22 de Fevereiro de 2012
Hoje
a Igreja Celebra a Quarta-feira de Cinzas.
Neste dia abrimos o tempo da Quaresma,reservado para a reflexão, a conversão espiritual.
Hoje também iniciamos a Campanha da Fraternidade.
Hoje também iniciamos a Campanha da Fraternidade.
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Quarta-feira de Cinzas
Dia de jejum e abstinência
Hoje a Igreja se reúne para iniciar a caminhada
quaresmal. Quarenta dias nos separam da grande festa da Páscoa. Vamos trilhar o
caminho da conversão proposto pela Quaresma e pela Campanha da Fraternidade,
que nos ajuda a refletir sobre a saúde pública.
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Campanha da Fraternidade - 2012
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil promove este ano, durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade, cuja finalidade principal é vivenciar e assumir a dimensão comunitária e social da Quaresma. A Campanha da Fraternidade ilumina de modo particular os gestos fundamentais desse tempo litúrgico: a oração, o jejum e a esmola.
Neste ano, o tema da Campanha é:
"Fraternidade e saúde pública",
e lema:
"Que a saúde se difunda sobre a terra" (cf.Eclo 38.8)
"Fraternidade e saúde pública",
e lema:
"Que a saúde se difunda sobre a terra" (cf.Eclo 38.8)
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Imposição das Cinzas
O significado das Cinzas
O uso litúrgico das cinzas tem sua origem no Antigo Testamento. As cinzas simbolizam dor, morte e penitência. Por exemplo, no livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre de cinzas quando soube do decreto do Rei Asuer I (Xerxes, 485-464 antes de Cristo) da Pérsia que condenou à morte todos os judeus de seu império. (Est 4,1). Jó (cuja história foi escrita entre os anos VII e V antes de Cristo) mostrou seu arrependimento vestindo-se de saco e cobrindo-se de cinzas (Jó 42,6). Daniel (cerca de 550 antes de Cristo) ao profetizar a captura de Jerusalém pela Babilônia, escreveu: "Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cinza" (Dn 9,3). No século V antes de Cristo, logo depois da pregação de Jonas, o povo de Nínive proclamou um jejum a todos e se vestiram de saco, inclusive o Rei, que além de tudo levantou-se de seu trono e sentou sobre cinzas (Jn 3,5-6). Estes exemplos retirados do Antigo Testamento demonstram a prática estabelecida de utilizar-se cinzas como símbolo (algo que todos compreendiam) de arrependimento.O próprio Jesus fez referência ao uso das cinzas. A respeito daqueles povos que recusavam-se a se arrepender de seus pecados, apesar de terem visto os milagres e escutado a Boa Nova, Nosso Senhor proferiu: "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e as cinzas. (Mt 11,21) A Igreja, desde os primeiros tempos, continuou a prática do uso das cinzas com o mesmo simbolismo. Em seu livro "De Poenitentia" , Tertuliano (160-220 DC), prescreveu que um penitente deveria "viver sem alegria vestido com um tecido de saco rude e coberto de cinzas". O famoso historiador dos primeiros anos da igreja, Eusébio (260-340 DC), relata em seu livro A História da Igreja, como um apóstata de nome Natalis se apresentou vestido de saco e coberto de cinzas diante do Papa Ceferino, para suplicar-lhe perdão. Sabe-se que num determinado momento existiu uma prática que consistia no sacerdote impor as cinzas em todos aqueles que deviam fazer penitência pública. As cinzas eram colocadas quando o penitente saía do Confessionário.
Já no período medieval, por volta do século VIII, aquelas pessoas que estavam para morrer eram deitadas no chão sobre um tecido de saco coberto de cinzas. O sacerdote benzia o moribundo com água benta dizendo-lhe: "Recorda-te que és pó e em pó te converterás". Depois de aspergir o moribundo com a água benta, o sacerdote perguntava: "Estás de acordo com o tecido de saco e as cinzas como testemunho de tua penitência diante do Senhor no dia do Juízo?" O moribundo então respondia: "Sim, estou de acordo". Se podem apreciar em todos esses exemplos que o simbolismo do tecido de saco e das cinzas serviam para representar os sentimentos de aflição e arrependimento, bem como a intenção de se fazer penitência pelos pecados cometidos contra o Senhor e a Sua igreja. Com o passar dos tempos o uso das cinzas foi adotado como sinal do início do tempo da Quaresma; o período de preparação de quarenta dias (excluindo-se os domingos) antes da Páscoa da Ressurreição. O ritual para a Quarta-feira de Cinzas já era parte do Sacramental Gregoriano. As primeiras edições deste sacramental datam do século VII. Na nossa liturgia atual da Quarta-feira de Cinzas, utilizamos cinzas feitas com os ramos de palmas distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos. O sacerdote abençoa as cinzas e as impõe na fronte de cada fiel traçando com essas o Sinal da Cruz. Logo em seguida diz: "Recorda-te que és pó e em pó te converterás" ou então "Arrepende-te e crede no Evangelho".
Devemos nos preparar para o começo da Quaresma compreendendo o significado profundo das cinzas que recebemos. É um tempo para examinar nossas ações atuais e passadas e lamentarmo-nos profundamente por nossos pecados. Só assim poderemos voltar nossos corações genuinamente para Nosso Senhor, que sofreu, morreu e ressuscitou pela nossa salvação. Além do mais esse tempo nos serve para renovar nossas promessas batismais, quando morremos para a vida passada e começamos uma nova vida em Cristo.
Finalmente, conscientes que as coisas desse mundo são passageiras, procuremos viver de agora em diante com a firme esperança no futuro e a plenitude do Céu.
BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS
NO INÍCIO DA QUARESMA
Aceitando que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades fundamentais:
1. Somo criaturas mortais; tomar consciência de nossa fragilidade, de inevitável fim de nossa existência terrestre, nos ajuda a avaliar melhor os rumos que compete dar à nossa vida: "você é pó, e ao pó voltará" (Gn 3, 19). Somo chamado;
2. Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar, agir.
Muitas comunidades sem padre assumiram esse rito significativo como abertura da quaresma anual, realizando-o numa celebração da Palavras.
Veja mais embasamentos bíblicos sobre as cinzas através das seguintes passagens: (Nm 19; Hb 9,13); como sinal de transitoriedade (Gn 18,27; Jó 30,19). Como sinal de luto (2Sm 13,19; Sl 102,10; Ap 19,19). Como sinal de penitência (Dn 9,3; Mt 11,21). Faça uma pesquisa através de todas estas passagens bíblicas, prestando a atenção ao texto e seu contexto, relacionando com a vida pessoal, comunitária, social e com o rito litúrgico da Quarta-feira de cinzas.
OBS: FONTE - MISSAL DOMINICAL, página de 140, © Paulus, 1997
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OBS.: Veja nesta postagem as Leituras, o Salmo, o Evangelho e a Explicação do Evangelho, nesta Quarta-Feira de Cinzas.
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Aceitando que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades fundamentais:
1. Somo criaturas mortais; tomar consciência de nossa fragilidade, de inevitável fim de nossa existência terrestre, nos ajuda a avaliar melhor os rumos que compete dar à nossa vida: "você é pó, e ao pó voltará" (Gn 3, 19). Somo chamado;
2. Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar, agir.
Muitas comunidades sem padre assumiram esse rito significativo como abertura da quaresma anual, realizando-o numa celebração da Palavras.
Veja mais embasamentos bíblicos sobre as cinzas através das seguintes passagens: (Nm 19; Hb 9,13); como sinal de transitoriedade (Gn 18,27; Jó 30,19). Como sinal de luto (2Sm 13,19; Sl 102,10; Ap 19,19). Como sinal de penitência (Dn 9,3; Mt 11,21). Faça uma pesquisa através de todas estas passagens bíblicas, prestando a atenção ao texto e seu contexto, relacionando com a vida pessoal, comunitária, social e com o rito litúrgico da Quarta-feira de cinzas.
OBS: FONTE - MISSAL DOMINICAL, página de 140, © Paulus, 1997
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OBS.: Veja nesta postagem as Leituras, o Salmo, o Evangelho e a Explicação do Evangelho, nesta Quarta-Feira de Cinzas.
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EXPLICAÇÃO DO Tempo da Quaresma
O que quer dizer Quaresma?
A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para
designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do
cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso
Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.
Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na
quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive - Diretório da
Liturgia - CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação
para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão
espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o
crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação
entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta
comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões
espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a
prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma
pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão,
onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o
espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de
Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão
está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à
reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina
religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica
deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. Cerca de
duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a
preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum.
Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para
quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.
Qual o significado destes 40 dias?
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o
seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e
dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo
deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias
do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo
deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos
quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida
pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre
outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se
relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo
o coração para algo que vai acontecer.
O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?
A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na
quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a
penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os
dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar
para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os
cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de
Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última
como uma conseqüência da penitência.
Ainda é costume jejuar durante este tempo?
Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em
qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma
de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir
percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma
se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.
Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na
quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o
jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos.
Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade
individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de
acordo com suas disponibilidades.
O
jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma
forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em
serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser
escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes
por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de
alguém necessitado.
O que é a Campanha da Fraternidade?
O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da
Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada
ano é contemplado um tema urgente e necessário.
A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que
ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na
prática, a transformação da sociedade a partir de um problema
específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela
tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao
mesmo tempo resolver problemas reais.
Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e
cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na
busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da
justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência
da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma
sociedade justa e solidária.
Os temas
escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do
país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais
altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se
encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de
restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF,
em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla
participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das
Dioceses e estas das paróquias e comunidades
.
Como começou a Campanha da Fraternidade?
Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram
uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e
promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A
atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira
vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três
Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano
seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito
financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos
Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e
na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora)
da Igreja em nosso País.
Este projeto se
tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do
Concílio Vaticano II, a maior e mais importante reunião da igreja
católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de 1964.
Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os
Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das
sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de
experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da
Fraternidade.
Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?
A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito
quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da
ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que
Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em
prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar
o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das
injustiças sociais.
Desta forma, a
Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a
quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão
histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as
questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à
Páscoa do Senhor.
Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?
As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada
triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida
do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para
relembrar aquele momento.
Depois,
celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira santa, conhecida
também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a
entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.
Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida
como sexta-feira santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na
sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que
seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.
No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal,
também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso,
resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para
o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um
símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no domingo,
data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o
Cristo vivo.
Arquidiocese de São Paulo - Vicariato da Comunicação
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Liturgia da Palavra nesta
Quarta-feira de Cinzas
Primeira leitura (Joel
2,12-18)
Quarta-Feira, 22 de Fevereiro de 2012
Quarta-feira de Cinzas
Quarta-feira de Cinzas
Leitura da Profecia de Joel:
12“Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; 13rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo”.
14Quem sabe, se ele se volta para vós e vos perdoa, e deixa atrás de si a bênção, oblação e libação para o Senhor, vosso Deus?
15Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembleia; 16congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa, seu leito.
17Chorem, postos entre o vestíbulo e o altar, os ministros sagrados do Senhor, e digam: “Perdoa, Senhor, a teu povo, e não deixes que esta tua herança sofra infâmia e que as nações a dominem”. Por que se haveria de dizer entre os povos: “Onde está o Deus deles?”
18Então o Senhor encheu-se de zelo por sua terra e perdoou ao seu povo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
12“Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; 13rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo”.
14Quem sabe, se ele se volta para vós e vos perdoa, e deixa atrás de si a bênção, oblação e libação para o Senhor, vosso Deus?
15Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembleia; 16congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa, seu leito.
17Chorem, postos entre o vestíbulo e o altar, os ministros sagrados do Senhor, e digam: “Perdoa, Senhor, a teu povo, e não deixes que esta tua herança sofra infâmia e que as nações a dominem”. Por que se haveria de dizer entre os povos: “Onde está o Deus deles?”
18Então o Senhor encheu-se de zelo por sua terra e perdoou ao seu povo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Salmo (Salmos 50)
Quarta-Feira, 22 de Fevereiro de 2012
Quarta-feira de Cinzas
Quarta-feira de Cinzas
— Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós!
— Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós!
— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão do vosso amor, purificai-me!/ Lavai-me todo inteiro do pecado/ e apagai completamente a minha culpa!
— Eu reconheço toda a minha iniquidade,/ o meu pecado está sempre à minha frente./ Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei,/ pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
— Criai em mim um coração que seja puro,/ dai-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
— Dai-me de novo a alegria de ser salvo/ e confirmai-me com espírito generoso!/ Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,/ e minha boca anunciará vosso louvor!
— Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós!
— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão do vosso amor, purificai-me!/ Lavai-me todo inteiro do pecado/ e apagai completamente a minha culpa!
— Eu reconheço toda a minha iniquidade,/ o meu pecado está sempre à minha frente./ Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei,/ pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
— Criai em mim um coração que seja puro,/ dai-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
— Dai-me de novo a alegria de ser salvo/ e confirmai-me com espírito generoso!/ Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,/ e minha boca anunciará vosso louvor!
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Segunda leitura (2º
Coríntios 5,20-6,2)
Quarta-Feira, 22 de
Fevereiro de 2012
Quarta-feira de Cinzas
Quarta-feira de Cinzas
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 20Somos embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus.
21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus.
6,1Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, 2pois ele diz: “No momento favorável, eu te ouvi e, no dia da salvação, eu te socorri”. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação.
- Palavra do Senhor. Graças a Deus!
Irmãos: 20Somos embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus.
21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus.
6,1Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, 2pois ele diz: “No momento favorável, eu te ouvi e, no dia da salvação, eu te socorri”. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação.
- Palavra do Senhor. Graças a Deus!
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Evangelho (Mateus
6,1-6.16-18)
Quarta-Feira, 22 de Fevereiro de 2012
Quarta-feira de Cinzas
Quarta-feira de Cinzas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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Explicação do Evangelho nesta Quarta-feira de Cinzas
Tema:‘Convertei-vos e crede no Evangelho’
Com a
Celebração das Cinzas, na Quarta-feira de Cinzas, damos início à Quaresma,
tempo forte de oração, penitência e jejum. É o tempo forte de conversão do
coração humano diante das necessidades dos outros.
Como o próprio nome no-lo diz, são
quarenta dias de penitência, os quais nos preparam para a celebração da vitória
final da graça sobre o pecado e da vida sobre a morte. Durante estes dias, a
nossa oração se torna mais intensa e a penitência mais acentuada. É um período
especial de retorno a Deus, de conversão e de abertura aos outros.
A cerimônia de Imposição das Cinzas
nos recorda que nossa vida na terra é passageira, que algum dia vamos morrer e
que o nosso corpo vai se converter em pó e que a vida definitiva se encontra no
céu. Ensina-nos ainda que os céus e a terra hão de passar um dia. Em troca,
todo o bem que tenhamos realizado em nossa vida nós vamos levá-lo à eternidade.
Ao final da nossa vida, só levaremos aquilo que tenhamos feito por Deus e por
nossos irmãos.
As cinzas são um sacramental, o qual
não nos tira os pecados, mas nos relembra a nossa condição de miseráveis, de
frágeis e pecadores. E assim, reconhecendo a nossa situação, recorremos ao
sacramento da reconciliação. É um sinal de arrependimento, de penitência, mas
sobretudo, de conversão. Com essa celebração, damos início à nossa caminhada com
Cristo do Jardim das Oliveiras até o triunfo na manhã do primeiro dia da
semana, que é o Domingo da Ressurreição.
Quaresma é realmente um tempo de
reflexão em nossa vida, de entender aonde vamos, de analisar
como está nosso comportamento com nossa família – o marido, a esposa, os
filhos, os pais – e todos os que nos rodeiam.
O Evangelho de hoje nos ajuda a
entendermos como praticar as três obras de penitência – oração, esmola e jejum
– e como viver bem o tempo quaresmal.
Jesus fala das três obras de piedade
dos judeus: a esmola, o jejum e a oração. E faz uma crítica pelo fato de que eles as
praticam para ser vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção
para que não sejamos como os fariseus hipócritas: “Ficai atentos para não
praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles.
Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” (Mt
6,1).
Para Jesus é preciso criar uma nova
relação com Deus. Ao mesmo tempo, Cristo nos oferece um caminho de acesso ao
coração do Pai. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos
quer. O caminho para chegar ali está expresso na Lei de Deus: “Se a vossa
justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis
no Reino dos Céus”.
Como foi dito anteriormente, este é
um tempo de oração que se caracteriza por uma relação de aliança entre Deus e o
homem em Cristo. Este encontro com Cristo não se exprime apenas em pedidos de
ajuda, mas também em louvor, ação de graças, escuta e contemplação.
Rezar é confiar no Senhor que nos ama
e corresponder ao Seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial
privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o
perdão e para a reconciliação.
É tempo da prática do jejum.
O jejum tem certamente também uma dimensão física, como a privação voluntária
de alimentos, além da espiritual. O que jejuamos deve ser partilhado, ou seja,
entregue aos nossos irmãos que passam fome. É sobretudo a privação do pecado. O
jejum é sinal do combate contra o espírito do mal. O modelo deste combate é
Cristo, que foi tentado pelo maligno muitas vezes para que cedesse ao sucesso,
ao domínio e à riqueza. No entanto, a Sua vitória sobre todo o mal, que oprime
o homem, inaugurou um tempo novo, um Reino de justiça, verdade, paz, amor e
partilha.
A experiência do jejum exterior e
interior favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma
prática habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas. O jejum
cristão não tem uma dimensão dietética ou estética como é prática nos nossos
dias, mas sim uma referência cristológica e solidária com os nossos irmãos e
irmãs excluídos da sociedade por causa de diversas condições: raça, religião,
cor, tribo, língua, entre outros.
Como Cristo e com Cristo jejuamos
para ser mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos
jejuar, como por exemplo, o jejum midiático da televisão, da internet, do
celular, da língua, etc.; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família,
da partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando vivemos bem o jejum nos
convertemos em seres solidários, pessoas que partilham tudo entre todos.
Ninguém chamará de “seu” o que possui. Em outras palavras, atualizaremos os
Atos dos Apóstolos 2,42, que é a essência do Cristianismo. A relação dinâmica
entre o amor e a adesão a Cristo faz do gesto de ajuda – expresso na esmola –
uma partilha fraterna e não algo humilhante.
Quaresma é tempo de dar esmola.
E esta nos ajuda a vencer a incessante tentação do egoísmo, educando-nos para
irmos ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo
que, por bondade divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais
para os pobres que são promovidas em muitas partes do mundo durante o período
quaresmal. Desta forma, a purificação interior é confirmada por um gesto de
comunhão eclesial, como acontecia já na Igreja primitiva.
Hoje a oração, o jejum e a esmola não
perderam a atualidade e continuam a ser propostos como instrumentos de
conversão. A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a
melhorar a relação com Deus, com nós mesmos e com os outros.
E o maior dentre eles é o amor. O
amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade.
Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das
atitudes no caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os
preconceitos e os juízos sobre os outros, favorece a autenticidade da vida
cristã. E tem como obstáculos a ser vencidos o egoísmo e o orgulho que impedem
a generosidade do coração.
Estamos hoje diante de um convite
veemente: CONVERTEI-VOS E CREDE NO
EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à
conversão interior e à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e
para anunciar a Boa Nova.
Padre Bantu Mendonça
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