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terça-feira, 5 de março de 2013

Últimas Informações – Vaticano - O que aconteceu na Congregação Geral dos Cardeais na Segunda-feira 04/03/2013 - Conheça os cinco Cardeais Brasileiros que votarão durante o Conclave em Roma. - Entenda o que acontece durante a Sé vacante – O Trono de Pedro está vago. - Qual a função de um Carmelengo na Sé Vacante.

    Padre Federico Lombardi (Foto: Clarissa Oliveira / CN Roma)

Atmosfera de serenidade marca primeiro encontro dos cardeais

Últimas informações

Em coletiva de imprensa, porta-voz do Vaticano traz informações sobre 1ª Congregação Geral dos cardeais

Daniel Machado Enviado especial a Roma


“A atmosfera é de serenidade e construtividade neste tempo de responsabilidade na eleição do novo Pontífice”, foi o que assegurou o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, em coletiva, na manhã desta segunda-feira, 4, no Vaticano.
Segundo padre Lombardi, estiveram presentes, nesta primeira congregação, 142 cardeais, sendo 103 deles votantes. Faltaram 65 cardeais, sendo 12 votantes.
“A congregação teve início com uma primeira colocação do Cardeal Decano, que lembrou ao Colégio a importância deste evento. Logo depois, tiveram início as orações e o juramento. Primeiro, os cardeais fizeram um juramento coletivo e, depois, cada um dirigiu-se à frente da mesa da presidência – na qual se acontrava o evangeliário aberto – fazendo cada um o seu juramento pessoal”, disse padre Lombardi.
O porta voz informou ainda aos jornalistas que foi proposto pelo Decâno, e aceito com prazer pelo Colégio dos Cardeais, o envio de uma mensagem ao Papa emérito Bento XVI, em Castel Gandofo. Foi proposto também uma primeira reflexão espiritual, tradição no início da Congregação Geral, que será feita pelo pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, na tarde desta segunda-feira.
“Houve um primeiro intervalo para um café e, obviamente, estes momentos são muito significativos, porque os cardeais vão se conhecendo e trocando informações”, disse o porta-voz, informando ainda que, na segunda parte da manhã foi dada a possibilidade da intervenção deles, sendo que 13 pediram a palavra e fizeram breves e precisas intervenções sobre a organização dos trabalhos das Congregações Gerais nos próximos dias.

Sala de Imprensa a Santa Sé trouxe no boletim desta manhã informações sobre oo trabalhos dos Cardeias ma manhã desta segunda-feira,4
Sala de Imprensa a Santa Sé trouxe, no boletim desta manhã, as primeiras  informações sobre os trabalhos dos cardeais reunidos em Congregação Geral, na manhã desta segunda-feira,4, no Vaticano. (Foto: Clarissa Oliveira/CN Roma)
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Entenda o que acontece na congregação geral dos cardeais


Reunião do colégio cardinalício



Na congregação geral, participam também os cardeais não-eleitores
Da Redação, com Rádio Vaticano

Os cardeais que estão em Roma já estão participando nesta segunda-feira, 4, da 1º Congregação Geral do Colégio Cardinalício. Este é o primeiro momento em que eles se reúnem para começar a discutir assuntos relativos ao Conclave, sendo uma das decisões a data e horário de início da eleição do novo Pontífice.
A Congregação geral inclui também os cardeais não-eleitores. Ela é realizada na Sala do Sínodo e presidida pelo Decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Angelo Sodano.
Durante tais encontros, é estabelecida uma série de decisões antes do Conclave, como, por exemplo: predispor os locais da Domus Sanctae Marthae, onde se hospedarão os cardeais – os quartos serão assinalados através de sorteio – e da Capela Sistina para as operações relativas à eleição. Os cardeais são chamados também a escolher entre eles “dois eclesiásticos que espelham doutrina, sabedoria e autoridade moral” que deverão realizar “ponderadas meditações sobre os problemas da Igreja”.

Além disso, as congregações gerais também estabelecem a data e hora de início do Conclave; inutilizam o anel dos pescador e os carimbo de chumbo do Pontífice precedente.

Já na Congregação particular, reúnem-se o cardeal camerlengo e três cardeais – um pela ordem dos bispos, um pelos presbíteros e outro pelos diáconos – sorteados entre os eleitores. Estes últimos têm a tarefa de assistir a Congregação particular nos serviços ordinários, sobretudo durante a eleição. O cargo dura três dias, e depois e se procede a um novo sorteio.
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Cinco cardeais brasileiros votarão durante Conclave


Em Roma


Os cinco cardeais brasileiros que poderão votar para a escolha do novo Papa já estão em Roma. Dom João Braz de Aviz, Dom Cláudio Hummes, Dom Raymundo Damasceno de Assis, Dom Geraldo Majella Agnelo e Dom Odilo Pedro Scherer  começaram a participar dos encontros do Colégio Cardinalício, nesta sexta-feira, 1º, em vista da convocação para o Conclave.
Na segunda-feira, 4, os cardeais participam da primeira Congregação Geral, com um encontro pela manhã e outro à tarde para dar início à organização dos trabalhos.

Cinco cardeais brasileiros irão votar no Conclave
Cardeais já estão em Roma aguardando início do Conclave (Foto: Rádio Vaticano)

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Entenda o que acontece durante a Sé vacante


O Trono de Pedro está vago! E agora?


Entenda o que acontece durante a Sé vacante
“A Igreja está unida [...] e implora de Deus o novo Papa como dom da sua bondade e providência”, diz a Constituição Universi Dominici Grecis (Foto: Arquivo)
Saiba o que acontece durante a Sé vacante, o que os católicos devem fazer neste período e como fica a menção do Papa durante a Missa

André Alves
Da redação




A partir das 20h (Roma) desta quinta-feira, 28, a Igreja Católica iniciou seu período de vacância, devido à renúncia do Sumo Pontífice, Bento XVI, anunciada no último dia 11. A Sede vacante é o termo oficial da Igreja utilizado pra denominar o período em que a função de Papa fica vaga.

A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis trata das normas e orientações para este período de vacância, assim como da eleição de um novo Papa. A carta foi escrita pelo Papa Beato João Paulo II, em 2 de fevereiro de 1996.

De acordo com o documento, a Sede vacante deve durar exatos quinze dias, podendo ser estendidos para vinte, em caso de extrema necessidade. Esse prazo é oferecido para que os cardeais resididos em diversas partes do mundo possam se deslocar à Roma, a fim de participarem da reunião que elege o sucessor do último Papa – o Conclave.

No entanto, a Santa Sé publicou nesta segunda-feira, 25, a carta apostólica em forma de Motu Proprio (de iniciativa própria) do Papa Bento XVI com algumas modificações relativas à eleição do Papa. Entre as alterações, está a possibilidade, facultada aos cardeais, de antecipar o Conclave.

Segundo o mesmo Motu Proprio, a decisão pelo Colégio Cardinalício, deve considerar que todos os cardeais tenham chegado à Roma para o início da eleição papal. O mesmo documento dá ainda a possibilidade de se prolongar o início da eleição por alguns dias, se houver motivos graves.


O governo da Igreja


A Constituição explica que, durante o período de vacância, a Sé Apostólica fica sob o governo do Colégio dos Cardeais somente para o despacho dos assuntos ordinários ou inadiáveis. Ao mesmo tempo, os cardeais não têm poder ou jurisdição alguma no que se refere às questões da competência do Sumo Pontífice.

O mesmo documento também destitui dos cargos de presidência todos os cardeais que estejam como responsáveis por Pontifícios Conselhos, assim como o Cardeal Secretário de Estado, Cardeais Prefeitos e membros de tais conselhos.

De acordo com a Universi Dominici Grecis, cinco cardeais continuam desempenhando seus trabalhos durante a Sé vacante: o chamado Camerlengo da Igreja Romana, o Penitenciário-Mor, o Cardeal Vigário Geral para a diocese de Roma, o Cardeal Arcipreste da Basílica do Vaticano e o Vigário Geral para a Cidade do Vaticano. Estes continuam a despachar os assuntos ordinários, submetendo ao Colégio dos Cardeais o que deveria ser submetido ao Papa. As demais funções continuam no que é da sua jurisdição.


Os fiéis católicos e o período de vacância


A Constituição Universi Dominici Grecis considera que a vacância e o Conclave não são fatos isolados do Povo de Deus e reservado apenas ao Colégio dos eleitores. Segundo a mesma, trata-se, em certo sentido, de uma ação de toda a Igreja. Por isso, os fiéis estão convocados a se unirem em orações pelos acontecimentos que permeiam a Fé Católica durante esse período.

O parágrafo 84 da Constituição, cita: “Durante a Sé vacante, e sobretudo no período em que se realiza a eleição do Sucessor de Pedro, a Igreja está unida, de modo muito particular, com os Pastores sagrados e especialmente com os Cardeais eleitores do Sumo Pontífice, e implora de Deus o novo Papa como dom da sua bondade e providência.”

Sendo assim, João Paulo II escreve: “Estabeleço, portanto, que, em todas as cidades e demais lugares, ao menos naqueles de maior importância, após ter sido recebida a notícia da vacância da Sé Apostólica, [...] se elevem humildes e instantes preces ao Senhor (cf. Mt 21,22; Mc11,24), para que ilumine o espírito dos eleitores e os torne de tal maneira concordes na sua missão, que se obtenha uma rápida, unânime e frutuosa eleição, como o exigem a salvação das almas e o bem de todo o Povo de Deus”.


A menção do Papa durante a Missa


As orações eucarísticas rezadas durante as Missas mencionam o nome do Santo Padre, assim como, o do Bispo diocesano. Na Sé vacante, a orientação da Igreja é que o nome do Pontífice seja omitido, rezando apenas pelo Bispo diocesano. Veja como exemplo a Oração Eucarística II do Missal Romano:

“Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade, [omite-se: ‘com o Papa...’ e segue-se] com o nosso Bispo (N.), e todos os ministros do vosso povo.”

“A menção do Papa na liturgia não tem significado somente de súplica por ele, mas também de comunhão, de união da Igreja com o Santo Padre. Assim só se pode celebrar a Santa Missa porque há comunhão com o Bispo de Roma”, explicou padre Paulo Ricardo em seu site pessoal.

O período de vacância segue até que, da “varanda das Bençãos” – no centro da Basílica de São Pedro, no Vaticano – se ouça o anúncio: Habemus Papam (temos um Papa). A data para o Conclave ainda não foi divulgada, mas com o início da Sede vacante, os cardeais já começam a trocar ideias sobre o início da votação.
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Entenda o trabalho do Carmelengo

  Atualmente, o Cardeal Carmelengo é Dom Tarcísio Bertone


No período de Sé Vacante o Cardeal Carmelengo que gerencia o Vaticano
Michelle Mimoso Da Redação




O Carmelengo é o encarregado de gerenciar o Vaticano durante a Sé Vacante. Atualmente, esta função, na Igreja, está sob a responsabilidade do Cardeal italiano Tarcísio Bertone. É ele quem preside a Câmara Apostólica e cuida dos bens e direitos temporais da Santa Sé.

Até que o sucessor do Papa seja escolhido, o Cardeal Camerlengo serve como o Chefe de Estado atuante do Vaticano. Ele não é, entretanto, responsável pelo governo da Igreja Católica durante a Sé Vacante, sendo portanto impossibilitado de tomar ações próprias do Sucessor de Pedro, como escrever encíclicas, criar ou unir dioceses, nomear bispos, etc.

Com a morte ou renúncia de um Papa, o Carmelengo é o único que mantém seu cargo, pois é ele quem cuida de todos os preparativos para o início do Conclave. Segundo a Constituição ‘Universi Dominici Gregis’, compete a ele também lacrar os aposentos e escritórios do Papa até que um novo Pontífice seja eleito; bem como comunicar oficialmente a morte ou renúncia do Papa ao Cardeal Vigário de Roma, que por sua vez, dá a notícia ao povo com notificação especial, e também ao Cardeal Arcipreste da Basílica Vaticana.

É ele quem decide o dia em que devem iniciar as congregações gerais para a preparação da eleição do Papa (art. 11). Neste caso, em especial, o Papa Bento XVI publicou um documento autorizando a antecipação do Conclave caso todos os cardeais estejam presentes em Roma.

Com o início do Conclave, cabe ao Carmelengo, no início do processo da eleição, assegurar, com a colaboração externa do Substituto da Secretaria de Estado, o fechamento da Domus Sancatae Marthae, da Capela Sistina, e dos ambientes destinados às celebrações litúrgicas às pessoas não autorizadas. Além de receber o juramento dos cardeais sobre a observância do segredo do voto (art. 48).

É obrigação dele vigiar com diligência, junto aos três Cardeais Assistentes pro tempore, para que não seja, de modo algum, violada a confidencialidade do que ocorre na Capela Sistina durante o Conclave.

Camerlengo é um título que deriva do latim camerarius e significa “adido à câmara” (ficando geralmente subentendido “do tesouro” e “do soberano”).

O Cardeal Tarcísio Bertone, 78 anos, foi nomeado camerlengo em abril de 2007. Nascido numa pequena região italiana do Piemonte, o salesiano esteve ao lado do então Cardeal Ratzinger [Bento XVI] quando este ainda era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (1995-2002). Em 2006, Bertone foi nomeado Secretário de Estado do Vaticano.


Veja mais informações sobre a Sé Vacante no vídeo com padre Paulo Ricardo, sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá


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