Evangelho (Mateus 23,1-12)
Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de ser chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
Primeira leitura (Malaquias
1,14b-2,2.8-10)
Leitura do Profeta
Malaquias
14bEu sou o grande rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é terrível entre as nações. 2,1E agora este mandamento para vós, ó sacerdotes. 2Se não quiserdes ouvir e tomar a peito glorificar o meu nome, diz o Senhor dos exércitos, lançarei sobre vós a maldição. 8Vós, porém, vos afastastes do reto caminho e fostes para muitos, na observância, pedra de tropeço; quebrastes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos; 9e eu também vos fiz desprezíveis e vos rebaixei aos olhos de todos os povos, na medida em que não guardastes meus caminhos e praticastes discriminação de pessoas no serviço da lei. 10Acaso não é um só o pai de todos nós? Acaso não fomos criados por um único Deus? Então, por que cada um de nós é desonesto com seu irmão, violando o pacto de nossos pais?
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
14bEu sou o grande rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é terrível entre as nações. 2,1E agora este mandamento para vós, ó sacerdotes. 2Se não quiserdes ouvir e tomar a peito glorificar o meu nome, diz o Senhor dos exércitos, lançarei sobre vós a maldição. 8Vós, porém, vos afastastes do reto caminho e fostes para muitos, na observância, pedra de tropeço; quebrastes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos; 9e eu também vos fiz desprezíveis e vos rebaixei aos olhos de todos os povos, na medida em que não guardastes meus caminhos e praticastes discriminação de pessoas no serviço da lei. 10Acaso não é um só o pai de todos nós? Acaso não fomos criados por um único Deus? Então, por que cada um de nós é desonesto com seu irmão, violando o pacto de nossos pais?
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo (Salmos 130)
— Guardai-me, ó Senhor, / convosco, em vossa paz!
— Guardai-me, ó Senhor, / convosco, em vossa paz!
— Senhor, / meu coração não é orgulhoso, / nem se eleva arrogante o meu olhar; / não ando à procura de grandezas, / nem tenho pretensões ambiciosas!
— Fiz calar e sossegar a minha alma; / ela está em grande paz dentro de mim, / como a criança bem tranquila, / amamentada / no regaço acolhedor de sua mãe.
— Confia no Senhor, / ó Israel, / desde agora e por toda a eternidade!
— Guardai-me, ó Senhor, / convosco, em vossa paz!
— Senhor, / meu coração não é orgulhoso, / nem se eleva arrogante o meu olhar; / não ando à procura de grandezas, / nem tenho pretensões ambiciosas!
— Fiz calar e sossegar a minha alma; / ela está em grande paz dentro de mim, / como a criança bem tranquila, / amamentada / no regaço acolhedor de sua mãe.
— Confia no Senhor, / ó Israel, / desde agora e por toda a eternidade!
Segunda leitura (1 Ts
2,7b-9.13)
Leitura da Primeira
Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:
Irmãos: 7bFoi com muita ternura que nos apresentamos a vós, como uma mãe que acalenta os seus filhinhos. 8Tanto bem vos queríamos, que desejávamos dar-vos não somente o evangelho de Deus, mas até a própria vida, a tal ponto chegou a nossa afeição por vós. 9Irmãos, certamente ainda vos lembrais dos nossos trabalhos e fadigas. Trabalhos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vós. Foi assim que anunciamos o evangelho de Deus. 13Por isso, agradecemos a Deus sem cessar por vós terdes acolhido a pregação da palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Irmãos: 7bFoi com muita ternura que nos apresentamos a vós, como uma mãe que acalenta os seus filhinhos. 8Tanto bem vos queríamos, que desejávamos dar-vos não somente o evangelho de Deus, mas até a própria vida, a tal ponto chegou a nossa afeição por vós. 9Irmãos, certamente ainda vos lembrais dos nossos trabalhos e fadigas. Trabalhos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vós. Foi assim que anunciamos o evangelho de Deus. 13Por isso, agradecemos a Deus sem cessar por vós terdes acolhido a pregação da palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Explicação do Evangelho
O remédio contra a vaidade
Agora,
Jesus se torna verdadeiramente mais incisivo. Ele torna-se até mesmo
“acusador”. Até aqui, Cristo parecia estar na “defensiva”; agora Ele “parte
para o ataque”. E o que Ele está realmente atacando aqui?
Poderíamos
dizer que estamos diante de um grande confronto entre a comunidade cristã e os
judeus (fariseus). Mas, se fizéssemos isso, estaríamos escapando do Evangelho
de hoje, ou seja, aplicando-o para outras pessoas ao afirmarmos: “Ah! São
os judeus culpados disso aqui; não temos nada a ver com isso!”
Na
verdade, neste Evangelho, Jesus está pondo o dedo na ferida de todos nós.
Também nós estamos dentro desta realidade da hipocrisia e da vaidade que Cristo
quer denunciar. E em que consiste a hipocrisia?
A
hipocrisia consiste em querer mostrar aquilo que eu não sou. É o pecado da
simulação, ou seja, tenho dentro de mim um vazio, um nada, mas quero demostrar
o que eu não sou. Pois bem, aqui nesta passagem, Jesus quer que saiamos desta
atitude.
Qual é
o caminho para sair desta simulação, desta hipocrisia vaidosa, na qual eu gosto
de ser saudado, ocupar os primeiros lugares e ser sempre respeitado? O caminho
é o da humilhação diante de Deus.
A
virtude da humildade é muito difícil de ser vivida. Por quê? Porque se
quisermos nos humilhar diante das outras pessoas, ela irá se converter em
vaidade. Não é verdade?
Por
exemplo: uma pessoa que se veste bem, que é vaidosa, mas que de repente diz: “Vou
me livrar da vaidade” e começa a se cobrir de andrajos, de vestes cheias
de remendos etc. Então, aquilo que antes era um ato de humildade passa a ser
vaidade, porque a pessoa começa a se envaidecer da sua pobreza.
Uma
pessoa que fala bem, que faz grandes discursos, pode se envaidecer por ser um
orador. No entanto, se esta pessoa resolvesse ficar silenciosa, aquele mesmo
silêncio que ela fez, porque procurava a humildade, pode se transformar agora
em objeto de vaidade. “Vejam como eu sou silencioso e humilde!”
É
assim que constatamos que a humildade é uma virtude muito difícil de ser
vivida, pois tudo aquilo que fazemos para matar a vaidade acaba por
alimentá-la, porque, quanto mais santos vamos ficando, mais vaidosos nos
tornamos. Então, é algo quase desesperador!
Como
fazer para sair desta armadilha? O único caminho é humilhar-se diante
de Deus. Não adianta ficar se humilhando diante das pessoas, porque
tudo se transformará em vaidade.
Humilhar-se
diante de Deus é o seguinte: por exemplo, você tem uma certa santidade, tem uma
conversão de vida, tem uma vida de oração. Faz jejuns, reza o Terço, comunga
todos os dias… E aí? Você é santo?
Bom,
se você comparar-se com outras pessoas, vai até encontrar pessoas menos santas
do que você e vai se envaidecer. Se você olhar para os pagãos, para aqueles que
não querem nada com Deus, para os ateus, você pode até envaidecer-se e achar-se
“muito grande, bom e cheio de luz”.
Mas,
se você se colocar diante do Senhor e fizer a “comparação” entre sua pequena
santidade e a imensa santidade de Deus, então, de repente, você será humilhado.
Humilhado completamente, porque a sua santidade não é nada.
Para
fugirmos da vaidade, para não cairmos no “farisaísmo” de quem quer se
apresentar como santo diante dos outros, só existe um caminho: humilhar-se diante
de Deus.
Diante
d’Ele nós nada somos. Pare de se comparar com as outras pessoas e comece a se
“comparar” com o Senhor. Você verá o resultado!
É
assim que entenderemos a razão de ser do Evangelho de hoje. Quem realmente é
santo? Deus. Quem realmente é Mestre e Pai? Deus. Nós nada somos!
Quando
realmente nos comparamos com Aquele que é imenso e eterno, aprendemos o caminho
da humildade. Somente assim podemos fugir da vaidade, desta armadilha que está
sempre pronta para nos “abocanhar”.
Por
mais que queiramos ser santos, se continuarmos nos comparando com as outras
pessoas, seremos vaidosos. Mas se nos “compararmos” com Deus, seremos
humilhados. E o melhor remédio para a vaidade é a humilhação. Isso nos dará
como fruto a virtude da humildade.
Padre
Paulo Ricardo
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No Angelus deste domingo, 30, o
Papa Bento XVI comentou a liturgia do dia, onde o apóstolo Paulo convida
a ler o Evangelho “não como palavra de homens", mas como ele é
realmente: "Palavra de Deus”.
Deste modo, podemos acolher com fé as advertências que Jesus dirige à nossa consciência para assumir um comportamento em conformidade com Ele, observou o Santo Padre.
Ao recordar o Evangelho deste domingo, o Papa explica que o Senhor censura os escribas e os fariseus porque não colocavam em prática o que ensinavam com tanto empenho e rigor. Ora, “há que acolher a boa doutrina, mas esta corre o risco de ser desmentida por uma conduta incoerente”.
A atitude de Jesus é o oposto dos escribas e fariseus: “ele é o primeiro a praticar o mandamento do amor, que ensina a todos. Pode, portanto, dizer que é um peso leve e suave, precisamente porque nos ajuda a levá-lo, juntamente com Ele”. Como escrevia São Boaventura, “ninguém pode ensinar e muito menos concretizar, nem alcançar as verdades que se podem conhecer, sem que esteja presente o Filho de Deus”.
“Jesus senta-se sobre a Cátedra como o Moisés maior, que estende a Aliança a todos os povos. É Ele o nosso verdadeiro e único Mestre. Somos portanto chamados a seguir o Filho de Deus, o Verbo encarnado, que exprime a verdade do seu ensinamento através da fidelidade à vontade do Pai, através do dom de si mesmo”, enfatizou.
O Papa pediu ainda a intercessão de Maria Santíssima e convidou a todos para rezar "por todos os que na comunidade cristã são chamados ao ministério do ensinamento, para que possam sempre testemunhar com as obras as verdades que transmitem com a palavra”.
Após o Angelus, o Papa dirigiu saudações em diversas línguas. Confira a saudação aos fiéis de lingua portuguesa:
"Saúdo agora os peregrinos de língua portuguesa, de modo especial os fiéis brasileiros da Paróquia de São Cristovão, da Diocese de São João da Boa Vista. Possa esta visita a Roma confirmar a vossa fé, como os Apóstolos Pedro e Paulo, na Boa Nova de Jesus Cristo! Por ela, sabemos que somos filhos no Filho e entramos no seio da Santíssima Trindade. Desça, sobre vós e vossas famílias, a minha Bênção Apostólica."
Leia mais
.: Papa reza por vítimas das inundações na Tailândia e Itália
Angelus
Bento XVI convida cristãos a testemunhar a fé com a vida
Da Redação, com Rádio Vaticano
Reuters
''[Jesus] é o primeiro a praticar o mandamento do amor, que ensina a todos'', ensina Papa.
Deste modo, podemos acolher com fé as advertências que Jesus dirige à nossa consciência para assumir um comportamento em conformidade com Ele, observou o Santo Padre.
Ao recordar o Evangelho deste domingo, o Papa explica que o Senhor censura os escribas e os fariseus porque não colocavam em prática o que ensinavam com tanto empenho e rigor. Ora, “há que acolher a boa doutrina, mas esta corre o risco de ser desmentida por uma conduta incoerente”.
A atitude de Jesus é o oposto dos escribas e fariseus: “ele é o primeiro a praticar o mandamento do amor, que ensina a todos. Pode, portanto, dizer que é um peso leve e suave, precisamente porque nos ajuda a levá-lo, juntamente com Ele”. Como escrevia São Boaventura, “ninguém pode ensinar e muito menos concretizar, nem alcançar as verdades que se podem conhecer, sem que esteja presente o Filho de Deus”.
“Jesus senta-se sobre a Cátedra como o Moisés maior, que estende a Aliança a todos os povos. É Ele o nosso verdadeiro e único Mestre. Somos portanto chamados a seguir o Filho de Deus, o Verbo encarnado, que exprime a verdade do seu ensinamento através da fidelidade à vontade do Pai, através do dom de si mesmo”, enfatizou.
O Papa pediu ainda a intercessão de Maria Santíssima e convidou a todos para rezar "por todos os que na comunidade cristã são chamados ao ministério do ensinamento, para que possam sempre testemunhar com as obras as verdades que transmitem com a palavra”.
Após o Angelus, o Papa dirigiu saudações em diversas línguas. Confira a saudação aos fiéis de lingua portuguesa:
"Saúdo agora os peregrinos de língua portuguesa, de modo especial os fiéis brasileiros da Paróquia de São Cristovão, da Diocese de São João da Boa Vista. Possa esta visita a Roma confirmar a vossa fé, como os Apóstolos Pedro e Paulo, na Boa Nova de Jesus Cristo! Por ela, sabemos que somos filhos no Filho e entramos no seio da Santíssima Trindade. Desça, sobre vós e vossas famílias, a minha Bênção Apostólica."
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Nicole Melhado
Com o empenho sempre maior por
parte do pai e da mãe no mercado de trabalho, o tempo dedicado para
estar com os filhos é cada vez menor e muitos acabam "terceirizando" o
trabalho de educar. Qual as consequências disso para a formação das
crianças?
Para o casal Pedro e Ketty de Rezende, formados pela Associação para o Desenvolvimento da Família e pelo Centro de Estudos da Educação, ao passar o trabalho de educar para a escola, a babá, ou ainda para a televisão, os pais estão abrindo mão de um grande privilégio e de um de seus maiores deveres.
"A principal confusão vem do fato de pensarem que educar e instruir são a mesma coisa; embora uma boa escola seja um excelente ambiente de instrução, poucas são as escolas aptas a ajudarem os pais na formação dos filhos em aspectos de caráter e personalidade que transcendem o aprendizado acadêmico", destacam os entrevistados.
Da mesma maneira, uma boa babá pode cuidar muito bem dos filhos, mas não pode ser parte de sua função educá-los. No máximo, ela não os "deseducam", alertam Ketty e Pedro.
Existem ainda aqueles que esperam que a televisão eduque seus filhos, o que é algo bem pior, no ponto de vista dos entrevistados.
"Como um dos objetivos principais da mídia televisiva é a geração de audiência que leva a se maximizar o lucro financeiro, as decisões sobre que programas devem ir ao ar são baseadas não em critérios que promovam valores familiares, mas em como podem ser exploradas situações que levam à fixação de atenção dos espectadores, por sua curiosidade, sua vulgaridade ou sensações de emoção", ressaltam.
O que leva os pais a terceirizar a educação dos filhos?
O casal reforça que todas essas maneiras de se terceirizar a formação dos filhos são equivocadas, pois a presença dos pais na educação é insubstituível. Resta analisar o motivo que leva alguns pais e mães a se convencerem que não têm alternativa a não ser ceder a outros o maravilhoso privilégio de educar seus próprios filhos. Entre as alegações estão o empenho no trabalho e a falta de tempo.
“A palavra chave aqui é tempo. Mas, o uso do nosso tempo, como de qualquer outro recurso (escasso) de que dispomos, é uma questão de preferência, de decisão própria segundo a aplicação de nossos valores pessoais”, salientam.
Com a experiência de 30 anos de casamento, com sete filhos e três netos, Ketty e Pedro salientam que são os benefícios do trabalho que justificam o investimento de tempo, portanto é fundamental não perder de vista que este é um meio e não um fim.
“Por outro lado, nosso cônjuge, nossa família e nossos filhos são o
resultado de uma decisão consciente e livre que tomamos quando
contraímos matrimônio, e os frutos desta que é nossa maior vocação de
vida, jamais podem ser postos num plano inferior ao de qualquer outra
atividade humana”, diz Ketty.
Portanto, delegar a terceiros a formação humana de valores, de princípios e de virtudes dos filhos, no que deve ser um processo condutivo ao desenvolvimento de pessoas íntegras, honestas, responsáveis, auto-confiantes, de caráter idôneo, preparadas para "servir os demais altruisticamente", é uma das grandes causas de famílias mal-estruturadas, com filhos sem ideais nobres, pais ausentes e casais cuja união não é fundada no amor e na doação.
“A conciliação trabalho-família deve, inevitavelmente, passar pela realização de que aquele é um meio, de que um trabalho que exige tirar da família um pai ou uma mãe a ponto deste faltar às suas responsabilidades e deveres de esposo e de progenitor não é um trabalho para um pai ou uma mãe de família”, ressaltam.
Para Ketty e Pedro, é uma questão de priorização que deve ser estabelecida à luz de critérios de quem sabe que uma pessoa só pode ser bem sucedida profissionalmente se for, antes, um pai bem sucedido.
Desafios na educação dos filhos
Segundo o casal, o maior desafio dos pais hoje é desmascarar as falsidades embutidas nas diversas ideologias que promovem o hedonismo (teoria de que o prazer é o supremo bem), banalizando o sexo e colocando-o a serviço do prazer próprio numa atitude utilitarista do outro.
“Desmascarar a tirania do relativismo de uma sociedade permissiva, que despreza a vida na sua origem e nos seus últimos momentos e mostrar aos filhos a lógica retorcida por trás da ideologia do gênero que descaracteriza a sexualidade humana e cuja propagação ataca o conceito do amor humano que se realiza no seio de uma família" estão entre os maiores desafios na educação dos filhos, ressalta o casal.
Para eles, os pais não devem se desencorajar pois a solução está ao alcance deles. Eles são os protagonistas na educação de seus filhos, ele é um direito inalienável. E ninguém mais do que eles tem o poder de impactar a vida de seus filhos ao viverem o amor enamorado, o amor doação e o amor conjugal.
“Uma escola de amor encarnado na vida de seus pais marca a vida dos filhos de forma permanente, imunizando-os às mentiras das ideologias pois são testemunhas da verdade!”, enfatizam.
O casal Pedro e Ketty de Rezende participa neste fim de semana no 2º Congresso Nacional de Planejamento Familiar, em Brasília.
Dom Eurico S. Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
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Formações
Pais não podem terceirizar educação dos filhos
Nicole Melhado
Da Redação
Arquivo Pessoal
Ketty e Pedro são casados há 30 anos e têm sete filhos e três netos
Para o casal Pedro e Ketty de Rezende, formados pela Associação para o Desenvolvimento da Família e pelo Centro de Estudos da Educação, ao passar o trabalho de educar para a escola, a babá, ou ainda para a televisão, os pais estão abrindo mão de um grande privilégio e de um de seus maiores deveres.
"A principal confusão vem do fato de pensarem que educar e instruir são a mesma coisa; embora uma boa escola seja um excelente ambiente de instrução, poucas são as escolas aptas a ajudarem os pais na formação dos filhos em aspectos de caráter e personalidade que transcendem o aprendizado acadêmico", destacam os entrevistados.
Da mesma maneira, uma boa babá pode cuidar muito bem dos filhos, mas não pode ser parte de sua função educá-los. No máximo, ela não os "deseducam", alertam Ketty e Pedro.
Existem ainda aqueles que esperam que a televisão eduque seus filhos, o que é algo bem pior, no ponto de vista dos entrevistados.
"Como um dos objetivos principais da mídia televisiva é a geração de audiência que leva a se maximizar o lucro financeiro, as decisões sobre que programas devem ir ao ar são baseadas não em critérios que promovam valores familiares, mas em como podem ser exploradas situações que levam à fixação de atenção dos espectadores, por sua curiosidade, sua vulgaridade ou sensações de emoção", ressaltam.
O que leva os pais a terceirizar a educação dos filhos?
O casal reforça que todas essas maneiras de se terceirizar a formação dos filhos são equivocadas, pois a presença dos pais na educação é insubstituível. Resta analisar o motivo que leva alguns pais e mães a se convencerem que não têm alternativa a não ser ceder a outros o maravilhoso privilégio de educar seus próprios filhos. Entre as alegações estão o empenho no trabalho e a falta de tempo.
“A palavra chave aqui é tempo. Mas, o uso do nosso tempo, como de qualquer outro recurso (escasso) de que dispomos, é uma questão de preferência, de decisão própria segundo a aplicação de nossos valores pessoais”, salientam.
Com a experiência de 30 anos de casamento, com sete filhos e três netos, Ketty e Pedro salientam que são os benefícios do trabalho que justificam o investimento de tempo, portanto é fundamental não perder de vista que este é um meio e não um fim.
Arquivo Pessoal
Para os professores universitários Ketty e Pedro encontrar tempo para estar com a família é uma questão de prioridade
Portanto, delegar a terceiros a formação humana de valores, de princípios e de virtudes dos filhos, no que deve ser um processo condutivo ao desenvolvimento de pessoas íntegras, honestas, responsáveis, auto-confiantes, de caráter idôneo, preparadas para "servir os demais altruisticamente", é uma das grandes causas de famílias mal-estruturadas, com filhos sem ideais nobres, pais ausentes e casais cuja união não é fundada no amor e na doação.
“A conciliação trabalho-família deve, inevitavelmente, passar pela realização de que aquele é um meio, de que um trabalho que exige tirar da família um pai ou uma mãe a ponto deste faltar às suas responsabilidades e deveres de esposo e de progenitor não é um trabalho para um pai ou uma mãe de família”, ressaltam.
Para Ketty e Pedro, é uma questão de priorização que deve ser estabelecida à luz de critérios de quem sabe que uma pessoa só pode ser bem sucedida profissionalmente se for, antes, um pai bem sucedido.
Desafios na educação dos filhos
Segundo o casal, o maior desafio dos pais hoje é desmascarar as falsidades embutidas nas diversas ideologias que promovem o hedonismo (teoria de que o prazer é o supremo bem), banalizando o sexo e colocando-o a serviço do prazer próprio numa atitude utilitarista do outro.
“Desmascarar a tirania do relativismo de uma sociedade permissiva, que despreza a vida na sua origem e nos seus últimos momentos e mostrar aos filhos a lógica retorcida por trás da ideologia do gênero que descaracteriza a sexualidade humana e cuja propagação ataca o conceito do amor humano que se realiza no seio de uma família" estão entre os maiores desafios na educação dos filhos, ressalta o casal.
Para eles, os pais não devem se desencorajar pois a solução está ao alcance deles. Eles são os protagonistas na educação de seus filhos, ele é um direito inalienável. E ninguém mais do que eles tem o poder de impactar a vida de seus filhos ao viverem o amor enamorado, o amor doação e o amor conjugal.
“Uma escola de amor encarnado na vida de seus pais marca a vida dos filhos de forma permanente, imunizando-os às mentiras das ideologias pois são testemunhas da verdade!”, enfatizam.
O casal Pedro e Ketty de Rezende participa neste fim de semana no 2º Congresso Nacional de Planejamento Familiar, em Brasília.
Leia mais
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.: Família precisa vencer egoísmo e crescer no amor, alerta bispo
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Formações
Dois amores que se completam
Sem o amor ao próximo não existe amor a Deus
No Antigo
Testamento, na TORÁ (Lei mosaica), havia 613 preceitos ou mandamentos:
248 prescrições positivas e 305 proibitivas. Já se falava e praticava o
amor a Deus e ao próximo, até mesmo de grupos que priorizavam um ou
outro. No Evangelho São Mateus (conf.Mt 22,34-40), todos - fariseus,
escribas e especialista na Lei -, concordavam que o maior mandamento
era o amor a Deus, como está em Dt.6,5. O grupo de fariseus que
perguntam a Jesus qual deles era o maior, interrogaram-No com intenção
maldosa, maliciosa, fazendo uma armadilha para acusá-Lo em alguma coisa.
O Senhor, no entanto, percebendo a malícia da pergunta, os desarma e
os desmascara com Sua resposta. Jesus equiparou o amor a Deus ao amor
ao próximo; ambos estão no mesmo plano, são o resumo de todos os
preceitos. "Toda lei e os profetas dependem desses dois mandamentos",
quer dizer, toda a Escritura.
Há mais de 20 anos a.C, o rabino Hilel já ensinava: "não faças a outro o que não queres para ti. Isto é toda a Lei; o resto é comentário”. Jesus devia conhecer tal afirmação contida em Lv.19,18. No entanto, foi mais além ao afirmar que o segundo mandamento, "amar ao próximo" é semelhante e se equipara ao primeiro (amar a Deus). Amar a Deus e ao próximo. Explicitando, quer Jesus afirmar e ensinar: amar ao Senhor servindo ao próximo; amar a Deus no próximo. São dois amores que se completam. Um não existe sem o outro, ou então, um se manifesta através do outro. O amor a Deus passa necessariamente pelo amor ao próximo, “a fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora celebramos”.
De fato, sem o amor ao próximo não existe amor a Deus, nem lei, nem fidelidade; é tudo mentira, como diz a Primeira Carta a João 4,20. O que Jesus propõe é muito claro: precisamos amar o próximo com a totalidade do nosso ser (inteligência,vontade e afeto). Jesus exige que amemos até os próprios inimigos, do mesmo modo como Deus os ama (Mt.5,44-48). Mas este amor deve ser traduzido em gestos concretos de fraternidade e solidariedade. Só assim será sinal do nosso amor a Deus.
O amor ao Senhor e ao próximo são como uma moeda de duas faces. Um amor não se opõe ao outro, completam-se. Nosso amor a Deus é fonte de serviço ao próximo. Assim como o nosso amor a Deus exige o nosso encontro com Ele, assim também devemos nos fazer próximos do outro. Apenas frequentar a Igreja e não se interessar pelo próximo é enganar a si próprio.
Há mais de 20 anos a.C, o rabino Hilel já ensinava: "não faças a outro o que não queres para ti. Isto é toda a Lei; o resto é comentário”. Jesus devia conhecer tal afirmação contida em Lv.19,18. No entanto, foi mais além ao afirmar que o segundo mandamento, "amar ao próximo" é semelhante e se equipara ao primeiro (amar a Deus). Amar a Deus e ao próximo. Explicitando, quer Jesus afirmar e ensinar: amar ao Senhor servindo ao próximo; amar a Deus no próximo. São dois amores que se completam. Um não existe sem o outro, ou então, um se manifesta através do outro. O amor a Deus passa necessariamente pelo amor ao próximo, “a fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora celebramos”.
De fato, sem o amor ao próximo não existe amor a Deus, nem lei, nem fidelidade; é tudo mentira, como diz a Primeira Carta a João 4,20. O que Jesus propõe é muito claro: precisamos amar o próximo com a totalidade do nosso ser (inteligência,vontade e afeto). Jesus exige que amemos até os próprios inimigos, do mesmo modo como Deus os ama (Mt.5,44-48). Mas este amor deve ser traduzido em gestos concretos de fraternidade e solidariedade. Só assim será sinal do nosso amor a Deus.
O amor ao Senhor e ao próximo são como uma moeda de duas faces. Um amor não se opõe ao outro, completam-se. Nosso amor a Deus é fonte de serviço ao próximo. Assim como o nosso amor a Deus exige o nosso encontro com Ele, assim também devemos nos fazer próximos do outro. Apenas frequentar a Igreja e não se interessar pelo próximo é enganar a si próprio.
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
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Um
Feliz Domingo e uma Abençoada
Semana para todos vocês!!!
Lusmar Paz
Aracoiaba-CE.
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