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quinta-feira, 30 de maio de 2013












Corpus Christi


Deus se dá na Eucaristia, diz Papa em Missa de Corpus Christi

Corpus Christi

Deus não deixa de nos surpreender. Ele se faz próximo, Ele se dá na Eucaristia, o verdadeiro alimento que sustenta a nossa vida.”
Kelen Galvan
Da Redação
069322O Papa Francisco presidiu, nesta quinta-feira, 30, a Santa Missa da Solenidade de Corpus Christi, na Basílica de São João de Latrão, sede da Diocese de Roma. Uma multidão de fiéis participou da celebração.
Na homilia, o Santo Padre refletiu sobre oEvangelho de hoje (cf. Lc 9, 11b-17)  que narra o milagre da multiplicação dos pães.
:: OUÇA homilia na íntegra 
No texto há uma expressão de Jesus que, segundo o Papa, o impressiona sempre: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. E partindo desta frase, o Pontífice destacou três palavras em sua reflexão: seguimento, comunhão e partilha.
Diante da necessidade da multidão, os discípulos pediram a Jesus que a dispensasse, “cada um pensava em si mesmo”, explicou o Papa, e questionou: “Quantas vezes nós cristãos agimos assim? Não assumimos a necessidade do outro?”.
“A solução de Jesus vai em outra direção e surpreende os discípulos: Dai-lhes vós mesmos de comer. Eles se assustam porque só têm cinco pães e dois peixes, e em um momento de profunda comunhão a multidão é alimentada pelo seu Pão da Vida”, enfatiza o Papa.
Francisco destaca que também nós, ao participar da Missa, somos alimentados pela Palavra do Senhor e pelo Seu Corpo e Sangue, que nos torna “Comunidade”. “A Eucaristia é o sacramento da comunhão, que nos faz sair do individualismo”.
Nesse ponto, o Papa Francisco levou os fiéis presentes a se questionarem: “Como eu vivo a Eucaristia? De modo anônimo ou em verdadeira comunhão com o Senhor? Como são nossas Celebrações Eucarísticas?”
“E de onde nasce a multiplicação dos pães?” continuou a refletir o Santo Padre. “A resposta está no convite de Jesus aos discípulos: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’. O que os discípulos partilharam? O pouco que tinham, mas foram esses pães e peixes que, nas mãos do Senhor, saciaram a multidão”, explicou.
Essa atitude nos indica que, na Igreja e na sociedade, a “solidariedade é uma palavra-chave”, reforçou o Papa. “Não devemos ter medo., devemos nos colocar à disposição de Deus com todas as nossas capacidades”.
Nesta solenidade, também nós experimentamos a solidariedade de Deus, afirmou o Santo Padre. “Deus não deixa de nos surpreender… Ele se faz próximo, Ele se dá na Eucaristia, o verdadeiro alimento que sustenta a nossa vida”.
“Irmãos e irmãs, seguimento, comunhão e partilha. Rezemos para que a participação na Eucaristia nos provoque sempre a seguir o Senhor todos os dias, a ser instrumentos de comunhão e a partilhar com Ele e o próximo aquilo que somos. Só então nossa existência será verdadeiramente fecunda”, concluiu o Papa.
Após a homilia, a multidão recolheu-se em alguns minutos de silêncio para refletir sobre as palavras do Santo Padre.
No final da Celebração, o Papa fez a procissão a pé com os fiéis, seguindo o Ostensório, que foi conduzido por um veículo, pelas ruas de Roma até a Basílica de Santa Maria Maior, onde deu a benção final.

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Divindade Escondida 
Dom Cláudio Hummes
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com
A Igreja, hoje, celebra uma grande festa, a solenidade do Corpo de Cristo. Ela canta, alegra-se diante desse grande mistério do amor de Jesus Cristo por nós, do mistério do Santíssimo Sacramento, do pão e do vinho que é transformado no Corpo e Sangue de Cristo; a imensa majestade de Deus, que se esconde num pedaço de pão e num pouco de vinho. A Igreja, então, reza uma oração antiga, prostra-se diante do Santíssimo Sacramento e diz: “Eu Te adoro devotamente, ó Divindade Escondida. Diante de Ti, meu coração se inclina, porque, contemplando-Te, tudo mais submerge no Teu esplendor e na Tua humildade”.

Nós, de fato, rezamos diante do Santíssimo Sacramento. Não temos muitas palavras a Lhe dizer, senão: “Eu Te adoro, ó Divindade Escondida”. É por isso que o Corpus Christi e o Santíssimo Sacramento são tão queridos do nosso povo, pois eles têm uma devoção enorme. Quanto mais profunda e simples nossa fé, mais profunda nossa admiração diante desse mistério do amor de Deus por nós.


Como é possível que Deus se faça tão pequeno? Ele já havia se feito homem, nós O víamos, podíamos tocá-Lo, mas isso não bastou para Deus, porque, ao ressuscitar e voltar ao Pai, Ele nos diz que ficará conosco até o fim dos tempos e o faz na Eucaristia. 

“Eu Te adoro devotamente, ó Divindade Escondida."
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

No Sacramento, Ele se faz quase nada por amor a nós. E por que Ele quis isso? O Papa Bento XVI, ainda no seu tempo, falando dos sacerdotes, diz que Jesus instituiu o sacerdócio para continuar próximo de cada um de nós, sobretudo da maneira mais sofrida, mais desconhecida.

No coração de Cristo estamos totalmente presentes com Ele. Jesus quer estar próximo de nós a ponto de se fazer alimento, o qual lembra saúde, salvação. Ele quer ser consolo, alegria, festa, comunhão.

À medida em que meditamos sobre isso, ficamos agradecidos a Deus, louvamos a Ele, pois assim Ele nos ama, a ponto de dar-se na cruz e continuar se doando na hóstia consagrada.

Essa proximidade vemos, hoje, no Evangelho, na multiplicação dos pães, prenúncio da Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia. No Reino de Deus a humanidade estará reunida, haverá abundância para todos.

A Eucaristia dá sentido à nossa vida, pois é doação, é doar-se ao outro. Há sentido em investir nossa vida no pobre, pois Jesus fez isso na cruz. Existe um futuro, porque Deus nos ama e nos ensina a sermos próximos, de forma a não queremos nada em recompensa.

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Dom Cláudio Hummes 

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