Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Novidades variadas (Educação, Ciência,Saúde, Política, Religião...)


"Queridos jovens, ide com confiança ao 

encontro de Jesus, 

e, como os novos santos, 

não tenhais medo de falar d'Ele."

(João Paulo II.)






O que os jovens precisam é de encontrarem pessoas 
que  acreditem neles. 
Deus acredita em você jovem,
 a Igreja acredita em você.
Você é capaz de ser feliz na Igreja!


Pe Roger Luis 


Acompanhe pela @TV Canção Nova o "Preparai O Caminho" 

Pré Jornada


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sábado, 28 de julho de 2012

Brasil tem mais de 1,5 milhão de infectados com o vírus da hepatite


Dentro de alguns anos, as chances de cura para a hepatite serão de 100%. No entanto, o grande empecilho para acabar com a doença é o desconhecimento da população

Guilherme Rosa
vírus da Hepatite
Brasil tem mais de 1,5 milhão de infectados com o vírus da hepatite. Desses, só 82.000 foram diagnosticados.(Thinkstock)
Desde o ano passado, o dia 28 de julho é reconhecido como Dia Mundial do Combate à Hepatite. Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ele tem por objetivo alertar a população sobre os perigos cada vez mais visíveis da doença, que atinge mais de 500 milhões de pessoas no mundo, e mata 1 milhão por ano. No Brasil, são 1,5 milhão de infectados pela hepatite C, o tipo mais grave da doença. No entanto, o desconhecimento é tanto que somente  82.000 desses pacientes procuraram tratamento médico até agora.

A hepatite C é provocada por um vírus que instala-se no fígado e pode demorar décadas para provocar qualquer tipo de sintoma. Mas, quando a hepatite se manifesta, pode ser na forma de cirrose ou câncer no fígado, potencialmente mortais. “Ela é uma doença traiçoeira e silenciosa. Até se manifestar, os pacientes não sabem que ela existe", diz a médica Maria Lúcia Ferraz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Desde a década de 90, esforços de prevenção têm diminuído o número de novos casos. A preocupação agora é com o grande número de pacientes que se infectaram nas décadas de 70 e 80, vão começar a manifestar os problemas nos próximos anos e necessitarão de tratamento médico. É uma bomba relógio, prestes a atingir o sistema de saúde brasileiro e mundial – nos EUA, a hepatite já mata mais do que a aids. “Isso acende um alerta. A partir de 2020, vamos ter de lidar com as formas mais graves da doença”, afirma Maria Lúcia.
Ao contrário da aids, a hepatite tem cura. Na última quarta-feira, o SUS colocou à disposição dos pacientes dois novos remédios, o Telaprevir e o Boceprevir. Com o novo tratamento, os médicos conseguem remover o vírus em 90% dos casos. Novas pesquisas devem aumentar as chances de cura para perto de 100% nos próximos quatro anos (veja algumas dessas pesquisas abaixo). Por isso, os pesquisadores dizem ser tão necessário que se informe a população e se diagnostique a doença antes que provoque danos irreparáveis nos fígados dos pacientes.

Quem deve fazer o teste para detecção da Hepatite C:


  1. • Pessoas que receberam transfusão de sangue ou de qualquer derivado de sangue antes de 1993;
  2. • Pessoas que receberam transplante de órgãos ou tecidos, além de doadores de esperma, óvulos e medula óssea
  3. • Doentes renais em hemodiálise
  4. • Pessoas que usam, ou usaram alguma vez, drogas injetáveis ou cocaína inalada
  5. • Indivíduos que usaram medicamentos intravenosos por meio de seringa de vidro nas décadas de 1970 e 1980
  6. • Portadores do vírus HIV
  7. • Filhos de mães contaminadas com a hepatite C
  8. • Pessoas que tenham feito tatuagens ou piercings em locais não vistoriados pela vigilância sanitária;
  1. • Pessoas com parceiros sexuais de longo tempo infectados com hepatite C
  2. • Pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com histórico de doenças sexualmente transmissíveis
  3. • Pessoas com necessidade de diagnóstico diferencial de agressão ao fígado
  1. • Profissionais da área da saúde, após acidente biológico ou exposição percutânea ou das mucosas a sangue contaminado
Desconhecimento - A hepatite pode ser causada por cinco tipos de vírus: A, B, C, D, e E. No Brasil, no entanto quase só há registros dos tipos A, B e C. Destes, o mais grave é o terceiro, responsável por 70% dos casos de hepatite crônica, que danifica o fígado no longo prazo. Pelo menos 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado são causados pelo vírus da hepatite C. Ele é transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas também existem casos de transmissão pela via sexual.
Até a década de 80 pouco se conhecia sobre a doença, e não existiam meios de evitar que uma transfusão de sangue propagasse o vírus. Por isso, todos que receberam transfusão antes de 1993 devem fazer o teste para saber se estão infectados. (Veja no box quem mais deve fazer o exame) “A maior parte dos doentes foi contaminada por transfusões de sangue dessa época.  Hoje temos um grande avanço na prevenção da doença, e as transfusões não oferecem risco. A maior parte dos novos casos é registrada em usuários de drogas injetáveis”, diz Artur Timerman, médico infectologista do Hospital Albert Einstein.
O grande obstáculo para que a maior parte dos casos seja diagnosticada é o desconhecimento da população. Durante muito tempo, a doença recebeu pouca destaque, inclusive em campanhas governamentais. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Hepatologia mostrou que 29% dos brasileiros não conheciam a Hepatite C. Além disso, somente 51% das pessoas sabiam dizer o que era a doença, e só 5% a citam como uma doença de maior gravidade. Por isso os médicos são unânimes em defender estratégias de conscientização da população – entre elas o Dia Mundial do Combate à Hepatite. Eles dizem que só existe um modo de desarmar essa bomba relógio: o conhecimento.

 

Avanços na luta contra a hepatite:

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Vacina

A vacina contra Hepatite B já existe - ela faz parte do calendário básico de vacinação desde 1998. No entanto, produzir uma vacina contra o tipo C do vírus tem se mostrado muito mais difícil: seu cultivo em laboratório é complexo, e ele sofre muitas mutações.
No começo deste ano, pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, anunciaram os primeiros resultados positivos na busca por esse método de prevenção da doença. Ao invés de se focar no exterior do vírus - que é a parte mais mutante - eles basearam seu estudo em seu interior, mais constante ao longo do tempo. Os pesquisadores retiraram o material genético do vírus da hepatite C e inseriram dentro da “casca” de outro vírus, que foi injetado no sangue de 41 voluntários.
Segundo os pesquisadores, a resposta imunológica provocada pela vacina foi parecida com a registrada nas poucas pessoas que são naturalmente imunes à hepatite C. No entanto, os cientistas dizem que ainda devem demorar muitos anos até que a vacina possa chegar ao mercado. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.
Vejam
 neste blog 
as novidades:

Depressão, e agora?
- Depressão tem cura


- Mulheres que trabalham durante muitas horas engordam mais, diz estudo.
- Guarda Municipal vai capacitar agentes para uso de pistola elétrica
-  Boa notícia: novo tipo de tomografia computadorizada reduz em 20% as mortes por câncer de pulmão.
- Guarda Municipal vai capacitar agentes para uso de pistola elétrica.
- Em testes clínicos, vacina contra dengue combate três dos quatro tipos do vírus da doença
- No Twitter, candidatos só podem enviar mensagens com propaganda política a seus seguidores. Candidatos podem também enviar mensagens pelo celular.
- Sedentarismo causa tantas mortes quanto cigarro.

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Palavras da Bíblia:
Na Sagrada Escritura, a velhice é circundada de veneração (cf. 2 Mac 6, 23). O justo não pede para ser privado da velhice e do seu peso; ao contrário, ele reza assim: “Vós sois a minha esperança, a minha confiança, Senhor, desde a minha juventude… Agora, na velhice e na decrepitude, não me abandoneis, ó Deus, para que eu narre às gerações a força do vosso braço, o vosso poder a todos os que hão-de vir” (Sl 71 [70], 5-18).
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LIVROS que estou lendo e aconselho a lê-los:




1º) MENTES COM MEDO DA COMPREENSÃO À SUPERAÇÃO.
Autora: Dra. Ana Beatriz B. Silva. Editora Integrare - 11ª Edição.
Comentário: Em Mentes com Medo - Da Compreensão à Superação, Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e autora de best-sellers "Mentes Inquietas" e "Mentes & Manias", analisa nossos medos e fobias de maneira clara e objetiva, ajudando-nos a superá-los por meio da compreensão de seus mecanismos.

2º) 
SOFRER E AMAR.
Autor: Pe. Dr. João Mohana. Editora AGIR, 15ª Edição, isto em 1984.
Comentário: ... admito que uma pessoa comum,  lendo um livro deste, verifique a pouca importância de seus sofrimentos habituais. Creio mesmo que, a partir da aceitação das doses banais do sofrimento, destas que todos temos todos os dias,, teremos forças para enfrentar certas situações mais heroicas. Igualmente, conforme o estado de espírito do sofredor concreto, um livro como este será útil.
O essencial, no caso, é a linguagem própria para falar-se a determinado sofrimento. Há sofredores diferentes e muitos modos de consolação, alguns, mesmo contraditórios entre si. Daí a dificuldade de quem escreve a respeito de tal assunto. De qualquer forma, eis um belo livro.
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Pe. Dr. João Mohana foi meu Diretor Espiritual e Professor de duas cadeiras de Psicologia, no CETEMA, Centro Teológico do Maranhão. Na época, eu era estudante de filosofia no Seminário.
Pe. Joaõ Mohana, era sacerdote, escritor, médico e psicólogo
Francisco Lusmar Paz
Aracoiaba,Ceará, Brasil

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    Depressão, e agora?

    Não se desespere. Tem jeito!

    Hoje em dia, já não é tão difícil falar sobre depressão; afinal, ela já foi classificada como “o mal do século”. Ainda há muito preconceito quando se fala nela.


    Muitas pessoas acham que depressão é doença “de quem não tem o que fazer”, de pessoas fracas, que não rezam nem lutam, mas isso não é verdade. Depressão é uma doença e, com certeza, todos os que sofrem desse mal não gostariam de estar nesta situação.


    Assumir a depressão chega a ser humilhante, pois, além de tudo, é preciso consultar um psiquiatra; daí, outro preconceito: psiquiatra é “médico de louco”. Eu costumo dizer que, na verdade, é para não ficar louco!


    O maior risco da depressão é camuflá-la. Quanto mais tempo demoramos para buscar ajuda, mais sofrimento enfrentamos. Partilho aqui, com vocês, a minha experiência:


    Há vários anos, quando partilhava minha vida com Irmã Lucimar, em Londrina (PR), percebi que seu semblante mudou, e ela me disse: "Carla, eu tenho a impressão de que você está depressiva, mas não posso afirmar, porque somente um psiquiatra pode dar o diagnóstico correto". Pronto. Meu mundo caiu! Como assim? Logo eu? Uma missionária da Comunidade Canção Nova, há tantos anos, poderia estar com depressão?

    Assista também: "Depressão, doença moderna?", com o Canal Destrave



    Assim que o choque passou, comecei a me analisar. Tenho pai e mãe depressivos, então, seria difícil fugir desta realidade. Chegando a Cachoeira Paulista (SP), procurei um psiquiatra que, a princípio, diagnosticou uma bipolaridade. Iniciei o tratamento com medicação, mas logo ele foi interrompido, pois engravidei da Sofia. Mais uma vez, meu mundo caiu! Como conduzir uma gravidez, aos 38 anos, depressiva e sem medicação?


    Foi aí que Deus me mostrou Sua grandiosidade. Foi à melhor gravidez que vivi, sem nenhum problema! A Sofia nasceu, no final das 40 semanas de gestação, de parto normal.


    Passado um tempo, resolvi retomar o tratamento, mas quis trocar de médico, uma vez que não me via bipolar, pois não sentia os picos de euforia. Busquei outro profissional  e ele me diagnosticou com “distimia” (depressão crônica, de intensidade moderada); ela não tem cura, mas é controlável. 


    Hoje, esta é a minha realidade. Sei da enfermidade e faço tratamento com medicação e psicoterapia; além de me esforçar para fazer uma atividade física, o que acho muito difícil. É preciso um esforço sobrenatural, mas consigo conviver bem, no dia a dia, e ter mais qualidade de vida: pessoal, familiar, comunitária e profissional.


    Há dias em que dá aquela tristeza da alma, vontade de não fazer nada, mas sei o quanto ists não me fará bem e dou uma resposta diferente. Há dias também que necessitamos fazer algo diferente, algo só nosso, sair sozinha, comer algo que tem vontade, etc. Não é feio ter desejos e necessidades, muito menos pensar em nós de vez em quando. Pelo contrário, nos faz bem.


    Não posso deixar de relatar aqui a colaboração da família e dos amigos mais próximos. O que mais nos faz bem é sermos acolhidos naquilo que estamos vivendo, sabermos que não somos peso, e que todos, a seu modo, preocupam-se e querem nos ajudar.


    Por isso, se você, hoje, descobriu ou foi diagnosticada (o) com depressão, não se desespere! É possível conviver com ela, basta buscar ajuda profissional apropriada.


    Tem jeito! Mas do jeito de Deus; não do meu!    

    Carla Astuti - Comunidade Canção Nova
    http://blog.cancaonova.com/temjeito/
    23/07/2012 - 08h00

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    Formações

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    Depressão tem cura

    A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma

    Depressão significa buraco. O Vaticano fez um congresso sobre esse assunto, porque eles estão preocupados com esse mal. Eu li o resumo do congresso e vi que são 300 milhões de pessoas no mundo que sofrem com esse mal. Precisamos tratar desse povo.


    A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma. E a depressão é uma doença mais da alma que do corpo. E quem cuida da alma é o psicólogo e a religião. Essa enfermidade tem cura e a cura tem três caminhos:

    - Procure um médico psiquiatra, ele pode dar remédio;
    - É preciso um psicólogo para saber como se comportar diante das situações difíceis;
    - O tratamento tem de ser físico e espiritual.


    Não tenha medo de procurar os três tratamentos. A depressão é muito difícil de ser diagnosticada.
    Uma pessoa deprimida pode apresentar: doença crônica, problema afetivo, falta de sentido para a vida, excesso de trabalho. Essas são causas. Mas o que ela sente? Muitos podem ser os sintomas da depressão, como: cansaço, pensamento de culpa, tristeza, autoestima baixa, falta de apetite, falta de vontade de rezar, fadiga, memória fraca, insônia, dificuldade para decidir, pensamento de morte, quedas de cabelo, entre outros.


    O importante é saber que esse mal tem cura. Deus nos deu os psicólogos e temos também a família. Esta tem de cercar a pessoa e não deixá-la no buraco. Todos têm de se juntar e se unir.


    Não adianta falar que a pessoa é fraca. Não importa por que ela está em depressão, você tem de tirá-la do buraco. Tem de ajuntar pai, mãe, irmãos, namorado, chamá-la para tomar um sol, sair, tomar um sorvete... Tem de tirar a pessoa do buraco com carinho e vagarosamente. É um ato de amor e caridade - e a família é importantíssima.


    O deprimido tem de agir contra esse mal, ou seja, reagir, não pode se entregar à tristeza. Ele precisa cultivar a alegria e lutar para sair do buraco em que se encontra.


    Como sair da depressão? Você tem de ver o valor que você tem. Só assim não ficará no fundo do poço. Só fica nesse local quem não dá valor a si mesmo. Você acredita que você é obra de Deus? Então, por que você deixa a obra d'Ele no buraco? Quem fica nesse lugar é lixo. E você é uma obra de Deus!


    A primeira coisa que um deprimido tem de entender é que ele tem valor, que ele é alguém muito importante para Deus. Quando louvamos ao Senhor, damos voz e sentimentos a este mundo. Por que Jesus morreu na cruz? Por causa dos macacos, das galinhas? Não. Ele entregou a vida na cruz por causa de você, do valor que você tem. E Ele o ama individualmente. Nenhum de nós tem a mesma impressão digital, pois Deus não quis nos fazer em série, mas individualmente. A história do mundo é a história de cada um de nós. Ele sabe o meu nome, a minha angústia, a minha dor.


    Quando Cristo morreu na cruz, Ele não carregava somente seus pecados, mas suas angústias e dores. Ele já venceu suas tendências, por isso você não precisa ficar deprimido por causa dos erros, pois Deus é "louco" de amor por você. Só o amor é mais forte que a dor e a morte. Olhe para a cruz e você verá o quanto Deus o ama.


    Você quer a prova de que Deus o ama? Jesus disse que Ele pode ter 99 ovelhas, mas se tem uma perdida Ele deixa as 99 para buscar você. Se você é a ovelha deprimida, perdida, Ele larga as outras e vai buscar você.


    Diga para sua depressão: "Eu não morrerei nesta depressão, porque sou filho de Deus - e filho de Deus não pode morrer no buraco!"


    Não podemos abaixar a cabeça para a depressão. Se você perdeu um namorado e está com essa enfermidade, não olhe para o barulho do mar, olhe para Cristo. Para Deus não existe "beco sem saída". O Todo-poderoso está pronto para mover o céu a fim de que seu milagre possa acontecer, mas Ele não move um palha para fazer aquilo que você pode fazer.

    Foto Felipe Aquino
    felipeaquino@cancaonova.com
    Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

    14/04/2010 - 08h30
    Tags: depressão medicina doença saúde formação cancaonova 

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    26 de  JUlho/2012
    Santos do Dia: São Joaquim e Sant'Ana, pais da Virgem Maria
    Leitura: Eclo 44,1.10-15
    Salmo: Sl 131
     Evangelho do Dia:  Mt. 13,16-17
    26 de Julho – Dia dos Avós!!!

    O papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos, e muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.
    As avós são também chamadas de "segunda mãe", e os avôs, de "segundo pai", e muitas vezes estão ao lado e mesmo à frente da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência e com certeza um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.
    Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.
    Aproveitemos esta data para mandar uma mensagem de carinho aos nossos queridos avós e dizermos  o quanto os amamos.
    O blog lusmarpazleite expressa seu profundo carinho por todos os vovôs e vovós que nos visitam.
    Deus abençoe a todos com paz e saúde!
    Parabéns, vovôs e vovós!!!


    São Joaquim e Sant'Ana

    26 de Julho



    Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana.


    Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".


    Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.


    Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.


    O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.


    A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.




    São Joaquim e Sant'Ana, rogai por nós!
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    Que os idosos de hoje sejam exemplos de virtude às futuras gerações

    “Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram, e ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram!” (Mateus 13,16-17).
    Jesus faz com que os Seus discípulos sintam a grandeza do dom recebido. Ele não lhes fala do Reino de Deus em parábolas, pois estas velavam uma doutrina que a interpretação de muitos poderia deturpar em sentidos nacionalista e material. A eles, dóceis e humildes, Jesus comunicava a interpretação exata das parábolas: a felicidade e a salvação são para todos, acima de tudo para os oprimidos, os frágeis, as mulheres, os excluídos, os pequeninos, os estrangeiros e os pobres; a origem desta redenção eterna é Deus, que Ele anuncia como Pai, Filho e Espírito Santo.
    Sem dúvida, Ana e Joaquim pertenciam ao grupo de judeus piedosos que esperavam a consolação de Israel, e a eles foi dada uma tarefa especial na história da salvação: foram escolhidos por Deus para gerar a Imaculada que, por sua vez, é chamada a gerar o Filho do Senhor.
    Estamos, hoje, celebrando o dia de São Joaquim e Sant’Ana, os pais da Bem-Aventurada Virgem Maria. Esta não podia deixar de irradiar a graça totalmente especial da sua pureza, a plenitude da graça que a preparava para o desígnio da maternidade divina.
    Podemos imaginar quanto estes pais receberam dela, ao mesmo tempo que cumpriam seu dever de educadores. Mãe e filha estavam unidas não apenas por laços familiares, mas também pela comum expectativa do cumprimento das promessas, pela recitação multiforme dos Salmos e pela evocação de uma vida entregue a Deus.
    Sant’Ana e São Joaquim são modelos por sua santidade vivida em idade avançada. Em conformidade com uma antiga tradição, eles já eram idosos quando lhes foi confiada a tarefa de dar ao mundo, conservar e educar a Santa Mãe de Deus.
    Na Sagrada Escritura, a velhice é circundada de veneração (cf. 2 Mac 6, 23). O justo não pede para ser privado da velhice e do seu peso; ao contrário, ele reza assim: “Vós sois a minha esperança, a minha confiança, Senhor, desde a minha juventude… Agora, na velhice e na decrepitude, não me abandoneis, ó Deus, para que eu narre às gerações a força do vosso braço, o vosso poder a todos os que hão-de vir” (Sl 71 [70], 5-18).
    Com a sua própria presença, a pessoa idosa recorda a todos, de maneira especial aos jovens, que a vida na terra é uma “curva”, com um início e um fim. Para experimentar sua plenitude, ela nos exige a referência a valores não efêmeros nem superficiais, mas sólidos e profundos.
    Infelizmente, um elevado número de jovens do nosso tempo são orientados para uma concepção da vida em que os valores éticos se tornam cada vez mais superficiais, dominados como são por um hedonismo imperante. O que mais preocupa é o fato de que as famílias se desagregam à medida em que os esposos atingem a idade madura, quando teriam maior necessidade de amor, de assistência e de compreensão recíproca.
    Os idosos que receberam uma educação moral sadia deveriam demonstrar, mediante a sua vida e o próprio comportamento no trabalho, a beleza de uma sólida vida moral. Deveriam manifestar aos jovens a profunda força da fé, que nos foi transmitida pelos nossos mártires, e a beleza da fidelidade às leis divinas da moral conjugal.
    Teremos nós os olhos e os ouvidos abertos para reconhecer um mistério tão excelso? Peçamos a Sant’Ana e a São Joaquim não só para ver e ouvir a mensagem de Deus, mas, inclusive, para participar dela com amor pelas pessoas com as quais nos encontrarmos, no Seu amor, em particular transmitindo luz e esperança a todas as nossas famílias. Confiemos, de maneira especial a Sant’Ana, as mães, sobretudo as que são impedidas na defesa da vida nascente ou que encontram dificuldades para criar e educar os seus filhos.
    Padre Bantu Mendonça

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Sociedade em transformação


Manfredo Araújo de Oliveira*

Com a divulgação dos resultados do censo de 2010 em relação às religiões, houve uma atenção especial na imprensa à "protestantização” do Brasil. Publicou-se inclusive a previsão de que, se as mudanças persistirem, a partir da década de trinta, o Brasil deixará de ser um país de maioria católica. Acho que não tem muito sentido questionar a validade desses resultados, como alguns grupos têm feito, mas antes refletir sobre o sentido do que está ocorrendo em nossa sociedade e suas repercussões em nível das opções religiosas. 
Um elemento que me parece fundamental para entender esse fenômeno é não reduzi-lo simplesmente a uma mudança de confissão religiosa, mas antes compreender que se trata de uma mudança que marca todas as confissões em sua maneira de ser e em sua presença no mundo. Que mundo é esse que parece tornar insignificantes formas de vivência religiosa que se consolidaram durante séculos?
Tudo indica que se pode falar no mundo de hoje de um impulso novo e de um florescimento não esperado do fenômeno religioso, marcado por características próprias e por uma enorme diversidade que pode fazer do religioso algo indeterminado e ambíguo. Acentua-se a compreensão da religião como espaço de articulação do sentido da vida e por esta razão mesma apta a exercer muitas funções na vida humana ainda que alguns analistas reconheçam uma perda de autoridade das instituições religiosas. 
De qualquer maneira, trata-se no novo contexto societário de um feitio novo de viver e julgar as religiões institucionais e as experiências religiosas que agora valorizam o simbólico, a intuição, a experiência, a emoção, o afetivo. Trata-se daquilo que os sociológicos denominam a "pentecostalização” do cristianismo presente tanto no catolicismo quanto nas confissões evangélicas, portanto, de uma forma nova de vivência religiosa.
Nas sociedades de hoje essencialmente pluralistas, o indivíduo se sente livre para compor seu universo de crenças. Esse pluralismo provoca a ruptura com um universo religioso monolítico e abre espaço para uma religiosidade difusa. Certamente a partir desse clima espiritual, a sociedade brasileira caminha para uma atitude de abertura e tolerância religiosa em relação ao diferente o que constitui uma conquista humanizante. Por outro lado, abre-se o espaço para uma espécie de "subjetivação da fé” que leva, muitas vezes, a pessoa a construir seu mundo religioso a partir de elementos de diferente procedência de acordo com preferências puramente subjetivas sem pertença a qualquer instituição eclesial ou com passagem permanente de uma instituição a outra ou mesmo com adesão parcial a uma delas.
A pergunta urgente aqui é a seguinte: já que perdem fieis tanto o catolicismo como as confissões evangélicas históricas em função dos novos movimentos pentecostais, será que essas novas formas de vivência religiosa se revelam adequadas às exigências espirituais do novo contexto histórico do mundo que convencionamos chamar de pós-moderno? Constituem elas uma resposta consistente aos desafios humanos de uma humanidade marcada por grandes transformações que eliminaram muitas concepções de mundo que pareciam tão consistentes para situar o ser humano num universo cheio de sentido?


*Doutor em Filosofia e professor da UFC. Presidente da Adital 
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ELEIÇÕES: No Twitter, candidatos só podem enviar mensagens com propaganda política a seus seguidores. Candidatos podem também enviar mensagens pelo celular. Contudo, caso o eleitor comunique à operadora que não deseja receber essas mensagens, os candidatos têm até 48 horas para suspender o serviço. Saiba mais sobre o que é permitido e proibido durante a campanha: http://bit.ly/N2KAl1

Para você, qual estratégia utilizada pelos candidatos é a mais incômoda?



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No Twitter, candidato só pode enviar mensagens com propaganda política a seguidores

Candidatos, partidos ou coligações podem também enviar mensagens eletrônicas pelo celular. Contudo, caso o eleitor comunique à operadora que não deseja receber essas mensagens, os candidatos têm até 48 horas para suspender o serviço
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REGULAMENTAÇÃO No Twitter, candidato só pode enviar mensagens com propaganda política a seguidores ...
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A regulamen- tação do que é permitido ou proibido nas campanhas eleitorais é feita pela Resolução 23.370/2011 do Tribunal Superior Eleitoral. A norma permite, por exemplo, a propaganda política por meio da internet, desde que o candidato tenha o site registrado na Justiça Eleitoral. No caso do Twitter, ele só pode enviar mensagens para os seus seguidores, ou seja, àquelas pessoas que, por iniciativa própria, optaram por acompanhar as mensagens do candidato.


De acordo com a legislação eleitoral, os candidatos, partidos ou coligações podem enviar mensagens eletrônicas pelo celular. Contudo, caso o eleitor comunique à operadora que não deseja receber essas mensagens, os candidatos têm até 48 horas para suspender o serviço. Se isso não for feito, poderá ser aplicada multa de R$ 100 por mensagem enviada indevidamente.
A legislação prevê, por exemplo, que a veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para essa finalidade.


Comum em eleições passadas, atualmente é proibida na campanha eleitoral a confecção, uso, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor, respondendo o infrator, conforme o caso, pela prática de captação ilícita de voto e, se for o caso, pelo abuso de poder.


Não é permitida propaganda em postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos. O candidato flagrado descumprindo esta norma terá 48h para remover a propaganda e pode ser receber multa que pode variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil.


Também é proibida a instalação e o uso de alto-falantes ou amplificadores de som em distância inferior a 200 metros de sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, das sedes dos órgãos judiciais, dos quartéis e de outros estabelecimentos militares; de hospitais e casas de saúde; escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.


Durante todo o período eleitoral é proibida a realização de "showmício". A legislação permite ao candidato usar carros de som, trios elétricos, desde que não haja a realização de shows com a participação de artistas. Também é proibido usar símbolos semelhantes aos governamentais, divulgar mentiras sobre candidatos ou partidos para influenciar o eleitor. Ofender outra pessoa durante a propaganda eleitoral, exceto se for após provocação ou em resposta à ofensa imediatamente anterior.
Agressão física, alterar ou danificar propaganda de outros candidatos, oferecer prêmios ou realizar sorteios e a divulgação de propaganda eleitoral em outdoors também são proibidos. A legislação permite o uso de cavaletes e bonecos para divulgação, a chamada propaganda móvel. Neste caso, o candidato deverá respeitar o horário das 6h às 22h para realização da propaganda.


Nos três meses que antecedem as eleições, a legislação eleitoral veda o repasse dinheiro da União para os estados e municípios, ou dinheiro dos estados para os municípios, exceto se for para cumprir compromissos financeiros já agendados ou situações emergenciais.


É vedado também fazer publicidade de serviços e órgãos públicos que não tenham concorrência no mercado, exceto em caso de grave necessidade pública, com autorização da Justiça Eleitoral, fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito, salvo em situações de emergência ou específicas de governo, com autorização da Justiça Eleitoral.


Também é proibido a contratação de shows em inaugurações de obras com verba pública e a participação de candidatos em inaugurações de obras públicas, no caso daqueles que disputam o poder Executivo.
Dia da Eleição - No dia da eleição, é proibido o uso de alto-falantes e amplificadores de som, a realização de comício ou carreata, a distribuição de material de propaganda política, como panfletos, fora da sede do partido ou comitê político, a chamada boca de urna, a utilização, pelos funcionários da Justiça Eleitoral, mesários ou escrutinadores, de qualquer elemento de propaganda eleitoral, tais como bonés, camisetas e broches.


Na cabine de votação é vedado ao eleitor levar o aparelho celular, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto. Esses aparelhos devem ficar retidos na Mesa Receptora enquanto o eleitor estiver votando.

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Mensagem da CNBB sobre as eleições municipais 2012


CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
50ª Assembleia Geral da CNBB 50ª AG (Doc)
Aparecida-SP, 18 a 26 de abril de 2012
Eleições municipais de 2012
Mensagem da CNBB



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunida em sua 50ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, de 18 a 26 de abril de 2012, saúda a população brasileira, em sintonia com os importantes acontecimentos que marcam o país neste ano, especialmente as eleições municipais no próximo mês de outubro. Expressão de participação democrática, as eleições motivam-nos a dizer uma palavra que ilumine e ajude nossas comunidades eclesiais e todos os eleitores, chamados a exercerem um de seus mais expressivos deveres de cidadão, que é o voto livre e consciente.
Inspira-nos a palavra do papa Bento XVI ao afirmar que a sociedade justa, sonhada por todos, “deve ser realizada pela política” e que a Igreja “não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Deus Caritas Est 28). Para o cristão, participar do processo político-eleitoral, impulsionado pela fé, é tornar presente a ação do Espírito, que aponta o caminho a partir dos sinais dos tempos e inspira os que se comprometem com a construção da justiça e da paz.
As eleições municipais têm uma característica própria em relação às demais por colocar em disputa os projetos que discutem sobre os problemas mais próximos do povo: educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, ecologia, lazer. Trata-se de um processo eleitoral com maior participação da população porque os candidatos são mais visíveis no cotidiano da vida dos eleitores. A sua importância é proporcional ao poder que a Constituição de 1988 assegura aos municípios na execução das políticas públicas
Nos municípios, manifestam-se também as crises que o mundo atravessa, incluindo a própria democracia. Isso torna ainda mais importante a missão de votar bem, ficando claro para o eleitor que seu voto, embora seja gesto pessoal e intransferível, tem conseqüências para a vida do povo e para o futuro do País. As eleições são, portanto, momento propício para que se invista, coletivamente, na construção da cidadania, solidificando a cultura da participação e os valores que definem o perfil ideal dos candidatos. Estes devem ter seu histórico de coerência de vida e discurso político referendados pela honestidade, competência, transparência e vontade de servir ao bem comum. Os valores éticos devem ser o farol a orientar os eleitos, em contínuo diálogo entre o poder local e suas comunidades.
Ajudam-nos nesta tarefa instrumentos como as Leis de iniciativa popular 9.840/1999, contra a corrupção eleitoral e a compra de votos, e 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa, cuja constitucionalidade foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Aos eleitores
cabe ficarem de olhos abertos para a ficha dos candidatos e espera-se da sociedade a mobilização, como já ocorre em vários lugares, explicitando a necessidade de a “Ficha Limpa” ser aplicada também aos cargos comissionados para maior consolidação da democracia. Desta forma, dá-se importante passo para colocar fim à corrupção, que ainda envergonha o nosso país.
O exercício da cidadania, no entanto, não se esgota no voto. É dever, especialmente de quem vota, a corresponsabilidade na gestação de uma nova civilização, fundamentada na defesa incondicional da vida, desde a fecundação até a morte natural; na promoção do desenvolvimento sustentável, possibilitando a justiça social e a preservação do planeta.
A educação para a cidadania é processo permanente. Para ela contribuem as Escolas e Grupos de Fé e Política que se multiplicam pelas dioceses do Brasil, além das variadas publicações de conscientização política. Entre estas, recordamos o Documento 91 da CNBB – Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática e a Cartilha Eleições Municipais 2012: Cidadania para a Democracia, elaborada por organismos da CNBB. Exortamos nossas comunidades e lideranças a lançarem mão destes valiosos instrumentos, a fim de que participem conscientemente das eleições e assegurem a unidade em meio às diferenças próprias do sistema democrático. Merecem nosso apoio e incentivo, ainda, campanhas como a que estimula os jovens a exercerem responsavelmente seu direito de votar já a partir dos 16 anos.
Para o cristão, participar da vida política do município e do país é viver o mandamento da caridade como real serviço aos irmãos, conforme disse o Papa Paulo VI: “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” (Octogesima Adveniens, 46). Só assim, seremos “fermento que leveda toda a massa” (Gl 5,9).
Que Nossa Senhora Aparecida abençoe o povo brasileiro e ilumine candidatos e eleitores no exigente caminho da verdadeira política.
Aparecida, 21 de abril de 2012.
Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão – MA
Vice-presidente da CNBB

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília - DF
Secretário Geral da CNBB
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Boa notícia: novo tipo de tomografia computadorizada reduz em 20% as mortes por câncer de pulmão.
 http://glo.bo/Q4jhbG

Foto: Mônica Imbuzeiro / Agência O Globo
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Dormir em frente à televisão aumenta risco de depressão, diz estudo
 

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 Guarda Municipal vai capacitar agentes para uso de pistola elétrica

  http://svmar.es/MmkbzW

Você concorda com a utilização desse tipo de arma não letal? 
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Mulheres que trabalham durante muitas horas engordam mais, diz estudo
 
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VEJA
Em testes clínicos, vacina contra dengue combate três dos quatro tipos do vírus da doença
 http://goo.gl/ac4qE

Doenças infecciosas

Em testes clínicos, vacina contra dengue combate três dos quatro tipos do vírus da doença.

Vacina agora passa pela fase final dos testes, que será realizada em dez países e envolverá mais de 30.000 pessoas

Vacinas suspensas: até o fim das investigações, a Prevenar e a ActHIB não poderam ser usadas na prevenção da pneumonia e da meningite
Dengue: Testes de vacina desenvolvida por laboratório francês indicaram que substância é segura e protege contra três cepas do vírus (Jeffrey Hamilton/Thinkstock)



O laboratório francês Sanofi anunciou, nesta quarta-feira, que os resultados do teste clínico envolvendo uma vacina contra a dengue mostraram que a substância é segura e eficaz em proteger contra três das quatro cepas virais que provocam a doença.
As conclusões fazem parte da Fase 2 dos testes, realizados na Tailândia. O estudo foi feito com 4.002 crianças do país com idades entre quatro e 11 anos. Elas receberam três doses da vacina com seis meses de intervalo entre cada uma. Segundo a Sanofi, embora a droga tenha provocado resposta imunológica aos quatro tipos do vírus da dengue, a comprovação da eficácia veio somente com três cepas. A empresa afirmou que a Fase 3 dos testes clínicos já estão em andamento em dez países da Ásia e da América Latina, e vai envolver, ao todo, mais de 30.000 pessoas.


Leia também:


Vacina contra dengue entra na fase final de testes
Pesquisadores conseguem isolar anticorpo que neutraliza vírus da dengue 



Para Michel de Wilde, vice-presidente executivo da Sanofi, esses resultados representam um marco fundamental na busca por uma vacina segura e eficaz contra a dengue. “O estudo também é importante para a saúde pública global, uma vez que não há atualmente nenhum tratamento específico ou método de prevenção para a dengue. Estamos totalmente empenhados em fazer da dengue uma doença evitável pela vacinação", afirmou Wilde no comunicado da empresa.
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Estilo de vida

Sedentarismo causa tantas mortes quanto cigarro

Segundo pesquisadores, falta de atividade física já pode ser considerada uma pandemia mundial

homem sentado
Preso à cadeira: hábito contribui para o sedentarismo, que atinge um em cada três adultos no mundo (Thinkstock)
 
O sedentarismo pode ser tão letal quanto o tabagismo. Segundo um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet, a falta de atividade física foi responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes registradas no mundo em 2008. O cigarro, por sua vez, leva cerca de cinco milhões de indivíduos a óbito todos os anos, apontam os pesquisadores.
Tais números, de acordo com o relatório, fazem com que o sedentarismo possa ser classificado como uma pandemia. Esse trabalho faz parte de uma série de artigos que o periódico vem divulgando sobre exercícios físicos, aproveitando a proximidade da Olimpíada de 2012, que começa na próxima semana em Londres.
A pesquisa considerou inatividade física como a prática de menos do que 150 minutos de atividade física moderada (caminhada rápida, por exemplo) ou menos do que 60 minutos de exercícios intensos (como corrida) por semana. Segundo os dados, esse quadro atinge um terço da população mundial adulta (maior do que 15 anos), e é ainda mais prevalente entre os adolescentes: quatro em cinco jovens de 13 a 15 anos não atingem os níveis mínimos de atividade física. O sedentarismo se torna mais comum conforme as pessoas ficam mais velhas e atinge mais mulheres do que homens e pessoas de países risco.
Leia também: Níveis de atividade física são melhores indicadores de mortalidade do que obesidade e hipertensão
Ficar sentado por muito tempo é um risco à saúde. Conheça seis maneiras de driblar o problema

Esse estudo foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores das universidades de Harvard e da Carolina do Sul, ambas nos Estados Unidos, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão de saúde americano, e do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar da Finlândia. Para os autores, um dos grandes responsáveis pela inatividade física no mundo são os meios de transportes motorizados, que acabam aumentando o número de horas em que um indivíduo permanece sentado durante o dia.
No artigo, eles reforçam a importância de as autoridades dos países promoverem a atividade física entre a população, ampliarem o acesso das pessoas a espaços públicos onde elas possam exercitar-se e garantirem a segurança de pedestres e ciclistas. Segundo estimativas dos pesquisadores, aumentar os níveis de atividade física entre a população mundial em 10% poderia evitar mais de 500.000 mortes em todo o mundo ao ano.
Fator de risco — De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é o quarto maior fator de risco para doenças crônicas, ficando atrás somente da hipertensão, do tabagismo e do colesterol alto. A pesquisa publicada na revista The Lancet mostrou que o sedentarismo causa 6% dos casos de doença cardíaca coronariana, 7% de diabetes tipo 2 e 10% dos casos de cânceres de mama e cólon.

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O que fazer em meio à atual crise no clero?


Padre Paulo Ricardo fala sobre a atual crise no clero e o que podemos fazer em relação a esta crise.
Padre Paulo nos fala sobre a crise no clero e o que podemos fazer para vencer esta crise 
Meus queridos irmãos e irmãs, chegamos ao momento mais importante do nosso dia, no qual nos dedicamos a uma meditação detida, demorada, tranquila, a respeito do método de consagração a Virgem Santíssima, segundo São Luís Maria Grignion de Montfort. Estamos no décimo terceiro domingo do Tempo Comum, no qual gostaria de fazer uma reflexão sobre o Evangelho de Hoje e logo em seguida fazer a ligação com a Virgem Santíssima. O Evangelho de hoje é o capítulo décimo de São Mateus.

Mateus dividiu o seu Evangelho em cinco grandes discursos. O primeiro é dirigido aos discípulos como um todo. Esses ouvem o belíssimo Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus…” (Mt 5-7). o Segundo discurso é este que nós acabamos de ouvir o trecho, no qual Jesus envia os seus discípulos em missão (Mt 10). Aqui surge uma nova qualidade de discípulo. Não são os discípulos comuns, mas são os Apóstolos, ou seja, Jesus tinha discípulos, os fiéis em geral. Mas, aqui Jesus escolhe doze Apóstolos, como apostoloi. Apostolós, em grego, quer dizer enviado, no sentido de enviado que representa aquele que enviou.
Quem são esses apóstolos nos dias de hoje? O que fazer em meio à crise que vivemos?
Existem dois verbos em grego para dizer envio. Um é o verbo temto, que quer dizer somente enviar. O outro é o verbo apostello, que quer dizer enviar em missão como representante. Quando se envia um embaixador para outro país, este representa o país inteiro e uma ofensa a ele significa uma ofensa ao país. Porque ele não representa ele mesmo, mas é uma pessoa símbolo. O Apóstolo é uma pessoa símbolo. Ele representa Jesus, conforme nós acabamos de ouvir a proclamação: quem vos recebe, a mim recebe e quem me recebe, recebe aquele que me enviou (cf. Mt 10, 40). Quem me recebe, recebe aquele que me apostello, em grego.


Jesus é o grande Apóstolo do Pai, aquele que representa o Pai e os Apóstolos representam Jesus. Na Igreja nós temos esse dois tipos de fiéis em geral e os Apóstolos, os Bispos, os Padre, os Diáconos, que são homens que representam Jesus. Esse foram escolhidos. O Evangelho de São Marcos diz: Jesus escolheu os doze, escolheu aqueles que Ele quis (cf. Mc 3, 13-14). Eu sempre me perguntei e este é um dos grandes mistérios que sempre acompanhou a minha vida: que critério Jesus usou para escolher esses Apóstolos benditos. Um critério muito estranho. Acho que reitor nenhum escolheria como seminarista a Judas. Reitor nenhum do mundo ordenaria Judas. No entanto, Jesus, o melhor reitor do mundo, aquele que sabia de tudo, escolheu Judas. Escolheu com critérios muito estranhos. Jesus escolheu e parece que, nos nossos critérios humanos, fez escolhas muitos más. Porque, se você fizer um balanço geral, de doze Apóstolos, na hora da provação e da cruz, somente um que permaneceu fiel aos pés da cruz.


Eu não sei porque Jesus fez isso, é um mistério. No entanto, nós sabemos que Jesus não faz nada à toa e eu suspeito (aqui já é minha opinião de teólogo) que quando escolheu os doze, talvez os tenha escolhido parta preparar a Igreja para os tempos de provação e de crise no clero. Porque nós, fiéis cristãos católicos, somos chamados a ser muito humildes, a ponto de nos inclinar para beijar a mão de um pecador e reconhecer nessa mão, a mão chagada de Cristo ressuscitado. Vejam, se Jesus tivesse escolhido super Apóstolos, gente maravilhosa, fiel, santa, talvez hoje nós estaríamos com uma dificuldade ainda maior. Porque, nós olharíamos para aquelas escolhas que Jesus fez e olharíamos para os Padres e Bispos que temos hoje e diríamos: está diferente, caiu a qualidade, a Igreja está em crise. Mas, nós olhamos os Bispos e Padres de hoje e olhamos para os Apóstolos que Jesus escolheu e dizemos assim: continua a mesma miséria de sempre, porque somos, fundamentalmente, traidores da missão.


O Evangelho de hoje inicia dizendo: “quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim” (Mt 10, 37); quem não toma sua cruz não é digno de mim (cf. Mt 10, 38). Os Padres e Bispos que temos na Igreja hoje não são dignos Dele. Eu não estou falando de outros Padres e Bispos, estou falando de mim, que sou Padre e tenho a grande vantagem de poder falar mal dos Padres porque sou Padre. Não estou fazendo isso por ressentimento. A história do fracasso dos doze Apóstolos é a história do fracasso do clero católico ao longo da história da Igreja.


Sempre foi assim, uma miséria. Por isso, todo bom e sadio católico tem sempre um pouco de sadio anti-clericalismo, ou seja, nós fiéis cristãos católicos, sabemos o valor do sacerdócio de Nosso Senhor, sabemos como é importante um Padre, por isso nós nos inclinamos em veneração e beijamos aquela mão do Ressuscitado na mão de um miserável. Porém, nos sabemos que um Padre, ou que um Bispo é um homem com a alma em perigo. Por isso, não confiamos demais em Padres e Bispos. A gente fica até admirado quando vê Padre e Bispo santo. O mundo pode fazer as acusações que quiser, nós católicos vamos continuar beijando as mãos dos Sacerdotes, por mais pecadores que sejam, nós continuaremos assim porque essa é a nossa fé. Porque cremos que eles não são eles. Nós cremos que quem recebe o Padre, recebe Jesus e quem recebe Jesus recebe Aquele que O enviou (cf. Mt 10, 40). Essa é a nossa fé.


Diante desta fé e desta miséria, nós temos uma grande batalha. Esta batalha está descrita por Jesus na última ceia. O Evangelho de São Lucas diz com toda a clareza. Jesus olha para São Pedro e diz: Pedro, Pedro, Satanás pediu permissão para peneirar-vos como trigo (cf. Lc 22, 31). A ideia que está por trás é de um julgamento. Deus é o juiz e Satanás é o acusador. Satan que dizer isso: acusador. Quem é aquele “vos” que está na mesa com Jesus? São os Padres e Bispos. Satanás pediu permissão para peneirar-vos, ó Apóstolos, ó Padres e Bispos. Pelo jeito ele recebeu a permissão, do jeito que estamos feios na foto. Olha o saldo geral dos Apóstolos, peneirados por Satanás: um traiu e se enforcou; outro negou três vezes; outros nove deram no pé e só Joãozinho, não se sabe se por virtude ou porque todo jovem é meio maluquinho, é que ficou aos pés da cruz.


O saldo não foi muito positivo. No entanto, Jesus não para por aí. Ele diz assim: porém, eu roquei por ti (cf. Lc 22, 32). Não existe só o acusador, Satanás. Existe eu defensor, Jesus. Ele é o advogado de defesa. Ele é o Paráclito, junto com o Espírito Santo e Ele diz: eu roguei por ti, Simão Pedro. Tu, quando te converteres, confirma os teus irmãos. Jesus está aqui dando uma chave para os Padres e Bispos e dizendo assim: meus irmãozinhos, quando vocês estiverem numa situação feia, numa situação complicada, saibam de uma coisa, eu roguei por Pedro, eu roguei pelo Papa e ele vai confirmá-los na fé. Se Jesus rezou pelo Papa, vamos também nós rezar por ele. Porque nós precisamos da confirmação deste homem, precisamos de Pedro que venha para confirmar a fé dos Padres e Bispos que precisam desta confirmação. Porém, a coisa não para por aí. Tem João, Joãozinho, o Padre fiel, que não se sabe se por virtude ou por descuido ficou lá ao pé da cruz.
Quem será este percentual de Padres fiéis, que ficam ao pé da Cruz? São aqueles que recebem Maria por Mãe. O Padre que recebe Maria em casa. Jesus, no seu testamento final, nas últimas palavras registradas na cruz diz isso e vamos considerar que as palavras que ele diz na cruz são palavras pensadas e repensadas. Ele não está em condições de fazer nenhum sermão. Então, para falar ele tinha que ser erguer nos seus braços e nas suas pernas para poder respirar direito e isso era intensamente doloroso. Porque nas mãos e nos pés temos os terminais nervosos mais sensíveis do nosso corpo. Por isso, é intensamente doloroso e com aquela dor lancinante, Jesus se ergue e pronuncia: filho, “Eis a tua mãe!” (Jo 19, 27), “Mulher, eis o teu filho!” (Jo 19, 26).


Ao pronunciar isso, Jesus está recordando uma mulher que fora prometida, uma profecia. Uma mulher que desde a primeira página desastrada da história da humanidade tinha sido prometida, quando Deus disse: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça” (Gn 3, 15). Esta mulher era prometida desde o início, esta mulher é Maria, a nova Eva. Assim como Eva desobedeceu a Deus no pé de uma árvore, Maria obedeceu a Deus no pé da cruz, a outra árvore. Assim como Eva pecou, tomando o fruto proibido, Maria obedece a Deus nos dando, nos entregando o fruto de seu ventre. Assim como Eva era virgem e imaculada, e se perdeu, Maria, Virgem e Imaculada obedeceu e teve fé até o fim. 


Meus queridos, quando Jesus ressuscitou ao terceiro dia, Ele apareceu aos Apóstolos. Existe uma aparição toda especial para São Pedro. O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão (cf. Lc 24, 34). Exatamente porque aquele Pedro, que foi peneirado por Satanás, quando ele retorna, ele tem que confirmar a fé dos seus irmãos. Por isso, Jesus aparece especialmente para Pedro, para o primeiro Papa, para que ele confirme a fé dos seus irmãos. Essas aparições eram para confirmar a fé daqueles que tinham desesperado, perdido a fé. Jesus os confirmava. Porém, a Tradição nos conta, mas não está na Bíblia, que havia uma aparição especial de Jesus a Maria. 


A primeira pessoa que Jesus procurou depois de ressuscitado foi a Virgem Santíssima. Essa aparição a Maria não está na Bíblia por uma razão muito simples. As aparições que estão na Bíblia são para confirmara fé, como testemunha daqueles que tinham perdido a fé. São aparições públicas para testemunhar a fé pública. A aparição a Maria não está na Bíblia porque ela não tinha perdido a fé, por isso, ela não precisava de uma aparição. O Filho dela apareceu a Maria para consola-la com a sua Ressurreição. Não precisava confirmara sua fé porque ela jamais vacilou. 


Maria, que jamais vacilou na fé, é aquela que recebe João, é aquele os Sacerdotes, é aquela que recebe os Bispos, é aquela que recebe os Apóstolos em casa, é aquela que recebe todos os fiéis cristãos em casa, para confirmá-los na fé que ela tem, e que diz: vai passar, este mal passará, este mal terrível, esta crise, esta tempestade, que faz com que o barquinho da Igreja esteja cheio de água, esta crise terrível passará. Jesus parece dormir na popa do barco (cf. Lc 8, 23), mas Ele se ergue e ressuscita quando é o momento Dele. Nós somos chamados hoje a entregar, a confiar todos os sacerdotes ao Coração Imaculado de Maria, da mesma forma que Jesus entregou o sacerdote São João, aos pés da cruz. 


No Seu discurso aos Apóstolos, Jesus diz: quem não toma a sua cruz não é digno de mim (cf. Mt 10, 38). O que fazem os Apóstolos diante da cruz? Fogem diante dela e mostram que não são dignos Dele. Nenhum Padre é digno de Jesus, assim como nenhum Bispo é digno de Jesus. Nós precisamos nos dar conta que, mesmo nesta indignidade, Ele nos confirma. Eu roguei por ti. Quando te converteres, confirma os teus irmãos (cf. Lc 22, 32), Ele reza por nós. Maria, a Mãe Santíssima é aquela a qual Ele confia os Sacerdotes para que eles voltem à fé. Para que eles continuem firmes na fé, para que eles se entreguem e sejam dignos Dele. Quando Jesus entrega João a Maria, Ele está entregando todos os fiéis, mas vamos nos lembrar que ele não era um discípulo qualquer. 


João era um Apóstolo, um Sacerdote, portanto, filho predileto da Virgem. E, nós precisamos que os Sacerdotes se entreguem como filhos prediletos a Virgem Maria, porque estamos no calor da batalha, estamos na frente de batalha. A vida de todos os cristão são uma luta, mas para os Sacerdotes de forma especial, porque estes são provados. Pedro, Pedro, Satanás pediu para peneirar-vos como trigo. Eu, porém, roguei por ti. Confirma teus irmãos (cf. Lc 22, 31-32). Nós temos, como Padres, estas duas colunas que nos ajudam: o Papa (“confirma os teus irmãos” Lc 22, 32) e Maria (“eis o teu filho!” Jo 19, 26). 


No momento da crise sacerdotal, é a fidelidade ao Papa e a devoção a Maria que resgatará os sacerdotes da miséria. Por isso, meus irmãos, joelho no chão pelos Padres. Terço neles, para entregá-los ao Coração de Maria, porque a Igreja está em crise e esta é uma crise sacerdotal, é uma crise do clero, dos padres, dos bispos. A Virgem Santíssima nos recebe a cada um de nós. Eu não tenho dúvida que ela receberia Judas, se ele quisesse entrar na casa dela. Ela nos recebe como coisa e propriedade dela, como filhos prediletos. Por isso, nossa consagração à Virgem deve alavancar essa consagração desses numerosos sacerdotes, que serão esse exército da Virgem Maria. Com a fidelidade a Pedro, que confirma os irmãos e a Maria aos pés da cruz, se Deus quiser, com os Padres do mundo inteiro, iremos ajudar a Igreja a sair desse momento de angústia. Rezemos meus irmãos, confirmemos a nossa fé, continuemos firmes e confiantes, não estamos sozinhos, ela está conosco.
Este artigo foi retirado da homilia do Padre Paulo Ricardo no I Consagra-te de Cuiabá, em 2011.

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Educação: políticos ignoram qualidade do gasto.

Debate sobre gasto com educação cai no vazio

Parlamentares querem elevar para 10% do PIB a despesa do governo com o setor; ponto fundamental, que é a qualidade do gasto, foi esquecido

Keila Cândido
Escola de palha em Balsas
Gasto médio com crianças e adolescentes é cinco vezes menor que com universitários (Cristiano Mariz/VEJA)
 
No começo de julho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez uma observação que provocou toda sorte de protesto. Referindo-se ao Plano Nacional de Educação (PNE) que tramita no Congresso, e que propõe elevar para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) os investimentos em educação, ele sentenciou: “Desse jeito, o Plano de Educação quebra o estado". A revolta nos círculos (e redes) sociais é compreensível. Afinal, ninguém jamais ouviu o ministro da Fazenda se opor de forma tão contundente a outros desperdícios do estado brasileiro como os vultosos salários e gratificações do Congresso Nacional, o elevado custeio da máquina pública ou o tamanho do funcionalismo. Mas, apesar de ser consensual a necessidade de ser dar um salto de qualidade na educação, é preciso admitir que a análise do ministro da Fazenda não de todo é infundada. Dobrar simplesmente o atual patamar de gasto com educação (5% do PIB) implicaria em lançar 200 bilhões de reais a mais na coluna das despesas públicas até 2020. De onde sairia o dinheiro? Como essa soma impactaria a situação fiscal do país? Essas perguntas continuam sem resposta. Assim como continuam obscuras noções que poderiam profissionalizar as discussões sobre o PNE: de quanto dinheiro a educação precisa, onde consegui-lo e como garantir que ele seja aplicado de forma eficiente em creches, escolas e universidades.


O PNE – As discussões sobre o atual PNE, que vai vigorar até 2020, carecem de qualidade. Ao longo de dezoito meses, deputados e senadores – instigados por movimentos sociais, sindicatos de professores, ONGs, etc, e pelo clima eleitoral, que os leva a encampar, sem análise aprofundada, projetos com forte apelo popular – foram incorporando demandas adicionais de recursos a cada nova reunião. Assim, dos atuais 5% de gastos com educação enquanto proporção do PIB, os valores foram subindo, subindo, até parar nos 10% aprovados pela Câmara em 26 de junho. Sem fazer contas, o número parece representar a panaceia para todos os males do setor. Nada garante, entretanto, que o desembolso adicional de 200 bilhões de reais no período implique melhoria do ensino. “A discussão em cima do PNE está mais eleitoreira do que deveria. Os problemas fundamentais, e que ninguém discute, são a qualidade dos serviços oferecidos, para onde está indo o dinheiro que já está sendo gasto e a efetividade das ações recentes do governo”, declarou Nilson Oliveira, pesquisador do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial.


Gasto avança – No Parlamento, enquanto ecoavam reclamações por mais recursos, pouco destaque era dado a um importante indicador: o investimento no setor já se encontra em expansão. Os valores destinados à educação crescem cerca de 0,3 ponto porcentual do PIB ao ano desde  2000. No ano passado, o setor público investiu 5,1% do PIB no segmento, o equivalente ao que é verificado em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Até junho deste ano, o investimento que mais cresceu, exceto o gasto com o programa Minha Casa, Minha Vida, foi em educação. De acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, o MEC recebeu 4,61 bilhões de reais na primeira metade de 2012. Entre janeiro e junho de 2011, o valor transferido totalizou 2,68 bilhões reais, o que implicou um aumento de 1,93 bilhão de reais na comparação entre os semestres.
A evolução dos gastos com educação não tem resultado, porém, em melhoria nos índices de avaliação de desempenho dos estudantes. No último exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado em 2009, o Brasil ficou em 53º lugar em leitura e em 57º em matemática, numa lista de 65 países. A nota média nacional foi, por exemplo, de 412 pontos em leitura, um verdadeiro vexame. Os alunos do país guardam distância abissal quando comparados aos estudantes de Xangai, na China, cuja pontuação foi de 556. Em matemática, um confronto ainda mais desigual: 600 pontos para os chineses e 386 para os brasileiros.


Leia mais: Desempenho de alunos brasileiros está bem abaixo do ideal 
China lidera ranking mundial de avaliação do ensino
 

Infográfico: Os números do Pisa 


5, 7 ou 10 por cento? – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também defendeu a tese de que o orçamento comportaria um gasto de, no máximo, 7% do PIB. Especialistas ouvidos pelo site de VEJA dizem que dar este salto não seria absurdo, tendo em vista que há muito a construir. Na opinião de Oliveira, um avanço para 7% do PIB só será consistente se for estabelecido um plano de melhorias. “A verba pode até ser usada, mas deve ser feita uma avaliação detalhada sobre seu impacto e efetividade”, disse.
Para Fernando Veloso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), mais importante que aumentar os recursos é a maneira como serão utilizados. “Só faz sentido haver aumento do gasto se ele for focado e eficiente, em conformidade com um pacote de medidas que realmente promova avanços na educação.”
Para Oliveira, o Brasil não avalia de maneira adequada os investimentos em esforços novos que têm sido empreendidos, como, por exemplo, a desastrosa ampliação das universidades federais no governo Lula. Tampouco se faz uso das estatísticas dos exames de avaliação para promover mudanças. Em resumo, há um uso inadequado dos recursos.
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Tema em foco: Crise nas universidades federais 



Logo, a promoção de uma verdadeira revolução no modo de gastar o dinheiro da educação – com qualificação e remuneração adequada de professores, a criação de um sistema baseado na meritocracia, etc – representa um passo essencial. E tal debate não teve ambiente adequado para prosperar nas discussões do PNE em curso no Congresso Nacional.


Contas públicas – É preciso pensar seriamente também em como acomodar os gastos adicionais em nossas finanças sem causar um problema fiscal. Ainda que um dispêndio equivalente a 7% do PIB seja considerado aceitável pelo próprio ministério da Fazenda, não será tarefa simples acomodá-lo na próxima década. A primeira dificuldade são as próprias surpresas do Orçamento. Muitas vezes, por razões políticas, são aprovados dispositivos, como um aumento expressivo do salário mínimo, que podem tornar essa missão mais espinhosa.
A cada ano, o governo precisa considerar todos os gastos previstos, e não fazer uma conta isolada. Por isso, avalia o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Mansueto Almeida, estabelecer um gasto rígido com educação em relação ao PIB é ruim. Ele também aponta que o porcentual de desembolso tem de surgir de uma análise das reais necessidades da área e não ser fixado previamente. “É preciso olhar o cenário educacional e definir o quanto precisa gastar para melhorar”, resumiu. “A pergunta que deveria ser feita é: ‘quanto o Brasil precisa investir para acabar com o atraso educacional’? Desta forma, o governo pode calcular o quanto precisa ao longo do tempo e controlar outras despesas”, acrescentou.


O fator ‘crise’ – Além de definir melhor como usar os recursos, o Planalto terá de se preocupar em definir as receitas que permitirão realizar o pagamento. Em tempos de crise, essa conta fica mais difícil de ser feita. Nesta sexta-feira, por exemplo, o Ministério do Planejamento elevou em 912 milhões de reais a projeção para a arrecadação tributária, mas, ao mesmo tempo, espera um gasto 412 milhões de reais maior com despesas obrigatórias – a maior parte delas deriva de recursos para subsídios criados para salvar o PIB nacional da crise.
Ante a desaceleração do crescimento econômico e os benefícios fiscais, Almeida sugere reduzir o gasto em outras áreas, como a previdenciária, por exemplo, estabelecendo idade mínima para aposentadoria e redefinindo as regras de pensões. Seria possível assim abrir espaço para redirecionamento de verbas para educação.
Adicionalmente, para conseguir aumentar, de forma sustentável, o gasto com educação em dois pontos porcentuais do PIB nos próximos oito anos, o governo terá de discutir outras reformas. “Queremos gastar muito com Previdência, muito com saúde, muito com educação, mas o Orçamento não comporta. Por isso, somos o país emergente com a maior carga tributária”, concluiu. No futuro, outra fonte de recursos para atender aos anseios da população pode ser a receita da exploração da camada pré-sal.
Enfim, é preciso planejamento – tanto da reformulação do sistema de ensino, de modo a gastar com eficiência e corrigir as escandalosas distorções atuais, quanto da incorporação destes gastos nas contas públicas.
(com reportagem de Naiara Infante Bertão)

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Saúde cardiovascular

Stress no trabalho aumenta em até 70% risco de problemas cardiovasculares em mulheres

Pesquisa feita em Harvard mostrou que empregos que exigem muitas tarefas em pouco tempo elevam chances de mortes por doenças do coração

O fato de que o estresse pode exacerbar o eczema atópico é muito bem aceito
Stress no trabalho é risco a longo prazo para saúde cardíaca da mulher, diz estudo (ThinkStock)
Mulheres que trabalham em ambientes muito estressantes, em comparação com quem sofre menos stress no emprego, têm um risco maior de passarem por uma cirurgia cardíaca, de sofrerem algum evento cardiovascular, como um infarto ou um derrame cerebral, ou então de morrerem em decorrência de um problema como esse. Essa é a conclusão de um estudo feito no Hospital Brigham and Women, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, publicada nesta quarta-feira no periódico PLoS One, porém, a insegurança em relação ao emprego não afeta essas chances.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Job Strain, Job Insecurity, and Incident Cardiovascular Disease in the Women’s Health Study: Results from a 10-Year Prospective Study

Onde foi divulgada: revista PLoS One

Quem fez: Natalie Slopen, Robert Glynn, Julie Buring, Tené T. Lewis, David Williams e Michelle Albert

Instituição: Hospital Brigham and Women da Universidade de Harvard, Estados Unidos

Dados de amostragem: 22.086 mulheres com idade média de 57 anos

Resultado: Trabalhos estressantes e altamente tensos aumentam em 40% chances de evento cardiovascular, morte por um problema desses e cirurgia cardíaca e em 70% risco de infarto não fatal
Os pesquisadores consideraram um trabalho muito estressante como aquele cujas tarefas demandam muito das mulheres — ou seja, as fazem produzir o tempo todo com prazos difíceis de serem cumpridos e as deixam sempre em estado de tensão. Segundo os resultados, em relação a mulheres cujo emprego era menos estressante, aquelas que sofriam mais stress no trabalho tiveram um risco 40% maior de terem qualquer problema decorrente de uma doença cardiovascular (ataque cardíaco, AVC, cirurgia ou morte) e aproximadamente 70% mais chances de sofrerem um infarto não fatal.
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Essas conclusões foram baseadas em 10 anos de pesquisa feita com 22.086 mulheres que tinham, em média, 57 anos quando o estudo começou. Durante esse período, foram registrados 170 ataques cardíacos, 163 casos de acidente vascular cerebral (AVC) e 52 mortes por doença cardiovascular. Ao calcularem a relação entre stress no trabalho e esses eventos cardíacos, os pesquisadores também levaram em consideração outros fatores de risco, como idade, estilo de vida e hábitos alimentares.
“Empregos altamente estressantes e que provocam tensão entre os trabalhadores são uma forma de stress psicológico e surtem efeitos adversos à saúde cardiovascular a mulher a longo prazo. Nossos resultados sugerem a necessidade de cuidados especiais de saúde a pessoas que sofrem maior tensão no trabalho e que, portanto, podem ter um maior risco de eventos cardiovasculares”, diz a coordenadora da pesquisa, Michelle Albert.
O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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Ciência

"Não é mais possível dizer que não sabíamos", diz Philip Low

Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo, e como essa descoberta pode impactar a sociedade

Marco Túlio Pires
Epilepsia: especialistas estimam que 2% da população brasileira tenha a doença
Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem neurocientistas (Thinkstock)
 
O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.


Leia mais: Entenda o manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e até polvos
Divulgação
Philip Low
Philip Low: "Todos os mamíferos e pássaros têm consciência"
Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. "As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência", diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:
Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito? Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.
Leia mais: A íntegra, em inglês, do manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como polvos
Quais animais têm consciência? Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.


É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos? Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.


Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência? Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.


Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais? Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.


Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais? É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.


As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento? Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.


O que pode mudar com o impacto dessa descoberta? Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.

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Comportamento animal

Quase humanos

Neurocientistas publicam manifesto afirmando que mamíferos, aves e até polvos têm consciência e esquentam debate sobre direitos dos animais

Marco Túlio Pires
Chimpanzé alimenta um filhote de tigre dourado, em mini zoológico na cidade de Samutprakan, Tailândia
Chimpanzé alimenta um filhote de tigre dourado, em mini zoológico na cidade de Samutprakan, Tailândia: percepção de sua própria existência e do mundo ao seu redor (Rungroj Yongrit/EFE)
 
Os seres humanos não são os únicos animais que têm consciência. A afirmação não é de ativistas radicais defensores dos direitos dos animais. Pelo contrário. Um grupo de neurocientistas — doutores de instituições de renome como Caltech, MIT e Instituto Max Planck — publicou um manifesto asseverando que o estudo da neurociência evoluiu de modo tal que não é mais possível excluir mamíferos, aves e até polvos do grupo de seres vivos que possuem consciência. O documento divulgado no último sábado (7), em Cambridge, esquenta uma discussão que divide cientistas, filósofos e legisladores há séculos sobre a natureza da consciência e sua implicação na vida dos humanos e de outros animais.
Leia mais: A íntegra, em inglês, do manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como polvos
Apresentado à Nasa nesta quinta-feira, o manifesto não traz novas descobertas da neurociência — é uma compilação das pesquisas da área. Representa, no entanto, um posicionamento inédito sobre a capacidade de outros seres perceberem sua própria existência e o mundo ao seu redor. Em entrevista ao site de VEJA, Philip Low, criador do iBrain, o aparelho que recentemente permitiu a leitura das ondas cerebrais do físico Stephen Hawking, e um dos articuladores do movimento, explica que nos últimos 16 anos a neurociência descobriu que as áreas do cérebro que distinguem seres humanos de outros animais não são as que produzem a consciência. "As estruturas cerebrais responsáveis pelos processos que geram a consciência nos humanos e outros animais são equivalentes", diz. "Concluímos então que esses animais também possuem consciência."

O que é consciência?

PARA A FILOSOFIA


Filosoficamente, é o entendimento que uma criatura tem sobre si e seu lugar na natureza. Alguns atributos definem a consciência, como ser senciente, ou seja, sentir o mundo à sua volta e reagir a ele; estar alerta ou acordado ou ter consciência sobre si mesmo (o que, para a filosofia já basta para incluir alguns animais “não-linguísticos” entre os seres com consciência). Fonte: Enciclopédia de Filosofia de Stanford


PARA A CIÊNCIA


A ciência considera como consciência as percepções sobre o mundo e as sensações corporais, junto com os pensamentos, memórias, ações e emoções. Ou seja, tudo o que escapa aos processos cerebrais automáticos e chega à nossa atenção. O conteúdo da consciência geralmente é estudado usando exames de imagens cerebrais para comparar quais estímulos chegam à nossa atenção e quais não. Como resumiu o neurocientista Bernard Baars, em 1987, o cérebro é como um teatro no qual a maioria dos eventos neurais são inconscientes, portanto acontecem “nos bastidores”, enquanto alguns poucos entram no processo consciente, ou seja, chegam ao “palco”.
Estudos recentes, como os da pesquisadora Diana Reiss (uma das cientistas que assinaram o manifesto), da Hunter College, nos Estados Unidos, mostram que golfinhos e elefantes também são capazes de se reconhecer no espelho. Essa capacidade é importante para definir se um ser está consciente. O mesmo vale para chimpanzés e pássaros. Outros tipos de comportamento foram analisados pelos neurocientistas. "Quando seu cachorro está sentindo dor ou feliz em vê-lo, há evidências de que no cérebro deles há estruturas semelhantes às que são ativadas quando exibimos medo e dor e prazer", diz Low.


Personalidade animal - Dizer que os animais têm consciência pode trazer várias implicações para a sociedade e o modo como os animais são tratados. Steven Wise, advogado e especialista americano em direito dos animais, diz que o manifesto chega em boa hora. "O papel dos advogados e legisladores é transformar conclusões científicas como essa em legislação que ajudará a organizar a sociedade", diz em entrevista ao site de VEJA. Wise é líder do Projeto dos Direitos de Animais não Humanos. O advogado coordena um grupo de 70 profissionais que organizam informações, casos e jurisprudência para entrar com o primeiro processo em favor de que alguns animais — como grandes primatas, papagaios africanos e golfinhos — tenham seu status equiparado ao dos humanos.


O manifesto de Cambridge dá mais munição ao grupo de Wise para vencer o caso. "Queremos que esses animais recebam direitos fundamentais, que a justiça as enxergue como pessoas, no sentido legal." Isso, de acordo com o advogado, quer dizer que esses animais teriam direito à integridade física e à liberdade, por exemplo. "Temos que parar de pensar que esses animais existem para servir aos seres humanos", defende Wise. "Eles têm um valor intrínseco, independente de como os avaliamos."


Questão moral - O manifesto não decreta o fim dos zoológicos ou das churrascarias, muito menos das pesquisas médicas com animais. Contudo, já foi suficiente para provocar reflexão e mudança de comportamento em cientistas, como o próprio Low. "Estou considerando me tornar vegetariano", diz. "Temos agora que apelar para nossa engenhosidade, para desenvolver tecnologias que nos permitam criar uma sociedade cada vez menos dependente dos animais." Low se refere principalmente à pesquisa médica. Para estudar a vida, a ciência ainda precisa tirar muitas. De acordo com o neurocientista, o mundo gasta 20 bilhões por ano para matar 100 milhões de vertebrados. Das moléculas medicinais produzidas por esse amontoado de dinheiro e mortes, apenas 6% chega a ser testada em seres humanos. "É uma péssima contabilidade", diz Low.


Contudo, a pesquisa com animais ainda é necessária. O endocrinologista americano Michael Conn, autor do livro The Animal Research War, sem edição no Brasil, argumenta que se trata de uma escolha priorizar a espécie humana. "Conceitos como os de consentimento e autonomia só fazem sentido dentro de um código moral que diz respeito aos homens, e não aos animais", disse em entrevista ao site de VEJA. "Nossa obrigação com os animais é fazer com que eles sejam devidamente cuidados, não sofram nem sintam dor — e não tratá-los como se fossem humanos, o que seria uma ficção", argumenta. "Se pudéssemos utilizar apenas um computador para fazer pesquisas médicas seria ótimo. Mas a verdade é que não é possível ainda."


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