Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

Dois pensamentos de boas-vindas aos leitores e seguidores deste blog:
- Mesmo que vivas um século, nunca deixes de aprender!!!
- O importante não é saber tudo, e sim, nunca perder a capacidade de aprender!



domingo, 13 de novembro de 2011


Nossa família está em "FESTA"!!! Hoje, nossa Tia-Mãe Maria Leite, completa 80 anos de vida!!! A ela, dedicamos esta mensagem:

O mundo está envelhecendo e os “anciãos são o porvir”, os velhos são o futuro. Não só as pessoas devem preparar-se para o envelhecimento, mas igualmente as culturas, os governos, a sociedade. Todos nós queremos viver muito tempo, mas ninguém quer envelhecer. Sabemos que um... móvel velho, um vinho velho é que tem valor. “Minhas rugas são título de nobreza”, disse uma artista famosa. A grandeza de uma civilização se mede pela atitude perante os anciãos. O pior envelhecimento começa com o medo de envelhecer. A solução está em preparar-se.

Como viver bem a terceira idade? A mais bela idade é a que temos e cada idade tem sua beleza e sua missão. A idade não está só nas artérias, nas rugas, mas no fervor. “Não sei qual é a minha idade: muda de minuto em minuto”, disse um sábio. Importa viver o momento presente, viver de instante em instante, pois tudo começa a cada momento e hoje é o primeiro dia do restante de nossa vida. O problema não está em acrescentar anos à vida, mas acrescentar vida aos anos. O final da vida ainda é vida. Dar a cada instante, a cada manhã o consentimento à vida, comungar com a vida. Neste sentido poucos sabem ser velhos.

Cabe-nos ser reconhecidos e justos para com os idosos. Eles são mestres, são guardiões da fé, da tradição, dos valores. Eles ajudaram o mundo ser melhor. Que a família nunca abandone seus idosos. É preciso honrar pai e mãe.
Nossos anciãos precisam de um aperto de mão, de um olhar, de um sorriso, de um abraço. A bengala mais segura é o braço de um filho, de um amigo, de um vizinho. Aos idosos, demos o melhor lugar de nossa casa, a melhor aposentadoria. A eles e elas demos o assento no ônibus, nas Igrejas, mas principalmente seja-lhes concedido respeito, honra e lugar na sociedade. A frase mais terrível na boca de um idoso é esta: “eles me esqueceram”.

Por outro lado, os idosos têm dons, experiências e sabedoria para enriquecerem a sociedade de hoje. Velhice não é peso, é dom; não é decadência, é oportunidade; não é doença, é uma etapa normal da vida; não é desgraça, é graça; não é diminuir, é crescer. Idoso é alguém que ajuda os outros a viver. O que enche nossas mãos não é o que retemos, mas o que temos dado. Então, velhice é tempo de ação de graças, tempo de novos aprendizados, tempo de mais proximidade de Deus. Possam os idosos viver sentimentos de gratidão para com o passado, alegria em relação ao presente e muita esperança quanto ao futuro. Benditos sejam todos os que cuidam dos idosos. O melhor jeito de envelhecer é viver fazendo o bem, plantando sementes boas no jardim do coração.
Parabéns, Tia Maria! Você é, de fato, nossa verdadeira "MÃE", nossa grande e maior amiga!!! Saúde e Paz pra você!
Seus sobrinhos-fllhos,
Lúcia, Luciano e Lusmar

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Feliz e santo Aniversário!!!
Aniversário, de quem?

Minha tia-mãe chamada Maria Leite, completará dia 14 de Novembro,80 anos de existência, porque não dizer, existência na terra-mãe de Aracoiaba, solo sagrado, abençoado pelo Criador. A partir de agora, meu pensamento alça voo aos céus, ao encontro de Deus, para dizê-LO: Deus querido, obrigado pela vida em si, de maneira especial pelo dom vida de minha tia-mãe, pois ela foi e continua sendo o meu melhor e maior presente recebido de sua inexplicável bondade de Pai.
Amigos(as), não abandonemos, não encostemos nossos pais quando estiverem idosos! Eles merecem nossa dedicação e carinho redobrados... Os verdadeiros integrantes da terceira idade são jovens de espírito. Carregam, no coração, a juventude da alma: esta que jamais envelhece. Pode o rosto estar enrugado e os cabelos esbranquiçados: se a alma não tem rugas, o coração continua jovem.
Tia-Maria, minha tia-mãe, minha verdadeira mãe, minha boa amiga e mestra da vida, encho os meus pulmões com o ar da gratidão, e numa longa respiração faço esse pequeno e, ao mesmo tempo grande desabafo: Tia querida, meu tesouro materno, te amo do mais profundo do meu coração; a ti devo a minha vida... Obrigado por tudo! Deus lhe pague! Um beijo no seu coração!
Lusmar Paz
(Aracoiaba-CE)

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"Como estava feliz a minha alma, ó Boa Mãe, quando tinha a felicidade de contemplar-vos!
Como gosto de recordar esses doces momentos passados sob vossos olhares cheios de bondade e de misericórdia por nós".

Diário de Santa Bernadete


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Alegria sem fim começa já hoje!

Aproximamo-nos do fim do atual ano litúrgico. Após a festa de Cristo Rei, no próximo domingo, inicia-se novo ano com o Advento. Nestes domingos meditamos nos acontecimentos últimos da história da humanidade. Jesus conta-nos, no evangelho, a parábola dos talentos. Um certo senhor, antes de partir para uma longa viagem, entrega a cada um dos seus três criados uma soma de dinheiro. A ideia é que estes senhores façam render o dinheiro do patrão para, quando ele voltar, lhe entreguem o capital e os juros, e possam assim receber a mercê do seu patrão. O significado da parábola é claro: a todos é entregue por Deus uma quantidade de talentos, de qualidades, de dons que nos ajudam a viver acertadamente a nossa vida. Qualidades materiais, psicológicas, espirituais. Para nosso bem e para bem da comunidade humana. Muitas ou poucas qualidades, não é isso que é mais importante. O principal é que cada um de nós faça frutificar os dons que tem. Como um dos três empregados da parábola que recebeu cinco talentos e que, na ausência do seu patrão, conseguiu ganhar outros cinco talentos.

Nem todos conseguem, durante a sua vida na terra, reconhecer todos os seus talentos. Aquele que vive uma vida de contato com o Espírito Santo tem uma maior probabilidade de descobrir as suas qualidades, pois o Espírito Santo de Deus em nós é quem melhor nos faz ver os dons que Deus nos deu ao criar-nos, e as qualidades que recebemos de nossos pais. Há gente com dotes abundantes que, por falta de atenção e de vida interior, nunca conseguem descobrir estas suas qualidades. Uma conclusão triste para estas pessoas é viverem por vezes num complexo de inferioridade que muito limita a sua capacidade de realização. Na parábola, este ensinamento é claro: o que recebeu cinco talentos, arranjou outros cinco, o que recebeu dois conseguiu outros dois. Mas o que recebeu um talento, fechou-se em si próprio e não se esforçou por fazer render o que recebera. Ficou paralisado no seu negativismo: nenhuma gratificação recebeu do seu patrão. Os que procuram viver em intimidade com o Espírito do Senhor e fazem frutificar as suas qualidades, esses ouvirão a palavra que o Mestre lhes dirá: "Muito bem, excelente e fiel servidor! Vem tomar parte na alegria do teu Senhor!" (Evangelho de hoje). Alegria que começa aqui na terra e continuará por toda a eternidade na Casa do Pai no Céu.

Fonte: Fátima Missionária

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Domingo, 13 de Novembro de 2011
33º Domingo do Tempo Comum


EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO

Viva o tempo presente numa fidelidade ativa


Postado por: homilia


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A expectativa e a vigilância convertem-se em responsabilidade pela transformação do mundo. A parábola dos talentos ressalta a vigilância como atitude de quem se sente responsável pelo Reino de Deus. E quem recebeu talentos – e não os faz render – pode ser demitido do Reino por “justa causa”.
 
O Evangelho situa-se no quinto e último grande discurso escatalógico, ou aquele que trata do fim último das coisas. O tema básico do discurso é a vigilância, ilustrada pela leitura dos sinais dos tempos, a parábola do empregado responsável, a das virgens prudentes e imprudentes e que vai terminar na festa de Cristo Rei, com o texto sobre o Juízo Final.
Por trás da parábola dos talentos há um tempo de expectativa e de sofrimento. Na época em que Mateus escreveu o Evangelho, muitos cristãos estavam desanimados diante da demora da segunda vinda do Messias. Além disso, o converter-se à fé cristã acarretava perseguição e até morte. As comunidades se esvaziavam e o ardor por Jesus Cristo esmorecia. O evangelista escreve com o objetivo de reanimar a fé.

Jesus apresenta-se como um Senhor que, antes de empreender uma viagem, reúne seus empregados e reparte com eles sua riqueza para que a administrem. A um deu cinco talentos, a outro dois e um talento ao terceiro: a cada um segundo sua capacidade. E viajou para longe. No retorno, Ele pede contas. Os dois primeiros fizeram com que os talentos rendessem em dobro. O último devolveu o talento tal qual tinha recebido, pois com medo de arriscar havia enterrado o talento. Curioso é o motivo de tal procedimento. Não tomou tal atitude por preguiça, mas por medo da severidade de seu Senhor. Em consequência, os dois primeiros foram elogiados e recompensados pela eficiente administração e o último foi demitido por “justa causa”.

No tempo de Jesus um talento era uma soma considerável de dinheiro, e hoje pode ser interpretado em termos de dons ou carismas recebidos de Deus. O trecho demonstra que o importante é arriscar-se e lançar-se à ação em prol do crescimento do Reino de Deus, para que os dons que recebemos d’Ele possam crescer e se frutificar.
De forma alguma se deve interpretar este texto “ao pé-da-letra”, como se ele tratasse de investimentos e lucros financeiros, pois ele é uma parábola, que é uma comparação usando imagens e símbolos conhecidos.
Jesus confiou à comunidade cristã a revelação dos segredos do Reino e a revelação de Deus como o “Abbá”, ou querido Pai. Esse dom é um privilégio, mas também um desafio e uma responsabilidade. Nem a comunidade cristã nem o cristão individual podem guardar para si essa riqueza.

Embora carreguemos “esse tesouro em vasos de barro” (cf. II Cor 4,7), como disse São Paulo, temos que partir para a missão, para que todos cheguem a essa experiência de Deus e do Reino.
Não é suficiente que estejamos preparados para o encontro com o Senhor. O “outro lado da medalha” é a atividade missionária, que faz com que o Reino de Deus cresça, mediante o testemunho da nossa prática de justiça.
O terceiro empregado, devolvendo ao Senhor o talento que recebera – nem mais nem menos – em termos de justiça está quite. Ele personifica os membros das comunidades que não traduzem em seus relacionamentos os dons recebidos de Deus ou daqueles que, observando rigorosamente a Lei, se consideram perfeitos cumpridores da vontade do Senhor, mas que, na verdade, desconhecem a exigência fundamental do Messias que é de gratidão e iniciativa. Por isso, são castigados por sua mediocridade.

Enterrar os talentos é sinônimo de eximir-se da responsabilidade diante da missão que o Ressuscitado confiou a Seus discípulos como Suas testemunhas e continuadores da obra que Ele mesmo recebeu do Pai: salvar a humanidade (cf. At 1,6-11). Enterrar os talentos é privar a comunidade dos dons de que ela está necessitando.
A omissão é um pecado que prejudica a edificação da comunidade. É instalar-se para não correr riscos. Para aqueles que aderiram à fé, não basta ser bons evitando o mal a fim de serem aprovados como solícitos administradores dos bens do Reino. O que se exige de nós é a capacidade de correr o risco com responsabilidade e compromisso.

Jesus nos alerta sobre a necessidade de vivermos o tempo presente numa fidelidade ativa como um preparo ao Juízo Final. Quando voltar, o Senhor recompensará os bons administradores com a salvação, isto é, com a alegria de Seu convívio na Jerusalém celeste. Portanto, não enterre o seu talento. Faça-o render a fim de que possa ser recompensado pelo Senhor quando chegar: “Muito bem, empregado bom e fiel. Tu foste fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr-te para negociar com muito. Vem festejar comigo!”
Padre Bantu Mendonça

"A destruição da vida humana não pode ser justificada", diz Papa.

Mirticeli Medeiros
Da Redação


Arquivo
'Existe o sério risco que a dignidade única e inviolável da vida humana seja subordinada a considerações meramente utilitárias', diz Papa.
O Papa Bento XVI recebeu na manhã deste sábado, 12, os participantes da Conferência Internacional de estudos das células tronco adultas. De acordo com o Santo Padre, que fez um discurso a todos os presentes, a utilização de tais células, que são diferentes daquelas embrionárias,  permite a ciência de estar realmente à serviço do bem da humanidade.

“Desde o momento em que os seres humanos são dotados de alma imortal e são criados a imagem e semelhança de Deus, existem dimensões da existência humana que se encontram além dos limites daquilo que as ciências naturais são competentes para determinar. Se tais limites são violados, existe o sério risco que a dignidade única e inviolável da vida humana possa ser subordinada a considerações meramente utilitárias”, disse o Santo Padre.

Células embrionárias

O Pontífice mais uma vez condenou o uso de células tronco embrionárias dizendo que aqueles que trabalham com a pesquisa  e a manipulção de tais células cometem o grave erro de negar o direito inalienável da vida de cada ser humano, desde a concepção à morte natural.

“A destruição mesmo que de somente uma vida humana não pode nunca ser justificada com fins de benefício que a mesma poderia dar a alguém”, disse

A Igreja quer o melhor para a humanidade.

Na conclusão, Bento XVI disse que o diálogo entre ciência e ética tem uma máxima importância para garantir que os progressos da medicina não sejam obtidos ao preço de custos humanos inaceitáveis.

“A Igreja não pensa somente nascituro mas também naqueles que não têm fácil acesso aos custosos cuidados medicinais. A doença não faz exceção entre as pessoas e a justiça quer que cada esforço seja feito para colocar os frutos da pesquisa ciêntifica à disposição de todos aqueles que dela serão beneficiada”, enfatizou 
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Bernard Nathanson:
Quando a "Mão de Deus" alcançou o "Rei do aborto"
O quê pode levar um poderoso e reconhecido médico abortista a converter-se em um forte defensor da vida e abraçar os ensinamentos de Jesus Cristo?
Pode que tenha sido o peso de sua consciência pela morte de 60 mil nascituros ou talvez as muitas orações de todos aqueles que rogaram incessantemente por sua conversão?
Segundo Bernard Nathanson, o famoso "rei do aborto", sua conversão ao catolicismo resultaria inconcebível sem as orações que muitas pessoas elevaram a Deus pedindo por ele. "Estou totalmente convencido de que as suas preces foram escutadas por Ele", indicou emocionado Nathanson no dia em que o Arcebispo de Nova York, o falecido Cardeal O'Connor, o batizou.
Filho de um prestigioso médico especializado em ginecologia, o Dr. Joey Nathanson, a quem o ambiente cético e liberal da universidade o fe abdicar da sua fé, Nathanson cresceu em um lar sem fé e sem amor, onde imperava muita malícia, conflitos e ódio.

Profissional e pessoalmente Bernard Nathanson seguiu durante uma boa parte de sua vida os passos do seu pai. Estudou medicina na Universidade de McGill (Montreal), e em 1945 começou a namorar Ruth, uma jovem e bela judia com quem realizou planos de matrimônio. Porém a jovem ficou grávida e quando Bernard escreveu para o seu pai consultando-lhe sobre a possibilidade de contrair matrimônio, este lhe enviou cinco notas de 100 dólares junto com a recomendação de que escolhesse entre abortar ou ir aos Estados Unidos para casar-se, pondo em risco sua brilhante carreira como médico que o aguardava.
Bernard priorizou sua carreira e convenceu a Ruth que abortasse. Ele não a acompanhou à intervenção abortiva e Ruth voltou à sua casa sozinha, em um táxi, com uma forte hemorragia, a ponto de perder a vida. Ao recuperar-se -quase milagrosamente- ambos terminaram sua relação. "Este foi o primeiro dos meus 75.000 encontros com o aborto, me serviu de excursão inicial ao satânico mundo do aborto", confessou o Dr. Nathanson.

Após graduar-se, Bernard iniciou sua residência em um hospital judeu.
Depois passou ao Hospital de Mulheres de Nova York onde sofreu pessoalmente a violência do anti-semitismo, e entrou em contato com o mundo do aborto clandestino. Nesta época já havia se casado com uma jovem judia, tão superficial quanto ele, como confessaria, com a qual permeneceu unido cerca de quatro anos e meio. Nestas circunstâncias Nathanson conheceu Larry Lader, um médico a quem só lhe obsessionava a idéia de conseguir que a lei permitisse o aborto livre e barato. Para isso fundou, em 1969, a "Liga de Ação Nacional pelo Direito ao Aborto", uma associação que tentava culpar a Igreja por cada morte ocorrida nos abortos clandestinos.
Mas foi em 1971 quando Nathanson se envolveu diretamente com a prática de abortos. As primeiras clínicas abortistas de Nova York começavam a explorar o negócio da morte programada, e em muitos casos seu pessoal carecia da licença do Estado ou de garantias mínimas de segurança. Como foi o caso da que dirigia o Dr. Harvey. As autoridades estavam a ponto de fechar esta clínica quando alguém sugeriu que Nathanson poderia encarregarse da sua direção e funcionamento. Ocorria o parodoxo incrível de que, enquanto esteve diante daquela clínica, naquele lugar havia um setor de obstetricia: isto é, se atendiam partos normais ao mesmo tempo que se praticava abortos.

Por outro lado, Nathanson realizava uma intensa atividade, dando conferências, celebrando encontros com políticos e governantes, pressionando-lhes para que fosse ampliada a lei do aborto.
"Estava muito ocupado. Quase não via a minha família. Tinha um filho de poucos anos e uma mulher, mas quase nunca estava em casa. Lamento amargamente estes anos, por mais que seja só por ter fracassado em ver meu filho crescer. Também era um segregado na profissão médica. Era conhecido como o rei do aborto", afirmou.
Durante este período, Nathandon realizou mais de 60.000 abortos, mas no fim do ano de 1972, esgotado, dimitiu do seu cargo na clínica.

"Abortei os filhos não nascidos dos meus amigos, colegas, conhecidos e inclusive professores. Cheguei ainda a abortar meu próprio filho", chorou amargamente o médico, que explicou que por volta da metade da década de 60 engravidou a uma mulher que gostava muito dele (...) Ela queria seguir adiante com a gravidez mas ele se negou. Já que eu era um dos especialistas no tema, eu mesmo realizaria o aborto, expliquei. E assim procedi.", precisou.
Entretanto a partir deste acontecimento as coisas começaram a mudar. Deixou a clínica abortista e possou a ser chefe de obstetricia do Hospital St. Luke's. A nova tecnologia, o ultrasom, começava a aparecer no ambiente médico. No dia em que Nathanson pôde observar o coração do feto nos monitores eletrônicos, começou a perguntar-se "quê estamos fazendo verdadeiramente na clínica".
Decidiu reconhecer o seu erro. Na revista médica The New England Journal of Medicine, escreveu um artigo sobre sua experiência com os ultrasonografias, recohecendo que no feto existia vida humana. Incluia declarações como a seguinte: "o aborto deve ser visto como a interrupção de um processo que de outro modo teria produzido um cidadão no mundo. Negar esta realidade é o tipo mais grosseiro de evasão moral".

Aquele artigo provocou uma forte reação. Nathanson e sua família receberam inclusive ameaças de morte, porém a evidência de que não podia continuar praticando abortos se impôs. Tinha chegado à conclusão que não havia nenhuma razão para abortar: o aborto é um crime.
Pouco tempo depois, uma nova experiência com as ultrasonografias serviu de material para um documentario que encheu de admiração e horror ao mundo. Era titulado "O grito silencioso", e sucedeu em 1984 quando Nathanson pediu a um amigo seu - que praticava entre 15 a 20 abortos por dia- que colocasse um aparelho de ultrasom sobre a mãe, gravando a intervenção.
"Assim o fez -explica Nathanson- e, quando viu a gravação comigo, ficou tão afetado que nunca mais voltou a realizar um aborto. As gravações eram assombrosas, por mais que não eram de boa qualidade. Selecionei a melhor e comecei a projetá-la nos meus encontros pró-vida por todo o país".
Retorno do filho pródigo

Nathanson tinha abandonado sua antiga profissão de "carniceiro humano" mas ainda estava pendente o seu caminho de volta a Deus. Uma primeira ajuda veio de seu admirado professor universitário, o psiquiatra Karl Stern.
"Transmitia uma serenidade e uma segurança indefiníveis. Nessa época não sabia que em 1943, após longos anos de meditação, leitura e estudo, tinha se convertido ao catolicismo. Stern possuia um segredo que eu tinha buscado toda a minha vida: o segredo da paz de Cristo".
O movimento prá-vida lhe havia proporcionado o primeiro testemunho vivo da fé e do amor de Deus. Em 1989 esteve em uma ação de Operação Resgate nos arredores de uma clínica. O ambiente dos que lá se manifestavam pacíficamente a favor da vida dos nascituros lhe havia comovido: estavam serenos, contentes, cantavam, rezavam... Os mesmos meios de comunicação que cobriam o evento e os policiais que vigilavam, estavam assombrados pela atitude destas pessoas. Nathanson ficou cativado "e, pela primeira vez em toda minha vida de adulto comecei a considerar seriamente a noção de Deus, um Deus que tinha permitido que eu andasse por todos os proverbiais circuitos do inferno, para ensinar-me o caminho da redenção e da misericódia através da sua graça".

"Durante dez anos passei por um período de transição. Senti que o peso dos meus abortos se fazia mais grave e persistente pois me despertava cada dia às 4 ou 5 da manhã, olhando a escuridão e esperando (mas sem rezar ainda) que se iluminasse um letreiro declarando-me inocente ante um juri invísivel", indica Nathanson.
Logo, o médico acaba lendo "As Confissões", de Santo Agostinho, livro que qualificou como "alimento de primeira necessidade", convertendo-se em seu livro mais lido já que Santo Agostinho "falava do modo mais completo de meu tormento existencial; porém eu não tinha uma Santa Mônica que me ensinasse o caminho e estava acusado por uma negra desesperança que não diminuia".

Nesta situação não faltou a tentação do suicídio, mas, afortunadamente, decidiu buscar uma solução diferente. Os remédios tentados falhavam: álcool, tranquilizantes, livros de auto-estima, conselheiros, até chegar a psicanálise, onde permaneceu por 4 anos.
O espírito que animava aquela manifestação pró-vida endereçou a sua busca. Começou a conversar periódicamente com Padre John McCloskey; não lhe resultava fácil crer, mas pelo contrário, permanecer no agnosticismo, levava ao abismo. Progressivamente se descobria a si mesmo acompanhado de alguém que se importava por cada um dos segundos da sua existência. "Já não estou sozinho. Meu destino foi dar voltas pelo mundo à busca deste Alguém sem o qual estou condenado, porém a que agora me agarro desesperadamente, tentando não soltar-me da orla do seu manto".

Finalmente, no dia 9 de dezembro de 1996, às 7:30 de uma segunda feira, solenidade da Imaculada Conceição, na cripta da Catedral de São Patrício de Nova York, o Dr. Nathanson se convertia em filho de Deus. Entrava a formar parte do Corpo Místico de Cristo, sua Igreja. O Cardeal O 'Connor lhe administrou os sacramentos do Batismo, Confiirmação e Eucaristia.
Um testemunho expressa assim este momento: "Esta semana experimentei com uma evidência poderosa e fresca que o Salvador que nasceu há 2.000 anos em um estábulo continua transformando o mundo. Na segunda-feira passado fui convidado a um Batismo. (...) Observei como Nathanson caminhava até o altar. Que momento! Tal qual no primeiro século... um judeu convertido caminhando nas catacumbas para encontrar a Cristo. E sua madrinha era Joan Andrews. As ironias abundam. Joan é uma das mais destacadas e conhecidas defensoras do movimento pró-vida... A cena me queimava por dentro, porque justo em cima do Cardeal O 'Connor havia uma Cruz... Olhei para a Cruz e me percatei de que o que o Evangelho ensina é a verdade: a vitória está em Cristo".

As palavras de Bernard Nathanson no fim da cerimônia, foram curtas e diretas. "Não posso dizer como estou agradecido nem a dívida tão impagável que tenho com todos aqueles que rezaram por mim durante todos os anos nos quais me proclamava públicamente ateu. Rezaram teimosa e amorosamente por mim. Estou totalmente convencido de que suas orações foram escutadas. Conseguiram lágrimas para meus olhos".



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