"Queridos jovens, ide com confiança ao
encontro de Jesus,
e, como os novos santos,
não tenhais medo de falar d'Ele."
(João Paulo II.)
O que os jovens precisam
é de encontrarem pessoas
que acreditem neles.
Deus acredita em você jovem,
a Igreja acredita em você.
Você é capaz de ser feliz na Igreja!
que acreditem neles.
Deus acredita em você jovem,
a Igreja acredita em você.
Você é capaz de ser feliz na Igreja!
Pe Roger Luis
Acompanhe pela @TV Canção Nova o "Preparai O Caminho"
Pré Jornada
Rio2013 http://goo.gl/J5l9B
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sábado, 28 de julho de 2012
Brasil tem mais de 1,5 milhão de infectados com o vírus da hepatite
Dentro de alguns anos, as chances de cura para a hepatite serão de 100%. No entanto, o grande empecilho para acabar com a doença é o desconhecimento da população
Guilherme Rosa
Brasil tem mais de 1,5 milhão de infectados com o vírus da hepatite. Desses, só 82.000 foram diagnosticados.(Thinkstock)
Desde o ano passado, o dia 28 de julho é reconhecido como Dia Mundial do Combate à Hepatite. Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ele tem por objetivo alertar a população sobre os perigos cada vez mais visíveis da doença, que atinge mais de 500 milhões de pessoas no mundo, e mata 1 milhão por ano. No Brasil, são 1,5 milhão de infectados pela hepatite C, o tipo mais grave da doença. No entanto, o desconhecimento é tanto que somente 82.000 desses pacientes procuraram tratamento médico até agora.
A hepatite C é provocada por um vírus que instala-se no fígado e pode demorar décadas para provocar qualquer tipo de sintoma. Mas, quando a hepatite se manifesta, pode ser na forma de cirrose ou câncer no fígado, potencialmente mortais. “Ela é uma doença traiçoeira e silenciosa. Até se manifestar, os pacientes não sabem que ela existe", diz a médica Maria Lúcia Ferraz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Desde a década de 90, esforços de prevenção têm diminuído o número de novos casos. A preocupação agora é com o grande número de pacientes que se infectaram nas décadas de 70 e 80, vão começar a manifestar os problemas nos próximos anos e necessitarão de tratamento médico. É uma bomba relógio, prestes a atingir o sistema de saúde brasileiro e mundial – nos EUA, a hepatite já mata mais do que a aids. “Isso acende um alerta. A partir de 2020, vamos ter de lidar com as formas mais graves da doença”, afirma Maria Lúcia.
Ao contrário da aids, a hepatite tem cura. Na última quarta-feira, o SUS colocou à disposição dos pacientes dois novos remédios, o Telaprevir e o Boceprevir. Com o novo tratamento, os médicos conseguem remover o vírus em 90% dos casos. Novas pesquisas devem aumentar as chances de cura para perto de 100% nos próximos quatro anos (veja algumas dessas pesquisas abaixo). Por isso, os pesquisadores dizem ser tão necessário que se informe a população e se diagnostique a doença antes que provoque danos irreparáveis nos fígados dos pacientes.
Quem deve fazer o teste para detecção da Hepatite C:
- • Pessoas que receberam transfusão de sangue ou de qualquer derivado de sangue antes de 1993;
- • Pessoas que receberam transplante de órgãos ou tecidos, além de doadores de esperma, óvulos e medula óssea
- • Doentes renais em hemodiálise
- • Pessoas que usam, ou usaram alguma vez, drogas injetáveis ou cocaína inalada
- • Indivíduos que usaram medicamentos intravenosos por meio de seringa de vidro nas décadas de 1970 e 1980
- • Portadores do vírus HIV
- • Filhos de mães contaminadas com a hepatite C
- • Pessoas que tenham feito tatuagens ou piercings em locais não vistoriados pela vigilância sanitária;
- • Pessoas com parceiros sexuais de longo tempo infectados com hepatite C
- • Pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com histórico de doenças sexualmente transmissíveis
- • Pessoas com necessidade de diagnóstico diferencial de agressão ao fígado
- • Profissionais da área da saúde, após acidente biológico ou exposição percutânea ou das mucosas a sangue contaminado
Desconhecimento - A hepatite pode ser causada por cinco tipos de vírus: A, B, C, D, e E. No Brasil, no entanto quase só há registros dos tipos A, B e C. Destes, o mais grave é o terceiro, responsável por 70% dos casos de hepatite crônica, que danifica o fígado no longo prazo. Pelo menos 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado são causados pelo vírus da hepatite C. Ele é transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas também existem casos de transmissão pela via sexual.
Até a década de 80 pouco se conhecia sobre a doença, e não existiam meios de evitar que uma transfusão de sangue propagasse o vírus. Por isso, todos que receberam transfusão antes de 1993 devem fazer o teste para saber se estão infectados. (Veja no box quem mais deve fazer o exame) “A maior parte dos doentes foi contaminada por transfusões de sangue dessa época. Hoje temos um grande avanço na prevenção da doença, e as transfusões não oferecem risco. A maior parte dos novos casos é registrada em usuários de drogas injetáveis”, diz Artur Timerman, médico infectologista do Hospital Albert Einstein.
O grande obstáculo para que a maior parte dos casos seja diagnosticada é o desconhecimento da população. Durante muito tempo, a doença recebeu pouca destaque, inclusive em campanhas governamentais. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Hepatologia mostrou que 29% dos brasileiros não conheciam a Hepatite C. Além disso, somente 51% das pessoas sabiam dizer o que era a doença, e só 5% a citam como uma doença de maior gravidade. Por isso os médicos são unânimes em defender estratégias de conscientização da população – entre elas o Dia Mundial do Combate à Hepatite. Eles dizem que só existe um modo de desarmar essa bomba relógio: o conhecimento.
Avanços na luta contra a hepatite:
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Vacina
A vacina contra Hepatite B já existe - ela faz parte do calendário básico de vacinação desde 1998. No entanto, produzir uma vacina contra o tipo C do vírus tem se mostrado muito mais difícil: seu cultivo em laboratório é complexo, e ele sofre muitas mutações.
No começo deste ano, pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, anunciaram os primeiros resultados positivos na busca por esse método de prevenção da doença. Ao invés de se focar no exterior do vírus - que é a parte mais mutante - eles basearam seu estudo em seu interior, mais constante ao longo do tempo. Os pesquisadores retiraram o material genético do vírus da hepatite C e inseriram dentro da “casca” de outro vírus, que foi injetado no sangue de 41 voluntários.
Segundo os pesquisadores, a resposta imunológica provocada pela vacina foi parecida com a registrada nas poucas pessoas que são naturalmente imunes à hepatite C. No entanto, os cientistas dizem que ainda devem demorar muitos anos até que a vacina possa chegar ao mercado. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.
Vejam
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as novidades:
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Depressão, e agora?
- Depressão tem cura
- Mulheres que trabalham durante muitas horas engordam mais, diz estudo.
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- Guarda Municipal vai capacitar
agentes para uso de pistola elétrica
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Boa notícia: novo tipo de tomografia computadorizada reduz em 20% as mortes por
câncer de pulmão.
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Guarda Municipal vai capacitar agentes para uso de pistola elétrica.
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Em testes clínicos, vacina contra dengue combate três dos quatro tipos do vírus
da doença
-
No Twitter, candidatos só podem enviar mensagens com propaganda política a seus
seguidores. Candidatos podem também enviar mensagens pelo celular.
- Sedentarismo causa tantas mortes
quanto cigarro.
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Palavras da Bíblia:
Na Sagrada Escritura, a velhice é
circundada de veneração (cf. 2 Mac 6, 23). O justo não pede para ser
privado da velhice e do seu peso; ao contrário, ele reza assim: “Vós
sois a minha esperança, a minha confiança, Senhor, desde a minha
juventude… Agora, na velhice e na decrepitude, não me abandoneis, ó
Deus, para que eu narre às gerações a força do vosso braço, o vosso
poder a todos os que hão-de vir” (Sl 71 [70], 5-18).
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LIVROS que estou lendo e aconselho a lê-los:
Autora: Dra. Ana Beatriz B. Silva. Editora Integrare - 11ª Edição.
Comentário: Em Mentes com Medo - Da Compreensão à Superação, Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e autora de best-sellers "Mentes Inquietas" e "Mentes & Manias", analisa nossos medos e fobias de maneira clara e objetiva, ajudando-nos a superá-los por meio da compreensão de seus mecanismos.
2º) SOFRER E AMAR.
Comentário: Em Mentes com Medo - Da Compreensão à Superação, Dra. Ana Beatriz B. Silva, psiquiatra e autora de best-sellers "Mentes Inquietas" e "Mentes & Manias", analisa nossos medos e fobias de maneira clara e objetiva, ajudando-nos a superá-los por meio da compreensão de seus mecanismos.
2º) SOFRER E AMAR.
Autor: Pe. Dr. João Mohana. Editora AGIR, 15ª Edição, isto em 1984.
Comentário: ... admito que uma pessoa comum, lendo um livro deste, verifique a pouca importância de seus sofrimentos habituais. Creio mesmo que, a partir da aceitação das doses banais do sofrimento, destas que todos temos todos os dias,, teremos forças para enfrentar certas situações mais heroicas. Igualmente, conforme o estado de espírito do sofredor concreto, um livro como este será útil.
O essencial, no caso, é a linguagem própria para falar-se a determinado sofrimento. Há sofredores diferentes e muitos modos de consolação, alguns, mesmo contraditórios entre si. Daí a dificuldade de quem escreve a respeito de tal assunto. De qualquer forma, eis um belo livro.
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Pe. Dr. João Mohana foi meu Diretor Espiritual e Professor de duas cadeiras de Psicologia, no CETEMA, Centro Teológico do Maranhão. Na época, eu era estudante de filosofia no Seminário.
Pe. Joaõ Mohana, era sacerdote, escritor, médico e psicólogo
Comentário: ... admito que uma pessoa comum, lendo um livro deste, verifique a pouca importância de seus sofrimentos habituais. Creio mesmo que, a partir da aceitação das doses banais do sofrimento, destas que todos temos todos os dias,, teremos forças para enfrentar certas situações mais heroicas. Igualmente, conforme o estado de espírito do sofredor concreto, um livro como este será útil.
O essencial, no caso, é a linguagem própria para falar-se a determinado sofrimento. Há sofredores diferentes e muitos modos de consolação, alguns, mesmo contraditórios entre si. Daí a dificuldade de quem escreve a respeito de tal assunto. De qualquer forma, eis um belo livro.
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Pe. Dr. João Mohana foi meu Diretor Espiritual e Professor de duas cadeiras de Psicologia, no CETEMA, Centro Teológico do Maranhão. Na época, eu era estudante de filosofia no Seminário.
Pe. Joaõ Mohana, era sacerdote, escritor, médico e psicólogo
Francisco Lusmar Paz
Aracoiaba,Ceará, Brasil
Estilo de vida
Sedentarismo causa tantas mortes quanto cigarro
Segundo pesquisadores, falta de atividade física já pode ser considerada uma pandemia mundial
Preso à cadeira: hábito contribui para o sedentarismo, que atinge um em cada três adultos no mundo
(Thinkstock)
Tais números, de acordo com o relatório, fazem com que o sedentarismo possa ser classificado como uma pandemia. Esse trabalho faz parte de uma série de artigos que o periódico vem divulgando sobre exercícios físicos, aproveitando a proximidade da Olimpíada de 2012, que começa na próxima semana em Londres.
A pesquisa considerou inatividade física como a prática de menos do que 150 minutos de atividade física moderada (caminhada rápida, por exemplo) ou menos do que 60 minutos de exercícios intensos (como corrida) por semana. Segundo os dados, esse quadro atinge um terço da população mundial adulta (maior do que 15 anos), e é ainda mais prevalente entre os adolescentes: quatro em cinco jovens de 13 a 15 anos não atingem os níveis mínimos de atividade física. O sedentarismo se torna mais comum conforme as pessoas ficam mais velhas e atinge mais mulheres do que homens e pessoas de países risco.
Leia também: Níveis de atividade física são melhores indicadores de mortalidade do que obesidade e hipertensão
Ficar sentado por muito tempo é um risco à saúde. Conheça seis maneiras de driblar o problema
Esse estudo foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores das universidades de Harvard e da Carolina do Sul, ambas nos Estados Unidos, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão de saúde americano, e do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar da Finlândia. Para os autores, um dos grandes responsáveis pela inatividade física no mundo são os meios de transportes motorizados, que acabam aumentando o número de horas em que um indivíduo permanece sentado durante o dia.
No artigo, eles reforçam a importância de as autoridades dos países promoverem a atividade física entre a população, ampliarem o acesso das pessoas a espaços públicos onde elas possam exercitar-se e garantirem a segurança de pedestres e ciclistas. Segundo estimativas dos pesquisadores, aumentar os níveis de atividade física entre a população mundial em 10% poderia evitar mais de 500.000 mortes em todo o mundo ao ano.
Fator de risco — De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é o quarto maior fator de risco para doenças crônicas, ficando atrás somente da hipertensão, do tabagismo e do colesterol alto. A pesquisa publicada na revista The Lancet mostrou que o sedentarismo causa 6% dos casos de doença cardíaca coronariana, 7% de diabetes tipo 2 e 10% dos casos de cânceres de mama e cólon.
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O que fazer em meio à atual crise no clero?
Padre Paulo Ricardo fala sobre a atual crise no clero e o que podemos fazer em relação a esta crise.
Meus
queridos irmãos e irmãs, chegamos ao momento mais importante do nosso
dia, no qual nos dedicamos a uma meditação detida, demorada, tranquila, a
respeito do método de consagração a Virgem Santíssima, segundo São Luís
Maria Grignion de Montfort. Estamos no décimo terceiro domingo do Tempo
Comum, no qual gostaria de fazer uma reflexão sobre o Evangelho de Hoje
e logo em seguida fazer a ligação com a Virgem Santíssima. O Evangelho
de hoje é o capítulo décimo de São Mateus.
Quem são esses apóstolos nos dias de hoje? O que fazer em meio à crise que vivemos?
Existem dois verbos em grego para dizer envio. Um é o verbo temto, que quer dizer somente enviar. O outro é o verbo apostello, que quer dizer enviar em missão como representante. Quando se envia um embaixador para outro país, este representa o país inteiro e uma ofensa a ele significa uma ofensa ao país. Porque ele não representa ele mesmo, mas é uma pessoa símbolo. O Apóstolo é uma pessoa símbolo. Ele representa Jesus, conforme nós acabamos de ouvir a proclamação: quem vos recebe, a mim recebe e quem me recebe, recebe aquele que me enviou (cf. Mt 10, 40). Quem me recebe, recebe aquele que me apostello, em grego.
Jesus é o grande Apóstolo do Pai, aquele que representa o Pai e os Apóstolos representam Jesus. Na Igreja nós temos esse dois tipos de fiéis em geral e os Apóstolos, os Bispos, os Padre, os Diáconos, que são homens que representam Jesus. Esse foram escolhidos. O Evangelho de São Marcos diz: Jesus escolheu os doze, escolheu aqueles que Ele quis (cf. Mc 3, 13-14). Eu sempre me perguntei e este é um dos grandes mistérios que sempre acompanhou a minha vida: que critério Jesus usou para escolher esses Apóstolos benditos. Um critério muito estranho. Acho que reitor nenhum escolheria como seminarista a Judas. Reitor nenhum do mundo ordenaria Judas. No entanto, Jesus, o melhor reitor do mundo, aquele que sabia de tudo, escolheu Judas. Escolheu com critérios muito estranhos. Jesus escolheu e parece que, nos nossos critérios humanos, fez escolhas muitos más. Porque, se você fizer um balanço geral, de doze Apóstolos, na hora da provação e da cruz, somente um que permaneceu fiel aos pés da cruz.
Eu não sei porque Jesus fez isso, é um mistério. No entanto, nós sabemos que Jesus não faz nada à toa e eu suspeito (aqui já é minha opinião de teólogo) que quando escolheu os doze, talvez os tenha escolhido parta preparar a Igreja para os tempos de provação e de crise no clero. Porque nós, fiéis cristãos católicos, somos chamados a ser muito humildes, a ponto de nos inclinar para beijar a mão de um pecador e reconhecer nessa mão, a mão chagada de Cristo ressuscitado. Vejam, se Jesus tivesse escolhido super Apóstolos, gente maravilhosa, fiel, santa, talvez hoje nós estaríamos com uma dificuldade ainda maior. Porque, nós olharíamos para aquelas escolhas que Jesus fez e olharíamos para os Padres e Bispos que temos hoje e diríamos: está diferente, caiu a qualidade, a Igreja está em crise. Mas, nós olhamos os Bispos e Padres de hoje e olhamos para os Apóstolos que Jesus escolheu e dizemos assim: continua a mesma miséria de sempre, porque somos, fundamentalmente, traidores da missão.
O Evangelho de hoje inicia dizendo: “quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim” (Mt 10, 37); quem não toma sua cruz não é digno de mim (cf. Mt 10, 38). Os Padres e Bispos que temos na Igreja hoje não são dignos Dele. Eu não estou falando de outros Padres e Bispos, estou falando de mim, que sou Padre e tenho a grande vantagem de poder falar mal dos Padres porque sou Padre. Não estou fazendo isso por ressentimento. A história do fracasso dos doze Apóstolos é a história do fracasso do clero católico ao longo da história da Igreja.
Sempre foi assim, uma miséria. Por isso, todo bom e sadio católico tem sempre um pouco de sadio anti-clericalismo, ou seja, nós fiéis cristãos católicos, sabemos o valor do sacerdócio de Nosso Senhor, sabemos como é importante um Padre, por isso nós nos inclinamos em veneração e beijamos aquela mão do Ressuscitado na mão de um miserável. Porém, nos sabemos que um Padre, ou que um Bispo é um homem com a alma em perigo. Por isso, não confiamos demais em Padres e Bispos. A gente fica até admirado quando vê Padre e Bispo santo. O mundo pode fazer as acusações que quiser, nós católicos vamos continuar beijando as mãos dos Sacerdotes, por mais pecadores que sejam, nós continuaremos assim porque essa é a nossa fé. Porque cremos que eles não são eles. Nós cremos que quem recebe o Padre, recebe Jesus e quem recebe Jesus recebe Aquele que O enviou (cf. Mt 10, 40). Essa é a nossa fé.
Diante desta fé e desta miséria, nós temos uma grande batalha. Esta batalha está descrita por Jesus na última ceia. O Evangelho de São Lucas diz com toda a clareza. Jesus olha para São Pedro e diz: Pedro, Pedro, Satanás pediu permissão para peneirar-vos como trigo (cf. Lc 22, 31). A ideia que está por trás é de um julgamento. Deus é o juiz e Satanás é o acusador. Satan que dizer isso: acusador. Quem é aquele “vos” que está na mesa com Jesus? São os Padres e Bispos. Satanás pediu permissão para peneirar-vos, ó Apóstolos, ó Padres e Bispos. Pelo jeito ele recebeu a permissão, do jeito que estamos feios na foto. Olha o saldo geral dos Apóstolos, peneirados por Satanás: um traiu e se enforcou; outro negou três vezes; outros nove deram no pé e só Joãozinho, não se sabe se por virtude ou porque todo jovem é meio maluquinho, é que ficou aos pés da cruz.
O saldo não foi muito positivo. No entanto, Jesus não para por aí. Ele diz assim: porém, eu roquei por ti (cf. Lc 22, 32). Não existe só o acusador, Satanás. Existe eu defensor, Jesus. Ele é o advogado de defesa. Ele é o Paráclito, junto com o Espírito Santo e Ele diz: eu roguei por ti, Simão Pedro. Tu, quando te converteres, confirma os teus irmãos. Jesus está aqui dando uma chave para os Padres e Bispos e dizendo assim: meus irmãozinhos, quando vocês estiverem numa situação feia, numa situação complicada, saibam de uma coisa, eu roguei por Pedro, eu roguei pelo Papa e ele vai confirmá-los na fé. Se Jesus rezou pelo Papa, vamos também nós rezar por ele. Porque nós precisamos da confirmação deste homem, precisamos de Pedro que venha para confirmar a fé dos Padres e Bispos que precisam desta confirmação. Porém, a coisa não para por aí. Tem João, Joãozinho, o Padre fiel, que não se sabe se por virtude ou por descuido ficou lá ao pé da cruz.
Quem será este percentual de Padres fiéis, que ficam ao pé da Cruz? São aqueles que recebem Maria por Mãe. O Padre que recebe Maria em casa. Jesus, no seu testamento final, nas últimas palavras registradas na cruz diz isso e vamos considerar que as palavras que ele diz na cruz são palavras pensadas e repensadas. Ele não está em condições de fazer nenhum sermão. Então, para falar ele tinha que ser erguer nos seus braços e nas suas pernas para poder respirar direito e isso era intensamente doloroso. Porque nas mãos e nos pés temos os terminais nervosos mais sensíveis do nosso corpo. Por isso, é intensamente doloroso e com aquela dor lancinante, Jesus se ergue e pronuncia: filho, “Eis a tua mãe!” (Jo 19, 27), “Mulher, eis o teu filho!” (Jo 19, 26).
Ao pronunciar isso, Jesus está recordando uma mulher que fora prometida, uma profecia. Uma mulher que desde a primeira página desastrada da história da humanidade tinha sido prometida, quando Deus disse: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça” (Gn 3, 15). Esta mulher era prometida desde o início, esta mulher é Maria, a nova Eva. Assim como Eva desobedeceu a Deus no pé de uma árvore, Maria obedeceu a Deus no pé da cruz, a outra árvore. Assim como Eva pecou, tomando o fruto proibido, Maria obedece a Deus nos dando, nos entregando o fruto de seu ventre. Assim como Eva era virgem e imaculada, e se perdeu, Maria, Virgem e Imaculada obedeceu e teve fé até o fim.
Meus queridos, quando Jesus ressuscitou ao terceiro dia, Ele apareceu aos Apóstolos. Existe uma aparição toda especial para São Pedro. O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão (cf. Lc 24, 34). Exatamente porque aquele Pedro, que foi peneirado por Satanás, quando ele retorna, ele tem que confirmar a fé dos seus irmãos. Por isso, Jesus aparece especialmente para Pedro, para o primeiro Papa, para que ele confirme a fé dos seus irmãos. Essas aparições eram para confirmar a fé daqueles que tinham desesperado, perdido a fé. Jesus os confirmava. Porém, a Tradição nos conta, mas não está na Bíblia, que havia uma aparição especial de Jesus a Maria.
A primeira pessoa que Jesus procurou depois de ressuscitado foi a Virgem Santíssima. Essa aparição a Maria não está na Bíblia por uma razão muito simples. As aparições que estão na Bíblia são para confirmara fé, como testemunha daqueles que tinham perdido a fé. São aparições públicas para testemunhar a fé pública. A aparição a Maria não está na Bíblia porque ela não tinha perdido a fé, por isso, ela não precisava de uma aparição. O Filho dela apareceu a Maria para consola-la com a sua Ressurreição. Não precisava confirmara sua fé porque ela jamais vacilou.
Maria, que jamais vacilou na fé, é aquela que recebe João, é aquele os Sacerdotes, é aquela que recebe os Bispos, é aquela que recebe os Apóstolos em casa, é aquela que recebe todos os fiéis cristãos em casa, para confirmá-los na fé que ela tem, e que diz: vai passar, este mal passará, este mal terrível, esta crise, esta tempestade, que faz com que o barquinho da Igreja esteja cheio de água, esta crise terrível passará. Jesus parece dormir na popa do barco (cf. Lc 8, 23), mas Ele se ergue e ressuscita quando é o momento Dele. Nós somos chamados hoje a entregar, a confiar todos os sacerdotes ao Coração Imaculado de Maria, da mesma forma que Jesus entregou o sacerdote São João, aos pés da cruz.
No Seu discurso aos Apóstolos, Jesus diz: quem não toma a sua cruz não é digno de mim (cf. Mt 10, 38). O que fazem os Apóstolos diante da cruz? Fogem diante dela e mostram que não são dignos Dele. Nenhum Padre é digno de Jesus, assim como nenhum Bispo é digno de Jesus. Nós precisamos nos dar conta que, mesmo nesta indignidade, Ele nos confirma. Eu roguei por ti. Quando te converteres, confirma os teus irmãos (cf. Lc 22, 32), Ele reza por nós. Maria, a Mãe Santíssima é aquela a qual Ele confia os Sacerdotes para que eles voltem à fé. Para que eles continuem firmes na fé, para que eles se entreguem e sejam dignos Dele. Quando Jesus entrega João a Maria, Ele está entregando todos os fiéis, mas vamos nos lembrar que ele não era um discípulo qualquer.
João era um Apóstolo, um Sacerdote, portanto, filho predileto da Virgem. E, nós precisamos que os Sacerdotes se entreguem como filhos prediletos a Virgem Maria, porque estamos no calor da batalha, estamos na frente de batalha. A vida de todos os cristão são uma luta, mas para os Sacerdotes de forma especial, porque estes são provados. Pedro, Pedro, Satanás pediu para peneirar-vos como trigo. Eu, porém, roguei por ti. Confirma teus irmãos (cf. Lc 22, 31-32). Nós temos, como Padres, estas duas colunas que nos ajudam: o Papa (“confirma os teus irmãos” Lc 22, 32) e Maria (“eis o teu filho!” Jo 19, 26).
No momento da crise sacerdotal, é a fidelidade ao Papa e a devoção a Maria que resgatará os sacerdotes da miséria. Por isso, meus irmãos, joelho no chão pelos Padres. Terço neles, para entregá-los ao Coração de Maria, porque a Igreja está em crise e esta é uma crise sacerdotal, é uma crise do clero, dos padres, dos bispos. A Virgem Santíssima nos recebe a cada um de nós. Eu não tenho dúvida que ela receberia Judas, se ele quisesse entrar na casa dela. Ela nos recebe como coisa e propriedade dela, como filhos prediletos. Por isso, nossa consagração à Virgem deve alavancar essa consagração desses numerosos sacerdotes, que serão esse exército da Virgem Maria. Com a fidelidade a Pedro, que confirma os irmãos e a Maria aos pés da cruz, se Deus quiser, com os Padres do mundo inteiro, iremos ajudar a Igreja a sair desse momento de angústia. Rezemos meus irmãos, confirmemos a nossa fé, continuemos firmes e confiantes, não estamos sozinhos, ela está conosco.
Este artigo foi retirado da homilia do Padre Paulo Ricardo no I Consagra-te de Cuiabá, em 2011.
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Educação: políticos ignoram qualidade do gasto.
Debate sobre gasto com educação cai no vazio
Parlamentares querem elevar para 10% do PIB a despesa do governo com o setor; ponto fundamental, que é a qualidade do gasto, foi esquecido
Keila Cândido
Gasto médio com crianças e adolescentes é cinco vezes menor que com universitários
(Cristiano Mariz/VEJA)
O PNE – As discussões sobre o atual PNE, que vai vigorar até 2020, carecem de qualidade. Ao longo de dezoito meses, deputados e senadores – instigados por movimentos sociais, sindicatos de professores, ONGs, etc, e pelo clima eleitoral, que os leva a encampar, sem análise aprofundada, projetos com forte apelo popular – foram incorporando demandas adicionais de recursos a cada nova reunião. Assim, dos atuais 5% de gastos com educação enquanto proporção do PIB, os valores foram subindo, subindo, até parar nos 10% aprovados pela Câmara em 26 de junho. Sem fazer contas, o número parece representar a panaceia para todos os males do setor. Nada garante, entretanto, que o desembolso adicional de 200 bilhões de reais no período implique melhoria do ensino. “A discussão em cima do PNE está mais eleitoreira do que deveria. Os problemas fundamentais, e que ninguém discute, são a qualidade dos serviços oferecidos, para onde está indo o dinheiro que já está sendo gasto e a efetividade das ações recentes do governo”, declarou Nilson Oliveira, pesquisador do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial.
Gasto avança – No Parlamento, enquanto ecoavam reclamações por mais recursos, pouco destaque era dado a um importante indicador: o investimento no setor já se encontra em expansão. Os valores destinados à educação crescem cerca de 0,3 ponto porcentual do PIB ao ano desde 2000. No ano passado, o setor público investiu 5,1% do PIB no segmento, o equivalente ao que é verificado em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Até junho deste ano, o investimento que mais cresceu, exceto o gasto com o programa Minha Casa, Minha Vida, foi em educação. De acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, o MEC recebeu 4,61 bilhões de reais na primeira metade de 2012. Entre janeiro e junho de 2011, o valor transferido totalizou 2,68 bilhões reais, o que implicou um aumento de 1,93 bilhão de reais na comparação entre os semestres.
A evolução dos gastos com educação não tem resultado, porém, em melhoria nos índices de avaliação de desempenho dos estudantes. No último exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado em 2009, o Brasil ficou em 53º lugar em leitura e em 57º em matemática, numa lista de 65 países. A nota média nacional foi, por exemplo, de 412 pontos em leitura, um verdadeiro vexame. Os alunos do país guardam distância abissal quando comparados aos estudantes de Xangai, na China, cuja pontuação foi de 556. Em matemática, um confronto ainda mais desigual: 600 pontos para os chineses e 386 para os brasileiros.
Leia mais: Desempenho de alunos brasileiros está bem abaixo do ideal
China lidera ranking mundial de avaliação do ensino
Infográfico: Os números do Pisa
5, 7 ou 10 por cento? – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também defendeu a tese de que o orçamento comportaria um gasto de, no máximo, 7% do PIB. Especialistas ouvidos pelo site de VEJA dizem que dar este salto não seria absurdo, tendo em vista que há muito a construir. Na opinião de Oliveira, um avanço para 7% do PIB só será consistente se for estabelecido um plano de melhorias. “A verba pode até ser usada, mas deve ser feita uma avaliação detalhada sobre seu impacto e efetividade”, disse.
Para Fernando Veloso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), mais importante que aumentar os recursos é a maneira como serão utilizados. “Só faz sentido haver aumento do gasto se ele for focado e eficiente, em conformidade com um pacote de medidas que realmente promova avanços na educação.”
Para Oliveira, o Brasil não avalia de maneira adequada os investimentos em esforços novos que têm sido empreendidos, como, por exemplo, a desastrosa ampliação das universidades federais no governo Lula. Tampouco se faz uso das estatísticas dos exames de avaliação para promover mudanças. Em resumo, há um uso inadequado dos recursos.
Especial: Greve nas federais faz 2 meses com impasse longe do fim
Tema em foco: Crise nas universidades federais
Logo, a promoção de uma verdadeira revolução no modo de gastar o dinheiro da educação – com qualificação e remuneração adequada de professores, a criação de um sistema baseado na meritocracia, etc – representa um passo essencial. E tal debate não teve ambiente adequado para prosperar nas discussões do PNE em curso no Congresso Nacional.
Contas públicas – É preciso pensar seriamente também em como acomodar os gastos adicionais em nossas finanças sem causar um problema fiscal. Ainda que um dispêndio equivalente a 7% do PIB seja considerado aceitável pelo próprio ministério da Fazenda, não será tarefa simples acomodá-lo na próxima década. A primeira dificuldade são as próprias surpresas do Orçamento. Muitas vezes, por razões políticas, são aprovados dispositivos, como um aumento expressivo do salário mínimo, que podem tornar essa missão mais espinhosa.
A cada ano, o governo precisa considerar todos os gastos previstos, e não fazer uma conta isolada. Por isso, avalia o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Mansueto Almeida, estabelecer um gasto rígido com educação em relação ao PIB é ruim. Ele também aponta que o porcentual de desembolso tem de surgir de uma análise das reais necessidades da área e não ser fixado previamente. “É preciso olhar o cenário educacional e definir o quanto precisa gastar para melhorar”, resumiu. “A pergunta que deveria ser feita é: ‘quanto o Brasil precisa investir para acabar com o atraso educacional’? Desta forma, o governo pode calcular o quanto precisa ao longo do tempo e controlar outras despesas”, acrescentou.
O fator ‘crise’ – Além de definir melhor como usar os recursos, o Planalto terá de se preocupar em definir as receitas que permitirão realizar o pagamento. Em tempos de crise, essa conta fica mais difícil de ser feita. Nesta sexta-feira, por exemplo, o Ministério do Planejamento elevou em 912 milhões de reais a projeção para a arrecadação tributária, mas, ao mesmo tempo, espera um gasto 412 milhões de reais maior com despesas obrigatórias – a maior parte delas deriva de recursos para subsídios criados para salvar o PIB nacional da crise.
Ante a desaceleração do crescimento econômico e os benefícios fiscais, Almeida sugere reduzir o gasto em outras áreas, como a previdenciária, por exemplo, estabelecendo idade mínima para aposentadoria e redefinindo as regras de pensões. Seria possível assim abrir espaço para redirecionamento de verbas para educação.
Adicionalmente, para conseguir aumentar, de forma sustentável, o gasto com educação em dois pontos porcentuais do PIB nos próximos oito anos, o governo terá de discutir outras reformas. “Queremos gastar muito com Previdência, muito com saúde, muito com educação, mas o Orçamento não comporta. Por isso, somos o país emergente com a maior carga tributária”, concluiu. No futuro, outra fonte de recursos para atender aos anseios da população pode ser a receita da exploração da camada pré-sal.
Enfim, é preciso planejamento – tanto da reformulação do sistema de ensino, de modo a gastar com eficiência e corrigir as escandalosas distorções atuais, quanto da incorporação destes gastos nas contas públicas.
(com reportagem de Naiara Infante Bertão)
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Saúde cardiovascular
Stress no trabalho aumenta em até 70% risco de problemas cardiovasculares em mulheres
Pesquisa feita em Harvard mostrou que empregos que exigem muitas tarefas em pouco tempo elevam chances de mortes por doenças do coração
Stress no trabalho é risco a longo prazo para saúde cardíaca da mulher, diz estudo
(ThinkStock)
CONHEÇA A PESQUISAOs pesquisadores consideraram um trabalho muito estressante como aquele cujas tarefas demandam muito das mulheres — ou seja, as fazem produzir o tempo todo com prazos difíceis de serem cumpridos e as deixam sempre em estado de tensão. Segundo os resultados, em relação a mulheres cujo emprego era menos estressante, aquelas que sofriam mais stress no trabalho tiveram um risco 40% maior de terem qualquer problema decorrente de uma doença cardiovascular (ataque cardíaco, AVC, cirurgia ou morte) e aproximadamente 70% mais chances de sofrerem um infarto não fatal.
Título original: Job Strain, Job Insecurity, and Incident Cardiovascular Disease in the Women’s Health Study: Results from a 10-Year Prospective Study
Onde foi divulgada: revista PLoS One
Quem fez: Natalie Slopen, Robert Glynn, Julie Buring, Tené T. Lewis, David Williams e Michelle Albert
Instituição: Hospital Brigham and Women da Universidade de Harvard, Estados Unidos
Dados de amostragem: 22.086 mulheres com idade média de 57 anos
Resultado: Trabalhos estressantes e altamente tensos aumentam em 40% chances de evento cardiovascular, morte por um problema desses e cirurgia cardíaca e em 70% risco de infarto não fatal
Leia também: Mulheres que têm trabalho exaustivo tendem a comer mais e descontroladamente
Vitamina B pode melhorar stress relacionado ao trabalho
Stress no trabalho é risco crescente para a saúde pública
Essas conclusões foram baseadas em 10 anos de pesquisa feita com 22.086 mulheres que tinham, em média, 57 anos quando o estudo começou. Durante esse período, foram registrados 170 ataques cardíacos, 163 casos de acidente vascular cerebral (AVC) e 52 mortes por doença cardiovascular. Ao calcularem a relação entre stress no trabalho e esses eventos cardíacos, os pesquisadores também levaram em consideração outros fatores de risco, como idade, estilo de vida e hábitos alimentares.
“Empregos altamente estressantes e que provocam tensão entre os trabalhadores são uma forma de stress psicológico e surtem efeitos adversos à saúde cardiovascular a mulher a longo prazo. Nossos resultados sugerem a necessidade de cuidados especiais de saúde a pessoas que sofrem maior tensão no trabalho e que, portanto, podem ter um maior risco de eventos cardiovasculares”, diz a coordenadora da pesquisa, Michelle Albert.
As doenças cardíacas em mulheres são muito graves?
Embed:
Dra. Beth Abramson, professora associada de
Medicina da Universidade de Toronto e diretora do Centro de Prevenção e
Reabilitação Cardíaca e Saúde Cardiovascular da Mulher - St. Michael
Hospital/Toronto (Canadá)
- As doenças cardíacas em mulheres são muito graves?
- Quais são os principais fatores de risco para um ataque cardíaco em mulheres?
- Quais são os sintomas mais comuns de um ataque cardíaco em mulheres?
- Os sintomas de um ataque cardíaco acontecem sempre de repente?
- Hormônios femininos têm algum papel em ataques cardíacos em mulheres?
- Por que a maioria dos ataques cardíacos ocorrem após a menopausa?
- Como os hormônios afetam as artérias?
- É verdade que mulheres têm menos ataques cardíacos do que homens, mas uma maior mortalidade?
- O que as mulheres podem fazer para prevenir ataques cardíacos?
- Qual a relação entre o excesso de peso e ataques cardíacos em mulheres?
- O cigarro tem um impacto maior na saúde feminina, comparando com a dos homens?
- Anticoncepcionais orais aumentam os riscos de problemas coronários?
- O stress pode ser um fator de risco para problemas cardíacos?
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Ciência
O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking,
de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado
há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a
mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em
uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro
era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto
afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo
polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de
assinatura do manifesto como convidado de honra.
Leia mais: Entenda o manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e até polvos
Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts
Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25
pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a
consciência em humanos também existem nos animais. "As áreas do cérebro
que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a
consciência", diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de
VEJA:
Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito? Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.
Leia mais: A íntegra, em inglês, do manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como polvos
Quais animais têm consciência? Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.
É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos? Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.
Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência? Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.
Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais? Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.
Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais? É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.
As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento? Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.
O que pode mudar com o impacto dessa descoberta? Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.
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"Não é mais possível dizer que não sabíamos", diz Philip Low
Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo, e como essa descoberta pode impactar a sociedade
Marco Túlio Pires
Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da
consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem
neurocientistas
(Thinkstock)
Leia mais: Entenda o manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e até polvos
Philip Low: "Todos os mamíferos e pássaros têm consciência"
Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito? Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.
Leia mais: A íntegra, em inglês, do manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como polvos
Quais animais têm consciência? Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.
É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos? Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.
Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência? Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.
Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais? Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.
Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais? É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.
As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento? Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.
O que pode mudar com o impacto dessa descoberta? Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.
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Comportamento animal
Quase humanos
Neurocientistas publicam manifesto afirmando que mamíferos, aves e até polvos têm consciência e esquentam debate sobre direitos dos animais
Marco Túlio Pires
Chimpanzé alimenta um filhote de tigre dourado, em mini
zoológico na cidade de Samutprakan, Tailândia: percepção de sua própria
existência e do mundo ao seu redor
(Rungroj Yongrit/EFE)
Leia mais: A íntegra, em inglês, do manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como polvos
Apresentado à Nasa nesta quinta-feira, o manifesto não traz novas descobertas da neurociência — é uma compilação das pesquisas da área. Representa, no entanto, um posicionamento inédito sobre a capacidade de outros seres perceberem sua própria existência e o mundo ao seu redor. Em entrevista ao site de VEJA, Philip Low, criador do iBrain, o aparelho que recentemente permitiu a leitura das ondas cerebrais do físico Stephen Hawking, e um dos articuladores do movimento, explica que nos últimos 16 anos a neurociência descobriu que as áreas do cérebro que distinguem seres humanos de outros animais não são as que produzem a consciência. "As estruturas cerebrais responsáveis pelos processos que geram a consciência nos humanos e outros animais são equivalentes", diz. "Concluímos então que esses animais também possuem consciência."
O que é consciência?
PARA A FILOSOFIAFilosoficamente, é o entendimento que uma criatura tem sobre si e seu lugar na natureza. Alguns atributos definem a consciência, como ser senciente, ou seja, sentir o mundo à sua volta e reagir a ele; estar alerta ou acordado ou ter consciência sobre si mesmo (o que, para a filosofia já basta para incluir alguns animais “não-linguísticos” entre os seres com consciência). Fonte: Enciclopédia de Filosofia de Stanford
PARA A CIÊNCIA
A ciência considera como consciência as percepções sobre o mundo e as sensações corporais, junto com os pensamentos, memórias, ações e emoções. Ou seja, tudo o que escapa aos processos cerebrais automáticos e chega à nossa atenção. O conteúdo da consciência geralmente é estudado usando exames de imagens cerebrais para comparar quais estímulos chegam à nossa atenção e quais não. Como resumiu o neurocientista Bernard Baars, em 1987, o cérebro é como um teatro no qual a maioria dos eventos neurais são inconscientes, portanto acontecem “nos bastidores”, enquanto alguns poucos entram no processo consciente, ou seja, chegam ao “palco”.
Personalidade animal - Dizer que os animais têm consciência pode trazer várias implicações para a sociedade e o modo como os animais são tratados. Steven Wise, advogado e especialista americano em direito dos animais, diz que o manifesto chega em boa hora. "O papel dos advogados e legisladores é transformar conclusões científicas como essa em legislação que ajudará a organizar a sociedade", diz em entrevista ao site de VEJA. Wise é líder do Projeto dos Direitos de Animais não Humanos. O advogado coordena um grupo de 70 profissionais que organizam informações, casos e jurisprudência para entrar com o primeiro processo em favor de que alguns animais — como grandes primatas, papagaios africanos e golfinhos — tenham seu status equiparado ao dos humanos.
O manifesto de Cambridge dá mais munição ao grupo de Wise para vencer o caso. "Queremos que esses animais recebam direitos fundamentais, que a justiça as enxergue como pessoas, no sentido legal." Isso, de acordo com o advogado, quer dizer que esses animais teriam direito à integridade física e à liberdade, por exemplo. "Temos que parar de pensar que esses animais existem para servir aos seres humanos", defende Wise. "Eles têm um valor intrínseco, independente de como os avaliamos."
Questão moral - O manifesto não decreta o fim dos zoológicos ou das churrascarias, muito menos das pesquisas médicas com animais. Contudo, já foi suficiente para provocar reflexão e mudança de comportamento em cientistas, como o próprio Low. "Estou considerando me tornar vegetariano", diz. "Temos agora que apelar para nossa engenhosidade, para desenvolver tecnologias que nos permitam criar uma sociedade cada vez menos dependente dos animais." Low se refere principalmente à pesquisa médica. Para estudar a vida, a ciência ainda precisa tirar muitas. De acordo com o neurocientista, o mundo gasta 20 bilhões por ano para matar 100 milhões de vertebrados. Das moléculas medicinais produzidas por esse amontoado de dinheiro e mortes, apenas 6% chega a ser testada em seres humanos. "É uma péssima contabilidade", diz Low.
Contudo, a pesquisa com animais ainda é necessária. O endocrinologista americano Michael Conn, autor do livro The Animal Research War, sem edição no Brasil, argumenta que se trata de uma escolha priorizar a espécie humana. "Conceitos como os de consentimento e autonomia só fazem sentido dentro de um código moral que diz respeito aos homens, e não aos animais", disse em entrevista ao site de VEJA. "Nossa obrigação com os animais é fazer com que eles sejam devidamente cuidados, não sofram nem sintam dor — e não tratá-los como se fossem humanos, o que seria uma ficção", argumenta. "Se pudéssemos utilizar apenas um computador para fazer pesquisas médicas seria ótimo. Mas a verdade é que não é possível ainda."
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