Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



domingo, 2 de outubro de 2011

Chegada do Mês de Outubro / 2011

04 de Outubro - Dia em que a Igreja celebra São Francisco de Assis.
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No final desta página você encontrará um ESPECIAL sobre a Vida de São Francisco. Vale a pena conferi-lo.
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Sob as bênçãos de Deus, seja bem-vindo
Mês de Outubro de 2011 !!!


Outubro, mês dedicado às missões!!!
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Outubro, mês dedicado ao Rosário da Mãe de Deus e nossa Mãe Maria Santíssima. Vamos rezá-lo!!!!


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Vejam as novidades desta semana:
- Intenções do Apostolado da Oração. / 
- Celebrações Litúrgicas do mês de Outubro / 
- Últimos dias da Festa de São Fco. em Aracoiaba-CE. / 
- Deus tem um projeto para os seus amigos, afirma Bento XVI no Angelus... /
- Eucaristia é milagre: Polônia. / 
- Formação: "Namoro à distância" e "Não duvidar daquilo que a Igreja ensina" /
- Textos das Datas Comemorativas: Mês de Outubro
- ZENIT: O mundo visto de Roma: vários assuntos concernentes a Santa Sé, o Papa e assuntos variados no campo social e religioso...
- Maltratando a Língua Portuguesa 
- Dúvidas no português? Vamos tirá-las, agora!
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Intenções do Apostolado da Oração

Papa reza pelos doentes terminais e pelo Dia Mundial das Missões

Nicole Melhado
Da Redação / Canção Nova


Arquivo
Junto ao Papa, fiéis do mundo rezam por suas intenções
Neste mês de outubro, a intenção geral de oração do Papa Bento XVI é “pelos doentes terminais, para que os seus sofrimentos sejam aliviados pela fé em Deus e pelo amor dos seus irmãos".

E a intenção missionária é pelo Dia Mundial das Missões, que será celebrado neste sábado, 1º, “para que a celebração faça crescer no povo de Deus a paixão da evangelização assim como o apoio a toda a atividade missionária, pela oração e pela ajuda econômica às Igrejas mais pobres”.

Todos os meses, o Santo Padre confia suas intenções ao Apostolado da Oração, uma iniciativa que é seguida por milhões de pessoas em todo o mundo.
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Neste mês de Outubro celebramos:
 
Dia 1º - Santa Terezinha do Menino Jesus.
Dia 04 – São Francisco de Assis.
Dia 05 – São Benedito.
Dia 06 – Nossa Senhora do Rosário e
1ª Sexta-feira do Mês.
Dia 12 – Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil (Solenidade).
Dia 15 – Santa Tereza de Jesus (Tereza de Ávila)
Dia 16 – Dia das Missões e da Infância Missionária.
Dia 25 – Santo Antônio Galvão(1º Santo Brasileiro)
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Datas Comemorativas - Mês de Outubro
Fonte de Pesquisa - Brasil Escola

01 - Dia do Idoso
/ 03- Dias das Abelhas; Dia do Dentista.
/ 04 - Dia da Natureza /
09 - Dia do Correio; Dia do Atletismo /
11 - Fundação do Mato Grosso do Sul /
12 - Dia das Crianças /
13 - Dia do Fisioterapeuta /
15 - Dia do Professor /
16 - Dia da Ciência e Tecnologia e Dia Nacional da Vacinação /  
18 - Dia do Médico /  
24 - Dia da ONU /  
25 - Dia Nacional contra a exploração da mulher. /
26 - Criação da Cruz Vermelha. /  
28 - Dia do Servidor Público /
29 - Dia Nacional do Livro

Obs.: No final desta página de publicações você encontrará um texto relativo a cada comemoração elencada acima.
Veja a nova novidade do nosso blog.
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OBS.: Também no final desta página você encontrará um ESPECIAL sobre a Vida de São Francisco, muito rico em detalhes...

A Paróquia da Imaculada Conceição de Aracoiaba está finalizando a Festa do seu co-padroeiro, São Francisco de Assis.
Foto abaixo:
Turma de Franciscanos e Jufristas - 1974 - Aracoiaba-CE.
Pároco: Pe. Frei Jeremias Saraiva Teles
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 Visão interna da Igreja Matriz de Aracoiaba na Festa-Novenário de São Francisco/2011
Foto: Sacristia Igreja-Matriz de Aracoiaba / Frei Glauber, Pároco da Paróquia da Imaculada Conceição em Guaramiranga,CEe Pe. Evando, pároco da Paróquia da Imaculada Conceição de Aracoiaba-CE.
Visão externa, patamar da Igreja-Matriz de Aracoiaba, durante a Novena de São Francisco...

Frei Glauber durantea Celebração da Santa Missa - Aracoiaba-CE.
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Frei Galuber e minhas queridas Tias-mães Geraldina e Maria Leite.
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Domingo, 02 de outubro de 2011, 11h15

Deus tem um projeto para os seus amigos, afirma Bento XVI

Leonardo Meira
Da Redação/Canção Nova


Reuters
Bento XVI: ''O Senhor sempre está próximo e atuante na história da humanidade''
"Deus tem um projeto para os seus amigos, mas, infelizmente, a resposta do homem é frequentemente orientada à infidelidade, que se traduz em desprezo. O orgulho e o egoísmo impedem de reconhecer e acolher até mesmo o dom mais precioso de Deus: o seu Filho unigênito", ressaltou o Papa Bento XVI antes de recitar a tradicional oração mariana do Angelus neste domingo, 2.

O Pontífice fez a reflexão a partir da parábola dos vinhateiros infiéis, aos quais um homem confiou a própria vinha para que a cultivassem e produzissem frutos. "O proprietário da vinha representa Deus mesmo, enquanto a vinha simboliza o seu povo, bem como a vida que Ele nos doa para que, com a sua graça e o nosso compromisso, façamos o bem", ensina.

Depois, quando envia seu próprio filho, os vinhateiros o prendem, conduzem-no para fora da vinha e o assassinam. "Deus entrega a si mesmo em nossas mãos, aceita fazer-se mistério insondável de fragilidade e manifesta a sua onipotência na fidelidade a um projeto de amor que, ao final, prevê, contudo, também a justa punição dos malvados", indica.

"Firmemente ancorados na fé na pedra angular que é Cristo, permaneçamos n'Ele como o fruto que não pode dar fruto por si mesmo se não permanece na videira. Somente n'Ele, por Ele e com Ele edifica-se a Igreja, povo da Nova Aliança".

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Angelus de Bento XVI
.: Oração do Angelus na voz do Papa
Bento XVI também recordou que o Evangelho deste Domingo (Mt 21, 33-43) termina com uma advertência de Jesus, particularmente severa, destinada aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: "Ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele" (Mt 21,43).

"São palavras que fazem pensar sobre a grande responsabilidade de quem, em cada época, é chamado a trabalhar na vinha do Senhor, especialmente com papel de autoridade, e impulsionado a renovar a plena fidelidade a Cristo", afirmou.


Por fim, o Bispo de Roma lembrou que o Senhor sempre está próximo e atuante na história da humanidade, e nos acompanha também com a singular presença dos seus Anjos. "Desde o início até a hora da morte, a vida humana é circundada pela sua incessante proteção. E os Anjos fazem coroa à Augusta Rainha das Vitórias, a Beata Virgem Maria do Rosário, que no primeiro domingo de outubro, exatamente nesta hora, do Santuário de Pompeia e pelo mundo todo, acolhe a fervorosa Súplica, a fim de que seja derrotado o mal e revele-se, em plenitude, a bondade de Deus".
O encontro

O encontro do Santo Padre com cerca de 20 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 12h (horário de Roma - 7h no horário de Brasília). O Papa retornou ontem para o Vaticano, após os cerca de três meses que passou em repouso na Residência Pontifícia de Castel Gandolfo.

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Dúvidas em Português? Vamos tirá-las, agora!

"A presidente" ou "a presidenta"?
Tanto faz. As duas formas são consideradas corretas. Note que a forma “presidenta” segue a tendência natural de criarmos a forma feminina dos substantivos com o uso da desinência “a”, como ocorre em: trabalhador/trabalhadora, fotógrafo/fotógrafa, etc.

Na língua portuguesa, temos também a opção da forma comum de dois gêneros, como ocorre em: o jovem/a jovem, o estudante/a estudante, etc.

No entanto, lembre-se de que há palavras que aceitam as duas possibilidades: o chefe/a chefe ou o chefe/a chefa, o parente/a parente ou o parente/a parenta, o presidente/a presidente ou o presidente/ a presidenta.

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Maltratando a Língua Portuguesa
Site: Só Português

Esta seção contém diversas imagens enviadas por usuários do "Só Português". As fotos apresentam erros de ortografia e aparecem, em sua maioria, em anúncios e placas de todo o Brasil. Abaixo de cada imagem, não deixe de observar a grafia correta das palavras.
Cereal.
Absorvente.

Epilético.
Cliente.

Hectares.
Energético.

Mexer.
Pedaço gelado.

Videoquê.
Tablete.

EUCARISTIA É MILAGRE! POLÔNIA

No Milagre Eucarístico de Cracóvia temos notícia de Hóstias que foram preservadas da lama e de estranhos fenômenos luminosos. Uns ladrões roubaram uma Píxide com Partículas consagradas e as abandonaram num pântano nas redondezas de Wawel. Na igreja de Corpus Christi em Cracóvia ainda estão visíveis as pinturas que mostram o Milagre e se conservam os documentos e testemunhos da época.
No ano de 1345, o rei da Polônia Casimiro III, o Grande, mandou construir uma igreja dedicada ao Corpo de Cristo em memória do Milagre Eucarístico que ocorreu naquele mesmo ano nos campos de Wawel, perto de Cracóvia.
Alguns ladrões entraram numa igreja pouco distante de Cracóvia e depois que forçaram o Tabernáculo se apoderaram da Píxide que continha algumas Hóstias consagradas. Rapidamente perceberam que a Píxide não era de ouro e assim se desfizeram dela jogando-a num pântano cheio de lixo e lama. Imediatamente uma luz fortíssima saiu do meio do lodo e o resplendor continuou dia e noite durante vários dias.
Todo o povoado viu o estranho fenômeno e foi decidido por unanimidade que o Bispo deveria ser avisado. O Prelado, não entendendo como num pântano pudesse resplandecer uma luz tão intensa e visível a quilômetros de distância, decidiu convocar três dias de jejum e oração. No terceiro dia todo o povoado fez uma procissão encabeçada pelo Bispo e se dirigiu ao pântano iluminado. 
Todo o pântano foi revistado e finalmente um homem achou a Píxide com as Hóstias dentro; elas estavam completamente intactas e emanavam uma luz ofuscante. O povo comovido começou a louvar o Senhor e a celebrar o Milagre.
Ainda hoje, por ocasião da Festa de Corpus Christi, se comemora o Milagre na Igreja do Corpo de Cristo em Cracóvia.
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Formações

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Namoro à distância

Nenhuma tecnologia é capaz de reproduzir sentimentos
Hoje, o mundo se tornou pequeno para o alcance da web. Ninguém tem dúvidas de que a internet é uma maneira de encontrar pessoas e estabelecer novas amizades. Os locais que eram tidos como referência para encontrar pessoas novas, como bares, praças, shopping centers, entre outros, passaram a ser substituídos ou ter como aliadas as redes de relacionamentos à sua disposição.
Apesar de todas as coisas que se falam sobre os encontros virtuais, inúmeros sites de relacionamentos se multiplicam na rede mundial de computadores. De modo comum, todos eles prometem, com o uso da tecnologia, encontrar o par perfeito para quem está sozinho. Outros oferecem a possibilidade de se viver um "affair" sem riscos. Esses, inclusive, se comprometem a forjar álibis perfeitos para aqueles que já estão compromissados num outro relacionamento.
Contudo, as pessoas que esperam ter um relacionamento amoroso, como parte de suas vidas, precisam estar muito atentas às armadilhas que podem se esconder atrás de ardilosas palavras trocadas em salas de bate-papo. Entendemos que não é difícil encontrar pessoas que, na tentativa de criar um relacionamento com alguém, tenham vivido algum tipo de situação desagradável na internet.
A proteção e o anonimato, aparentemente eficazes, oferecidos nesse meio, facilitam uma certa exposição por parte de quem se deixa levar pelas primeiras impressões causadas por quem está do outro lado do monitor, o qual nem sempre está comprometido com a verdade. Algumas pessoas usam desse meio de comunicação por reconhecer sua dificuldade de vencer a timidez ou romper com solidão. Outras se utilizam dessa tecnologia pela grande facilidade de encontrar pessoas dispostas a viver encontros sem grandes compromissos...
Todavia, há casais que se conheceram e iniciaram um namoro em salas de encontros virtuais. O sucesso, de casos semelhantes, foi garantido quando estes venceram as barreiras do distanciamento e decidiram viver as experiências do namoro fora do ambiente virtual. A internet pode até promover os encontros, mas esta não pode ser o meio de sustentação de um relacionamento. Assim, para que seja evitado qualquer esvaziamento do projeto inicial dos namorados, o casal precisará se esforçar para viver mais a realidade dos encontros pessoais.
A intenção de estabelecer um relacionamento amoroso está em encontrar alguém que se afine com nossos projetos. E isso nós vamos conhecer à medida que o namoro caminhar e amadurecer ao longo dos dias.

A pessoa que se dispõe a viver um compromisso de namoro deve estar ciente de que é na convivência do dia a dia que ela vai lidar com as diferenças do outro. É durante esse período que as intenções da pessoa com quem nos relacionamos vão aflorar e confirmar se realmente existe a afinidade que consideramos importante.
Por essa razão, acredito não ser possível afirmar que conhecemos alguém quando o relacionamento é vivido à distância, limitando-o apenas ao contato virtual ou a espaçados encontros. A ausência do contato facilmente poderá camuflar uma verdadeira reação a respeito do temperamento, das qualidades e tendências da pessoa com quem estamos nos relacionando. Pois diante de qualquer problema ou uma leve crise entre os casais - que poderiam fazer emergir do relacionamento situações que precisassem  de mudanças - eles podem, simplesmente, desligar o computador em vez de resolver o impasse. Da mesma maneira, o distanciamento impedirá, também, de conhecer as virtudes que a pessoa traz consigo.
Os contatos telefônicos e os e-mails apaixonados são até importantes para a manutenção de um relacionamento, mas não substituem o valor da convivência real do dia a dia.  Pois, por mais perfeito que possam ser os meios aplicados pela tecnologia, nenhum deles será capaz de reproduzir aqueles sentimentos que garantirão a realização de um sonho a dois.
Um abraço!
Foto Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes
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Formações

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Não duvidar daquilo que a Igreja ensina

Pois o Espírito Santo 'ensinar-vos-á todas as coisas'
"O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordará tudo o que vos tenho dito" (João 14,25).

Antes de Jesus sofrer a Sua Paixão, na noite da despedida, naquela última Santa Ceia memorável, deixou bem claro aos apóstolos que eles teriam a assistência permanente do Espírito Santo. Sinta-se um instante naquela Ceia e ouça-O falar naquela noite memorável da despedida: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Paráclito (Defensor), para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós" (João 14, 15-17).

Ora, como poderia a Igreja Católica se desviar do caminho de Deus se o Espírito da Verdade está nela e, com ela, desde o começo, e nela “permanece” sempre? Será que essa Promessa de Jesus não se cumpriu? Será que o Senhor mentiu naquela noite memorável? Não! Jesus foi enfático, o Espírito Santo não só “permanecerá convosco”, mais ainda: “estará  em vós”, eternamente.

Na mesma noite da despedida, Jesus ainda disse aos apóstolos: "Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordará tudo o que vos tenho dito" (João 14,25).

Ora, como pode a Igreja se enganar na sua missão de levar os homens a Deus se o Senhor lhe prometeu na última noite: o Espírito Santo "ensinar-vos-á todas as coisas"? Observe que Cristo colocou o verbo no futuro: “ensinar-vos-á”; quer dizer: todos os dias daquele dia em diante, até Ele voltar. Ele continua a ensinar a Igreja, e a Igreja aos homens.

Nem tudo que a Igreja acredita está na Bíblia, muitas coisas o Espírito Santo ensinou para ela [Igreja] no decorrer dos séculos: é a Sagrada Tradição. É por isso que cremos nos dogmas ensinados pela Igreja hoje e sempre.

Aqueles homens simples da Galileia não tinham condições de assimilar todas as verdades da fé, toda a teologia que hoje a Igreja conhece (dogmática, cristologia, liturgia, mariologia, pneumatologia, escatologia, exegese bíblica...), depois de muito estudo e reflexão. Jesus, então, lhes explicou que o Espírito Santo de Deus, o Espírito da Verdade, os guiaria à verdade no futuro. Como poderá, então, a Igreja errar se o Senhor lhe prometeu que o Seu Santo Espírito da Verdade “ensinar-vos-á toda a verdade”, desde o começo? Note que o verbo está no futuro.

Uma grande prova de que a Igreja Católica não erra, no essencial, é que, em toda a sua longa história de 2 mil anos, nunca um Papa revogou um ensinamento sobre a fé ou a moral de um antecessor seu. O mesmo aconteceu com os 21 Concílios ecumênicos (universais) que a Igreja já realizou; nunca um Concílio revogou um ensinamento de fé de outro anterior. Esta é a marca do Espírito Santo na Igreja: não há contradição.

"Fora da Igreja não há salvação", diziam os Santos Padres dos primeiros séculos da Igreja. E o Catecismo da Igreja Católica (CIC) explica o que isso significa: "Toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é o seu Corpo" (CIC § 846). Logo, sem a Igreja não pode haver salvação. Mesmo os não cristãos, sem culpa, podem se salvar se viverem de acordo com sua consciência, são salvos por meio da graça concedida à Igreja. Aqueles que, conscientemente, rejeitarem a Igreja, rejeitarão também a salvação. Jesus afirmou aos apóstolos, hoje nossos bispos: "Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita aquele que Me enviou" (Lc 10,16).
Só a eles o Senhor confiou o encargo de ensinar, sem erro, com a assistência do Espírito Santo. Por isso a Igreja é essencial.

A Igreja que Jesus fundou é a que “subsiste na Igreja Católica”, que tem 2 mil anos e nunca ficou sem um chefe, Sucessor de Pedro, que o Senhor escolheu.
Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br 


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ESPECIAL
04 de Outubro - Festa de São Francisco

Francisco de Assis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
São Francisco de Assis
Bonaventura Berlingieri - St Francis of Assisi.jpg
Bonaventura Berlinghieri: São Francisco e cenas de sua vida, 1235, uma das mais antigas pinturas representando São Francisco de Assis
Nascimento 5 de julho de 1182 em Assis
Morte 3 de outubro de 1226 em Assis
Veneração por Igreja Católica
Canonização 16 de Julho de 1228, Assis por: Papa Gregório IX
Principal templo Basílica de São Francisco de Assis, Assis (Itália)
Festa litúrgica 4 de Outubro
Portal dos Santos
Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho de 1182 [1]3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.[2]
Dante Alighieri disse que ele foi uma "luz que brilhou sobre o mundo", e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus, mas a despeito do enorme prestígio de que ele desfruta até os dias de hoje nos círculos cristãos, que fez sua vida e mensagem serem envoltas em copioso folclore e darem origem a inumeráveis representações na arte, a pesquisa acadêmica moderna sugere que ainda há muito por elucidar quanto aos aspectos políticos de sua atuação, e que devem ser mais exploradas as conexões desses aspectos com o seu misticismo pessoal. Sua vida é reconstruída a partir de biografias escritas pouco após sua morte e,segundo alguns críticos, essas fontes primitivas ainda estão à espera de edições críticas mais profundas e completas, pois apresentariam contradições factuais e seriam inclinadas a fazer uma apologia de seu caráter e obras e, assim, deveriam ser analisadas sob uma óptica mais científica e mais isenta de apreciações emocionais do que tem ocorrido até agora, a fim de que sua verdadeira estatura como figura histórica e social, e não apenas religiosa, se esclareça. De qualquer forma, sua posição como um dos grandes santos da Cristandade se firmou enquanto ele ainda era vivo, e permanece inabalada. Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer, em 1228, e por seu apreço à natureza é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.[3]

Índice

Biografia

Juventude e conversão

Casa onde Francisco nasceu, Assis.
Era filho do comerciante italiano Pietro di Bernadone dei Moriconi e sua esposa Pica Bourlemont, cuja família tinha raízes francesas. Os pais de Francisco faziam parte da burguesia da cidade de Assis, e graças a negócios bem sucedidos na Provença, França, conquistaram riqueza e bem estar. Na ausência do pai, em viagem à França, sua mãe o batizou com o nome de Giovanni (João, em português, a partir do profeta São João Batista) na igreja construída em homenagem ao padroeiro da cidade, o mártir Rufino. A origem de seu nome Francesco (Francisco) é incerta. Para uns, depois de uma viagem à França, onde o menino teria ficado cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês" em italiano. Para outros seu pai teria feito, em vez, uma homenagem ao país natal de sua esposa, embora não haja provas de sua naturalidade francesa. Também foi sugerido que o nome foi dado por seu gosto pela língua francesa, que perdurou por toda a vida de Francisco e era em sua época a linguagem por excelência da literatura cavaleiresca e da expressão amorosa.[4][5]

O nascimento de São Francisco. Pintura anônima na igreja do Convento de Santo Antônio da Paraíba
 
O menino cresceu e se tornou um jovem popular entre seus amigos, por sua indisciplina e extravagâncias, por sua paixão pelas aventuras, pelas roupas da moda e pela bebida, e por sua liberalidade com o dinheiro, mas mostrava uma índole bondosa. Era nessa época fascinado pelas histórias de cavalaria, e desejava ganhar fama como um herói. Assim, em 1202 alistou-se como soldado na guerra que Assis desenvolvia contra Peruggia, mas foi capturado e permaneceu preso, à espera de um resgate, por cerca de um ano. Ao ser libertado caiu doente, com episódios de febre que duraram quase todo o ano de 1204. Ali se apresentaram as duas afecções que o acompanharam por toda a sua vida: problemas de visão e no aparelho digestivo.[4][5]

Depois de recuperado tentou novamente a carreira das armas, engajou-se em 1205 no exército papal que lutava contra Frederico II, incentivado por um sonho que tivera. Nele apareceu-lhe alguém chamando-o pelo nome e levando-o a um rico palácio, onde vivia uma linda donzela, e que estava cheio de armas resplandecentes e outros apetrechos de guerra. Indagando de quem eram essas armas esplêndidas e o palácio magnífico, foi-lhe respondido que tudo aquilo era seu e de seus soldados. Animado com a perspectiva de glória, pôs-se a caminho, mas no trajeto teve outro sonho, ou uma visão, onde ouviu, segundo a versão da Legenda trium sociorum, uma voz a dizer: Quem te pode ser de mais proveito? O senhor ou o servo? Como Francisco respondesse: 0 senhor, ouviu novamente a voz: Então por que deixas o senhor pelo servo e o príncipe pelo vassalo?. Confundido, Francisco disse: Que queres que eu faça?, e a voz replicou: Volta para tua terra, e te será dito o que haverás de fazer. Pois deves entender de outro modo a visão que tiveste.[6]

O crucifixo de São Damião. Mestre anônimo do século XII, hoje na Basílica de Santa Clara, Assis.
 
Giotto di Bondone: Renúncia aos bens mundanos, 1297-1299. Basílica de São Francisco de Assis, Assis.
 
Poucos dias depois, já em Assis, durante uma algazarra com seus amigos, teria sido tocado pela presença divina, e desde então, segundo a Legenda, começou a perder o interesse por seus antigos hábitos de vida e mostrar preocupação pelos necessitados. Eleito "rei da juventude" em um festejo folclórico tradicional, em vez de preparar-se para a entrada em uma vida de casado, como seria o costume, retirou-se, conforme relatou seu primeiro biógrafo Tomás de Celano, para uma caverna a fim de meditar, acompanhado de apenas um amigo fiel, para quem revelou suas preocupações e seu desejo de obter o tesouro da sabedoria e de desposar a vida religiosa. Mas ainda era um período de hesitação. Quando tinha arroubos de devoção e os expressava publicamente, era ridicularizado; tinha pesadelos com uma horrível mulher corcunda, e imaginava que esta era a imagem de sua futura vida de pobreza.[5]
Certo dia saiu em um passeio pelos campos nos arredores, e ao penetrar em uma clareira ouviu o som do sino que os leprosos, proscritos pela sociedade, deviam usar para indicar a sua aproximação, e logo se viu frente a frente com o homem doente. Fazia frio e o leproso tinha apenas trapos sobre o corpo. Francisco sempre sentira repulsa dos leprosos, mas nesse momento desceu de seu cavalo e cobriu o homem com seu próprio manto. Espantado consigo mesmo, olhou nos olhos do outro, e viu sua gratidão, e enquanto ele mesmo chorava, beijou aquele rosto deformado pela moléstia. Este parece ter sido o ponto de virada em sua vida, mas sua vocação não se declarou toda subitamente, e a cronologia desses e outros episódios preparatórios para sua conversão não é clara nas fontes antigas. Também parece ter tentado seguir o ofício de seu pai, mas sem conseguir devotar-se a ele. Ao contrário, estava cada vez mais interessado em ajudar os pobres.[4]
Mas certa feita entrou para orar na igreja de São Damião, fora das portas da cidade, e ali, diz a tradição, ele ouviu pela primeira vez a voz de Cristo, que lhe falou de um crucifixo. A voz chamou a sua atenção para o estado de ruína de sua Igreja, e instou para que Francisco a reconstruísse. Imediatamente voltou para sua casa, recolheu diversos tecidos caros da loja de seu pai e os vendeu a baixo preço no mercado da cidade, e voltou para a igreja onde tivera sua revelação doando o dinheiro para o padre, a fim de que ele restaurasse o prédio decadente. Ao saber disso o pai se enfureceu e mandou que o buscassem. Atemorizado, Francisco se escondeu em um celeiro, onde seu amigo lhe levava um pouco de comida. Passado algum tempo, decidiu revelar-se, e diante do povo de Assis se acusou de preguiçoso e desocupado. A multidão o tomou por louco e divertiu-se apedrejando-o. O pai ouviu o tumulto e o recolheu para sua casa, mas o acorrentou no porão. Alguns dias depois sua mãe, por compaixão, livrou-o das correntes, e Francisco foi buscar refúgio junto ao bispo. O pai seguiu-o e o acusou de dissipador de sua fortuna, reclamando uma compensação pelo que ele havia tirado sem licença de sua loja. Então, para a surpresa de todos, Francisco despiu todas as suas belas roupas e as colocou aos pés do pai, renunciou à sua herança, pediu a bênção do bispo e partiu, completamente nu, para iniciar uma vida de pobreza junto do povo, da qual jamais retornou.[4][5] O bispo viu nesse gesto um sinal divino e se tornou seu protetor pelo resto da vida.[7]

A fundação da Ordem e primeiras obras

Francisco, tomando ao pé da letra o que o crucifixo de São Damião ordenara, iniciou sua nova vida como pedreiro, ajudando a reconstruir diversas igrejas nos arredores de Assis - esta de São Damião, a de São Pedro e a da Porciúncula, que segundo São Boaventura era a que ele mais amava. Nela descobriu, em 1208 ou 1209, na leitura de uma passagem do evangelho de Mateus, as linhas gerais que orientaram sua vocação:
"Ide, disse o Salvador, e proclamai em todas as partes que o Reino do Céu está aberto. Vós recebestes gratuitamente; dai sem receber pagamento. Não leveis nem ouro, nem prata nem cobre em vossos cintos, nem um alforje, nem uma segunda túnica, nem sandálias, nem o cajado de viajante, pois o trabalhador merece ser sustentado. Em qualquer vila em que entrardes procurai alguma pessoa digna, e hospedai-vos com ela até partirdes. E quando entrardes em uma casa, saudai-a; se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz."[8]
Dessa forma, de devoto passou a ser missionário, e começou a pregação da palavra divina, fazendo seus primeiros conversos, entre eles Bernardo de Quintavalle, um rico burguês de Assis, que vendeu tudo o que tinha para dar aos pobres, Pietro Cattani, que foi mais tarde seu sucessor na Ordem, e o Irmão Giles. Nesse período inicial, segundo Celano, teve uma revelação do futuro brilhante de sua Ordem, e ao mesmo tempo das provações que estavam pela frente. Diz o cronista:
"No começo desta nossa vida vamos encontrar alguns frutos doces e deliciosos. Depois serão oferecidos outros de menor sabor e doçura. No fim, serão dados alguns cheios de amargor, de que não poderemos viver, porque sua acidez será intragável para todos, apesar da aparência de frutos belos e cheirosos. Entretanto, como vos disse, o Senhor fará de nós um grande povo"[9]
Giotto: Francisco e seus companheiros diante de Inocêncio III, 1297-1299. Basílica de São Francisco de Assis, Assis.
Anônimo: São Francisco cortando os cabelos de Santa Clara em sua ordenação, século XV. Deutsches Historisches Museum.
 
Tendo reunido mais um grupo de seguidores, dirigiu-se para Roma a fim de obter do papa a autorização da primeira Regra para a fundação de sua Ordem, a chamada Regra primitiva, que prescrevia uma pobreza absoluta para os monges e para a Ordem, em imitação literal da vida de Jesus Cristo e seus apóstolos conforme narrada nos Evangelhos, que não possuíam nada pessoalmente nem em comum. Segundo o cronista inglês Matthew Paris, lá chegando, sujos e vestidos pobremente, foram ridicularizados pela corte de Inocêncio III, que mandou não aborrecê-lo com sua Regra, considerada excessivamente rigorosa e impraticável, e que fosse pregar entre os porcos. Tendo-o feito num chiqueiro próximo, coberto de lama voltou para o papa, que refletindo um momento, decidiu recebê-los em uma audiência formal depois que se lavassem. Francisco e seus amigos se prepararam então para esse outro encontro conseguindo o apoio de prelados eminentes para a sua causa. Segundo os relatos antigos, nesse ínterim Inocêncio teve um sonho, onde viu a Basílica de São João de Latrão prestes a desabar, apenas sustentada por um pobre religioso, que ele interpretou como sendo Francisco. Com a recomendação favorável de alguns conselheiros e com o aviso recebido em sonho, Inocêncio finalmente autorizou a Regra, mas não por escrito, nem outorgou o estatuto de Ordem maior ao grupo, apenas permitiu que pregassem e dessem socorro moral às pessoas, mas acrescentando que se eles conseguissem frutos de seu trabalho, voltassem a ele para que sua situação fosse completamente regularizada. Alguns relatos antigos, como o deixado por Roger de Wendover, sugerem que Francisco e seus companheiros não ficaram completamente satisfeitos com o resultado de seu encontro com o papa, e em seu caminho de volta, ao pararem em Spoleto, parece ter havido uma crise entre o grupo. Alguns teriam se inclinado a abandonar a pregação para viverem como monges eremitas, desiludidos com a ostentação de luxo da corte papal. Também nessa ocasião parece ter ocorrido o célebre Sermão aos pássaros, mas os cronistas divergem na sua descrição. Para Wendover ele foi a manifestação da revolta de Francisco, que teria mandado as aves devorarem os poderosos, mas os que seguem a versão de Celano o referem como um idílio cheio de poesia e doçura.[10][11]

Chegando em Assis, instalaram-se em uma cabana no campo, onde se dedicaram ao cuidado dos leprosos, ao trabalho manual e à pregação, vivendo de esmolas. Logo a cabana se tornou pequena para o crescente número de irmãos, mas o abade do mosteiro beneditino do Monte Subásio lhes concedeu em fins de 1210 o uso da capela da Porciúncula e de uma terra adjacente. Entre os novos amigos de Francisco estavam o Irmão Leo, seu futuro confessor e amigo inseparável, o Irmão Ruffino, que segundo a lenda pregava até dormindo, o Irmão Juniper, o Irmão Masseo e o Irmão Illuminato. Nesse período sua pregação já alcançara toda a região entorno, mas não eram sempre bem recebidos. Em 1212 a Ordem foi enriquecida com a primeira mulher, Clara d'Offreducci, a futura Santa Clara, fundadora do ramo feminino dos Frades Menores, as Clarissas, que logo trouxe suas irmãs, a quem foi dado o uso da capela de São Damião. No mesmo ano fizeram sua primeira tentativa, frustrada, de evangelizar os sarracenos na Síria, mas não conseguiram chegar ao seu destino e acabaram voltando a Assis com grande dificuldade. Durante a viagem de navio, conta a tradição que o santo fez o milagre de pacificar uma tempestade e de multiplicar a comida dos marinheiros, que terminava. Nessa época seus milagres foram numerosos. Em Ascoli curou enfermos e fez muitas conversões, em Arezzo os arreios de um cavalo que ele havia tocado curaram uma mãe em perigoso trabalho de parto, em Narni curou um paralítico, em San Gimignano expulsou demônios, e em Gubbio pacificou um lobo que assolava a região, entre muitos outros prodígios. Sua fama como santo já se espalhava, e recebeu em doação o monte Alverne para que erguesse ali um refúgio para os irmãos. Em 1214 se dirigiu para o Marrocos para pregar entre os mouros, mas só pôde chegar à Espanha, onde caiu doente, mas outros irmãos prosseguiram.[12] Em 1219, durante a Primeira Cruzada, foi ao Egito, encontrou-se com os cruzados que assediavam Damietta, profetizando sua derrota, em seguida manteve uma entrevista com o sultão Al-Kamil que, impressionado, ao fim da visita pediu que Francisco orasse para que Deus lhe mostrasse a forma de cultuá-lo que fosse de seu agrado e permitiu que pregasse entre seus súditos.[13] Dali passou para a Palestina, peregrinando pelos lugares santos, onde recebeu a notícia de que os irmãos no Marrocos haviam sido martirizados, e que a comunidade em Assis, na sua longa ausência, estava em crise.[12]

Reforma da Ordem

Voltou à Itália e passou por Roma a fim de obter ajuda do papa. Quando chegou em Assis viu que seus ideais haviam sido abandonados e reinava grande confusão entre os irmãos. Alguns se haviam tornado vagabundos e se associavam com mulheres, outros queriam erguer igrejas suntuosas, abandonar o rigorismo da Regra inicial, dedicar-se aos estudos eruditos, e pediam favores e privilégios para o papa. Ao mesmo tempo, a liberdade de pensamento outorgada pela Regra primitiva, que permitia o questionamento de preceitos e ordens percebidos como contrários à consciência, havia degenerado em disputas constantes de opinião entre os irmãos e em desobediência. Pelo menos em um caso a reação de Francisco foi violenta. Em Bolonha, onde o Irmão João fundara um colégio, expulsou todos de lá, inclusive os doentes. Depois teve de aceitar, com a intervenção papal, várias mudanças importantes. Foi estabelecido o período probatório de um ano para novos candidatos, um representante do papa foi indicado governador e corregedor da Ordem, e Francisco passou a administração da comunidade para o Irmão Pietro Cattani, logo substituído pelo Irmão Elias, enquanto que Francisco permanecia apenas como guia espiritual. Foi criada a Ordem Terceira para os irmãos leigos, foi autorizado o estudo avançado de teologia, e o Francisco elaborou uma Segunda regra, em 1221, tentando torná-la o mais clara e inequívoca possível. Ainda assim a Segunda regra, também chamada Regra não bulada, se revelou ineficaz para a solução da crise, era em essência a mesma, e foi solicitada nova revisão para Francisco, auxiliado pelos irmãos Leo e Bonizzo.[14][15] Segundo o relato do Speculum perfectionis, prevendo que Francisco não cederia em muito, o Irmão Elias, acompanhado de outros, foi ao encontro de Francisco e solicitou um abrandamento no texto, e nesse momento todos teriam ouvido a voz de Cristo dizendo que desejava preservar a pureza do conteúdo dos Evangelhos e que quem não se conformasse deixasse a Ordem.[16]

Ficando pronto em 1223, aparentemente com poucas modificações novas, o novo texto foi enviado para Roma para aprovação papal, mas recebeu ainda muitos outros ajustes e cortes do cardeal Ugolino e finalmente foi confirmado pelo papa Honório III, na bula Solet annuere, de 29 de novembro de 1223, e por isso é chamada de a Regra bulada. O texto da Regra primitiva resultou ainda mais profundamente alterado; a maioria das citações do Evangelho e as passagens poéticas foram removidas e substituídas por fórmulas legais. O artigo que autorizava a desobediência de superiores indignos foi excluído, assim como os que prescreviam o cuidado dos leprosos, junto com todas as obrigações de pobreza absoluta. Já não se insistia no trabalho manual e se permitiu que os irmãos usassem quaisquer livros, que naquela época eram raros artigos de luxo.[14][15] A seguir um trecho comparativo entre as regras Não bulada e a Bulada, referente ao modo como os frades deviam trabalhar:

Regra não bulada↓ Regra bulada↓
Todos os frades, em qualquer lugar em que estiverem em casa de outros para servir ou trabalhar, não sejam mordomos nem chanceleres nem estejam à frente das casas em que servem; nem recebam algum emprego que cause escândalo ou produza detrimento para sua alma (Mc. 8,36); mas sejam menores e submissos a todos que estão na mesma casa. E os frades, que sabem trabalhar, trabalhem e exerçam o mesmo ofício que sabem, se não for contra a salvação da alma e puder ser feito honradamente. Pois diz o profeta: Comerás os trabalhos dos teus frutos; és feliz e estarás bem (Sl 127,2); e o apóstolo: Quem não quer trabalhar, não coma (cfr. 2Ts 3,10); e cada um fique na arte e ofício em que foi chamado (cfr. 1Cor 7,24). E pelo trabalho possam receber tudo que for necessário, menos dinheiro. E quando for necessário, vão pela esmola como os outros pobres. E possam ter ferramentas e instrumentos convenientes para seus ofícios. Todos os frades esforcem-se por suar em boas obras (S Greg. M. Hom. 13 in Ev.), porque está escrito: Faz sempre alguma coisa boa, para que o diabo te encontre ocupado (S. Jeron. Ep. 125,11). E ainda: A ociosidade é inimiga da alma (S. Bern. Reg. 48,1). Por isso os servos de Deus devem insistir sempre na oração ou em alguma obra boa. Guardem-se os frades, onde quer que estejam, em eremitérios ou outros lugares, de apropriar-se de lugar algum ou de impedi-lo a alguém. E quem quer que venha a eles, amigo ou adversário, ladrão ou assaltante, receba-se benignamente. E onde quer que estejam os frades e onde quer que se encontrem, devem voltar a ver-se e honrar-se espiritual e diligentemente mutuamente sem murmuração (1Pd 4,9). E cuidem de não se mostrar tristes por fora e sombrios hipócritas; mas se mostrem alegres no Senhor (Fl. 4,4) e bem humorados e convenientemente amáveis.[17] Os frades a quem o Senhor deu a graça de trabalhar, trabalhem fiel e devotamente, de modo que, afastando o ócio inimigo da alma, não extingam o espírito da santa oração e devoção, ao qual as outras coisas temporais devem servir. Como mercê do trabalho recebam para si e seus irmãos o necessário para o corpo, menos dinheiro ou pecúnia, e isso humildemente, como convém a servos de Deus e seguidores da santíssima pobreza.[18]
A Regra Bulada, preservada na Basílica de Assis
 
Impostas pela hierarquia eclesiástica romana e pela pressão de parte de seus próprios companheiros, essas mudanças pouco refletiam o espírito original franciscano, mas foram inevitáveis diante da tensão entre um grupo que crescia, se diversificava e estava prestes a perder sua unidade, e a necessidade de mantê-lo funcional e organizado. Mas expressavam ainda o conflito aberto entre a hierarquia espiritual e a institucional. Francisco via a si mesmo como o mensageiro de um mandado divino, crendo que sua Regra não podia ser alterada sem traição a Cristo que o inspirava e que era a autoridade suprema a ser considerada, a quem o próprio papa devia subordinação, mas parece não ter compreendido que Cristo não falava ao papa nem aos monges, somente ele ouvia sua voz, e assim inevitavelmente sua credibilidade e a propriedade de sua intransigência eram postas em dúvida.[19] Segundo os relatos a Regra bulada só foi aceita por Francisco por força da obediência que devia ao papa como líder da Igreja, da qual jamais quis afastar-se, mas submeteu-se, com grande pesar, e os seus primeiros biógrafos referem este período como o da sua "grande tentação", a de abandonar todo o trabalho. Por fim aceitou o fato consumado, e entregando os frutos para Deus, pacificou-se.[14]

Anos finais e morte

Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando segundo seus biógrafos primitivos seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo. No Natal de 1223 foi convidado pelo senhor de Greccio para celebrar a festa numa gruta com pastores e animais, desejando recriar o nascimento de Cristo em Belém, sendo a origem da tradição dos presépios. Na primavera seguinte viajou para a Porciúncula a fim de assistir a reunião do Capítulo Geral, e em seguida retirou-se para o santuário do Monte Alverne, acompanhado dos irmãos Leo, Ruffino, Angelo, Silvestre, Illuminato, Masseo e talvez também Bonizzo. Muitas vezes os deixava e se embrenhava nas matas, a fim de meditar solitário, levando consigo apenas os Evangelhos e comendo muito pouco.[20] Às vezes o Irmão Leo, em segredo, o observava, e por mais de uma vez testemunhou seus êxtases e viu parte das visões que o santo via. Nos estados contemplativos eram-lhe reveladas por Deus não somente coisas do presente, mas também do futuro, assim como lhe fazia conhecer as dúvidas, os secretos desejos e os pensamentos dos irmãos. Numa dessas ocasiões, segundo relata a coletânea I Fioretti di San Francesco, o Irmão Leo o viu levar a mão ao peito e parecer tirar algo de lá e oferecer a uma língua de fogo que descera sobre ele. Perguntando depois o que sucedera, Francisco respondeu:
"Por que vieste aqui, irmão cordeirinho? Diz-me: viste ou ouviste alguma coisa?
"Leo respondeu: Pai, ouvi-te falar e repetir várias vezes: 'Quem és Tu? Quem és Tu, oh dulcíssimo Deus? E eu quem sou, verme desprezível e teu inútil servo?'
"Ao que Francisco disse: Sabe, irmão cordeirinho de Jesus Cristo, que, enquanto eu dizia aquelas palavras que ouviste, eram nesse momento mostradas à minha alma duas luzes, uma a da revelação e do conhecimento do Criador, a outra a do conhecimento de mim mesmo. Quando eu dizia 'Quem és Tu, oh meu dulcíssimo Deus?', estava numa luz de contemplação na qual via o abismo de infinita bondade, sabedoria e poder de Deus; e quando dizia 'Que sou eu, etc.', estava numa luz de contemplação na qual via a profundidade lamentável da minha abjeção e miséria, e era por isso que indagava do Senhor da infinita bondade o mistério de Ele dignar-Se a visitar-me, a mim que não sou mais que um verme desprezível e inútil. E entre outras coisas que Ele me disse, pediu-me que Lhe fizesse três dádivas, e eu respondi-Lhe: 'Meu Senhor, sou Teu, e bem sabes que nada tenho além da túnica, da corda e das bragas, e estas três coisas também são Tuas. Que posso pois oferecer ou dar à Tua majestade?' Então Deus disse-me: 'Procura no teu íntimo e oferece-me o que lá encontrares.' Eu procurei e encontrei lá uma bola de ouro e ofereci-a a Deus; e fiz isso três vezes, pois três vezes Deus mo ordenou; depois ajoelhei três vezes e bendisse e agradeci a Deus que me dera alguma coisa para eu Lhe oferecer. E logo me foi dado compreender que essas três oferendas significavam a santa obediência, a extrema pobreza e a belíssima castidade que Deus, por Sua graça, me concedeu observar tão perfeitamente. E como Deus depositara no meu íntimo aquelas três bolas de ouro, assim também deu à minha alma essa virtude de sempre O louvar e enaltecer, com o coração e a boca, por todos os bens e por todas as graças que Ele me concedeu, por Sua santíssima bondade."[21]
Giotto: Estigmatização de São Francisco (detalhe), c. 1300. Museu do Louvre.
 
Basílica de São Francisco de Assis, Assis.
 
Durante uma dessas meditações, em 14 de setembro de 1224, no dia da festa da Exaltação da Cruz, Francisco viu a figura de um homem com seis asas, semelhante a um serafim, e pregado a uma cruz, e à medida que continuava na contemplação, que lhe dava imensa felicidade mas era sombreada de tristeza, sentiu se abrirem em seu corpo as feridas que o tornaram uma imitação do próprio Cristo crucificado. Foi, dessa forma, o primeiro cristão a ser estigmatizado, mas enquanto isso lhe trazia alegria, sendo um sinal do favor divino, foi-lhe motivo de muito embaraço e sofrimento físico. Sempre tentou ocultar os estigmas com faixas e seu hábito, e poucos irmãos os viram enquanto ele viveu. Mas eles lhe causavam muita dor e com isso dificultavam seus movimentos, além de sangrarem com frequência. Muitas vezes teve de ser carregado por não poder andar, ou teve de viajar sobre uma mula, o que não era permitido aos irmãos por ser um luxo. Também padeceu de outras enfermidades, ficou quase cego, e as suas dores de cabeça eram terríveis, mas apesar de receber ordem de procurar tratamento, os médicos nada puderam fazer para aliviá-lo. Passou algum tempo sob os cuidados de Clara, e ali deve ter composto, em 1225, seu Cântico ao irmão Sol, mas sua condição se deteriorava diariamente, e ditou seu Testamento. Melhorou então, e viajou para um eremitério perto de Cortona, mas ali piorou novamente, e foi levado para Assis, hospedando-se na casa do bispo em meados de 1226. Pouco depois, pediu para ser levado à Porciúncula, para que pudesse morrer entre os irmãos.[20]

Sentindo a morte próxima, solicitou a uma amiga romana, a nobre Jacopa de' Settesoli, que trouxesse o necessário para seu sepultamento, e também alguma comida bem preparada, que ele havia provado em sua residência em Roma e que deveria aliviar seu sofrimento. Foi despedir-se de Clara e das irmãs em São Damião e voltou à Porciúncula, deu instruções para ser sepultado nu, e no por do sol de 3 de outubro de 1226, depois de ler algumas passagens do Evangelho, faleceu rodeado de seus companheiros, nobres amigos e outras personalidades. As fontes antigas dizem que nesse momento um bando de aves veio pousar no telhado e cantou.[22] Logo em seguida o Irmão Elias notificou a todos de seu desaparecimento e divulgou sua estigmatização, até ali mantida em sigilo, seu corpo foi examinado por muitas testemunhas a fim de comprová-lo, e o povo de Assis e dos arredores acorreu para prestar-lhe sua última homenagem.[23]

Foi enterrado no dia seguinte na igreja de São Jorge. Menos de dois anos depois, o papa Gregório IX foi pessoalmente para Assis para canonizá-lo, o que aconteceu em 6 de julho de 1228 com grande pompa. Em 1230 foi inaugurada uma nova basílica em Assis, que recebeu seu nome e hoje guarda as suas relíquias e abriga o seu túmulo definitivo. A basílica foi decorada no fim do século XIII por Giotto di Bondone com uma grande série de afrescos que retratam a vida do santo.[22]

As fontes documentais primitivas e a historiografia moderna

Francisco deixou escritos, que apesar de poucos e sucintos são uma fonte de grande importância para o conhecimento de suas ideias e objetivos, mas ele não escreveu sua própria história e foi sempre muito avesso a relatar sua vida privada, tarefa que ficou para seus biógrafos. Diversos daqueles documentos são de autoria controvertida, e são-lhe atribuídos mais pela tradição do que por qualquer outro motivo, não havendo provas que os autentiquem. É o caso da famosa Epistola ad populorum rectores (Carta aos governantes dos povos) e o da Epistola ad fratrem Antonium (Carta ao Irmão Antônio de Pádua). O seu conteúdo, no contexto do pensamento franciscano mais reconhecido, é pouco congruente. A primeira é uma admonição apocalíptica, mas se a preparação para o Juízo Final era uma preocupação para Francisco, não há evidência de que ele o considerasse um evento iminente, como o texto da carta sugere. Quanto à segunda, a aprovação que faz do estudo teológico erudito não parece concordar com a marcada inclinação de Francisco para a simplicidade. Seja como for, sua autenticidade é um problema ainda em aberto.
A Regula (Regra primitiva) da Ordem, que escreveu de próprio punho entre 1209 e 1210, teve seu original perdido, e a reconstituição que foi feita mais tarde é, assim, incerta, mas crê-se que trechos dela sobrevivam em pelo menos três fontes secundárias, o códice fragmentário da Catedral de Worcester, a Explicação da Regra escrita por Hugo de Digne entre 1245 e 1255, e a Vita secunda Sancti Francisci, de Tomás de Celano, além de ter sido a fonte básica para a elaboração da Regula non bullata (Regra não bulada) e da Regula bullata (Regra bulada). Também autógrafa é a Benedictio fratri Leoni data (Bênção ao irmão Leo), e que está preservada na Basílica de Assis. Seu Testamentum (Testamento) deve ser autêntico, ainda que ditado a outrem, e nele ele faz uma apologia do trabalho cotidiano e manual, expressando o desejo de que todos os Irmãos trabalhassem como ele de forma honesta. Também parece estar fora de dúvida sua autoria do Cantico di frate Sole (Cântico do irmão Sol), que é uma bela demonstração de sua veia mística e também de seu talento poético, mas outros poemas que ele, segundo a tradição, escreveu em italiano, latim e francês, foram perdidos.[24][25][26] Suas Admoestações, uma coleção de 28 textos curtos, podem ter sido escritas a partir de suas próprias palavras, mas o texto em si muito provavelmente não é de sua lavra. O fragmento Audite, poverelle (Ouvi, pobrezinhas), escrito para as Clarissas, descoberto em 1976 em dois manuscritos do século XIV, parece ser autêntico, do mesmo modo que a Forma vivendi Sanctae Clarae data (Forma de vida para Santa Clara) e a Ultima voluntas Sanctae Clarae scripta (Última vontade para Santa Clara), que sobreviveram em cópias de Santa Clara inclusas em sua própria Regra. Também sobrevivem um punhado de cartas a destinatários diversos, orações e fragmentos vários, e embora sua autenticidade seja debatida e se encontrem registrados apenas em manuscritos posteriores, muitos desses textos são considerados originais.[25] A vastamente popular Oração de São Francisco, a que inicia com as palavras Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz..., não é de sua autoria, tendo sido escrita em 1913 e publicada em um magazine francês anonimamente.[27]
Carta autógrafa de S. Francisco para o Irmão Leo
 
Giotto: A verificação dos estigmas de São Francisco após sua morte, 1297-1299. Basílica de São Francisco de Assis, Assis.
 
No final do século XIX, já dispondo de uma metodologia e de uma visão historiográfica mais científica e consistente, os estudiosos começaram um trabalho de revisão do material antigo disponível. O primeiro estudo nesses moldes foi publicado em 1894 pelo protestante Paul Sabatier, em sua Vida de São Francisco de Assis, e desde então eles se multiplicaram de forma abundante. No início do século XX toda a literatura biográfica e folclórica escrita em torno de Francisco nos séculos XIII e XIV que foi recuperada, foi compilada por eruditos franciscanos no Analecta Franciscana, de mais de 800 páginas, mas para os estudiosos modernos essas fontes primitivas, apesar de essenciais e incontornáveis, apresentam diversos problemas que as impedem de ser consideradas inteiramente fidedignas, principalmente pela incerteza sobre a datação da maioria delas, por suas contradições e imprecisões, por adornarem as passagens da sua vida com uma profusão de lendas maravilhosas cuja comprovação se faz muito difícil, e por muito frequentemente o retratarem apenas como um herói da fé, com escassa menção aos problemas que a Ordem enfrentava em sua morte e aos seus conflitos com a Igreja estabelecida, e colorindo seu caráter com apreciações carregadas de emocionalismo. Embora se acredite que não haja motivos importantes para se duvidar da pureza das intenções e da vida de Francisco, nem de sua importância para a história da religião

Católica e para a devoção moderna, toda a substância dos relatos parece ser pouco objetiva.[28]
A célebre Legenda maior Sancti Francisci (História de São Francisco, 1263), de São Boaventura, que sobreviveu em inúmeras cópias, não parece ser de muita utilidade. Apesar de ele a ter elaborado a partir de fontes de primeira mão, sua preocupação com a harmonização da comunidade franciscana e a ausência naquela época de métodos de referência científica fazem dela um relato excessivamente poético e fantasioso, quando não claramente parcial, da vida de Francisco, e se ela tem um lugar garantido na tradição piedosa e devocional, no estudo histórico acadêmico não sucede da mesma forma, e os peritos apontam nela uma série de contradições, a evidência de uma compilação seletiva de suas fontes e de um propósito de com ela criar uma imagem unificada e positiva da Ordem segundo a visão original de Francisco numa época em que ela estava já agitada por dissidências internas e enriquecia a olhos vistos. Entretanto, essa Legenda se tornou canônica, já que em 1266 o Capítulo Geral da Ordem se reuniu e decidiu que os irmãos não deveriam ler nenhuma outra biografia que não essa, e determinou a destruição de todas as outras que se haviam escrito até então, o que causou a perda de muita documentação importante. No século XIV Bartolomeu de Pisa escreveu um novo relato biográfico, aprovado pelo Capítulo Geral em 1399 como sendo o mais veraz, mas esta obra é considerada pela crítica moderna literariamente medíocre e de pouco valor documental. Afortunadamente a partir do século XVII foram sendo encontradas cópias de outros documentos dados como perdidos, suprindo em parte a imensa lacuna deixada pela supressão de fontes antigas em 1266.[29]

Entre as fontes recuperadas está a Vita prima Sancti Francisci (Primeira biografia de São Francisco, 1228), de Celano, escrita a pedido do papa Gregório IX, e que foi resumida pelo autor em 1230 sob o nome de Legenda ad usum chori, mas apesar de ser uma obra de refinado estilo, ela padece também de parcialidade. Celano novamente foi chamado em 1244 para escrever uma versão ampliada da Vita prima, dando outras informações trazidas por frades que haviam conhecido bem a Francisco e integravam seu primeiro círculo de associados, como Rufino, Leo e Angelo, o que resultou na Vita secunda Sancti Francisci (1245). Esta nova versão foi concebida numa linha rigorista, sem enfatizar os milagres do santo e tentando oferecer uma visão de sua trajetória mais de acordo com a que ele mantivera em vida, de certa forma atendendo melhor ao critério de verdade histórica apreciado contemporaneamente. Mas a obra não teve especial aceitação na sua época, pois era grande o desejo de todos por narrações fantásticas e maravilhosas, de modo que mais uma vez Celano foi convocado ao trabalho, desta vez para escrever o Tractatus de Miraculis Sancti Francisci (Tratado sobre os Milagres de São Francisco), de 1253.[25][29][30]

Outras fontes importantes resgatadas foram a Legenda trium sociorum (História dos três companheiros, 1246), anônima, uma compilação de material heterogêneo; o Actus beati Francisci et sociorum ejus (Atos do beato Francisco e seus companheiros, c. 1331-1337), de Ugolino de Montegiorgio, podendo incluir material original do Irmão Leo; o breve épico Sacrum commercium beati Francisci cum domina Pauperate (A sacra aliança entre São Francisco e a Senhora Pobreza, c. 1260 - 1270?), que deriva de um tema caro a Francisco; a coleção informal de episódios da vida de Francisco conhecida como I Fioretti di San Francesco (Florilégio de São Francisco, c. 1340), uma reelaboração livre do Actus que se tornou muito popular; o Speculum perfectionis (Espelho de perfeição, 1318, duas versões), o mais copiado depois da Legenda maior; a Compilação de Assis (1310-1312, com sua variante a Legenda perusina), e por fim a Legenda antiqua (História antiga), quase certamente de autoria do Irmão Leo. Existem ainda algumas outras fontes primitivas, mas em sua maioria são derivações dessas já citadas.[29]

O legado de suas ideias e de seu exemplo de vida

Giotto: Expulsão dos demônios de Arezzo, 1297-1299. Basílica de São Francisco de Assis, Assis.
 
A fama de santidade que granjeou em vida e perdura até os dias de hoje não decorreu de grandes manifestações de erudição religiosa, que jamais fez questão de possuir, e tampouco de seus milagres, que não obstante foram muitos e impressionantes, mas do seu exemplo de uma vida de completa dedicação ao próximo, dedicação que era animada por uma compreensão profunda, uma sinceridade espontânea, uma simplicidade autêntica em todas as coisas, qualidades banhadas de uma calorosa fraternidade, simpatia e caridade. Todos os seus primeiros biógrafos ressaltam esses aspectos de seu caráter, e por esses motivos sua figura é também admirada por muitos fora da esfera do Catolicismo.[24] Na visão de seus contemporâneos ele era o mais perfeito seguidor de Jesus Cristo, e sua presença em qualquer cidade era sempre um acontecimento, enquanto que seus irmãos eram tidos na mais alta estima por muitos prelados importantes e autoridades civis. Para Jacques de Vitry, bispo de Acre, sua aparição foi o consolo de um século corrupto,[31] e na bula Mira circa nos de sua canonização foi descrito como aquele que entrou no céu "precedendo muitos dotados de ciência, ele que deliberadamente era sem ciência e sabiamente ignorante".[32]

A despeito das críticas a que ele é ocasionalmente submetido, que o acusam de obscurecer a figura do próprio Jesus,[33] e das dúvidas que às vezes surgem sobre sua sanidade mental em vista de seu caráter emocional arrebatado, suas oscilações entre extremos de intensa euforia quando falava de Deus e de profunda tristeza quando observava suas supostas fraquezas, sua imaginação exuberante e pelas constantes visões e revelações que alegava ter,[34] para Kenneth Wolf sua enorme importância histórica e espiritual se confirma na abundante literatura devocional e erudita que é continuamente produzida sobre ele nos tempos recentes, e assinala que mesmo os acadêmicos laicos, por mais distanciados que procurem se manter de uma análise emocional e adulatória de sua vida e obras, acabam com frequência por reconduzí-lo ao pedestal de onde o baixaram para seus estudos científicos.[33]
Este retrato, de autor anônimo, é considerado, sem certeza, uma cópia do século XIV do único retrato que teria sido feito ainda em vida do santo, por encomenda de Jacopa de' Settesoli. Está conservado em Greccio.

Sua aparência

Segundo a descrição deixada por Tomás de Celano a aparência física de Francisco era extremamente agradável, e sua face refletia a inocência de sua vida, a pureza de seu coração e o ardor do fogo divino que o consumia. Era de estatura um pouco abaixo da média, cabeça proporcionada e redonda, com a face alongada e nariz reto e fino, pescoço esguio, testa plana e curta, olhos negros e límpidos, cabelos castanhos, orelhas pequenas. Sua voz era forte, doce, clara e sonora; os dentes eram unidos, alinhados e brancos, os lábios pequenos e delgados, a barba era preta e um tanto rala; seus ombros eram direitos, os braços curtos, as mãos delicadas com dedos longos, as pernas delgadas, pés pequenos, pele fina e sempre muito magro.[35] Sua visão de si mesmo era, porém, oposta: descrevia-se como um "franguinho preto", e o retrato pintado no Fioretti segue a mesma linha, mostrando-o como um homem miúdo de aspecto muito desprezível e vil e que por esse motivo nunca conseguia muitas esmolas entre gentes que não o conheciam.[36]

Seu contexto

Um século antes de Francisco nascer a espiritualidade europeia estava principalmente concentrada nos mosteiros enclausurados, desenvolvendo-se de uma forma introvertida e contemplativa que tinha muito de pessimismo em relação ao mundo e ao ser humano. Eram também os maiores centros de cultura erudita, em suas bibliotecas e através de suas oficinas de copistas se preservou boa parte do que hoje se conhece de literatura clássica, e seus membros muitas vezes alcançaram níveis altos e refinados de pensamento abstrato e teológico, com grande penetração psicológica. Os monges eram pessoalmente pobres mas nada lhes faltava de sustento material, pois suas Ordens eram muitos ricas, recebendo doações da nobreza e do povo, possuindo grandes extensões de terra e muitos tesouros em suas igrejas. De qualquer modo, na percepção daquela época uma vida de monge era o caminho mais garantido, na verdade praticamente o único, para a conquista do Paraíso, e era comum que leigos, depois de terem vivido a maior parte de suas vidas no desfrute do mundo, ao sentirem a morte se aproximar deixassem suas famílias para ingressar em um mosteiro, num processo que veio a ser chamado de "piedade fugitiva", esperando que a conversão, mesmo de última hora, fosse suficiente para alcançar a recompensa eterna. Acompanhando esse modo de pensar, era uma crença corrente de que o céu tinha uma população reduzida, e que ela era composta na maior parte de monges.[37][38]
No decorrer do século XII começou a se verificar uma mudança, a sociedade passou a demonstrar um crescente otimismo quanto às coisas espirituais, e parecia mais fácil à gente comum partilhar do Paraíso com os monges. Essa mudança se explica através de dois fatores principais - a concepção de Deus se tornou mais amorosa e benévola, e os doutores das faculdades de teologia, especialmente os proto-humanistas de Paris, elaboraram e divulgaram o conceito do Purgatório, que previa para após a morte uma estadia temporária num plano intermédio entre terra e céu onde as almas seriam purificadas de seus pecados veniais, possibilitando seu acesso à beatitude algum tempo depois. No encerramento do século Hugo de Avalon veio reforçar esse otimismo dizendo que o céu não era um destino exclusivo para os monges e autoridades da Igreja, e que no Juízo Final todos seriam julgados de acordo com sua observância dos princípios do Cristianismo, e não do monasticismo. Francisco nasceu nesse momento de abertura, e embora mantivesse em parte o modelo da ascese em renúncia pessoal do mundo, buscou a santificação de toda a família humana em comunhão e em íntimo contato com seus semelhantes numa pregação itinerante dentro dos centros urbanos, sem estar vinculado a nenhum núcleo religioso fixo no espaço e sem submeter-se à clausura nem às armadilhas da erudição.[37] Num período em que o modelo feudal entravam em declínio e emergia a burguesia mercantil como grande força econômica, tentou ensinar aos novos poderosos a responsabilidade social e os perigos que trazia sua riqueza, e aos miseráveis as virtudes e possibilidades espirituais ocultas em sua condição desfavorecida e seu valor inalienável como filhos de Deus, mostrando a todos que a religião podia ser fonte de alegria e não causa de opressão, e apresentando novas alternativas de expressão para uma espiritualidade que estava num processo de transição, o qual se não fosse iluminado por seu exemplo de fraternidade e obediência estrita às instituições religiosas estabelecidas poderia resultar num beco sem saída ou na revolta cismática.[39][40] Como observou Susan McMichaels, deve-se entender a renovação franciscana da vida religiosa de seu tempo dentro de parâmetros limitados, já que a Igreja Católica, mesmo nessa fase de mudança, ainda era a principal força social da Europa, tinha autoridade sobre reis e imperadores, e qualquer movimento excessivamente heterodoxo facilmente era condenado como heresia e seus membros, nesse caso, ficavam sujeitos a um destino de perseguição e morte.[41]
Wenzel Hollar: São Francisco em retiro, século XVII. Universidade de Toronto.
Sassetta: Casamento de São Francisco com a Senhora Pobreza, 1437-44. Museu Condé. (As duas outras figuras femininas representam a Obediência e a Castidade).
Por fim, ao estudar a biografia de um santo, a pesquisa moderna se depara constantemente com o problema de como encarar seus milagres e outros prodígios que se lhe atribuem. Roger Sorrell lembra que os relatos que envolvem o controle taumatúrgico das forças naturais e dos seres irracionais são frequentemente descartados hoje como fruto de alucinação, fantasia ou superstição, mas essa postura impede uma apreciação correta do ethos ascético e místico, e é irrelevante para o contexto histórico. Esse ethos envolvia a crença de que o mundo poderia ter sua harmonia restaurada através de uma vida de acordo com o mandamento divino. O antigo asceta Santo Antônio do Deserto dizia que a Criação era um livro onde podia ler as palavras de Deus, e essa opinião era comum entre vários outros místicos. Nesse sentido, se o asceta estava em harmonia com Deus, se tornava possível um diálogo efetivo e inteligível com todo o mundo criado, e a natureza aparentemente hostil e muda para o homem comum se tornava amistosa e responsiva para o místico em comunhão divina. A psicologia moderna também diz coisa semelhante quando afirma que a reação de uma pessoa ao seu ambiente reflete seu estado psíquico interior. Francisco de Assis se insere nessa longa linhagem de santos ascetas, taumaturgos e místicos; certamente estava familiarizado com as histórias dos santos antigos, a própria Assis dera nascimento a vários santos e mártires antes dele, e, leitor assíduo da Bíblia, em especial do Novo Testamento, devia também conhecer passagens que referem à integração entre as criaturas e o Criador, como em Romanos I:20: "Porque as coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas...", ou em Timóteo IV:4-5: "Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebida com ações de graças. Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada". Para o seu tempo o milagroso era parte integrante da verdade corrente. Por outro lado, muitos dos fenômenos maravilhosos encontrados nas narrativas sobre a sua vida, se não eram explicáveis naquele tempo, poderiam sê-lo hoje, com a ressalva de que mesmo a ciência e a psicologia, por avançadas que estejam atualmente, ainda não são capazes de explicar todos os fenômenos naturais do mundo ou os da mente, e o problema permanece, pois, irresolvido.[42]

As virtudes, a disciplina e o relacionamento entre os irmãos

Para Francisco a pobreza, a "Senhora Pobreza" que ele costumava dizer ter desposado, não era um objetivo, mas antes um instrumento pelo qual se podia obter a purificação necessária para a habitação de Deus no interior de cada um e para a perfeita comunhão com o semelhante, metas frente às quais todas as outras considerações eram subordinadas. O outro instrumento privilegiado para isso era a imitação do exemplo de vida dado por Cristo nos Evangelhos, e para tanto a obediência era fundamental. Cristo fora pobre, e assim os irmãos também o seriam, e ela devia ser entendida por todos os seus companheiros não só como uma disciplina de ascetismo em si, mas como fonte de verdadeira graça e alegria.[43]
Mas além da pobreza exterior, comandada expressamente na sua Regra primitiva, que proibia os monges até de andarem calçados e possuírem domicílio fixo, Francisco enfatizava a pobreza interior, entendida no despojamento de toda pretensão a aquisições intelectuais e mesmo morais e espirituais, consideradas como formas dissimuladas de obter domínio sobre os outros e como expressões de orgulho e individualismo.[44] Por outro lado, Wolf aponta para alguns paradoxos em suas posições sobre a pobreza, e para ele parece claro que Francisco assumiu a pobreza neste mundo para ser investido de riquezas no céu. Além disso, o autor sugere que seu exemplo pouco fez para mudar a mentalidade de seus contemporâneos sobre a pobreza da população em geral ou para chamar a atenção para as vantagens da pobreza como um modo de vida, e ele parece ter-se tornado involuntariamente o destinatário da maior parte das esmolas e doações na Úmbria, cujos doadores estavam possivelmente mais interessados nos ganhos secundários que deviam advir do apoio a um grande e famoso santo, deixando os outros pobres, que não haviam escolhido voluntariamente sua própria pobreza, ainda entregues à própria sorte.[33] Entretanto, Voegelin considera que foi uma escolha sábia ele ter buscado imitar antes a pobreza e os sofrimentos de Cristo, ou seja, o seu lado eminentemente humano, uma vez que a tentativa de imitá-lo em sua glória teria sido impossível. Fez, desse modo, o que estava dentro do alcance de um homem fazer diante de um modelo ideal que em sua natureza mais íntima era excessivamente transcendental para ser transposto para o mundo da vida objetiva.[45]
Dentro das suas práticas de austeridade era dada atenção especial ao corpo humano, a quem ele chamou de "Irmão Burrico", pois ao mesmo tempo em que ele era um inimigo e uma grande fonte de pecado, também era um instrumento para a salvação por ser o único veículo através do qual se podia levar a cabo todo o trabalho, e era ainda o campo de batalha onde se efetuava a luta espiritual, e por isso devia ser constantemente mantido sob estrita vigilância e disciplina férrea. Por outro lado, assim como Cristo suportara benignamente as grandes dores de sua Paixão, todas as aflições e doenças corporais deviam ser aceitas com paciência e alegria e encaradas como formas de purificação, o que incluía a resistência às urgências sexuais, preservando-se completa castidade, e aos apelos da gula e do desejo por confortos físicos. Mas também o corpo era visto como uma maravilha, uma das formas de expressão da bondade e da beleza de Deus, já que segundo as Escrituras o homem fora feito à imagem e semelhança da divindade, e seu corpo, depois de purificado, havia de ser o templo vivo do Deus vivo.[26]
Niccolò Antonio Colantonio: São Francisco dando a Regra para as suas Ordens, c. 1440-1470. 
 
Como administrador da Ordem era benevolente, exuberante e caloroso no trato, almejava uma observância voluntária da Regra e quando necessário exigia a obediência, mas com doçura, persuasão e humor; era brando no apontar as faltas de seus companheiros e perspicaz ao encontrar sempre o corretivo mais proveitoso, estimulava a independência, a sinceridade e a criatividade dos irmãos, fomentava a harmonia entre todos e contraindicava grandes exercícios de ascese; era rigoroso sobretudo consigo mesmo, imaginando sempre novas formas de autonegação, impondo-se inúmeras mortificações e penitências por deslizes mínimos, e acusando-se repetidamente de fraqueza e indignidade e uma multidão de vícios que só ele percebia em si.[38][46]
Dos leigos, que não haviam feito votos sagrados, não esperava tanta disciplina, e Francisco em vez de denunciar e condenar seus hábitos, como faziam outras Ordens, buscava que as atividades do mundo não fossem suprimidas, antes, que fossem realizadas num espírito de reverência para com o Criador de todas as coisas, o que se estendia para a atividade sexual, mas a ser realizada preferencialmente dentro do estado conjugal.[47] Apesar de prescrever aos irmãos que mantivessem distância das mulheres, não parece ter nutrido preconceitos contra elas; a separação de sexos nas Ordens religiosas era uma praxe, assim como o celibato, dessa forma a distância era uma medida de precaução contra as tentações da carne; além disso foi um grande devoto da Virgem Maria, parece ter mantido uma relação afetiva especial para com Santa Clara, vendo nela ainda uma liderança natural e uma continuadora de sua obra, e em seus escritos, bem como nos dos seus biógrafos, abundam referências a ele e aos irmãos como mães uns dos outros, como esposas de Jesus e como gestantes do espírito de Deus, numa simbologia reversa que era comum no seu tempo e não causava surpresa.[48][49]
Entre os irmãos era proibida toda observação de hierarquia salvo para com os superiores indicados regularmente e para com o papa, mas eram obrigados a servir uns aos outros à primeira necessidade e sem questionamento, incluindo o dever de lavarem os pés uns dos outros como forma de praticar a humildade. Não deviam expressar críticas ou emitir julgamentos nem entre si nem dirigí-los para as outras pessoas, nem combater os heréticos, não podiam se envolver em querelas, nem devolver insultos ou agressões físicas. Ao contrário, deviam "ser meigos, pacíficos e despretensiosos, gentis e humildes, falando com todos educadamente". Francisco foi o primeiro na história do Cristianismo a chamar sua comunidade de fraternidade.[44][50]

Depois de sua conversão alimentou sempre desconfiança contra os estudos eruditos, ele próprio recebeu em sua juventude uma educação medíocre e jamais foi ordenado sacerdote, não podendo celebrar a missa, permanecendo apenas como diácono por outorga especial de Inocêncio III, e alertou seus companheiros várias vezes para não se basearem em preceitos derivados de interpretações individuais de textos sagrados, mesmo aquelas emanadas do alto clero e dos doutores sacros. Considerava o texto da Bíblia impecável e inalterável, pois, de acordo com a tradição de sua época, fora ditado diretamente por Deus e não carecia assim que fosse corrigido ou parafraseado, e da mesma forma envidou esforços para que seus próprios escritos não fossem reinterpretados ou adulterados por terceiros - não obstante seus cuidados, sua Regra primitiva foi reformada várias vezes contra a sua vontade e seu Testamento, que havia sido dado como um complemento à Regra para ser lido sempre que a Regra o fosse, foi desautorizado pelo papa poucos anos depois de sua morte.[15][51]

Dessa forma, sem estudos profundos, atendo-se literalmente à palavra escrita na Bíblia e observando à risca o ritual elaborado pela Igreja constituída, sua religiosidade, segundo Raoul Manselli, se colocava absolutamente numa dimensão originária do nível popular, como se podia esperar do povo comum de seu tempo e no seu caso de um filho de mercador, ainda que ela tenha sido extraordinariamente enriquecida com sua própria e intensa experiência do fenômeno religioso e com sua intuição pessoal - ou com o auxílio das revelações que recebia - para dar-lhe sentido prático, e foi essa sua contribuição adicional a uma tradição já estabelecida que deu originalidade para o movimento que ele iniciou.[52]

Sua insistência na pobreza total - não só individualmente, mas para a Ordem também - na simplicidade em tudo e no rigor da disciplina foi o maior foco de discórdia na consolidação interna de seu grupo, e foi vista pela comunidade laica de sua região como um elemento de subversão social; ainda em sua vida ela foi posta em xeque por seus irmãos e com ainda mais força pela alta hierarquia católica, que sentiu-se ameaçada na perspectiva de que a extrema pobreza franciscana fosse tomada como um sinal de pureza maior do que a da própria Igreja, e que isso fosse usado por aqueles que combatiam a corrupção do clero em detrimento da instituição.[50][51][53] A exigência acabou por ser em muito atenuada, contra a sua vontade expressa, e menos de um século depois de seu falecimento a Ordem dos Franciscanos já era tão rica quanto as outras Ordens e muitos de seus membros haviam se tornado grandes doutores eruditos e ocupantes de importantes cargos na Igreja e nas universidades, com o resultado da perda de grande parte de seu carisma original e o surgimento de sentimentos de desilusão e cinismo em larga escala. Segundo a opinião de Kleinberg & Todd, a "domesticação" dos franciscanos e sua inserção definitiva no esquema monástico-clerical padrão foi um dos fatores que levaram a uma radical queda do prestígio da Igreja na Idade Média tardia,[51] mas seu exemplo de fraternidade e de engajamento autêntico com a vida dos pobres tem presentemente um grande valor inspiracional para os teólogos da libertação em suas lutas políticas no Terceiro Mundo.[54]

Benozzo Gozzoli: Pregação de São Francisco aos animais e aos homens, 1452. Convento de São Fortunato, Montefalco.

Pregador e pacificador

Os testemunhos de época relatam que seu estilo de pregação era direto e simples, usando o vernáculo, longe da eloquência sacra de seu tempo, mas afirmam que sua sinceridade e compreensão das dificuldades da vida popular, sua habilidade em evocar imagens ilustrativas vivazes em pequenas parábolas ou histórias retiradas de suas experiências do cotidiano entre o povo, e sua capacidade de apresentar a doutrina cristã de forma inteligível, faziam que seu discurso tivesse um efeito persuasivo profundo. Também fazia uso do humor e de uma atuação que tinha muito de teatral, a fim de que a mensagem se fizesse mais acessível e atraente,[51][55][56] e usualmente solicitava permissão da autoridade religiosa local para iniciar sua fala ao povo. Às vezes acompanhava a pregação com o canto de hinos sacros, alguns compostos em letra e música por ele mesmo, e chamava a si e seus irmãos de "os menestréis de Deus".[57]
Sua paciência e bondade para com todos fizeram com que fosse procurado constantemente por pessoas de todas as posições sociais que iam a ele em busca de conselho e orientação, e a todos instruía na melhor forma de alcançar a salvação na condição em que se encontravam, regozijando-se em ver que suas palavras amiúde davam frutos positivos e que os costumes se iam reformando gradualmente. No florido estilo de sua Vita prima Celano afirma que em virtude de sua presença e atuação em pouco tempo toda a Úmbria se havia transformado, e se tornara um lugar mais aprazível.[37] Francisco desejava acima de tudo que os irmãos pregassem através do exemplo pessoal, conseguido na imitação do exemplo de Cristo, e o modelo monástico que ele implementou representa uma transição entre o monasticismo medieval enclausurado e as novas formas de vida apostólica que mais tarde se consolidaram, mais abertas para o mundo exterior e mais dedicadas ao serviço prático para com os necessitados, e fez essa reforma sem jamais ter pretendido ser um reformador. Outra de suas contribuições foi a de enfatizar a paz, a tolerância, o respeito e a concórdia, e ele sempre teve a convicção de que os irmãos deviam ser pacificadores, o que deixou expresso em vários escritos e foi repetido por seus biógrafos. Mesmo nas missões que enviou para entre os muçulmanos fez recomendações para que os missionários mantivessem uma postura de respeito para com as manifestações da divindade em todos os credos e de sujeição às leis civis locais, e que evitassem se envolver em disputas teológicas. Ele pessoalmente conseguiu a paz em vários conflitos internos nas cidades italianas de Arezzo, Peruggia, Siena, Gubbio e Bolonha, e pouco antes de morrer, já gravemente enfermo, fez a paz entre o bispo e o poder civil em Assis, o que não deixa de ter conotações simbólicas, apontando para seu perene desejo de reconciliação entre a religião e o mundo profano.[58]
Como Cristo recomendara a seus apóstolos que em cada casa em que entrassem dissessem "Que a paz do Senhor esteja nesta casa", usualmente Francisco costumava iniciar e terminar suas prédicas com a proclamação da paz.[59][60] A seus próprios seguidores, Francisco dissera: "Assim como anunciais a paz pela boca, estejais certos de que a paz esteja em vossos corações". A saudação Pax et bonum (Paz e bem), que usava frequentemente, se tornou mais tarde o lema da sua Ordem[61][62] e também da cidade de Assis.[63] Em 2002 o papa João Paulo II presidiu uma cerimônia em Assis que reuniu duzentos líderes de vinte e quatro religiões para que fosse celebrado um Dia Internacional de Preces para a Paz no Mundo. Foi elaborado o documento O Decálogo da Paz de Assis e enviado para todos os Chefes de Estado do mundo, e no encerramento da cerimônia todos trocaram o beijo da paz enquanto era cantado o Cântico ao irmão Sol.[64]

O místico

Segundo Bernard McGinn o elemento místico no Cristianismo é aquela parte da crença e das práticas que preparam e conscientizam o indivíduo para aquilo que pode ser descrito como a presença imediata e direta de Deus, mas para Paul Lachance o misticismo pessoal de Francisco, parte tão proeminente de sua vida, até há pouco tempo vinha sendo estudado quase apenas a partir das biografias escritas sobre ele e das numerosas lendas criadas a seu respeito, com pouca atenção ao que ele mesmo expressara em seus escritos ou fora registrado a partir de suas próprias palavras - até onde é possível considerar a documentação a ele atribuída como autêntica. Mesmo na tradição cristã que o considera, obviamente, um santo, poucas vezes ele é descrito como um místico, e esse silêncio também se deve ao fato de que o estudo de sua experiência interior é extremamente difícil, pois ele poucas vezes falou diretamente no assunto e seus escritos dão apenas indicações indiretas. Nisso ele seguiu na contramão da tendência de seu tempo entre as outras Ordens religiosas, cuja literatura é muito mais abundante e explícita a esse respeito, e seu modo de ser estava muito mais relacionado com o dos cristãos primitivos, dos primeiros padres do deserto e dos patriarcas do oriente, para quem as revelações autobiográficas eram coisa estranha. Um dos documentos que dão uma primeira ideia sobre sua visão sobre a divindade é a própria Regra Primitiva, o seu primeiro credo expresso em sua pureza, a qual, embora perdido seu original, crê-se que sobreviva em fragmentos dispersos entre vários manuscritos. Nesses trechos Deus é mostrado como criador, redentor e salvador, fonte de todo o bem, e essência e objetivo último de todo o ser, sendo "uno, sem início e sem fim, imutável, invisível, indescritível, inefável, incompreensível, insondável, bendito, digno de louvor, glorioso, exaltado nas alturas, sublime, altíssimo, gentil, amável, deleitável e totalmente desejável acima de tudo para sempre". Sua atitude diante desse Deus "onipotente, santíssimo, altíssimo e supremo" era de completa sujeição e entrega, movidas por um desejo intenso de "amar, honrar, adorar, servir, louvar e bendizer, glorificar e exaltar, magnificar e agradecer", e essas cadeias de adjetivos entusiásticos são comuns em todos os seus escritos, e evidenciam que para Francisco Deus era essencialmente inapreensível e maravilhoso sob todos os aspectos, e não deixa de ser tocante o esforço que ele fazia para pelo menos em parte tentar descrever o que não podia ser descrito e menos ainda transmitido a outrem através de palavras.[65][66]
Sassetta: Êxtase de São Francisco, 1437-44. Coleção particular, Florença.
 
Na Epistola ad Fideles (II) (Segunda carta aos fiéis) ele enalteceu o sacramento da Eucaristia, pelo qual tinha uma especial veneração em virtude de a hóstia consagrada ser, segundo o dogma católico, o próprio corpo de Cristo transubstanciado, dado aos homens como uma lembrança perpétua de si mesmo e como dádiva de seu amor, e enfatizou não tanto a simples imitação da vida e paixão de Cristo, mas sim a importância da habitação do Deus vivo no interior de cada um através da descrição dos benefícios recebidos por aquele que obtém esse prêmio:[67][68]
"O Espírito do Senhor descansará sobre eles e fará neles habitação e morada. E serão filhos do Pai celeste, cujas obras fazem. E são esposas, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo. Somos esposas quando a alma fiel se une a Jesus Cristo através do Espírito Santo. Somos certamente irmãos, quando fazemos a vontade de seu Pai, que está no céu. Somos mães quando o carregamos em nossos corações e corpos através do amor e de uma consciência pura e sincera; damo-lo à luz através de sua santa maneira de operar, a qual deve brilhar diante dos outros como exemplo. Oh, quão glorioso, quão santo e portentoso é ter um Pai no céu! Oh! como é santo ter um esposo consolador, belo e admirável! Oh, quão santo e quão adorável, prazeroso, humilde, tranquilo, doce, amável e desejável acima de todas as coisas ter tal Irmão e Filho, que deu sua vida por suas ovelhas e orou ao Pai por nós dizendo: 'Pai santo, guarda em teu nome os que me deste' !"[69]
Mesmo dando essas descrições indiretas de suas experiências místicas, em nenhum de seus escritos ele as descreve objetivamente, e coube aos seus biógrafos fazerem extrapolações e descrições mais vívidas, cuja veracidade fica sempre sujeita ao imponderável da interpretação alheia. Entretanto, em vários pontos desses documentos posteriores parece sobreviver, discernível através da ornamentação literária, um reflexo autêntico de como apareceram para ele suas visões e êxtases, ou como suportou os frequentes ataques de seres demoníacos, tais como se narra nos Fioretti, do qual um fragmento já foi exposto antes e que descreve o abismo que ele via entre a magnificência de Deus e sua pessoa miserável. De qualquer forma, suas contemplações frequentemente revolviam em torno de trechos da Paixão que lia nos Evangelhos, e nesse sentido ele deu nascimento a uma nova forma de misticismo, o "misticismo Cristomimético" ou de imitação de Cristo, que Ewert Cousins chamou de "misticismo do evento histórico", que consiste na lembrança de um evento significativo do passado, na entrada em seu conteúdo dramático e na extração a partir dele de uma energia espiritual que eventualmente transporta o contemplador além do evento para a união com Deus. Sua própria estigmatização foi o corolário desse modo de meditar, e que depois dele foi muito explorada por outros místicos como São Boaventura e Santa Clara, e mais uma multidão de outros nos séculos seguintes.[26][67]

Por fim, o outro aspecto importante a ser analisado no seu misticismo é sua intensa e amorosa relação com a natureza, relação que o tornou modernamente em um patrono dos animais e do meio ambiente. Este aspecto é um dos que mais acusam a originalidade de sua concepção de mundo em relação ao contexto de seu tempo. Embora muitas características de seu misticismo não fossem novas, sendo encontradas nas vidas de vários espirituais anteriores, outras eram inéditas até ali - sua relação direta, pessoal e familiar com todos os elementos constituintes da Criação, sua ênfase no caráter beneficente e não neutro ou ambivalente de todas as coisas e seres do mundo natural, sua exortação literal, e não alegórica, a animais, plantas e objetos inanimados para que servissem e louvassem a Deus, sua proposta de que se criasse legislação para que o povo alimentasse as aves selvagens no inverno no mesmo espírito em que davam esmolas aos pobres, e a inclusão de animais na celebração da missa. Para Francisco toda a Criação estava intimamente interconectada, e para ele era fácil transitar de um nível espiritual para outro e apreciar os múltiplos significados que extraía de sua leitura do "livro da natureza".[70] Eric Voegelin pensa que foi por descobrir e aceitar os mais baixos estratos da Criação como partes do mundo dotadas de significado e dignidade inerentes que ele se tornou uma das figuras mais importantes da história ocidental.[45]
O hábito de São Francisco, preservado na Basílica de Assis
 
Essa forma de ver o mundo ficou expressa com clareza no seu Cântico ao irmão Sol, onde chamou os ventos, o sol, a lua, o fogo e outros elementos do mundo natural de irmãos e convidava a todos celebrarem juntos a maravilha do mundo e servirem com alegria o seu autor. Neste poema, que além de possuir altas qualidades estéticas marcou o nascimento da literatura vernacular italiana, ele deu um testemunho ao mesmo tempo de sua visão integrada da realidade e do amor que sentia por ela, o que transparece ainda em diversos relatos posteriores de seus biógrafos e nas inúmeras histórias onde os animais estão presentes como co-protagonistas, sempre tratados como irmãos e não raro doutrinados como se fossem pessoas, aproximando-se dele espontaneamente mesmo quando selvagens e dando sinais de compreenderem suas palavras ao obedecerem suas instruções, e nas que contam como andava reverente sobre as rochas ou admirava as flores cheio de júbilo, ou quando defendeu as árvores recomendando aos lenhadores que não cortassem seus troncos muito embaixo, a fim de que elas pudessem renascer.[71][72]

O Cântico também sintetiza o significado profundo e a função essencial da prece para Francisco, o de sempre glorificar a Deus e abençoar o mundo pela palavra e pelo trabalho. A natureza para ele era digna de apreço e admiração porque era uma expressão da divindade onipresente. Mas para Leonardo Boff essa admiração não foi a causa central que o levou a reordenar e purificar sua consciência, mas sim o resultado desse processo, e diz: "Quem quer que tente imitar romanticamente São Francisco em seu amor pela natureza sem passar pelo ascetismo, pela autonegação, pela penitência e pela cruz há de cair na mais profunda das ilusões".[73] Complementando essa ideia, numa leitura psicológica de sua vida, McMichaels vê sua experiência pessoal de um Deus imanente, numa época em que a divindade era concebida apenas como transcendente, como um auxílio para que o homem contemporâneo possa transformar positivamente sua própria concepção de mundo, uma concepção cada vez mais desafiada por novas descobertas acerca da natureza última da matéria, do tempo e do espaço, e do poder das forças do inconsciente, e a compara a um processo bem sucedido de individuação por ter se baseado num senso de responsabilidade pessoal e social, por ter compreendido e aceitado a necessidade da luta, da dor e do esforço pelo aperfeiçoamento, e por dar origem a um corpo de valores coletivos integradores.[74]

O cântico ao irmão Sol

Altíssimo, onipotente e bom Senhor, a ti subam os louvores, a glória e a honra e todas as bênçãos!
A ti somente, Altíssimo, eles são devidos, e nenhum homem é sequer digno de dizer teu nome.
Louvado sejas, Senhor meu, junto com todas tuas criaturas, especialmente o senhor irmão sol, que é o dia e nos dá a luz em teu nome.
Pois ele é belo e radioso com grande esplendor, e é teu símbolo, Altíssimo.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã lua e as estrelas, as quais formaste claras, preciosas e belas.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão vento, e pelo ar, pelas nuvens e o céu claro, e por todos os tempos, pelos quais dás às tuas criaturas sustento.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão fogo, por cujo meio a noite alumias, ele que é formoso e alegre e robusto e forte.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã, nossa mãe, a terra, que nos sustenta e nos governa, e dá tantos frutos e coloridas flores, e também as ervas.
Louvado sejas, Senhor meu, por aqueles que perdoam por amor a ti e suportam enfermidades e atribulações.
Benditos aqueles que sustentam a paz, pois serão por ti, Altíssimo, coroados.
Louvado sejas, Senhor meu, por nossa irmã, a morte corpórea, da qual nenhum homem vivo pode fugir.
Pobres dos que morrem em pecado mortal! e benditos quem a morte encontrar conformes à tua santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai todos vós e bendizei o meu Senhor, e dai-lhe graças, e o servi com grande humildade![75]

Lista de escritos a ele atribuídos

Esta listagem é a que consta no portal da Província dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil. Vários deles têm autenticidade controvertida, e alguns documentos cuja existência foi registrada em outras fontes mas cujo texto não sobreviveu não foram incluídos.[76]

Regras

  • Regula (apenas fragmentos)
  • Regula non bullata (Francisco e outros)
  • Regula bullata (Francisco e outros)
  • Forma vivendi Sanctae Clarae data
  • Ultima voluntas Sanctae Clarae scripta
  • Testamentum

Admoestações

  • De corpore Domini
  • De malo propriae voluntatis
  • De perfecta obedientia
  • Ut nemo appropriet sibi praelationen
  • Ut nemo superbiat, sed glorietur in cruce Domini
  • De imitatione Domini
  • Ut bona operatio sequatur scientiam
  • De pecato invidiae vitando
  • De dilectione
  • De castigatione corporis
  • Ut nemo corrumpatur malo alterius
  • De cognoscendo spiritu Domini
  • De patientia
  • De pauperate spiritus
  • De pace
  • De munditia cordis
  • De servo dei humili
  • De compassioni proximi
  • De humili servo Dei
  • De bono et vano religioso
  • De inani et loquaci religioso
  • De correctione
  • De humilitate
  • De vera dilectione
  • Item de eodem
  • Ut servi Dei honorent clericos
  • De virtute effugate vitiam
  • De abscondendo bono ne perdatur

Cartas

  • Epistola ad quendam ministrum
  • Epistola ad fideles
  • Epistola ad fideles (II)
  • Epistola ad custodes
  • Epistola ad custodes (II)
  • Epistola ad clericos (Recensio prior)
  • Epistola ad clericos (Recensio Posterior)
  • Epistola toti ordini missa
  • Epistola ad fratrem Leonem
  • Epistola ad fratrem Antonium (Epistola ad Sanctum Antonium)

Orações e cânticos

  • Oratio ante Crucifixum dicta
  • Exhortatio ad laudem Dei
  • Laudes ad omnes horas dicendae
  • Incipiunt psalmi
  • Expositio in Pater Noster
  • Benedictio Fratri Leoni data
  • Laudes Dei Altissimi
  • Salutatio Beatae Mariae Virginis
  • Salutatio Virtutum
  • Canticum Fratris Solis vel Laudes Creaturarum
  • Audite, poverelle

Fragmentos diversos

  • Benedictio fratri Bernardo data
  • Testamentum Senis factum
  • De vera et perfecta laetitia
  • Super his autem

Representações e homenagens

Francisco apreciava a arte e a considerava um instrumento útil no cultivo da devoção. Já foi visto como ele e seus irmãos usaram a música, a poesia e as encenações em suas pregações, queria que as igrejas fossem bem adornadas em honra ao corpo de Cristo que continham, e os franciscanos se tornaram mais tarde incentivadores de uma arte que fosse imediatamente acessível ao povo.[77] Desde sua morte ele foi representado inúmeras vezes na pintura e na escultura, da cultura erudita ou popular, apareceu na literatura ficcional e inspirou diversos músicos importantes. Entre as criações musicais pode-se destacar:
Como personagem de romances ou livros de poesia, apareceu em:
No cinema foi protagonista em:
Assis é naturalmente o maior centro de romaria franciscana do mundo, mas seu santuário do Monte Alverne também é muito visitado.[91] O município de Canindé no estado do Ceará, é o maior foco para as romarias franciscanas no Brasil, atraindo 2,5 milhões de romeiros anualmente, onde foi erguida uma estátua do santo medindo 30,25 metros de altura.[92] Francisco foi ainda escolhido padroeiro de grande quantidade de templos, asilos, escolas e outras instituições em todo o mundo, bem como se tornou nome de rios (Rio São Francisco) e cidades (San Francisco nos Estados Unidos, São Francisco de Assis e São Francisco de Assis do Piauí no Brasil, entre muitas outras).
Algumas igrejas dedicadas a São Francisco pelo mundo

[editar] Referências

  1. Possível data de nascimento de Francisco de Assis
  2. Cunningham, Lawrence & Reich, John J. Culture and values: a survey of the humanities. Cengage Learning, 2005. pp. 237-238
  3. Lachance, O.F.M., Paul. Mysticism and Social Transformation according to the Franciscan Way. IN Ruffing, Janet. Mysticism & social transformation. Syracuse University Press, 2001. pp. 3-4
  4. a b c d Starr, Mirabai. Saint Francis of Assisi. Volume 1 de Devotions, prayers & living wisdom. Sounds True, 2007. pp. 9-13
  5. a b c d Le Goff, Jacques. Saint Francis of Assisi. Routledge, 2004. pp. 23-29
  6. Legenda trium sociorum, 1246. Caps. II-III. Portal dos Capuchinhos de São Paulo
  7. Celano, Tomás de. Primeira vida de São Francisco. 1228, XV: 4-5. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil
  8. Le Goff, pp. 20-30
  9. Celano, XXVIII: 2-4
  10. Le Goff, pp. 33-34
  11. Brooke, Rosalind B. The image of St Francis: responses to sainthood in the thirteenth century. Cambridge University Press, 2006. pp. 25-26
  12. a b Le Goff, pp. 35-37
  13. Robson, Michael. St. Francis of Assisi: The Legend And the Life. Continuum International Publishing Group, 1999. p. 237
  14. a b c Le Goff, pp. 40-42
  15. a b c Burr, David. The spiritual Franciscans: from protest to persecution in the century after Saint Francis. Penn State Press, 2001. pp. 2-4
  16. Dubois, Leo L. Saint Francis of Assisi - Social Reformer. Read Books, 2008. pp. 109-110
  17. Regra não bulada. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil.
  18. Regra bulada. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil.
  19. Zerbi, Piero. San Francesco d'Assisi e la Chiesa romana. IN Zerbi, Piero. Ecclesia in hoc mundo posita. Volume 6 de Bibliotheca erudita. Volume 6 de Fonti e Studi per la Storia dell'Università di Pavia. Vita e Pensiero, 1993. pp. 375-381
  20. a b Le Goff, pp. 42-44
  21. Dos santos sagrados Estigmas de São Francisco e de suas Considerações. IN I Fioretti di San Francesco, Portal da Província dos Capuchinhos de São Paulo
  22. a b Cunningham, Lawrence. Francis of Assisi: performing the Gospel life. Wm. B. Eerdmans Publishing, 2004. pp. 108-114
  23. Brooke, pp. 31-31
  24. a b Le Goff, pp. 13-16.
  25. a b c Pedroso, OFMCap., José Carlos Corrêa. Fontes Franciscanas. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil
  26. a b c Roest, Bert. Dealing with Brother Ass. IN Mulder-Bakker, Anneke B. The invention of saintliness. Volume 2 de Routledge studies in medieval religion and culture. Routledge, 2002. pp. 168-170
  27. Cunningham, pp. 146-147.
  28. Cunningham, pp. 120-122
  29. a b c Le Goff, pp. 19-22
  30. Brooke, pp. 39-50; 148-149
  31. Robson, p. 119
  32. Gregório IX, Papa. Bula Mira circa nos. Peruggia, 19 de julho de 1228. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil
  33. a b c Wolf, Kenneth Baxter. The poverty of riches: St. Francis of Assisi reconsidered. Oxford studies in historical theology. Oxford University Press US, 2005. pp. 3-5
  34. Dubois, pp. 93-94
  35. Celano, LXXXVIII: 8-10
  36. Le Goff, Jacques. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2007. pp. 105-106
  37. a b c Robson, pp. 218-220.
  38. a b Benton, John. Consciousness of Self. IN Benson, Robert Louis et alii. Renaissance and renewal in the twelfth century. Volume 26 de Medieval Academy reprints for teaching. University of Toronto Press, 1991. pp. 282-284
  39. Davison, Ellen Scott. Forerunners of Saint Francis. Kessinger Publishing, 2003. pp. 5-7
  40. Zerbi, pp. 355-357.
  41. McMichaels, Susan Journey out of the garden: St. Francis of Assisi and the process of individuation. Paulist Press, 1997. pp. 11-13
  42. Sorrell, Roger Darrell. St. Francis of Assisi and nature: tradition and innovation in Western Christian attitudes toward the environment. Oxford University Press US, 1988. pp. 16-19
  43. Cunningham, pp. 129-130
  44. a b Lachance, pp. 68-72
  45. a b Voegelin, Eric. Saint Francis. IN Von Sivers, Peter (ed). The Collected Works of Eric Voegelin. Vol. XX: History of Political Ideas: The Middle Ages to Aquinas. University of Missouri Press, 1997. pp. 141-143
  46. Gelber, Hester Goodenough. A Theater of Virtue: the exemplary world of St. Francis of Assisi. IN Hawley, John Stratton. Saints and Virtues. Volume 2 de Comparative Studies in Religion and Society. University of California Press, 1987. pp. 28-35
  47. Roest, pp. 176-177
  48. Bynum, Caroline Walker. Men's use of female symbols. IN Little, Lester K. & Rosenwein, Barbara H. Debating the Middle Ages: issues and readings. Wiley-Blackwell, 1998. pp. 279-283
  49. Lachance, pp. 57-61
  50. a b Brooke, p. 10
  51. a b c d Kleinberg, Aviad M. & Todd, Jane Marie. Flesh made word: saints' stories and the Western imagination. Harvard University Press, 2008. pp. 211-224
  52. Manselli, Raoul. Appunti sulla religiosità popolare in Francesco d'Assisi. IN Lievens, R. et alii. Pascua Mediaevalia: studies voor Prof. Dr. J.M. de Smet. Mediaevalia Lovaniensia, Series I, Studia X. Leuven University Press, 1983. pp. 310-311
  53. Herbert, Gary. A Philosophical History of Rights. Transaction Publishers, 2003. pp. 66-67
  54. Gelber, p. 15
  55. Le Goff, pp. 118-119
  56. Robson, p. 224
  57. Brooke, pp. 16; 24
  58. Lachance, pp. 71-73
  59. Armstrong, Regis J. Short, William J. Francis of Assisi: early documents. New City Press, 1999. p. 84
  60. Dubois, p. 39
  61. Cantalamessa, Raniero. Come, Creator Spirit: meditations on the Veni Creator. Liturgical Press, 2003. p. 318
  62. Pax et Bonum. Order of Saint Francis
  63. Bodo OFM, Murray (ed). Joy in All Things. Franciscan Assoc of Great Britain / Hymns Ancient & Modern Ltd, 2009. p. 8
  64. Cunningham, p. 136
  65. Lachance, pp. 61-63
  66. Armstrong, Regis J. & Fisher, Doug. True Joy: The Wisdom of Francis and Clare. Spiritual Samplers Series. Paulist Press, 1996. pp. 10-11
  67. a b Lachance, pp. 64-65
  68. Manselli, p. 303
  69. Assis, São Francisco de.Segunda carta ao fiel, 48-56. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil
  70. Sorrell, pp. 138-141
  71. Lachance, pp. 74-75
  72. Ronson, pp. 241-245
  73. Blastic, Michael. Prayer in the Writings of Francis. IN Johnson, Timothy J. Franciscans at prayer. Volume 4 de The medieval Franciscans. Brill, 2007. pp. 27-28
  74. McMichaels, pp. 1-2; 14-15
  75. Assis, Francisco de. Canticum Fratris Solis vel Laudes Creaturarum. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil
  76. Fontes Franciscanas - Portal dos Capunhinhos de Sâo Paulo, Brasil
  77. Duby, Georges. Art and society in the Middle Ages. Wiley-Blackwell, 2000. pp. 1-2; 58-59
  78. Cantico del Sol di San Francesco d'Assisi, S499. Hyperion Classics
  79. Légende No 1. St François d'Assise La prédication aux oiseaux, S175 No 1. Hyperion Classics
  80. Mario Castelnuovo-Tedesco. Kunstbus
  81. Gian Francesco Malipiero. Encyclopædia Britannica Online. 17 Nov. 2009
  82. Messiaen, Olivier. Movimento
  83. Jacint Verdaguer. Associació d'Escriptors en Llengua Catalana
  84. Pearce, Joseph. Chesterton and Saint Francis. Ignatius Press
  85. Talbot, John Michael. Saint Francis By Nikos Kazantzakis. Loyola Classics
  86. The Flowers of St. Francis. Ignatius Press
  87. São Francisco de Assis (Francis of Assisi). Interfilmes
  88. Brother Sun, Sister Moon - Synopsis. Fandango
  89. Liliana Cavani. Interfilmes
  90. Clare and Francis. Ignatius Press
  91. Santuario della Verna. Página oficial
  92. Fernandes, Kamila. Estátua de São Francisco é inaugurada em Canindé. Folha online, 04/10/2005 - 21h22

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[editar] Ligações externas

Textos das Datas Comemorativas - Mês de Outubro
Obs.: Os textos não estão sequenciados pela ordem das datas comemorativas.
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Dia do Idoso



Diversão e saúde são direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso
No dia primeiro de outubro comemora-se o dia internacional das pessoas idosas, sendo que a data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) a fim de qualificar a vida dos mais velhos, através da saúde e da integração social.
As pessoas idosas são aquelas com mais de sessenta e cinco anos, condição esta determinada pela Organização Mundial de Saúde, que os caracteriza como grupo da terceira idade.
O surgimento da data foi em razão de uma Assembleia Mundial sobre envelhecimento, realizada em Viena, na Áustria, em 1982.
Para envelhecer bem é necessário que a pessoa, ainda na idade adulta, pratique esportes de acordo com sua capacidade física, mantenha uma alimentação saudável e de qualidade, participe de programas de integração social, mantendo relacionamentos com outras pessoas de sua idade, pratique atividades produtivas, etc.
Envelhecer não é um processo fácil, muitas vezes causa depressão, desânimo, pois as pessoas vão sentindo que não tem mais valor para o trabalho, nem para seus entes queridos e familiares.
É comum vermos pessoas colocando idosos em casas de repouso, para não ter obrigação e cuidados com os mesmos. Isso é uma falta de consideração e de responsabilidade social, pois os direitos dos idosos encontram-se na Constituição do Brasil.
No ano de 2003 foi criado o Estatuto do Idoso, que garante que seus direitos sejam respeitados. O regulamento traz várias disposições como: não ficar em filas; não pagar passagem de ônibus coletivo; descontos em atividades de cultura, esporte e lazer; adquirir medicamentos gratuitos nos postos de saúde; vagas de estacionamento; dentre outras, medidas em respeito à fragilidade em que os mesmos se encontram.
É preciso que sejam tratados com reverência e consideração, por serem mais velhos e por terem mais experiência de vida, aspectos fundamentais para a sua estabilidade emocional.
Sendo assim, estando com o lado emocional equilibrado, a saúde mental será muito mais valorizada e proveitosa.
No Brasil, a comemoração é feita no dia 27 de setembro, dia de São Vicente de Paula, o pai da caridade, tendo sido adotada a partir de 1999, para considerar as dificuldades, direitos e deveres a que estão sujeitos.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia do Professor 


Os professores merecem salários mais justos, pois lidam com a educação de um país
O dia do professor é comemorado em 15 de outubro.
Esse profissional, durante seu período de formação, passa a desenvolver algumas habilidades que o ajudará a lidar com crianças e jovens que estão em fase escolar, como metodologias de trabalho e didática de ensino.
Hoje em dia os professores têm um papel social maior, estão mais envolvidos e engajados no exercício da profissão, pois as metodologias de ensino mudaram muito de uns anos pra cá.
O professor deixou de ser visto como o todo poderoso da sala de aula, o detentor do saber, o dono da razão, e foi reconhecido como o instrumento que proporciona a circulação do conhecimento dentro da sala de aula.
Isso acontece em razão de seu modo de agir, a maneira em que conduz as aulas, pois considera os conhecimentos que os alunos levam consigo, fazendo com que cada um manifeste a sua opinião acerca dos assuntos discutidos.
A criação da data se deu em virtude de D. Pedro I, no ano de 1827, ter decretado que toda vila, cidade ou lugarejo do Brasil, criasse as primeiras escolas primárias do país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através do decreto federal 52.682/63.
Os conceitos trabalhados eram diferenciados de acordo com o sexo, sendo que os meninos aprendiam a ler, escrever, as quatro operações matemáticas e noções de geometria. Para as meninas, as disciplinas eram as mesmas, porém no lugar de geometria, entravam as prendas domésticas, como cozinhar, bordar e costurar.
A ideia de fazer do dia um feriado, surgiu em São Paulo, pelo professor Salomão Becker, onde o mesmo propôs uma reunião com toda a equipe da escola em que trabalhava para que fossem discutidos os problemas da profissão, planejamento das aulas, trocas de experiências, etc.
A reunião foi um sucesso e, por este motivo, outras escolas passaram a adotar a data, até que a mesma se tornou de grande importância para a estrutura escolar do país.
Anos depois, a data passou a ser um feriado nacional, dando um dia de descanso a esses profissionais que trabalham de forma dedicada e por amor ao que fazem.
A estrutura da educação no Brasil se divide por faixas etárias. De zero a três anos temos as creches ou berçários; de 3 a 5 anos a fase de educação infantil, de 6 a 10 anos o ensino fundamental I; de 11 a 14 anos o ensino fundamental II; e de 15 a 17 anos o ensino médio. Após a etapa do vestibular e com a aprovação no mesmo, o período de graduação.
Podemos ver que os professores são muito importantes para a vida de todos, pois passam por todo o período escolar, por longos anos. Por isso, deveriam ser mais bem remunerados e ter seu trabalho melhor reconhecido.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia internacional contra a exploração da mulher


Direitos trabalhistas não garantem igualdade entre homens e mulheres
O dia 25 de outubro foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o dia internacional contra a exploração da mulher.
Desde os mais antigos tempos que as diferenças sociais entre mulheres e homens são grandes, sendo os homens considerados mais capacitados que as mesmas, além de possuírem mais direitos.
Com o passar dos anos, houve uma luta travada pelos direitos da mulher, e essa passou a participar dos processos de eleições, trabalhar fora de casa, ter registro em carteira e direitos trabalhistas.
No Brasil, esses direitos foram conquistados no governo de Getúlio Vargas, em 1932, dando maior liberdade às mulheres e melhores condições de vida e trabalho para as mesmas.
Pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que, no Brasil, a maioria da população é constituída por mulheres (51,2%).
O movimento feminista surgiu ainda no século XIX, na Inglaterra e nos Estados Unidos, mas, mesmo assim, as mulheres não conseguem conquistar os mesmos direitos dos homens.
Em vários países são tidas como cidadãs de segunda casta, estando subjugadas às vontades e decisões de seus esposos, pais, irmãos ou parentes próximos, não podendo participar das decisões da família, sem direito a voto, sem manter qualquer tipo de participação política ou administrativa.
Segundo disposto pela Organização das Nações Unidas, os direitos entre homens e mulheres são os mesmos, não devendo ser levados em conta a etnia, religião, língua, etc., mas não é isso que se vê na prática.
As mulheres não são respeitadas por suas capacidades, são desvalorizadas no seu trabalho, não recebem salários iguais aos dos homens, são vítimas de assédio moral e sexual, além disso, sofrem preconceitos de todos os tipos.
As mulheres trabalham muito mais que os homens, pois além de trabalhar fora para ajudar no sustento da família, ainda prestam serviços dentro de casa, sendo responsáveis pelo funcionamento organizado do lar, da educação dos filhos, etc.
Uma das maiores conquistas das mulheres foi a invenção da pílula anticoncepcional, na década de 60, dando liberdade sexual às mesmas, podendo controlar a gravidez.
Com tantas conquistas e direitos, ainda ficou comprovado que a mulher por si só não seria capaz de defender seus direitos. Dessa forma, a ONU criou uma convenção específica, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, adotada pela Assembleia Geral, que entrou em vigor a partir de 1981.
No documento são especificados: igualdade entre os sexos, os direitos humanos, as liberdades fundamentais, as necessidades políticas, econômicas, sociais, culturais, civis, etc., a fim de fortalecer a classe.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Dia Nacional do Livro



Ler é uma forma de diversão
No dia 29 de outubro é comemorado o dia nacional do livro.
Para a primeira biblioteca do Brasil, Portugal disponibilizou um acervo bibliográfico muito rico, vindos da Real Biblioteca Portuguesa, com mais de sessenta mil objetos. O acervo era composto por medalhas, moedas, livros, manuscritos, mapas, etc.
As primeiras acomodações da Biblioteca foram em salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro.
A escolha da data foi em razão da transferência da mesma para outro local, no dia 29 de outubro de 1810, fundando-se assim a Biblioteca Nacional do Livro, pela coroa portuguesa.
Da data da fundação até por volta de 1914, para se fazer consultas aos materiais da biblioteca era necessária uma autorização prévia.
Os livros são um conjunto de folhas impressas, onde o escritor coloca suas ideias, a fim de deixá-las registradas ou para que outras pessoas possam tomar conhecimento das mesmas. Eles podem variar no gênero dos textos apresentados, sendo documentário, romance, suspense, ficção, autoajuda, bíblico, religioso, poema e poesia, disciplinas escolares, profissões e uma infinidade de áreas.
Para se publicar um livro, o autor deve procurar uma editora a fim de apresentar seu material, que deverá estar devidamente registrado em cartório, para garantir os direitos autorais.
A editora se encarrega de fazer a correção do texto, de acordo com as normas cultas da língua, além de sugerir algumas melhoras ao mesmo. Após a edição do texto, a editora cuida do título da obra, que deve servir como atrativo ao público, passando então para o preparo da capa, através da ilustração, impressão da quantidade de volumes e montagem dos exemplares.
A editora também é responsável pela divulgação do material, pois é de seu interesse vender o produto.
Após a criação da prensa tipográfica, por Johannes Gutenberg (1398-1468), deu-se a publicação do primeiro livro em série, que ficou conhecido como a Bíblia de Gutenberg. A obra foi apresentada em 642 páginas e a primeira tiragem foi de duzentos exemplares. Essa invenção marcou a passagem da era medieval para a era moderna.
O primeiro livro publicado no Brasil foi Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antônio Gonzaga. Na época, o imperador do país fazia uma leitura prévia dos mesmos, a fim de liberar ou não o seu conteúdo, funcionando como censura.
Em 1925, Monteiro Lobato, escritor e editor, autor do Jeca Tatu e do Sítio do Picapau Amarelo, fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Ciência e Tecnologia


Descoberta do fogo e pesquisas em laboratório

No dia 16 de outubro comemora-se o dia da Ciência e Tecnologia, a fim de se discutir os problemas causados pelos avanços tecnológicos e a atuação do homem como agente causador do crescimento do mundo e da destruição da natureza.
Quando falamos em tecnologia pensamos logo na era da informática, nas novas pesquisas científicas que levaram ao avanço da medicina, etc. Pelo contrário, as primeiras invenções, consideradas tecnológicas, se reportam há dois milhões de anos antes de Cristo, época do homo habilis e do homo erectus.
Em razão de suas necessidades, esses homens inventaram os primeiros objetos, feitos de pedra, para se defender dos animais e facilitar suas vidas. Dentre essas tivemos a invenção do machado e da lança, que serviam para caçar; a descoberta do fogo, servindo para aquecer e cozinhar os alimentos. Mais tarde tivemos a invenção da roda. A partir daí, as invenções não pararam mais, tornando a vida do homem mais produtiva e confortável.
Todos esses inventos são considerados ciência, desde a época da pedra lascada até a era do computador.
Porém, Galileu Galilei foi quem afirmou que, para que algo se torne ciência, precisa ser experimentado, pois é a forma como se comprova as verdadeiras possibilidades da descoberta, se aquilo funciona ou não.
Dentre os cientistas que fizeram grandes contribuições para a humanidade podemos citar: Charles Darwin, através da teoria da evolução das espécies; Louis Pasteur, descobridor das bactérias causadoras das doenças, possibilitando as curas das mesmas; e Albert Einstein com a teoria da relatividade (descoberta do átomo).
Com uma trajetória de quatro séculos, a ciência tem se desenvolvido cada vez mais, pois quanto mais se estuda, desenvolvendo projetos tecnológicos, mais avanços acontecem na área.
Os primeiros registros de tecnologia no Brasil são do período da colonização de nosso país, no ano de 1553, através da criação do primeiro engenho de açúcar.
Considerado um dos grandes inventos da humanidade, tivemos o brasileiro Alberto Santos Dumont, com a criação dos balões dirigíveis e, anos mais tarde, do 14-bis, um dirigível biplano. Porém, o mesmo foi acometido por forte depressão, ao ver que seu invento teve um lado nocivo, sendo aproveitado para sofisticar as guerras, matando milhares de pessoas.
Uma das últimas conquistas tecnológicas do país foi o aumento da capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, quando foi ligada sua última turbina para ampliar seus níveis de produção, a fim de abastecer várias cidades brasileiras.
Através dos avanços tecnológicos, a vida torna-se mais prática, mais dinâmica, porém temos os prejuízos para o planeta, que hoje volta-se para as questões de sustentabilidade, adaptando cada área às necessidades do homem, mas voltando-se para ações que preservem o meio ambiente, as boas relações humanas, visando um mundo melhor.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia da Natureza


O que será do futuro se continuarmos destruindo a natureza?

No dia 4 de outubro comemora-se o dia da natureza. Chamamos de ambiente ou natureza o mundo no qual o homem vive e que existe independente das atividades do mesmo.
É tudo aquilo que não foi criado pelo homem, mas que constitui o universo, como rios, mares, plantas, florestas, animais, minerais e o próprio homem.
Com a evolução, construção das cidades, das facilidades da vida moderna, o homem passou a modificar a ordem natural da vida no planeta, prejudicando o equilíbrio do meio ambiente.
Agindo de forma predatória, tem destruído a natureza sem se preocupar com os prejuízos que sofrerá num futuro bem próximo.
São desmatamentos, queimadas, destruição da camada de ozônio, o efeito estufa, dentre vários outros problemas que tem causado a extinção de importantes espécies vegetais, além dos animais, prejudicando as cadeias em que os mesmos se utilizam para viver. Arara-azul, mico-leão-dourado, lobo-guará, tamanduá-bandeira e vários outros, são animais da fauna brasileira que são dificilmente encontrados.
É importante que o homem crie consciência ecológica, de que a degradação ambiental só trará malefícios para as gerações futuras.
No Brasil, a Secretaria Especial do Meio Ambiente tem desenvolvido projetos tentando conscientizar a população dos prejuízos causados pela degradação ambiental.
Mas em razão da vida moderna, o lixo nas grandes capitais do país tem aumentado em quantidades significativas e os aterros sanitários e lixões não mais os comportam.
A camada de ar que protege a Terra dos raios ultravioleta, a camada de ozônio, tem sido destruída pelo aumento dos meios de transporte que circulam no mundo, pela poluição advinda das indústrias, por queimadas, pelo uso excessivo de produtos sprays e produtos químicos. Isso ocasiona o aumento da temperatura da Terra, além de causar as chuvas ácidas, tufões, tsunamis, terremotos, etc., que provocam grandes problemas à humanidade.
O uso de materiais descartáveis, como os plásticos e outros, tem causado a morte de várias espécies animais por sufocamento. Tartarugas e gaivotas já foram encontradas mortas, pois tinham em seu estômago pedaços de sacolas plásticas, que engoliram ao confundir com alimentos.
Criar hábitos que favoreçam a natureza só trará benefícios. Não adianta ficarmos parados esperando grandes projetos dos governantes. Pelo contrário do que se pensa, é através de pequenas atitudes que podemos melhorar as condições do planeta, que nunca mais será o mesmo.
Evitar o uso de produtos descartáveis do tipo plástico, metais e vidros, usar sacolas ecológicas feitas de tecido ou carrinhos próprios para feira, não jogar lixos em lugares inapropriados, não jogar papéis de bala ou chicletes nas ruas, latas de cerveja e refrigerante nas estradas, etc., trará ao planeta uma condição melhor de sobrevivência tanto para os homens como para os animais.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia do Atletismo


Salto triplo, salto em distância, 400 metros e salto em altura

O atletismo é uma atividade esportiva de caráter competitivo que envolve saltos, corridas, lançamentos, maratonas e marchas.
No dia 09 de outubro essas modalidades esportivas são homenageadas, bem como os atletas que se empenham por quebrar os recordes mundiais nas mesmas.
As disputas de atletismo podem ser feitas de forma individual ou em grupo, como revezamento 4 X 400 (quatro por quatrocentos). Nessa disputa, cada atleta deve percorrer um trecho de cem metros, tendo que passar um bastão que carrega em sua mão para o próximo integrante da equipe, até o último deles cruzar a linha de chegada.
As provas de atletismo costumam ser muito disputadas, pois o homem sempre atinge novos recordes, quebrando os anteriores. Nos jogos oficializados, como as Olimpíadas e outros mundiais, as disputas são mais acirradas.
As modalidades de atletismo se dividem em provas de pista, com variação de cem, duzentos, quatrocentos, oitocentos, mil e quinhentos, cinco mil, dez mil e 42 mil metros. Além dessas ainda existem as marchas de 10 km (feminina) e 20 ou 50 km (masculina).
As provas de campo são através das disputas de saltos e lançamentos, os saltos são em altura, em distância e salto triplo. Nas provas de arremessos são utilizados discos, dardos, pesos e martelo, onde o vencedor é quem lança o objeto à maior distância.
Existem ainda, como provas de atletismo, as modalidades combinadas, como os triatlos, onde são executadas três modalidades, como natação, bicicleta e corrida. Mas existem as provas de heptatlo (para mulheres) e decatlo (para homens), que envolvem mais modalidades esportivas.
Nessas provas são computados os tempos e as distâncias percorridas pelos atletas, determinando suas classificações.
Desde os tempos primitivos, os homens se utilizavam de suas capacidades de correr e arremessar objetos para se proteger dos animais. Com o passar dos anos, na Grécia Antiga, esses hábitos foram considerados esportes, estando presentes nos primeiros Jogos Olímpicos, em 776 a.C.
No dia do atletismo sempre acontecem comemorações por todo o país, principalmente com provas de pista, onde as distâncias são de 5 km para mulheres e 10 km para homens, dando oportunidade à população de participar, por ser uma prova mais fácil, com um trajeto menor.
No Brasil, a prova de atletismo mais conhecida é a corrida de São Silvestre, realizada em São Paulo, no dia 31 de dezembro. A ideia da mesma foi do jornalista Cásper Libero, sendo que a primeira disputa aconteceu no ano de 1925. De lá para cá a prova acontece todos os anos, com a participação de atletas de todo o mundo, que fazem um trajeto de quinze quilômetros.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia do Fisioterapeuta



Símbolo da profissão e sala de reabilitação motora

Em 13 de outubro é comemorado o dia do fisioterapeuta, um dos profissionais que mais tem se destacado no mercado, trabalhando com atletas e esportistas.
A escolha da data foi em decorrência da aprovação do Decreto Lei nº 908/69, publicado na mesma data, regulamentando a profissão. Além desse, em 1975 foi aprovada a Lei nº 6316, em caráter federal, outorgando direitos e deveres a esses profissionais e suas responsabilidades.
A fisioterapia é uma especialidade da medicina que atua como forma de reabilitação do corpo humano e prevenção de doenças ósseas e musculares, através de técnicas próprias como massagens, radiações, exercícios, dentre outras.
Quem não se lembra do Ronaldo, o fenômeno, em pleno campeonato italiano em 2000, se contorcendo dentro de campo em virtude de uma lesão no joelho? Em decorrência da lesão, o jogador ficou afastado por dezessete meses, fazendo tratamento de fisioterapia após ter passado por procedimento cirúrgico.
Essa história comprova o quanto um tratamento de fisioterapia é eficiente, pois ninguém acreditava que a performance do atleta pudesse ser recuperada. Após a reabilitação, o mesmo retornou às suas atividades, sendo o maior destaque na Copa do Mundo de 2002, onde o Brasil consagrou-se como pentacampeão.
No desenvolvimento do trabalho, o profissional fisioterapeuta organiza um quadro de atividades para seu paciente, de acordo com as necessidades do mesmo, visando recuperar a estrutura mecânica que este tinha antes da lesão.
Para se tornar um profissional da fisioterapia é preciso adquirir formação específica na área, através de concurso de vestibular. A duração do curso é de cinco anos, exigindo uma etapa de estágios em hospitais a fim de dar as primeiras experiências práticas na profissão.
A fisioterapia é uma área de muitas possibilidades de atuação, podendo o profissional manter consultório particular, atender em clínicas, centros de reabilitação, academias, escolas, clubes, hospitais, etc., além de ter espaço de atuação como pesquisador.
Nos processos de reabilitação, esses profissionais atuam com crianças, jovens, adultos e idosos com deficiências físicas, visando o desenvolvimento dos músculos ou mesmo evitando problemas de atrofias. É comum que esse tipo de problema apareça, pois pessoas com limitações motoras não se movimentam corretamente, necessitando de orientações e exercícios que garantam o melhor funcionamento do corpo.
Além dessas, o profissional pode atuar com tratamentos neurofuncionais, com pessoas que sofreram AVC (acidente vascular cerebral); traumato-ortopédico (traumatismos de ossos e músculos); respiratória (dinâmica respiratória); RPG (reeducação postural global) e várias outras.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia do Médico


Médico exercendo sua profissão.
O médico é um dos mais importantes profissionais presentes em nossa sociedade. Sua função está ligada à manutenção e restauração da saúde. Este profissional utiliza o saber específico, técnicas e abordagens que lhe permitem promover a saúde e o bem-estar físico, mental e social dos indivíduos.

O dia 18 de outubro é considerado o dia do médico em muitos países, como Brasil, Portugal, França, Espanha, Itália, Bélgica, Polônia, Inglaterra, Argentina, Canadá e Estados Unidos. Esta data foi escolhida por ser o dia consagrado a Lucas, o "amado médico", segundo o apóstolo Paulo.

Lucas teria estudado medicina em Antioquia, além de ser pintor, músico e historiador; um dos mais intelectuais discípulos de Cristo. A tradição de ter Lucas como o patrono dos médicos se iniciou por volta do século XV.
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Dia do Servidor Público



O atendimento nos serviços públicos é um direito da população
No dia 28 de outubro comemora-se o dia do funcionário público. A data foi instituída no governo do presidente Getúlio Vargas, através da criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em 1937.
Em 1938 foi fundado o Departamento Administrativo do Serviço Público do Brasil, onde esse tipo de serviço passou a ser mais utilizado.
As leis que regem os direitos e deveres dos funcionários que prestam serviços públicos estão no decreto nº 1.713, de 28 de outubro de 1939, motivo pelo qual é o dia da comemoração desse profissional.
Em 11 de dezembro de 1990, foi publicado o novo Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, a Lei nº8112, alterando várias disposições da antiga lei, porém os direitos e deveres desses servidores estão definidos e estabelecidos na Constituição Federal do Brasil, além dos estatutos das entidades em que trabalham.
Os serviços públicos estão divididos em classes hierárquicas, de acordo com os órgãos dos governos, que podem ser municipais, estaduais ou federais. Os serviços prestados podem ser de várias áreas de atuação, como da justiça, saúde, segurança, etc.
Para ser servidor público é preciso participar de concursos e ser aprovado no mesmo, garantindo assim a vaga enquanto profissional. O bom desse tipo de trabalho é que o servidor tem estabilidade, não pode ser dispensado de suas funções. Somente em casos extremos, em que se comprove a falta de idoneidade de um funcionário público, é que o mesmo é afastado de seu cargo.
Os salários dos funcionários públicos são pagos pelos cofres públicos, dependendo da localidade. Se for municipal, são pagos pelas prefeituras; se estadual, pelos governos estaduais; e se federal, pagos pelos cofres da União.
Os servidores públicos devem ser prestativos e educados, pois trabalham para atender a população civil de uma localidade. É comum vermos pessoas reclamarem dos serviços públicos, da falta de recursos dos mesmos, falta de profissionais para prestar os devidos atendimentos ou até mesmo por estes serem mal educados e ríspidos com a população. É bom enfatizar que esses profissionais lidam com o que é público, ou seja, aquilo que é de todas as pessoas. Portanto, ganham para prestar serviços a toda comunidade.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia do Dentista


Dia Mundial do Dentista

O dia mundial do dentista é comemorado em 03 de outubro.
A primeira escola dentária, para formar dentistas, surgiu em 1840, em Baltimore, nos Estados Unidos.
Os dentistas são profissionais capacitados para tratar das gengivas, da boca, dos ossos da face e dos dentes, estruturas duras que utilizamos para mastigar os alimentos. É importante visitar esses profissionais de seis em seis meses, a fim de cuidar da integridade e higiene dos dentes, fazendo limpeza e profilaxia.
Os dentes variam de acordo com os hábitos alimentares de cada espécie. Os humanos têm capacidade para rasgar, prender e triturar os alimentos, para que os mesmos passem pelo tubo digestivo em tamanhos menores, aproveitando seus nutrientes e facilitando o processo digestivo.
Os seres humanos possuem 32 dentes, divididos em duas dentições. A primeira delas, durante a infância, é chamada de provisória ou “dentes de leite” e é constituída de apenas 20 dentes. O nascimento dos primeiros dentes acontece por volta dos seis meses de idade, indo até os trinta meses. Essa dentição é trocada, variando com a idade e o tipo de dente, até que todos eles sejam definitivos.
Os dentes humanos possuem diferentes funções. Os incisivos (dentes da frente) e os caninos (os pontudos) servem para morder os alimentos, fazendo a divisão dos mesmos; os pré-molares e os molares servem para triturar, cortar e esmagar os alimentos.
Por volta dos 17 anos de idade, nascem os dentes sisos, bem ao final das gengivas. Porém, esses não têm muita utilidade para o processo de mastigação e normalmente são extraídos para não causarem problemas, como entortar os outros dentes por falta de espaço. É difícil encontrar pessoas que possuam esses dentes.
A formação para o exercício dessa profissão tem duração de cinco anos, terminando o curso como clínico geral, capacitado para tratar cáries, fazer restaurações, projetar e instalar próteses, etc.. É um curso que requer muita dedicação e estudo, pois possui disciplinas como anatomia, patologia e fisiologia. Ao término da faculdade, o profissional poderá se especializar em áreas específicas, como cirurgião dentista, odontopediatria, periodontia, traumatologia (quando se machuca a boca), saúde coletiva, além de cuidar da parte estética da boca, dentre várias outras.
Antigamente os dentistas eram chamados de dentistas práticos, sem formação ou com pouco conhecimento, que não tratavam os dentes, mas faziam apenas a extração daqueles que estavam muito estragados. Normalmente eram barbeiros ou ambulantes, que trabalhavam em locais precários e sem a higiene necessária.
Hoje em dia a consciência sobre os tratamentos dentários mudou muito. Sabe-se da importância dos trabalhos preventivos, motivo pelo qual a saúde bucal deve começar ainda no recém-nascido, com o uso de cotonetes molhados em água limpa.
Os primeiros cursos de odontologia do Brasil surgiram no Rio de Janeiro e na Bahia, determinados pelo decreto nº 9.311, em 25 de outubro de 1884. Em nosso país, o dia do dentista é comemorado nessa data.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia da Cruz Vermelha


 
Missões da Cruz Vermelha e outros símbolos da instituição
No dia 26 de outubro comemora-se a criação da Cruz Vermelha, uma instituição humanitária e autônoma que oferece serviços voluntários às vítimas das guerras, violências e catástrofes naturais.
A ideia partiu do suíço Henry Dunant, que durante uma viagem deparou-se com a batalha de Solferino, ao norte da Itália, vendo milhares de mortos sem serem sepultados, além dos combatentes que sofriam com os ferimentos.
Preocupado e chocado com a situação dos campos de batalha, onde presenciou soldados mutilados sendo atendidos pelos sobreviventes, em condições precárias, improvisou uma enfermaria nas dependências de uma igreja, para prestar primeiros socorros aos necessitados, contando com a ajuda da população local.
Com isso, ao ser realizada a Conferência de Genebra, em 1863, mostrou sua indignação e piedade para com o problema, colocando o assunto na pauta das discussões, o que levou à criação do Comitê Internacional para a Assistência aos Feridos, vindo a se tornar Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O interessante é que o fundador da entidade, além de alcançar ajuda aos necessitados da guerra, conseguiu estabelecer a condição de imparcialidade dos voluntários, com neutralidade política e religiosa dos mesmos, a fim de favorecer os atendimentos, sem distinção a nenhum ferido.
A amplitude dos trabalhos da Cruz Vermelha vai muito além do que se imagina. A entidade atua com a distribuição de materiais médicos e hospitalares e de produtos alimentícios; faz trabalhos de assistência social negociando a libertação e a repatriação de prisioneiros de guerra e presos políticos, visita presos nas cadeias públicas, busca a reaproximação de famílias separadas por conflitos; trabalha no combate a epidemias; desenvolve projetos de combate à fome e etc.
A Cruz Vermelha é uma entidade privada, mantida por doações de pessoas ou de empresas, além das verbas governamentais, advindas dos países participantes da Convenção de Genebra.
Hoje, possui filiais em mais de duzentos países.
Nas nações muçulmanas, mesmo não sendo voltada para as diferenças religiosas, a instituição trabalha com o nome de Crescente Vermelho, tendo adotado uma lua crescente como o símbolo de sua bandeira, o mesmo símbolo do islamismo.
Outro símbolo adotado pela organização foi o Cristal Vermelho.
No Brasil, a instituição foi implantada em 1908, seguindo os mesmos princípios da convenção de Genebra. Oswaldo Cruz, médico, sanitarista, considerado o responsável pela saúde pública no Brasil, foi escolhido como seu primeiro presidente, pelos trabalhos que havia desenvolvido anteriormente, como o combate à peste bubônica, a campanha de erradicação da febre amarela e a revolta da vacina (campanha de vacinação contra a varíola).
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia da ONU

Símbolo da Organização e Kofi Annan – Secretário-Geral

No dia 24 de outubro comemora-se o Dia da ONU (Organização das Nações Unidas). A escolha da data foi em razão da criação da instituição, oficializada no mesmo dia.
A criação da Organização foi logo após a II Guerra Mundial, a fim de melhorar os trabalhos desenvolvidos pela Liga das Nações.Com a reunião de cerca de cinquenta países, a Conferência das Nações Unidas busca o comprometimento dos mesmos para garantir o desenvolvimento, defender os direitos humanos e a liberdade, e manter a paz mundial.
Para que a ONU consiga desenvolver seus trabalhos pelo mundo todo, conta com a colaboração de mais cinco instituições agregadas a ela. Tem uma Secretaria Geral, que cuida da administração dos programas e das políticas dos órgãos, tendo como atual secretário-geral, o africano Kofi Annan, desde 1997; Conselho de Segurança, composto por 15 países, onde dez são escolhidos por eleições e cinco são fixos (França, Reino Unido, Federação Russa, Estados Unidos e China); o Conselho Econômico e Social, que coordena as economias da Organização e seus trabalhos sociais; uma Assembleia Geral, composta por todos os países membros, a fim de discutir os assuntos pertinentes e tomar as devidas decisões, em pelo menos um encontro por ano; a Corte Internacional de Justiça, que analisa e julga os conflitos entre as nações do mundo todo, através de quinze juízes escolhidos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança.
O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello seria indicado para ocupar o cargo de secretário-geral da ONU, mas faleceu no Iraque (2003) durante um ataque de caminhão-bomba no quartel-general da ONU, na cidade de Bagdá.
Os trabalhos da ONU estão voltados para promover o bem social a crianças, idosos, refugiados de guerra, povos indígenas, fomentar a sustentabilidade, dentre outros, através das dezesseis agências especializadas que integram seu sistema.
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) é bem conhecida no Brasil, pois todos os anos programas televisivos e celebridades da área fazem campanhas para a arrecadação de fundos a fim de desenvolver trabalhos em favor de crianças carentes que vivem no país. Sua criação foi em dezembro de 1946, para cuidar das crianças sobreviventes da Guerra, tornando-se uma agência permanente da ONU. A sigla inicial significava United Nations International Children's Emergency Fund, o mesmo que Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para as Crianças.
Além da UNICEF, outros importantes órgãos são parte constituinte da ONU, como a OMS (Organização Mundial de Saúde), UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), dentre outros.
Das cento e noventa e duas nações do mundo, a Organização conta atualmente com a participação de cento e oitenta e nove delas, um grande avanço para quem iniciou suas atividades com apenas cinquenta integrantes.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia das Crianças


Dia da Criança

O responsável pela criação do dia das crianças foi o deputado federal Galdino do Vale Filho, na década de 1920. Após ter sido aprovada pelos deputados, a data de 12 de Outubro foi oficializada pelo presidente Arthur Bernardes, através do decreto no 4867, de 5 de novembro de 1924.

A data só passou a ser celebrada somente na década de 1960, momento que a fábrica de Brinquedos Estrela decidiu fazer uma promoção em conjunto com a Johnson &Johnson, com o lançamento da “Semana do Bebê Robusto” que tinha por objetivo aumentar as vendas. Logo depois outras empresas decidiram criar a Semana da Criança com o mesmo intuito. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedo decidiram escolher um único dia para a promoção. A partir daí, o dia 12 de Outubro passou a ser uma das datas mais importantes do ano para o ramo de brinquedos.

O dia das crianças é a segunda data mais importante para o comércio, perdendo somente para o Natal.

A organização das Nações Unidas (ONU) comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de Novembro, data em que os países aprovaram a Declaração dos Direitos das Crianças.

No Japão, o dia é comemorado em 5 de Maio, para os meninos, com exposição de bonecos que lembram samurais, para as meninas a comemoração é no dia 3 de Março, com exposição de bonecas. A China também comemora no dia 5 de Maio.

Na Nova Zelândia a comemoração é no primeiro domingo de Março, diferencia-se de algumas comemorações por não ser um dia para presentes e sim um dia onde se passa tempo com a família, para rir e brincar.

Em Moçambique a celebração é no dia 1 de Junho, este foi instituído para assinalar o dia em que muitas crianças de pouca idade foram cruelmente assassinadas a sangue frio pelas forças nazistas em Junho de 1943.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
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  Dia do Correio

O correio é um serviço de grande importância.
Correio é uma forma de comunicação que envolve o envio de documentos e encomendas entre um remetente e um destinatário. Após o surgimento da escrita, os serviços postais sempre estiveram presentes na vida do homem. O primeiro indício de um serviço organizado de difusão de documentos escritos surgiu em 2400 a.C. na civilização egípcia, onde os faraós difundiam seus decretos por todo o território através de mensageiros.

Criados pelos egípcios, os serviços postais foram aprimorados por vários povos, como os persas, gregos, chineses e romanos. Para resolver o problema das diferentes tarifas e dos vários sistemas postais presentes na Europa no fim da Idade Média, os ingleses inventaram o sistema de selos.

Quando o Brasil foi descoberto, o correio já existia, no entanto, o serviço postal regular só foi iniciado em 25 de janeiro de 1663. No ano de 1931, foi criado o DCT (Departamento de Correios e Telégrafos) e o Correio Aéreo Militar, o que permitiu que as correspondências pudessem ser entregues aos mais remotos destinos.

O correio sempre foi um serviço fundamental na vida do homem, visto que a comunicação é uma necessidade básica do ser humano. Atualmente, com as mudanças geradas pela globalização e tecnologia, o mesmo perdeu um pouco sua força para os meios de comunicação eletrônicos, como o e-mail, por exemplo. Nesse sentido, seu grande desafio hoje em dia talvez seja a atualização de seus serviços para poder corresponder às novas necessidades. Entretanto, não se pode negar a importância do correio, que é homenageado no dia 09 de outubro.
Por Tiago Dantas
Equipe Brasil Escola
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Nacional da Vacinação





A saúde pública está na Constituição Federal – é responsabilidade do governo

O dia nacional da vacinação é comemorado em 16 de outubro.
Receber uma vacina é se proteger contra um tipo de doença, uma forma bem mais fácil e sem riscos para a vida, do que ter que tratar a doença.
A vacinação no Brasil surgiu no início do século XX, nessa época não existia saneamento básico nas capitais, o que comprometia a saúde das pessoas com epidemias de febre amarela, varíola e outras doenças.
Oswaldo Cruz, médico sanitarista, foi nomeado para chefiar o Departamento Nacional de Saúde Pública, a fim de promover uma revolta sanitária em razão das necessidades do país.
A medida não foi bem aceita pela população, pois algumas decisões eram arbitrárias, obrigando as pessoas a se vacinarem, fazendo com que agentes de saúde invadissem as casas para aplicar a vacina contra a varíola. Mas as pessoas não acreditavam que a vacina funcionasse e se negavam a tomar
Além disso, vários cortiços e morros foram visitados, e os moradores expulsos dos locais, pois não tinham condições de moradia e saúde. Por tudo isso, ocasionou-se a revolta da vacina.
A vacinação é importante para a vida, pois garante a imunidade contra as doenças. A vacina leva ao organismo uma pequena quantidade de vírus ou bactérias, fazendo com que o corpo reaja sobre os mesmos, não deixando que se proliferem e causem as doenças. Assim, quando a pessoa tem contato com os mesmos, através de pessoas doentes, seu organismo já criou anticorpos, formas de se defender, que não permitem que a doença se instaure.
A primeira vacina foi criada em 1796, pelo inglês Edward Jenner, que injetou em um garoto de oito anos de idade um soro de varíola bovina, conseguindo imunizá-lo. A raiva de animais era facilmente transmitida para os humanos, mas em 1885, Louis Pasteur criou a vacina contra essa doença. A partir daí surgiram vários outros tipos de vacina, mas uma das mais importantes invenções foi criada em 1960, por Albert Sabin, contra a paralisia, mais conhecida como gotinha.
As principais vacinas são a BCG, que protege contra a tuberculose; a Tríplice, contra difteria, tétano e coqueluche; a Tríplice Viral, contra sarampo, caxumba e rubéola; a vacina contra Hepatite B; a HIB, que protege contra a meningite; dentre várias outras.
Toda criança recebe um cartão de vacinação quando nasce, específico para se controlar as vacinas que a mesma já tomou. Esse cartão contém dados de peso e tamanho, que deve ser preenchido somente por médicos, durante as visitas de rotina. Por volta dos dez anos de idade, a criança termina de receber todas as doses de vacinação, mas deve continuar a tomar as indicadas pelas campanhas de saúde, como a de febre amarela, tétano, gripe, dentre outras, garantindo sua saúde por toda a vida.
O ministério da saúde oferece, gratuitamente, vários tipos de vacinas e promove campanhas para manter a saúde pública de nosso país. As mesmas podem ser encontradas nos postos de saúde de todas as cidades.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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Dia das Abelhas


Favo de mel e abelha em voo

No dia 03 de outubro comemora-se o dia das abelhas, o inseto produtor de uma das maiores riquezas da nossa alimentação, o mel, primeira substância de sabor adocicado encontrada na Antiguidade.
As abelhas são uma comunidade organizada de insetos, que vivem nas colmeias. Um grupo de abelhas é conhecido como enxame.
Nas colmeias existe apenas uma rainha, o inseto que possui o aparelho reprodutor completo, sendo capaz de se reproduzir. Uma rainha tem a capacidade de por entre 2 mil e 5 mil ovos por dia.
As abelhas operárias servem apenas para a polinização das plantas e para a produção do mel, sendo incapazes de se reproduzir, pois não colocam ovos.
Os machos da espécie são conhecidos como zangões, e após o acasalamento morrem. O tempo de vida da rainha varia entre três e quatro anos, enquanto das operárias é de seis semanas.
A diferença no sexo desses animais aparece durante a fecundação. Dos ovos não fecundados nascem machos, enquanto que dos fecundados nascem fêmeas.
Logo ao nascer, algumas pequenas são escolhidas pela abelha rainha para serem alimentadas com a geleia real, essas se tornarão rainhas quando adultas. A geleia real é um tipo de leite espesso e com sabor ácido, produzido pelas operárias jovens, tendo em sua composição mais de cem tipos de substâncias que fazem bem para nossa saúde, prevenindo contra doenças.
Em sua composição estão presentes vitaminas, proteínas, minerais, carboidratos e enzimas, sendo capaz de regenerar células, retardando o envelhecimento, pois melhora a circulação sanguínea.
Todas as outras fêmeas crescem para ser operárias e cuidar das larvas, produzir cera, limpar a colmeia, juntar alimento, construir o favo, não permitir a entrada de intrusos na colmeia, coletar néctar, etc.
O sabor do mel e sua tonalidade variam de acordo com a planta de onde é extraída a matéria-prima para sua produção; a isso dá-se o nome de florada.
Todo mel puro se cristaliza, após um período de seis meses de extraído. Para derretê-lo novamente basta deixar exposto ao calor do sol. Caso isso não aconteça, é porque o mel não é puro.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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ZENIT

O mundo visto de Roma

Serviço diario - 29 de setembro de 2011


Santa Sé

Mundo

Em foco

Espiritualidade

Mensagem aos leitores


Santa Sé


Congregação para Culto Divino se dedicará exclusivamente à liturgia
Rota Romana se encarregará das causas referentes ao Matrimônio e Ordem
ROMA, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI estabeleceu a transferência das causas de dispensa do Matrimônio confirmado, mas não consumado, e das declarações de nulidade da sagrada Ordem ao Tribunal da Rota Romana, de maneira que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos se ocupará exclusivamente da liturgia.
A transferência foi feita por meio da carta apostólica em forma de Motu Propio Quaerit semper, publicada nesta terça-feira, com data de 30 de agosto, que modifica a constituição apostólica Pastor bonus.
Na carta, Bento XVI explica que “a Santa Sé, desde sempre, procurou adaptar a própria estrutura de governo às necessidades pastorais que, em cada período histórico, surgiram na vida da Igreja, alterando, por isso, a organização e as competências dos dicastérios da Cúria Romana”.
“Nas atuais circunstâncias – observa –, tornou-se conveniente que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos se dedique principalmente a dar um novo impulso à promoção da Sagrada Liturgia na Igreja, segundo o renovamento desejado pelo Concílio Vaticano II a partir da Constituição Sacrosanctum Concilium.”
“Achei, portanto, ser oportuno transferir para um novo Departamento, constituído no Tribunal da Rota Romana, a competência para tratar os processos para a concessão da dispensa do Matrimônio rato e não consumado e as causas de nulidade da Ordem sacra”, prossegue.
Dessa maneira, o Papa liberou aCongregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentosde tarefas jurídicas e esta se dedicará exclusivamente à liturgia. As novas normas entrarão em vigor no próximo dia 1º de outubro.
Segundo o decano da Rota Romana, Dom Antoni Stankiewicz, estas novas normas adotadas por Bento XVI no âmbito jurídico e técnico, referentes ao matrimônio e à ordenação sacerdotal, representam uma “inovação normativa de importância histórica no interior da Cúria Romana”.
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Atividades de Bento XVI até novembro de 2011
Duas viagens e o Dia pela Paz em Assis
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – O Papa realizará, até o final de novembro: uma viagem à Itália (à Calábria, Lamezia e Terme), no dia 9 de outubro; uma viagem internacional a Benin, com a publicação da sua exortação apostólica sobre a Igreja na África, de 18 a 20 de novembro; e participará do Dia pela Paz em Assis, no dia 27 de outubro.
O Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice divulgou, nesta terça-feira, o programa de eventos do Papa para os meses de outubro e novembro.
Bento XVI presidirá uma Missa pela nova evangelização, em 16 de outubro, na Basílica de São Pedro, e três canonizações em 23 de outubro: dos sacerdotes beatos italianos Guido Maria Conforti (1865-1931) e Luigi Guanella (1842-1915), e da beata espanhola Bonifacia Rodríguez de Castro (1837-1905).
Na quarta-feira, 26 de outubro, a audiência será uma oração de preparação para o encontro de Assis pela Paz, que acontecerá no dia seguinte, 27 de outubro, por ocasião do 25º aniversário do encontro convocado por João Paulo II em 1986.
O mês de novembro começará com uma oração pelos defuntos: pelos papas, no dia 2 de novembro, nas grutas vaticanas, e pelos cardeais e bispos falecidos durante o ano, na quinta-feira, 3 de novembro.
A sexta-feira, 4 de novembro, estará marcada pelas Vésperas, na Basílica Vaticana, pela abertura do ano acadêmico das universidades pontifícias.
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Papa a judeus: aprofundar na amizade
Em sua mensagem ao rabino-chefe de Roma pelo ano novo judaico
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Em sua tradicional mensagem de felicitação aos judeus pelo ano novo, o Papa pediu que “Deus, em sua bondade, proteja a comunidade judaica e nos conceda aprofundar na amizade entre nós”.
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou, no último sábado, o telegrama de felicitação e amizade que Bento XVI enviou ao rabino-chefe da comunidade judaica de Roma, Riccardo Di Segni, por ocasião da comemoração do Rosh Hashaná 5772, do Yom Kippur e do Sucot.
Em sua mensagem, o Papa desejou que “cresça em todos nós a vontade de promover a justiça e a paz, em um mundo que precisa tanto de autênticos testemunhos da verdade”.
Também transmitiu a Di Segni e a toda a comunidade judaica de Roma suas “mais cordiais e sinceras felicitações”.
E expressou seu desejo de que “estas festas tão significativas possam ser ocasião de muitas bênçãos do Eterno e fonte de infinita graça”.
O Rosh Hashaná (Ano Novo), além de ser o início do novo ano judaico, é também o primeiro dos dez dias de arrependimento e introspecção, que terminam com o Yom Kippur (Dia do Perdão).
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Silêncio, tema do Dia Mundial das Comunicações 2012
Em sintonia com o próximo sínodo sobre a nova evangelização
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI escolheu “Silêncio e palavra: caminho de evangelização” como tema do 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais 2012, que se comemorará no dia 20 de maio, segundo divulgou hoje a Santa Sé.
“Com isso, manifesta-se o desejo do Santo Padre de sintonizar o tema do próximo Dia Mundial com a realização do sínodo dos bispos, que terá como tema precisamente 'A nova evangelização para a transmissão da fé cristã'”, destaca um comunicado do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais.
“A sociedade da comunicação, com sua sobreabundância de estímulos, evidencia um valor que, à primeira vista, poderia parecer contrário a ela”, destaca o texto.
O dicastério das comunicações sociais recorda que, “no pensamento do Papa Bento XVI, o silêncio não representa somente certo contrapeso em uma sociedade marcada pelo contínuo e incessante fluxo comunicativo, mas é um elemento essencial para a sua integração”.
“O silêncio é o primeiro passo para acolher a palavra, precisamente porque favorece o discernimento e o aprofundamento”, explica o comunicado.
Segundo a Santa Sé, “não há nenhum dualismo, mas complementariedade das duas funções que, em um adequado equilíbrio, enriquecem o valor da comunicação e a convertem em um elemento essencial do serviço à nova evangelização”.
O Dia Mundial das Comunicações Sociais é o único dia mundial estabelecido pelo Concílio Vaticano II, por meio do decreto Inter Mirifica, sobre os meios de comunicação, de 1963.
Esse dia é comemorado em muitos países, de acordo com a indicação de vários bispos do mundo, no domingo anterior a Pentecostes (em 2012, será no dia 20 de maio).
A mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunicações Sociais é publicada tradicionalmente por ocasião da festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, em 24 de janeiro.
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Mundo


“JPII Games” promovem diálogo e paz na Terra Santa
Oitava edição acontecerá de 21 a 25 de outubro
ROMA, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – O diálogo e a paz na Terra Santa podem ser buscados também com o binômio peregrinação-esporte. Por isso, de 21 a 25 de outubro, se levará a cabo a oitava edição do JPII Games-Pilgrims of Peace, organizada pela Opera Romana Pellegrinaggi (ORP), junto ao Centro Esportivo Italiano (CSI).
“Unir a peregrinação ao esporte é uma fórmula exitosa para favorecer o diálogo entre os povos e abrir caminhos a uma possibilidade nova para aqueles que moram na Terra Santa, os verdadeiros protagonistas deste acontecimento esportivo pela paz, patrocinado pelo Conselho Pontifício para os Leigos, pelo CONI e pelo Departamento da Pastoral do tempo Livre, Turismo e Esporte da Conferência Episcopal Italiana”, explicam os organizadores.
O acontecimento é a peregrinação à Terra Santa, na qual é possível participar da histórica corrida não-competitiva Belém-Jerusalém, que cobre os 12km que separam as duas cidades, passando pelo check point, o lugar que marca a divisão entre os dois territórios, e assistir a numerosas competições esportivas, com representações de italianos, israelenses e palestinos.
A oitava edição da manifestação será levada a cabo este ano de 21 a 25 de outubro, para “prestar homenagem ao Beato João Paulo II, a quem os JPII Games-Pilgrims of Peace estão dedicados”, afirma um comunicado da ORP. A memória litúrgica do Beato João Paulo II é celebrada no dia 22 de outubro.
O projeto JPII Games-Pilgrims of Peace procura promover a paz na Terra Santa e nele estão envolvidas, em vários níveis, instituições internacionais e europeias.
Massimo Achini, presidente do CSI, disse que o Centro Esportivo Italiano “acredita nesta bela iniciativa na Terra Santa. (…) Corremos com os palestinos e os israelenses porque acreditamos fortemente que a paz é construída a cada dia, com os pequenos gestos, com pequenos passos que ajudam a destruir as barreiras do preconceito, do ódio, do medo que se transforma em desconfiança”.
O Pe. Caesar Atuire, administrador delegado da Opera Romana Pellegrinaggi, sublinhou um aspecto fundamental, partindo das palavras de Bento XVI na abertura da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, quando declarou que, “apesar das dificuldades, os cristãos da Terra Santa estão chamados a reavivar a consciência de ser pedras vivas da Igreja no Oriente Médio, junto aos Lugares Santos da nossa salvação”.
O Papa João Paulo II, ele mesmo um esportista, encontrou-se muitas vezes com o mundo do esporte durante seu ministério apostólico.
Durante o Jubileu dos Esportistas, em 2000, o Pontífice polonês sublinhou a “grande importância da prática esportiva, porque pode favorecer a afirmação de valores importantes nos jovens, como a lealdade, a perseverança, a amizade, a partilha, a solidariedade”.
Mais informações em www.jpiigames.com.
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Bangladesh se alegra pelo primeiro missionário aborígene
Seu primeiro destino será o Brasil
DINAJPUR, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – A diocese de Dinajpur comemorou, no último dia 9 de setembro, um acontecimento de especial importância para a Igreja Católica local: a ordenação do Pe. Lucas Marandy, de 36 anos, de origem santal, primeiro sacerdote aborígene missionário.
“Jesus lavou os pés dos seus discípulos por amor. Eu quero tentar, cada dia, recordar este exemplo de amor e imitá-lo”: este foi o compromisso do missionário da Sociedade São Francisco Xavier, no final da celebração.
O bispo de Chittagong, Dom Moses M. Costa, presidiu a cerimônia, celebrada na igreja do Sagrado Coração de Jesus.
“É um acontecimento histórico para os santales”, afirmou o vigário geral e administrador diocesano de Dinajpur, Pe. Joseph Marandy. “Ele tornou possível que tenhamos podido conseguir isso”, acrescentou.
Para a sua primeira missão, o Pe. Lucas Marandy será enviado ao Brasil.
Segundo informações de fontes eclesiásticas locais, recolhidas por Eglises d'Asie, a agência de informação das Missões Estrangeiras de Paris, atualmente, mais de 50 mil santales – dos 225 mil de Bangladesh – são cristãos, 70% deles, católicos.
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Em foco


ONU deve defender claramente a liberdade religiosa
Cristãos são o grupo religioso mais perseguido pela sua fé
NOVA YORK, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – O respeito à liberdade religiosa de todas as pessoas é um dos três grandes desafios, junto ao da gestão da crise humanitária e da crise econômica, que a comunidade internacional deve enfrentar hoje.
Quem sublinhou isso foi Dom Dominique Mamberti, secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, em seu discurso na 66ª Assembleia Geral da ONU.
O respeito à liberdade religiosa, disse o representante vaticano, “é o caminho fundamental para a construção da paz, o reconhecimento da dignidade humana e a proteção dos direitos do homem”.
No entanto, advertiu, “as situações nas quais o direito à liberdade religiosa é lesionado ou negado aos crentes das diferentes religiões são, infelizmente, numerosas”.
“Observa-se ainda um aumento da intolerância por motivos religiosos e se constata que os cristãos são atualmente o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições devido à sua fé”, lamentou o prelado.
Neste sentido, Dom Mamberti sublinhou, diante da assembleia, que a falta de respeito à liberdade religiosa “representa uma ameaça para a segurança e a paz e impede a realização de um autêntico desenvolvimento humano integral”.

Proteger as minorias

O prelado destacou a situação das minorias religiosas em alguns países.
“O peso particular de uma religião determinada em uma nação não deveria jamais implicar que os cidadãos pertencentes a outras confissões fossem discriminados na vida social ou, pior ainda, se tolerasse a violência contra eles”, afirmou.
Sobretudo, quis chamar a atenção sobre a perseguição que as minorias cristãs padecem, sublinhando que os cristãos “são cidadãos com o mesmo título que os outros, ligados à sua pátria e fiéis a todos os seus deveres nacionais”.
“É normal que possam gozar de todos os direitos de cidadania, de liberdade de consciência e de culto, de liberdade no campo do ensino e da educação e no uso dos meios de comunicação social”, acrescentou.
Por isso, recordou a preocupação da Santa Sé “para que se adotem medidas eficazes para a proteção das minorias religiosas, lá onde elas são ameaçadas, com o fim de que, acima de tudo, os crentes de todas as confissões possam viver em segurança e continuar oferecendo sua contribuição à sociedade da qual somos membros”.
O bispo afirmou a importância de que o compromisso comum de reconhecer e de promover a liberdade religiosa “seja favorecido por um diálogo inter-religioso sincero, promovido e posto em prática pelos representantes das diferentes confissões religiosas e apoiado pelos governos e pelas instâncias internacionais”.

Secularismo

Por outro lado, afirmou, “há países nos quais, ainda que se conceda muita importância ao pluralismo e à tolerância, paradoxalmente se tende a considerar a religião como um fator estranho à sociedade moderna”, ou inclusive “considerá-la como desestabilizador, buscando, por diversos meios, marginalizá-la e impedir-lhe toda influência na vida social”.
“Como pode ser negada a contribuição das grandes religiões do mundo para o desenvolvimento da civilização?”, perguntou à assembleia.
Neste sentido, indicou que “as comunidades cristãs, com seus patrimônios de valores e de princípios, contribuíram fortemente para a conscientização das pessoas e dos povos com relação à sua própria identidade e dignidade, assim como para a conquista das instituições do Estado de direito e para a afirmação dos direitos do homem e dos seus correspondentes deveres”.
Por isso, concluiu afirmando a importância de que “os crentes, hoje como ontem, se sintam livres para oferecer sua contribuição para a promoção de um ordenamento justo das realidades humanas, não somente mediante um compromisso responsável no âmbito civil, econômico e político, mas também mediante o testemunho da sua caridade e da sua fé”.
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Espiritualidade


Liturgia da Palavra: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”
Por Gabriel Frade, professor de Liturgia e Sacramentos
SÃO PAULO, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos o comentário à Liturgia da Palavra do 27º Domingo do Tempo Comum – Is 5, 1-7; Sl 79 (80) 9.12.13-14, 15-16.19-20; Fl 4, 6-9; Mt 21, 33-43 – redigido pelo professor Gabriel Frade. Natural de Itaquaquecetuba (São Paulo), Gabriel Frade é leigo, casado e pai de três filhos. Graduado em Filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), possui Mestrado em Liturgia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora D’Assunção (São Paulo). Atualmente é professor de Liturgia e Sacramentos no Mosteiro de São Bento (São Paulo) e na UNISAL – Campus Pio XI. É tradutor e autor de livros e artigos na área litúrgica.
* * *
27º Domingo do Tempo Comum – Ano A
Leituras: Is 5, 1-7; Sl 79 (80) 9.12.13-14, 15-16.19-20; Fl 4, 6-9; Mt 21, 33-43
A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; pelo Senhor foi feito isso e é maravilha aos nossos olhos” (Mt 21, 42)
“A celebração do ano litúrgico encerra força peculiar e eficácia sacramental. Através dela, o próprio Cristo, [...] continua a sua via de imensa misericórdia, de tal modo que os fiéis de Cristo, não só comemoram e meditam os mistérios da Redenção, mas entram mesmo em contato com eles, comungam neles e por eles vivem” (Paulo VI, Mysterii paschalis, AAS 61 (1969), pp. 223-224).
Estas oportunas palavras do saudoso papa Paulo VI ilustram de modo admirável a importância da celebração do mistério de Cristo ao longo do tempo. A Igreja ao celebrar neste 27º domingo do Tempo Comum, nos coloca em contato direto com a presença do mistério pascal de Cristo, um mistério ocorrido na história há tanto tempo, mas atualizado no nosso hoje trâmite a liturgia. Esse mistério celebrado no tempo continua realmente a “via de imensa misericórdia” de um Deus que continua apaixonado pela humanidade.
É o que encontramos afirmado de modo solene na Oração do Dia: “Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis no vosso imenso amor de Pai mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir”.
O profeta Isaías na primeira leitura apresenta esse amor desmedido de Deus para conosco; um amor que vai muito além do que de fato “merecemos e pedimos”. A imagem usada pelo profeta para indicar essa realidade amorosa será aquela da vinha (cf. Ct 1, 6; 2,15; 8,12).
Por meio de um poema, talvez baseado em alguma música usada durante o trabalho da vindima, o profeta narra uma paisagem inicialmente idílica: numa colina fértil o amado resolve plantar uma vinha. Lança mão de um trabalho amoroso, cercando de cuidados suas videiras, criando um ambiente no qual estas possam produzir as melhores uvas.
Porém, de uma imagem paradisíaca, rapidamente a cena muda: malgrado os cuidados do amado, contrariando todas as suas expectativas, a vinha apresentou-lhe apenas uvas bravas, azedas. Todo o enfado se faz então sentir por parte do amado: seus atos de amor e ternura não foram correspondidos.
Como se dá muitas vezes entre os amantes, quando um não corresponde ao outro, não corresponde à altura, a mágoa se faz grande...
O próprio profeta nos dá a conhecer que a vinha é uma imagem. É a figura de Israel em sua relação com Deus, representado neste cântico pela personagem do amado cheio de atenção para com suas videiras: “A vinha do Senhor é a casa de Israel” (Salmo responsorial).
No Antigo Testamento, com certa freqüência, a vinha é também imagem do amor para com o próximo, da solidariedade para com o outro (cf. Ex 23, 11; Dt 24, 21; Dt 23, 24; Lv 25, 3), ou seja, os frutos doces que o amado espera, são aqueles que lhe façam ver a correspondência do amor que brota de si nos corações dos homens, transbordado em ações que resultem no amor e no interesse para consigo e para com o próximo.
Deus porém, não é como um amante humano. Ele é a fonte do amor (cf. 1Jo 4,16) e por isso mesmo quer a nossa felicidade. Nosso grande problema é que vivemos por vezes num constante afastamento dele, em busca de outros amores ilusórios. Somente um retorno livre ao amor primeiro, uma metanóia profunda de nosso ser, poderá nos abrir a novas perspectivas: “Não mais nos apartaremos de Vós: fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome. Senhor, Deus dos Exércitos, fazei-nos voltar, iluminai o vosso rosto e seremos salvos”. (Salmo responsorial).
Essa imagem da vinha é retomada também por Jesus no Evangelho. A parábola é bem conhecida e faz referência à imagem apresentada por Isaías na primeira leitura. Um proprietário planta uma vinha e, à diferença do relato de Isaías, a arrenda para que outros aí trabalhem.
Quando chega o momento de colher os frutos de sua iniciativa, os arrendatários simplesmente negam-se a dar-lhe o que era devido: chegam mesmo a cometer diversas injustiças para com os emissários do proprietário. Ao final, depois de várias tentativas, o proprietário envia seu próprio filho que será morto de modo brutal pelos agricultores e a estes esperará a vingança do proprietário.
A parábola é uma alusão possível à situação que Jesus vivia junto aos judeus de sua época: o proprietário da vinha é Deus; os agricultores arrendatários seriam uma imagem para indicar os judeus; os servos emissários do proprietário seriam os profetas e, finalmente, o filho assassinado brutalmente seria o próprio Jesus, que ao se colocar em rota de colisão com as autoridades religiosas de sua época, muito provavelmente intuira sua possível morte violenta - “lançaram-no fora da vinha e o mataram”: curiosamente, de modo análogo, Jesus foi crucificado fora dos muros de Jerusalém e aí morreu.
Ao final da parábola aparece a imagem que apresentaria a superação de Israel pelo Novo Israel/Igreja.
Parece que Jesus ao construir essa parábola usou não só as imagens do Antigo Testamento – especialmente a história narrada no livro dos Reis sobre a vinha de Nabot (cf. 1Rs 21, 1ss) – mas também a realidade do seu tempo, o quotidiano das pessoas.
De fato, segundo alguns estudiosos, a Galiléia dos tempos de Jesus apresentava áreas cultiváveis que estavam, em sua maioria, nas mãos de proprietários estrangeiros. Por isso mesmo seria fato bastante comum estes grandes proprietários disporem de agricultores que trabalhassem como arrendatários. Ao final de determinados períodos do ano estes agricultores deviam pagar aos proprietários estrangeiros o percentual devido. Isso explicaria a necessidade do envio de servos para a cobrança das taxas cabíveis.
Nesse período da história é bem possível que houvesse um clima revolucionário entre os agricultores da Galiléia, haja vista as diversas correntes contrárias ao poder estrangeiro vigente em toda a Palestina.
A decisão de matar o filho para “ficar com a herança”, refletiria igualmente um aspecto da legislação judaica (cf. 1Rs 21, 15) e romana de então. Essa legislação previa que terceiros poderiam entrar na posse de todo e qualquer bem, quando deixasse de existir um legítimo proprietário.
Embora esta narração componha a maior parte do Evangelho proclamado neste domingo, ele deve ser ouvido na sua totalidade. Os versículos finais, com a citação do salmo 118, são de grande importância para uma melhor compreensão da mensagem deste evangelho, desta boa notícia.
Numa primeira leitura a parábola parece corresponder satisfatoriamente à compreensão humana da realidade, aliás, é baseado neste mecanismo de compreensão que são feitos alguns clichês utilizados na linguagem cinematográfica: toda vez que num filme há a figura de um herói, se constrói com freqüência uma história onde este deve sofrer desmedidas violências por parte de um inimigo.
Esses atos de injustiça atingem seu clímax na medida em que se mostra de algum modo a fragilidade do herói, evidenciando ainda mais a total iniqüidade e injustiça perpetrada pelos inimigos.
Tudo isso prepara a cena seguinte onde o herói, restabelecido em suas forças, contra-ataca e destrói seus inimigos levando os espectadores à total aprovação de seu ato heróico justificado, porém igualmente violento, ou melhor, ainda mais violento, já que normalmente os inimigos são totalmente destruídos.
De fato, na conclusão da parábola encontramos a resposta à pergunta de Jesus que bem reflete essa compreensão: “Quando voltar o dono da vinha, como tratará aqueles agricultores? Certamente destruirá aqueles malvados...”.
Porém, em meio à injustiça humana, ao pecado, Deus vai muito além, ao oferecer a sua misericórdia e o seu perdão: “derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que mais nos pesa na consciência”. (Oração do dia).
Perdão divino oferecido por meio do sacrifício agradável do Filho e que necessita da resposta humana, traduzida em conversão e santificação. De fato, este é o alerta do apóstolo: “ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor. (...) Então o Deus da paz estará convosco.” (2ª Leitura, Fp 4, 8-9).
O dom de Deus pressupõe sempre uma atitude concreta e uma resposta livre dos cristãos, homens e mulheres, certamente imperfeitos, mas abertos à gratuidade: “Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, o sacrifício que instituístes e, pelos mistérios que celebramos em vossa honra, completai as santificação dos que salvastes” (Oração sobre as oferendas).
Deus, ao contrário das expectativas humanas, vai sempre muito mais além. Ele vê aquilo que os homens não enxergam: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; pelo Senhor foi feito isso e é maravilha aos nossos olhos” (Evangelho)
Deus, mediante a Ressurreição de seu Filho, injustamente morto “para a remissão dos pecados” da humanidade nos quer dar aquilo que do ponto de vista humano seria impensável, que sequer “ousaríamos pedir” (cf. Oração do dia): a própria vida divina.
Possamos, ó Deus onipotente, saciar-nos do pão celeste e inebriar-nos do vinho sagrado, para que sejamos transformados naquele que agora recebemos(Oração depois da comunhão).
Somente assim poderemos de fato produzir frutos doces de amor, de paz e justiça.
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Mensagem aos leitores


Comunicados sobre o diretor editorial de ZENIT
ROMA, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos, a seguir, dois comunicados sobre o ex-diretor editorial de ZENIT, Jesús Colina.
* * *
Comunicado de Alberto Ramírez, diretor executivo de ZENIT
Estimado amigo leitor:
No dia 27 de setembro, Jesús Colina deixou de ser o nosso diretor editorial. Desejo agradecer-lhe, em nome da equipe ZENIT, da qual faço parte como diretor executivo desde fevereiro de 2011, pelos seus anos de entrega e sacrifícios pelo bem da nossa agência.
ZENIT é a agência dos nossos leitores e continuará a serviço do Papa e da Igreja. Como até agora, toda a equipe ZENIT continuará à sua disposição, trabalhando por melhorar nossa informação a cada dia.
Agradecendo-lhe desde já, envio-lhes minha cordial saudação.
Podemos nos encontrar em www.zenit.org.
Alberto Ramírez
Diretor Executivo
ZENIT
direction@zenit.org
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Comunicado de Jesús Colina, ex-diretor editorial
Queridos leitores:
Com estas breves linhas, comunico-lhes que, por motivos pessoais, a partir de 27 de setembro, deixei de ser o diretor editorial da agência ZENIT.
Não tenho palavras para agradecer a tantas pessoas, particularmente os leitores, que, nestes 14 anos, permitiram que ZENIT crescesse e se tornasse um ponto de referência obrigatório da informação religiosa.
A partir de agora, estou disponível no meu novo endereço eletrônico: j.colina.d@gmail.com.
Jesús Colina
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