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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

 

Começa o grande Ano da Fé
É data que marcou o início do Concílio Vaticano II, em 1962. O Papa convocou o Sínodo dos Bispos no mês de outubro de 2012 que terá como tema: “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, e que abrirá o “Ano da Fé”, que irá até a Festa de Cristo Rei, em novembro de 2013. É a Igreja cumprindo a missão que Jesus lhe deu: “Ide evangelizar!”.  A missão da Igreja é esta; Paulo VI disse que esta é a identidade e a missão da Igreja. Para a Igreja deixar de evangelizar seria como para o sol deixar de brilhar.
O Vaticano tem dado orientações de como deve ser este Ano especial. “O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé…”. A “Congregação da Fé” destaca que hoje é necessário um empenho maior a favor duma Nova Evangelização (“novo ardor, novos métodos e nova expressão”), para crer, reencontrar e comunicar a fé.
Recordando o 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, destaca que no Ano da Fé devem-se encorajar as romarias dos fiéis ao Vaticano, bem como à Terra Santa. O papel especial de Maria no mistério da salvação deverá ser ressaltado, e recomenda também  romarias, celebrações e encontros nos maiores Santuários Marianos no mundo.
A Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro deverá ser um evento de destaque dentro do Ano da Fé, uma “ocasião privilegiada aos jovens para experimentar a alegria que provém da fé no Senhor Jesus e da comunhão com o Santo Padre, na grande família da Igreja”. Sejam organizados simpósios, congressos e encontros de grande porte, a nível paroquiano, diocesano e internacional, que favoreçam o encontro com testemunhos da fé e o conhecimento da doutrina católica. Neste sentido o Vaticano pede que os fiéis se aprofundem no conhecimento dos principais Documentos do Concílio Vaticano II e o estudo do Catecismo da Igreja Católica, o que vale de modo particular “para os candidatos ao sacerdócio”.
O Vaticano deseja que haja celebração de abertura do Ano da Fé e uma solene conclusão do mesmo a nível de cada Igreja particular. E em cada diocese do mundo deverá ser preparada uma jornada sobre o Catecismo da Igreja Católica.  Também é pedido que neste Ano da Fé os fiéis  acolham com maior atenção as homilias, as catequeses, os discursos e as outras intervenções do Papa. “Cada Bispo poderá dedicar uma sua Carta pastoral ao tema da fé, recordando a importância do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja”. No período da quaresma, haja celebrações penitenciais para se pedir perdão a Deus, em particularmente pelos pecados contra a fé; e que haja maior frequência ao sacramento da Penitência. “As novas Comunidades e os Movimentos eclesiais, de modo criativo e generoso, saberão encontrar os modos mais adequados para oferecer o próprio testemunho de fé ao serviço da Igreja”.
Prof. Felipe Aquino
Artigos relacionados: Como deve ser a catequese?
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CONCÍLIO VATICANO II

Despertar para a modernidade: os 50 anos do Concílio Vaticano II

Em 11 de outubro de 1962, começava em Roma o Concílio Vaticano II, que encaminhou a Igreja para uma direção mais aberta


Concílio reuniu 2.540 religiosos em Roma / Arquivo/Vaticano

Concílio reuniu 2.540 religiosos em Roma

Arquivo/Vaticano

Em 11 de outubro de 1962, teve início um evento que mudaria a face da Igreja Católica. Há 50 anos, o papa João XXIII convocava o Concílio Vaticano II, considerado hoje o acontecimento mais importante da Igreja no século 20 e descrito pelo próprio pontífice como “um novo Pentecostes”. Uma das instituições mais poderosas e influentes do mundo, que tinha dominado o Ocidente nos séculos anteriores, agora se encaminhava para a modernidade.
“A sociedade estava num contexto de pós-guerra, com os regimes liberais democráticos ganhando mais espaço entre os países ocidentais, enquanto o Vaticano se comportava ainda num modelo pré-moderno, vivendo num mundo à parte”, explica o professor do Departamento de Teologia da Pontífice Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o padre jesuíta Luis Correa. Como o próprio papa explica na bula Humanae salutis, que convocou o encontro em 1959, “o próximo concílio reúne-se, felizmente, no momento em que a Igreja percebe, de modo mais vivo, o desejo de fortificar a sua fé como, também, percebe melhor o dever urgente de dar maior eficiência a sua robusta vitalidade, e de promover a santificação de seus membros, a difusão da verdade revelada, a consolidação de suas estruturas”.
A convocação pegou boa parte da comunidade católica de surpresa, ainda mais vinda de João XXIII, à época com 81 anos. “Quando Pio XII faleceu, o conclave não conseguiu chegar à um consenso em relação ao novo papa. Então o cardeal Angelo Giuseppe Roncalli foi escolhido para ser um papa de transição, uma vez que já tinha 77 anos”, explica o mestre em ciências da religião Aerton Carvalho. “O papa queria abrir as janelas para arejar a Igreja, eu segundo ele estavam fechadas pela ortodoxia e pelos dogmas”, afirma Carvalho.
Segundo o arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, o concílio foi voltado para o elemento pastoral e modificou completamente a fisionomia da Igreja. “As pessoas que viveram a realidade anterior ao concílio e após ele percebem isso com clareza. Foram gerados documentos de grande importância que até hoje não foram suficientemente explorados”, afirma o arcebispo. Os três anos que separaram a convocação e a abertura do concílio serviram para que os bispos e teólogos reunissem e trouxessem sugestões para a reunião que aconteceria no Vaticano. “Todos os bispos receberam uma correspondência pedindo para que relatassem suas preocupações e os temas que gostariam de tratar”, completa.
Os dados falam por si só: o Concílio Vaticano II teve seus trabalhos iniciados com 2.540 padres conciliares ou prelados, um número inédito na história da Igreja. Os debates só terminaram no dia 8 de dezembro de 1965, já sob um novo papa, o italiano Paulo VI. “João XXIII morreu nove meses depois da primeira sessão. O conclave convocado para escolher um novo papa já tinha em mente a continuidade do concílio quando elegeu Giovanni Montini”, lembra Correa. O novo pontífice tinha fama de ser um grande conciliador, característica que seria importante nas próximas reuniões, como forma de fazer com que as decisões do Concílio fossem aprovadas de forma quase unânime, apesar das divergências. 
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50 anos do Catecismo da Igreja Católica


Como é de nosso conhecimento, neste mês o Papa Bento XVI irá instituir o Ano da Fé que terá início no dia 11 de outubro e terminará na Solenidade de Cristo Rei, a 24 de novembro de 2013. A proposta do Papa é que todo cristão tenha a sua convicção e a sua identidade na fé católica, tendo a oportunidade de intensificar sua reflexão sobre a fé tornando-se mais consciente de sua adesão. A celebração deste Ano da Fé coincide oportunamente com o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo beato João Paulo II.
Recordando estes dois grandes eventos que marcaram a face da nossa Igreja, salientamos aqui a alegria de poder celebrar a publicação do Catecismo da Igreja Católica que vem apresentar “a maravilhosa unidade do mistério de Deus, de seu desígnio de salvação, bem como a centralidade de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, enviado pelo Pai, feito homem no seio da Santíssima Virgem Maria por obra do Espírito Santo, para ser nosso Salvador. Morto e ressuscitado, ele está sempre presente em sua Igreja, particularmente nos sacramentos; ele é a fonte da fé, o modelo do agir cristão e o Mestre de nossa oração” (CIgC).
Vinte anos passados da promulgação deste Catecismo e temos cada vez mais a convicção de que esta obra é um exímio instrumento que concretiza dia após dia um serviço à Igreja e aos batizados na confirmação de sua fé. Numa cultura cada vez mais secularizada, nós cristãos, somos chamados a dar razões de nossa esperança proclamando nossa fé e fazendo a verdadeira experiência do discipulado.
Segundo Bento XVI, “para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II (…). É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé. Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural” (Carta Apostólica Porta Fidei).
Que o Espírito Santo nos ilumine para que possamos sempre mais testemunhar Jesus Cristo no mundo de hoje, vivendo e celebrando os mistérios de nossa fé.


Diácono Sérgio José da Silva

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