Santo Agostinho Celebramos neste dia
a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com
a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em
Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã
Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.
Aconteceu que Agostinho era de grande
capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar
suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes
filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
Com a morte do pai, Agostinho
procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo
assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido
pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória,
os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra
anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O seu processo de conversão recebeu
um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite:
“Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força
para a decisão por Jesus:“…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos
abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.
Santo Agostinho, que entrou no Céu
com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi
catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou
para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da
Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo,
sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.
Santo Agostinho, rogai por nós!
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Evangelho
do Dia 28/08.
Santo Agostinho – Quarta-feira
28/08/13
Evangelho
(Mt 23,27-32)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus: 27“Ai de
vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por
fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda
podridão! 28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas
por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça.
29Ai de vós, mestres da Lei e
fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os
túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais,
não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, confessais que
sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Completai, pois, a medida de
vossos pais!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
HOMILIA
Sua alma anda inquieta?
A alma que anda inquieta precisa
encontrar um repouso, um sentido para tudo aquilo que faz. Que o nosso coração
inquieto repouse no coração do Pai.
Celebramos, na liturgia de hoje,
Santo Agostinho. Lembrávamos, no dia de ontem, a mãe dele, Santa Mônica, e
também vimos que tudo o que ele é, foi e será para a Igreja é graças às
lágrimas e às orações convincentes de Mônica.
Santo Agostinho andou perdido nos
caminhos da vida e deu muito trabalho para sua mãe. Ele viveu distante, longe
como um filho errante, perdido nas estradas da vida.
Quando lemos a grande obra escrita
por ele, a qual retrata sua vida e lembra as lágrimas de sua mãe, chamada ‘As
confissões’, o santo mesmo se manisfesta: “O meu coração estava inquieto,
enquanto não repousava em Deus”. Mas que inquietação era essa? De uma alma que
buscava, nos prazeres, nas satisfações da vida, nas alegrias do mundo, o
sentido para a sua vida, mas nunca o encontrava.
“Eram prazeres momentâneos”, recorda
Santo Agostinho em sua obra ‘As confissões’. “Eram prazeres de horas, coisas
que me faziam curtir a vida, no entanto, ela só encurtava e eu não encontrava
nenhum sentido e nenhuma direção.”
A alma que anda inquieta, perturbada,
encontra-se sem sentido muitas vezes; faz muitas coisas, corre para lá e para
cá, mas precisa encontrar um repouso, precisa encontrar um sentido para tudo
aquilo que faz. E foi no coração de Deus, no coração de Jesus que Agostinho
encontrou seu referencial.
Foi o coração do Senhor que converteu
o coração do jovem Agostinho. Aquilo que antes para ele era prazeroso,
tornou-se algo fatigante; aquilo que antes lhe causava repugnância e não o
fazia sentir nenhum prazer pelas coisas de Deus, tornou-se o sentido e o prazer
para sua vida.
Por isso Agostinho consagrou a sua
vida inteiramente a Deus, tornou-se bispo de Hipona. Ele trouxe ensinamentos
iminentes para a Igreja da sua época e para a Igreja de todos os tempos.
A Igreja bebe da sabedoria que vem do
coração convertido deste santo, um coração que experimentou as doçuras de Deus
e, por isso, sua alma tornou-se um referencial para todos nós.
Nós que estamos no caminho da
conversão, da mudança de vida, precisamos, a cada dia, nos encontrarmos com o
Senhor. Que o nosso coração inquieto, perturbado, repouse no coração do Pai.
Deus abençoe você.
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