Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010











P E N S A M E N T O
Os frutos da sua esperança 
amadurecem com o sol
da sua perseverança.
(François Gervais)
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O Diálogo nos une e nos torna mais fraternos!


Cáritas e CNBB lançam Campanha SOS Haiti
Assessoria de Comunicação da Cáritas Brasileira
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançam a Campanha SOS Haiti para a arrecadação de donativos para os atingidos do terremoto que devastou o país caribenho neste último dia 12 de janeiro.
Em carta divulgada, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, e o presidente da Cáritas Brasileira, Dom Demétrio Valentim, conclamam todas as comunidades eclesiais, paróquias e dioceses a promoverem, no próximo domingo, dia 17/1, ou no dia 24/1, ou em outra data conveniente, orações e coletas em dinheiro para as vítimas do desastre.
As doações em dinheiro podem ser feitas nas seguintes contas bancárias:
- Banco do Brasil - Agência: 3475-4; Conta Corrente: 23.969-0;
- Caixa Econômica Federal - OP: 003; Agência:1041; Conta Corrente:1132-1;
- Banco Bradesco - Agência: 0606 ; Conta Corrente: 70.000-2.
CNPJ da Cáritas Brasileira:  33.654.419/0001-16
Os recursos serão destinados às ações de socorro imediato, reconstrução e recuperação das condições de vida do povo haitiano.
Mais informações:
José Magalhães, assessor da Cáritas Brasileira
Telefones: + 55 61 3214 5400/5429 ou + 55 61 81319639
magalhaes@caritas.org.br
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(Precisamos salvar a natureza, obra divina!!!...)

Os Derrames Cerebrais 
- Agora existe um 4º indicador: A língua 

  Derrame: memorize as três primeiras letras... S.T.R.

 Só leva um instante ler isto...
 
 Disse um neurologista que se levarem uma vítima de derrame dentro das primeiras três horas, ele pode reverter os efeitos do derrame - totalmente. Ele disse que o segredo é reconhecer o derrame, diagnosticá-lo e receber o tratamento médico correspondente, dentro das três horas seguintes, o que é difícil.  
 
 RECONHECENDO UM DERRAME
   
 Muitas vezes, os sintomas de um derrame são difíceis de identificar. Infelizmente, nossa falta de atenção, torna-se desastrosa. A vítima do  derrame pode sofrer severa conseqüência  cerebral quando as pessoas que o presenciaram falham em reconhecer os sintomas de um derrame.
 
 Agora, os médicos dizem que uma testemunha qualquer pode reconhecer um derrame fazendo à vítima estas três simples perguntas:

S*  (Smile)  Peça-lhe que SORRIA.
T*  (Talk)  Peça-lhe que FALE ou APENAS DIGA UMA FRASE SIMPLES. (com coerência)
 (ex : Hoje o dia está ensolarado)
R*  (Rise  your arms) Peça-lhe que  levante AMBOS  OS BRAÇOS.    

Se ele ou ela têm algum problema em realizar QUALQUER destas tarefas, chame a  emergência imediatamente  e  descreva-lhe os sintomas, ou vão rápido à clínica ou hospital.

Novo Sinal de derrame - Ponha a língua fora. 

NOTA: Outro sinal de derrame é este:
Peça à pessoa que ponha a língua para fora.. Se a língua estiver torcida e sair por um lado ou por outro, é também sinal de derrame.

Um cardiologista disse que qualquer pessoa que reenvie este e-mail a pelo menos 10 pessoas; pode apostar que salvará pelo menos uma vida... Não  o considere uma corrente, mas sim, algo que todos devemos saber.

  
Eu já cumpri a minha parte... FAÇA VOCÊ AGORA.

Obs.: Esta novidade foi-nos enviada pela Dra. Rosemary Santana Matos, seguidora deste blog. Ela é a Superintendente do Patrimônio Histórico e Cultural de Aracoiaba-CE. 
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O texto abaixo 
não contém a letra "A"!!!‏
É possível sim!

Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.


Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?


Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.


Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Autor: Desconhecido

Obs.: Esta novidade foi-nos enviada pela Sr. Ivan Pereira, Aracoiabense, residente em Fortaleza-CE.
Este é seguidor e colaborador deste blog. 
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Vamos ajudar os nossos irmãos sofridos doHaiti do Haiti.

Haiti: Há milagres no meio da desolação!

Por Padre Luizinho.
Nos últimos dias, todos nós estivemos horrorizados pelas cenas de morte e destruição no Haiti. Milhões de  pessoas como nós buscam formas de aliviar o sofrimento do povo haitiano. Não há dúvida de que, nos próximos dias, serão pronunciadas milhares de homilias para nos ajudar a compreender porque um Deus de amor pode permitir tamanho sofrimento. Hoje nesta quinta-feira de Adoração rezemos pelos nossos irmãos do Haiti.
Quando o silêncio era rompido pelas lágrimas, e meus olhos teimavam em ver toda aquela situação. A luta dos guerreiros chamados bombeiros, soldados e voluntários, salva vidas.
Para resgatar, quem sabe encontrar um sinal de vida no meio de tanta destruição.
Não precisa ter tanta fé, para ver o milagre.
Eu posso afirmar com certeza: Deus não queria isso não!
Pois diz a Sua palavra: “Não tenho prazer na morte do pecador, mas que ele se converta e viva” (cf. Ezequiel 33,11).
Deus me chama a conversão, mudar de vida.
E me faz refletir, é preciso estar sempre preparado, não posso perder tempo.
Enquanto muitos ficavam fixados na tragédia, na dor, na indignação.
Eu via muitos milagres que aconteceram ao redor, dos escombros dos olhos que não querem ver, nem ouvir.
Da enfermeira grávida que foi salva pela equipe de resgate dias depois, da menina que o mundo inteiro conheceu sua fé de que iria sobreviver. Daquele homem que embaixo do seu mercado viveu de esperança e pasta de amendoim, daquela idosa de mais de 70 anos que encheu de lagrimas os olhos dos “Anjos de resgate”…
Os olhos assustados da menina agradeciam pela vida.
Isso sim não tem explicação, isso é milagre!
Isso é ver com outros olhos, é enxergar com o coração.
Aquela tragédia, que mexeu com o nosso coração,
Mas que no meio de tantos destroços, para quem quer ver e ouvir;
Encontrão - se milagres, sinal de esperança no meio da desolação!
Há quanto tempo aquele povo sofre, o país mais pobre das Américas, nisto sim precisa acontecer um milagre, as nações que não se entenderão em Copenhague, agora se unem em favor dos irmãos. Prova para todos nós que a “natureza” que dividiu, agora pode unir as forças.
Mas não julguemos não, pois quem abre os olhos é Deus.
Como da mesma forma, só Ele consegue tirar de um grande mal um bem ainda maior.
Cabe a nós, disso tudo tirar uma grande lição, eu já tenho tirado a minha e você?
Continuemos a rezar, pois a revolta não levará a nada,
Mas o milagre da vida pode mudar o destino do nosso mundo e daquelas pessoas.
Convido você a ver diferente, a enxergar com o coração, a continuar tento fé.
arregacemos as mangas e ajudemos nosso Deus a promover mais milagres naqueles haitianos que vem tentando sobreviver muito antes do terremoto.
Qual o milagre Já se realizou ou precisa se realizar em sua vida? 


Precisamos ajudar as crianças Haitianas que estão sofrendo...

O aspecto espiritual do sofrimento no Haiti

Por Padre Luizinho .
A tragédia pode conduzir a uma maior fé em Deus
Nos últimos dias, todos nós estivemos horrorizados pelas cenas de morte e destruição no Haiti. Milhões de nós buscam formas de aliviar o sofrimento do povo haitiano. Não há dúvida de que, nos próximos dias, serão pronunciadas milhares de homilias para nos ajudar a compreender porque um Deus de amor pode permitir tamanho sofrimento.
Nos EUA, uma das “explicações” mais controversas veio de um pastor protestante, que sustenta que o Haiti teria sido “amaldiçoado” no momento em que seus fundadores teriam “firmado um pacto com o demônio” para obter a independência da França. Tais comentários, como se pode imaginar suscitou uma enorme controvérsia.
No Antigo Testamento há muitos relatos de nações punidas por Deus por pecados como a idolatria e a injustiça, e alguns cristãos continuam a recorrer a estas histórias para explicar eventos mundiais.
Os católicos de hoje, porém, olham numa direção diferente quando buscam compreender como Deus lida com nossa condição de pecadores. Seu olhar não precisa ir além do crucifixo sobre o altar de suas igrejas. Deus ligou-se livre e amavelmente ao sofrimento humano com o sacrifício de Seu Filho na cruz.
Estes evangélicos que citam com tanta freqüência João 3,16 deveriam também lembrar do que diz o versículo seguinte: “Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.
A tragédia no Haiti deixará, provavelmente, efeitos de longo prazo, não apenas para aqueles que perderam seus entes queridos, mas para toda uma geração que testemunhou tamanha destruição. É importante que compreendamos o significado profundo do que ocorreu no Haiti.
Muitos informes têm comparado os eventos no Haiti à recente devastação provocada pelo furacão Katrina nos EUA, ou com o terremoto ocorrido na Cidade do México em 1985. Mas a tragédia do Haiti tem probabilidade de provocar um impacto psicológico de longo prazo, tal qual o terremoto ocorrido em Lisboa em 1775. Este último foi seguido de um tsunami e de um grande incêndio que se alastrou por toda a cidade, matando um milhão de pessoas.
A catástrofe ocorrida em Lisboa mudou a forma de pensar de muitos intelectuais influentes do século 18, incluindo Voltaire, Kant e Descartes. O terremoto ocorreu durante a Festa de Todos os Santos num país de maioria católica, o que fez com que muitos cristãos europeus colocasse em dúvida sua própria fé em Deus.
Nos próximos dias, é possível que sejamos testemunhas de um processo similar. Por isso, o Haiti representa hoje um teste para nossa fé e nosso comprometimento com nossos irmãos.
Pensando no Haiti ao longo dessa semana, não pude deixar também de pensar na obra do padre Damião de Molokai, “o apóstolo dos leprosos”, recentemente canonizado por Bento XVI. Há muitos anos, tive a oportunidade de visitar Molokai, no Havaí, e enquanto visitava a paróquia, vi a fotografia de uma anciã tirada nos anos 30. Havia perdido as orelhas, o nariz, os dedos dos pés e das mãos com a lepra. Estava também cega. Mesmo assim, todos os dias, recitava o rosário segurando-o entre os dentes.
Não muito tempo depois, eu falava com um sacerdote missionário que havia aberto um abrigo para doentes de lepra. Todos os dias, enquanto celebrava a missa, um ancião, também cego devido à doença, dizia durante a oração dos fiéis: “Deus Pai, te agradeço por todas as coisas boas que me concedeu”.
Os filósofos e teólogos continuarão a buscar explicações na tentativa de responder às nossas indagações sobre o sofrimento no mundo. Mas a melhor resposta, no entanto, vem daqueles cujo sofrimento vai além do que somos capazes de imaginar, e ainda assim, são capazes de viver a realidade de que Deus uniu-se a eles em seu sofrimento.
Na homilia pronunciada na missa de canonização de padre Damião, o Papa disse que “Jesus convida seus discípulos a doarem totalmente suas vidas, sem ponderações ou ganhos pessoais, com confiança irrestrita em Deus. Os santos atendem a esse chamado, e se colocam com doce humildade, a seguir Jesus crucificado e assunto aos céus”.
“Sua perfeição, numa lógica de fé que às vezes pode parecer incompreensível, consiste em não colocar mais a si mesmos no centro, mas em optar por andar contra a correnteza, vivendo segundo o Evangelho”.
Esta é a chave para compreender os eventos de Molokai e do Haiti. E será esta a medida de nossa resposta como cristãos.
* Carl Anderson é escritor e cavaleiro supremo da Ordem dos Cavaleiros de Colombo. NEW HAVEN, EUA, terça-feira, 19 de janeiro de 2010 (ZENIT.or

"Desonestidade e desinformação" 

sobre Bento XVI, aponta filósofo

Leonardo Meira
Da Redação



 Filósofo e escritor francês Bernard-Henri Lévy
"Deve-se parar com a má-fé, o preconceito e, verdade seja dita, a desinformação quando se trata de Bento XVI".

É isso que defende o filósofo e escritor francês Bernard-Henri Lévy em um artigo publicado nesta quinta-feira, 21, na edição em italiano do Jornal L'Osservatore Romano, periódico oficial do Vaticano. O subtítulo do texto é "Quando os bodes expiatórios se chamam Pio e Bento".


Poucos dias após a visita do Papa à sinagoga de Roma, o articulista explica que o "coro de desinformação" dos meios de comunicação em geral "nem sequer esperou que o Papa atravessasse o Rio Tibre para anunciar, a cidade e ao mundo, que ele teria sido incapaz de encontrar as palavras que gostaria de dizer, nem fez o gestos que gostaria de fazer e que teria falhado em sua tentativa".


Lévy também lembrou episódios anteriores, como o do período imediamente posterior à eleição de Bento XVI, quando os meios de comunicação salientaram o "ultraconservadorismo" do Papa e, logo após, o "Papa alemão" ou "pós-nazista de batina".


O filósofo francês explica que as atitudes de Bento XVI em relação ao mundo judaico em nada implicam uma ruptura com seus predecessores, tampouco "congelariam" os progressos obtidos ao longo do pontificado de João XXIII.
                                                                          Pio XII







O texto também mostra que Pio XII não foi omisso durante o regime nazista.



"Por hora, devemos, pela exatidão histórica, precisar que, antes de optar pela ação clandestina, antes de abrir, sem divulgar, os conventos aos judeus romanos perseguidos pelos fascistas, o 'silencioso' Pio XII pronunciou algumas alocuções radiofônicas (por exemplo, nos Natais de 1941 e 1942) que tiveram, após sua morte, a homenagem de Golda Meir [uma das fundadoras do Estado de Israel]: 'Durante os dez anos do terror nazista, enquanto nosso povo sofria um terrível martírio, a voz do Papa levantou-se para condenar os carrascos'".


Quando os bodes expiatórios

se chamam Pio e Bento

L'Osservatore Romano, com tradução de CN Notícias

Desonestidade e desinformação




L'Osservatore Romano - Edizione Quotidiana em italiano - Quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
por Bernard-Henri Lévy
Deve-se parar com a má-fé, o preconceito e, verdade seja dita, a desinformação quando se trata de Bento XVI.
Logo após sua eleição, se tentou um processo com relação a seu "ultraconservadorismo", retomado continuamente pelos meios de comunicação (como se um Papa pudesse ser outra coisa que não "conservador"). Insistiu-se de modo implicante, para não dizer com "batidas pesadas", no "Papa alemão", sobre o "pós-nazista" de batina, a tal ponto de uma transmissão satírica no jornal francês "Les Guignols", que não hesitava em lhe apelidar como "Adolf II".

São forjados, pura e simplesmente, os textos. Por exemplo, a propósito da viagem papal a Auschwitz, em 2006, se sustenta e - uma vez que ao longo do tempo as memórias ficam mais incertas - ainda se repete que teria honrado a memória dos seis milhões de poloneses mortos, vítimas de um simples "bando de criminosos", sem precisar que a metade deles eram judeus (a mentira é verdadeiramente espantosa, pois Bento XVI, naquela ocasião, falou efetivamente sobre os "poderosos do Terceiro Reich" que tentaram "eliminar o "povo judeu" do "leque de nações da Terra" - Le Monde, 30 de Maio de 2006).

Por ocasião da visita do Papa à Sinagoga em Roma e depois de suas duas visitas às sinagogas de Colônia e Nova Iorque, o mesmo coro de desinformação estabeleceu um recorde, diria que alcançaram a palma da vitória, pois nem sequer esperaram que o Papa atravessasse o Rio Tibre para anunciar, a cidade e ao mundo, que ele teria sido incapaz de encontrar as palavras que gostaria de dizer, nem fez o gestos que gostaria de fazer e que teria falhado em sua tentativa...

Assim, dado que o evento ainda é recente, eu me permitiria colocar alguns pontos em destaque. Bento XVI, quando se recolheu em oração diante da coroa de rosas vermelhas colocadas em frente à placa em memória do martírio dos 1021 judeus romanos deportados, não fez algo que fosse de seu dever, mas fez. Bento XVI, quando prestou homenagem às "faces" de "homens, mulheres e crianças", fez um relato sobre o projeto de "extermínio do povo da Aliança de Moisés", disse uma evidência, mas a disse. Bento XVI, que retoma, palavra por palavra, os termos da oração de João Paulo II, dita dez anos atrás, no Muro das Lamentações; Bento XVI, que pediu "perdão" ao povo judeu pela fúria devastada de um anti-semitismo por um longo tempo de essência católica e assim, mais uma vez, leu o texto de João Paulo II.
É preciso parar de repetir, como burros, que ele está em oposição a seus predecessores.

Bento XVI que declara enfim, após uma segunda parada em frente à inscrição que lembra o atentado à bomba cometido em 1982 por extremistas palestinos, que o diálogo católico-judeu, iniciado pelo Concílio Vaticano II, é "irreversível"; Bento XVI, que anuncia ter a intenção de "aprofundar" o "debate entre iguais", que é o debate com os "irmãos mais velhos", que são judeus.
É possível fazer todos os processos que se deseja, mas não o de "congelar" os progressos obtidos por João XXIII.

Quanto à história muito complexa de Pio XII, voltarei, se necessário. Voltarei ao caso de Rolf Hochhuth, autor do famoso "O Vigário", que lançou, em 1963, a polêmica em torno dos "silêncios de Pio XII". Em particular, voltarei ao fato de que o justiceiro em foco é também um negador do Holocausto, repetidamente condenado como tal e cuja última provocação, cinco anos atrás, foi de sair em defesa, em uma entrevista ao semanal jornal de extrema-direita "Junge Freiheit", daquele que nega a existência de câmaras de gás, David Irving. P
or hora, é justo recordar, como fez Laurent Dispot na revista que editou, "La règle du jeu" que o "terrível" Pio XII, em 1937, quando ainda era apenas o Cardeal Pacelli, foi o coautor, com Pio XI, da Encíclica Mit brennender Sorge ("Com profunda preocupação"), que ainda hoje continua a ser uma das manifestações anti-nazistas mais claras e eloquentes.

Por hora, devemos, pela exatidão histórica, precisar que, antes de optar pela ação clandestina, antes de abrir, sem divulgar, os conventos aos judeus romanos perseguidos pelos fascistas, o "silencioso" Pio XII pronunciou algumas alocuções radiofônicas (por exemplo, nos Natais de 1941 e 1942) que tiveram, após sua morte, a homenagem de Golda Meir [uma das fundadoras do Estado de Israel]: "Durante os dez anos do terror nazista, enquanto nosso povo sofria um terrível martírio, a voz do Papa levantou-se para condenar os carrascos".

Muitos ficam surpreendidos com o silêncio ensurdecedor que se propagou no mundo inteiro na época do Holocausto, e colocam todo esse peso, ou quase todo, sobre os soberanos daquela época: a) não havia armas de fogo ou canhões disponíveis; b) não se pouparam esforços para partilhar, com aqueles que dispunham de aviões e armas, a informação de que se tinha conhecimento; c) salvaram em primeira pessoa, tanto em Roma quanto em outros lugares, um grandíssimo número daqueles pelos quais tinham responsabilidade moral.

Últimos retoques ao Grande Livro da mesquinharia contemporânea; Pio ou Bento, que podem ser Papas e bodes expiatórios.




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