “a sua fé (=Pedro) não desfalecesse” (Lc 22,32).
9. Pedro é o único apóstolo a ser exortado por Jesus para que “confirmasse os seus irmãos” (Lc 22,32).
10. Pedro foi o primeiro a confessar a divindade de Cristo (Mt 16,16).
11. Apenas de Pedro diz-se que recebeu conhecimento divino através de uma revelação especial (Mt 16,17).
12. Pedro é respeitado pelos judeus (At 4,1-13) como líder e porta-voz dos cristãos.
13. Pedro é respeitado pelas pessoas comuns da mesma maneira (At 2,37-41; 5,15).
14. Jesus Cristo associa-se a Pedro no milagre da obtenção de dinheiro para o pagamento do tributo (Mt 17,24-27).
15. Cristo ensina as multidões de cima do barco de Pedro e o milagre que se segue, apanhando peixes no lago de Genesaré (Lc 5,1-11), podem ser interpretados como um metáfora do papa como “pescador de homens” (cf. Mt 4,19).
16. Pedro foi o primeiro apóstolo a correr e entrar no túmulo vazio de Jesus (Lc 24,12; Jo 20,6).
17. Pedro é rfeconhecido pelo anjo como o líder e representante dos apóstolos (Mc 16,7).
18. Pedro lidera a pescaria dos apóstolos (Jo 21,2-3.11). O “barco” de Pedro tem sido respeitado pelos católicos como uma figura da Igreja, com Pedro no leme.
19. Apenas Pedro se lança e anda sobre o mar para encontrar Jesus (Jo 21,7).
20. As palavras de Pedro são as primeiras a serem registradas, bem como são as mais importantes, no discurso anterior ao Pentecostes (At 1,15-22).
21. Pedro toma a liderança na escolha do substituto para o lugar de Judas Iscariotes (At 1,22).
22. Pedro é a primeira pessoa a falar (e a única a ser registrada) após ao Pentecostes, tendo sido ele, portanto, o primeiro cristão a “pregar o Evangelho” na Era da Igreja (At 2,14-36).
23. Pedro realiza o primeiro milagre da Era da Igreja, curando um aleijado (At 3,6-12).
24. Pedro lança a primeira excomunhão (anátema sobre Ananias e Safira) enfaticamente confirmada por Deus (At 5,2-11)!
25. Até a sombra de Pedro realiza milagres (At 5,15).
26. Pedro é a primeira pessoa após Cristo a ressuscitar um morto (At 9,40).
27. Cornélio é orientado por um anjo a procurar Pedro para ser instruído no cristianismo (At 10,1-6).
28. Pedro é o primeiro a receber os gentios após receber uma revelação de Deus (At 10,9-48).
29. Pedro instrui os outros apóstolos sobre a catolicidade (universalidade) da Igreja (At 11,5-17).
30. Pedro é o objeto da primeira mediação divina na Era da Igreja (um anjo o liberta da prisão – At 12,1-17).
31. Toda a Igreja (fortemente indicado) oferece “fervorosa oração” para Pedro enquanto se encontra preso (At 12,5).
32. Pedro preside e abre o primeiro Concílio da Cristandade, e estabelece princípios que serão posteriormente aceitos (At 15,7-11).
33. Paulo distingüe as aparições do Senhor (após sua ressurreição) a Pedro daquelas que se manifestaram aos demais apóstolos (1Cor 15,4-8). Os dois discípulos no caminho de Emaús fazem a mesma distinção (Lc 24,34), nesse momento mencionando apenas Pedro (“Simão”) , ainda tendo eles mesmos visto a Jesus ressuscitado momentos antes (Lc 24,31-32).
34. Muitas vezes Pedro é distinto dos demais apóstolos (Mc 1,36; Lc 9,28.32; At. 2,37; 5,29; 1Cor 9,5).
35. Pedro é sempre o porta-voz dos demais apóstolos, especialmente durante os momentos decisivos (Mc 8,29; Mt 18,21; Lc 9,5; 12,41; Jo 6,67ss).
36. O nome de Pedro é sempre listado em primeiro no “círculo íntimo” dos discípulos (Pedro, Tiago e João – Mt 17,1; 26,37.40; Mc 5,37; 14,37).
37. Pedro é muitas vezes a figura central em relação a Jesus, nas cenas dramáticas tal como o fato de andar sobre a água (Mt 14,28-32; Lc 5,1ss; Mc 10,28; Mt 17,24ss).
38. Pedro é o primeiro a reconhecer e refutar a heresia de Simão Mago (At 8,14-24).
39. O nome de Pedro é mencionado muitas mais vezes do que os nomes dos demais discípulos em conjunto: 191 vezes (162 como Pedro ou Simão Pedro; 23 como Simão; e 6 como Cefas). Em freqüência, João aparece em segundo lugar com apenas 48 menções, sendo que Pedro está presente em 50% das vezes em que encontramos o nome de João na Bíblia! [...] Todos os demais discípulos em conjunto são mencionados 130 vezes. [...]
40. A proclamação de Pedro no dia de Pentecostes (At 2,14-41) contém uma interpretação autoritária da Escritura, além de uma decisão doutrinária e um decreto disciplinar a respeito dos membros da “Casa de Israel” (At 2,36) – um exemplo de “ligar e desligar”.
41. Pedro foi o primeiro carismático, tendo julgado com autoridade e reconhecendo o dom de línguas como genuíno (At 2,14-21).
42. Pedro foi o primeiro a pregar o arrependimento cristão e o batismo (At 2,38).
43. Pedro (presumivelmente) tomou a liderança no primeiro batismo em massa (At 2,41).
44. Pedro comandou o batismo dos primeiros cristãos gentios (At 10,44-48).
45. Pedro foi o primeiro missionário itinerante e foi o primeiro a exercitar o que chamamos hoje de “visita às igrejas” (At 9,32-38.43). Paulo pregou em Damasco imediatamente após sua conversão (At 9,20), mas não foi para esse lugar com tal objetivo (Deus alterou seus planos). Sua jornada missionária inicia-se em At 13,2.
46. Paulo foi para Jerusalém especificamente para ver Pedro durante 15 dias, no início de seu ministério (Gl 1,18); e foi encarregado por Pedro, Tiago e João (Gl 2,9) a pregar para os gentios.
47. Pedro age (fortemente indicado) como o bispo/pastor chefe da Igreja (1Pd 5,1), exortando todos os outros bispos ou “anciãos”.
48. Pedro interpreta profecia (v. 2Pd 1,16-21).
49. Pedro corrige aqueles que distorcem os escritos de Paulo (2Pd 3,15-16).
50. Pedro escreve sua primeira epístola a partir de Roma, conforme atesta a maioria dos estudiosos, como bispo dessa cidade e como bispo universal (ou papa) da Igreja primitiva. “Babilônia” (1Pd 5,13) é codinome para Roma.
Conclusão: seria impossível acreditar que Deus daria a São Pedro tamanha preeminência na Bíblia se isso não fosse significativo e importante para a história posterior da Igreja, em especial, para o governo da Igreja. O papado é a realização mais completa e plausível a esse respeito. E disso nós temos a certeza…
FONTE: Universo Católico

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