MISSA DO 16º DOMINGO COMUM
Primeira leitura (Gênesis 18,1-10a)
Domingo, 18 de Julho de 2010
16º Domingo Comum
Livro do Gênesis:
Naqueles dias, 1o Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele estava sentado à entrada de sua tenda, no maior calor do dia.
2Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. 3E disse: “Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. 4Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. 5Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo”.
Eles responderam: “Faze como disseste”.
6Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara, e lhe disse: “Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os”.
7Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora.
8A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles. Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam.
9E eles lhe perguntaram: “Onde está Sara, tua mulher?”
“Está na tenda”, respondeu ele.
10aE um deles disse: “Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Salmo (Salmos 14)
Domingo, 18 de Julho de 2010
16º Domingo Comum
— Senhor, quem morará em vossa casa?
— Senhor, quem morará em vossa casa?
— É aquele que caminha sem pecado/ e pratica a justiça fielmente;/ que pensa a verdade no seu íntimo/ e não solta em calúnias sua língua.
— Que em nada prejudica seu irmão,/ nem cobre de insultos seu vizinho;/ que não dá valor algum ao homem ímpio,/ mas honra os que respeitam ao Senhor.
— Não empresta o seu dinheiro com usura,/ nem se deixa subornar contra o inocente./ Jamais vacilará quem vive assim!
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Segunda leitura (Colossenses 1,24-28)
Domingo, 18 de Julho de 2010
16º Domingo Comum
Carta de São Paulo apóstolo aos Colossenses:
Irmãos: 24Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar em minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja.
25A ela eu sirvo, exercendo o cargo que Deus me confiou de vos transmitir a palavra de Deus em sua plenitude: 26o mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos.
27A estes Deus quis manifestar como é rico e glorioso entre as nações este mistério: a presença de Cristo em vós, a esperança da glória.
28Nós o anunciamos, admoestando a todos e ensinando a todos, com toda a sabedoria, para a todos tornar perfeitos em sua união com Cristo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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Evangelho (Lucas 10,38-42)
Domingo, 18 de Julho de 2010
16º Domingo Comum
— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava sua palavra.
40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!”
41 O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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1ª EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO
Por Pe. Pacheco da Comunidade Canção Nova
Neste final de semana estamos meditando acerca de uma visita que Jesus faz a seus amigos em Betânia. Betânia é um vilarejo situado na encosta oriental do Monte das Oliveiras e fica a uma distância de 3 km de Jerusalém. É caminho de quem ia de Jerusalém para Jericó e vice-versa. O Senhor, ao fazer este percurso, sempre ficava na casa de seus amigos em Betânia, casa de Lázaro, Marta e Maria. Ali, descansava e convivia com eles. É numa dessas visitas que acontece o fato apresentado por Lucas no Evangelho deste final de semana.
Cristo sempre tem o desejo e tem o querer estar em comunhão com os Seus amigos. E quem são os amigos do Senhor? Cada um de nós, pelo Batismo: “Já não vos chamo mais servos, mas amigos”. Ora, se somos amigos – e o somos – temos de entender que a indiferença é algo totalmente oposto à amizade. Quem é amigo, quem ama, sempre “gastará” (ganhará!) tempo com o outro.
Comunidade Canção Nova
2ª EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO
Por Frei Jorge Lorente- Site: Canto da Paz
Na liturgia deste domingo encontramos Jesus em Betânia, na casa de duas irmãs. Marta e Maria são também irmãs de Lázaro. Todos os três sempre foram grandes amigos de Jesus.
A cidade de Betânia ficava no caminho entre Jericó e Jerusalém. E, em suas viagens, para lá ou para cá, Jesus não deixava de entrar em Betânia para visitar seus amigos. Sabia que lá encontraria uma calorosa acolhida. Diante dessa certeza, por mais pressa que tivesse, nunca passaria por ali sem dar uma "paradinha".
Como é bom entrar na casa de amigos! Como é bom sentir-se acolhido e amado. Jesus também fica muito feliz quando o recebem com amor. O lar que acolhe Jesus adquire ar festivo. É o que podemos notar no evangelho de hoje. As duas irmãs dão a Jesus uma recepção digna de um grande amigo.
Lucas não menciona outras pessoas neste evangelho. Fala somente de Jesus e das irmãs Marta e Maria, mas Jesus andava sempre acompanhado dos seus discípulos, e Lucas inicia o Evangelho dizendo: “Enquanto caminhavam”…por isso, é bastante provável que seus doze apóstolos também estivessem naquela casa esperando pelo almoço que Marta estava preparando.
Diante de tanto serviço e de tantas preocupações, não é de se estranhar que Marta tenha reclamado com Jesus da falta de colaboração de sua irmã. É muito importante ressaltar também, a forma como Marta falou com Jesus.
Ela fala de maneira meio chorosa, e reconhece a autoridade de Jesus ao pedir-lhe que mande Maria ajudá-la. Seu jeito de conversar com Jesus deixa transparecer a grande amizade existente entre eles. Marta via Jesus como alguém da família e falou com Ele como se fala para um pai ou para um grande amigo.
Falou sem rodeios e naturalmente, não falou por mal. Estava somente transmitindo o que sentia. Sentia-se sozinha e abandonada em meio a tantos afazeres, e sem ninguém com quem dividir as tarefas.
As palavras de Jesus não devem ser interpretadas como advertência para Marta, nem como elogios para o comportamento de Maria. Jesus não está censurando o trabalho e muito menos, elogiando Maria por não ajudar sua irmã. Sabe que Marta tem muitos motivos para estar preocupada com seus afazeres.
No entanto, Jesus sabe também como é importante que as coisas de Deus estejam em primeiro lugar em nossas vidas. É isso que Jesus tenta ensinar para Marta e para cada um de nós. As preocupações do dia-a-dia sempre existirão e não devem ser negligenciadas, entretanto é preciso cuidado para não nos envolvermos somente com as coisas materiais, a ponto de colocarmos Deus em segundo plano.
Marta e Maria se complementam. Por isso se entendem, vivem juntas e são tão companheiras. Não podemos analisá-las de forma isolada, pois uma é o complemento da outra. Uma é o exemplo vivo do trabalho, da ação e do gesto concreto. A outra representa a vida contemplativa e a meditação da palavra de Deus. Maria representa, acima de tudo, a oração.
A união das duas representa a perfeição da vida. O trabalho de Marta deve ser visto como algo necessário e a oração de Maria, como algo indispensável. Como dizia São Tiago, a fé sem obras é morta, no entanto a boa obra é fruto da oração. Quem dera fôssemos metade Marta, metade Maria; para estarmos sempre disponíveis, sem nunca nos afastarmos de Jesus.
(fonte: www.miliciadaimaculada.org.br - autor: Jorge Lorente)
Entendendo a Santa Missa
Que é a Santa Missa?
R: A Santa Missa é a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário. É o mesmo e único sacrifício infinito de Cristo na Cruz, que foi solenemente instituído na Última Ceia. Nesta cerimônia ímpar, Cristo é ao mesmo tempo vítima e sacerdote, se oferecendo a Deus para pagamento dos pecados, e aplicando a cada fiel seus méritos infinitos.
No mundo em que vivemos, vemos 3 motivos diferentes p as pessoas irem a missa
• existem os que vão para cumprir um preceito ou tradição; (ou os pais obrigam)
• há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;
• e há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.
Nós devemos ir a Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos, e para isso veremos quanto completa é a celebração da Santa Missa;
Ritos Iniciais
Canto de Entrada: o canto de entrada tem o objetivo de nos ajudar a rezar. Ele manifesta a Deus nosso louvor e adoração.
Saudação: o padre saúda a comunidade reunida anunciando a presença de Jesus.
Ato Penitencial: em uma atitude de profunda humildade, pedimos perdão de nossos pecados.
Glória: já perdoados, cantamos para louvar e agradecer.
Coleta (oração): o padre coloca todas as intenções, e no final da oração a oração responde com a palavra Amém (que significa “assim seja”).
Liturgia da Palavra
Primeira Leitura: passagem tirada do Antigo Testamento (parte bíblica que prepara a vinda do Messias).
Salmo de Resposta: é um canto ou um salmo que nos ajuda a entender melhor a mensagem da primeira leitura.
Segunda Leitura: passagem tirada do Novo Testamento, de uma das cartas (epístolas) dos Apóstolos (Filipenses, Gálatas, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, etc)
Aclamação do Evangelho: nesta hora ouvimos o padre anunciar a MENSAGEM DE JESUS. Por isso cantamos “ALELUIA” (que significa “alegria”).
Evangelho: Jesus nos fala apresentando-nos o REINO DE DEUS.
Homilia: o padre explica as leituras e o Evangelho.
Profissão de Fé (Credo): momento em que professamos tudo aquilo que como cristãos devemos acreditar.
Oração dos Fiéis: a comunidade reunida reza pela Igreja e por todas as pessoas do mundo.
Liturgia Eucarística
Preparação das Oferendas: momento em que oferecemos a nossa vida, ou seja, tudo o que somos ao Senhor. Logo depois ocorre a oração sobre as oferendas, que por intermédio do sacerdote, Jesus consagra o Pão e o Vinho.
Oração Eucarística: momento principal da celebração. Onde recordamos a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Não é apenas uma lembrança de um fato que aconteceu, mas sim algo que acontece hoje, aqui, agora na Eucaristia.
Santo : Este é um dos cantos mais importantes da missa, pois exalta a santidade do nosso Deus e relembra “aquele domingo” quando Jesus era recebido com louvores, palmas, cantos e ramos em Jerusalém e gritos de “HOSANA AO FILHO DE DAVI!”. Devemos cantar da mesma maneira com muitas palmas e bastante alegria, acompanhadas de todos os instrumentos. Alegria, músicos de Deus!
Amém - Vem após a doxologia que só é rezada pelo celebrante (muitas pessoas acham, erradamente, que é bonito rezar com o padre!) e deve ser bastante animado ao som de todos os instrumentos, cantado por toda a assembléia.
Pai Nosso - Deve ser cantado apenas se for um costume da comunidade e com aprovação do celebrante. Os instrumentos devem ser apenas acompanhantes para que toda a igreja participe cantando.
Abraço de Paz - É o canto da alegria e do amor, quando distribuímos a paz que o próprio Jesus nos deu com muitos abraços! Deve ser um canto que fortaleça a amizade e a união de todos na Igreja com bastante entusiasmo e acompanhado por todos.
Comunhão: momento em que vamos em direção do banquete do Senhor receber o seu Corpo e o seu Sangue.
Ritos Finais
Avisos: o padre ou algum leigo da comunidade anuncia algum evento ou informa algo de interesse à comunidade.
Bênção: o padre dá a bênção à comunidade. Bênção significa o bem que alguém quer para outra pessoa.
Despedida: o padre se despede da comunidade e recorda que este momento não é mera despedida apressada, mas um novo envio para realizar a missão do cristão no mundo, isto é, anunciar ao mundo o Cristo Vivo
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Formações

O valor da hospitalidade
Ela provoca o diálogo e amadurecimento
É muito importante a hospitalidade. Talvez seja um dos mais significativos gestos fraternos na vida, porque supõe acolhida e valorização das pessoas na sua individualidade. Ela cria relacionamento e convivência, provoca o diálogo e amadurecimento na vida comunitária.
Isso aconteceu na vida de Jesus quando visitou a casa de Marta e Maria, certamente irmãs de Lázaro a quem Ele bem conhecia. As duas irmãs O acolhem com carinho, tendo cada uma delas comportamento próprio. Jesus, como visitante, leva em conta as suas atitudes.
Marta, provavelmente a mais velha, age no cuidado da casa e em preparar o necessário para a boa acolhida e hospitalidade. Isso era o normal na vida das pessoas em suas residências. Era a correria para cumprir as tarefas nos momentos certos da casa. Maria, mais centrada talvez, fica sentada ao lado de Jesus e vai apreciando as Suas palavras. Ela teve uma atitude de escuta e de contemplação do que estava ouvindo do Mestre. Sabemos do valor e do sentido disso na vida.
É bom hospedar e cuidar bem das pessoas. Mas isso tem grande valor quando criamos diálogo, amizade, relacionamento e valorização das palavras. Por essa razão, o Senhor fez questão de valorizar a atitude de Maria e criticou a agitação de Marta.
A hospitalidade leva à comunhão quando valorizamos as nossas palavras. Com isso crescemos no conhecimento e na convivência fraterna, partilhando as alegrias e os sofrimentos, que fazem parte da vida de todas as pessoas.
O caso de Marta e Maria nos leva a retomar as nossas opções. Conclama-nos a viver em equilíbrio e com prazer cada instante da vida. A nossa atuação deve ser centrada no essencial, no mais necessário. O serviço ao próximo não pode ser dissociado da convivência fraterna.
Enfim, a hospitalidade está na dimensão da gratuidade, que é um desafio num mundo como o atual. O que vemos hoje é a predominância do medo, o isolamento, a privacidade, o individualismo, o excesso de trabalho e a falta de tempo. Assim perdemos a oportunidade do amor fraterno.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto
Um Feliz e abençoado DOMINGO para todos nós!!!
Lusmar Paz
Aracoiaba-CE.
1. Mensagem: Aceitar e Valorizar-se .
2. Pensamento do dia.
3. Pensamento sobre a inveja.
4. Por que não devemos temer os invejosos?
5. 13 de julho de 1917 - Aniversário das Aparições de N. Sra. de Fátima.
6. Síntese - História da Aparição de N. Sra de Fátima no dia 13/07/1917.
7.Histórico sintético da vida dos Pastorinhos.
8. Pensamento sobre o aprendizado na oração.
9. Novidade na EDUCAÇÃO - Tema: Cresce número de professores sem diploma na educação básica do País.
10. Cantinho do Professor - Tema: Avaliação e Recuperação...
11. Poesias: Escritora: Adaléia Aquino (Aracoiabense)
12. Novidade na SAÚDE - Tema: Durante uma internação deve-se ficar atento a quê?
13. Fumar, para quê?
14. Novidade na FILOSOFIA - Tema: O que é Filosofia? A Filosofia no Ensino Médio.
15. Novidade na PSICOLOGIA:Tema: Uma conversa franca sobre amor próprio.
16. Novidade na HISTÓRIA - Tema: 500 anos: História, Fé e Cultura no Brasil.
17. Novidade no ESPORTE - Tema: Fifa alerta que falta tudo ao Brasil para Copa de 2014.
18. Novidade na RELIGIÃO - Tema: A Perpétua Virgindade de Nossa Senhora e vários outros assuntos neste campo.
19. Conselho Tutelar - 20 Anos de fundação.
20. Novidade na INFORMÁTICA - Tema: Linguagem de Internet e Celular, com perguntas e respostas.
21. Novidade no ENTRETENIMENTO - Tema: Exercícios para cérebros enferrujados
22. Desenho com o tema: O polvo advinho...
Uma harmoniosa semana para todos nós!!!
Deus nos abençoe com paz e saúde!!!
Professor Lusmar Paz
(Mestrando em Ciências da Educação)
Aracoiaba-Ce
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17 mil visualizações alcançou nosso blog.
Obrigado pela atenção!!!
Deus lhes pague!!!
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INTRODUÇÃO SEQUENCIAL DOS ASSUNTOS POSTADOS:
1.Aceitar e Valorizar-seA psicologia nos ensina, com muita propriedade, que nós mesmos devemos ser:
Os primeiros a gostar de nós,
os primeiros a nos amar,
os primeiros a nos valorizar.
Se eu não gostar de mim mesmo, se eu não me amo, se eu não me valorizo, como posso querer que os outros me estimem?...
ACEITAR NOSSA VIDA, seja qual for o passado que tivemos, é o grande segredo de uma vida feliz. Somente quem se aceita é capaz de perdoar seus próprios erros, para não criar em si sentimentos de culpabilidade (arrependimento não é isso!) é reconstruir sua vida com alegria, quando isso se tornar necessário.
O mundo está cheio de neuróticos exatamente porque as pessoas ficam amarradas ao seu passado, incapazes de libertar-se das situações negativas que criaram, e pensar com serenidade em seu futuro. Em vez de ficar lamentando o que se perdeu, o que se fez no passado, porque não aproveitar o presente para fazer o bem e aprofundar-se nas coisas de Deus?
Jamais se desvalorize, amigo!
Deus o ama, mesmo assim,
cheio de imperfeições, mas também cheio de vontade de superá-las.
Não importa de onde você vem,
Que tipo de pecador você foi,
De quantas quedas está se levantando...
Tudo isso pouco importa!
O que importa é que você, agora, se dê aquele valor que antes não se dava,
lembrando diariamente,
o ensinamento do apóstolo:
Não sabeis que sois templo de Deus
e que o Espírito Santo
habita em vós?
1Cor 3,16
Meu irmão e minha irmã, a vida é linda! A vida é maravilhosa! A vida é dom de Deus para nós!
Então, valorizemos e amemos nossas vidas!
Um grande abraço,
LUSMAR PAZ
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2. PENSAMENTO DO DIA
Se a tranquilidade da água permite refletit as coisas, o que não poderá a tranquilidade de espírito?
(Chuang Tzu)
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3.Pensamento sobre a INVEJA.
A INVEJA É A LEPRA DA ALMA!!!
(Autor desconhecido.)
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Deus em seu infinito poder, fez belíssimas obras no universo!!!
PLANETA SATURNO. LINDO!!!

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Você dorme pacificamente, ele perde o sono quando pensa em você.
Você acorda e saúda o sol, ele olha o seu bronzeado.
Você sai para o trabalho, ele calcula o seu salário.
Você constrói sua casa, ele julga a cor das tintas.
Você estuda, tem boas notas, ele se preocupa com esses números.
Você conquista um diploma, ele vive o medo do seu sucesso futuro.
Você levanta um prédio, ele escolhe uma janela prá pular.
Você cura os doentes, ele adoece por conta disso
Você ensina os seus alunos, ele tenta descobrir o que você não sabe.
Você tem a simpatia da chefia, ele prefere chamá-lo de puxa-saco.
Você recebe os aplausos, ele busca saber se alguém o vaia.
Você liga seu computador para serviço útil, ele coleciona programas de vírus ou invade seu correio com tolas agressões.
O que ele realmente faz - quando faz: você cria, ele copia !
Você teme o invejoso por quê? Ele é um eterno espectador, merece sua compaixão e não seu temor.
5)13 DE JULHO DE 1917 - ANIVERSÁRIO DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.
6. )Síntese - História da Terceira Aparição - 13 de julho de 1917
Nossa Senhora apareceu às crianças, em Fátima por seis meses consecutivos, no ano de 1917 - entre maio e outubro.
Transcrevemos aqui o relato da Irmã Lúcia sobre a Terceira Aparição:
"Treze de Julho

Pensamentos da Jacinta sobre a visão do Inferno
Quando, nesse dia, chegámos à pastagem, a Jacinta sentou-se pensativa, em uma pedra.
– Jacinta! Anda brincar!
– Hoje não quero brincar.
– Por que não queres brincar?
– Porque estou a pensar. Aquela Senhora disse-nos pararezarmos o Terço e fazermos sacrifícios pela conversão dospecadores. Agora, quando rezarmos o Terço, temos que rezar aAve Maria e o Padre Nosso inteiro. E os sacrifícios como os havemos de fazer?
O Francisco discorreu em breve um bom sacrifício:
– Demos a nossa merenda às ovelhas e fazemos o sacrifíciode não merendar!
Em poucos minutos, estava todo o nosso farnel distribuído pelo rebanho. E assim passámos um dia de jejum, que nem o do mais
austero cartuxo! A Jacinta continuava sentada na sua pedra, comar de pensativa e perguntou:
– Aquela Senhora disse também que iam muitas almas para o. E o que é o inferno?
– É uma cova de bichos e uma fogueira muito grande (assim mo explicava minha mãe) e vai para lá quem faz pecados e não se confessa e fica lá sempre a arder.
– E nunca mais de lá sai?
– Não.
– E depois de muitos, muitos anos?!
– Não; o inferno nunca acaba. E o Céu também não. Quem vai para o Céu nunca mais de lá sai. E quem vai para o inferno também não. Não vês que são eternos, que nunca acabam? Fizemos, então, pela primeira vez, a meditação do inferno e da eternidade. O que mais impressionou a Jacinta foi a eternidade.
Mesmo brincando, de vez em quando, perguntava:
– Mas, olha. Então, depois de muitos, muitos anos, o inferno ainda não acaba?
Outras vezes:
– E aquela gente que lá está a arder não morre? E não se faz em cinza? E se a gente rezar muito por os pecadores, Nosso Senhor livra-os de lá? E com os sacrifícios também? Coitadinhos!
Havemos de rezar e fazer muitos sacrifícios por eles!
Depois, acrescentava:
– Que boa é aquela Senhora! Já nos prometeu levar para o Céu!
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7. Histórico sintético da vida dos Pastorinhos
Francisco Marto
Nasceu em 11 de junho de 1908, em Aljustrel. Sendo ele muito sensível e contemplativo, orientou toda sua vida a oração e a penitência para “consolar a Nosso Senhor Jesus Cristo”.
A história conta-nos que, o pequeno Francisco passava longas horas “pensando em Deus”, por isso sempre foi considerado como um contemplativo.
A sua precoce vocação de eremita foi reconhecida no decreto de heroicidade de virtudes, segundo a Irmã Lúcia deixou escrito no seu manuscrito, Francisco “se escondia atrás das árvores para rezar sozinho, outras vezes subia aos lugares mais altos e solitários e aí se entregava à oração tão intensamente que não ouvia as vozes dos que o chamavam”.
Morreu santamente em 4 de abril de 1919, na casa de seus pais.
Seus restos mortais ficaram sepultados no cemitério paroquial até o dia 13 de março de 1952, data em que foram trasladados para a Basílica da Cova da Iria.
Francisco foi beatificado por João Paulo II no dia 13 de Maio de 2000, em Fátima.
Jacinta Marto

Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado

9. Novidade na EDUCAÇÃO!
Tema:
Cresce número de professores sem diploma na educação básica do País
Dados do Censo Escolar mostram que a quantidade de docentes sem curso superior lecionando para os ensinos infantil, fundamental e médio saltou de 594 mil em 2007 para 636 mil em 2009; crescimento vai na contramão dos investimentos públicos na área
13 de julho de 2010 | 0h 00
O número de professores que lecionam no ensino básico sem diploma de curso superior aumentou entre 2007 e 2009, segundo o Censo Escolar do Ministério da Educação. Atualmente, os professores sem curso superior somam 636 mil nos ensinos infantil, fundamental e médio - o que representa 32% do total. Em 2007, eram 594 mil.
O crescimento vai na contramão das políticas públicas adotadas nos últimos anos para melhorar a formação dos docentes no País. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, o Brasil deveria ter todos os seus professores de ensino fundamental e médio com curso superior - projeto de lei atualmente em tramitação no Congresso Nacional prorroga esse prazo por mais seis anos e estende a obrigatoriedade também para o ensino infantil.
A Bahia é o Estado com o maior número de professores que lecionam sem diploma: eles eram 101 mil em 2009, dois terços do total. Mas mesmo em São Paulo ainda há 2.025 docentes sem diploma atuando no ensino médio - teoricamente, a etapa do ensino com mais conhecimentos específicos, como matemática e física, que mais exige uma formação superior.
Para o governo federal, o principal motivo de os índices de professores com formação superior não terem crescido, apesar dos investimentos públicos na formação, está no grande contingente sem diploma na educação infantil, etapa do ensino cuja oferta teve maior aumento no País nos últimos oito anos.
"Devemos fechar este ano com 20% de aumento na oferta de educação infantil. E, até há pouco tempo (2006), as creches eram ligadas à assistência social, portanto a ideia era cuidar, não educar", afirma Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do MEC.
Ensino infantil. O curso superior não é obrigatório no ensino infantil, mas o Plano Nacional de Educação (PNE), de 2001, tinha como meta que 70% dos professores dessa etapa conseguissem o diploma no prazo de dez anos. Pelo Censo de 2009, quase 5 mil professores do ensino infantil têm formação apenas na educação fundamental e mais de 34 mil possuem o ensino médio, mas não da modalidade normal.
"É muito importante que todo o magistério tenha uma formação adequada. E, no Brasil de hoje, ela se dá por meio do curso superior. E ainda nem em todos os cursos superiores", disse o sociólogo Cesar Callegari, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Mas o especialista afirma que esse quadro será revertido em poucos anos. "As metas podem ser atingidas com bastante rapidez, pois não há mais barreiras econômicas ou geográficas para a formação dos que já atuam como professores", diz Callegari.
O governo federal, em parceria com Estados e universidades, tem um programa de ensino a distância para professores, além de créditos e bolsas para os docentes que entram na faculdade. Atualmente, a maior aposta do governo federal está no Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica.
A intenção é formar, nos próximos cinco anos, 330 mil professores que atuam na educação básica e ainda não são graduados. Parte dos cursos é presencial e a maioria, na Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece graduação para professores de maneira semipresencial. No total, os recursos para a área somam cerca de R$ 1 bilhão por ano. Os esforços, porém, ainda não aparecem nas estatísticas.
Ensino médio. Outro gargalo para o aumento do índice de professores com diploma está no ensino médio, etapa que passa por um crescimento de matrículas, mas para a qual há carências de quadros qualificados em algumas disciplinas, sobretudo física, química e matemática.
Apesar de ter o menor índice de docentes sem curso superior, a proporção dos sem diploma cresceu em dois anos também nessa etapa: eram 6,6% em 2007 e passaram para 8,7% no ano passado. "Há pesquisas mostrando que há pouco interesse dos jovens pela carreira do magistério e, em algumas áreas, a carência se dá em todo o País", afirma Maria Corrêa Silva, vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consede). "Profissionais de outras áreas acabam assumindo." Com isso, docentes sem formação permanecem em sala de aula.
Maria, porém, diz-se otimista com a reversão do quadro geral. "Agora existem políticas públicas. Claro que cada Estado está em um estágio diferente, mas todos podem melhorar." A secretária do Acre lembra que, em 1999, apenas 26% dos professores do Estado tinham formação superior. Dez anos depois, são mais de 50%.
PARA LEMBRAR
Cursos ruins formam 25% dos docentes
Os cursos de Pedagogia se destacaram nas recentes avaliações do Ministério da Educação pelo crescimento de notas ruins e de oferta.
Dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) divulgados no ano passado indicam que o número de cursos mal avaliados passou de 28,8% do total (172 cursos), em 2005, para 30,1% (292). Os cursos ruins formam um em cada quatro futuros professores.
Entre 2002 e 2007, a oferta de cursos subiu 85% - um porcentual acima da média geral (63%). Em cinco anos, os cursos de Pedagogia passaram de 1.237 para 2.295. Segundo especialistas, a proliferação ocorre por causa da facilidade de montar um curso.
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10. Cantinho do(a) Professor(a):
Avaliação e recuperação

Fazer um diagnóstico e avaliar os alunos ao longo do ano é um passo fundamental para não deixar ninguém para trás. Na reportagem abaixo, saiba como oferecer o apoio pedagógico adequado e evitar a defasagem.
Melhor que boletimDescrever o que a criança aprendeu é o jeito ideal para avaliar na creche e na pré-escola
Roberta Bencini (novaescola@atleitor.com.br)
CARTA INDIVIDUALIvan recebe avaliação da professora, com a descrição de seus principais avanços
Foto: Gustavo Lourenção
Atividades - Plano de trabalho
Objetivos . Avaliar o desempenho.
. Comunicar à criança e à família o progresso.
Ano
Creche e pré-escola.
Tempo estimado Uma hora para análise e registro após cada período. Filmagens e fotos devem ser feitas durante as atividades.
Materiais necessários Um diário e, se possível, máquina fotográfica e filmadora.
Desenvolvimento
- Proponha atividades considerando os saberes já adquiridos pela turma. Para que o planejamento seja o mais acertado possível, é preciso conhecer muito bem cada um e seu jeito de aprender, assim como o conteúdo que está em pauta.
- Observe com olhar apurado, prestando atenção no que as crianças fazem ou deixam de fazer, nas falas ou na ausência delas. Converse com elas para compreender o modo como alcançam os objetivos socioafetivos e cognitivos. Busque ajuda se preciso.
- Acompanhe a trajetória da ação e do pensamento da criança. Identifique o ritmo, a maneira e o tempo de realizar as coisas de cada uma - sempre individualmente - e faça as intervenções necessárias para que o avanço aconteça.
- Identifique a diversidade apresentada pela turma para pensar em agrupamentos produtivos.
- Registre as observações, pois a memória não dá conta de armazenar todos os acontecimentos de um período de dois, três ou quatro meses da vida escolar da garotada.
- Organize-se para anotar, fotografar, filmar e arquivar as produções em sala. Esse processo varia. Portanto, escolha o que for mais eficiente para você. Prática, persistência e constância asseguram a coleta dos fatos e dos dados necessários para a avaliação.
- Converse com os pequenos depois de observá-los e antes de analisar os resultados. Fale também com os pais, orientadores pedagógicos e outros adultos, buscando novos pontos de vista que ampliem a compreensão dos processos de aprendizagem.
- Analise a produção ao longo de um período, comparando tarefas e atividades variadas, sem se prender a uma específica.
- Faça registros significativos, documentando, ilustrando a história e destacando os fatos mais relevantes, principalmente as falas e ações inesperadas.
- Escreva um relatório ou organize um portfólio com a análise. Nele deve constar o percurso de aprendizagem e a relação entre os conhecimentos no começo e no fim do período analisado. Registre também as intervenções feitas por você para alcançar os objetivos.
- Replaneje. A avaliação é antes de tudo um instrumento para o professor nortear seu planejamento.
- Faça um mapa sobre o que cada um já sabe e o que precisa aprender: é tempo de repensar.
- Escreva uma carta para cada aluno relatando o progresso dele e os pontos de destaque no período.
Consultoria
Helena Cristina Cruz Ruiz, orientadora pedagógica da EMEI Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos, SP.
Quer saber mais?
CONTATO
EMEI Maria Alice Pasquarelli, Pça. Joaquim Figueira de Andrade, 60, 12221-220, São José dos Campos, SP, tel. (12) 3929-1854
BIBLIOGRAFIA
Educação Infantil: Muitos Olhares, Zilma Ramos de Oliveira, 190 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3864-0111, 25 reais
Manual de Portfólio, Elizabeth Shores e Cathy Grace, 160 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 44 reais
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11. Novidade: POESIA!
Aldaléia Aquino É UMA MULHER INTELIGENTE, SENSÍVEL, TALENTOSA,ESCRITORA, filha natural de Aracoiaba, com residência em Fortaleza-CE.
Esta senhora perdeu um de seus filhos há 03 anos e, inspirada na saudade e nas doces recordações, escreveu esta poesia.
TEMA:
Outono da vida
A luz,
a flor,
o eco da folha seca perdida,
na estrada do infinito,
rolando cansada,
despida
e descalça
na poeira do vácuo {?},
ou nas pedrinhas quentes e soltas do caminho,
e sem qualquer destino...
E aí,
fazer o quê?
Sonhar,
Voar,
Querer. Buscar,
Caminhar,
sim,, pois a vida continua!
Aldaléia Aquino
-------------------------------------- 12. Novidade na SAÚDE!
Tema:
Durante uma internação hospitalar deve-se ficar atento a quê?
Alguns cuidados são fundamentais para a segurança do paciente durante a sua permanência no hospital.

Uma precaução para minimizar riscos é checar se a instituição escolhida possui uma acreditação de qualidade.
A segurança na internação envolve" também a garantia de que as instalações" não ofereçam riscos, como o" de quedas, especialmente no caso" de idosos ou pessoas fisicamente" debilitadas. Essa avaliação deve ser feita logo que o" paciente é internado e, caso necessário, medidas preventivas" devem ser tomadas, como barras de apoio" nos banheiros e grade de proteção nas camas.
Os cuidados com o paciente não se encerram após a" internação. É preciso que ele e seus familiares recebam" todas as orientações, para a continuidade do" tratamento em casa e para a completa recuperação" fora do hospital, incluindo o uso de medicamentos, a" realização de exames de acompanhamento, terapias" recomendadas e até o retorno ao médico.
__________________________
13. FUMAR, pra quê?
"Ninguém educa ninguém, ninguém se educa sozinho, os homens se educam em comunhão"
Paulo Freire.
"Que fazer por meus irmãos, se nem ao menos me querem ouvir?
Dá água de vida aos que têm sede de espírito"
Trigueirinho (extraído de "Não estamos sós")
A idéia de escrever este livro eletrônico veio após uns 20 anos de trabalho como médico, atuando principalmente na área das doenças pulmonares. Convivi, neste período, com um impressionante número de clientes com graves alterações da saúde, provocadas pelo fumo. Ainda estudante de Medicina, comecei a me interessar por este assunto, porque já me incomodava ver a dificuldade de curar uma série de casos e diminuir o sofrimento de um monte de pessoas e famílias. E, o que era pior, observar que quase nenhuma importância era dada à principal causa de várias delas: o TABAGISMO. Quanto mais ia reunindo informações sobre o tema, em artigos científicos, simpósios e congressos, mais ficava pasmo com o pouco caso que a sociedade dava ao problema, inclusive, as sociedades médicas.
Com o passar do tempo, fui me conectando com grupos estrangeiros, criando laços de amizade com lideranças do movimento antitabagismo internacional, sobretudo, da Inglaterra e dos Estados Unidos. Era uma tremenda sensação de alívio, saber que existiam pessoas organizando-se seriamente mundo à fora, para combater o poderio da ignorância aliada à ganância. Enquanto que no Brasil, a oposição ao fumo resumia-se a uns poucos médicos, como José Rosemberg, Mario Rigatto e Jorge Pachá, que foram os meus maiores inspiradores.

revista fenae agora, sobre pesquisa de Janice Teodoro e Fortunato Pastore, junho, 2002

Todos os conflitos ocorridos na América Latina, ao longo de 133 anos somados, foram responsáveis por 81.000 mortes. Morrem 200.000 brasileiros, por ano, por causa do tabaco.
Vale lembrar que os fumantes que entrem agora no tabagismo são diferentes dos fumantes do início do século XX. As informações sobre os malefícios do fumo quase que inexistiam há cem anos. No entanto, atualmente, observamos verdadeiras legiões de adolescentes aderindo à escravidão ao tabaco, como se cegos e surdos aos sinais de alerta. Pode ser que nosso trabalho seja apenas mais um destes sinais a serem ignorados, porém, esforço-me para não acreditar nesta possibilidade. Como li, em algum lugar: " Para fazer uma pradaria, é preciso um trevo, uma abelha e fantasia, mas a fantasia basta, se a abelha se afasta ".
A OMS afirma que o tabagismo matou 100 milhões de pessoas no século XX. O que é ainda mais assustador, é a estimativa de que, se não fizermos nada para impedir, no século XXI esse número chegará a 1 bilhão de pessoas...
Para não seguir um caminho, clara e extremamente equivocado, que mata um em cada dois usuários, talvez seja necessário, além da boa informação, uma imensa dose de auto-estima e uma descomunal capacidade de sonhar. O trio conhecer-se+querer-se bem+sonhar pode ser uma poderosa arma para que vocês se defendam das armadilhas que estão à espreita, criadas pela ganância e por uma cruel falta de percepção da beleza, do valor e do significado da vida.
Gostaria que esse trabalho servisse como uma semente a germinar em vocês. Quem sabe, isso não ocorrerá, não é ? Eu também tenho cá os meus sonhozinhos... Quem sabe, vocês um dia não dirão, pura e simplesmente:"eu não fumo"? Sem ter havido necessidade de leis, punição ou repressão, apenas compreensão, valorização de si mesmos e discernimento do que era melhor a ser feito.
Para conseguir que o livro correspondesse às necessidades de vocês, solicitei, em 1994, aos adolescentes de dois colégios do Rio de Janeiro, Andrews e Silveira Sampaio, de bairros e realidades diferentes, que escrevessem as suas dúvidas sobre esse assunto. Portanto, o que aqui foi escrito, veio como resposta aos questionamentos de pessoas muito parecidas com vocês, o que talvez possa tê-lo tornado, quem sabe, mais interessante de ser digerido.


Quando consigo fazer um jovem não entrar na furada do tabaco ou um fumante abandonar o destruidor, me sinto tão realizado e feliz quando deva sentir-se um cirurgião cardíaco, após realizar, com sucesso, uma operação de "ponte de safena" em um fumante infartado ou um homeopata ao encontrar o medicamento semelhante de alguém.
Nosso trabalho é uma doação de material intelectual e de outros níveis, para que vocês possam utilizar seus corpos mentais (ou caixolas, guengos, massa cinzenta, cabeça-irmão) em benefício da vida e do todo.
Contam que, em algum momento da história, Platão perguntou à Sócrates:
" Mestre, afinal, estudamos tanto para quê? ".
Ao quê, o sábio respondeu:
"Para controlar os instintos animalescos do homem".

14. Novidade na FILOSOFIA!
O que é a filosofia? – A filosofia no Ensino Médio
Quando a filosofia é apresentada no ensino médio, a primeira dificuldade que os alunos têm é relativa à compreensão do que é a filosofia. Afinal, muitos de vocês, estudantes secundaristas, nunca estudaram a disciplina anteriormente, e poucos já leram algum livro de iniciação à filosofia.
Um bom modo de introduzir a filosofia na sala de aula é demarcá-la frente a outras disciplinas. É importante que se perceba, logo de início, as particularidades da filosofia, e em que aspectos a filosofia é diferente das outras matérias. A partir daí, é possível compreender o que é a filosofia.
Como começar?
Em primeiro lugar, definindo um ponto de partida em comum com as outras disciplinas. Todas as disciplinas têm um objeto e um método. O objeto da biologia, por exemplo, é o conjunto de fenômenos da vida. O objeto da física é o conjunto de fenômenos da natureza, de fenômenos do universo. O objeto da história é o conjunto de registros do homem no tempo passado que se apresentam em nosso tempo.
Todas as disciplinas têm, também, um método. O método da biologia e da física é o método experimental, ou o método hipotético-dedutivo. O método da história é a análise documental, ou a análise arqueológica, ou o estudo dos registros de várias espécies que podem ser encontrados no momento em que se faz a história.
A filosofia também tem um objeto e um método. Quais serão eles?
Procuremos um caso de uma ciência a partir do qual podemos demonstrar de que tipo é o objeto filosófico. Peguemos, por exemplo, uma lei da física. A segunda lei de Newton diz que “a força aplicada por um corpo é igual à sua massa multiplicada pela sua aceleração”, ou F = m a. A aceleração é a razão entre uma medida de espaço, que pode ser o metro, e uma medida de tempo, que pode ser o segundo; a aceleração pode ser medida, portanto, em m/s² . A fórmula da segunda lei de Newton, assim como o que significa a aceleração, são coisas que os alunos do ensino médio estão cansados de saber. São assuntos da física.
Você, aluno, usa os metros e os segundos sem pestanejar. Os metros e os segundos não são problemáticos na física. São pressupostos. O espaço e o tempo são utilizados na física acriticamente. O professor de física jamais perguntará numa prova: “O que é espaço?”, “O que é tempo?”. Esses problemas já não pertencem à física. São problemas filosóficos.
Os problemas filosóficos são relativos aos conceitos utilizados por nós, noções que geralmente passam desapercebidas, a respeito das quais não nos preocupamos, idéias que não analisamos.
Portanto, o objeto da filosofia é o conceito, é a noção, é a idéia. Quer sejam conceitos, noções e idéias do nosso dia-a-dia, quer sejam parte de domínios específicos do conhecimento.
O método da filosofia também não é semelhante ao método das ciências físicas ou das ciências humanas. O trabalho sobre os conceitos acontece por meio do diálogo, da polêmica, da discussão – seja com filósofos amigos, por meio de conversas pessoais ou de diálogos de artigos, seja com a obra textual de filósofos que não conhecemos pessoalmente.
Ora, se o objeto da filosofia é o conceito e se o método da filosofia é argumentativo, então a filosofia pode alcançar a verdade? Não parece que cada um terá sua verdade pessoal? Ou seja: na filosofia, tudo é relativo?
Numa conversa entre um botafoguense e um vascaíno sobre futebol, não se pode afirmar que um dos dois esteja certo. Cada um defenderá seu time. Cada um acreditará que seu time é melhor, ou mais vibrante, ou mais bacana. A filosofia não pode fazer nada em relação a discussões como essa.
Contudo, em relação a problemas verdadeiramente filosóficos, a situação não é a mesma. Vamos supor que estamos diante de dois filósofos: um, ateu; o outro, teísta. O ateu procura argumentar que Deus não existe, o teísta procura argumentar que Deus existe.
A princípio, poderíamos dizer: cada um com sua verdade. Se um acredita que Deus existe, então para ele Deus existe; se o outro acredita que não, então para ele Deus não existe, e temos a solução para que eles não briguem.
Olhando mais de perto, essa solução não é boa. Aliás, é péssima, porque é inútil. Não conduz à investigação, mas ao preconceito e ao obscurantismo teísta ou à cegueira ateísta.
Objetivamente: ou Deus existe, ou Deus não existe. Deus não pode existir e não existir ao mesmo tempo. Um dos filósofos está certo, o outro está errado.
Para descobrir quem está certo e quem está errado, os filósofos comparam seus argumentos. A posição que apresentar os melhores argumentos é considerada a melhor posição naquele momento.
Para que isso funcione, evidentemente, é necessário que ambos os filósofos tenham uma atitude que se chama honestidade intelectual. A honestidade intelectual, entre outras coisas, exige que, quando uma discussão acontece, ambas as partes estejam dispostas tanto a convencer quanto a ser convencidas. O filósofo sério aceita a possibilidade de rejeitar sua posição original e aceitar uma posição diferente, se seus argumentos forem piores do que os do outro.
Novamente surge outro problema: parece que então a filosofia é uma atividade sem objetivo. Se hoje o filósofo aceita um argumento que prova que Deus existe (e, que, portanto, deve levar a existência de Deus a sério), mas amanhã pode ser convencido, por um argumento melhor, de que estava enganado, e depois de amanhã pode refutar o argumento contrário à existência de Deus, então parece que a filosofia não está buscando a verdade, mas é apenas uma brincadeira literária ou um jogo lógico – e que, portanto, é melhor nem se preocupar com esses assuntos filosóficos.
A filosofia, no entanto, não é uma atividade que visa apenas argumentar por argumentar, nem de argumentar para vencer o debate. A argumentação, na filosofia, tem um sentido muito claro: chegar à verdade.
Chegar à verdade como, se o que é considerado verdadeiro hoje pode ser considerado falso amanhã?
A filosofia tem o objetivo de alcançar a verdade acerca das noções, dos conceitos e das idéias mais fundamentais. Mas a verdade não é, necessariamente, absoluta. A verdade é provisória. A verdade é a melhor resposta que se tem atualmente. Isso não faz a verdade ser relativa; a verdade é uma conseqüência necessária da melhor argumentação possível hoje.
Por isso, é melhor estudar filosofia do que não estudar. Ter a certeza de chegar a uma verdade válida, ainda que provisória, é melhor do que não chegar à verdade e viver cheio de opiniões frágeis fundamentadas em preconceitos. Viver com uma verdade provisória, aberta à discussão, é melhor do que viver sem verdade alguma, achando que se tem todas as verdades do mundo.
A filosofia não é, portanto, mera opinião. Não é, também, qualquer argumentação. É a busca pela melhor argumentação, é o contrário da opinião – isso quer dizer que o filósofo não é uma pessoa cheia de opiniões sobre tudo, mas uma pessoa que investiga idéias e noções, utilizando uma técnica (lógica e argumentativa) para estudá-las.
Por esse motivo é importante o estudo da lógica e da técnica argumentativa. Você, aluno, deve saber utilizar os argumentos com propriedade na construção de ensaios sobre temas filosóficos. Afinal, a primeira função do estudo da filosofia é tornar os estudantes capazes de filosofar com alguma competência.
O ensaio filosófico é um texto argumentativo crítico no qual o autor expõe um problema filosófico, apresenta sua posição, mostra argumentos de posições diferentes e, finalmente, demonstra que a sua posição tem argumentos mais fortes do que as outras.
Daí se pode compreender a importância que tem o estudo da história da filosofia. Para conhecer o desenvolvimento mais atual de um problema filosófico, é necessário saber ao menos um pouco da história desse problema. Senão, corre-se o risco da utilização de um argumento que já foi refutado muitas vezes há muito tempo. Por exemplo: um aluno que esteja argumentando a favor da existência de Deus, conhecendo um pouco da história desse problema, não utilizará o argumento ontológico de Descartes, pois saberá que há sérias dificuldades nele. Poderá utilizar, por outro lado, alguma concepção de Deus apoiada por argumentos mais fortes, com a concepção de Spinoza, ou a concepção de Teilhard de Chardin, ou a de Alvin Plantinga ou alguma outra – sabendo, também, se proteger dos contra-argumentos com que a sua argumentação pode ser enfraquecida. Por isso a necessidade de estudar a história da filosofia.
Finalmente, a filosofia é uma atividade que todos praticam em vários momentos de todos os dias. A única diferença entre o leigo e filósofo profissional é que este último aprendeu a utilizar uma série de técnicas filosóficas que tornam o filosofar mais eficiente. Aprender algumas dessas técnicas é a primeira tarefa que um aluno de filosofia – quer no ensino médio, quer na faculdade – deve cumprir. Para estudar o objeto da filosofia é necessário um método filosófico, método que conduz ao objetivo de encontrar algumas verdades (ainda que provisórias). Em nossa matéria, aprenderemos justamente as ferramentas mais básicas para que possamos filosofar melhor: a lógica, a técnica argumentativa crítica e a história da filosofia. Ao final do ano, vocês não saberão “a filosofia”: pelo contrário, descobrirão que a filosofia começa pelo filosofar, e que o filosofar é apenas um começo.
15. Novidade na PSICOLOGIA!
TEMA - Uma conversa franca sobre amor próprio
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Muito se fala sobre auto-estima, mas poucas pessoas entendem o seu verdadeiro significado. Cuidar de sua autoestima vai muito além de visitar o cabeleireiro ou comprar aquela roupa nova. Aliás, estas nem são condições necessárias para o cultivo do amor próprio.
Todos conhecemos, em tese, a definição básica de autoestima: é a estima que tenho por mim mesmo, ou seja, o quanto me valorizo. O quanto me quero bem e me aceito.
Vamos aperfeiçoar esta definição, dizendo que a autoestima é um ato de amor e de confiança consigo mesmo. Precisamos entender bem que são as duas coisas juntas: o "amor próprio" e a "autoconfiança". Faltando um destes ingredientes, não teremos uma autoestima verdadeira.
Amar a si mesmo sem confiança nos seus atos ou pensamentos não resolve. Neste grupo temos as vítimas, aquelas pessoas que desejam algum "bem" para si, mas se lamentam por não terem condições de consegui-lo.
Confiança em seus projetos ou na sua capacidade de conquista sem o amor próprio também não traz felicidade. Neste último grupo, vemos a maioria das pessoas mergulhadas no estresse social, preocupadas em ter e poder, mas esquecendo de ser.
Infelizmente, trazemos uma tremenda dificuldade em cultivar estes dois ingredientes da auto-estima (o amor próprio e a autoconfiança), por eventos que se manifestaram desde a nossa criação. Quantas vezes, por medo do egoísmo, deixamos de lado nossa própria vontade para fazer tudo o que o outro queria. Só que auto-estima não tem nada a ver com o egoísmo. O egoísta é um ser vazio e solitário que precisa cada vez mais de coisas e pessoas que o preencham. Gente com boa auto-estima, apenas reconhece que, como qualquer ser humano, tem o direito de valorizar e satisfazer suas vontades.
Mas, aprendemos a cultivar uma "personalidade ideal" e, portanto, tivemos que engolir nossos sentimentos. Em nome de Deus, da moral ou da boa educação, o importante era "fazer a coisa certa", mesmo que aquilo estivesse contrariando nossa natureza.
Pior ainda quando passamos a desejar um "corpo ideal". O ideal é apenas um sonho, uma projeção. Com isto, vivenciamos um estado profundo de angústia, pois comparamos nosso corpo com "modelos" e percebemos o quão diferente somos daqueles seres perfeitos e maravilhosos que deveríamos ter sido.
Na verdade, a cultura, a mídia e até mesmo nossos familiares contribuíram fortemente para gerar este quadro: "Está na moda quem usa tal roupa" "Sem estudo você não é nada" "Você será aceito somente se fizer isto e não aquilo...". É claro que, muitas vezes, isto aconteceu por ignorância, e não por maldade. Se tivessem acesso a determinadas informações, certamente as atitudes de nossos pais seriam diferentes.
DESENVOLVENDO SUA AUTO-ESTIMA
O resgate da autoestima acontece quando você decide que só precisa ser quem você é. Você pode confrontar as opiniões, e não ficar preso a um único ponto de vista. Mas descobre que, se no passado era importante ouvir e respeitar as ordens dos adultos, hoje você pode ser dono (ou dona) de seu próprio destino. Passa a respeitar mais suas próprias idéias, porque, automaticamente, está se ouvindo mais. É por esta razão que gente que tem uma boa auto-estima nunca se sente sozinha, pois solidão é a distância que se tem de si próprio.
Entenda que você não veio a este mundo para corresponder às expectativas dos outros, por mais que você os ame. Se fizer isto, nunca será o "bastante", nunca sentirá que conseguiu. Você não é propriedade de ninguém, assim como não precisa mais assumir "o outro" como propriedade sua. Assumindo que você não é responsável pela felicidade alheia, também não responsabilizará ninguém pela sua própria felicidade. Os outros estão em sua vida para fazer companhia e não para se aprisionarem emocionalmente.
Cultivando sua autoestima, será uma pessoa mais consciente, mais responsável por seus atos. Sentirá que está mais íntegro e que é alguém valioso para si mesmo. Perceberá que tem todo o direito de honrar suas necessidades e vontades que considerar importantes. Aprenderá que merece ter atitudes de carinho consigo mesmo, como, por exemplo, preparar a mesa do café, mesmo quando está sozinho, ou permitir-se ir ao cinema, ainda que ninguém queira lhe fazer companhia. Você é a sua grande companhia, e, se entender isto, poderá iniciar uma das melhores fases de sua vida.
Chris Almeida é filósofo e psicoterapeuta --------------------------------- ---------------------------------------
16.Novidade na HISTÓRIA!
TEMA:
500 anos: História, Fé e Cultura no Brasil
21 de abril - Os europeus, guiados por Pedro Álvares Cabral, avistaram uma nova terra: o Brasil
Alguns testemunhos de autores que refletem a descoberta e a história posterior
Brasil: Além dos 500
Quando os povos indígenas olham para o passado do continente ameríndio, não enxergam somente os 500 anos do Brasil ou da América Latina, enxergam "outros quinhentos". Não olham para Atenas, Jerusalém, Roma..., mas olham, por exemplo, para Tikál, na Guatemala.
Lá encontram, no meio da selva, templos em forma de pirâmides dos povos Maya, que desde 2.500 anos a.C. deixaram seus vestígios nesta região. Entre o 4º e o 9º século d.C., no tempo áureo de sua cultura, produziram cerâmicas, esculturas, pinturas, uma escrita pictográfica (desenhos) e um calendário que até hoje atraem milhares de pessoas.
Os povos indígenas podem olhar para as culturas de Tlatilco (México, 1.000 anos a.C.), de San Augustín (Colômbia, do 600 a 1200 d.C.), para a cultura asteca de Tenochtitlan, que está na origem da cidade do México, fundada em 1.325 d.C. Mas podem olhar, também, para a arte cerâmica das grandes civilizações de Marajó, de Santarém, do Tapajós, da Amazônia brasileira. A urna funerária marajoara nos conta da fé destes povos numa vida além da morte.
Os povos indígenas podem orgulhar-se também da profunda religiosidade, espiritualidade e festividade da cultura guarani. Podem orgulhar-se dos seus xamãs e pajés, dos seus guerreiros, santos e heróis.
Reduziram a História a simples Pré-História
Para incorporar os povos indígenas ao projeto colonial, conquistadores e colonizadores destruiram as culturas destes povos e reduziram suas diferentes histórias a uma pré-história insignificante.
Para os conquistadores, a história dos povos indígenas começou com a conquista. No plano cultural, a redução da diversidade dos povos indígenas, a integração ao projeto colonial e a imitação da cultura dos conquistadores foram os caminhos impostos em troca de sobrevivência física. Muitos povos não aceitaram assentar sua vida neste tripé e foram massacrados.
Os 45 milhões de indígenas das Américas de hoje, nos perguntam sobre outros 45 milhões, vítimas de genocídio e etnocídio. No início da conquista, o continente americano foi habitado por 90 milhões indígenas. A construção da nossa identidade como nação, povo e Igreja, não pode ser pensada sem a contribuição e presença dos povos indígenas. Eles nos ajudam a rever a nossa história e redefinir conceitos e pré-conceitos, que aprendemos nos livros escolares.
Portanto, a evangelização dos povos indígenas envolve a construção de um Brasil pluricultural, onde o projeto de vida de todos, sobretudo dos pobres, é prioridade política e a razão da nossa presença eclesial e da nossa esperança.
Paulo Suess
Não temos nada a comemorar
Desabafo de um indígena contra as comemorações sobre "descoberta do Brasil"
Desde que o "homem mau" chegou como um furacão, junto com o tal de Cabral, a vida do índio se transformou numa brasa quente que queima mesmo. Já vivíamos aqui, com nossa própria língua, nossa própria forma de viver, nossa cultura, nossas rezas, nossas danças, nossas comidas.
Analisando estes 500 anos, vimos que a vida dos índios agora é muito pior do que era antes. A civilização branca pensa ter descoberto as terras, mas descobriu foi a terra-mãe, tirando dela a vida, as árvores que dão sombra e alimento, deixando sem cobertura a terra e a nós, que vivemos num descampado.
Tenho medo que com mais 500 anos esse território vire um deserto, porque, até agora, não vi um trabalho do homem moderno que possa dar continuidade ao mundo. Vi só destruição. O homem branco não quis procurar saber se o índio tem técnicas para dar continuidade ao mundo, para durar mais 500 anos.
Estamos perdendo tudo o que havia de bom: As nossas árvores, as nossas águas saudáveis, nossa religião. Estamos perdendo nossa língua para um país que se diz civilizado, mas que não respeita as línguas do território. Esse é o país civilizado que nós temos.
Desde o início, em 1500, há um preconceito muito grande contra as nações indígenas, e esse preconceito já virou epidemia. E nós continuamos assim: vida sofrida, vida sem rumo, sem solução.
Descobriram somente a Terra
A civilização moderna precisa descobrir que aqui há outros povos. Nesses 500 anos, eles não conseguiram descobrir que há outros povos.
Está comemorando as suas belezas, as suas coisas bonitas, mas não lembra dos povos indígenas que já estavam aqui. Eu fico muito triste, como nação, como povo, em ser massacrado em meu território. Ser massacrado em meu país e, às vezes, até dentro da aldeia.
Este país era para ser melhor, um país feito de índios, negros e brancos, totalmente colorido, da cor da natureza. O homem branco faz fronteiras, estados, divisas, barreiras e ainda diz que é para melhorar a vida. Mas, continua pior.
Nós, índios, vamos manter a nossa cultura. Somos seres fortes e vamos lutar com garra, muita força, muito carinho...
Há uma história muito falada nas reuniões do homem branco, do que ele "descobria" aqui. Aí, sempre tem um companheiro mais antigo que fala "descobriu" não. Ele veio estragar o que nós "tinha" de bom. E é verdade. Não temos mais peixe, não temos mais caça, não temos mais frutas, nem nossos remédios, não temos mais nada. Estamos na miséria!
Então, eu quero contar uma pequena história do nosso território: no Mato Grosso do Sul, que teve muita floresta, muita caça, muito peixe..., hoje não existe mais quase nada. Estamos sem nada, sem madeira até para cozinhar alimentação. Nosso Mato Grosso do Sul virou deserto. Pouca terra para muito índio.
É por isso que não há nada para comemorar nos 500 anos!
Anastácio Peralta, Indígena de Caarapó
Purgatório e Degredos no Brasil
Muitas vezes falamos como se os índios e os negros fossem os únicos marginalizados na história brasileira, mas também brancos foram obrigados a vir para cá e sofreram. Vejamos um exemplo
No sentido figurativo, purgatório é a palavra que talvez melhor descreva o Brasil com o crescente sofrimento da população miserável nacional. Esse termo também sintetiza o que foi esta terra, na época da colonização, para os milhares de portugueses banidos de sua pátria e forçados a integrar a "etnia brasileira".
O termo pode parecer inadequado, porque alguns livros de história do Brasil deixam a impressão de que todos os que aqui chegaram eram criminosos postos em liberdade para desbravar o "Paraíso desconhecido". Mas, na verdade, eram enviados para cumprirem suas sentenças e, ao mesmo tempo, contribuírem para o povoamento da colônia recém-descoberta. Portanto, a palavra purgatório - assim como degredo, banimento - ajusta-se perfeitamente ao projeto expansionista português, especialmente nos séculos XVI e XVII.
Entre 1580 e 1720, cerca de 17 mil portugueses foram banidos de sua terra. Com relação aos degredados destinados ao Brasil, o número de condenados é expressivo, sobretudo nas primeiras décadas da colonização. Um documento da Câmara de São Paulo, de 1613, registra que "talvez há hoje, nesta vila, mais de 65 homiziados, não tendo ela 190 moradores". Portanto, mais de 34% da população era constituída por criminosos.
Foram analisados cerca de 4 mil processos de banimento, encontrados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Aproximadamente 600 veredictos determinam a extradição do réu em questão para o Brasil. Entre os degredados, mais da metade eram "cristãos novos" (judeus forçadamente "convertidos" ao catolicismo), 15% eram bígamos, 8% feiticeiros e muitos outros "criminosos" considerados heréticos por terem cometido algum delito contra a fé ou contra a moralidade.
Geraldo Pieroni
Os negros choram
Os mercadores de negros eram muito poderosos. Persistia a prática de atos abusivos, arraigada pelo costume e tolerada pelo compadresco de autoridades subalternas. Seres humanos permaneciam presos ao tronco e sujeitos à disciplina do chicote e da palmatória. Eram açoitados até mesmo em público, no pelourinho. Freqüentemente, essa pena conduzia à morte.
As condições de vida dos escravos eram as mais miseráveis possíveis. Legiões de homens e mulheres continuavam à mercê de desumanos senhores, mestres em perversidade e corrupção.
A mulher negra tem sido particularmente discriminada e marginalizada desde a Colônia até os nossos dias. Foi escrava, reprodutora, objeto de prazer dos senhores e explorada nos trabalhos domésticos, agrícolas e artesanais. Sem nenhuma conquista social, passou de ex-escrava a mal-assalariada, da cozinha da sinhá a cozinheira de madame, da senzala à favela, de ama de leite a mãe solteira.
Nenhum outro segmento da população viveu tamanha desestruturação psicológica e social ao longo da história como o grupo feminino negro.
No Brasil contemporâneo, as mulheres negras formam o maior contingente da população favelada e das mal remuneradas domésticas e operárias urbanas ou camponesas. Imenso número delas é relegado ao subemprego e, muitas, obrigadas à prostituição. Elas continuam sendo as vítimas mais freqüentes dos estupros, espancamentos e de outras tantas violências.
Elas sofrem uma tríplice discriminação: enquanto mulheres, enquanto pobres e enquanto negras.
Antônio Aparecido da Silva
Precisamos construir o futuro: outros 500
Caminhando pelas estradas do Brasil, vemos os frutos amargos destes 500 anos. Famílias desapropriadas e morando em barracos, analfabetismo, saúde precária, desemprego...
No entanto, não falta quem lute por mais vida. São grupos de mulheres, movimentos de indígenas, afro-ameríndios, crianças de rua, sem-terra buscando seus direitos... Todos eles unidos num povo novo, cheio de utopia e certeza da vitória. Está na hora de mudar o curso da história: o Brasil que queremos, são outros quinhentos.
Somos mais de 160 milhões de habitantes e um dos maiores países do mundo em território.
Somos, também, uma das maiores economias do mundo. Podemos celebrar muitas conquistas sociais, mas, por outro lado, persistem grandes desafios econômicos que, cada vez mais, se agigantam à medida que a nação cresce.
É o momento de todos entenderem o dever de assumir a História desse país. A liberdade, a fraternidade, a justiça e a paz devem ser conquistas e não presentes. Lembrando o passado de lutas e de glórias de um povo sofrido e muitas vezes esquecido, queremos nos voltar para o futuro a ser construido, baseando-nos em nossas melhores tradições e nos imperecíveis valores evangélicos do amor e da justiça.
Pe. Antônio Bogaz e Pe. Arlindo
Para Refletir
1.º Completam-se 500 anos da chegada dos portugueses: Foi um encontro de civilizações ou um domínio cultural?
2.º Quais os personagens que mais se destacam na história do Brasil?
3.º Quais os principais pontos positivos e negativos presentes na história da colonização e evangelização do Brasil?
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17. Novidade no ESPORTE!
Tema:
Fifa alerta que falta tudo ao Brasil para Copa de 2014
Entidade deixou claro que passará a pressionar o País para que erros do Mundial da África não se repitam
Jamil Chade - Enviado Especial - O Estado de S. Paulo
Três anos depois de dar a Copa de 2014 ao Brasil, a Fifa alerta que falta tudo ainda no País para organizar o Mundial em quatro anos. A entidade deixou claro que, com o fim da Copa de 2010, passará a pressionar o Brasil para acelerar as obras para o Mundial. Muitas das promessas sequer saíram ainda do papel, para o desespero da Fifa.

Kim Ludbrook/EFE - 08/04/2010
Valcke se preocupa com falta de planejamento do País
Orgulho, belas obras, gastos... O que a Copa de 2010 ensina ao Brasil?
Herança do primeiro Mundial na África serve como aprendizado sobre o que fazer e o que evitar em 2014
18. Novidade na RELIGIÃO
A perpétua Virgindade de Nossa Senhora
Colaboração: Luis Filho - Ministro Extraordinário da Eucaristia - Aracoiaba-CE.
Virgem antes, durante e após o parto - Respondendo a algumas objeções protestantes sobre Nossa Senhora.


Respondendo a algumas objeções protestantes - Os Evangelhos falam pouco de Nossa Senhora Uma objeção comum dos protestantes é de que o Novo Testamento pouco fala de Nossa Senhora. Logo, eles concluem que Maria Santíssima não tem tanta importância, pois se tivesse, as Epístolas dos Apóstolos com certeza ensinariam a respeito. O fato do Novo Testamento, aparentemente, pouco falar de Nossa Senhora não significa muita coisa. Os Evangelhos apenas tratam da "Vida Pública" de Nosso Senhor, durante apenas 3 anos de sua vida. As Epístolas tratam da expansão da Igreja de Cristo. Pelo raciocínio protestante, a chamada "vida oculta" de Nosso Senhor (até os 30 anos de idade) significaria que durante 30 anos de sua vida, Nosso Senhor não tinha muita importância... Ora, Jesus Cristo passou 30 anos com Nossa Senhora e só 3 anos com o resto da humanidade. Será que isso já não é sinal de que há muitas coisas que não conhecemos da vida de Nosso Senhor e de Nossa Senhora? "Há ainda muitas coisas feitas por Jesus, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que este mundo não poderia conter os livros que se deveriam escrever" (Jo 21,25). Pois bem, já por aí se percebe a precipitação do raciocínio de alguns protestantes. Agora podemos analisar se, de fato, os Evangelhos falam pouco de Nossa Senhora. Os católicos conhecem a obra prima de Deus, que é Nossa Senhora, a criatura mais perfeita que foi criada, onde Deus escolheu como tabernáculo para si: "Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hebr 9, 12). Esse tarbenáculo mais excelente e perfeito foi saudado pelo Arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco". Quanta grandeza apenas nessas palavras. Nossa Senhora tinha a graça de Deus e Deus era com Ela ainda antes da concepção... Naquele momento se cumpria todas as profecias da vinda do Messias. Era o momento da encarnação do Verbo de Deus, onde tudo dependia de um consentimento de uma "virgem", o seu "sim" nos trouxe o Messias esperado. A maneira da saudação angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la. Ela era a criatura que havia "achado graça diante de Deus" e, por isso, foi escolhida como a Mãe Dele. E continua o Arcanjo: "Bendita sois vós entre as mulheres." Poucas palavras - e palavras tão simples - para mostrar o fato central do cristianismo: a encarnação do Verbo de Deus. Um fato esperado pelos séculos, cujo os profetas não viram... apesar de tanto terem desejado. Todas as profecias do Antigo Testamento inclinam-se diante dessas poucas palavras. Todo o Novo Evangelho é conseqüência dessa encarnação, e todo o Antigo Testamento era o prenúncio do que ocorria naquele momento, naquele pequeno cômodo da casa de Nazaré, onde uma Virgem recebia a visita de um enviado de Deus. Que maravilha da graça se operava naquele momento, quando a Virgem Maria cooperava, pelo livre consentimento de sua fé, de sua virgindade, de sua humildade, para o mistério inicial do Cristianismo, coberta pela sombra do altíssimo, revestida do Espírito Santo, e concebendo, em seu seio virginal, o próprio Filho de Deus! Logo em seguida, que culto já não lhe prestou a própria Santa Izabel quando a aclamou: "Mãe de meu Senhor": "Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43). E, no ventre de Santa Izabel, exultava S. João Batista ao ouvir a voz de Nossa Senhora. Santa Izabel, repleta do Espírito Santo, exclama em alta voz, repetindo e completando as palavras do Anjo: "Bendita sois vós entre todas as mulheres; bendito é o fruto do vosso ventre!". E a própria Nossa Senhora completa, inspirada pelo Espírito de Deus: "De hoje em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque Aquele que é todo poderoso fez em mim grandes coisas!" (Lc 1, 48). Já na manjedoura os Reis Magos foram adorar o Menino-Deus "nos braços de Maria, sua mãe" (Mt 2, 11), como fazem todos os católicos do mundo inteiro. E o velho Simeão, profetizando, associa a Virgem Mãe de Deus a todas as contradições a que estaria sujeito o seu Filho, e de modo particular ao gládio de dor que deverá uní-lo no grande suplício (Lc 2, 34). E como poderia ser menor a grandeza Daquela que tinha autoridade sobre o próprio Deus, que a obedecia na intimidade do lar: "... mostrando-se submisso a ela em tudo" (Lc 2, 51). Nas Bodas de Caná transparece de modo fulgurante o poder da Santíssima Virgem, que é capaz de "alterar" a hora de Deus, que a adianta pelo pedido de sua Mãe, fazendo o seu primeiro milagre e confirmando a fé em seus apóstolos, mudando a água em vinho (Jo 2, 1- 11). É por isso que nos diz o Evangelho, narrando a grandeza de Maria Santíssima: "Bem-aventurada as entranhas que te trouxeram e o seio que te amamentou" (Lc 11, 27). Eis o culto de Nossa Senhora fundado no Evangelho, dele dimanando como de sua "fonte divina", e dali se irradiando séculos afora. Eis o culto de Maria Santíssima, não escondido nas trevas, nem envolto no silêncio, mas divinamente proclamado à face do universo. Os séculos ouvirão e compreenderão estes exemplos e lições evangélicas. E é para lhes corresponder que os cristãos de todos os tempos irão prostrar-se aos pés de Maria, implorando-lhe auxílio e proteção. Os Evangelhos, afinal, falam pouco de Nossa Senhora? Só se déssemos primazia à quantidade em detrimento das palavras... Maior foi o milagre da encarnação do que todas as ressurreições operadas por Nosso Senhor Jesus Cristo. Se não houvesse a encarnação, não haveria a Redenção. É certo que Nossa Senhora, durante toda a sua vida, procurou ficar no anonimato, escondida dos homens e amada por Deus. Era tanto o esplendor da Santíssima Virgem que S. Dionísio, o areópagita, declara que teria considerado Maria como uma divindade, se a fé não lhe houvera ensinado ser ela a mais perfeita imagem que de si formara a Onipotência. Santo Irineu dizia: "Os laços, pelos quais Eva se deixou acorrentar, por sua credulidade, Maria rompeu-os pela sua fé". Referindo-se, é claro, à passagem do Gênesis: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gen 3, 15). O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade. São tantos os mistérios da Maternidade de Maria Santíssima... É certo que os Evangelistas evitaram falar muito de Nossa Senhora, ou por pedido Dela, ou para evitar um culto equivocado à Mãe de Deus junto a um povo que era politeísta. Mas o pouco que falam, falam muito! Ela é verdadeiramente Mãe de um Deus que é Homem e de um Homem que é Deus. Ela é verdadeiramente nossa mãe quando, aos pés da cruz, Nosso Senhor a confiou a S. João. Ela é a onipotência suplicante que é capaz de mudar a "hora" de Deus. Ela é verdadeiramente Imaculada, isenta do Pecado Original, sendo o "tabernáculo" puríssimo que Deus escolheu para si. Os evangelistas em suas liturgias, entretanto, muito falaram de Nossa Senhora, como veremos nos tópicos seguintes, que demonstram, inequivocamente, a grandeza do nome da Virgem de Nazaré, a Mãe de Deus, a Imaculada Conceição, a Onipotência suplicante, a Medianeira universal de todas as Graças, assunta ao Céu de corpo e alma, Rainha dos homens e dos anjos. - Os pretensos "irmãos de Jesus" Em diversos lugares, o Evangelho fala desses 'irmãos'. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que 'estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te" (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20). S. João, por sua vez, fala de tais 'irmãos' (Jo 7, 1-10). A bela objeção protestante apenas mostra uma ignorância da própria Bíblia que dizem conhecer... As línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso 'primo' ou 'prima', e serve-se da palavra 'irmão' ou 'irmã'. A palavra hebraica 'ha', e a aramaica 'aha', são empregadas para designar 'irmãos' ou 'irmãs' dos mesmo pai, não da mesma mãe (Gn 37, 16; 42, 15; 43, 5; 12, 8-14; 39, 15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23, 21), e primos segundos (Lv 10, 4) - e até 'parentes' em geral (Job 19, 13-14; 42, 11). Os trechos acima demonstram, inequivocamente, que a palavra 'irmão' era uma expressão genérica, geral. Há muitos exemplos na Sagrada Escritura. Lê-se no Gêneses que 'Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27), que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot 'irmão de Abraão' (Gn 13, 3). 'Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos" (Gn 14, 14) Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15). No Novo Testamento, fica claríssimo que os 'irmãos de Jesus' não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos 'irmãos de Jesus' são indicados por S. Marcos: "Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?" Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cleófas: 'Chamou Tiago, filho de Alfeu... e Judas, irmão de Tiago" (Lc 6, 15-16). E ainda: "Chamou Judas, irmão de Tiago" ( Lc 6, 16) Quanto a 'José', S. Mateus diz que é irmão de Tiago: "Entre os quais estava... Maria, mãe de Tiago e de José" (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: "Estavam ali (no calvário), a observar de longe...., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu". Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cleofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): "Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágadala". Simão, irmão dos três outros, 'Tiago, José e Judas' são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu (ou Cleophas) é o pai deles. Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os 'irmãos de Jesus' são filhos de Maria Cléofas e Alfeu. Também decorre uma pergunta: Por que nunca os evangelhos chamam os 'irmãos de Jesus' de 'filhos de Maria' ou de 'José', como fazem em relação à Nosso Senhor? E como, durante toda a vida da Sagrada Família, os número de seus membros é sempre três? A fuga para o Egito, a perda e o encontro no templo, etc... Desta forma, fica provado o equívoco levantado por alguns protestantes. A perpétua virgindade da Santíssima Virgem Desde o início do cristianismo Nossa Senhora era cultuada como "Áiepartenon", isto é, a "sempre Virgem". A virgindade eterna de Maria é facilmente demonstrável, quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica. O que devemos provar: a) Nossa Senhora era Virgem antes do parto; b) Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto e c) Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto. Três asserções que vou provar aqui com a Bíblia na mão, e um pouco de lógica na cabeça. Aliás, a terceira já está provada pela própria explicação dos irmãos de Jesus. Todavia, vamos aprofundar mais um pouco a análise. Nossa Senhora era Virgem antes do parto A primeira asserção é admitida pelos próprios protestantes, pois se encontra positivamente no Evangelho: "O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada... e o nome da Virgem era Maria". (Luc. I, 26). Mais positivo ainda é o testemunho da própria Virgem objetando ao anjo: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". Nenhuma dúvida subsiste - Maria Santíssima era Virgem. Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto A segunda asserção, mostrando que a Mãe de Jesus ficou virgem no parto, pode deduzir-se dos mesmos textos. O que é concebido por milagre deve nascer por milagre; o nascimento é a conseqüência da concepção; sem esta conseqüência, o milagre seria incompleto. Em outras palavras, Deus teria operado um milagre incompleto ao desejar manter a virgindade de Nossa Senhora e não tendo levado essa promessa até o final. "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?" "O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível" (Luc 1, 35). A Deus nada é impossível, a virgindade de Nossa Senhora seria preservada, mesmo ela "não conhecendo varão". Continuamos na argumentação. O Evangelho nos mostra que Maria, tendo chegado ao termo ordinário da natureza, "deu à luz o seu filho. E estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz" (Luc. 1, 6). Ora, "conceber" e "dar à luz" são dois termos de uma ação única. A mãe concebe, para dar à luz - é uma só ação: gerar filhos. O parto e a conceição são inseparavelmente ligados, sendo o primeiro o preço doloroso da segunda (perder a virgindade); sendo Maria Santíssima libertada da segunda parte, por meio do milagre de Deus, deve sê-lo da primeira, pois para Deus não é mais custoso fazer "nascer" virginalmente do que fazer "conceber" virginalmente. Ademais, se a ação virginal havia começado, pela ação do Espírito Santo, Deus completaria essa ação no momento em que esta chegasse ao seu final. É uma conseqüência lógica e necessária, sob pena de negar o milagre completo de Deus manifestado em sua vontade e na resolução de Nossa Senhora de manter a virgindade. A própria dúvida de Nossa Senhora em relação à concepção deixa claro a posição dela perante a virgindade: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". O Anjo resolve o problema: "O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível" (Luc. 1, 35). A conceição da Virgem Santíssima é, pois, obra do Espírito Santo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. E por isso mesmo o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus." (Luc. 1, 35). "Conceber" Jesus e "dá-lo à luz" são, textual e literalmente, um só milagre, o milagre da encarnação. Separar estes dois termos, que o Evangelista resumiu de propósito numa única frase, é adulterar de maneira visível o texto e a significação da palavra de Deus. Sendo Nossa Senhora virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o milagre da encarnação é uno e completo. E isto é muito conforme à profecia: "uma virgem conceberá e dará à luz". É o próprio Evangelho que faz a aplicação desta profecia: "Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta" (Mat. 1, 22). Ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente! A Virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto é uma verdade que não se pode negar, senão espezinhando-se todas as regras da lógica e da hermenêutica. Deus quis manter a virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto, não o precisava, mas assim o fez. Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto Sobre a virgindade de Nossa Senhora após o parto, já provamos anteriormente. Todavia, para dar mais realce à explicação, façamos um pequeno exercício de hermenêutica. Quando Nossa Senhora afirma, categoricamente, "eu não conheço varão", ela não está dizendo que "até o momento eu não conheço", mas que ela, por opção pessoal, não "conhece varão", o que dá uma extensão geral à sua afirmação. Segundo a tradição, Nossa Senhora havia feito um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como fica clara pela própria afirmação dela ("Eu não conheço varão"), quando já estava desposada de S. José. Se não fosse propósito de Nossa Senhora manter a castidade perpétua, sua afirmação não teria propósito, pois o Anjo poderia lhe responder: "se ainda não conhece, conhecê-lo-á logo; não é José teu esposo? ". A sua afirmação só faz sentido, dentro do contexto, tendo Nossa Senhora feito o voto de castidade perpétua. S. Marcos, na mesma linha, chama Jesus "O filho de Maria" - "uiós Marias" - (Marc. 6, 3), e não um dos filhos de Maria, como querendo mostrar que ele era o seu filho único. Tudo isso ficará mais claro quando tratarmos da Imaculada Conceição segundo a Tradição, onde os evangelistas descrevem a virgindade perpétua de Maria Santíssima. Desfazendo objeções protestante: "antes de coabitarem", "filho primogênito" e "não a conhecia até que ela desse à luz" a) "antes de coabitarem" S. Mateus: "Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo" (Mt 1, 18). Ora, "antes de coabitarem" significa apenas "antes de morarem juntos na mesma casa". Isso aconteceu quando "José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa (Maria)"(Mt 1, 24) b) "filho primogênito" S. Lucas: "Maria deu à luz o seu filho primogênito" (Lc 2, 7). Explicação: É errado concluir que devia seguir o segundo filho. A lei de mosaica exige que todo o primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não: "Consagrar-me-ás todo o primogênito (primeiro gerando) entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu" (Ex 13, 2). Um exemplo elucidativo encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica: "Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho primogênito". Ou no Êxodo, quando Deus disse: "Todo o primogênito na terra do Egito morrerá" (Ex 11, 5). E assim aconteceu. "Não havia casa em que não houvesse um morto" (Ex 11, 30). Necessariamente, havia, como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se tinham casado nos últimos anos... Depois, em outro trecho, Deus ordena: "contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de Israel, da idade de um mês para cima" (Num 3, 40). Ora, se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo? Logo, há primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho. A primogenitura era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. Geralmente, o filho, primeiro, tinha direito a certos privilégios, como os de herdeiro etc, ficando sujeito a certas obrigações, como vemos na Bíblia. (Lc 2, 23) É, portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus: "primogênito" - "ton protótokon". Designa-o, deste modo, como herdeiro de David, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança (cf Gen 10, 15 - 21, 12). E é isso que se pode verificar na apresentação de Jesus no templo: "Depois que foram concluídos os dias da purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao Senhor" (Lc 2, 22) Essa passagem é muito clara e resolve de uma vez a discussão sobre a "primogenitura" de Nosso Senhor, pois a apresentação no templo ocorreu apenas 40 dias após o seu nascimento, como filho único de Nossa Senhora. c) "não a conhecia até que ela desse à luz" Em algumas traduções, aparece em S. Mateus: "José não conheceu Maria (= não teve relações com ela) até que ela desse à luz um filho (Jesus)". (Mt 1, 25). Explicação: Seria errado insinuar que depois daquele "até" José devia "conhecer" Maria". "Até", na linguagem bíblica, refere-se apenas ao passado. Exemplo: "Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (II Sam 6, 23). Ou então, falando Deus a Jacob do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: "Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse" (Gen 28, 15). Quererá isso dizer que Deus o abandonaria depois? Em outra passagem, Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos: "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28, 20). Ora, o texto sagrado deixa claro que a palavra "até" é um reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do verbo por obra do Espírito Santo, e não por obra de um homem (S. José)
Conselho Tutelar prepara programação para comemorar
os vinte anos do Estatuto da Criança e do Adolescente
Publicado no Dia 03/07/2010
Denise Santos
Raul Pereira
Uma grande mobilização está sendo organizada como forma de discutir o que ainda há para ser conquist
O Estatuto da Criança e do Adolescente completa vinte anos de sua criação. Para comemorar a data, o Conselho Tutelar da 34ª Zona prepara uma programação voltada para capacitação dos conselheiros tutelares, além de seminários e uma mobilização chamando atenção da sociedade para o que ainda precisa ser conquistado.
"O Estatuto da Criança e do Adolescente é um recurso que trouxe grandes conquistas, mas que também indica que a sociedade ainda tem pela frente uma longa caminhada em prol do bem-estar da infância e da juventude", revela Flávio Roberto, conselheiro tutelar.
Segundo Flávio Roberto, durante todo o mês de julho os Conselhos Tutelares da cidade estarão despertando na sociedade e, em especial, nas autoridades mossoroense a discussão em torno dos avanços e desafios gerados pelo estatuto.
"O ECA é um instrumento que visa assegurar a eficácia dos direitos desses pequenos. Quando um direito da criança e do adolescente é descumprido, temos um meio jurídico para tornar este direito efetivo. Mesmo assim ainda estamos muito distante de tornar as leis estabelecidas no ECA reais", disse.
Ele lembra que, antes do ECA, os direitos das crianças e adolescentes não estavam presentes no Código do Menor, assim como a responsabilidade do Estado no cumprimento destes direitos não era estabelecido. Além disso, a Lei 8.069/90 fez com que a Justiça ganhasse um novo papel, tornando-se espaço para efetivação dos direitos.
"O ECA representa o exercício dos direitos e a modificação da realidade. Porém, a lei por si só não muda a realidade, sendo que os promotores de Justiça passaram a ser os grandes defensores dos direitos das crianças e dos adolescentes", declarou.
Ele reconhece que a falta de políticas públicas voltadas para as crianças e os adolescentes é um dos principais impecílio para que o ECA saia do papel. Segundo ele é preciso que o Estado respeite o princípio constitucional da prioridade absoluta. Isto deve ser feito principalmente através de uma maior canalização de recursos para programas e ações voltadas à melhoria de vida de crianças e adolescentes.
"O discurso em favor dos direitos da infância e da juventude todos fazem. Entretanto, é fundamental que os administradores façam a destinação privilegiada de recursos para efetivação dos direitos. Lugar de criança é na família, na escola e nos orçamentos públicos", afirmou.
Ele coloca ainda que as pessoas ainda associam muito o ECA à criança infratora, mas explica que os direitos são de todas as crianças.
"Ainda hoje, as pessoas associam muito o ECA ao adolescente infrator. Acredito que devemos valorizar mais as políticas voltadas aos direitos fundamentais para que as políticas de resgate sejam cada vez menos necessárias no País e em especial, na nossa cidade", comentou
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20. Novidade na INFORMÁTICA
Perguntas & Respostas
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21. NOVIDADE no
ENTRETENIMENTO
EXERCÍCIOS PARA CÉREBROS ENFERRUJADOS
Recebemos esse e-mail e resolvemos postar neste blog.
Responsável pelo e-mail: Felipe Aloi
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8 comentários:
Lusmar, vc está de parabéns mais uma vez pelo seu Blog. Abraço Rose
Para uma pessoa linda
Se Deus tivesse um porta retrato, o seu retrato estará nele.
Se Deus tivesse uma carteira levaria a sua foto nela.
Ele te manda flores em toda primavera.
Ele te manda o nascer do sol a cada manhã.
A qualquer momento que você quiser conversar
Ele pode morar em qualquer lugar do universo, escolheu o seu coração.Encare isso, minha amiga ele é louco por você!!!!
Deus não prometeu dias sem dor, risos sem sofrimentos, sem chuva, mais ele prometeu força para o dia.
Conforto para as lágrimas e luz para o caminho.
PARABÉNS!!
Em nome da Superintendencia do Patrimônio Histórico e Cultural de Aracoiaba e do Museu Histórico de Aracoiaba Dr. Salomão Alves de Moura Brasil, apresentamos nossas condolências à família enlutada. Abraço Rose
Rose,
Muito lhe agradeço pelo seu estímulo aos nossos trabalhos frente ao blog lusmarpazleite.
Sou-lhe grato pela força, atenção e amizade que você me dedica.
Deus lhe abençoe!!!
Joseni, meu irmão!
Mais uma vez sou-lhe grato pelo seu gesto de apoio e incentivo ao nosso blog.
Deus seja louvado pelos amigos e amigas que tenho e pelos leitores e seguidores deste blog.
Valeu!!!
Bom dia Lusmar, dei uma espiada no seu blog. Parabéns. Está show. Abraço, fé em Deus e muito sucesso.
André, meu bom amigo!!!
Obrigado pelas visitas que vc fez e continuará fazendo ao nosso blog.
Obrigado pelo apoio e incentivo.
Seu blog está muito rico de novidades! Vá em frente!
Sucesso nos estudos!!!
Saúde e paz!!!
Um abração,
Lusmar
Lusmar, parabéns pelo blog. Moro em Sorocaba (SP), perto de outra Araçoiaba (da Serra) e que Deus te abençoe sempre!
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