ESPECIAL
"SEMANA SANTA"
A paixão de Jesus por nós!
______ + + + ______
______ + + + ______
DIA 29 – QUARTA-FEIRA SANTA
_____ + + + _____
Pesquisas: Apostila - Como entender, preparar e vivenciar os Atos Litúrgicos da Semana Santa, 2007, Lusmar Paz;
Livro - Semana Santa - Anos A,B,C, 1988,Paulus;
Livreto - Liturgia Diária, 2010, Paulus.
Alberto Lourenço é o mais novo seguidor deste blog .
Seja muito bem-vindo meu irmão, à família do blog lusmarpazleite.
Deus lhe abençoe!!!
+ + +
A semana Santa
é o ponto alto do Ano Litúrgico.
Vamos vivê-la com intensidade!!!
______ + + + ______
A Paixão de Jesus por nós
A liturgia da Semana Santa ajuda-nos a permitir que Jesus entre em nossas vidas. Ele mesmo diz: “Estou à porta e bato. Se alguém me abrir à porta, entrarei e permanecerei com ele e cearemos juntos”. (Ap3,20) Permanecer com ele é deixar-se mergulhar em sua paixão.
- Apaixonar-se é amar até os extremos da “loucura”. Jesus viveu uma imensa paixão por cada ser humano e por cada criatura. Nosso “Irmão mais velho”, o Filho Único de Deus, nos amou até a loucura da morte na cruz. A palavra “paixão” vem da língua grega, na qual se diz patsein, que significa “sofrer” (cf. Lc 24,26). Na aus~encia do ser amado, o amor é sofrimento. O amor de Jesus por nós e seu desejo de nos ter consigo o levou até a entrega da vida no suplício moas terrível e humilhante que um ser humano poderia enfrentar.
Ao abrir os braços na cruz, o Irmão Primogênito se fez Mestre do Amor, como Ele mesmo dissera, pouco antes, aos discípulos: “Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13)
Na Semana Santa, acompanhamos o Mestre no amor-sofrimento e aprendemos dele a confiar em Deus, que transforma a morte em ressurreição.
Dia 31 de Março
QUARTA-FEIRA SANTA
Quarta-feira: Dinheiro e poder: os critérios da negociação
Em plena Semana Santa, o Evangelho insiste em mostrar a presença e a ação do dinheiro na história da Paixão de Cristo.
Nesta quarta-feira Mateus nos conta que Judas foi negociar com os sumos sacerdotes. A traição ficou cotada em trinta moedas. Acertaram-se no preço, na quantia de dinheiro. Mas com isto o Justo ficou sacrificado. Fizeram acordo. Entenderam-se a respeito do valor monetário. Mas esqueceram o valor da vida, que não tem preço. E assim o Cristo foi condenado a morrer.
Diante dessa história do Evangelho, podemos situar melhor o problema dos acordos financeiros.
Entre nós se discute tanto, e com razão, os termos dos acordos que regem hoje as relações financeiras no mundo globalizado. Até os pobres falam no FMI. No Brasil foi feito o Plebiscito sobre a Dívida Externa, e a primeira pergunta dizia respeito, exatamente aos “acordos com o FMI”. Mesmo sem conhecer os termos exatos destes acordos, o povo intui que eles se revestem de uma perversidade que não pode ser aceita.
É que os acordos não podem se limitar a reger relações financeiras. Eles precisam estar relacionados com a vida do povo. Caso contrário, correm o risco de serem injustos, e de colocarem em risco a sobrevivência dos pobres.
Sem a vinculação ética que a deve reger, a economia perde sentido, e se torna instrumento para condenar à morte a multidão dos excluídos.
O dinheiro por pouco que seja, dá um poder de negociação. Com uma pobre bolsa na mão, Judas se transformou em negociador diante do sistema do poder estabelecido. E foi capaz de provocar uma grande injustiça.
Usar corretamente o poder de negociação que nosso dinheiro nos proporciona, é um sério dever ético, para todos, em nosso tempo. Pois está em causa a vida das pessoas, sobretudo dos indefesos.
Dom Demétrio Valentim – Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira.
Fonte de Pesquisa Blog www.blogalcantaras.com.br
_______ + + + ______
Liturgia Diária - Missa - Quarta-feira Santa
Comentário Inicial: A liberdade é um dom de Deus, mas
desfrutá-la de maneira imprudente pode ter sérias consequências.
Devemos, assm como Jesus, deixar-nos guiar pelo livre e
irrevogável sim à vontade do Pai.
_________ + + + _______
desfrutá-la de maneira imprudente pode ter sérias consequências.
Devemos, assm como Jesus, deixar-nos guiar pelo livre e
irrevogável sim à vontade do Pai.
_________ + + + _______
Primeira leitura (Isaías 50,4-9a)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo.
5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo.
5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
_____ +++ ____
Salmo (Salmos 68)
— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
— Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador: e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
— O insulto me partiu o coração; Eu esperei que alguém, de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
— Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
____ + + + ____
Evangelho (Mateus 26,14-25)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?”
23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
____ + + + ___
Explicação do Evangelho desta Quarta-feira Santa
Padre Pacheco - Canção NovaNa Ceia Evangélica de hoje, à medida que nos aproximamos da Paixão de Jesus vai sobressaindo a sinistra figura do homem que será útil aos planos homicidas dos judeus: Judas Iscariotes. Tudo acontece num clima de amizade traída e no contexto da Ceia Pascal de Jesus com os Seus discípulos, isto é, na primeira Eucaristia da história.
As autoridades judaicas, depois de decidirem a morte de Cristo, deram ordem para que quem conhecesse o paradeiro do Senhor as informasse. Pois bem, Judas presta-se a isso e, junto dos sumos sacerdotes, avalia a vida de Jesus em trinta moedas de prata. É o preço de um escravo (cf. Ex 21,32). A sua incontrolada avareza conduz Judas a um final deplorável. Durante a Santa Ceia, Jesus desmascara as secretas intenções do traidor, porque Ele, como Senhor da vida e da morte, é quem dispõe da Sua própria “hora”.
Mas contudo, ensaia uma última oferta de amizade para a conversão de Judas. Os discípulos, consternados pelo anúncio do Mestre: “Um de vós me vai entregar”, perguntam uns para os outros: “Sou eu porventura, Senhor”? Também Judas fez a mesma pergunta; e a resposta de Jesus foi afirmativa, tentando até o último minuto recuperar o discípulo extraviado. Mas o traidor não voltou atrás.
Em seguida, o pão e o vinho – sinal já do amor criador de Deus e da vida que d’Ele emana por inetrmédio de Cristo – passam de mão em mão, significando o propósito de Jesus de partilhar com os Seus, e estes entre si, a vida que Ele vive com Deus Pai. Isso significa comungar eucaristicamente: integração do homem pecador na vida de Deus mediante o Corpo e o Sangue imolados de Cristo; não em privado, mas em comunhão com os irmãos. Foi dessa “comunhão” que se autoexcluiu Judas por sua conta, participasse fisicamente ou não da Eucaristia.
O ato da traição de Judas é sempre impressionante, como deve ter sido especialmente para os seus companheiros, os apóstolos, por ter lugar precisamente no círculo mais íntimo e próximo do Senhor. Exemplo arrepiante que nos revela a profundidade do coração humano, capaz do mais nobre: o amor e a amizade; e também do mais vil: o ódio e a traição. Tudo isso fruto da liberdade do homem, que Deus respeita profundamente.
Se Deus aceita o homem e a mulher tal como são e confia neles, inclusivamente num traidor, como o fez Cristo, devemos aprender nós a lição: aceitar como irmão todo homem e mulher, por mais indignos que nos pareçam. A regeneração é sempre possível, porque a graça de Deus é mais forte que a miséria humana.
Esta Quarta-feira Santa convida-nos para a revisão de vida pessoal e comunitária sobre a nossa resposta a um amor imenso, que nos precedeu, o de Deus, visível em Cristo. Os santos viveram tão intensamente a profundidade deste amor abismando-se nele. Como São Francisco de Assis que percorria montes e descampados repetindo como que fora de si: “O Amor não é amado; o Amor não é amado”.
Padre Pacheco
Comunidade Canção NovaPapa ensina o significado
das celebrações da
Semana Santa
Leonardo Meira
Da Redação
AP
Bento XVI saúda os milhares de peregrino enquanto chega à Praça de São Pedro, no Vaticano
O encontro aconteceu na Praça de São Pedro, às 10h30min (em Roma - 5h30min em Brasília). "A morte, que, por sua natureza, é o fim, a destruição de toda a relação, torna-se em Jesus ato de comunicação de si, instrumento de salvação e proclamação da vitória do amor", disse o Papa aos milhares de peregrinos.
O Pontífice fez um convite a viver esses dias de modo a orientar "decisivamente a vida de cada um à adesão generosa e convicta a Cristo, morto e ressuscitado por nós".
Ao meditar sobre a Quinta-feira Santa como momento fundador da Eucaristia, o Santo Padre citou a Carta de São Paulo aos Coríntios para mostrar a real intenção de Cristo.
"Sob as espécies do pão e do vinho, Ele está presente de modo real, com seu corpo doado e seu Sangue derramado como sacrifício da Nova Aliança. Ao mesmo tempo, Ele constitui os Apóstolos e seus sucessores ministros deste sacramento, que ele dá a sua Igreja como a prova suprema do seu amor".
Bento XVI concluiu sua reflexão desejando que o Tríduo Pascal seja oportunidade para todos serem inseridos mais profundamente no Mistério de Cristo, desejando a todos uma santa Páscoa.
Veja:
Catequese de Bento XVI
na Quarta-feira Santa
2010
Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede
(tradução de CN Notícias)
Queridos irmãos e irmãs,
estamos vivendo os dias santos, que nos convidam a meditar os eventos centrais da nossa Redenção, o núcleo essencial da nossa fé. Amanhã começa o Tríduo Pascal, fulcro [ponto de apoio] de todo o ano litúrgico, em que somos chamados ao silêncio e à oração para contemplar o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.
Nas homilias, os Padres fazem, muitas vezes, referência a esses dias que, como observa Santo Atanásio em uma das suas Cartas Pascais, introduzem-nos "naquele tempo que nos faz conhecer um novo início, o dia da Santa Páscoa, em que o Senhor se imolou" (Lett. 5,1-2: PG 26, 1379).
Vos exorto, portanto, a viver intensamente estes dias, a fim de que orientem decisivamente a vida de cada um à adesão generosa e convicta a Cristo, morto e ressuscitado por nós.
A Santa Missa Crismal, prelúdio matutino da Quinta-feira Santa, verá, amanhã pela manhã, reunidos os sacerdotes com o seu bispo. No curso de uma significativa celebração eucarística, que acontece geralmente nas Catedrais diocesanas, serão abençoados o Óleo dos enfermos, dos catecúmenos e do Crisma. Além disso, o Bispo e os Sacerdotes renovarão as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da Ordenação. Tal gesto assume, neste ano, uma importância toda especial, porque se encontra no âmbito do Ano Sacerdotal, que proclamei para comemorar o 150º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars. A todos os sacerdotes, desejo repetir o auspício que formulei na conclusão da Carta de proclamação: "A exemplo do Santo Cura d’Ars, deixai-vos conquistar por Ele e sereis também vós, no mundo atual, mensageiros de esperança, de reconciliação, de paz".
Amanhã à tarde, celebraremos o momento fundador da Eucaristia. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, confirmava os primeiros cristãos na verdade do mistério eucarístico, dizendo-lhes o que ele próprio havia aprendido: "O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, quando ele tinha dado graças, partiu e disse: "O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: 'Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: 'Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim" (1 Cor 11, 23-25). Essas palavras mostram claramente a intenção de Cristo: sob as espécies do pão e do vinho, Ele está presente de modo real, com seu corpo doado e seu Sangue derramado como sacrifício da Nova Aliança. Ao mesmo tempo, Ele constitui os Apóstolos e seus sucessores ministros deste sacramento, que ele dá a sua Igreja como a prova suprema do seu amor.
Com sugestivo rito, recordaremos, além disso, o gesto de Jesus que lava os pés dos Apóstolos (cf. Jo 13, 1-25). Tal ato torna-se, para o evangelista, a representação de toda a vida de Jesus e revela o seu amor até o fim, um amor infinito, capaz de habilitar o homem à comunhão com Deus e de libertá-lo. Ao fim da liturgia da Quinta-Feira Santa, a Igreja deposita o Santíssimo Sacramento em um local especialmente preparado, que está a representar a solidão do Getsêmani e a angústia mortal de Jesus. Diante da Eucaristia, os fiéis contemplam Jesus na hora da sua solidão e rezam para que cessem todas as solidões do mundo. Esse caminho litúrgico é, também, convite a buscar o encontro íntimo com o Senhor na oração, a reconhecer Jesus entre aqueles que estão sozinhos, a vigiar com ele e a saber proclamá-lo como luz da própria vida.
Na Sexta-feira Santa, faremos memória da paixão e morte do Senhor. Jesus quis oferecer a sua vida em sacrifício para a remissão dos pecados da humanidade, escolhendo para esse fim a morte mais cruel e humilhante: a crucificação. Existe uma conexão indissociável entre a Última Ceia e a morte de Jesus. Na primeira, Jesus dá o seu Corpo e o seu Sangue, ou seja, a sua existência terrena, a si mesmo, antecipando a sua morte e transformando-a em um ato de amor. Assim, a morte, que, por sua natureza, é o fim, a destruição de toda a relação, torna-se nele ato de comunicação de si, instrumento de salvação e proclamação da vitória do amor. Desse modo, Jesus revela a chave para compreender a Última Ceia, que é antecipação da transformação da morte violenta em sacrifício voluntário, em ato de amor que redime e salva o mundo.
O Sábado Santo é caracterizado por um grande silêncio. As Igrejas são despidas e não são previstas liturgias particulares. Neste tempo de espera e esperança, os crentes são convidados à oração, à reflexão, à conversão, também através do sacramento da Reconciliação, para poder participar, intimamente renovados, da celebração da Páscoa.
Na noite do Sábado Santo, durante a solene Vigília Pascal, "mãe de todas as vigílias", tal silêncio será quebrado pelo canto do Aleluia, que anuncia a ressurreição de Cristo e proclama a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte. A Igreja se alegrará no encontro com o Senhor, entrando no dia da Páscoa, que o Senhor inaugura ressurgindo dos mortos.
Queridos irmãos e irmãs, preparemo-nos para viver intensamente este Tríduo Santo, já iminente, para sermos sempre mais profundamente inseridos no Mistério de Cristo, morto e ressuscitado por nós. Acompanha-nos, nesse itinerário espiritual, a Virgem Santíssima. Ela, que segue Jesus na sua paixão e esteve presente sob a cruz, nos introduza no mistério pascal, para que possamos experimentar a alegria e a paz do Ressuscitado.
Com esses sentimentos, compartilho agora os mais cordiais desejos de santa Páscoa a todos vós, estendendo-os às vossas comunidades e todos os seus entes queridos.
Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias
estamos vivendo os dias santos, que nos convidam a meditar os eventos centrais da nossa Redenção, o núcleo essencial da nossa fé. Amanhã começa o Tríduo Pascal, fulcro [ponto de apoio] de todo o ano litúrgico, em que somos chamados ao silêncio e à oração para contemplar o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.
Nas homilias, os Padres fazem, muitas vezes, referência a esses dias que, como observa Santo Atanásio em uma das suas Cartas Pascais, introduzem-nos "naquele tempo que nos faz conhecer um novo início, o dia da Santa Páscoa, em que o Senhor se imolou" (Lett. 5,1-2: PG 26, 1379).
Vos exorto, portanto, a viver intensamente estes dias, a fim de que orientem decisivamente a vida de cada um à adesão generosa e convicta a Cristo, morto e ressuscitado por nós.
A Santa Missa Crismal, prelúdio matutino da Quinta-feira Santa, verá, amanhã pela manhã, reunidos os sacerdotes com o seu bispo. No curso de uma significativa celebração eucarística, que acontece geralmente nas Catedrais diocesanas, serão abençoados o Óleo dos enfermos, dos catecúmenos e do Crisma. Além disso, o Bispo e os Sacerdotes renovarão as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da Ordenação. Tal gesto assume, neste ano, uma importância toda especial, porque se encontra no âmbito do Ano Sacerdotal, que proclamei para comemorar o 150º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars. A todos os sacerdotes, desejo repetir o auspício que formulei na conclusão da Carta de proclamação: "A exemplo do Santo Cura d’Ars, deixai-vos conquistar por Ele e sereis também vós, no mundo atual, mensageiros de esperança, de reconciliação, de paz".
Amanhã à tarde, celebraremos o momento fundador da Eucaristia. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, confirmava os primeiros cristãos na verdade do mistério eucarístico, dizendo-lhes o que ele próprio havia aprendido: "O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, quando ele tinha dado graças, partiu e disse: "O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: 'Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: 'Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim" (1 Cor 11, 23-25). Essas palavras mostram claramente a intenção de Cristo: sob as espécies do pão e do vinho, Ele está presente de modo real, com seu corpo doado e seu Sangue derramado como sacrifício da Nova Aliança. Ao mesmo tempo, Ele constitui os Apóstolos e seus sucessores ministros deste sacramento, que ele dá a sua Igreja como a prova suprema do seu amor.
Com sugestivo rito, recordaremos, além disso, o gesto de Jesus que lava os pés dos Apóstolos (cf. Jo 13, 1-25). Tal ato torna-se, para o evangelista, a representação de toda a vida de Jesus e revela o seu amor até o fim, um amor infinito, capaz de habilitar o homem à comunhão com Deus e de libertá-lo. Ao fim da liturgia da Quinta-Feira Santa, a Igreja deposita o Santíssimo Sacramento em um local especialmente preparado, que está a representar a solidão do Getsêmani e a angústia mortal de Jesus. Diante da Eucaristia, os fiéis contemplam Jesus na hora da sua solidão e rezam para que cessem todas as solidões do mundo. Esse caminho litúrgico é, também, convite a buscar o encontro íntimo com o Senhor na oração, a reconhecer Jesus entre aqueles que estão sozinhos, a vigiar com ele e a saber proclamá-lo como luz da própria vida.
Na Sexta-feira Santa, faremos memória da paixão e morte do Senhor. Jesus quis oferecer a sua vida em sacrifício para a remissão dos pecados da humanidade, escolhendo para esse fim a morte mais cruel e humilhante: a crucificação. Existe uma conexão indissociável entre a Última Ceia e a morte de Jesus. Na primeira, Jesus dá o seu Corpo e o seu Sangue, ou seja, a sua existência terrena, a si mesmo, antecipando a sua morte e transformando-a em um ato de amor. Assim, a morte, que, por sua natureza, é o fim, a destruição de toda a relação, torna-se nele ato de comunicação de si, instrumento de salvação e proclamação da vitória do amor. Desse modo, Jesus revela a chave para compreender a Última Ceia, que é antecipação da transformação da morte violenta em sacrifício voluntário, em ato de amor que redime e salva o mundo.
O Sábado Santo é caracterizado por um grande silêncio. As Igrejas são despidas e não são previstas liturgias particulares. Neste tempo de espera e esperança, os crentes são convidados à oração, à reflexão, à conversão, também através do sacramento da Reconciliação, para poder participar, intimamente renovados, da celebração da Páscoa.
Na noite do Sábado Santo, durante a solene Vigília Pascal, "mãe de todas as vigílias", tal silêncio será quebrado pelo canto do Aleluia, que anuncia a ressurreição de Cristo e proclama a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte. A Igreja se alegrará no encontro com o Senhor, entrando no dia da Páscoa, que o Senhor inaugura ressurgindo dos mortos.
Queridos irmãos e irmãs, preparemo-nos para viver intensamente este Tríduo Santo, já iminente, para sermos sempre mais profundamente inseridos no Mistério de Cristo, morto e ressuscitado por nós. Acompanha-nos, nesse itinerário espiritual, a Virgem Santíssima. Ela, que segue Jesus na sua paixão e esteve presente sob a cruz, nos introduza no mistério pascal, para que possamos experimentar a alegria e a paz do Ressuscitado.
Com esses sentimentos, compartilho agora os mais cordiais desejos de santa Páscoa a todos vós, estendendo-os às vossas comunidades e todos os seus entes queridos.
Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias
Feliz Semana Santa pra todos nós!!!
Lusmar Paz
Ministro da Eucaristia - Paróquia da Imaculada Conceição de Aracoiaba.
Aracoiaba-CE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário