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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Solenidades de Maria Mãe de Deus e Epifania do Senhor!


Hoje, a IGREJA celebra com alegria,  

A SOLENIDADE DA  EPIFANIA DO SENHOR.

O que significa Epifania? -  Epifania, em grego, significa manifestação.  Jesus se manifesta e revela aos reis magos, vindo do Oriente para vê-Lo e adorá-Lo, oferecendo-Lhe ouro, incenso e mirra. Jesus quer ser conhecido e amado por todos os habitantes da terra.



A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projecto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.
A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem exceção.

A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.



EVANGELHO DESTE DOMINGO, DIA 04 DE JANEIRO, 2015.

Anúncio do Evangelho (Mt 2,1-12)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém.
4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.
7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”.
9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.
10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO:

Como os Reis Magos, sigamos a estrela que nos leva a
Como os Reis Magos, sigamos a estrela que nos leva a Jesus. A estrela que os guia é a graça de Deus, que quer conduzir a história da humanidade para os pés d’Aquele que é o único Senhor de todo o Universo.
“Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2, 11-12).
Hoje é a Festa da Epifania do Senhor, a festa da manifestação de Deus ao mundo. E esses três personagens a quem nós costumamos chamar de “reis” e a Palavra de Deus os chama de “magos”, vieram ao encontro do Senhor guiados por uma estrela. Eles representam a humanidade que vai ao encontro do Messias. Eles vieram do Oriente e atravessam fronteiras, passam por dificuldades, superam as desinformações, os desencontros e não tiram o olhar daquela estrela que quer conduzi-los ao único Rei da humanidade.
Os magos do Oriente representam os corações, os homens de todos os tempos, que estão em busca da verdade, de um sentido, de uma luz e de uma razão para a vida. A estrela que os guia é a graça de Deus que quer conduzir a história da humanidade para os pés d’Aquele que é o único Senhor de todo o Universo.
É difícil, para muitos, encontrarem o Senhor; é difícil para muitos de nós, nos dias de hoje, irmos ao encontro d’Aquele que é o Nosso Deus. Primeiramente, porque o Nosso Deus não se faz grande e, sim, pequeno; nasce em um lugar insignificante em um pequeno vilarejo, na pequena Belém, nasce na fragilidade, nasce na humildade de uma estrebaria na pequena cidade de Belém.
Se nós queremos encontrar Deus, se queremos encontrar o único e verdadeiro Deus, primeiramente precisamos nos deixar ser guiados por Ele, por essa luz que vem do alto, a luz do Espírito, a graça de Deus, e Ele vai nos conduzir para as coisas pequenas e não para as grandes. Deus vai nos conduzir pelos caminhos da humildade e da simplicidade.
Quanto mais humildes, quanto mais simples, quanto mais despojados nós formos, tanto mais o nosso coração encontrar-se-á com o Senhor! E indo ao encontro d’Ele, quando O encontramos nos despojamos daquilo que somos. Despojar-se de si mesmo significa prostrar-se diante daquilo que eu reconheço maior do que eu mesmo, por isso os magos O adoraram e nós também O adoramos. Tiramos de nossa pobreza e de nossa riqueza para colocar aos Seus pés.
Ouro, incenso e mirra representam a vida, a humanidade, o culto e a adoração que nós queremos dar a Jesus, o nosso único Rei e nosso único Senhor!
Que hoje a estrela de Belém, a luz do Espírito, ilumine e acenda os nossos corações para que nos despojemos de nós mesmos a fim de que nos façamos pequenos, simples e humildes para encontrarmos Aquele que é o Senhor da nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn

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 Epifania do Senhor 
A Solenidade ocorre no 1º domingo após o dia  06 de janeiro
      
Santoral da Igreja
EPIFANIA Pelos padres claretianos (bibliografia na base)                                                
                                                Epifania, em grego, significa manifestação.  Jesus se manifesta e revela aos reis magos, vindo do Oriente para vê-Lo e adorá-Lo, oferecendo-Lhe ouro, incenso e mirra. Jesus quer ser conhecido e amado por todos os habitantes da terra. 
                                                Ainda não se fechou o ciclo no Natal. Alcança novo ponto culminante na liturgia do dia 06 de janeiro. A festa desse dia ocupa, na Igreja Oriental, o lugar que o Natal ocupa entre nós. Trata-se da celebração de uma grande idéia: A Manifestação ou "Epifania do Senhor". 
                                                Para tanto, juntam-se três acontecimentos salvíficos: as homenagens dos Reis Magos do Oriente, o Batismo de Jesus no Jordão, as Bodas de Caná.  Quer dizer, portanto, três manifestações iniciais de sua Glória.
                                                Para epístola escolheu-se um dos trechos mais jubilosos do Livro de Isaías: 60, 1-6: "Levanta-te, Jerusalém, ilumina-te!" Deus farà brilhar a sua luz em Jerusalém, a tal ponto que os pagãos subirão para esta cidade.  Em Jesus, apareceu, de Fato, a salvação de Deus para todos, em Jerusalém e na Palestina. 
                                                O Evangelho da missa narra o primeiro dos fatos salvíficos celebrados. É uma história que São Mateus conta no início de seu livro:  a primeira manifestação de Jesus a não-judeus. Ela é a indicação sugestiva de que também o mundo extra-israelita está envolvido na vinda de Jesus. Por via de um sinal astronômico e de uma profecia judaica, alguns magos encontraram o Menino com sua Mãe, Maria, e prestam-lhe honra real. Desde os tempos das catacumbas, tem a arte cristã representado com predileção essa cena para, por meio dela, expressar a manifestação de Jesus ao mundo inteiro.  O nome popular dessa festa é: "Dia dos Reis". 
                                                A história dos Reis Magos tem prolongamento na matança das crianças de Belém e na fuga para o Egito.  A morte dos infantes inocentes, que derramaram seu sangue por Cristo, é celebrada dentro da oitava de Natal,  no dia 28 de dezembro.  Chama-se "Festa dos Inocentes". Quanto à fuga do Egito,  ela quer significar que Jesus, ao voltar de lá, segue também os passos de seu povo, quando este outrora marchava do Egito para a terra prometida. Mateus chama a atenção sobre esse ponto: "... para que se cumprisse que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei meu filho do Egito" (Mt 2, 15). O povo israelita já se chama "filho de Deus", mas Jesus é "O" Filho de Deus por excelência. É nele que o povo voltará definitivamente da escravidão. 
                                                Acorramos mais uma vez ao presépio, em companhia dos reis magos, e ofereçamos também a Jesus, pelas mãos maternais de Maria Santíssima, o ouro do nosso amor, o incenso das nossas orações e a mirra das nossas mortificações e paciências. 
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EPIFANIA - Pelo Pe. João Batista Lehmann (bibliografia na base)
                                                 A  Festa que a Igreja celebra, tem o nome de Epifania, isto é, aparição do Senhor, por apresentar-nos três grandes mistérios, em que Jesus Cristo se manifestou ao mundo como Filho de Deus e Salvador do gênero humano. O primeiro destes mistérios é a adoração que os três Magos prestaram ao Menino, em Belém. O segundo é o Batismo de Jesus Cristo no Jordão, ocasião em que o Pai celeste fez a apresentação de seu Filho, dizendo: “Este é meu Filho mui amado, em quem pus minha complacência”. O terceiro, finalmente, é a transformação da água em vinho, milagre que Cristo fez, por ocasião das bodas de Caná, para manifestar aos discípulos sua missão messiânica.
                                                 Logo após seu nascimento no estábulo de Belém, Jesus Cristo quis manifestar-se aos judeus e aos pagãos. Aos pastores, que estavam nos campos vigiando os seus rebanhos, mandou celeste mensagem, por intermédio dos Anjos, que lhes anunciaram o grande acontecimento, dizendo: “Não temais; anuncio-vos uma boa nova, que há de ser para todo o povo motivo de grande alegria! Hoje na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é o Cristo, nosso Senhor”. (Lc. 2,  10). Aos pagãos do Oriente mandou a estrela maravilhosa, a anunciar-lhes o aparecimento daquela estrela profetizada por Balaam, nas palavras: “Uma estrela sai de Jacó, um cetro levanta-se de Israel, que esmagará os príncipes de Moab”. Os pagãos bem conheciam esta profecia, e ansiosos esperavam pelo aparecimento da estrela preconizada. Afinal a viram surgir. Sobressaindo entre as outras, pelo brilho e a posição extraordinários, chamou a atenção de três homens, conhecidos por Gaspar, Melquior e Baltazar ou, como a Bíblia os intitula, os três Magos do Oriente. Iluminados por luz divina, conheceram no aparecimento da estrela o sinal indubitável do cumprimento da palavra profética de Balaam, e sem demora trataram dos preparos da viagem, que os levassem à presença do rei dos Judeus recém-nascido. A estrela servia-lhes de guia. Seguindo-a sem desfalecimento, chegaram a Jerusalém. Pela primeira vez, ao chegarem à capital de Judá, o astro maravilhoso se lhes escondeu das vistas, e grande foi a tristeza e não menor o desapontamento do Magos. Na convicção, porém, de tratar-se de um fato por todos conhecidos e, julgando que não houvesse na cidade quem não soubesse dar-lhes as necessárias informações sobre o Rei dos Judeus recém-nascido, confiadamente entraram em Jerusalém e perguntaram: “Onde está o Rei dos Judeus, que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo”. (Mt. 2,  2). Se grande foi o desaponto por não mais ver a estrela, sua fiel companheira, maior foi a decepção que experimentaram, ao notarem o espanto que essa pergunta causou às pessoas a quem dirigiram.
                                                 A chegada de três príncipes estrangeiros à capital dos Judeus provocou grande alvoroço na cidade e na corte real. O rei Herodes perturbou-se sobremodo, não sabendo o que pensar da inesperada nova. No íntimo começou a recear pelo trono. Reuniu os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, para que lhe dissessem algo do  lugar onde devia nascer o Cristo.
                                                 Os judeus conhecedores que eram das profecias, não duvidaram de que teria chegado o momento do Messias aparecer. Sabiam também o lugar onde, segundo o profeta Michéas, o Desejado das nações havia de nascer. A resposta dos sacerdotes não deixou nada a desejar, quanto à clareza, e era concisa nestes termos: Os sagrados livros dizem: Em Belém, terra de Judá, há de nascer o Cristo; pois está escrito pelo profeta: “Tu, Belém na terra de Judá, não és por certo a menor, entre as cidades principais da Judéia; pois é de ti que há de sair o chefe, que deve governar Israel, meu povo”. Tendo Herodes ouvido a resposta dos entendidos, mandou vir secretamente os magos, e indagou o tempo exato em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois, mandando-os a Belém, disse-lhes: “Ide, informai-vos do Menino com cuidado, e logo que encontrardes, vinde dizer-me a fim de que eu também o vá adorar”. Não era, porém, esta a sua intenção. Falso que era, fingiu grande devoção e interesse de conhecer o Messias, e figurar entre os primeiros adoradores, quando sua intenção verdadeira era apoderar-se da criança e matá-la. Os Magos, cheios de alegria, por ter obtido informações tão claras partiram. A estrela que tinham visto no Oriente, caminhava diante deles e quando chegou em cima do lugar onde estava o Menino, parou. Por inspiração divina sabiam, que se achavam na presença d’Aquele que, nascido na pobreza, era o Rei do Universo.
                                                 Entraram na casa, e aí acharam o Menino, com Maria, sua Mãe. Tomados de profundo respeito, prostraram-se por terra e adoraram ao menino, como Deus e Salvador do mundo. Em seguida abriram os tesouros e ofereceram ao divino Infante ouro, incenso e mirra.
                                                 Cumprindo-se a profecia do rei Davi, que diz: “Reis de Tharsis e das ilhas virão oferecer-lhe presentes; os reis da Arábia e de Sabá trarão oferendas”. (S. 71,   10). Sobre o tempo que os Magos permaneceram em Belém, os Santos Livros nada dizem. Nada sabemos o que entre eles e José e Maria se passou. É, porém, provável, que se tenham demorado na cidade de Davi e que José e Maria lhes tenham referido tudo que se passara nos últimos dias, antes de sua chegada do Oriente.
                                                 Tratando da volta, quiseram, como a Herodes tinham prometido, passar por Jerusalém. Um Anjo, porém, apareceu-lhes dando-lhes a ordem expressa, que tal não fizessem. Obedientes a este celeste aviso, voltaram por caminho diferente para sua terra.
                                                 É fora de dúvida que os Magos tenham comunicado aos súditos o aparecimento do Salvador e com eles se tenham convertido à religião, de que se confessaram fiéis discípulos até o fim da vida. Um autor antiqüíssimo, na explicação que faz do Evangelho de São Mateus, diz que o Apóstolo Tomé os batizou na Pérsia e com eles milhares de súditos. Uma tradição existe, segundo a qual as relíquias dos Magos foram transportadas para Constantinopla, e de lá passaram para Milão, de onde, no século 12, o Imperador Frederico Barboroxa as transladou para Colônia, em cuja majestosa Catedral são até hoje veneradas.
Reflexões:
                                                 Os três Magos são, com toda razão, chamados as primícias da nossa fé, e sua festa é digna de ser celebrada com a maior solenidade, em sinal de alegria, por Deus ter chamado também os pagãos, ao conhecimento da religião de seu filho Unigênito. “É um benefício imenso, que Deus me fez, ter-me chamado à existência num tempo e numa terra, onde reina a verdadeira religião”, diz Santo Agostinho. “Milhares e milhares de homens vejo, que não tem esta felicidade. Quantos milhões são ainda pagãos?” – Agradece de todo coração a Deus a graça de tua vocação cristã e procura tornar-se cada vez mais digno da mesma.
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TÓPICOS RELACIONADOS
********************** Os Santos
Referência bibliográfica:
-  Missal dominical Ave Maria,  padres claretianos, Ed. Ave Maria, 1962; Catecismo da IgreJa Católica, Edições Loyola, 1970;

- Na luz Perpétua,  5ª.  ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.

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Neste primeiro dia do Ano-Novo, a Igreja celebra 
a Solenidade de Maria Mãe de Deus!


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A GREJA celebra hoje a SOLENIDADE DE MARIA, MÃE DE DEUS!

- Hoje, celebra-se o DIA MUNDIAL DA PAZ.

- Celebra-se, finalmente, o PRIMEIRO DIA DO ANO CIVIL : é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.

Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projecto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo.
Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
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EXPLICAÇÃO DO TÍTULO "MARIA,MÃE DE DEUS": 


O Catecismo da Igreja Católica, no nº 495, nos diz que a “Igreja confessa que Maria é verdadeiramente mãe de Deus”. Esta afirmação pode ser vista solenemente proclamada pelo Papa Paulo IV, no dia 7 de agosto de 1555, quando diz: “A bem-aventurada Virgem Maria foi verdadeiramente mãe de Deus, e guardou sempre íntegra a virgindade, antes do parto, no parto e constantemente depois do parto”. O que podemos entender desta afirmação? Qual é a fé da Igreja católica na maternidade divina de Maria?

A importância do dogma da maternidade divina

Porque Maria foi escolhida para ser mãe de Jesus, podemos deduzir os outros três dogmas marianos: Maria foi preservada do pecado original, em função de sua missão singular na história da salvação; ela permaneceu virgem em sinal de sua consagração radical ao projeto salvífico; e foi assunta aos céus em corpo e alma, em virtude de sua correspondência ímpar à vontade do Pai. A vocação de gerar a natureza humana de Jesus é singular e só pode ser entendida dentro das ações maravilhosas que Deus realizou em função de seu povo. A maternidade divina justifica, explica e fundamenta os outros dogmas marianos.

Maria, Theotókos

Este título apareceu dentro do pensamento teológico grego: mãe de Deus = Theotókos. Acredita-se que foi usado pela primeira vez por volta do século 3 a.C., por Orígenes, em Alexandria. Isto nos leva a crer que já existia uma tradição oral que usava esta palavra para qualificar Maria. Mais tarde, em 431, este título vai ser solenemente proclamado no Concílio de Éfeso. Nesta época, a Igreja enfrentava a heresia nestoriana, que afirmava que em Jesus existia a pessoa divina com a sua natureza divina e a pessoa humana com sua natureza humana. Nestório e os nestorianos diziam que Maria era mãe da pessoa humana. A doutrina do Concílio afirma categoricamente que Jesus é pessoa divina, com duas naturezas: a divina e a humana. Por isso, a Igreja conclui que Maria é mãe de Deus. Ela teria gerado a natureza humana que foi assumida pelo Verbo de Deus. Diz o CIC no nº 495, “Aquele que ela concebeu do Espírito Santo como homem e se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade”.

Maria, mãe de Deus

Assim, fica claro o que significa o título mariológico: se Maria é mãe, ela não é mãe de uma natureza, mas de uma pessoa. Ora, a pessoa a quem Maria deu à luz é a única pessoa do Verbo de Deus. Logo, Maria é mãe de Deus. É claro que a Igreja não afirma que Maria criou ou gerou a natureza divina. Todavia, no momento em que ficou grávida, gerou a natureza humana unida a pessoa divina, e quem nasceu foi Jesus, Deus feito homem.

Razões da maternidade divina de Maria

O CIC, do número 503 até o 507, apresenta para nós cinco razões para que Maria se tornasse a mãe de Deus. A primeira razão é para revelar a iniciativa absoluta de Deus na encarnação. O homem nunca poderia se arrogar este poder de trazer Deus até ele. Mas, Deus teve condescendência com a humanidade e se encarnou no seio de Maria para nos salvar. A segunda razão é que sendo Jesus o novo Adão, sua humanidade está repleta do Espírito Santo. Maria é vista como a nova Eva, a mãe do homem novo que vai vivificar os outros homens mortos no pecado. A terceira razão é para mostrar que, assim como Jesus nasceu de uma concepção virginal, assim os homens participarão da vida divina por pura gratuidade de Deus. A virgindade de Maria é sinal de sua fé e de sua doação no cumprimento da vontade de Deus – esta é a quarta razão. Por fim, a última razão é que a maternidade de Maria é um símbolo da maternidade da Igreja. A Igreja é chamada na sua fé e doação a gerar novos filhos de Deus pela pregação e pelos sacramentos.

Para aprofundar.
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Consultar o CIC números 487, 495, 502, 503, 504, 505, 506 e 507; o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, pergunta 95; e, o capítulo 8 da “Lumen Gentium”.


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Cristo e sua Mãe são inseparáveis, afirma Papa Francisco.

Foto de Lusmar Paz.

Cristo e sua Mãe são inseparáveis, afirma Papa Francisco, nesta QUINTA-FEIRA, 1º DE JANEIRO DE 2015,
O Pontífice explicou que “assim como Cristo e sua Mãe são inseparáveis, igualmente são inseparáveis Cristo e a Igreja”
Da redação, com Rádio Vaticano
Em sua homilia, o Papa recordou que “nenhuma criatura viu brilhar sobre si a face de Deus como Maria, que deu uma face humana ao Verbo eterno, para que todos nós O pudéssemos contemplar”.
O Pontífice reiterou que “assim como Cristo e sua Mãe são inseparáveis”, “igualmente são inseparáveis Cristo e a Igreja”.
Francisco observou que entre Cristo e sua Mãe existe uma relação estreitíssima, como entre cada filho e sua mãe: “A carne de Cristo foi tecida no ventre de Maria”.
Escolhida para ser a Mãe do Redentor, Maria compartilhou intimamente toda a sua missão, até o calvário:
“Maria está assim tão unida a Jesus, porque recebeu d’Ele o conhecimento do coração, o conhecimento da fé, alimentada pela experiência materna e pela união íntima com o seu Filho. A Virgem Santa é a mulher de fé, que deu lugar a Deus no seu coração, nos seus projetos; é a crente capaz de individuar no dom do Filho a chegada daquela ‘plenitude do tempo’ (Gl 4, 4) na qual Deus, escolhendo o caminho humilde da existência humana, entrou pessoalmente no sulco da história da salvação. Por isso, não se pode compreender Jesus sem a sua Mãe”.
Igualmente inseparáveis são Cristo e a Igreja – disse o Papa – observando que não se pode compreender a salvação realizada por Jesus sem considerar a maternidade da Igreja:
“Separar Jesus da Igreja seria querer introduzir uma ‘dicotomia absurda’, como escreveu o Beato Paulo VI. Não é possível ‘amar a Cristo, mas sem amar a Igreja, ouvir Cristo mas não a Igreja, ser de Cristo mas fora da Igreja’. Na verdade, é precisamente a Igreja, a grande família de Deus, que nos traz Cristo. A nossa fé não é uma doutrina abstrata nem uma filosofia, mas a relação vital e plena com uma pessoa: Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus que Se fez homem, morreu e ressuscitou para nos salvar e que está vivo no meio de nós. Onde podemos encontrá-Lo? Encontramo-Lo na Igreja. É a Igreja que diz hoje: ‘Eis o Cordeiro de Deus'; é a Igreja que O anuncia; é na Igreja que Jesus continua a realizar os seus gestos de graça que são os sacramentos”.
Francisco afirmou que a ação e missão da Igreja exprimem a sua maternidade:
“Na verdade, ela é como uma mãe que guarda Jesus com ternura, e O dá a todos com alegria e generosidade. Nenhuma manifestação de Cristo, nem sequer a mais mística, pode jamais ser separada da carne e do sangue da Igreja, da realidade histórica concreta do Corpo de Cristo. Sem a Igreja, Jesus Cristo acaba por ficar reduzido a uma ideia, a uma moral, a um sentimento. Sem a Igreja, a nossa relação com Cristo ficaria à mercê da nossa imaginação, das nossas interpretações, dos nossos humores”.
Maria, disse o Papa, é “aquela que abre a estrada da maternidade da Igreja e sempre sustenta a sua missão materna destinada a todos os homens. O seu testemunho discreto e materno caminha com a Igreja desde as origens. Ela, Mãe de Deus, é também Mãe da Igreja e, por intermédio dela, é Mãe de todos os homens e de todos os povos”.
Ao concluir, o Pontífice recordou o Dia Mundial da Paz, celebrado no 1º dia do ano, pedindo que “o Senhor dê paz a estes nossos dias: paz nos corações, paz nas famílias, paz entre as nações”.
Ao recordar o tema deste ano “Já não escravos, mas irmãos”, Francisco disse:
“Todos somos chamados a ser livres, todos chamados a ser filhos; e cada um chamado, segundo as próprias responsabilidades, a lutar contra as formas modernas de escravidão. Nós todos, de cada nação, cultura e religião, unamos as nossas forças. Que nos guie e sustente Aquele que, para nos tornar irmãos a todos, Se fez nosso servo”.

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