Caríssimos Frades e
Seminaristas da Ordem Capuchinha do Ceará e Piauí !!!
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Faleceu hoje, dia 30/12, em Teresina Piauí a Senhorita Zezé Costa, que residia na Rua Areolino de Abreu, 2003.
Zezé Costa foi uma grande benfeitora da Paróquia de São Benedito EM Teresina-PI.Seu trabalho humilde e ardoroso destacou-se no Movimento do Pão dos Pobres de Santo Antônio, na Sacristia da Igreja e na ajuda caridosa aos seminaristas. Dedicou toda sua vida a família e as coisas de Deus. Ela gostava de servir às pessoas, de sentir-se útil ao próximo. Foi uma autêntica discípula de Cristo.
Zezé foi uma mãe para mim quando estudei no Seminário São Francisco em Teresina-Piauí.
Querida Zezé, obrigado por tudo! Descanse em paz, minha velha amiga!
Zezé em sua juventude.
Zezé aos 90 anos. Uma heroína na vida e na fé.
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Faleceu hoje, dia 30/12, em Teresina Piauí a Senhorita Zezé Costa, que residia na Rua Areolino de Abreu, 2003.
Zezé Costa foi uma grande benfeitora da Paróquia de São Benedito EM Teresina-PI.Seu trabalho humilde e ardoroso destacou-se no Movimento do Pão dos Pobres de Santo Antônio, na Sacristia da Igreja e na ajuda caridosa aos seminaristas. Dedicou toda sua vida a família e as coisas de Deus. Ela gostava de servir às pessoas, de sentir-se útil ao próximo. Foi uma autêntica discípula de Cristo.
Zezé foi uma mãe para mim quando estudei no Seminário São Francisco em Teresina-Piauí.
Querida Zezé, obrigado por tudo! Descanse em paz, minha velha amiga!
A Missa de corpo presente será celebrada hoje às 17h na Igreja de São Benedito, em seguida ocorrerá o sepultamento.
À família enlutada, nossa solidariedade e preces.
Lusmar Paz e Família!
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FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA
Neste dia da Sagrada Família, celebramos em comunhão com todas as nossas famílias. Elas são convidadas a imitar e encarnar os valores propostos pela família de Jesus, Maria e José. A Sagrada Família é exemplo de obediência à vontade de Deus.
Nossa Homenagem às Famílias
Famílias Consagradas:
Brasil mais Cristão!
Oração de Consagração das Famílias
Queremos consagrar-Vos, hoje e para sempre, a nossa família e implorar Vossas bênçãos sobre ela.
CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!
O
nosso lar Vos pertence. Fazei nele Vosso trono e reinai em nossos
corações. Participai de nossa mesa e abençoai o nosso pão de cada dia.
Que ele seja suficiente para nós e ainda nos permita fazer o milagre da
partilha com os irmãos.
CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!
Sede
no meio de nós o amigo íntimo, o irmão e o companheiro de todas as
horas. Cada um de nós, tudo o que somos ou temos, Vos pertence. Daí-nos a
graça da fidelidade no discipulado, e que nossa alegria seja fazer a
Vontade do Pai.
CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!
Pedimos
também, ó Jesus que Vossa Mãe nos assista como filhos e filhas e
abençoe o nosso lar, como fez feliz o lar de Nazaré. Fazei o nosso
coração semelhante ao Vosso e dai-nos a paz e a vida eterna.
CORAÇÃO DE JESUS, consagramos nossa família à Vós!
Fonte de Pesquisa: Revista Brasil Cristão – Junho 2008
Revista Mensal da Associação do Senhor Jesus.
Um
ano no qual o Cristianismo foi desafiado, mais que nunca, a resistir ao
bombardeamento de tantos atentados contra a vida. O amor foi e sempre
será a resposta que a Igreja deve escolher.
O Papa pediu aos jovens que não sucumbissem à manipulação, mas que
tivessem a coragem de fazer escolhas. Viagens apostólicas tiveram espaço
relevante nas mídias. Uma Igreja viva e atuante tendo à frente Bento
XVI, o único Papa na história a beatificar seu predecessor.
Momento marcante para todos aqueles que de alguma forma foram alcançados pelo Pontificado do saudoso João Paulo II: “E
o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor:
João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa
fé apostólica“. Quando Bento XVI pronunciou essas palavras, a Praça de São Pedro estremeceu no Domingo da Misericórdia, dia 1º de maio.João Paulo II ensinou aos cristãos de todo o mundo e a não
cristãos também que é a ‘verdade quem garante a liberdade’. No rosto
marcado pela dor, ele se doou completamente sem ter medo de mostrar sua
fraqueza, pois entendeu que é nos momentos de maior sofrimento que o
amor é mais presente.
O Pontífice polonês esteve na nação brasileira quatro vezes e
conheceu de perto a fé do nosso povo e também as lutas para manter viva a
‘Vida’. Hoje o maior país católico do planeta assiste a um verdadeiro
massacre contra a Vida.
No Brasil o aborto é tipificado como crime contra a vida pelo Código
Penal, porém, há quem vá às ruas e lute para que ele seja legalizado. No
ano de 2010, uma pesquisa conduzida pela Universidade de Brasília (DF)
revelou que mais de cinco milhões de mulheres brasileiras já abortaram.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
em sua 49ª Assembleia em maio deste ano, deu atenção especial a essa
ameaça contra a Vida: “Juntos, unidos num só coração, esforcemo-nos pela
conquista de um Brasil sem aborto, sob a proteção de Maria, que deu seu
Sim à vida”. Este foi o apelo feito pela CNBB, em uma moção de apoio à
Frente Parlamentar Mista contra o Aborto, afirmando que todo o trabalho
desenvolvido por ela [Frente Parlamentar], composta por políticos
brasileiros de vários credos e partidos, “é digno da nossa admiração e
incentivo”.
Os prelados também reiteraram o compromisso da CNBB com a causa
indígena. Hoje, no Brasil, vivem mais de 800 mil índios, cerca de 0,4%
da população brasileira; quase todos em condições precárias e
marginalizados. Os povos indígenas enfrentam os desafios do mundo
moderno e lutam por melhores condições no atendimento de saúde e de
educação e para manter sua cultura viva.
O país, hoje em pleno desenvolvimento com uma economia crescente, mas
ainda com tantos desafios pela frente, foi presenteado com uma beata, cuja vida foi totalmente dedicada aos mais pobres: “Salve! Salve! Salve, Irmã Dulce do amor”.
Enquanto o hino da religiosa era entoado, o Cardeal Dom Geraldo
Majella, representante do Papa Bento XVI na cerimônia, proclamava-a
beata. Cerca de 70 mil fiéis acompanharam, emocionados, o evento
no Parque de Exposições de Salvador (BA), munidos de faixas, lenços
brancos e imagens da freira. A partir desse domingo, a religiosa
passaria a ser chamada ‘Bem-Aventurada Dulce dos pobres’.
Num olhar para o mundo vemos as várias viagens apostólicas realizadas
pelo Santo Padre o Papa Bento XVI. Uma das mais marcantes foi a ida à Croácia,
onde manifestou a sua preocupação pela defesa da herança e da mensagem
cristã na Europa: “Infelizmente temos de constatar, sobretudo na Europa,
o aumento de uma secularização que leva a deixar Deus à margem da vida e
a uma crescente desagregação da família”, alertou o Sumo Pontífice em
sua homilia.
*Nota: No laicismo europeu, tem-se argumentado que o secularismo é
um movimento em direção à modernização, longe de valores religiosos.
O Santo Padre tem exortado os fiéis a “render generosamente a sua
formação, guiados pelos princípios da Doutrina Social da Igreja, por uma
autêntica laicidade, a justiça social, a defesa da vida e da família, a
liberdade religiosa e educativa”.
Na mesma Europa, no mês de julho, jovens de todos os Continentes testemunharam sua fé em Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Jornada Mundial da Juventude, maior evento juvenil da Igreja, criado por João Paulo II em 1986.
Seis dias de muita festa, manifestação de fé e testemunho para todo o mundo. Assim foi a 26ª edição da JMJ em Madri,
na Espanha, que teve como tema: “Enraizados e edificados em Cristo,
firmes na fé”. Na ocasião, o Papa pediu aos jovens que não cedessem à
“tentação de ir «por conta própria» ou de viver a fé segundo a
mentalidade individualista, que predomina na sociedade”.
Um momento marcante de explosão ocorreu durante o anúncio da sede da
próxima edição da jornada em 2013: Rio de Janeiro, Brasil, quando Sua
Santidade pronunciou as seguintes palavras: “Compraz-me agora anunciar
que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude será o Rio de
Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com Sua força quantos
hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro
para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade
brasileira”, anunciou o Pontífice na Santa Missa de encerramento da JMJ
2011.
Nossa pátria já está preparando os fiéis para esta grande celebração
de unidade da Igreja de Cristo com a visita da cruz peregrina e do ícone
de Nossa Senhora, símbolos da JMJ, às dioceses brasileiras num grande
evento chamado “Bote Fé”, que reúne milhares de pessoas.
As mídias sociais ligadas a estes momentos têm dado visibilidade, em
âmbito mundial, à manifestação da fé dos jovens da Terra de Santa Cruz.
Esta estatística só confirma as discussões realizadas no 7º Mutirão
Brasileiro de Comunicação, o Multicom,
realizado no mês de julho na cidade que sediará a JMJ. Na ocasião, o
presidente do Pontifício Conselho da Comunicação Social, Dom Claudio
Maria Celli, afirmou que “o desafio das novas tecnologias foi aceito pelos membros da comunidade católica que trabalham com os meios de comunicação”.
De ouvidos atentos à voz do Sucessor de Pedro temos nos mantido
vigilantes, a cada visita apostólica, aos direcionamentos dele não só
para a Igreja local, mas para todos aqueles que são o rebanho desse
pastoreio. Em visita à sua terra natal, Alemanha, o Santo Padre encontrou-se com luteranos, ortodoxos, muçulmanos, autoridades civis e os fiéis católicos alemães e declarou: “Onde
Deus está presente, há esperança e abrem-se perspectivas novas e,
frequentemente, inesperadas que vão para além do hoje e das coisas
efêmeras”.
Em Assis,
na Itália, no evento que marcou os 25 anos do encontro similar, a
Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo, Bento
XVI disse que “este evento foi uma imagem do quanto a dimensão
espiritual é o elemento-chave na construção da paz. Através dessa
peregrinação única nós pudemos nos engajar num fraternal diálogo, para
aprofundar nossa amizade, e vir juntos em silêncio e oração”.
Em Benin, na África, ele chamou a atenção das autoridades políticas: “Não priveis os vossos povos da esperança! Não amputeis o seu futuro, mutilando o seu presente”. Um
Papa de olhos atentos ao mundo, no atentado contra cristãos na Nigéria,
África, bem no dia de Natal, Bento XVI exortou todos a escutarem a “voz dos que não têm voz” em sua mensagem de Natal “Urbi et Orbi”
(para a cidade e para o mundo). O Pontífice de 84 anos pronunciou sua
mensagem e pediu por mais ajuda para aqueles que passam fome no
Continente Africano e pelos atingidos por enchentes na Tailândia e nas
Filipinas.
Uma Igreja capaz de dar a vida, no último 18 de dezembro, foi
realizada a cerimônia em que o Arcebispo de Kirkuk, no Iraque, Dom Louis
Sako, abençoou o monumento que homenageia 36 mártires cristãos da
cidade, no norte do país. O memorial traz gravados os nomes de todos os
cristãos que morreram durante os oito anos de guerra civil no país, após
a intervenção dos Estados Unidos em março de 2003.
De fato, o ano foi marcado pela perseverança e pela fé de muitos em
amar, acreditar, doar a vida num compromisso sério com o próximo.
Assista ao documentário sobre a vida do beato João Paulo II
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Leonardo Meira
O ano de 2011 foi extremamente intenso para o Papa Bento XVI.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi,
traça um balanço deste ano a partir do prisma das viagens internacionais
do Santo Padre e de alguns dos acontecimentos marcantes do ministério
petrino.
Padre Federico Lombardi – As viagens internacionais são sempre pontos de referência na agenda do Papa durante o ano. Gostaria de começar recordando as duas viagens no meio do ano, aquelas à Alemanha e à Espanha. À Alemanha, antes de tudo, porque destacou a preocupação do Papa de falar sobre Deus e fazer referência ao primado de Deus na sociedade, em vias de secularização, no contexto europeu e, em particular, no seu país. Era uma viagem esperada, extremamente importante e, creio, que o discurso do Papa ao Parlamento em Berlim permaneça um dos grandes discursos do Pontificado, fazendo compreender, a um auditório muito amplo, a importância da referência a Deus como saudável fundamento e ponto de referência da convivência humana, dos valores fundamentais da convivência e da proteção da dignidade do homem.
Esse tema do primado de Deus dominou, de certa forma, a viagem à Alemanha, mas no contexto da secularização. Já na Espanha, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que precedeu a viagem à Alemanha, houve a grande experiência da vitalidade da fé, do seu futuro. O Papa releu com muita profundidade essa viagem à Espanha no último discurso que fez à Cúria, pouco antes do Natal. E indicou, nas suas reflexões, o que significa anunciar e como anunciar de um modo novo e vital o ser cristãos. Portanto, da JMJ o Papa colheu as indicações vivas para a nova evangelização do mundo.
Assim, enquanto a Alemanha pareceu-me uma admoestação a conservar os valores fundamentais de referência em uma época, em um mundo que está em fase de secularização, a Jornada Mundial da Juventude indiciou o lado positivo da presença anunciadora e viva da Igreja no mundo de hoje.
Rádio Vaticano – Houve depois a viagem ao Benin...
Padre Lombardi – Sim, a viagem ao Benin foi um dos eventos fundamentais deste ano, também porque coincidiu com a apresentação, ao continente africano, do documento final do Sínodo para a África. Um documento que é belíssimo, claro e simples. Diversos comentaristas – também não católicos – o indicaram como um dos mais belos documentos que existem, hoje, para o Continente africano: tratando com amplitude de horizontes os seus problemas, e indicando com confiança os motivos de esperança realista com base nos quais ir ao encontro do futuro, reconhecendo a dignidade dos africanos. E esse foi também o clima em que se desenvolveu a viagem.
O Papa foi atingido pela alegria, pela vitalidade deste povo que o acolheu. Um povo que vive em dificuldade, que é pobre, que tem certamente sofrimentos e grandes problemas, mas que manifesta uma capacidade de olhar adiante e apreciar a alegria de viver. Portanto, esta viagem indicou muito eficazmente a capacidade da Igreja Católica hoje de falar ao continente africano sendo uma parte dele, não uma Igreja estranha à África: não mais uma Igreja que fala para a África a partir da Europa, mas que fala à África na África e da África.
Esse sentido de solidariedade, de acolhida, de alegria, de participação que o Papa viveu em meio aos africanos, expressam muito bem aquilo que se manifesta no documento. Portanto, diria que esse é um dos sinais de esperança para o futuro da África e para o futuro da Igreja na África e do seu serviço para o Continente.
RV – Em Assis, o Papa relançou com força o tema do diálogo...
Padre Lombardi – Esse encontro de Assis era muito esperado. Sabemos que já faz tempo que se duvidava que o Papa Bento XVI retomaria as mensagens de Assis do seu predecessor, se não teria dado passos para trás... Na realidade, não foi uma simples repetição do passado em Assis, mas foi um passo adiante, a abertura de um novo horizonte, porque o Papa colheu – segundo o método de voltar aos pontos fundamentais – o tema da busca da verdade como unificante, e pôde convidar para Assis não somente os representantes de outras confissões cristãs ou das outras religiões, mas também os sinceros "buscadores da verdade", ainda que não reconheçam a um Deus. E isso foi um elemento muito importante, que fez sentir a comunhão que já existe entre aqueles que se referem a um Deus pessoal, mas fez sentir o mesmo também com relação àqueles que buscam – honestamente – a verdade. E essa foi uma mensagem extremamente bela, que se coloca em continuidade também com o tema do Átrio dos Gentios, que o Papa havia lançado precedentemente e que foi levado adiante com o compromisso da Igreja. Portanto, se se olha não somente os eventos do Papa, mas aqueles eclesiais, o tema do Átrio dos Gentios e os seus eventos foram um dos pontos importante da vida da Igreja neste ano. Ressalto também que o Papa teve outros importantíssimos momentos de caráter ecumênico e inter-religioso: pensemos nos encontros com os luteranos na Alemanha, centrados sobre o primado de Deus; ou pensemos no grande discurso no Benin às autoridades do país, em que o tema do diálogo inter-religioso foi tocado em profundidade, muito diretamente.
RV – Entre os documentos de 2011 está o Motu Proprio "Porta Fidei", através do qual o Papa proclamou o Ano da Fé, a partir de outubro de 2012. Portanto, um tema que se vincula à nova evangelização. Aqui recordamos também a Missa para a América Latina...
Padre Lombardi – De fato, temos, neste ano, alguns "ganchos" que já nos fazem olhar ansiosos para o próximo ano. A carta de proclamação do Ano da Fé é um desses ganchos: vincula-se a esse grande tema, que é um dos temas do Pontificado – a nova evangelização –, e ao Sínodo que acontecerá no próximo ano, no contexto também mais amplo que o Papa quis criar com o tema do Ano da Fé. Em breve, teremos também o subsídio preparado pela Congregação para a Doutrina da Fé, com sugestões pastorais sobre como preparar-se para o Ano da Fé. Portanto, devemos ver um caminho de preparação que terá um momento muito forte no Sínodo do próximo outono.
O outro evento que recordastes – a Missa pelo Bicentenário de independência de alguns países da América Latina – foi vinculada pelo Papa à sua próxima viagem, com o anúncio esperado e extremamente emocionante do seu desejo de viajar a Cuba e ao México na próxima primavera: será certamente um dos eventos-chave dos próximos meses.
RV – Entre as visitas significativas, também recordamos aquele recente à prisão de Rebibbia...
Padre Lombardi – No tempo do Natal, todos os anos, o Papa faz visitas de solidariedade, de caridade. Também nos anos passados houve visitas aos doentes terminais, às crianças hospitalizadas e assim por diante. Neste ano, foi a visita à prisão, que foi extremamente importante, emocionante e também extremamente espontânea, com o diálogo entre o Papa e os prisioneiros, que tocaram profundamente a todos. Aqui se vê como a Igreja, também deixando à sociedade civil todas as responsabilidades de caráter legislativo, organizacional dos problemas dramáticos, como aquele da justiça e da prisão, pode, no entanto, dar uma mensagem muito forte, muito viva e profunda no sentido da reconciliação, no sentido da esperança de uma reinserção também dos marginalizados na sociedade.
Esse é um ponto de que, creio, o mundo de hoje tenha extrema necessidade: ser convidado a recordar-se de que também quem errou não deve ser marginalizado ou eliminado da sociedade, mas a verdadeira e grande justiça cumpre-se quando o mal é superado pela reconciliação, pelo retorno pleno à convivência pacífica de todos aqueles que erraram e que foram excluídos.
RV – Houve também, em 2011, um evento particular: a ligação com a Estação Espacial Internacional. O Papa falou com os astronautas...
Padre Lombardi – Esse foi um evento do qual participei com muita intensidade, porque tive uma boa parte da responsabilidade – também técnica – de sua realização, e fui surpreendido pelo quanto os astronautas estavam desejosos desse encontro com o Papa. Foi praticamente a única vez em que todos os astronautas participaram juntos – eram 12 – de um link audiovisual com a Terra. Normalmente, fala apenas um com o seu presidente: desta vez, todos desejavam falar com o Papa, vê-lo e ouvi-lo.
Foi uma ocasião extraordinária em que o Papa demonstrou, com grande alegria e disponibilidade, a amizade da Igreja pela pesquisa científica e a técnica colocada à disposição do bem da humanidade: esse foi o significado desse grande encontro. Ou seja: a Igreja não tem medo da pesquisa e do progresso das ciências e da técnica, mas as vê com grande simpatia, recordando, no entanto, que devem ser destinadas para o bem da humanidade.
RV – Em 1º de maio passado houve o grande evento da Beatificação de João Paulo II...
Padre Lombardi – Os primeiros meses do ano passado foram um pouco catalisados pela expectativa desse evento extremamente importante, porque requeria a mobilização da Igreja universal. Diria que foi um evento vivido com grandíssima alegria, que expressou a fé da Igreja na vida do Beato conosco, isto é, que em João Paulo II manifesta-se verdadeiramente uma pessoa viva e presente no caminho da Igreja. Isso foi ouvido, vivido espontaneamente por uma quantidade grandíssima de fiéis, que, depois, vieram também encontrá-lo – simbolicamente – visitando a sua sepultura em São Pedro, e isso é algo que continua, porque João Paulo II continuará a estar presente.
A
Beatificação não é um ponto de chegada, mas, em certo sentido, é uma
etapa do caminho: muitos olham já à Canonização, pensando que
naturalmente ela chegará! Muitos, também independentemente disso, sentem
a relação com ele como extremamente confortante, de guia,
entusiasmante… E aqui gostaria de recordar que o Papa Bento convida-nos
sempre a sentir os Santos e os Beatos como os nossos companheiros de
caminho: portanto, João Paulo II é um pouco especial, porque foi
conhecido por todo o mundo. Mas todos os Santos e os Beatos que a Igreja
nos propõe são nossos acompanhantes na estrada da nossa vida na fé rumo
ao Senhor...
RV – Enfim, o Papa continuou a desempenhar o seu papel de catequista nos Angelus e Audiência Gerais, e não esqueçamos do segundo volume de "Jesus de Nazaré"...
Padre Lombardi – Bento XVI é uma pessoa que vive profundamente a sua vocação de mestre e de mestre não somente teológico, mas também espiritual. Admiro sempre imensamente essa síntese de doutrina e espiritualidade vivida, que se sente nas suas palavras e se lê nos seus escritos. Ensina com os Angelus, com as Catequeses – agora faz este ciclo sobre a oração, que é muito útil também exatamente para a nossa vida espiritual –; ensina com homilias maravilhosas nas grandes festas cristãs, e, para quem deseja aprofundamento maior, deu também um passo ulterior na realização dessa grande obra sobre Jesus que ele quis deixar-nos, um pouco verdadeiramente como testamento do seu amor por Cristo, do seu amor pessoal, da sua busca pessoal pelo rosto de Cristo. O livro deste ano é aquele dedicado à Paixão e à Ressurreição: evidentemente, o volume central da grande obra. Mas nós continuamos a esperar pelo terceiro volume, aquele sobre a infância, como finalização desta apresentação extraordinária, profunda, viva de Jesus para nós, hoje.
RV – Padre Lombardi, um balanço muito intenso este de 2011...
Padre Lombardi – Como todos os anos de cada Pontificado, evidentemente, porque a Igreja vive nos diversos Continentes, com perspectivas amplíssimas, afrontando problemas que a história nos apresenta...
Diria que o Papa Bento XVI verdadeiramente acompanhou-nos e guiou-nos, neste ano, com grandíssimas mensagens, com uma intensidade de ação e também com serenidade. Diria que talvez, com relação a outros anos precedentes – mais perturbados por fenômenos de crises ou de tensão –, este ano foi muito belo, positivo, de grande mensagens que nos fazem olhar adiante.
Um Ano-Novo de "paz" para o mundo!!!Sexta-feira, 30 de dezembro de 2011, 12h00
Ano intenso para o Papa: confira entrevista com padre Lombardi
Leonardo Meira
Da Redação, com informações da Rádio Vaticano (em italiano - tradução de CN Notícias)
L'Osservatore Romano
Encontro do Papa com os milhões de jovens reunidos em Madri para a JMJ foi um dos grandes eventos de 2011
Padre Federico Lombardi – As viagens internacionais são sempre pontos de referência na agenda do Papa durante o ano. Gostaria de começar recordando as duas viagens no meio do ano, aquelas à Alemanha e à Espanha. À Alemanha, antes de tudo, porque destacou a preocupação do Papa de falar sobre Deus e fazer referência ao primado de Deus na sociedade, em vias de secularização, no contexto europeu e, em particular, no seu país. Era uma viagem esperada, extremamente importante e, creio, que o discurso do Papa ao Parlamento em Berlim permaneça um dos grandes discursos do Pontificado, fazendo compreender, a um auditório muito amplo, a importância da referência a Deus como saudável fundamento e ponto de referência da convivência humana, dos valores fundamentais da convivência e da proteção da dignidade do homem.
Esse tema do primado de Deus dominou, de certa forma, a viagem à Alemanha, mas no contexto da secularização. Já na Espanha, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que precedeu a viagem à Alemanha, houve a grande experiência da vitalidade da fé, do seu futuro. O Papa releu com muita profundidade essa viagem à Espanha no último discurso que fez à Cúria, pouco antes do Natal. E indicou, nas suas reflexões, o que significa anunciar e como anunciar de um modo novo e vital o ser cristãos. Portanto, da JMJ o Papa colheu as indicações vivas para a nova evangelização do mundo.
Assim, enquanto a Alemanha pareceu-me uma admoestação a conservar os valores fundamentais de referência em uma época, em um mundo que está em fase de secularização, a Jornada Mundial da Juventude indiciou o lado positivo da presença anunciadora e viva da Igreja no mundo de hoje.
Rádio Vaticano – Houve depois a viagem ao Benin...
Padre Lombardi – Sim, a viagem ao Benin foi um dos eventos fundamentais deste ano, também porque coincidiu com a apresentação, ao continente africano, do documento final do Sínodo para a África. Um documento que é belíssimo, claro e simples. Diversos comentaristas – também não católicos – o indicaram como um dos mais belos documentos que existem, hoje, para o Continente africano: tratando com amplitude de horizontes os seus problemas, e indicando com confiança os motivos de esperança realista com base nos quais ir ao encontro do futuro, reconhecendo a dignidade dos africanos. E esse foi também o clima em que se desenvolveu a viagem.
O Papa foi atingido pela alegria, pela vitalidade deste povo que o acolheu. Um povo que vive em dificuldade, que é pobre, que tem certamente sofrimentos e grandes problemas, mas que manifesta uma capacidade de olhar adiante e apreciar a alegria de viver. Portanto, esta viagem indicou muito eficazmente a capacidade da Igreja Católica hoje de falar ao continente africano sendo uma parte dele, não uma Igreja estranha à África: não mais uma Igreja que fala para a África a partir da Europa, mas que fala à África na África e da África.
Esse sentido de solidariedade, de acolhida, de alegria, de participação que o Papa viveu em meio aos africanos, expressam muito bem aquilo que se manifesta no documento. Portanto, diria que esse é um dos sinais de esperança para o futuro da África e para o futuro da Igreja na África e do seu serviço para o Continente.
Montagem sobre fotos / Arquivo
Acima, Papa, líderes religiosos e não crentes reunidos na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis. Abaixo, Bento XVI no Bundestag, o Parlamento Alemão
Padre Lombardi – Esse encontro de Assis era muito esperado. Sabemos que já faz tempo que se duvidava que o Papa Bento XVI retomaria as mensagens de Assis do seu predecessor, se não teria dado passos para trás... Na realidade, não foi uma simples repetição do passado em Assis, mas foi um passo adiante, a abertura de um novo horizonte, porque o Papa colheu – segundo o método de voltar aos pontos fundamentais – o tema da busca da verdade como unificante, e pôde convidar para Assis não somente os representantes de outras confissões cristãs ou das outras religiões, mas também os sinceros "buscadores da verdade", ainda que não reconheçam a um Deus. E isso foi um elemento muito importante, que fez sentir a comunhão que já existe entre aqueles que se referem a um Deus pessoal, mas fez sentir o mesmo também com relação àqueles que buscam – honestamente – a verdade. E essa foi uma mensagem extremamente bela, que se coloca em continuidade também com o tema do Átrio dos Gentios, que o Papa havia lançado precedentemente e que foi levado adiante com o compromisso da Igreja. Portanto, se se olha não somente os eventos do Papa, mas aqueles eclesiais, o tema do Átrio dos Gentios e os seus eventos foram um dos pontos importante da vida da Igreja neste ano. Ressalto também que o Papa teve outros importantíssimos momentos de caráter ecumênico e inter-religioso: pensemos nos encontros com os luteranos na Alemanha, centrados sobre o primado de Deus; ou pensemos no grande discurso no Benin às autoridades do país, em que o tema do diálogo inter-religioso foi tocado em profundidade, muito diretamente.
RV – Entre os documentos de 2011 está o Motu Proprio "Porta Fidei", através do qual o Papa proclamou o Ano da Fé, a partir de outubro de 2012. Portanto, um tema que se vincula à nova evangelização. Aqui recordamos também a Missa para a América Latina...
Padre Lombardi – De fato, temos, neste ano, alguns "ganchos" que já nos fazem olhar ansiosos para o próximo ano. A carta de proclamação do Ano da Fé é um desses ganchos: vincula-se a esse grande tema, que é um dos temas do Pontificado – a nova evangelização –, e ao Sínodo que acontecerá no próximo ano, no contexto também mais amplo que o Papa quis criar com o tema do Ano da Fé. Em breve, teremos também o subsídio preparado pela Congregação para a Doutrina da Fé, com sugestões pastorais sobre como preparar-se para o Ano da Fé. Portanto, devemos ver um caminho de preparação que terá um momento muito forte no Sínodo do próximo outono.
O outro evento que recordastes – a Missa pelo Bicentenário de independência de alguns países da América Latina – foi vinculada pelo Papa à sua próxima viagem, com o anúncio esperado e extremamente emocionante do seu desejo de viajar a Cuba e ao México na próxima primavera: será certamente um dos eventos-chave dos próximos meses.
Montagem sobre fotos / Arquivo
Santo
Padre conversa com astronautas da ISS (acima). Bispo de Roma também
visitou prisioneiros no complexo de Rebibbia, na periferia de Roma
(abaixo)
Padre Lombardi – No tempo do Natal, todos os anos, o Papa faz visitas de solidariedade, de caridade. Também nos anos passados houve visitas aos doentes terminais, às crianças hospitalizadas e assim por diante. Neste ano, foi a visita à prisão, que foi extremamente importante, emocionante e também extremamente espontânea, com o diálogo entre o Papa e os prisioneiros, que tocaram profundamente a todos. Aqui se vê como a Igreja, também deixando à sociedade civil todas as responsabilidades de caráter legislativo, organizacional dos problemas dramáticos, como aquele da justiça e da prisão, pode, no entanto, dar uma mensagem muito forte, muito viva e profunda no sentido da reconciliação, no sentido da esperança de uma reinserção também dos marginalizados na sociedade.
Esse é um ponto de que, creio, o mundo de hoje tenha extrema necessidade: ser convidado a recordar-se de que também quem errou não deve ser marginalizado ou eliminado da sociedade, mas a verdadeira e grande justiça cumpre-se quando o mal é superado pela reconciliação, pelo retorno pleno à convivência pacífica de todos aqueles que erraram e que foram excluídos.
RV – Houve também, em 2011, um evento particular: a ligação com a Estação Espacial Internacional. O Papa falou com os astronautas...
Padre Lombardi – Esse foi um evento do qual participei com muita intensidade, porque tive uma boa parte da responsabilidade – também técnica – de sua realização, e fui surpreendido pelo quanto os astronautas estavam desejosos desse encontro com o Papa. Foi praticamente a única vez em que todos os astronautas participaram juntos – eram 12 – de um link audiovisual com a Terra. Normalmente, fala apenas um com o seu presidente: desta vez, todos desejavam falar com o Papa, vê-lo e ouvi-lo.
Foi uma ocasião extraordinária em que o Papa demonstrou, com grande alegria e disponibilidade, a amizade da Igreja pela pesquisa científica e a técnica colocada à disposição do bem da humanidade: esse foi o significado desse grande encontro. Ou seja: a Igreja não tem medo da pesquisa e do progresso das ciências e da técnica, mas as vê com grande simpatia, recordando, no entanto, que devem ser destinadas para o bem da humanidade.
RV – Em 1º de maio passado houve o grande evento da Beatificação de João Paulo II...
Padre Lombardi – Os primeiros meses do ano passado foram um pouco catalisados pela expectativa desse evento extremamente importante, porque requeria a mobilização da Igreja universal. Diria que foi um evento vivido com grandíssima alegria, que expressou a fé da Igreja na vida do Beato conosco, isto é, que em João Paulo II manifesta-se verdadeiramente uma pessoa viva e presente no caminho da Igreja. Isso foi ouvido, vivido espontaneamente por uma quantidade grandíssima de fiéis, que, depois, vieram também encontrá-lo – simbolicamente – visitando a sua sepultura em São Pedro, e isso é algo que continua, porque João Paulo II continuará a estar presente.
L'Osservatore Romano
Bento XVI preside Missa com a Canonização de João Paulo II na Praça de São Pedro
RV – Enfim, o Papa continuou a desempenhar o seu papel de catequista nos Angelus e Audiência Gerais, e não esqueçamos do segundo volume de "Jesus de Nazaré"...
Padre Lombardi – Bento XVI é uma pessoa que vive profundamente a sua vocação de mestre e de mestre não somente teológico, mas também espiritual. Admiro sempre imensamente essa síntese de doutrina e espiritualidade vivida, que se sente nas suas palavras e se lê nos seus escritos. Ensina com os Angelus, com as Catequeses – agora faz este ciclo sobre a oração, que é muito útil também exatamente para a nossa vida espiritual –; ensina com homilias maravilhosas nas grandes festas cristãs, e, para quem deseja aprofundamento maior, deu também um passo ulterior na realização dessa grande obra sobre Jesus que ele quis deixar-nos, um pouco verdadeiramente como testamento do seu amor por Cristo, do seu amor pessoal, da sua busca pessoal pelo rosto de Cristo. O livro deste ano é aquele dedicado à Paixão e à Ressurreição: evidentemente, o volume central da grande obra. Mas nós continuamos a esperar pelo terceiro volume, aquele sobre a infância, como finalização desta apresentação extraordinária, profunda, viva de Jesus para nós, hoje.
RV – Padre Lombardi, um balanço muito intenso este de 2011...
Padre Lombardi – Como todos os anos de cada Pontificado, evidentemente, porque a Igreja vive nos diversos Continentes, com perspectivas amplíssimas, afrontando problemas que a história nos apresenta...
Diria que o Papa Bento XVI verdadeiramente acompanhou-nos e guiou-nos, neste ano, com grandíssimas mensagens, com uma intensidade de ação e também com serenidade. Diria que talvez, com relação a outros anos precedentes – mais perturbados por fenômenos de crises ou de tensão –, este ano foi muito belo, positivo, de grande mensagens que nos fazem olhar adiante.
Vejam as matérias publicadas neste dia 28.12.2011.
1º) Família deve ser escola de oração (Síntese).
2º) É difícil preencher vazio da falta de oração em família, diz Papa.
2º) É difícil preencher vazio da falta de oração em família, diz Papa.
3º) Retrospectiva: os caminhos de Bento XVI em 2011.
4º) 2012 e o fim do mundo.
5º ) Igreja Católica comemora 50 anos da Convocação do Concílio Vaticano II.
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(Quarta-Feira, 28 de Dezembro de 2011)
Bento XVI defendeu que se uma criança
não aprende a rezar em família, este vazio será difícil de preencher depois ,
na última audiência geral de 2011. O Papa lembrou que Jesus aprendeu a alternar
oração e trabalho, e a oferecer a Deus o suor e cansaço para ganhar o pão de
cada dia .
Perante sete mil pessoas congregadas
na Sala Paulo VI, no Vaticano, Bento XVI apresentou o exemplo da casa de Nazaré
como escola de oração, um modelo para os cristãos. Através da oração
tornamo-nos capazes de nos abeirarmos de Deus com intimidade e profundidade ,
referiu o Santo Padre. Convido-vos a refletir sobre a oração na vida da Sagrada
Família de Nazaré, tomando por modelo Jesus, Maria e José , afirmou o
Pontífice.
Fonte: Fátima Missionária
Pastoral da Comunicação
Site: Paróquia de Santo Afonso –
Fortaleza-CE.
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Ricardo Gaiotti (@ricardogaiotti)
Missionário da Comunidade Canção Nova
26/12/2011 - 00h00
Tags: Concílio Vaticano II Igreja católica concilio João XXIII
Fonte de Pesquisa: Site Canção Nova
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É DIFÍCIL PREENCHER VAZIO DA FALTA DE ORAÇÃO EM FAMÍLIA, DIZ
PAPA
Quarta-Feira, 28 de Dezembro de 2011
O Papa Bento XVI
falou sobre a oração na Sagrada Família de Nazaré na Catequese desta
quarta-feira, 28. Foi o último encontro das quartas-feiras, neste ano, entre o
Pontífice e os peregrinos.
"A Sagrada
Família é ícone da Igreja doméstica, chamada a rezar em união. A família é
Igreja doméstica e deve ser primeira escola de oração. [...] Uma educação
autenticamente cristã não pode prescindir da experiência de oração. Se não se
aprende a rezar em família, será depois difícil preencher esse vazio. E, portanto,
gostaria de dirigir a vós o convite a redescobrir a beleza de rezar juntos como
família, na escola da Sagrada Família de Nazaré. E, assim, tornar-vos realmente
um só coração e uma só alma, uma verdadeira família", destaca.
Nessa perspectiva, a
família cristã reza na intimidade doméstica, "mas reza também junto com a
comunidade, reconhecendo-se parte do Povo de Deus em caminho".
O Santo Padre
destacou que a Família de Nazaré é o primeiro modelo da Igreja em que, em torno
da presença de Jesus e graças à sua mediação, vivem todos a relação filial com
Deus Pai, que transforma também as relações interpessoais e humanas.
O Bispo de Roma
ressaltou que é através da oração que nos tornamos capazes de aproximarmo-nos
de Deus com intimidade e profundidade.
"A Casa de
Nazaré, de fato, é uma Escola de Oração, onde se aprende a escutar, a meditar,
a penetrar o significado profundo da manifestação do Filho de Deus, através do
exemplo de Maria, José e Jesus. [...] Na Escola da Sagrada Família, nós
compreendemos porque devemos ter uma disciplina espiritual, se queremos chegar
a ser alunos do Evangelho e discípulos de Cristo", explicou.
Maria, José e "Pai"
Maria é o modelo
insuperável da contemplação de Cristo, pois o é no seu ventre que o Filho se
formou e tomou dela também uma semelhança humana. "À contemplação de
Jesus, ninguém se dedicou com tanta assiduidade quanto Maria. As lembranças de
Jesus, fixadas na sua mente e no seu coração, marcaram cada instante da
existência de Maria. Ela vive com os olhos sobre Cristo e valoriza cada uma de
Suas palavras. [...] A atitude de Maria diante do Mistério da Encarnação,
atitude que se prolongará em toda a sua existência: conservar todas as coisas,
meditando-as no seu coração".
A capacidade de Maria
de viver do olhar de Deus é contagiante. O primeiro a fazer tal experiência é
São José.
"O Evangelho,
como sabemos, não conservou nenhuma palavra de José: a sua é uma presença
silenciosa, mas fiel, constante, operosa. [...] Assim, no ritmo das jornadas
transcorridas em Nazaré, entre a simples casa e a oficina de José, Jesus
aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também o cansaço
para ganhar o pão necessário à família".
Outro episódio que vê
a Sagrada Família de Nazaré reunida em um evento de oração é quando Jesus, aos
doze anos, dirige-se com os seus pais ao Templo de Jerusalém.
" Por que me
procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? (Lc 2,49).
Após três dias de busca, os seus pais encontram-No no Templo, sentado entre os
Mestres, que o escutavam e interrogavam (cf. 2,46). À pergunta sobre o porquê
fez isso com seu pai e sua mãe, Ele responde que fez somente aquilo que deve
fazer o Filho, isto é, estar junto ao Pai. Assim, Ele indica quem é o
verdadeiro Pai, qual é a verdadeira casa, que Ele não fez nada de estranho, de
desobediente. Permaneceu onde deve estar o Filho, isto é, junto ao Pai, e
sublinhou quem é o seu Pai", explica Bento XVI.
Assim, a palavra
"Pai" abre o mistério e é a chave do mistério de Cristo, que é o
Filho, e abre também a chave do mistério nosso como cristãos, que somos filhos
no Filho.
"Ao mesmo tempo,
Jesus ensina-nos como ser filhos, exatamente no estar com o Pai em oração. O
mistério cristológico, o mistério da existência cristã está intimamente ligado,
fundado naoração".
A audiência
O encontro do Santo
Padre com os cerca de 8 mil fiéis reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano,
aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 7h30 no horário de Brasília). A reflexão
faz parte da "Escola de Oração", iniciada pelo Papa na Catequese de 4
de maio. O Pontífice iniciou uma nova seção,
dedicada a Jesus e sua oração, na Catequese de 30 de novembro.
Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:
"Amados
peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga, vendo a vossa presença
como a ocasião propícia para confiar ao Pai do Céu as vossas famílias e os
sonhos de bem que abrigam no coração. Recebei, como penhor de paz e consolação,
a minha Bênção Apostólica".
Fonte:
Canção Nova
Pastoral da Comunicação
Retrospectiva: os caminhos de Bento XVI em 2011
Quarta-Feira, 28 de
Dezembro de 2011
Joseph Ratzinger caminha para
concluir o sétimo ano de Pontificado. Eleito à Cátedra de Pedro em 19 de abril
de 2005, após a morte de João Paulo II, este ano Bento XVI beatificou seu
antecessor, num evento que marcou a história da Igreja Católica este ano e
reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na Praça São Pedro, no dia 1º de maio.
– Dirijo uma cordial saudação aos
peregrinos de língua portuguesa, de modo especial aos Cardeais, Bispos,
sacerdotes, religiosos e religiosas, e numerosos fiéis, bem como às Delegações
oficiais dos países lusófonos vindos para a Beatificação do Papa João Paulo II.
A todos desejo a abundância dos dons do Céu por intercessão do novo Beato, cujo
testemunho deve continuar a ressoar nos vossos corações e nos vossos lábios,
repetindo como ele no início do seu pontificado: “Não tenhais medo! Abri as
portas, melhor, escancarai as portas a Cristo”.
Ainda na Itália, Bento XVI foi à
Veneza, San Marino, Ancora, Lamezia Terme e Assis. No Vaticano, durante às
quartas-feiras e nos domingos, dividiu com os peregrinos a Palavra nas
audiências gerais e na oração do Angelus. Esses dois encontros são especiais
para os brasileiros. É o momento em que eles podem ouvir o Papa em português.
Em 2011, o Bispo de Roma completou 84
anos de vida. Nascido em Marktl am Inn, na Alemanha, em 1927, Bento XVI também
viveu seu aniversário de 60 anos de ordenação sacerdotal. Porém, a missão do
Papa vai muito além de datas comemorativas. Bento XVI levou a Palavra de Cristo
em diversas viagens apostólicas, à Itália e ao exterior, e fez história ao ser
o primeiro Papa a discursar no Bundestag, o Parlamento Alemão.
– O convite para pronunciar este
discurso foi-me dirigido como Papa, como Bispo de Roma, que carrega a
responsabilidade suprema da Igreja Católica. Deste modo, vós reconheceis o
papel que compete à Santa Sé como parceira no seio da Comunidade dos Povos e
dos Estados. Na base desta minha responsabilidade internacional, quero
propor-vos algumas considerações sobre os fundamentos do Estado liberal de
direito.
Além da Alemanha, Bento XVI também
foi à Croácia e ao Benim, sua última viagem apostólica em 2011. Na Croácia,
incentivou a entrada do País balcânico na União Europeia. Já na África,
entregou a Exortação Apostólica Africae Munus, o Compromisso da África. Um dos
momentos mais envolventes dessa segunda viagem de Bento XVI à África foi o
encontro com as crianças.
– E o que é a oração? É um grito de
amor lançado para Deus, nosso Pai, com a vontade de imitar Jesus, nosso Irmão.
Jesus retirava-Se sozinho para rezar. Como Jesus, posso também eu encontrar
cada dia um lugar calmo onde me recolho diante duma cruz ou duma imagem sagrada
para falar a Jesus e escutá-Lo”.
Em Madri, na Espanha, durante a
Jornada Mundial da Juventude, enfrentou junto com os milhões de jovens as
adversidades da natureza. Nem mesmo o vento e a chuva esfriaram a fé dos
jovens, que em Madri ouviram o Papa anunciar aquele que será um momento
histórico para o Brasil em 2013: a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de
Janeiro, entre 23 e 28 de julho.
– Compraz-me agora anunciar que a
sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro.
Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la
em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar
a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira.
Em 31 de outubro, durante a apresentação
das credenciais do novo embaixador brasileiro junto à Santa Sé, Almir Franco de
Sá Barbuda, Bento XVI recordou quando esteve no Brasil, em 2007 – Deixo aqui
minhas orações pela prosperidade e bem-estar de todos os brasileiros, cujo
carinho experimentado na minha visita pastoral de 2007 permanece indelével nas
minhas lembranças. Registro com vivo apreço e profundo reconhecimento a
disponibilidade manifestada pelas diversas esferas governamentais da Nação, bem
como da sua Representação diplomática junto da Santa Sé, para apoiar a XXVIII
Jornada Mundial da Juventude que se realizará, se Deus quiser, em 2013 no Rio
de Janeiro.
Outro fato marcante - e inédito - foi
a Missa presidida e requirida pelo Papa para a América Latina, celebrada na
Basílica de São Pedro, em português e espanhol, no dia 12 de dezembro, dia de
Nossa Senhora de Guadalupe, a Padroeira da América.
– Atualmente, enquanto se comemora em
diversos lugares da América Latina o Bicentenário da sua independência, o
caminho da integração nesse querido continente progride, enquanto se sente o
seu novo protagonismo emergente no cenário mundial.
Para 2012, já foram confirmadas duas
viagens apostólicas internacionais: Cuba e México.
di Rafael Belincanta
Fonte: CNBB
Pastoral da Comunicação
Retirado do Site: Paróquia de Santo Afonso –
Fortaleza-CE.
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Iniciamos o ano de 2012. Ano frequentemente
presente nos últimos meses na grande mídia (páginas web, redes sociais, e
inclusive nas telas de cinema), especialmente por conta de supostas
profecias que preveriam o fim do mundo para os seus dias. A esta data se
chegou por intermédio de um complexo emaranhado de conjecturas que
levariam a crer que o fim dos tempos coincidiria com o fim do calendário
Maia, ou seja, em dezembro deste ano.
Afinal, há real motivo para nos preocuparmos?
Em primeiro lugar, há que se dizer que tais supostas profecias não constituem novidades na história da humanidade. Ao longo dos séculos foram muitos os pseudoprofetas que alardearam um fim do mundo iminente gerando grande inquietação entre os mais crédulos. Perderíamos a conta se fôssemos averiguar quantas vezes o “mundo já acabou”. Na própria época em que o Senhor estava em carne mortal em meio a nós, já existiam tais suposições. A resposta de Cristo? “Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13,32).
Um cristão não deve se preocupar com estas supostas previsões, pois o mesmo Senhor, que nos revelou todo o necessário para nossa salvação e felicidade, quis preservar no mistério de Deus o dia e a hora em que este mundo teria fim. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica (cf. n. 65), em Cristo o Pai nos disse tudo. Não haverá outra revelação além dessa. E o grande doutor místico espanhol, São João da Cruz, afirmava em sua “Subida ao Monte Carmelo”: «Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra - e não tem outra – [Deus] disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou novidade».
O Magistério da Igreja, seguindo os passos de seu Fundador, decretou em 1516, no V Concílio de Latrão: “Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão, incumbidos da pregação, que de modo nenhum presumam afirmar ou apregoar determinado juízo. Com efeito, a Verdade diz: 'Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por Sua própria autoridade'. Consta que os que até hoje ousaram afirmar tais coisas mentiram e, por causa deles, não pouco sofreu a autoridade daqueles que pregam com retidão. Ninguém ouse predizer o futuro apelando para a Sagrada Escritura, nem afirmar o que quer que seja, como se o tivesse recebido do Espírito Santo ou de revelação particular, nem ouse apoiar-se sobre conjecturas vãs ou despropositadas. Cada qual deve, segundo o preceito divino, pregar o Evangelho a toda criatura, aprender a detestar o vício, recomendar e ensinar a prática das virtudes, a paz e a caridade mútua, tão recomendada por nosso Redentor.”
Sabemos, pela fé, que este mundo não é definitivo, e cremos, como rezamos frequentemente no Símbolo Apostólico, que o Senhor voltará glorioso para julgar vivos e mortos. E qual deve ser nossa atitude enquanto Ele não aparece em Sua glória? É o próprio Senhor quem nos responde: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24,42). Essa deve ser, portanto, a nossa atitude: a de espera. É justamente por isso que o fim do mundo jamais deverá surpreender a um fiel cristão, que não pode temer nem a vida, nem a morte. Para ele, o fim do mundo não será uma surpresa, pois ele o espera. Espera ansiosamente o encontro final com o Senhor de sua vida, a alegria sem fim, fruto da contemplação face a face do Amado de nossas almas. Os primeiros cristãos, nossos pais na fé, desejavam ardentemente essa vinda do Senhor ao suplicarem: "Vem, Senhor Jesus!" (cf. Ap 22,20).
A esperança cristã, no entanto, não nos faz desentendermos das coisas desta terra. Ao contrário, pelo fato de esperamos novos céus e nova terra, trabalhamos intensamente para estar preparados para este dia. Diante da consciência de que este mundo - tal qual conhecemos - não durará para sempre, somos interpelados a aproveitar ao máximo cada segundo que a paciência de Deus nos concede, para nos convertermos à Sua santa vontade. Na realização livre dos planos que o Todo-poderoso sonhou desde sempre para cada um de nós está a nossa felicidade, e, em definitiva, é só isso o que importa: querer o querer de Deus.
Certa vez os amigos de um jovem santo - dizem que foi São Luiz Gonzaga - perguntavam entre si o que fariam se soubessem que o mundo acabaria naquele exato momento. As respostas foram muitas: um buscaria confessar-se o quanto antes, o outro procuraria reconciliar-se com os seus familiares, etc. A resposta do santo? “Continuaria jogando, como estou fazendo agora”. Essa tranquilidade é consequência de saber-se em cada momento na vontade de Deus. Quem nela está não se preocupa se o mundo terminará hoje ou amanhã, pois em cada momento está preparado, esperando ansiosamente o encontro último com seu Senhor.
Padre Demétrio Gomes
Diretor do Instituto Filosófico e Teológico do
Seminário Arquidiocesano São José de Niterói -----------------------------------------------------------------------
Formações
2012 e o 'fim do mundo'
Qual deve ser nossa atitude?
Afinal, há real motivo para nos preocuparmos?
Em primeiro lugar, há que se dizer que tais supostas profecias não constituem novidades na história da humanidade. Ao longo dos séculos foram muitos os pseudoprofetas que alardearam um fim do mundo iminente gerando grande inquietação entre os mais crédulos. Perderíamos a conta se fôssemos averiguar quantas vezes o “mundo já acabou”. Na própria época em que o Senhor estava em carne mortal em meio a nós, já existiam tais suposições. A resposta de Cristo? “Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13,32).
Um cristão não deve se preocupar com estas supostas previsões, pois o mesmo Senhor, que nos revelou todo o necessário para nossa salvação e felicidade, quis preservar no mistério de Deus o dia e a hora em que este mundo teria fim. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica (cf. n. 65), em Cristo o Pai nos disse tudo. Não haverá outra revelação além dessa. E o grande doutor místico espanhol, São João da Cruz, afirmava em sua “Subida ao Monte Carmelo”: «Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra - e não tem outra – [Deus] disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou novidade».
O Magistério da Igreja, seguindo os passos de seu Fundador, decretou em 1516, no V Concílio de Latrão: “Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão, incumbidos da pregação, que de modo nenhum presumam afirmar ou apregoar determinado juízo. Com efeito, a Verdade diz: 'Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por Sua própria autoridade'. Consta que os que até hoje ousaram afirmar tais coisas mentiram e, por causa deles, não pouco sofreu a autoridade daqueles que pregam com retidão. Ninguém ouse predizer o futuro apelando para a Sagrada Escritura, nem afirmar o que quer que seja, como se o tivesse recebido do Espírito Santo ou de revelação particular, nem ouse apoiar-se sobre conjecturas vãs ou despropositadas. Cada qual deve, segundo o preceito divino, pregar o Evangelho a toda criatura, aprender a detestar o vício, recomendar e ensinar a prática das virtudes, a paz e a caridade mútua, tão recomendada por nosso Redentor.”
Sabemos, pela fé, que este mundo não é definitivo, e cremos, como rezamos frequentemente no Símbolo Apostólico, que o Senhor voltará glorioso para julgar vivos e mortos. E qual deve ser nossa atitude enquanto Ele não aparece em Sua glória? É o próprio Senhor quem nos responde: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24,42). Essa deve ser, portanto, a nossa atitude: a de espera. É justamente por isso que o fim do mundo jamais deverá surpreender a um fiel cristão, que não pode temer nem a vida, nem a morte. Para ele, o fim do mundo não será uma surpresa, pois ele o espera. Espera ansiosamente o encontro final com o Senhor de sua vida, a alegria sem fim, fruto da contemplação face a face do Amado de nossas almas. Os primeiros cristãos, nossos pais na fé, desejavam ardentemente essa vinda do Senhor ao suplicarem: "Vem, Senhor Jesus!" (cf. Ap 22,20).
A esperança cristã, no entanto, não nos faz desentendermos das coisas desta terra. Ao contrário, pelo fato de esperamos novos céus e nova terra, trabalhamos intensamente para estar preparados para este dia. Diante da consciência de que este mundo - tal qual conhecemos - não durará para sempre, somos interpelados a aproveitar ao máximo cada segundo que a paciência de Deus nos concede, para nos convertermos à Sua santa vontade. Na realização livre dos planos que o Todo-poderoso sonhou desde sempre para cada um de nós está a nossa felicidade, e, em definitiva, é só isso o que importa: querer o querer de Deus.
Certa vez os amigos de um jovem santo - dizem que foi São Luiz Gonzaga - perguntavam entre si o que fariam se soubessem que o mundo acabaria naquele exato momento. As respostas foram muitas: um buscaria confessar-se o quanto antes, o outro procuraria reconciliar-se com os seus familiares, etc. A resposta do santo? “Continuaria jogando, como estou fazendo agora”. Essa tranquilidade é consequência de saber-se em cada momento na vontade de Deus. Quem nela está não se preocupa se o mundo terminará hoje ou amanhã, pois em cada momento está preparado, esperando ansiosamente o encontro último com seu Senhor.
Padre Demétrio Gomes
Diretor do Instituto Filosófico e Teológico do
Seminário Arquidiocesano São José de Niterói -----------------------------------------------------------------------
Concílio Vaticano II
Igreja Católica comemora 50 anos da convocação
Grave crise moral, ateísmo militante, sucessão
de guerras sangrentas, ruínas espirituais causadas por tantas
ideologias, amplo progresso científico que possibilitou aos homens a
criação de instrumentos para a sua destruição. São estes alguns
elementos que cercaram o Natal do ano de 1961, dia em que o beato João
XXIII deu início àquele que seria um dos maiores acontecimentos dos
últimos tempos na vida da Igreja: a convocação do Concílio Vaticano II.
:: Saiba mais sobre o que o Concílio
No ano de 2011 a Igreja Católica comemora 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, o qual aconteceu com a promulgação da Constituição Apostólica Humane Salutis. Neste documento o Santo Padre fez um breve resumo das situações políticas, sociais, culturais e, sobretudo, religiosas, que motivaram a convocação do concílio, afirmando que “embora a Igreja não tenha a finalidade diretamente terrestre, ela não pode se desinteressar, no seu caminho, dos problemas e dos trabalhos de cá de baixo”. Meio século se passou, porém, muitos problemas apresentados pelo Papa continuam presentes na sociedade.
A Humane Salutis apresenta as principais razões que motivaram João XXIII a convocar o concílio. Estas se fundamentam principalmente na grave crise da sociedade da época, pois ao mesmo tempo em que se via na sociedade um grande progresso material, o mundo encontrava-se em uma profunda decadência moral, gerando uma crise de valores, os homens já não ansiavam pelos valores celestes, estavam enfraquecidos diante do impulso aos gozos terrenos. Sendo urgente, portanto, resgatar os valores cristãos de forma a possibilitar ao homem contemporâneo a salvação.
A Igreja, sendo a voz mais autorizada, intérprete e defensora da ordem moral, uma das grandes reivindicadoras dos direitos e dos deveres de todos os seres humanos e de todas as comunidades políticas, chamou para si a responsabilidade de manifestar seu apostolado, contribuindo na solução dos problemas da modernidade, a partir de um novo Concílio Ecumênico.
O Concílio Vaticano II, nas palavras do beato João XXIII, foi convocado para “oferecer uma possibilidade de suscitar, em todos os homens, pensamentos e propósitos de paz: provenientes das realidades espirituais e sobrenaturais da inteligência e da consciência humana, iluminadas e guiadas por Deus, criador e redentor da humanidade”.
Os frutos do Concílio Vaticano II são diversos, o certo é que essas palavras dirigidas a nós há 50 anos continuam vivas no coração da Igreja e dos fiéis. Hoje, diante da “ditadura do relativismo”– expressão criada pelo Papa Bento XVI – todos são chamados a mergulhar nos documentos do concílio, para oferecer ao mundo diretrizes acertadas na promoção da dignidade dos homens.
Neste Natal, quando a convocação do Concílio Vaticano II completa meio século, devemos celebrá-la não apenas como algo do passado, mas, de forma presente, à luz do Espírito, como em um novo Pentecostes, para que a Igreja santa, olhando para a sua história, continue a difundir o Reino do Divino Salvador, que é reino da verdade, da justiça, de amor e de paz. Neste tempo tão necessitado, à luz dos ensinamentos e principalmente no espírito de esperança emanado da convocação do Concílio Vaticano II.
Assista aos vídeos:
:: Celebrações de 50 anos do Concílio Vaticano II
:: Concílio Vaticano II é tema de encontro em Belo Horiznte (MG)
:: Bispos e religiosos se encontram no Vaticano para aprofundar atualidade do Concílio Vaticano II
Documento:
:: Constituição Apostólica Humane Salutis
:: Saiba mais sobre o que o Concílio
No ano de 2011 a Igreja Católica comemora 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, o qual aconteceu com a promulgação da Constituição Apostólica Humane Salutis. Neste documento o Santo Padre fez um breve resumo das situações políticas, sociais, culturais e, sobretudo, religiosas, que motivaram a convocação do concílio, afirmando que “embora a Igreja não tenha a finalidade diretamente terrestre, ela não pode se desinteressar, no seu caminho, dos problemas e dos trabalhos de cá de baixo”. Meio século se passou, porém, muitos problemas apresentados pelo Papa continuam presentes na sociedade.
A Humane Salutis apresenta as principais razões que motivaram João XXIII a convocar o concílio. Estas se fundamentam principalmente na grave crise da sociedade da época, pois ao mesmo tempo em que se via na sociedade um grande progresso material, o mundo encontrava-se em uma profunda decadência moral, gerando uma crise de valores, os homens já não ansiavam pelos valores celestes, estavam enfraquecidos diante do impulso aos gozos terrenos. Sendo urgente, portanto, resgatar os valores cristãos de forma a possibilitar ao homem contemporâneo a salvação.
A Igreja, sendo a voz mais autorizada, intérprete e defensora da ordem moral, uma das grandes reivindicadoras dos direitos e dos deveres de todos os seres humanos e de todas as comunidades políticas, chamou para si a responsabilidade de manifestar seu apostolado, contribuindo na solução dos problemas da modernidade, a partir de um novo Concílio Ecumênico.
O Concílio Vaticano II, nas palavras do beato João XXIII, foi convocado para “oferecer uma possibilidade de suscitar, em todos os homens, pensamentos e propósitos de paz: provenientes das realidades espirituais e sobrenaturais da inteligência e da consciência humana, iluminadas e guiadas por Deus, criador e redentor da humanidade”.
Os frutos do Concílio Vaticano II são diversos, o certo é que essas palavras dirigidas a nós há 50 anos continuam vivas no coração da Igreja e dos fiéis. Hoje, diante da “ditadura do relativismo”– expressão criada pelo Papa Bento XVI – todos são chamados a mergulhar nos documentos do concílio, para oferecer ao mundo diretrizes acertadas na promoção da dignidade dos homens.
Neste Natal, quando a convocação do Concílio Vaticano II completa meio século, devemos celebrá-la não apenas como algo do passado, mas, de forma presente, à luz do Espírito, como em um novo Pentecostes, para que a Igreja santa, olhando para a sua história, continue a difundir o Reino do Divino Salvador, que é reino da verdade, da justiça, de amor e de paz. Neste tempo tão necessitado, à luz dos ensinamentos e principalmente no espírito de esperança emanado da convocação do Concílio Vaticano II.
Assista aos vídeos:
:: Celebrações de 50 anos do Concílio Vaticano II
:: Concílio Vaticano II é tema de encontro em Belo Horiznte (MG)
:: Bispos e religiosos se encontram no Vaticano para aprofundar atualidade do Concílio Vaticano II
Documento:
:: Constituição Apostólica Humane Salutis
Missionário da Comunidade Canção Nova
26/12/2011 - 00h00
Tags: Concílio Vaticano II Igreja católica concilio João XXIII
Fonte de Pesquisa: Site Canção Nova
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