Papa Francisco completa


 um mês

 de Pontificado

13 de abril


Simplicidade e espontaneidade são marcas 

do Papa Francisco
Da Redação, com Rádio Vaticano
Em sua primeira aparição pública como Papa, Francisco se inclina pedindo orações aos fiéis (Foto: news.va)
Em sua primeira aparição pública como Papa, Francisco se inclina pedindo orações aos fiéis (Foto: news.va)
Neste sábado, 13, completa-se um mês da eleição do Cardeal Jorge Mario Bergoglio à Cátedra de Pedro.
Desde os primeiros momentos de seu Pontificado, o Papa Francisco conquistou as pessoas com sua simplicidade, ternura e espontaneidade.
Eis algumas de suas palavras: “Quero lhes pedir um favor. Caminhemos todos juntos, cuidemos uns dos outros, cuidem da vida, da natureza, das crianças e dos idosos. Que não haja ódio, brigas, deixem de lado a inveja, não firam ninguém. Dialoguem, que entre vocês viva o desejo de cuidar uns dos outros. Deus é bom, sempre perdoa, compreende, não tenham medo d’Ele. Ele é Pai, aproximem-se d’Ele. Rezem por mim.”
No encontro com os jornalistas, na Sala Paulo VI, o Pontífice recordou as palavras do Arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, seu grande amigo, que o convidou a não se esquecer dos pobres, logo após sua eleição.
“Aquela palavra entrou aqui – disse, indicando a cabeça – ‘os pobres, os pobres’. Aí, pensei em Francisco de Assis e depois, nas guerras. E Francisco é o homem da paz, o homem que ama e tutela a criação. Francisco é o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre. Ah, como gostaria de uma Igreja pobre e pelos pobres!”, disse Francisco.
O ecumenismo, o compromisso com os pobres e o impulso para a nova evangelização estão entre os temas que o novo Papa colocou no centro de seu ministério neste primeiro mês de pontificado. Numa das audiências gerais, realizadas às quartas-feiras, Francisco destacou que “a fé se professa com palavras e com amor”, e recordou o papel fundamental das mulheres nos Evangelhos.
“Isso é bonito! E esta é, um pouco, a missão das mulheres, mães e avós. Testemunhar a seus filhos e netos que Jesus está vivo, Ele ressuscitou. Ele é a esperança que enche o coração. Mães e mulheres, avante com este testemunho”, exortou.
Na Missa de posse da Cátedra do Bispo de Roma, celebrada na Basílica de São João de Latrão, no último domingo, 7, o Papa Francisco disse: “Amados irmãos e irmãs, deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor.”

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Calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, diz Papa


Missa na Casa Santa Marta


Francisco destacou que a calúnia é a 
expressão direta de Satanás
Da Redação, com Rádio Vaticano
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“A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa muito ruim: nasce do ódio”, explicou o Papa  (Foto: news.va)
“A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas”, afirmou o Papa Francisco na manhã desta segunda-feira, 15, na Missa na Capela Santa Marta. A celebração contou com a presença, entre outros, da equipe do serviço telefônico do Vaticano e do escritório de internet.
Refletindo sobre a liturgia de hoje, o Pontífice convidou os presentes a rezarem por tantos mártires que ainda hoje são falsamente acusados, perseguidos e mortos por ódio à fé.
Na homilia, o Papa recordou Estevão, o primeiro mártir da Igreja, que foi vítima de uma calúnia. E destacou que a calúnia é pior do que um pecado, é uma expressão direta de Satanás.
A leitura dos Atos do Apóstolos de hoje apresenta Estevão, um dos diáconos nomeados pelos discípulos, sendo arrastado diante do Sinédrio por causa do seu testemunho do Evangelho, acompanhado por sinais extraordinários. E diante do Sinédrio – o texto diz – falsas testemunhas o acusam. Nesse aspecto, o Papa Francisco é claro: “Não ia bem à luta limpa, a luta entre homens bons”, os inimigos de Estevão entraram então pela “estrada da luta suja: a calúnia”.
“Nós todos somos pecadores: todos. Nós temos pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É um pecado, com certeza, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa muito ruim: nasce do ódio. E quem traz o ódio é Satanás. A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, em suas almas. A calúnia utiliza mentiras para avançar. E sem dúvida: onde há calúnia há Satanás, ele mesmo”.
A partir do comportamento dos acusadores, Papa Francisco muda a atenção para o acusado. Estevão, observa o Pontífice, não retorna falsidade com falsidade, “não quer ir por esse caminho para se salvar. Ele olha para o Senhor e obedece à lei”, permanecendo na paz e verdade de Cristo. “E é isso que acontece na história da Igreja”, destaca o Papa, porque do primeiro mártir até hoje, “há inúmeros exemplos de pessoas que testemunharam o Evangelho com grande coragem”.
“O tempo dos mártires não acabou”, destacou o Papa. Segundo ele, ainda hoje podemos dizer, com verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. “A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio de Jesus, por ódio à fé: Este é morto porque ensina o catecismo, é morto porque carrega a cruz… Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem… são nossos irmãos e irmãs que sofrem, hoje, neste tempo de mártires”.