Homens e mulheres, leiam esses quatro pequenos textos relativos
"À Dignidade da Mulher".
São textos sequenciais. São maravilhosos! Os professores e alunos poderão usá-los em suas aulas e trabalhos escolares...
1º TEXTO:
A MULHER NOS TEMPOS PRIMITIVOS
O texto bíblico quando fala na criação do ser humano coloca o homem e a mulher no mesmo plano: “Deus criou o homem e a mulher à sua imagem; Ele os criou homem e mulher (Gn 1,27). Igual ao homem: “Ossos dos meus ossos, carne de minha carne” (Gn 2,23).
Atribuir-se-à talvez ao texto de Gn 3,16 o que virá depois de negativo sobre a mulher, através dos séculos. Aí é repreendido o comportamento da mulher e repreendida a atitude do homem por causa da mulher.
É diverso e complexo o tratamento dado à mulher, através dos tempos, em todos os povos: ora positivo, exaltando a mulher e sua vocação e atitudes; ora negativo, colocando a mulher em grande desprestígio, inferiorizando-a ao homem. Assim também entre os hebreus-judeus. Encontramos palavras e referências lindas e grandiosas sobre a mulher. No Antigo Testamento, basta lembrar as figuras exaltadas por sua inteligência e heróica atuação na família e no próprio povo, tais como: Raab (Js2), Abgail (1 Sl 25,14), Sara, Agar, Rebeca, Raquel, Lia, Dalila, Atália, Débora, Ruth, Judith, Esther e tantas outras. Os livros sapienciais, ao lado de inúmeras restrições, tecem louvores admiráveis às mulheres, quando diz, em resumo, que o homem que encontra uma esposa virtuosa encontra o maior tesouro na vida.
Mas ao lado das referências e tratamento positivos às mulheres, há, infelizmente, dados negativos da cultura, quanto ao mundo feminino. E isso em todos os povos e religiões. A mulher é tratada como sendo de segunda categoria; é tratada como coisa e propriedade do homem.
Essa degeneração e degradação no tratamento da mulher não escapou aos próprios judeus que se consideravam o “povo escolhido de Deus”...
Jesus de Nazaré encontrou essa mentalidade machista e negativa quanto à mulher. O judeu, com sua obsessão da lei da Pureza, firmou tradições negativas: absorveu mais as referências negativas do Antigo Testamento com relação à mulher; isso, provavelmente, baseando-se na narrativa do Gênesis quando, com linguagem simbólica, descreve a realidade do pecado, acentuando a atuação bíblica da mulher (Eva) junto ao homem (Adão).No Antigo testamento há, realmente, passagens estranhas com referência à mulher. Desculpem-me minhas queridas irmãs se, aqui e acolá, vou colher alguns tópicos negativos do Antigo Testamento antes de, em seguida, colocarmos a mulher no honroso lugar que lhe compete e no qual o próprio Jesus Cristo a colocou. Pois, o realce e o brilho do lado positivo das coisas tornam-se mais evidente quando confrontado com o negativo, não é?
Atribuir-se-à talvez ao texto de Gn 3,16 o que virá depois de negativo sobre a mulher, através dos séculos. Aí é repreendido o comportamento da mulher e repreendida a atitude do homem por causa da mulher.
É diverso e complexo o tratamento dado à mulher, através dos tempos, em todos os povos: ora positivo, exaltando a mulher e sua vocação e atitudes; ora negativo, colocando a mulher em grande desprestígio, inferiorizando-a ao homem. Assim também entre os hebreus-judeus. Encontramos palavras e referências lindas e grandiosas sobre a mulher. No Antigo Testamento, basta lembrar as figuras exaltadas por sua inteligência e heróica atuação na família e no próprio povo, tais como: Raab (Js2), Abgail (1 Sl 25,14), Sara, Agar, Rebeca, Raquel, Lia, Dalila, Atália, Débora, Ruth, Judith, Esther e tantas outras. Os livros sapienciais, ao lado de inúmeras restrições, tecem louvores admiráveis às mulheres, quando diz, em resumo, que o homem que encontra uma esposa virtuosa encontra o maior tesouro na vida.
Mas ao lado das referências e tratamento positivos às mulheres, há, infelizmente, dados negativos da cultura, quanto ao mundo feminino. E isso em todos os povos e religiões. A mulher é tratada como sendo de segunda categoria; é tratada como coisa e propriedade do homem.
Essa degeneração e degradação no tratamento da mulher não escapou aos próprios judeus que se consideravam o “povo escolhido de Deus”...
Jesus de Nazaré encontrou essa mentalidade machista e negativa quanto à mulher. O judeu, com sua obsessão da lei da Pureza, firmou tradições negativas: absorveu mais as referências negativas do Antigo Testamento com relação à mulher; isso, provavelmente, baseando-se na narrativa do Gênesis quando, com linguagem simbólica, descreve a realidade do pecado, acentuando a atuação bíblica da mulher (Eva) junto ao homem (Adão).No Antigo testamento há, realmente, passagens estranhas com referência à mulher. Desculpem-me minhas queridas irmãs se, aqui e acolá, vou colher alguns tópicos negativos do Antigo Testamento antes de, em seguida, colocarmos a mulher no honroso lugar que lhe compete e no qual o próprio Jesus Cristo a colocou. Pois, o realce e o brilho do lado positivo das coisas tornam-se mais evidente quando confrontado com o negativo, não é?
2º TEXTO:
"A mulher nos tempos de Jesus".
Dizíamos que ao lado de tantas referências positivas e admiráveis a respeito da mulher, o Antigo Testamento tem expressões negativas fortes, próprias do tempo.Já dissemos que os judeus, nos tempos que precederam e acompanharam a presença de Jesus, tinham criado uma cultura de tradições e leis negativas quanto à mulher. Parece que só viam a mulher com óculos escuros!
Assim, leram os judeus em Pr 11,22: "Um anel de ouro no focinho de um porco é a mulher formosa, mas sem virtude e bom senso".
Ecl 19,2 manda "tomar cuidado com o vinho e as mulheres". Em vários trechos do livro dos provérbios descobriram a monotonia e a chatice de uma mulher queixosa e choramingona.
Isaías e Amós (4,1;3,16) condenam a frivolidade e as extravagâncias das mulheres de Samaria e Jerusalém.
E as coisas foram pioradas pelos rabinos, doutores e escribas dos judeus. A mulher era catologada como um bem patrimonial do marido, do qual ele podia dispor quando quisesse. Podiam parodiar Nietsche, que blasfemou:"A mulher foi o segundo erro de Deus". Ou Eurípedes, que dizia: " A mulher é o pior dos males". E Aulo Gelio: "Um mal necessário"...
E por aí afora!
E por aí afora!
Até os 14 anos de idade a judia era propriedade do pai;depois,propriedade do marido.
Mulher não podia falar em público com um homem; não podia falar com um rabino nem assistir a uma aula ou fazer um curso. Mulher não podia sevir de testemunha. Quando nascia um homem, era alegria; quando vinha uma mulher, havia lamúria.Quando a mulher dava à luz um homem, o tempo legal da purificação era de 40 dias; quando dava à luz
uma mulher, o tempo de purificação legal dobrava: 80 dias. O Rabi Eliezer chegava a dizer: "Seria preferível queimar toda a Lei do que entregá-la nas mãos de uma mulher". O judeu machista desse tempo agradecia a Deus três vezes ao dia o não ter nascido mulher.
Mulher não podia falar em público com um homem; não podia falar com um rabino nem assistir a uma aula ou fazer um curso. Mulher não podia sevir de testemunha. Quando nascia um homem, era alegria; quando vinha uma mulher, havia lamúria.Quando a mulher dava à luz um homem, o tempo legal da purificação era de 40 dias; quando dava à luz
uma mulher, o tempo de purificação legal dobrava: 80 dias. O Rabi Eliezer chegava a dizer: "Seria preferível queimar toda a Lei do que entregá-la nas mãos de uma mulher". O judeu machista desse tempo agradecia a Deus três vezes ao dia o não ter nascido mulher.
A mulher adúltera era terrivelmente castigada; ao homem adúltero nada acontecia. Nos dias da menstruação, quem tocasse na mulher (mesmo para cumprimentá-la) ficava "impuro". Até o peso do cérebro inferiorizava a mulher: o delas, com 1.200 gramas, e, o do homem com 1.320 gramas. Entre os judeus, propriamente quem "casava" era o homem, não a mulher: esta era "dada em casamento".
O direito de separação (divórcio) só competia ao homem. Em geral a mulher não tomava refeições à mesa com um homem.
Ao lado de tanta coisa bonita e positiva na Bíblia sobre a mulher, havia toda essa incompreensível mentalidade tacanha, criada por rabinos,escribas,fariseus, com suas leis e tradições.
E como Jesus de Nazaré reagiu a tudo isso? Reagiu fortemente com palavras e atitudes.3º TEXTO:
" Jesus e a mulher ".
Estamos continuando com a reflexão sobre a mulher no tempo de Jesus. Uma boa leitura para todos.
A maior blasfêmia que um judeu poderia catalogar e a idéia mais inconcebível para ele era a de um Deus-Homem: Deus em forma humana.
Adoravam a Deus como espírito puríssimo, Jaweh: o Deus transcendente, invisível, indizível, do qual não se podia nem desenhar a idéia nem a figura, do qual nem o nome se pronunciava. Jaweh constituía um abismo de distância com qualquer criatura. Portanto, a maior blasfêmia, a coisa mais inconcebível que havia para os judeus era a idéia de Deus fazer-se Homem. Será essa a “blasfêmia” que levará Jesus à Cruz: o ter-se anunciado como Filho de Deus, nascido de mulher!
Para os judeus, portanto, Deus nunca poderia ter tido a idéia de se apresentar em figura humana. Nem um anjo aceitaria como Deus.
E o que fez o Verbo, o Filho de Deus, o que fez Deus? Encarnou-se, quis tornar-se Homem, quis nascer de uma mulher. E aqui está a primeira mensagem e atitude de Jesus de Nazaré a respeito da MULHER: quis ter uma mãe, quis a mulher em sua vida. Myriam-Maria, a Virgem judia...
Trinta anos viveu com a mãe e com o pai adotivo, José. Quando começou, na vida pública, a dar a entender que Ele era o Filho de Deus, aí começou a briga que o levaria à Cruz. E, entre os marginalizados, os “anawin”, Jesus começou a dignificar a mulher, contra todas as tradições machistas dos judeus. Aí foi outro “Deus nos acuda!” A cada passo, no Evangelho, constatamos isso.
Jesus valorizava a mulher, fazendo-a presente na evangelização:
as parábolas do fermento (Mt 13,13,
da dracma perdida (Lc 15,8),
das virgens prudentes (Mt 25,1).
as parábolas do fermento (Mt 13,13,
da dracma perdida (Lc 15,8),
das virgens prudentes (Mt 25,1).
Jesus faz milagres em favor das mulheres:
a sogra de Pedro (Mt 8,14),
a filha de Jairo e a hemorroíssa (Mt 9,18-26; Mc 5,21-43; Lc 8, 40-56);
a mulher encurvada (Lc 13,10-17);
a mulher cananeia, cuja humildade e fé foram tão elogiadas – e era pagã – Mt 15, 21-28).
Conhecemos a defesa da adúltera e a delicadeza com que a tratou (Jo 8,1-11), livrando-a do apedrejamento.
a sogra de Pedro (Mt 8,14),
a filha de Jairo e a hemorroíssa (Mt 9,18-26; Mc 5,21-43; Lc 8, 40-56);
a mulher encurvada (Lc 13,10-17);
a mulher cananeia, cuja humildade e fé foram tão elogiadas – e era pagã – Mt 15, 21-28).
Conhecemos a defesa da adúltera e a delicadeza com que a tratou (Jo 8,1-11), livrando-a do apedrejamento.
Um judeu não se aproximava de uma mulher, muito menos de uma mulher doente para saúdá-la: Jesus toma a sogra de Pedro pela mão, levanta-a. Faz o mesmo com a filha de Jairo. Durante anos e anos uma mulher sofria do escorrimento de sangue. Em tais casos a mulher era considerada “impura”, máxime nos dias de menstruação. Imaginemos o sofrimento dessa pobre mulher, da qual todos fugiam para não se “manchar”: com que bondade Jesus a atende e a cura.
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4º TEXTO:
" Ainda Jesus e a mulher ".
Jesus de Nazaré deixa lições claras, maravilhosas e surpreendentes em favor da dignidade da mulher: condena o machismo e a injustiça dos judeus do seu tempo, quanto ao tratamento dispensado à mulher.
Em 42 versículos do capítulo 4 do apóstolo João, está descrito o encontro da mulher samaritana com Jesus à beira do poço de Jacó, em Sicar, na Samaria. Conversar em público com uma mulher, a sós, e ainda mais com uma samaritana! Os próprios Apóstolos estranharam. Jesus se revela à samaritana como a fonte da vida nova da Graça e faz da samaritana, convertida, (levava uma “vidinha”) a missionária da Graça, do Plano de Deus: ela traz toda a cidade para Jesus e leva os concidadãos a crerem em Jesus.
Outra cena forte, questionadora para os judeus e para nós, é descrita em Lc 7,36-50: a pecadora pública na casa do fariseu Simeão, que enfrenta a “soçaite” do tempo, vai aos pés de Jesus, e, chorando, lava-lhe os pés, enxuga-os com seus cabelos... Simeão pensa mal da mulher, envergonhado com a presença dela ali... Jesus o adverte do seu farisaísmo; declara o perdão de todos os pecados daquela meretriz, que se converte e ressuscita para a vida da Graça e, quem sabe, talvez seja ela a que esteve aos pés da Cruz...
Na casa do amigo Lázaro (Jo 12, 1-11)Jesus costumava estar vez por outra. Desta vez foi após a ressurreição de Lázaro. Enquanto Marta, uma das irmãs de Lázaro, azafamava-se em preparar a refeição, Maria, a outra irmã, estava aos pés de Jesus, ouvindo-o. Os judeus coetâneos nem podiam imaginar tal cena: uma mulher, sentada aos pés daquele Homem, conversando descontraidamente com Ele... Jesus lembra a Marta, com outras palavras, a admoestação que fizera a alguém uns três anos atrás: “não só de pão vive o homem, Marta, Marta...” Maria fez boa escolha: ouvir a Palavra...
Lc 8,1-3 deixa claro que, enquanto Jesus passava por cidades e aldeias anunciando a Boa Nova, junto com os Apóstolos, havia um grupo de mulheres “apóstolas” que O seguiam, ajudando, ao menos indiretamente, no ministério, prestando assistência com seus bens. E até nomeia algumas dessas seguidoras de Jesus de Nazaré: Madalena, a convertida; Joana, Suzana “e muitas outras”.
“Proponho que nós, bispos, tratemos a mulher ao menos como Jesus a tratou no Evangelho!”
Esses quatro textos estão no livro: "O Jeito de Jesus de Nazaré"
José Ribolla, Sacerdote Redentorista
Editora Santuário
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