Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

OBS.: No final das mensagens de Ano-Novo, vocês encontrarão algumas novidades... 
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ESPECIAL

 ANO-NOVO!



Bem-vindo, 2012!


Deus nos presenteia com mais um ano de vida, portanto,

"A vida é um cenário de muitas belezas!"

Obrigado, Deus querido !

Obrigado pelo dom da nossa VIDA!

Obrigado pela VIDA que vem de Ti! 


Cristo continua nos chamando ... 
Ele nos quer caminhando com Ele!...

A humanidade precisa  urgentemente se voltar para  Deus! 

Ela precisa de Deus!

Nós precisamos de Deus!

Sem Deus não somos e não temos nada!
 

Portanto,

um Ano-Novo cheio de Deus para todos nós, sob as Bênças maternais de nossa Mãe e Rainha do Céu!!

Um  ano repleto de Paz e Saúde nas "águas da vida em nosso cotidiano! "

Um Ano-Novo cheio de amor, pois o amor não tem idade, está sempre a nascer!!! 
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A gratidão

tem mil modos de dizer 

“muito obrigado!”





Somos gratos a todos os leitores e seguidores que fazem parte da grande família deste Blog.

De fato, somos uma verdadeira família, uma família unida pela riqueza das idéias e criatividades no mundo da comunicação;
pela partilha dos conhecimentos e novos saberes; 
unida pelo aprendizado colhido e acolhido neste blog; unida pelos laços da amizade e, acima de tudo, unida pela fé em Deus e na Sua e nossa Mãe Maria Santíssima!

Crescemos juntos neste ano de 2011!

Deus lhes pague!!!

Lusmar Paz.

Aracoiaba_CE
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PENSAMENTO

Persevera na oração. - Persevera, ainda que o teu esforço pareça estéril. A oração é sempre  fecunda!

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ORAÇÃO DE ANO NOVO!

Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade,
teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.
Ao acabar mais um ano, quero te dizer obrigado
por tudo aquilo que recebi de Ti.
Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar
e pelo sol, pela alegria e pela dor,
pelo que é possível e pelo que não foi.
Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho
que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos
e o que com elas pude construir.
Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei,
as amizades novas e os antigos amores,
os que estão perto de mim e os que estão mais longe,
os que me deram sua mão e aqueles que pude ajudar,
os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também, Senhor, hoje quero Te pedir perdão.
Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto,
pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito,
perdão por viver sem entusiasmo.
Também pela oração que aos poucos fui adiando
e que agora venho apresentar-te, por todos meus olvidos,
descuidos e silêncios, novamente te peço perdão.
Nos próximos dias começaremos um novo ano. Paro
a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou
e Te apresento estes dias,
que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los.
Hoje, Te peço para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria,
a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria.
Quero viver cada dia com otimismo e bondade,
levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz.
Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras
mentirosas, egoístas ou que magoem.
Abre, sim, meu ser a tudo o que é bom.
Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos
para que as derrame por onde eu passar.
Senhor, a meus amigos que lêem esta mensagem,
enche-os de sabedoria, paz e amor. E que nossa amizade dure
para sempre em nossos corações.
Enche-me, também, de bondade e alegria, para que
todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho
possam descobrir em mim um pouquinho de Ti.
Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade.
Amém.
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Amigos e amigas deste BLOG, 
 FELIZ ANO-NOVO!!!

"Felizes mulheres e homens novos em 2012!!! 
O mundo  foi e será sempre novo! Nós é que precisamos a cada dia
mudar,renovar nossas energias, 
pensar nossas atitudes,rejuvenescer! ...

Devemos dizer desta maneira:

"Feliz Homem Novo, neste NovoAno!"
"Feliz Mulher Nova, neste Ano Novo"!
"Feliz Humanidade Nova", 
"Feliz Humanidade Renovada!
 Renovada no amor e na esperança em dias melhores. 

Somos nós
que moldamos nossa vida, que criamos nosso destino!

O mundo não mudará.
Ele  será sempre novo! 

Nós, sim, temos que mudar e mudar muito!...

Pensemos nas coisas que não mudamos e que precisamos mudar...

Agradeçamos a Deus o bem que fizemos e

peçamos perdão pelo bem que deixamos de fazer ao nosso irmão e  à mãe natureza. 

Precisamos de conversão...
Deus vai nos ajudar... 

Não PERCAMOS a esperança! 

Sejamos otimistas.

Então, desejamos: Felizes mulheres e homens novos em 2012!!!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!!!
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Por que o Papa canta o hino Te Deum no final do ano?

Mirticeli Medeiros
Da Redação

Canção Nova


Arquivo
No dia 31 de dezembro é feita as vésperas onde é entoado o canto litúrgico Te Deum
Nas vésperas de fim de ano, mais precisamente no dia 31 de dezembro, o Papa Bento XVI entoa o hino Te Deum laudamus (Nós te louvamos, Deus), um canto cristão antigo que tradicionalmente é cantado como forma de agradecimento pelo ano que passou. 

O hino, que está ligado a cerimônias de agradecimento, também é cantado quando acontece a eleição de um Pontífice ou durante a conclusão de algum Concílio convocado pela Igreja.

“Nós te louvamos, Deus, te proclamamos Senhor. Eterno Pai, toda a terra te adora. A Ti cantam os anjos e todas as potências do céu: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do Universo”, diz um dos trechos do Te Deum.

Autoria

O canto é de autoria desconhecida, mas é por vezes atribuído a São Cipriano, do século VIII, e também a Santo Agostinho, o qual o teria composto no dia de seu batismo, após sua conversão que aconteceu em Milão, Itália, no ano 386.

Atualmente, os especialistas atestam que a redação oficial do texto tenha sido feita por Nicetas Choniates, historiador bizantino de 1155.

Ouça hino Te Deum laudamos


 

Leia mais
.: Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2012
 
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Mais de 2,5 milhões de fiéis se encontraram com o Papa este ano

Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano (Tradução: equipe CN Notícias)


Arquivo
Segundo a Prefeitura da Casa Pontifícia, houve um crescimento na participação dos fiéis nos encontros com o Papa em referência aos últimos três anos
Neste ano mais de 2,5 milhões (aproximadamente 2.553.800) de fiéis participaram das diversas audiências e encontros com o Papa Bento XVI no Vaticano e em Castel Gandolfo. Os dados são da Prefeitura da Casa Pontificia.

Foram 400 mil fiéis presentes nas audiências gerais das quartas-feiras, 101.800 pessoas foram recebidas pelo Papa em audiências particulares, 846 mil em celebrações liturgicas, e nas orações do Angelus e Regina Coeli foram 1.206 mil.

Estes são números aproximados. Em comunicado, a Prefeitura da Casa Pontifícia explica que os dados foram  coletados a partir da cotagem da distribuição dos bilhetes e uma contagem aproximada pela ocupação da área nos grandes eventos na Praça de São Pedro.

Um grande evento que reuniu milhares de pessoas este ano foi a beatificação de João Paulo II. Os dados mostra um crescimento na participação em referência aos últimos três anos.

O comunicado esclarece também que foram contabilizadas apenas as participações de fiéis nos encontros no Vaticano e em Castel Gandolfo, sem contabilizar outros grandes eventos vividos pelo Pontífice este ano, como as viagens apostólicas internacional e mesmo dentro da Itália.


Leia mais
.: Saiba como foi agenda do Bento XVI em 2011
.: Ano intenso para o Papa: confira entrevista com padre Lombardi
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Formações

Imagem de Destaque

2012 será o ano da vitória de Deus para nós!

O ser humano é capaz de mudar
"Ano novo, vida nova!" , "Próspero Ano Novo!" , "Que tudo de bom aconteça!", "Muita paz, saúde e dinheiro no bolso!", entre outras. São frases que sempre ouvimos nesta época do ano. Estive pensando no que está por trás desses dizeres... Eles são expressões do desejo do ser humano de ser feliz; expressões da capacidade humana de sonhar com um mundo melhor. Expressões da esperança que, graças a Deus, teima em não morrer em nossos corações. Porém, este desejo, estes sonhos, esta esperança, – para muita gente –, acabam se tornando, a cada ano, apenas ilusões e fantasias que não se concretizam.

Como fazer para que o ano novo seja melhor para nossas vidas?

O ser humano é capaz de mudar. Mas só isso não é suficiente. Ele só é feliz se melhorar. Mudar é importante, mais que isso: melhorar é essencial para a realização humana. Tudo bem.

Então, como você pode melhorar? Como eu posso fazê-lo? Eu creio (e tenho experimentado isso, assim como milhares de pessoas) que só melhoramos se formos impulsionados por algo além dos limites de nossa querida, porém, frágil, humanidade. Eu tenho visto muitas melhoras em minha vida sempre que deixo a graça de Deus – que vai infinitamente além dos meus limites – agir em minha vida.

Interessante é que descobri algo novo, para mim, neste fim de ano: RÉVEILLON vem do verbo "reveiller" do francês, que quer dizer: "Despertar". Mais do que nunca, eu creio e propago: "Quer viver o ano de 2012 excelente e abençoado?" Viva um Réveillon verdadeiro. O ano inteiro. O Réveillon para Deus! O Despertar para Deus! Que a graça infinita do Senhor, e que o Espírito Santo o desperte e me desperte para Ele. Acordemos, despertemos, irmãos! Reconheçamos em que temos deixado a desejar diante do Senhor. Reconheçamos nossos pecados. Convido você a orar comigo com uma sólida decisão de mudança:

"Acorda-me, Senhor, para Ti! Desperta minha alma de toda sonolência. Reinflama meu relacionamento Contigo, Jesus! Reinflama minha fé em Tuas promessas! Reinflama meu fervor para ser Igreja! Reinflama meu desejo de evangelizar!"

Se por um lado, precisamos louvar a Deus por todas as maravilhas que Ele já fez em 2011; por outro, o plano d’Ele só se cumprirá em nossas vidas em 2012 se tivermos o desejo ardente de experimentar um novo "despertar espiritual", um reinflamar da unção do Espírito Santo em nós.

Proclamamos pela fé: 2012 será o ano da vitória de Deus para nós!

Ulisses Henrique–Missionário da Comunidade Canção
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Saiba como foi agenda do Bento XVI em 2011

Mirticeli Medeiros
Da Redação


Arquivo
O papamóvel no meio da multidão de jovens que recebeu Bento XVI em Madri, em Agosto de 2011
Assim como nos anos anteriores, o Papa Bento XVI teve agenda cheia em 2011. O Santo Padre, após ter celebrado a tradicional Missa de Ano Novo, na Solenidade de Maria Mãe de Deus, se dirigiu cinco dias depois ao Hospital Policlínico Gemelli de Roma, onde encontrou-se com crianças enfermas. No discurso, o Papa demonstrou seu afeto aos pequenos proferindo palavras de esperança a todos os internados do hospital.

“Obrigado a vós, crianças, que me recebeis: gostaria de dizer que vos amo e estou próximo de vós com a minha oração e o meu afeto, para vos dar a força de enfrentar a doença” (Bento XVI, 06 de janeiro de 2011)

Leia mais
.: Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2012

Em 20 de março, como bispo de Roma, o Papa foi ao encontro dos fiéis da cidade para dedicar a Paróquia de São Corbiniano, fundador da diocese de Munique, Alemanha, da qual Bento XVI foi arcebispo.

Atendendo a um convite da associação das famílias dos mártires mortos pela liberdade da Pátria, o Pontífice visitou as Fossas Ardeatinas, onde aconteceu o Massacre nazista de 1944 que deixou mais de 300 mortos, os quais eram oficiais dos grupos clandestinos de resistência militar.

“Também eu, como Bispo de Roma, cidade consagrada pelo sangue dos mártires do Evangelho do Amor, venho prestar homenagem a estes irmãos, mortos a pouca distância das antigas catacumbas”, enfatizou o Pontífice em 27 de março de 2011.

Catequeses

Em 2011, Bento XVI deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre as grandes mulheres e teólogos do período medieval, iniciado em 2010. Logo em seguida, mais precisamente em 2 de fevereiro de 2011, o Papa fez um pequeno ciclo sobre alguns doutores da Igreja começando por Santa Teresa D'Àvila. Em maio, ele iniciou o ciclo de catequeses sobre a oração, o qual ainda está sendo realizado.

Viagens pela Itália

O Papa realizou em 2011, cinco viagens em território italiano, entre as quais destacam-se a visita a Ancona, em 11 de setembro de 2011, por ocasião do Congresso Eucarístico Nacional e a visita a Assis, Itália, onde participou do Encontro de oração, reflexão e diálogo pela paz que reuniu representantes de diversas religiões, em 27 de outubro de 2011.

Viagens Internacionais

Bento XVI cumpriu quatro viagens apostólicas internacionais neste ano. A primeira foi à Croacia, de 4 a 5 de junho, a segunda foi a Madri, por ocasião da 26ª Jornada Mundial da Juventude, em agosto; a terceira foi à sua terra Natal, Alemanha, de 22 a 25 de setembro. Por fim, o Santo Padre visitou Benin, na Africa, onde entregou a sua nova Exortação Apostólica pós-sinodal Africae Munus, o Compromisso da África.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


 
Caríssimos Frades e Seminaristas da Ordem Capuchinha do Ceará e Piauí !!!


Zezé em sua juventude.


Zezé aos 90 anos. Uma heroína na vida e na fé.


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Faleceu hoje, dia 30/12, em Teresina Piauí a Senhorita Zezé Costa, que residia na Rua Areolino de Abreu, 2003.
Zezé Costa foi uma grande benfeitora da Paróquia de São Benedito EM Teresina-PI.Seu trabalho humilde e ardoroso destacou-se no Movimento do Pão dos Pobres de Santo Antônio, na Sacristia da Igreja e na ajuda caridosa aos seminaristas. Dedicou toda sua vida a família e as coisas de Deus. Ela gostava de servir às pessoas, de sentir-se útil ao próximo. Foi uma autêntica discípula de Cristo.
Zezé foi uma mãe para mim quando estudei no Seminário São Francisco em Teresina-Piauí.
Querida Zezé, obrigado por tudo! Descanse em paz, minha velha amiga!


A Missa de corpo presente será celebrada hoje às 17h na Igreja de São Benedito, em seguida ocorrerá o sepultamento.
À família enlutada, nossa solidariedade e preces.

Lusmar Paz e Família!



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Dia 30 de Janeiro de 2011.


FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

Neste dia da Sagrada Família, celebramos em comunhão com todas as nossas famílias. Elas são convidadas a imitar e encarnar os valores propostos pela família de Jesus, Maria e José. A Sagrada Família é exemplo de obediência à vontade de Deus.

Nossa Homenagem às Famílias


Famílias Consagradas:
Brasil mais Cristão!



Oração de Consagração das Famílias

Queremos consagrar-Vos, hoje e para sempre, a nossa família e implorar Vossas bênçãos sobre ela.

CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!

O nosso lar Vos pertence. Fazei nele Vosso trono e reinai em nossos corações. Participai de nossa mesa e abençoai o nosso pão de cada dia. Que ele seja suficiente para nós e ainda nos permita fazer o milagre da partilha com os irmãos.

CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!

Sede no meio de nós o amigo íntimo, o irmão e o companheiro de todas as horas. Cada um de nós, tudo o que somos ou temos, Vos pertence. Daí-nos a graça da fidelidade no discipulado, e que nossa alegria seja fazer a Vontade do Pai.

CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!

Pedimos também, ó Jesus que Vossa Mãe nos assista como filhos e filhas e abençoe o nosso lar, como fez feliz o lar de Nazaré. Fazei o nosso coração semelhante ao Vosso e dai-nos a paz e a vida eterna.

CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!

Fonte de Pesquisa: Revista Brasil Cristão – Junho 2008
Revista Mensal da Associação do Senhor Jesus.

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  |  Retrospectiva

Um ano marcado pela perseverança e pela fé

 

Um ano no qual o Cristianismo foi desafiado, mais que nunca, a resistir ao bombardeamento de tantos atentados contra a vida. O amor foi e  sempre será a resposta que a Igreja deve escolher.
O Papa pediu aos jovens que não sucumbissem à manipulação, mas que tivessem a coragem de fazer escolhas. Viagens apostólicas tiveram espaço relevante nas mídias. Uma Igreja viva e atuante tendo à frente Bento XVI, o único Papa na história a beatificar seu predecessor.

Momento marcante para todos aqueles que de alguma forma foram alcançados pelo Pontificado do saudoso João Paulo II: “E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica“. Quando Bento XVI pronunciou essas palavras, a Praça de São Pedro estremeceu no Domingo da Misericórdia, dia 1º de maio.João Paulo II ensinou aos cristãos de todo o mundo e a não cristãos também que é a ‘verdade quem garante a liberdade’. No rosto marcado pela dor, ele se doou completamente sem ter medo de mostrar sua fraqueza, pois entendeu que é nos momentos de maior sofrimento que o amor é mais presente.


O Pontífice polonês esteve na nação brasileira quatro vezes e conheceu de perto a fé do nosso povo e também as lutas para manter viva a ‘Vida’. Hoje o maior país católico do planeta assiste a um verdadeiro massacre contra a Vida.
No Brasil o aborto é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal, porém, há quem vá às ruas e lute para que ele seja legalizado. No ano de 2010, uma pesquisa conduzida pela Universidade de Brasília (DF) revelou que mais de cinco milhões de mulheres brasileiras já abortaram.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 49ª Assembleia em maio deste ano, deu atenção especial a essa ameaça contra a Vida: “Juntos, unidos num só coração, esforcemo-nos pela conquista de um Brasil sem aborto, sob a proteção de Maria, que deu seu Sim à vida”. Este foi o apelo feito pela CNBB, em uma moção de apoio à Frente Parlamentar Mista contra o Aborto, afirmando que todo o trabalho desenvolvido por ela [Frente Parlamentar], composta por políticos brasileiros de vários credos e partidos, “é digno da nossa admiração e incentivo”.

Os prelados também reiteraram o compromisso da CNBB com a causa indígena. Hoje, no Brasil, vivem mais de 800 mil índios, cerca de 0,4% da população brasileira; quase todos em condições precárias e marginalizados. Os povos indígenas enfrentam os desafios do mundo moderno e lutam por melhores condições no atendimento de saúde e de educação e para manter sua cultura viva.

O país, hoje em pleno desenvolvimento com uma economia crescente, mas ainda com tantos desafios pela frente, foi presenteado com uma beata, cuja vida foi totalmente dedicada aos mais pobres: “Salve! Salve! Salve, Irmã Dulce do amor”. Enquanto o hino da religiosa era entoado, o Cardeal Dom Geraldo Majella, representante do Papa Bento XVI na cerimônia, proclamava-a beata. Cerca de 70 mil fiéis acompanharam, emocionados, o evento no Parque de Exposições de Salvador (BA), munidos de faixas, lenços brancos e imagens da freira. A partir desse domingo, a religiosa passaria a ser chamada ‘Bem-Aventurada Dulce dos pobres’.
Num olhar para o mundo vemos as várias viagens apostólicas realizadas pelo Santo Padre o Papa Bento XVI. Uma das mais marcantes foi a ida à Croácia, onde manifestou a sua preocupação pela defesa da herança e da mensagem cristã na Europa: “Infelizmente temos de constatar, sobretudo na Europa, o aumento de uma secularização que leva a deixar Deus à margem da vida e a uma crescente desagregação da família”, alertou o Sumo Pontífice em sua homilia.

*Nota: No laicismo europeu, tem-se argumentado que o secularismo é um movimento em direção à modernização, longe de valores religiosos.

O Santo Padre tem exortado os fiéis a “render generosamente a sua formação, guiados pelos princípios da Doutrina Social da Igreja, por uma autêntica laicidade, a justiça social, a defesa da vida e da família, a liberdade religiosa e educativa”.
Na mesma Europa, no mês de julho, jovens de todos os Continentes testemunharam sua fé em Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Jornada Mundial da Juventude, maior evento juvenil da Igreja, criado por João Paulo II em 1986.
Seis dias de muita festa, manifestação de fé e testemunho para todo o mundo. Assim foi a 26ª edição da JMJ em Madri, na Espanha, que teve como tema: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”. Na ocasião, o Papa pediu aos jovens que não cedessem à “tentação de ir «por conta própria» ou de viver a fé segundo a mentalidade individualista, que predomina na sociedade”.
Um momento marcante de explosão ocorreu durante o anúncio da sede da próxima edição da jornada em 2013: Rio de Janeiro, Brasil, quando Sua Santidade pronunciou as seguintes palavras: “Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude será o Rio de Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com Sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira”, anunciou o Pontífice na Santa Missa de encerramento da JMJ 2011.


Nossa pátria já está preparando os fiéis para esta grande celebração de unidade da Igreja de Cristo com a visita da cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora,  símbolos da JMJ, às dioceses brasileiras num grande evento chamado “Bote Fé”, que reúne milhares de pessoas.

As mídias sociais ligadas a estes momentos têm dado visibilidade, em âmbito mundial, à manifestação da fé dos jovens da Terra de Santa Cruz. Esta estatística só confirma as discussões realizadas no 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação, o Multicom, realizado no mês de julho na cidade que sediará a JMJ. Na ocasião, o presidente do Pontifício Conselho da Comunicação Social, Dom Claudio Maria Celli, afirmou que “o desafio das novas tecnologias foi aceito pelos membros da comunidade católica que trabalham com os meios de comunicação”.

De ouvidos atentos à voz do Sucessor de Pedro temos nos mantido vigilantes, a cada visita apostólica, aos direcionamentos dele não só para a Igreja local, mas para todos aqueles que são o rebanho desse pastoreio. Em visita à sua terra natal, Alemanha, o Santo Padre encontrou-se com luteranos, ortodoxos, muçulmanos, autoridades civis e os fiéis católicos alemães e declarou: “Onde Deus está presente, há esperança e abrem-se perspectivas novas e, frequentemente, inesperadas que vão para além do hoje e das coisas efêmeras”.

Papa em visita a Benin, na África
Papa em Benin na África

Em Assis, na Itália, no evento que marcou os 25 anos do encontro similar, a Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo, Bento XVI disse que “este evento foi uma imagem do quanto a dimensão espiritual é o elemento-chave na construção da paz. Através dessa peregrinação única nós pudemos nos engajar num fraternal diálogo, para aprofundar nossa amizade, e vir juntos em silêncio e oração”.
Em Benin, na África, ele chamou a atenção das autoridades políticas: “Não priveis os vossos povos da esperança! Não amputeis o seu futuro, mutilando o seu presente”. Um Papa de olhos atentos ao mundo, no atentado contra cristãos na Nigéria, África, bem no dia de Natal,  Bento XVI exortou todos a escutarem a “voz dos que não têm voz” em sua mensagem de Natal “Urbi et Orbi” (para a cidade e para o mundo). O Pontífice de 84 anos pronunciou sua mensagem e pediu por mais ajuda para aqueles que passam fome no Continente Africano e pelos atingidos por enchentes na Tailândia e nas Filipinas.

Uma Igreja capaz de dar a vida,  no último 18 de dezembro, foi realizada a cerimônia em que o Arcebispo de Kirkuk, no Iraque, Dom Louis Sako, abençoou o monumento que homenageia 36 mártires cristãos da cidade, no norte do país. O memorial traz gravados os nomes de todos os cristãos que morreram durante os oito anos de guerra civil no país, após a intervenção dos Estados Unidos em março de 2003.
De fato, o ano foi marcado pela perseverança e pela fé de muitos em amar, acreditar, doar a vida num compromisso sério com o próximo.
Assista ao documentário sobre a vida do beato João Paulo II




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Sexta-feira, 30 de dezembro de 2011, 12h00

Ano intenso para o Papa: confira entrevista com padre Lombardi

Leonardo Meira
Da Redação, com informações da Rádio Vaticano (em italiano - tradução de CN Notícias)


L'Osservatore Romano
Encontro do Papa com os milhões de jovens reunidos em Madri para a JMJ foi um dos grandes eventos de 2011
O ano de 2011 foi extremamente intenso para o Papa Bento XVI. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, traça um balanço deste ano a partir do prisma das viagens internacionais do Santo Padre e de alguns dos acontecimentos marcantes do ministério petrino.


Padre Federico Lombardi – As viagens internacionais são sempre pontos de referência na agenda do Papa durante o ano. Gostaria de começar recordando as duas viagens no meio do ano, aquelas à Alemanha e à Espanha. À Alemanha, antes de tudo, porque destacou a preocupação do Papa de falar sobre Deus e fazer referência ao primado de Deus na sociedade, em vias de secularização, no contexto europeu e, em particular, no seu país. Era uma viagem esperada, extremamente importante e, creio, que o discurso do Papa ao Parlamento em Berlim permaneça um dos grandes discursos do Pontificado, fazendo compreender, a um auditório muito amplo, a importância da referência a Deus como saudável fundamento e ponto de referência da convivência humana, dos valores fundamentais da convivência e da proteção da dignidade do homem.

Esse tema do primado de Deus dominou, de certa forma, a viagem à Alemanha, mas no contexto da secularização. Já na Espanha, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que precedeu a viagem à Alemanha, houve a grande experiência da vitalidade da fé, do seu futuro. O Papa releu com muita profundidade essa viagem à Espanha no último discurso que fez à Cúria, pouco antes do Natal. E indicou, nas suas reflexões, o que significa anunciar e como anunciar de um modo novo e vital o ser cristãos. Portanto, da JMJ o Papa colheu as indicações vivas para a nova evangelização do mundo.

Assim, enquanto a Alemanha pareceu-me uma admoestação a conservar os valores fundamentais de referência em uma época, em um mundo que está em fase de secularização, a Jornada Mundial da Juventude indiciou o lado positivo da presença anunciadora e viva da Igreja no mundo de hoje.


Rádio Vaticano – Houve depois a viagem ao Benin...

Padre Lombardi –
Sim, a viagem ao Benin foi um dos eventos fundamentais deste ano, também porque coincidiu com a apresentação, ao continente africano, do documento final do Sínodo para a África. Um documento que é belíssimo, claro e simples. Diversos comentaristas – também não católicos – o indicaram como um dos mais belos documentos que existem, hoje, para o Continente africano: tratando com amplitude de horizontes os seus problemas, e indicando com confiança os motivos de esperança realista com base nos quais ir ao encontro do futuro, reconhecendo a dignidade dos africanos. E esse foi também o clima em que se desenvolveu a viagem.

O Papa foi atingido pela alegria, pela vitalidade deste povo que o acolheu. Um povo que vive em dificuldade, que é pobre, que tem certamente sofrimentos e grandes problemas, mas que manifesta uma capacidade de olhar adiante e apreciar a alegria de viver. Portanto, esta viagem indicou muito eficazmente a capacidade da Igreja Católica hoje de falar ao continente africano sendo uma parte dele, não uma Igreja estranha à África: não mais uma Igreja que fala para a África a partir da Europa, mas que fala à África na África e da África.

Esse sentido de solidariedade, de acolhida, de alegria, de participação que o Papa viveu em meio aos africanos, expressam muito bem aquilo que se manifesta no documento. Portanto, diria que esse é um dos sinais de esperança para o futuro da África e para o futuro da Igreja na África e do seu serviço para o Continente.


Montagem sobre fotos / Arquivo
Acima, Papa, líderes religiosos e não crentes reunidos na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis. Abaixo, Bento XVI no Bundestag, o Parlamento Alemão
RV – Em Assis, o Papa relançou com força o tema do diálogo...

Padre Lombardi –
Esse encontro de Assis era muito esperado. Sabemos que já faz tempo que se duvidava que o Papa Bento XVI retomaria as mensagens de Assis do seu predecessor, se não teria dado passos para trás... Na realidade, não foi uma simples repetição do passado em Assis, mas foi um passo adiante, a abertura de um novo horizonte, porque o Papa colheu – segundo o método de voltar aos pontos fundamentais – o tema da busca da verdade como unificante, e pôde convidar para Assis não somente os representantes de outras confissões cristãs ou das outras religiões, mas também os sinceros "buscadores da verdade", ainda que não reconheçam a um Deus. E isso foi um elemento muito importante, que fez sentir a comunhão que já existe entre aqueles que se referem a um Deus pessoal, mas fez sentir o mesmo também com relação àqueles que buscam – honestamente – a verdade. E essa foi uma mensagem extremamente bela, que se coloca em continuidade também com o tema do Átrio dos Gentios, que o Papa havia lançado precedentemente e que foi levado adiante com o compromisso da Igreja. Portanto, se se olha não somente os eventos do Papa, mas aqueles eclesiais, o tema do Átrio dos Gentios e os seus eventos foram um dos pontos importante da vida da Igreja neste ano. Ressalto também que o Papa teve outros importantíssimos momentos de caráter ecumênico e inter-religioso: pensemos nos encontros com os luteranos na Alemanha, centrados sobre o primado de Deus; ou pensemos no grande discurso no Benin às autoridades do país, em que o tema do diálogo inter-religioso foi tocado em profundidade, muito diretamente.


RV – Entre os documentos de 2011 está o Motu Proprio "Porta Fidei", através do qual o Papa proclamou o Ano da Fé, a partir de outubro de 2012. Portanto, um tema que se vincula à nova evangelização. Aqui recordamos também a Missa para a América Latina...

Padre Lombardi –
De fato, temos, neste ano, alguns "ganchos" que já nos fazem olhar ansiosos para o próximo ano. A carta de proclamação do Ano da Fé é um desses ganchos: vincula-se a esse grande tema, que é um dos temas do Pontificado – a nova evangelização –, e ao Sínodo que acontecerá no próximo ano, no contexto também mais amplo que o Papa quis criar com o tema do Ano da Fé. Em breve, teremos também o subsídio preparado pela Congregação para a Doutrina da Fé, com sugestões pastorais sobre como preparar-se para o Ano da Fé. Portanto, devemos ver um caminho de preparação que terá um momento muito forte no Sínodo do próximo outono.

O outro evento que recordastes – a Missa pelo Bicentenário de independência de alguns países da América Latina – foi vinculada pelo Papa à sua próxima viagem, com o anúncio esperado e extremamente emocionante do seu desejo de viajar a Cuba e ao México na próxima primavera: será certamente um dos eventos-chave dos próximos meses.


Montagem sobre fotos / Arquivo
Santo Padre conversa com astronautas da ISS (acima). Bispo de Roma também visitou prisioneiros no complexo de Rebibbia, na periferia de Roma (abaixo)
RV – Entre as visitas significativas, também recordamos aquele recente à prisão de Rebibbia...

Padre Lombardi –
No tempo do Natal, todos os anos, o Papa faz visitas de solidariedade, de caridade. Também nos anos passados houve visitas aos doentes terminais, às crianças hospitalizadas e assim por diante. Neste ano, foi a visita à prisão, que foi extremamente importante, emocionante e também extremamente espontânea, com o diálogo entre o Papa e os prisioneiros, que tocaram profundamente a todos. Aqui se vê como a Igreja, também deixando à sociedade civil todas as responsabilidades de caráter legislativo, organizacional dos problemas dramáticos, como aquele da justiça e da prisão, pode, no entanto, dar uma mensagem muito forte, muito viva e profunda no sentido da reconciliação, no sentido da esperança de uma reinserção também dos marginalizados na sociedade.

Esse é um ponto de que, creio, o mundo de hoje tenha extrema necessidade: ser convidado a recordar-se de que também quem errou não deve ser marginalizado ou eliminado da sociedade, mas a verdadeira e grande justiça cumpre-se quando o mal é superado pela reconciliação, pelo retorno pleno à convivência pacífica de todos aqueles que erraram e que foram excluídos.


RV – Houve também, em 2011, um evento particular: a ligação com a Estação Espacial Internacional. O Papa falou com os astronautas...

Padre Lombardi –
Esse foi um evento do qual participei com muita intensidade, porque tive uma boa parte da responsabilidade – também  técnica – de sua realização, e fui surpreendido pelo quanto os astronautas estavam desejosos desse encontro com o Papa. Foi praticamente a única vez em que todos os astronautas participaram juntos – eram 12 – de um link audiovisual com a Terra. Normalmente, fala apenas um com o seu presidente: desta vez, todos desejavam falar com o Papa, vê-lo e ouvi-lo.

Foi uma ocasião extraordinária em que o Papa demonstrou, com grande alegria e disponibilidade, a amizade da Igreja pela pesquisa científica e a técnica colocada à disposição do bem da humanidade: esse foi o significado desse grande encontro. Ou seja: a Igreja não tem medo da pesquisa e do progresso das ciências e da técnica, mas as vê com grande simpatia, recordando, no entanto, que devem ser destinadas para o bem da humanidade.


RV – Em 1º de maio passado houve o grande evento da Beatificação de João Paulo II...

Padre Lombardi – Os primeiros meses do ano passado foram um pouco catalisados pela expectativa desse evento extremamente importante, porque requeria a mobilização da Igreja universal. Diria que foi um evento vivido com grandíssima alegria, que expressou a fé da Igreja na vida do Beato conosco, isto é, que em João Paulo II manifesta-se verdadeiramente uma pessoa viva e presente no caminho da Igreja. Isso foi ouvido, vivido espontaneamente por uma quantidade grandíssima de fiéis, que, depois, vieram também encontrá-lo – simbolicamente – visitando a sua sepultura em São Pedro, e isso é algo que continua, porque João Paulo II continuará a estar presente.

L'Osservatore Romano
Bento XVI preside Missa com a Canonização de João Paulo II na Praça de São Pedro
A Beatificação não é um ponto de chegada, mas, em certo sentido, é uma etapa do caminho: muitos olham já à Canonização, pensando que naturalmente ela chegará! Muitos, também independentemente disso, sentem a relação com ele como extremamente confortante, de guia, entusiasmante… E aqui gostaria de recordar que o Papa Bento convida-nos sempre a sentir os Santos e os Beatos como os nossos companheiros de caminho: portanto, João Paulo II é um pouco especial, porque foi conhecido por todo o mundo. Mas todos os Santos e os Beatos que a Igreja nos propõe são nossos acompanhantes na estrada da nossa vida na fé rumo ao Senhor...


RV – Enfim, o Papa continuou a desempenhar o seu papel de catequista nos Angelus e Audiência Gerais, e não esqueçamos do segundo volume de "Jesus de Nazaré"...

Padre Lombardi –
Bento XVI é uma pessoa que vive profundamente a sua vocação de mestre e de mestre não somente teológico, mas também espiritual. Admiro sempre imensamente essa síntese de doutrina e espiritualidade vivida, que se sente nas suas palavras e se lê nos seus escritos. Ensina com os Angelus, com as Catequeses – agora faz este ciclo sobre a oração, que é muito útil também exatamente para a nossa vida espiritual –; ensina com homilias maravilhosas nas grandes festas cristãs, e, para quem deseja aprofundamento maior, deu também um passo ulterior na realização dessa grande obra sobre Jesus que ele quis deixar-nos, um pouco verdadeiramente como testamento do seu amor por Cristo, do seu amor pessoal, da sua busca pessoal pelo rosto de Cristo. O livro deste ano é aquele dedicado à Paixão e à Ressurreição: evidentemente, o volume central da grande obra. Mas nós continuamos a esperar pelo terceiro volume, aquele sobre a infância, como finalização desta apresentação extraordinária, profunda, viva de Jesus para nós, hoje.


RV – Padre Lombardi, um balanço muito intenso este de 2011...

Padre Lombardi –
Como todos os anos de cada Pontificado, evidentemente, porque a Igreja vive nos diversos Continentes, com perspectivas amplíssimas, afrontando problemas que a história nos apresenta...

Diria que o Papa Bento XVI verdadeiramente acompanhou-nos e guiou-nos, neste ano, com grandíssimas mensagens, com uma intensidade de ação e também com serenidade. Diria que talvez, com relação a outros anos precedentes – mais perturbados por fenômenos de crises ou de tensão –, este ano foi muito belo, positivo, de grande mensagens que nos fazem olhar adiante.
 Um Ano-Novo  de "paz" para o mundo!!!


Vejam as matérias publicadas neste dia 28.12.2011.

1º) Família deve ser escola de oração (Síntese).
2º) É difícil preencher vazio da falta de oração em família, diz Papa.
3º) Retrospectiva: os caminhos de Bento XVI em 2011.
4º) 2012 e o fim do mundo.
5º ) Igreja Católica comemora 50 anos da Convocação do Concílio Vaticano II.
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Família deve ser escola de oração

(Quarta-Feira, 28 de Dezembro de 2011)

Bento XVI defendeu que se uma criança não aprende a rezar em família, este vazio será difícil de preencher depois , na última audiência geral de 2011. O Papa lembrou que Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus o suor e cansaço para ganhar o pão de cada dia .

Perante sete mil pessoas congregadas na Sala Paulo VI, no Vaticano, Bento XVI apresentou o exemplo da casa de Nazaré como escola de oração, um modelo para os cristãos. Através da oração tornamo-nos capazes de nos abeirarmos de Deus com intimidade e profundidade , referiu o Santo Padre. Convido-vos a refletir sobre a oração na vida da Sagrada Família de Nazaré, tomando por modelo Jesus, Maria e José , afirmou o Pontífice.

Fonte: Fátima Missionária
Pastoral da Comunicação
Site: Paróquia de Santo Afonso – Fortaleza-CE.

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É DIFÍCIL PREENCHER VAZIO DA FALTA DE ORAÇÃO EM FAMÍLIA, DIZ PAPA
          Quarta-Feira, 28 de Dezembro de 2011

O Papa Bento XVI falou sobre a oração na Sagrada Família de Nazaré na Catequese desta quarta-feira, 28. Foi o último encontro das quartas-feiras, neste ano, entre o Pontífice e os peregrinos.

"A Sagrada Família é ícone da Igreja doméstica, chamada a rezar em união. A família é Igreja doméstica e deve ser primeira escola de oração. [...] Uma educação autenticamente cristã não pode prescindir da experiência de oração. Se não se aprende a rezar em família, será depois difícil preencher esse vazio. E, portanto, gostaria de dirigir a vós o convite a redescobrir a beleza de rezar juntos como família, na escola da Sagrada Família de Nazaré. E, assim, tornar-vos realmente um só coração e uma só alma, uma verdadeira família", destaca.

Nessa perspectiva, a família cristã reza na intimidade doméstica, "mas reza também junto com a comunidade, reconhecendo-se parte do Povo de Deus em caminho".




O Santo Padre destacou que a Família de Nazaré é o primeiro modelo da Igreja em que, em torno da presença de Jesus e graças à sua mediação, vivem todos a relação filial com Deus Pai, que transforma também as relações interpessoais e humanas.

O Bispo de Roma ressaltou que é através da oração que nos tornamos capazes de aproximarmo-nos de Deus com intimidade e profundidade.



"A Casa de Nazaré, de fato, é uma Escola de Oração, onde se aprende a escutar, a meditar, a penetrar o significado profundo da manifestação do Filho de Deus, através do exemplo de Maria, José e Jesus. [...] Na Escola da Sagrada Família, nós compreendemos porque devemos ter uma disciplina espiritual, se queremos chegar a ser alunos do Evangelho e discípulos de Cristo", explicou.



Maria, José e "Pai"


Maria é o modelo insuperável da contemplação de Cristo, pois o é no seu ventre que o Filho se formou e tomou dela também uma semelhança humana. "À contemplação de Jesus, ninguém se dedicou com tanta assiduidade quanto Maria. As lembranças de Jesus, fixadas na sua mente e no seu coração, marcaram cada instante da existência de Maria. Ela vive com os olhos sobre Cristo e valoriza cada uma de Suas palavras. [...] A atitude de Maria diante do Mistério da Encarnação, atitude que se prolongará em toda a sua existência: conservar todas as coisas, meditando-as no seu coração".



A capacidade de Maria de viver do olhar de Deus é contagiante. O primeiro a fazer tal experiência é São José.

"O Evangelho, como sabemos, não conservou nenhuma palavra de José: a sua é uma presença silenciosa, mas fiel, constante, operosa. [...] Assim, no ritmo das jornadas transcorridas em Nazaré, entre a simples casa e a oficina de José, Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também o cansaço para ganhar o pão necessário à família".



Outro episódio que vê a Sagrada Família de Nazaré reunida em um evento de oração é quando Jesus, aos doze anos, dirige-se com os seus pais ao Templo de Jerusalém.

" Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? (Lc 2,49). Após três dias de busca, os seus pais encontram-No no Templo, sentado entre os Mestres, que o escutavam e interrogavam (cf. 2,46). À pergunta sobre o porquê fez isso com seu pai e sua mãe, Ele responde que fez somente aquilo que deve fazer o Filho, isto é, estar junto ao Pai. Assim, Ele indica quem é o verdadeiro Pai, qual é a verdadeira casa, que Ele não fez nada de estranho, de desobediente. Permaneceu onde deve estar o Filho, isto é, junto ao Pai, e sublinhou quem é o seu Pai", explica Bento XVI.



Assim, a palavra "Pai" abre o mistério e é a chave do mistério de Cristo, que é o Filho, e abre também a chave do mistério nosso como cristãos, que somos filhos no Filho.

"Ao mesmo tempo, Jesus ensina-nos como ser filhos, exatamente no estar com o Pai em oração. O mistério cristológico, o mistério da existência cristã está intimamente ligado, fundado naoração".



A audiência


O encontro do Santo Padre com os cerca de 8 mil fiéis reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano, aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 7h30 no horário de Brasília). A reflexão faz parte da "Escola de Oração", iniciada pelo Papa na Catequese de 4 de maio. O Pontífice iniciou uma nova seção,  dedicada a Jesus e sua oração, na Catequese de 30 de novembro.



Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

"Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga, vendo a vossa presença como a ocasião propícia para confiar ao Pai do Céu as vossas famílias e os sonhos de bem que abrigam no coração. Recebei, como penhor de paz e consolação, a minha Bênção Apostólica".

                                                Fonte: Canção Nova

                                 Pastoral da Comunicação

                               
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Retrospectiva: os caminhos de Bento XVI em 2011
Quarta-Feira, 28 de Dezembro de 2011

Joseph Ratzinger caminha para concluir o sétimo ano de Pontificado. Eleito à Cátedra de Pedro em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo II, este ano Bento XVI beatificou seu antecessor, num evento que marcou a história da Igreja Católica este ano e reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na Praça São Pedro, no dia 1º de maio.

– Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, de modo especial aos Cardeais, Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e numerosos fiéis, bem como às Delegações oficiais dos países lusófonos vindos para a Beatificação do Papa João Paulo II. A todos desejo a abundância dos dons do Céu por intercessão do novo Beato, cujo testemunho deve continuar a ressoar nos vossos corações e nos vossos lábios, repetindo como ele no início do seu pontificado: “Não tenhais medo! Abri as portas, melhor, escancarai as portas a Cristo”.
Ainda na Itália, Bento XVI foi à Veneza, San Marino, Ancora, Lamezia Terme e Assis. No Vaticano, durante às quartas-feiras e nos domingos, dividiu com os peregrinos a Palavra nas audiências gerais e na oração do Angelus. Esses dois encontros são especiais para os brasileiros. É o momento em que eles podem ouvir o Papa em português.

Em 2011, o Bispo de Roma completou 84 anos de vida. Nascido em Marktl am Inn, na Alemanha, em 1927, Bento XVI também viveu seu aniversário de 60 anos de ordenação sacerdotal. Porém, a missão do Papa vai muito além de datas comemorativas. Bento XVI levou a Palavra de Cristo em diversas viagens apostólicas, à Itália e ao exterior, e fez história ao ser o primeiro Papa a discursar no Bundestag, o Parlamento Alemão.

– O convite para pronunciar este discurso foi-me dirigido como Papa, como Bispo de Roma, que carrega a responsabilidade suprema da Igreja Católica. Deste modo, vós reconheceis o papel que compete à Santa Sé como parceira no seio da Comunidade dos Povos e dos Estados. Na base desta minha responsabilidade internacional, quero propor-vos algumas considerações sobre os fundamentos do Estado liberal de direito.

Além da Alemanha, Bento XVI também foi à Croácia e ao Benim, sua última viagem apostólica em 2011. Na Croácia, incentivou a entrada do País balcânico na União Europeia. Já na África, entregou a Exortação Apostólica Africae Munus, o Compromisso da África. Um dos momentos mais envolventes dessa segunda viagem de Bento XVI à África foi o encontro com as crianças.

– E o que é a oração? É um grito de amor lançado para Deus, nosso Pai, com a vontade de imitar Jesus, nosso Irmão. Jesus retirava-Se sozinho para rezar. Como Jesus, posso também eu encontrar cada dia um lugar calmo onde me recolho diante duma cruz ou duma imagem sagrada para falar a Jesus e escutá-Lo”.
Em Madri, na Espanha, durante a Jornada Mundial da Juventude, enfrentou junto com os milhões de jovens as adversidades da natureza. Nem mesmo o vento e a chuva esfriaram a fé dos jovens, que em Madri ouviram o Papa anunciar aquele que será um momento histórico para o Brasil em 2013: a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, entre 23 e 28 de julho.

– Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira.

Em 31 de outubro, durante a apresentação das credenciais do novo embaixador brasileiro junto à Santa Sé, Almir Franco de Sá Barbuda, Bento XVI recordou quando esteve no Brasil, em 2007 – Deixo aqui minhas orações pela prosperidade e bem-estar de todos os brasileiros, cujo carinho experimentado na minha visita pastoral de 2007 permanece indelével nas minhas lembranças. Registro com vivo apreço e profundo reconhecimento a disponibilidade manifestada pelas diversas esferas governamentais da Nação, bem como da sua Representação diplomática junto da Santa Sé, para apoiar a XXVIII Jornada Mundial da Juventude que se realizará, se Deus quiser, em 2013 no Rio de Janeiro.

Outro fato marcante - e inédito - foi a Missa presidida e requirida pelo Papa para a América Latina, celebrada na Basílica de São Pedro, em português e espanhol, no dia 12 de dezembro, dia de Nossa Senhora de Guadalupe, a Padroeira da América.
– Atualmente, enquanto se comemora em diversos lugares da América Latina o Bicentenário da sua independência, o caminho da integração nesse querido continente progride, enquanto se sente o seu novo protagonismo emergente no cenário mundial.

Para 2012, já foram confirmadas duas viagens apostólicas internacionais: Cuba e México.
di Rafael Belincanta
Fonte: CNBB

Pastoral da Comunicação
Retirado do Site: Paróquia de Santo Afonso – Fortaleza-CE.
                       
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Formações

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2012 e o 'fim do mundo'

Qual deve ser nossa atitude?
Iniciamos o ano de 2012. Ano frequentemente presente nos últimos meses na grande mídia (páginas web, redes sociais, e inclusive nas telas de cinema), especialmente por conta de supostas profecias que preveriam o fim do mundo para os seus dias. A esta data se chegou por intermédio de um complexo emaranhado de conjecturas que levariam a crer que o fim dos tempos coincidiria com o fim do calendário Maia, ou seja, em dezembro deste ano.

Afinal, há real motivo para nos preocuparmos?

Em primeiro lugar, há que se dizer que tais supostas profecias não constituem novidades na história da humanidade. Ao longo dos séculos foram muitos os pseudoprofetas que alardearam um fim do mundo iminente gerando grande inquietação entre os mais crédulos. Perderíamos a conta se fôssemos averiguar quantas vezes o “mundo já acabou”. Na própria época em que o Senhor estava em carne mortal em meio a nós, já existiam tais suposições. A resposta de Cristo? “Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13,32).

Um cristão não deve se preocupar com estas supostas previsões, pois o mesmo Senhor, que nos revelou todo o necessário para nossa salvação e felicidade, quis preservar no mistério de Deus o dia e a hora em que este mundo teria fim. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica (cf. n. 65), em Cristo o Pai nos disse tudo. Não haverá outra revelação além dessa. E o grande doutor místico espanhol, São João da Cruz, afirmava em sua “Subida ao Monte Carmelo”: «Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra - e não tem outra – [Deus] disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou novidade».

O Magistério da Igreja, seguindo os passos de seu Fundador, decretou em 1516, no V Concílio de Latrão: “Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão, incumbidos da pregação, que de modo nenhum presumam afirmar ou apregoar determinado juízo. Com efeito, a Verdade diz: 'Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por Sua própria autoridade'. Consta que os que até hoje ousaram afirmar tais coisas mentiram e, por causa deles, não pouco sofreu a autoridade daqueles que pregam com retidão. Ninguém ouse predizer o futuro apelando para a Sagrada Escritura, nem afirmar o que quer que seja, como se o tivesse recebido do Espírito Santo ou de revelação particular, nem ouse apoiar-se sobre conjecturas vãs ou despropositadas. Cada qual deve, segundo o preceito divino, pregar o Evangelho a toda criatura, aprender a detestar o vício, recomendar e ensinar a prática das virtudes, a paz e a caridade mútua, tão recomendada por nosso Redentor.”

Sabemos, pela fé, que este mundo não é definitivo, e cremos, como rezamos frequentemente no Símbolo Apostólico, que o Senhor voltará glorioso para julgar vivos e mortos. E qual deve ser nossa atitude enquanto Ele não aparece em Sua glória? É o próprio Senhor quem nos responde: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24,42). Essa deve ser, portanto, a nossa atitude: a de espera. É justamente por isso que o fim do mundo jamais deverá surpreender a um fiel cristão, que não pode temer nem a vida, nem a morte. Para ele, o fim do mundo não será uma surpresa, pois ele o espera. Espera ansiosamente o encontro final com o Senhor de sua vida, a alegria sem fim, fruto da contemplação face a face do Amado de nossas almas. Os primeiros cristãos, nossos pais na fé, desejavam ardentemente essa vinda do Senhor ao suplicarem: "Vem, Senhor Jesus!" (cf. Ap 22,20).

A esperança cristã, no entanto, não nos faz desentendermos das coisas desta terra. Ao contrário, pelo fato de esperamos novos céus e nova terra, trabalhamos intensamente para estar preparados para este dia. Diante da consciência de que este mundo - tal qual conhecemos - não durará para sempre, somos interpelados a aproveitar ao máximo cada segundo que a paciência de Deus nos concede, para nos convertermos à Sua santa vontade. Na realização livre dos planos que o Todo-poderoso sonhou desde sempre para cada um de nós está a nossa felicidade, e, em definitiva, é só isso o que importa: querer o querer de Deus.

Certa vez os amigos de um jovem santo - dizem que foi São Luiz Gonzaga - perguntavam entre si o que fariam se soubessem que o mundo acabaria naquele exato momento. As respostas foram muitas: um buscaria confessar-se o quanto antes, o outro procuraria reconciliar-se com os seus familiares, etc. A resposta do santo? “Continuaria jogando, como estou fazendo agora”. Essa tranquilidade é consequência de saber-se em cada momento na vontade de Deus. Quem nela está não se preocupa se o mundo terminará hoje ou amanhã, pois em cada momento está preparado, esperando ansiosamente o encontro último com seu Senhor.

Padre Demétrio Gomes
Diretor do Instituto Filosófico e Teológico do
Seminário Arquidiocesano São José de Niterói
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Concílio Vaticano II

Igreja Católica comemora 50 anos da convocação

Grave crise moral, ateísmo militante, sucessão de guerras sangrentas, ruínas espirituais causadas por tantas ideologias, amplo progresso científico que possibilitou aos homens a criação de instrumentos para a sua destruição. São estes alguns elementos que cercaram o Natal do ano de 1961, dia em que o beato João XXIII deu início àquele que seria um dos maiores acontecimentos dos últimos tempos na vida da Igreja: a convocação do Concílio Vaticano II.

:: Saiba mais sobre o que o Concílio

No ano de 2011 a Igreja Católica comemora 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, o qual aconteceu com a promulgação da Constituição Apostólica Humane Salutis. Neste documento o Santo Padre fez um breve resumo das situações políticas, sociais, culturais e, sobretudo, religiosas, que motivaram a convocação do concílio, afirmando que “embora a Igreja não tenha a finalidade diretamente terrestre, ela não pode se desinteressar, no seu caminho, dos problemas e dos trabalhos de cá de baixo”. Meio século se passou, porém, muitos problemas apresentados pelo Papa continuam presentes na sociedade.

A Humane Salutis apresenta as principais razões que motivaram João XXIII a convocar o concílio. Estas se fundamentam principalmente na grave crise da sociedade da época, pois ao mesmo tempo em que se via na sociedade um grande progresso material, o mundo encontrava-se em uma profunda decadência moral, gerando uma crise de valores, os homens já não ansiavam pelos valores celestes, estavam enfraquecidos diante do impulso aos gozos terrenos. Sendo urgente, portanto, resgatar os valores cristãos de forma a possibilitar ao homem contemporâneo a salvação.

A Igreja, sendo a voz mais autorizada, intérprete e defensora da ordem moral, uma das grandes reivindicadoras dos direitos e dos deveres de todos os seres humanos e de todas as comunidades políticas, chamou para si a responsabilidade de manifestar seu apostolado, contribuindo na solução dos problemas da modernidade, a partir de um novo Concílio Ecumênico.

O Concílio Vaticano II, nas palavras do beato João XXIII, foi convocado para “oferecer uma possibilidade de suscitar, em todos os homens, pensamentos e propósitos de paz: provenientes das realidades espirituais e sobrenaturais da inteligência e da consciência humana, iluminadas e guiadas por Deus, criador e redentor da humanidade”.

Os frutos do Concílio Vaticano II são diversos, o certo é que essas palavras dirigidas a nós há 50 anos continuam vivas no coração da Igreja e dos fiéis. Hoje, diante da “ditadura do relativismo”– expressão criada pelo Papa Bento XVI – todos são chamados a mergulhar nos documentos do concílio, para oferecer ao mundo diretrizes acertadas na promoção da dignidade dos homens.

Neste Natal, quando a convocação do Concílio Vaticano II completa meio século, devemos celebrá-la não apenas como algo do passado, mas, de forma presente, à luz do Espírito, como em um novo Pentecostes, para que a Igreja santa, olhando para a sua história, continue a difundir o Reino do Divino Salvador, que é reino da verdade, da justiça, de amor e de paz. Neste tempo tão necessitado, à luz dos ensinamentos e principalmente no espírito de esperança emanado da convocação do Concílio Vaticano II.

Assista aos vídeos:
:: Celebrações de 50 anos do Concílio Vaticano II
:: Concílio Vaticano II é tema de encontro em Belo Horiznte (MG)
:: Bispos e religiosos se encontram no Vaticano para aprofundar atualidade do Concílio Vaticano II

Documento:
:: Constituição Apostólica Humane Salutis
Ricardo Gaiotti (@ricardogaiotti)
Missionário da Comunidade Canção Nova

26/12/2011 - 00h00
Tags: Concílio Vaticano II Igreja católica concilio João XXIII

Fonte de Pesquisa: Site Canção Nova