Quem são os ‘irmãos’ de Jesus?
Vemos neste Evangelho de hoje que Jesus é interrompido durante um sermão por alguém que diz: “Olha! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”.
O que Cristo disse, ao ser informado de que Sua mãe e Seus irmãos
estavam ali, nessa ocasião, parece consistir em desprezo aos Seus
familiares, mas, na realidade, o significado é bem mais profundo do que
isso.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua
família, Jesus não estava renunciando à Sua família segundo a carne.
Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem-estar de Sua mãe.
Isso é comprovado quando, ao dar a vida na cruz, Ele passa essa
responsabilidade ao discípulo a quem amava.
Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana não tem qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais íntimo do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que
está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que
Ele pode ter é de ordem espiritual – e é com aqueles que fazem a vontade
de Deus. A estes, Ele chama de “meus irmãos”.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco
segundo a carne com Sua mãe e Seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a
ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção
entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido
à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento “segundo a carne” passa a ser inteiramente superado
por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator
predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra
distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: “Se
alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos,
seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode
ser meu discípulo”. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre
os irmãos de Jesus. Os irmãos de Cristo, como fica claro pelo próprio
texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. Em diversos lugares o Evangelho fala desses “irmãos” (cf. Mt 12,46-47; Mc 3,31-32; Lc 8,19-20 e também em Jo 7,1-10).
Toda pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a
sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e
aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e
serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.
No Antigo Testamento encontramos em Gn 37,16; Gn 42,15; Gn 43,5; Gn
12,8-14; Gn 39,15; Lv 10,4; Jó 19,13-14; Jó 42,11. Há muitos exemplos
nas Sagradas Escrituras. Lê-se no Gênesis que “Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot” (Gn 11,27) que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot “irmão de Abraão” (Gn 13,3). “Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 14,14). Jacó se declara irmão de Labão quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29,12-15).
No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram
filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados
por São Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de
Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas
irmãs?”“Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6,15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” ( Lc 6,16). Tiago e Judas, conforme afirma São Lucas, eram filhos de Alfeu e Cleófas:
Quanto a ‘José’, São Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José” (Mt 27,56). Em Mateus se lê: “Estavam ali (no calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”.
Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de São José, mas de
Cléofas, conforme João 19,25. Era também a irmã de Nossa Senhora, como
se lê em João 19,25: “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cléofas, e Maria de Mágdala”.
Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente
irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cléofas é
o pai deles.
Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria
ficado aos cuidados de São João Evangelista, que não era da família,
mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um
dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são
filhos de Maria de Cléofas.
Também decorrem duas questões: “Por que nunca os Evangelhos chamam os
‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em
relação a Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada
Família, apenas se contam três membros: Jesus, Maria e José?”
A própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de
Jesus são primos e não irmãos carnais d’Ele. Sua afirmação de que o
trecho de Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e
a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não
conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é
mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se
encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao
invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.
Portanto, a Santíssima Virgem Maria é o templo divino, onde Deus fez
Sua morada. Nela, o Altíssimo realizou a nova e eterna aliança, que é
Nosso Senhor Jesus Cristo, trazendo-nos por meio de Seu Filho a
salvação. Nossa Senhora viveu para Deus, cumprindo Sua vontade e
colaborando com Ele na redenção. Hoje, celebramos a apresentação de
Jesus no Templo. Ela era o templo de Deus, catedral iluminada, sonho do
Pai eterno.
Padre Bantu Mendonça
LADAINHA DO PRECIOSÍSSIMO SANGUE
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, redentor do mundo tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento, salvai-nos.
Sangue de Cristo, correndo pela terra na agonia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, derramado na cruz, salvai-nos.
Sangue de Cristo, preço da nossa salvação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, vencedor dos demônios, salvai-nos.
Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos.
Sangue de Cristo, virtude dos confessores, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que suscitais almas virgens, salvai-nos.
Sangue de Cristo, força dos tentados, salvai-nos.
Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham, salvai-nos.
Sangue de Cristo, consolação dos que choram, salvai-nos.
Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos.
Sangue de Cristo, conforto dos moribundos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos.
Sangue de Cristo, penhor de eterna vida, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvai-nos.
Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória, salvai-nos.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor.
V. Remistes-nos, Senhor com o Vosso Sangue.
R. E fizestes de nós um reino para o nosso Deus.
Oremos:
Todo-Poderoso
e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do
mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça
de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele
contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo que
eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor
nosso. Assim seja.
Oferecimento
Eterno
Pai, eu Vos ofereço o Sangue preciosíssimo de Jesus Cristo em desconto
dos meus pecados, em sufrágio das santas almas do Purgatório e pelas
necessidades da Santa Igreja e por todos os doentes.
Súplica a Nossa Senhora
Mãe
Dolorosa, peço-vos pelo Vosso sofrimento na morte de Vosso Filho, que
ofereçais ao Pai Eterno o precioso Sangue que jorrou das Chagas de Nosso
Senhor Jesus Cristo Crucificado pelos pobre Sacerdotes transviados, que
se tornaram infiéis a sua sublime vocação, para que quanto antes voltem
junto ao Bom Pastor.
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34º Domingo do Tempo Comum
20 / Novembro / 2011
Solenidade - Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo.
Cristo Rei
Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer
"Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes
restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei
que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa
majestade, vos glorifiquem eternamente". Assim reza a Igreja na
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Há um plano de Deus para o mundo, como o projeto de um artista, que quer elaborar sua obra prima. De fato, nada foi feito para ser destruído ou cancelado, mas tudo para a felicidade de todos os seres humanos. É privilégio para todos nós tomar consciência de que a criação de Deus chegou ao seu ponto mais alto quando, na descrição lindamente poética e verdadeira dos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, foi no último dia que Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança: inteligência, vontade e capacidade para amar! Imagem e semelhança da Trindade Santa, Deus que, desde toda a eternidade, é Pai e Filho e Espírito Santo.
Em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Ele nos fez conhecer o mistério de sua vontade, segundo o desígnio benevolente que formou desde sempre em Cristo, para realizá-lo na plenitude dos tempos: restaurar tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra. (Cf. Ef 1, 1-14). Todas as realidades humanas encontram em Cristo sua realização e seu aperfeiçoamento. A nós, homens e mulheres cristãos, cabe fazer tudo para que toda a criação se encontre em Cristo e nele se realize plenamente. De fato, toda a criação espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Cf. Rm 8, 19).
Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: "Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova" (Cf. Mc 1, 14-15). Cristo é em primeiro lugar rei dos nossos corações e chama a uma mudança de mentalidade, conversão. Seu poder não se equipara aos de qualquer lugar do mundo ou época da história, mas supera todos eles e lhes dá a possibilidade de se transformarem em instrumento de serviço ao bem comum.
Chama-se "Reino de Deus" a paixão de Jesus Cristo, que perpassa o Evangelho, ilumina as parábolas "do Reino", contadas por ele, coloca-o diante dos poderes de seu tempo, com a força para dizer que não é do mundo o "seu" Reino (Jo 18, 36). Não é do mundo, mas atua e transforma o mundo! Este Reino não terá fim, e, já presente aqui e agora, chegará à sua plena manifestação quando Deus for tudo em todos! Para lá caminhamos, este é o nosso sonho, é o projeto que catalisa todos os esforços dos cristãos, para que sejam atuantes na história do mundo.
Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer. Quando existem homens e mulheres renovados no Espírito Santo, estes serão agentes de mudança, suscitando crescimento qualitativo no relacionamento ente as pessoas. Esta escolha abre estrada para a libertação das muitas amarras que escravizam as pessoas. Quem segue Jesus Cristo escolhe valores diferentes daqueles que comumente norteiam as ações de muitas pessoas. A Missa da Solenidade de Cristo Rei no-los descreve: "Reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz".
Tais pessoas servem à majestade de Deus. Ainda que as imagens dos palácios de todos os tempos possam influenciar na compreensão da expressão, trata-se, sim, de prostrar-se diante de Deus e servi-lo. E servir a Deus é reinar e transformar o relacionamento entre as pessoas. É sair do círculo vicioso da incansável luta pelo poder de todos os tempos. Só quando nos inclinamos diante do poder de Deus é que descobrimos a estrada da realização plena da humanidade. A glorificação eterna de Deus é meta e caminho. Sem escolher a Deus como Senhor de nossas vidas, os reinos que disputam dentro e em torno de nós continuarão a ganhar as porções de nossa dignidade e de nossa felicidade.
Venha a nós o vosso Reino! Vinde, Senhor Jesus!
Há um plano de Deus para o mundo, como o projeto de um artista, que quer elaborar sua obra prima. De fato, nada foi feito para ser destruído ou cancelado, mas tudo para a felicidade de todos os seres humanos. É privilégio para todos nós tomar consciência de que a criação de Deus chegou ao seu ponto mais alto quando, na descrição lindamente poética e verdadeira dos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, foi no último dia que Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança: inteligência, vontade e capacidade para amar! Imagem e semelhança da Trindade Santa, Deus que, desde toda a eternidade, é Pai e Filho e Espírito Santo.
Em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Ele nos fez conhecer o mistério de sua vontade, segundo o desígnio benevolente que formou desde sempre em Cristo, para realizá-lo na plenitude dos tempos: restaurar tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra. (Cf. Ef 1, 1-14). Todas as realidades humanas encontram em Cristo sua realização e seu aperfeiçoamento. A nós, homens e mulheres cristãos, cabe fazer tudo para que toda a criação se encontre em Cristo e nele se realize plenamente. De fato, toda a criação espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Cf. Rm 8, 19).
Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: "Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova" (Cf. Mc 1, 14-15). Cristo é em primeiro lugar rei dos nossos corações e chama a uma mudança de mentalidade, conversão. Seu poder não se equipara aos de qualquer lugar do mundo ou época da história, mas supera todos eles e lhes dá a possibilidade de se transformarem em instrumento de serviço ao bem comum.
Chama-se "Reino de Deus" a paixão de Jesus Cristo, que perpassa o Evangelho, ilumina as parábolas "do Reino", contadas por ele, coloca-o diante dos poderes de seu tempo, com a força para dizer que não é do mundo o "seu" Reino (Jo 18, 36). Não é do mundo, mas atua e transforma o mundo! Este Reino não terá fim, e, já presente aqui e agora, chegará à sua plena manifestação quando Deus for tudo em todos! Para lá caminhamos, este é o nosso sonho, é o projeto que catalisa todos os esforços dos cristãos, para que sejam atuantes na história do mundo.
Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer. Quando existem homens e mulheres renovados no Espírito Santo, estes serão agentes de mudança, suscitando crescimento qualitativo no relacionamento ente as pessoas. Esta escolha abre estrada para a libertação das muitas amarras que escravizam as pessoas. Quem segue Jesus Cristo escolhe valores diferentes daqueles que comumente norteiam as ações de muitas pessoas. A Missa da Solenidade de Cristo Rei no-los descreve: "Reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz".
Tais pessoas servem à majestade de Deus. Ainda que as imagens dos palácios de todos os tempos possam influenciar na compreensão da expressão, trata-se, sim, de prostrar-se diante de Deus e servi-lo. E servir a Deus é reinar e transformar o relacionamento entre as pessoas. É sair do círculo vicioso da incansável luta pelo poder de todos os tempos. Só quando nos inclinamos diante do poder de Deus é que descobrimos a estrada da realização plena da humanidade. A glorificação eterna de Deus é meta e caminho. Sem escolher a Deus como Senhor de nossas vidas, os reinos que disputam dentro e em torno de nós continuarão a ganhar as porções de nossa dignidade e de nossa felicidade.
Venha a nós o vosso Reino! Vinde, Senhor Jesus!
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.
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LITURGIA DIÁRIA DA SANTA MISSA
Primeira leitura (Ezequiel 34,11-12.15-17)
Domingo, 20 de
Novembro de 2011
Jesus Cristo, Rei do Universo
Jesus Cristo, Rei do Universo
Leitura da Profecia de Ezequiel:
11Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. 12Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão.
15Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar — oráculo do Senhor Deus. 16Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito.
17Quanto a vós, minhas ovelhas — assim diz o Senhor Deus —, eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
11Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. 12Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão.
15Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar — oráculo do Senhor Deus. 16Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito.
17Quanto a vós, minhas ovelhas — assim diz o Senhor Deus —, eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo (Salmos 22)
Domingo, 20 de
Novembro de 2011
Jesus Cristo, Rei do Universo
Jesus Cristo, Rei do Universo
— O Senhor é o pastor que me conduz;/ não me falta coisa alguma.
— O Senhor é o pastor que me conduz;/ não me falta coisa alguma.
— Pelos prados e campinas verdejantes/ ele me leva a descansar./ Pelas águas repousantes me encaminha,/ e restaura as minhas forças.
— Preparais à minha frente uma mesa,/ bem à vista do inimigo,/ e com óleo vós ungis minha cabeça;/ o meu cálice transborda.
— Felicidade e todo bem hão de seguir-me/ por toda a minha vida;/ e, na casa do Senhor, habitarei/ pelos tempos infinitos.
— O Senhor é o pastor que me conduz;/ não me falta coisa alguma.
— Pelos prados e campinas verdejantes/ ele me leva a descansar./ Pelas águas repousantes me encaminha,/ e restaura as minhas forças.
— Preparais à minha frente uma mesa,/ bem à vista do inimigo,/ e com óleo vós ungis minha cabeça;/ o meu cálice transborda.
— Felicidade e todo bem hão de seguir-me/ por toda a minha vida;/ e, na casa do Senhor, habitarei/ pelos tempos infinitos.
Segunda leitura (1º Coríntios 15,20-26.28)
Domingo, 20 de
Novembro de 2011
Jesus Cristo, Rei do Universo
Jesus Cristo, Rei do Universo
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 20Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte, e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos.
22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião de sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine, até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte.
28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Irmãos: 20Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte, e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos.
22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião de sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine, até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte.
28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Evangelho (Mateus 25,31-46)
Domingo, 20 de
Novembro de 2011
Jesus Cristo, Rei do Universo
Jesus Cristo, Rei do Universo
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso.
32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’.
37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’
40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’
41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar’.
44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’
45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’
46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso.
32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’.
37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’
40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’
41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar’.
44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’
45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’
46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.
Palavra da Salvação!
Glória a Vós, Senhor!
EXPLICAÇÃO DO EVANGELHO
Jesus Cristo, Juiz e Rei do universo
Postado por: homilia
Do Evangelho de hoje podemos deduzir que o Filho
do Homem se declara Rei e Juiz de todas as nações. É a glória devida a Seu
triunfo sobre a cruz, pois Ele é o poder de Deus e a Sua sabedoria (cf. I Cor
1,24).
Cristo, o Jesus ressuscitado vindo com poder e
grande glória (cf. Lc 21,27), assume as funções do verdadeiro Deus: Sua
sentença é definitiva e eterna, como o fogo eterno preparado pelo Pai aos anjos
rebeldes. Ele está rodeado de todos os seus anjos o qual indica ser superior a
eles (cf. Hb 1,3-4), embora – segundo o que sabemos pelos padrões da época – o
homem era inferior aos anjos (cf. Hb 2,7).
Trata-se de um “Juízo Final” ou do início de uma
era histórica após a destruição de Jerusalém? No primeiro caso, Jesus – o Filho
do Homem – será o juiz definitivo como vemos no segundo parágrafo. No segundo
caso, indica quais estarão a formar parte do novo reino entre os gentios. Os
escolhidos serão os misericordiosos que alcançarão misericórdia (cf. Mt 5,7),
ou seja, os que agiram com compaixão para com os mais necessitados.
A condenação não será por atos de perversidade,
mas sim de omissão. Talvez porque os primeiros atos [de perversidade] já
estavam incluídos na mentalidade antiga. Os segundos [de omissão] eram o grande
pecado e ainda são dos batizados chamados discípulos de Cristo. Por outra
parte, o Evangelho de hoje serve para responder à pergunta: “Como poderão
salvar-se os que não conhecem Jesus ou consideram verdadeira a sua própria
religião?” Obviamente a fé será substituída pelas obras de misericórdia,
necessárias também entre os cristãos porque a fé, “se não se traduz em
ações, por si só está morta” (cf. Tg 2,17) e Paulo afirma que a fé que tem
valor é a que atua mediante o amor.
Sobre o fogo preparado para o diabo e os seus
anjos, devemos comentar que na época de Jesus não se esperava que o diabo
estivesse no inferno, porque sabemos pelas palavras do próprio Jesus que viu “Satanás
cair do céu como um relâmpago” (cf. Lc 10,18). Portanto, o inferno não era
sua morada, mas o fogo ou lago de fogo será o destino definitivo do diabo (cf.
Ap 20,10) ao qual será lançado quem não for escrito no livro da vida (cf. Ap
20,15). Talvez isso explique a influência do maligno em nossa história.
O Rei, que é ao mesmo tempo Juiz, também é o Bom
Pastor que sabe separar as ovelhas. Porque está escrito: “Quando vier o Filho
do Homem na sua majestade e todos os anjos com Ele, então se assentará no trono
de sua glória, e todas as nações serão reunidas em sua presença e Ele separará
uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas. E Ele porá as
ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda”.
Jesus é o Bom Pastor. Assim o conhecemos pelas
histórias dos evangelistas. Pense no Evangelho de João, capítulo 10: “Eu
sou o Bom Pastor”, diz Jesus. E assim nós O vemos trabalhando: sempre com
muitas pessoas ao Seu redor.
“Um rebanho que não tem Pastor”, assim
Jesus chamou – num certo momento – as pessoas que O encontraram. E Ele ficou em
pé e os curou, porque Ele é o Bom Pastor.
O Senhor tem misericórdia, porque o povo de
Israel são as ovelhas d’Ele. Mas ninguém cuida delas. Elas são vítimas daquelas
pessoas que são como “os leões e os lobos”. Por isso o Senhor ajuda, e o
profeta Ezequiel mostra isso (1ª leitura). O Senhor mesmo vai guardar as
ovelhas. Primeiramente, Ele as congregará e depois procurará um bom lugar para
elas. Ele buscará as perdidas e tornará a trazer as desgarradas. As ovelhas
quebradas ligará e as enfermas fortalecerá.
Apesar disso, há um outro perigo para as ovelhas.
Não só pastores maus, mas há também outras ovelhas que ameaçam o bem-estar do
rebanho. O Bom Pastor deve interceder. E Ele faz isso com as Suas mãos e com o
Seu cajado. E o Senhor fala quando está intercedendo. Podemos ver isso com
pessoas que sempre vivem com animais, assim o fazendeiro fala com os seus
bichos de criação e as crianças falam também com o seu gato, cachorro ou outro
bicho de estimação. Então, da mesma maneira, Ezequiel apresenta o Senhor como
um pastor que está falando com as ovelhas.
Jesus diz: “O Filho do homem não veio para
ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos”.
No lugar desta palavra servir, o nosso Senhor, originalmente, usou a
palavra “diakonein”. É uma palavra estranha, grega. Mas não tão
estranha. Ele queria dizer que chegou para ser diácono, servidor. E assim nós O
vemos trabalhando. Ele deu muito aos outros. Paz, saúde, até a própria vida.
Ele deu a vida em resgate de muitos. Cristo foi o melhor exemplo para todos os
diáconos, que estão trabalhando agora.
O maior Diácono, que este mundo conheceu, vivia
assim e está esperando a mesma coisa dos Seus discípulos. Por isso, Ele nos
avisa prematuramente. E, por esse motivo, os apóstolos estavam praticando isso
logo após o dia de Pentecostes, porque todos os que acreditavam vendiam suas
propriedades e bens e os repartiam entre todos, segundo a necessidade de cada
um.
E no momento que este trabalho era demais para
eles, não desistiram, dizendo: “É demais, então deixa! Pregar e ensinar são
muito mais importantes do que este trabalho”. Os apóstolos não disseram
isso, mas logo escolheram sete diáconos que ajudavam e coordenavam o serviço na
comunidade, estimulando os membros da Igreja primitiva no serviço aos irmãos.
É muito importante que toda a Igreja seja
diaconal. Não só os diáconos. Quando Cristo chegar, Ele não convidará apenas os
diáconos para entrar no Reino de Deus. Ele convidará todos os irmãos que
serviram a outras pessoas.
O primeiro Diácono do mundo será o último Juiz. E
o julgamento d’Ele será sobre o serviço que tivermos prestado aos nossos
irmãos. Ele chamará e congregará todos os Seus diáconos, dizendo: “Vinde
benditos de meu Pai, recebei como herança o Reino que vos está preparado desde
a fundação do mundo, porque tive fome e me destes de comer”.
Padre Bantu Mendonça
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