ATENÇÃO, minha gente!!!
Em
preparação à Festa-Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, postaremos a
partir de hoje, vários assuntos relativos à vida e as virtudes da mãe de Deus e
nossa Mãe!
Mais
abaixo você encontrará uma linda publicação sobre a Imaculada Conceição. Vale a
pena conferi-la.
Obrigado,
Lusmar
Paz
Em 1823, dois sacerdotes dominicanos, Pes. Bassiti e Pignataro, estavam exorcizando um menino possesso, de 12 anos de idade, analfabeto. Para humilhar o demônio, obrigaram-no, em nome de Deus, a demonstrar a veracidade da Imaculada Conceição de Maria. Para surpresa dos sacerdotes, pela boca do menino possesso, o demônio compôs o seguinte soneto:
"Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.
Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.
O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a mãe que deu o ser ao filho;
Se, pois, do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.
Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.
Nossa Senhora foi a restauradora da ordem perdida por meio de Eva. Eva nos trouxe a morte, Maria nos dá a vida. O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade.
O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.
Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete.
No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Vejam um pequeno trecho da mensagem anunciada sobre a Imaculada Conceição:
Em 1823, dois sacerdotes dominicanos, Pes. Bassiti e Pignataro, estavam exorcizando um menino possesso, de 12 anos de idade, analfabeto. Para humilhar o demônio, obrigaram-no, em nome de Deus, a demonstrar a veracidade da Imaculada Conceição de Maria. Para surpresa dos sacerdotes, pela boca do menino possesso, o demônio compôs o seguinte soneto:
"Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.
Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.
O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a mãe que deu o ser ao filho;
Se, pois, do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.
Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.
Nossa Senhora foi a restauradora da ordem perdida por meio de Eva. Eva nos trouxe a morte, Maria nos dá a vida. O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade.
O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.
Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete.
No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Obs.: Leia a mensagem na íntegra mais abaixo.
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NOTA DE AGRADECIMENTO
Formações
Mudança de ano
Todo final de ano é oportunidade de revisão
Na Festa de Cristo Rei, quando Jesus é
proclamado Rei do universo, normalmente no mês de novembro, terminamos o
Ano Litúrgico. O domingo seguinte é o primeiro do Advento, de
preparação para o Natal. Portanto, iniciando novo tempo, um novo ano,
que começa com a preparação e o nascimento de Jesus Cristo.
Todo final de ano é oportunidade de revisão, de analisar o passado com olhar de esperança, porque temos em vista um futuro a ser construído. Olhar principalmente as atitudes de negligência praticadas quando deveríamos agir com determinação na construção do bem e de um mundo mais digno e fraterno para todos, sem distinção de classe ou raça.
É hora de colocar a nossa confiança toda em Deus.
A história de cada pessoa vai tomando rumos que têm de ser trabalhados em diversas dimensões: social, religiosa, política, econômica, psicológica, entre outras. É um caminho de libertação, que só tem plena realização numa confiança plena em Cristo, que é Rei e Salvador do universo.
Jesus Cristo é o Pastor que cuida do rebanho, busca a ovelha que estiver perdida e a apascenta com carinho e justiça. O Senhor não tolera exploração de uma ovelha sobre a outra e as trata com respeito. Assim dever fazer todo aquele que está à frente de uma comunidade, de um povo, com o objetivo de prestar serviço.
No tratamento com as pessoas, duas palavras são determinantes e ajudam no relacionamento. Uma é a vigilância, a preocupação constante e o cuidado feito com responsabilidade por quem de direito. Outra é a insensatez, as práticas de irresponsabilidade, que desabonam a autenticidade de quem age.
Devemos entender que a justiça se confunde com a prática de amor ao próximo. Ela cria espaço de convivência e de relacionamento fraterno entre as pessoas, possibilitando um mundo melhor e um novo ano de vitórias. O reino de Jesus Cristo é de amor, de paz, de justiça e fraternidade. Aí não pode haver lugar para o egoísmo. Que o novo ano litúrgico seja de acolhida fraterna.
Todo final de ano é oportunidade de revisão, de analisar o passado com olhar de esperança, porque temos em vista um futuro a ser construído. Olhar principalmente as atitudes de negligência praticadas quando deveríamos agir com determinação na construção do bem e de um mundo mais digno e fraterno para todos, sem distinção de classe ou raça.
É hora de colocar a nossa confiança toda em Deus.
A história de cada pessoa vai tomando rumos que têm de ser trabalhados em diversas dimensões: social, religiosa, política, econômica, psicológica, entre outras. É um caminho de libertação, que só tem plena realização numa confiança plena em Cristo, que é Rei e Salvador do universo.
Jesus Cristo é o Pastor que cuida do rebanho, busca a ovelha que estiver perdida e a apascenta com carinho e justiça. O Senhor não tolera exploração de uma ovelha sobre a outra e as trata com respeito. Assim dever fazer todo aquele que está à frente de uma comunidade, de um povo, com o objetivo de prestar serviço.
No tratamento com as pessoas, duas palavras são determinantes e ajudam no relacionamento. Uma é a vigilância, a preocupação constante e o cuidado feito com responsabilidade por quem de direito. Outra é a insensatez, as práticas de irresponsabilidade, que desabonam a autenticidade de quem age.
Devemos entender que a justiça se confunde com a prática de amor ao próximo. Ela cria espaço de convivência e de relacionamento fraterno entre as pessoas, possibilitando um mundo melhor e um novo ano de vitórias. O reino de Jesus Cristo é de amor, de paz, de justiça e fraternidade. Aí não pode haver lugar para o egoísmo. Que o novo ano litúrgico seja de acolhida fraterna.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.
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Bispo de São José do Rio Preto.
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NOTA DE AGRADECIMENTO
Mensagem do dia
Jesus se oferece continuamente em sacrifício por nós Até hoje, a Igreja permanece fiel ao Senhor, porque continua a celebrar a Eucaristia. Por meio da Eucaristia, em toda Santa Missa se realiza novamente o sacrifício que Jesus fez em nosso nome. Ele une céu e terra ao praticar tal ação.
Jesus, no céu, é o grande intercessor. Diante do Pai, está constantemente de braços abertos, mostrando os sinais das chagas, intercedendo por nós.
Cristo permanece no céu da mesma forma que apareceu no cenáculo pela primeira vez aos apóstolos, quando lhes mostrou as Suas chagas ou quando desafiou Tomé para que tocasse nas chagas de Suas mãos e de Seus pés, colocando a mão no lado atravessado pela lança.
É assim que o Filho se apresenta ao Pai. Essa é a sua grande oração: oferecer-se continuamente em sacrifício.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
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“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança” — prometeu a Santíssima Virgem.
A Medalha Milagrosa não é um objeto mágico, um amuleto. É um sinal espiritual, um rico presente de Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Nossa Mãe, medianeira de todas as graças, tem muitas graças para derramar sobre o mundo e sobre cada um de seus Filhos e Filhas e especialmente para aqueles que PEDEM. Estar vivo já é uma graça mas estar vivo em “estado de graça” é viver alinhado com a Vontade de Deus Pai-Mãe.
E o que é graça? A GRAÇA é especial porque ela não está vinculada a merecimento. Graça é graça, e você não precisa ser bom e santo para recebê-la. Ocorre que a Graça está sempre alinhada a VONTADE DIVINA, assim sendo, ela sempre nos conduz a correção em nossas vidas e precisamos aproveitar a oportunidade de correção quando somos banhados pela GRAÇA.
Contemplemos nossa Imaculada Mãe, dizendo em suas aparições a Santa Catarina:
"Eu mesma estarei convosco: não vos perco de vista e vos concederei abundantes graças".
Sede para mim, Virgem Imaculada, o escudo e a defesa em todas as necessidades.
Três Ave-Marias, acrescentando em cada uma:
"Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."
Contemplemos, hoje, Maria desprendendo de suas mãos raios luminosos.
"Estes raios, disse ela, são a figura das graças que derramo sobre todos aqueles que mas pedem e aos que trazem com fé minha medalha".
Não desperdicemos tantas graças!
Peçamos com fervor, humildade e perseverança, e Maria Imaculada no-las alcançará.
Três Ave-Marias, acrescentando em cada uma:
"Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."
Contemplemos Maria, aparecendo a Santa Catarina, radiante de luz, cheia de bondade, rodeada de estrelas, e mandando cunhar uma medalha prometendo a todos que a trouxerem, com devoção e amor, muitas graças.
Guardemos fervorosamente a Santa Medalha e, como escudo, ela nos protegerá nos perigos.
Três Ave-Marias, acrescentando em cada uma:
"Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."
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Está se aproximando a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria!
A Imaculada Conceição
Reza o dogma católico que a Bem-aventurada Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua conceição, foi preservada da nódoa do pecado original, por privilégio único de Deus e aplicação dos merecimentos de seu divino Filho.
O dogma abrange dois pontos importantes:
a) O primeiro é ter sido a Santíssima Virgem preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Deus abrogou para ela a lei de propagação do pecado original na raça de Adão; ou por outra, Maria foi cumulada, ainda no começo da vida, com os dons da graça santificante.
b) No segundo, vê-se que tal privilégio não era devido por direito. Foi concedido na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo. O que valeu a Maria este favor peculiar foram os benefícios da Redenção, na previsão dos méritos de Jesus Cristo, que já existiam nos eternos desígnios de Deus.
Como se dá a transmissão do Pecado Original
Primeiramente, é necessário esclarecer em que consiste a transmissão do "Pecado Original". A lei geral: "Todos os homens pecaram num só" é o grande argumento dos protestantes contra a "Imaculada Conceição". Tal lei é certa e, segundo vamos demonstrar, não encontra a mínima contradição com o dogma católico.
S. Francisco de Sales, no seu "Tratado do amor de Deus", exprime essa verdade de um modo singelo e glorioso! "A torrente da iniqüidade original veio lançar as suas ondas impuras sobre a conceição da Virgem Sagrada, com a mesma impetuosidade que sobre a dos demais filhos de Adão; mas chegando ali, as vagas do pecado não passaram além, mas se detiveram, como outrora o Jordão no tempo de Josué, aqui respeitando a arca da aliança a torrente parou; lá em atenção ao Tabernáculo da verdadeira aliança, que é a Virgem Maria, o pecado original se deteve."
Os protestantes deveriam compreender a diferença essencial que há entre "pecar em Adão" e "pecar pessoalmente", como são coisas bem distintas pertencer a uma raça pecadora e ser pecador.
De que modo, afinal, contraímos nós o pecado original?
Tal transmissão não se pode fazer pela "criação" da alma; afirmar isso seria dizer que Deus é o autor do pecado, o que é impossível e repugna. Não se transmite tão pouco pelos pais, pois a alma dos filhos não se origina das almas dos pais, mas é criada por Deus. A transmissão se efetua pela "geração".
A alma é criada por Deus no estado de inocência perfeita, mas contrai a "mácula", unindo-se a um corpo formado de um gérmen corrompido, do mesmo modo que ela sofreria, se fosse unida a um corpo ferido. É a opinião de Santo Tomás.
Santo Agostinho diz a propósito: "Apesar de nascerem de pais batizados, os filhos vêm à luz com o pecado original, como do trigo inutilizado germina uma espiga, em que o grão é misturado com a palha."
Nesse mistério do nascimento de uma criança, pelo exposto, opera-se uma dupla conceição: a da alma e a do corpo. Foi nesse momento quase imperceptível que Deus preservou do pecado original a "pessoa" de Maria Santíssima. Criou sua alma, como criou as nossas. Os progenitores de Nossa Senhora formaram-lhe o corpo, como nossos pais formaram o nosso. Até aqui tudo é natural; o milagre da preservação limita-se ao instante em que o Criador uniu a alma ao corpo.
Desta união devia resultar a "transmissão do pecado". Deus fez parar o curso desta transmissão, de modo que nela a união se operou, como se tinha realizado na pessoa de Adão, quando Deus, depois de ter feito o corpo do primeiro homem, soprou nele o espírito, constituindo-o na perfeição da inocência e justiça original.
Maria é uma segunda Eva... mas Eva antes de sua queda! Tal é a sublime doutrina da Igreja de Cristo.
A Exceção à Lei Geral
Seria possível objetar-se que Deus não tem poder para derrogar as leis gerais por Ele mesmo estabelecidas?
Seria negar a onipotência divina e fixar limites Àquele que não os tem.
É uma lei geral que "todos pecaram num só". Tal fato é universal, e todas as criaturas a ele estão subordinadas. Todavia, nada impede que, antes de efetuar-se a união da alma com o corpo, Deus possa intervir e suspender "um dos seus efeitos", o qual é, precisamente, a transmissão desse "pecado original".
A Sagrada Escritura está repleta dessas derrogações de leis gerais. O movimento do sol e da lua está matematicamente fixado pela lei da natureza; entretanto, Josué não hesitou em fazê-lo parar: "Sol detem-te em Gibeon, e tu, lua, no vale de Hadjalon. E o sol deteve-se e a lua parou" (Jos. 10, 12-13).
É uma lei que as águas sigam a correnteza do seu curso. Entretanto, "Moisés estendeu a mão..." o mar deixou livre o seu leito, partiram-se as águas, com um muro à sua esquerda e à sua direita (Exod. 14, 21 e 22).
É uma lei que o um morto fique morto até à ressureição geral; entretanto, o próprio Cristo-Deus, diante do cadáver de Lázaro, já em putrefação, exclamou: "Lázaro, sai!" (Jo 11, 43 e 41). E imediatamente aquele que estava morto saiu vivo.
Que prova isso, demonstra que "para Deus nada é impossível" (Lc 18, 27).
Será, então, que os protestantes acham impossível que Deus preserve Maria Santíssima do Pecado Original?
Se a lei geral fosse superior ao poder de Deus, como ficaria o Homem-Deus? Ele, em sua natureza humana, foi preservado do pecado original, mesmo nascendo de uma mulher. Se fosse impossível a Deus manter Imaculada a sua Mãe, também seria impossível manter "imaculado" o Seu Filho único, que nasceu verdadeiro Homem e verdadeiro Deus.
Provas na Sagrada Escritura:
Depois da queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de serpente: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gen 3, 15). Basta um pouco de boa-vontade para compreender de que "mulher" o texto fala. A única mulher "cheia de graça", "bendita entre todas", na qual a "semente" ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão. Conforme esse texto, há uma luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do outro, o demônio. Quem há de ganhar a vitória são aqueles e não estes. Ora, se Nossa Senhora não fosse imaculada, essa inimizade não seria inteira e a vitória não seria total, pois Maria Santíssima teria sido, pelo menos em parte, sujeita ao poder do demônio através do Pecado Original. Em outras palavras, a inimizade entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado original.
Na saudação angélica, quando S. Gabriel diz: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco". Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem ter perdido a graça após o pecado.
A maneira da saudação angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la.
Ao mesmo tempo, a afirmação "o Senhor é convosco" abrange uma verdade luminosa. Se Nosso Senhor é (está) com Nossa Senhora antes da encarnação ("é convosco"). Sendo palavras anteriores à encarnação do verbo no seio da Virgem Maria, forçoso é reconhecer que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o "pecado original".
Prossegue o arcanjo: Não temas, Maria, pois "achaste graça diante de Deus". Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: "Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus". (Lc 1, 28).
Pela simples leitura percebe-se a conexão estreita entre duas verdades: "Maria será a mãe de Jesus, porque achou graça diante de Deus".
Mas, que graça Nossa Senhora achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele? Ora, a única graça que não existia - ou que estava "perdida" - era a "graça original". Falar, pois, que: "Maria achou graça" é dizer que achou a "graça original". Ora, a "graça original" é a "Imaculada Conceição"!
Os evangelhos sinóticos deixam claro que a palavra "Cheia de Graça", em grego: "Kecharitoménê", particípio passado de "charitóô", de "Cháris", é empregado na Sagrada Escritura para designar a graça em seu sentido pleno, e não no sentido corrente. A tradução literal seria: "omnino Plena Caelesti gratia" ou "Ominino gratiosa reddita": "Cheia de graça".
Ou seja, a tradução do latim: "gratia plena" é mais perfeita do que a palavra portuguesa: "cheia de graça". Nossa Senhora não apenas "encontrou graça", mas estava "plena" de Graça. Corroborando o que disse o Arcanjo logo em seguida: "O Senhor é contigo".
Falando à Santíssima Virgem que Ela "achara graça", o Arcanjo diz: Maria, sois imaculada, e, por isto, sereis a Mãe de Jesus Cristo.
Também é pela própria razão que se pode concluir a Imaculada Conceição. É claro que o argumento racional não é definitivo, mas corroborou com muita conveniência - e completa harmonia - para com ele. Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove meses no ventre de uma mulher que teria sido concebida na vergonha daquele pecado. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno.
S. Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: "Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hebr 9, 12).
Que tabernáculo é esse, "não construído por mãos humanas", por onde "entrou" Nosso Senhor Jesus Cristo? Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu "tabernáculo" que não foi "construído por mãos humanas".
Ora, este tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura.
E esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição.
Agora examinemos a Tradição, desde os primeiros séculos:
S. Tiago Menor, o qual realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve a seguinte leitura, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações: "Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem".
O santo Apóstolo não se limita a isso, mas torna a sua fé mais expressiva ainda. Após a consagração e umas preces, ele faz dizer ao Celebrante: "Prestemos homenagem, principalmente, a Nossa Senhora, a Santíssima, Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria. E os cantores respondem: É verdadeiramente digno que nós vos proclamemos bem-aventurada e em toda linha irrepreensível, Mãe de Nosso Deus, mais digna que os querubins, mais digna de glória que os serafins; a vós que destes à luz o Verbo divino, sem perder a vossa integridade perfeita, nós glorificamos como Mãe de Deus" (S. jacob in Liturgia sua).
O evangelista S. Marcos, na Liturgia que deixou às igrejas do Egito, serve-se de expressões semelhantes: "Lembremo-nos, sobretudo, da Santíssima, intemerata e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria".
Na Liturgia dos etíopes, de autor desconhecido, mas cuja composição data do primeiro século, encontramos diversas menções explícitas da Imaculada Conceição. Umas das suas orações começa nestes termos: Alegrai-vos, Rainha, verdadeiramente Imaculada, alegrai-vos, glória de nossos pais. Mais adiante, é pela intercessão da Imaculada Virgem Maria que o Sacerdote invoca a Deus em favor dos fiéis: "Pelas preces e a intercessão que faz em nosso favor Nossa Senhora, a Santa e Imaculada Virgem Maria.".
Terminamos o primeiro século com as palavras de Santo André, apóstolo, expondo a doutrina cristã ao procônsul Egeu, passagem que figura nas atas do martírio do mesmo santo, e data do primeiro século: "Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Cartas dos Padres de Acaia).
A doutrina da Imaculada Conceição era, pois, conhecida no primeiro século e por todos admitida. A esse respeito, nenhuma contradição se levantou na primitiva Igreja.
No século segundo, os escritos dos Santos Padres falam da Imaculada Conceição como um fato indiscutível. Entre os escritores e oradores deste século, contamos: S. Jusitino, apologista e mártir; Tertuliano e Santo Irineu.
No terceiro século, existem também textos claros em defesa da Imaculada Conceição. mas em menor quantidade.
Santo Hipólito, bispo de Porto e mártir, escreveu em 220: "O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura". Mais além ele diz: "Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria".
Orígenes, que viveu em 226 e pareceu resumir a doutrina e as tradições de sua época, escreveu: "Maria, a Virgem-Mãe do Filho único de Deus, é proclamada a digna Mãe deste digno Filho, a Mãe Imaculada do Santo e Imaculado, sendo ela única, como único é o seu próprio Filho."
Em um dos seus sermões sobre S. José, Orígenes faz o mensageiro celeste dizer ao santo: "Este menino não precisa de Pai na terra, porque tem um pai incorruptível no céu; não precisa de Mãe no Céu, porque tem uma Mãe Imaculada e casta na terra, a Virgem Bem-aventurada, Maria".
No século quarto, aparecem inúmeros escritos sobre a Imaculada Conceição, cada vez mais explícitos e em maior número. Temos diante de nós as figuras incomparáveis de Santo Atanásio, de Santo Efrem, de S. Basílio Magno, de Santo Epifânio, e muitos outros, que constituem a plêiade gloriosa dos grandes Apóstolos do culto da Virgem Santíssima e, de modo particular, de sua Imaculada Conceição.
Um trecho de Lutero, para mostrar que nem ele se atreveu a contestar a Imaculada Conceição: "Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado". (Lut. in postil. maj.).
Para terminar, transcreveremos um pequeno soneto.
Em 1823, dois sacerdotes dominicanos, Pes. Bassiti e Pignataro, estavam exorcizando um menino possesso, de 12 anos de idade, analfabeto. Para humilhar o demônio, obrigaram-no, em nome de Deus, a demonstrar a veracidade da Imaculada Conceição de Maria. Para surpresa dos sacerdotes, pela boca do menino possesso, o demônio compôs o seguinte soneto:
"Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.
Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.
O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a mãe que deu o ser ao filho;
Se, pois, do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.
Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.
Nossa Senhora foi a restauradora da ordem perdida por meio de Eva. Eva nos trouxe a morte, Maria nos dá a vida. O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade.
O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.
Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete.
No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
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27 de Novembro
Dia de Nossa Senhora das Graças
A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças, cuja festa é
comemorada no dia 27 deste mês, é um poderoso recurso oferecido pela
Mãe de Deus a humanidade.
Foi em 1830 que Nossa Senhora apareceu, em
Paris, a Santa Catarina Labouré, então jovem religiosa, e lhe
ensinou a devoção da Medalha Milagrosa. “Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança” — prometeu a Santíssima Virgem.
A Medalha Milagrosa não é um objeto mágico, um amuleto. É um sinal espiritual, um rico presente de Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Nossa Mãe, medianeira de todas as graças, tem muitas graças para derramar sobre o mundo e sobre cada um de seus Filhos e Filhas e especialmente para aqueles que PEDEM. Estar vivo já é uma graça mas estar vivo em “estado de graça” é viver alinhado com a Vontade de Deus Pai-Mãe.
E o que é graça? A GRAÇA é especial porque ela não está vinculada a merecimento. Graça é graça, e você não precisa ser bom e santo para recebê-la. Ocorre que a Graça está sempre alinhada a VONTADE DIVINA, assim sendo, ela sempre nos conduz a correção em nossas vidas e precisamos aproveitar a oportunidade de correção quando somos banhados pela GRAÇA.
TRÍDUO
1° dia: Proteção de Maria
Contemplemos nossa Imaculada Mãe, dizendo em suas aparições a Santa Catarina:
"Eu mesma estarei convosco: não vos perco de vista e vos concederei abundantes graças".
Sede para mim, Virgem Imaculada, o escudo e a defesa em todas as necessidades.
Três Ave-Marias, acrescentando em cada uma:
"Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."
2° dia: As Mãos de Maria
Contemplemos, hoje, Maria desprendendo de suas mãos raios luminosos.
"Estes raios, disse ela, são a figura das graças que derramo sobre todos aqueles que mas pedem e aos que trazem com fé minha medalha".
Não desperdicemos tantas graças!
Peçamos com fervor, humildade e perseverança, e Maria Imaculada no-las alcançará.
Três Ave-Marias, acrescentando em cada uma:
"Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."
3° dia: As Graças de Maria
Contemplemos Maria, aparecendo a Santa Catarina, radiante de luz, cheia de bondade, rodeada de estrelas, e mandando cunhar uma medalha prometendo a todos que a trouxerem, com devoção e amor, muitas graças.
Guardemos fervorosamente a Santa Medalha e, como escudo, ela nos protegerá nos perigos.
Três Ave-Marias, acrescentando em cada uma:
"Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."
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Está se aproximando a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria!
Imaculada
A Imaculada Conceição
Reza o dogma católico que a Bem-aventurada Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua conceição, foi preservada da nódoa do pecado original, por privilégio único de Deus e aplicação dos merecimentos de seu divino Filho.
O dogma abrange dois pontos importantes:
a) O primeiro é ter sido a Santíssima Virgem preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Deus abrogou para ela a lei de propagação do pecado original na raça de Adão; ou por outra, Maria foi cumulada, ainda no começo da vida, com os dons da graça santificante.
b) No segundo, vê-se que tal privilégio não era devido por direito. Foi concedido na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo. O que valeu a Maria este favor peculiar foram os benefícios da Redenção, na previsão dos méritos de Jesus Cristo, que já existiam nos eternos desígnios de Deus.
Como se dá a transmissão do Pecado Original
Primeiramente, é necessário esclarecer em que consiste a transmissão do "Pecado Original". A lei geral: "Todos os homens pecaram num só" é o grande argumento dos protestantes contra a "Imaculada Conceição". Tal lei é certa e, segundo vamos demonstrar, não encontra a mínima contradição com o dogma católico.
S. Francisco de Sales, no seu "Tratado do amor de Deus", exprime essa verdade de um modo singelo e glorioso! "A torrente da iniqüidade original veio lançar as suas ondas impuras sobre a conceição da Virgem Sagrada, com a mesma impetuosidade que sobre a dos demais filhos de Adão; mas chegando ali, as vagas do pecado não passaram além, mas se detiveram, como outrora o Jordão no tempo de Josué, aqui respeitando a arca da aliança a torrente parou; lá em atenção ao Tabernáculo da verdadeira aliança, que é a Virgem Maria, o pecado original se deteve."
Os protestantes deveriam compreender a diferença essencial que há entre "pecar em Adão" e "pecar pessoalmente", como são coisas bem distintas pertencer a uma raça pecadora e ser pecador.
De que modo, afinal, contraímos nós o pecado original?
Tal transmissão não se pode fazer pela "criação" da alma; afirmar isso seria dizer que Deus é o autor do pecado, o que é impossível e repugna. Não se transmite tão pouco pelos pais, pois a alma dos filhos não se origina das almas dos pais, mas é criada por Deus. A transmissão se efetua pela "geração".
A alma é criada por Deus no estado de inocência perfeita, mas contrai a "mácula", unindo-se a um corpo formado de um gérmen corrompido, do mesmo modo que ela sofreria, se fosse unida a um corpo ferido. É a opinião de Santo Tomás.
Santo Agostinho diz a propósito: "Apesar de nascerem de pais batizados, os filhos vêm à luz com o pecado original, como do trigo inutilizado germina uma espiga, em que o grão é misturado com a palha."
Nesse mistério do nascimento de uma criança, pelo exposto, opera-se uma dupla conceição: a da alma e a do corpo. Foi nesse momento quase imperceptível que Deus preservou do pecado original a "pessoa" de Maria Santíssima. Criou sua alma, como criou as nossas. Os progenitores de Nossa Senhora formaram-lhe o corpo, como nossos pais formaram o nosso. Até aqui tudo é natural; o milagre da preservação limita-se ao instante em que o Criador uniu a alma ao corpo.
Desta união devia resultar a "transmissão do pecado". Deus fez parar o curso desta transmissão, de modo que nela a união se operou, como se tinha realizado na pessoa de Adão, quando Deus, depois de ter feito o corpo do primeiro homem, soprou nele o espírito, constituindo-o na perfeição da inocência e justiça original.
Maria é uma segunda Eva... mas Eva antes de sua queda! Tal é a sublime doutrina da Igreja de Cristo.
A Exceção à Lei Geral
Seria possível objetar-se que Deus não tem poder para derrogar as leis gerais por Ele mesmo estabelecidas?
Seria negar a onipotência divina e fixar limites Àquele que não os tem.
É uma lei geral que "todos pecaram num só". Tal fato é universal, e todas as criaturas a ele estão subordinadas. Todavia, nada impede que, antes de efetuar-se a união da alma com o corpo, Deus possa intervir e suspender "um dos seus efeitos", o qual é, precisamente, a transmissão desse "pecado original".
A Sagrada Escritura está repleta dessas derrogações de leis gerais. O movimento do sol e da lua está matematicamente fixado pela lei da natureza; entretanto, Josué não hesitou em fazê-lo parar: "Sol detem-te em Gibeon, e tu, lua, no vale de Hadjalon. E o sol deteve-se e a lua parou" (Jos. 10, 12-13).
É uma lei que as águas sigam a correnteza do seu curso. Entretanto, "Moisés estendeu a mão..." o mar deixou livre o seu leito, partiram-se as águas, com um muro à sua esquerda e à sua direita (Exod. 14, 21 e 22).
É uma lei que o um morto fique morto até à ressureição geral; entretanto, o próprio Cristo-Deus, diante do cadáver de Lázaro, já em putrefação, exclamou: "Lázaro, sai!" (Jo 11, 43 e 41). E imediatamente aquele que estava morto saiu vivo.
Que prova isso, demonstra que "para Deus nada é impossível" (Lc 18, 27).
Será, então, que os protestantes acham impossível que Deus preserve Maria Santíssima do Pecado Original?
Se a lei geral fosse superior ao poder de Deus, como ficaria o Homem-Deus? Ele, em sua natureza humana, foi preservado do pecado original, mesmo nascendo de uma mulher. Se fosse impossível a Deus manter Imaculada a sua Mãe, também seria impossível manter "imaculado" o Seu Filho único, que nasceu verdadeiro Homem e verdadeiro Deus.
Provas na Sagrada Escritura:
Depois da queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de serpente: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gen 3, 15). Basta um pouco de boa-vontade para compreender de que "mulher" o texto fala. A única mulher "cheia de graça", "bendita entre todas", na qual a "semente" ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão. Conforme esse texto, há uma luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do outro, o demônio. Quem há de ganhar a vitória são aqueles e não estes. Ora, se Nossa Senhora não fosse imaculada, essa inimizade não seria inteira e a vitória não seria total, pois Maria Santíssima teria sido, pelo menos em parte, sujeita ao poder do demônio através do Pecado Original. Em outras palavras, a inimizade entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado original.
Na saudação angélica, quando S. Gabriel diz: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco". Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem ter perdido a graça após o pecado.
A maneira da saudação angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la.
Ao mesmo tempo, a afirmação "o Senhor é convosco" abrange uma verdade luminosa. Se Nosso Senhor é (está) com Nossa Senhora antes da encarnação ("é convosco"). Sendo palavras anteriores à encarnação do verbo no seio da Virgem Maria, forçoso é reconhecer que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o "pecado original".
Prossegue o arcanjo: Não temas, Maria, pois "achaste graça diante de Deus". Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: "Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus". (Lc 1, 28).
Pela simples leitura percebe-se a conexão estreita entre duas verdades: "Maria será a mãe de Jesus, porque achou graça diante de Deus".
Mas, que graça Nossa Senhora achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele? Ora, a única graça que não existia - ou que estava "perdida" - era a "graça original". Falar, pois, que: "Maria achou graça" é dizer que achou a "graça original". Ora, a "graça original" é a "Imaculada Conceição"!
Os evangelhos sinóticos deixam claro que a palavra "Cheia de Graça", em grego: "Kecharitoménê", particípio passado de "charitóô", de "Cháris", é empregado na Sagrada Escritura para designar a graça em seu sentido pleno, e não no sentido corrente. A tradução literal seria: "omnino Plena Caelesti gratia" ou "Ominino gratiosa reddita": "Cheia de graça".
Ou seja, a tradução do latim: "gratia plena" é mais perfeita do que a palavra portuguesa: "cheia de graça". Nossa Senhora não apenas "encontrou graça", mas estava "plena" de Graça. Corroborando o que disse o Arcanjo logo em seguida: "O Senhor é contigo".
Falando à Santíssima Virgem que Ela "achara graça", o Arcanjo diz: Maria, sois imaculada, e, por isto, sereis a Mãe de Jesus Cristo.
Também é pela própria razão que se pode concluir a Imaculada Conceição. É claro que o argumento racional não é definitivo, mas corroborou com muita conveniência - e completa harmonia - para com ele. Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove meses no ventre de uma mulher que teria sido concebida na vergonha daquele pecado. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno.
S. Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: "Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hebr 9, 12).
Que tabernáculo é esse, "não construído por mãos humanas", por onde "entrou" Nosso Senhor Jesus Cristo? Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu "tabernáculo" que não foi "construído por mãos humanas".
Ora, este tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura.
E esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição.
Agora examinemos a Tradição, desde os primeiros séculos:
S. Tiago Menor, o qual realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve a seguinte leitura, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações: "Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem".
O santo Apóstolo não se limita a isso, mas torna a sua fé mais expressiva ainda. Após a consagração e umas preces, ele faz dizer ao Celebrante: "Prestemos homenagem, principalmente, a Nossa Senhora, a Santíssima, Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria. E os cantores respondem: É verdadeiramente digno que nós vos proclamemos bem-aventurada e em toda linha irrepreensível, Mãe de Nosso Deus, mais digna que os querubins, mais digna de glória que os serafins; a vós que destes à luz o Verbo divino, sem perder a vossa integridade perfeita, nós glorificamos como Mãe de Deus" (S. jacob in Liturgia sua).
O evangelista S. Marcos, na Liturgia que deixou às igrejas do Egito, serve-se de expressões semelhantes: "Lembremo-nos, sobretudo, da Santíssima, intemerata e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria".
Na Liturgia dos etíopes, de autor desconhecido, mas cuja composição data do primeiro século, encontramos diversas menções explícitas da Imaculada Conceição. Umas das suas orações começa nestes termos: Alegrai-vos, Rainha, verdadeiramente Imaculada, alegrai-vos, glória de nossos pais. Mais adiante, é pela intercessão da Imaculada Virgem Maria que o Sacerdote invoca a Deus em favor dos fiéis: "Pelas preces e a intercessão que faz em nosso favor Nossa Senhora, a Santa e Imaculada Virgem Maria.".
Terminamos o primeiro século com as palavras de Santo André, apóstolo, expondo a doutrina cristã ao procônsul Egeu, passagem que figura nas atas do martírio do mesmo santo, e data do primeiro século: "Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Cartas dos Padres de Acaia).
A doutrina da Imaculada Conceição era, pois, conhecida no primeiro século e por todos admitida. A esse respeito, nenhuma contradição se levantou na primitiva Igreja.
No século segundo, os escritos dos Santos Padres falam da Imaculada Conceição como um fato indiscutível. Entre os escritores e oradores deste século, contamos: S. Jusitino, apologista e mártir; Tertuliano e Santo Irineu.
No terceiro século, existem também textos claros em defesa da Imaculada Conceição. mas em menor quantidade.
Santo Hipólito, bispo de Porto e mártir, escreveu em 220: "O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura". Mais além ele diz: "Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria".
Orígenes, que viveu em 226 e pareceu resumir a doutrina e as tradições de sua época, escreveu: "Maria, a Virgem-Mãe do Filho único de Deus, é proclamada a digna Mãe deste digno Filho, a Mãe Imaculada do Santo e Imaculado, sendo ela única, como único é o seu próprio Filho."
Em um dos seus sermões sobre S. José, Orígenes faz o mensageiro celeste dizer ao santo: "Este menino não precisa de Pai na terra, porque tem um pai incorruptível no céu; não precisa de Mãe no Céu, porque tem uma Mãe Imaculada e casta na terra, a Virgem Bem-aventurada, Maria".
No século quarto, aparecem inúmeros escritos sobre a Imaculada Conceição, cada vez mais explícitos e em maior número. Temos diante de nós as figuras incomparáveis de Santo Atanásio, de Santo Efrem, de S. Basílio Magno, de Santo Epifânio, e muitos outros, que constituem a plêiade gloriosa dos grandes Apóstolos do culto da Virgem Santíssima e, de modo particular, de sua Imaculada Conceição.
Um trecho de Lutero, para mostrar que nem ele se atreveu a contestar a Imaculada Conceição: "Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado". (Lut. in postil. maj.).
Para terminar, transcreveremos um pequeno soneto.
Em 1823, dois sacerdotes dominicanos, Pes. Bassiti e Pignataro, estavam exorcizando um menino possesso, de 12 anos de idade, analfabeto. Para humilhar o demônio, obrigaram-no, em nome de Deus, a demonstrar a veracidade da Imaculada Conceição de Maria. Para surpresa dos sacerdotes, pela boca do menino possesso, o demônio compôs o seguinte soneto:
"Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.
Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.
O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a mãe que deu o ser ao filho;
Se, pois, do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.
Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.
Nossa Senhora foi a restauradora da ordem perdida por meio de Eva. Eva nos trouxe a morte, Maria nos dá a vida. O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade.
O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.
Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete.
No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
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Formas ortográficas variantes
Quantos de nós já não nos submetemos a questionamentos relacionados à
forma pela qual se grafa um determinado vocábulo, não é mesmo? Fato
considerado extremamente corriqueiro e normal. Principalmente porque
determinadas letras mostram-se idênticas quando analisadas de acordo com
seu perfil fonético, como é o caso das letras /c, /s, /z/, /x/, /ch/, dentre outras.
Tais ocorrências, indubitavelmente, tendem a se extinguir quando passamos a estabelecer familiaridade com a leitura, visto que ocorre uma amplitude no que se concerne ao nosso conhecimento linguístico, sobretudo, no acervo lexical. De forma que, ao redigirmos um texto, colocamos em prática tudo aquilo que apreendemos mediante tal procedimento e, certamente, as dúvidas não mais ocorrerão.
Mas, aqui, de forma específica pretendemos ressaltar um fato linguístico que para muitos poderá ser considerado como uma novidade, pois na maioria das vezes não compartilhamos com os infindáveis recursos que a própria língua nos oferece, e um deles é o fato de haver duas ou mais formas de proferirmos e/ou grafarmos uma determinada palavra – razão pela qual se denominam de variantes. Ocorrência que conheceremos a seguir por meio de alguns casos que a representam, por isso, observemos:
Tais ocorrências, indubitavelmente, tendem a se extinguir quando passamos a estabelecer familiaridade com a leitura, visto que ocorre uma amplitude no que se concerne ao nosso conhecimento linguístico, sobretudo, no acervo lexical. De forma que, ao redigirmos um texto, colocamos em prática tudo aquilo que apreendemos mediante tal procedimento e, certamente, as dúvidas não mais ocorrerão.
Mas, aqui, de forma específica pretendemos ressaltar um fato linguístico que para muitos poderá ser considerado como uma novidade, pois na maioria das vezes não compartilhamos com os infindáveis recursos que a própria língua nos oferece, e um deles é o fato de haver duas ou mais formas de proferirmos e/ou grafarmos uma determinada palavra – razão pela qual se denominam de variantes. Ocorrência que conheceremos a seguir por meio de alguns casos que a representam, por isso, observemos:
Celibato não é imposição, mas graça de Deus
Leonardo Meira
O assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé / Tradução da Bíblia da CNBB, padre Luís Henrique Eloy e Silva
O sacerdote salienta ainda que todos aqueles que iniciam um processo de formação em vista da consagração celibatária estão cientes dessa dedicação total a que são chamados. "Sob esse aspecto, é inaceitável falar de imposição. Ninguém é obrigado a se consagrar ou a pedir o ministério da ordem sacra se não se sente conscientemente preparado para assumir tal estado de vida", afirma.
Padre Luís Henrique é um dos palestrantes do Simpósio Nacional O dom do celibato na vida e na missão da Igreja*, que acontece de 21 a 23 de novembro na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
Em entrevista exclusiva ao noticias.cancaonova.com, ele fala sobre sua palestra "Por uma compreensão Cristocêntrica do Celibato".
noticias.cancaonova.com – Quais são as principais raízes de compreensão cristocêntrica do celibato?
Padre Luís Henrique Eloy e Silva – Quando se fala em fundamento cristocêntrico do celibato, para além da compreensão de que o próprio Cristo foi celibatário, é preciso dizer que, no Novo Testamento, todas as motivações a respeito da continência perpétua têm sua raiz no próprio Senhor.
Um primeiro grupo de motivações, citado inclusive pelo Catecismo da Igreja, encontra-se em Mt 19,12 e 1Cor 7,32, onde, respectivamente, a finalidade é posta em vista do “Reino dos Céus” e “para cuidar somente das coisas do Senhor”.
Quando, porém, se fala da imagem cristocêntrica do celibato vinculado intimamente ao ministério sacerdotal, é preciso partir da imagem de Cristo como esposo, como se pode ver, por exemplo, em textos como Mt 25,1-13; Lc 12,36; Jo 3,29; Ef 5,22-33; Ap 19,7 e 21,2, de cujo esponsalício flui a dimensão da paternidade espiritual do sacerdote, chamado a “gerar Cristo” na vida dos fiéis.
noticias.cancaonova.com – Quais
são as principais contribuições e riquezas do dom do celibato àqueles
que abraçaram a vida consagrada? Como compreender essa norma disciplinar
da Igreja a partir do prisma da escolha livre, e não da imposição
externa de uma regra, um jugo?
Padre Luís Henrique– A principal riqueza que o dom do celibato concede aos que o receberam é a possibilidade de uma dedicação maior e total ao Reino e ao serviço pastoral da Igreja, com um coração indiviso e voltado somente para as “coisas de seu Senhor” (cf. 1Cor 7,32). O próprio apóstolo Paulo recomendou este estado de vida aos que se sentiam chamados a uma dedicação mais plena (cf. 1Cor 7,7-8).
Embora o celibato, além de sua dimensão teológica enquanto dom de Deus, seja também visto, sob outro prisma, em sua dimensão jurídica, como norma disciplinar, não podemos nos esquecer de que todos aqueles que iniciam um processo de formação – processo que não é curto – em vista da consagração celibatária, estão cientes dessa dedicação total a que são chamados. Sob esse aspecto, é inaceitável falar de imposição. Ninguém é obrigado a se consagrar ou a pedir o ministério da ordem sacra se não se sente conscientemente preparado para assumir tal estado de vida.
Padre Luís Henrique– A principal riqueza que o dom do celibato concede aos que o receberam é a possibilidade de uma dedicação maior e total ao Reino e ao serviço pastoral da Igreja, com um coração indiviso e voltado somente para as “coisas de seu Senhor” (cf. 1Cor 7,32). O próprio apóstolo Paulo recomendou este estado de vida aos que se sentiam chamados a uma dedicação mais plena (cf. 1Cor 7,7-8).
Embora o celibato, além de sua dimensão teológica enquanto dom de Deus, seja também visto, sob outro prisma, em sua dimensão jurídica, como norma disciplinar, não podemos nos esquecer de que todos aqueles que iniciam um processo de formação – processo que não é curto – em vista da consagração celibatária, estão cientes dessa dedicação total a que são chamados. Sob esse aspecto, é inaceitável falar de imposição. Ninguém é obrigado a se consagrar ou a pedir o ministério da ordem sacra se não se sente conscientemente preparado para assumir tal estado de vida.
noticias.cancaonova.com – Enfim,
por que o celibato é um aspecto que a Igreja reconhece como um dom?
Como ele ajuda os consagrados na vivência de sua missão no mundo?
Padre Luís Henrique– A Igreja reconhece o celibato como um dom porque toda a capacitação para uma maior dedicação ao Senhor e à Igreja será sempre graça de Deus. A Igreja é de Cristo,que é sua cabeça, seu pastor e seu esposo. Como compreender que diante de tal grande mistério, os homens, sem a dimensão do dom, pudessem ser capazes de tornar a Igreja presente no mundo, se não fosse por Graça de Deus?
É daí, particularmente, que em relação ao sacerdócio ministerial fica clara a representatividade sacramental de Cristo, quando a Igreja ensina que o sacerdote age na pessoa de Cristo cabeça e Pastor (in persona Christi Capitis et Pastoris).
Espera-se que o consagrado, a partir do momento em que esteja ciente de que para ele “viver é Cristo” (cf. Fil 1,21), de que o ministério é de Cristo e de que a Igreja é de Cristo, conscientize-se também de que não é possível anunciar Cristo sem viver como ele viveu. Nesse sentido, o dom do celibato tem a missão de anunciar ao mundo o desejo não somente de uma dedicação mais plena a Cristo, ao seu evangelho e a sua Igreja, mas – sobretudo – o desejo de ser somente dele e de só a Ele pertencer (cf. 1Cor 6,19).
Padre Luís Henrique– A Igreja reconhece o celibato como um dom porque toda a capacitação para uma maior dedicação ao Senhor e à Igreja será sempre graça de Deus. A Igreja é de Cristo,que é sua cabeça, seu pastor e seu esposo. Como compreender que diante de tal grande mistério, os homens, sem a dimensão do dom, pudessem ser capazes de tornar a Igreja presente no mundo, se não fosse por Graça de Deus?
É daí, particularmente, que em relação ao sacerdócio ministerial fica clara a representatividade sacramental de Cristo, quando a Igreja ensina que o sacerdote age na pessoa de Cristo cabeça e Pastor (in persona Christi Capitis et Pastoris).
Espera-se que o consagrado, a partir do momento em que esteja ciente de que para ele “viver é Cristo” (cf. Fil 1,21), de que o ministério é de Cristo e de que a Igreja é de Cristo, conscientize-se também de que não é possível anunciar Cristo sem viver como ele viveu. Nesse sentido, o dom do celibato tem a missão de anunciar ao mundo o desejo não somente de uma dedicação mais plena a Cristo, ao seu evangelho e a sua Igreja, mas – sobretudo – o desejo de ser somente dele e de só a Ele pertencer (cf. 1Cor 6,19).
*
O Simpósio visa retomar, à luz da tradição e em diálogo com a sociedade
contemporânea, a centralidade do tema Celibato, no desejo de
descortinar novas perspectivas quanto à compreensão de seu inestimável
valor, bem como conscientizar-se da necessidade da descoberta de novos
horizontes, que possibilitem a formação progressiva para a vivência
madura, plena e frutuosa do dom do celibato na vida e na missão da
Igreja. Participam bispos, padres, reitores e formadores de seminários,
diretores de institutos de Filosofia e Teologia, seminaristas,
religiosos e religiosas.
Saiba mais em http://www.arquidiocesebh.org.br/simposio.
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Dicastério vaticano de leigos debate ausência de Deus no mundo
Mirticeli Medeiros
Da Redação com Rádio Vaticana
Arquivo
"A questão de Deus hoje" será principal tema debatido em Plenária do Pontifício Conselho para os leigos
A assembléia, de acordo com comunicado oficial, será dividida em duas partes. A primeira debaterá o tema "A questão de Deus hoje, não devemos, de fato, recomeçar por Deus?. Tal reflexão se inspira na característica marcante do Pontificado de Bento XVI, o qual visa trazer ao mundo a questão sobre Deus de forma clara e direta dentro de uma sociedade relativista e secularizada.
A segunda parte, abordará os aspectos referentes à vocação e à missão dos fiéis leigos que vivem hoje em um contexto sociocultural caracterizado pela falta de Deus. Entre outros pontos que serão contemplados durante a plenária, temas relativos à fé e a falta de fé; a linguagem que deve ser utilizada para atingir o homem contemporâneo e por fim, a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro, em 2013.
Ao final do evento, que terá duração de três dias, os presentes participarão de uma audiência com o Papa Bento XVI, que se realizará no dia 26 de novembro.
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