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terça-feira, 16 de abril de 2013

Terça-feira, 16 de abril de 2013, 08h30

Papa emérito Bento XVI completa 86 anos nesta terça-feira

Kelen Galvan
Da Redação, com colaboração de André Alves e Jéssica Marçal


Arquivo
Bento XVI conduziu a Igreja Católica por quase oito anos
O Papa emérito Bento XVI completa 86 anos de vida nesta terça-feira, 16. Suas virtudes e qualidades se tornaram marcas em seus quase oito anos de Pontificado, que seriam completados nesta sexta-feira, 19.

Para homenageá-lo, os bispos presentes na 51ª Assembleia Geral da CNBB, destacaram as qualidades e marcas deixadas pelo Papa emérito.

A brandura e a paternidade de Bento XVI foi destacada pelo Bispo emérito de Campos dos Goytacazes (RJ), Dom Roberto Gomes Guimarães. Ele recordou que após sua eleição, no Conclave de 2005, alguns ficaram receosos, por ele ser alemão, de que fosse muito rígido e, no entanto não foi assim. "Foi um Papa de uma brandura extraordinária, e portanto naquela missão dele de pastor de toda Igreja, foi uma qualidade que se destacou e que era muito necessária".

Outro aspecto destacado por Dom Roberto é a sabedoria de Bento XVI. "É um grande teólogo e, ao mesmo tempo, teve essa visão de pastorear a Igreja em todo o mundo. Se fôssemos numerar tudo aqui seria uma palestra: 'o perfil de Bento XVI'".

O bispo auxiliar de Campo Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro da Silva, recordou que, entre tantas marcas deixadas por Bento XVI, está a seriedade na questão da vocação do cristão, "de discípulo-missionário". "Ele reforçava muito isso, e toda vez que falava à juventude, valorizava esse aspecto. Um dos pontos que ele sempre trabalhava: não tenham medo ou seja, sejamos convictos da vocação e ousados na nossa transmissão, abordagem no nosso trabalho missionário".

Os ensinamentos sobre a racionalidade da fé, foi destacada pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Segundo ele, Bento XVI foi um grande teólogo que demonstrou que, "se a fé tem um coração, uma adesão, também tem bases racionais que precisam ser aprofundadas".

"Diante de um mundo que muitas vezes não raciocina em tantas coisas, esse grande homem, esse grande teólogo, ajudou justamente a colocar essas bases para aquele que realmente acredita, aquele que reza, que tem uma religião, tem uma certa racionalidade naquilo que faz e possa aprofundar sua fé racionalmente, além de sua adesão a Jesus Cristo e a uma vida nova".

Desde o fim de seu Pontificado, no dia 28 de fevereiro, Bento XVI permanece na residência apostólica de Castel Gandolfo, onde aguarda o término das reformas no Mosteiro Matter Ecclesiae, no Vaticano, onde irá residir.
Tags: Bento XVI bispos homenagem aniversário assembleia CNBB 2013
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Bispo comenta nova versão do Catecismo que será lançada pela CNBB

Jéssica Marçal
Enviado especial a Aparecida (SP)


Arquivo/POM
Dom Sérgio acredita que devem se multiplicar as iniciativas de estudo do Catecismo
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai lançar uma nova versão do Catecismo da Igreja Católica. A previsão é de que esta nova versão seja lançada oficialmente na manhã de quinta-feira, 18, durante a 51ª  Assembleia Geral dos bispos.

O presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, Dom Sérgio da Rocha, que é arcebispo de Brasília e participa da Assembleia, informou que o pedido de atualização do Catecismo para o Brasil partiu da própria Santa Sé. Foi uma recomendação para valorizar mais o Catecismo, em especial neste Ano da Fé, tornando-o mais acessível ao povo. 

O arcebispo explicou que tenta-se atingir essa maior acessibilidade de duas formas: procurando atualizar a linguagem, respeitando o que é o conteúdo original do Catecismo, e as citações bíblicas.

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.: Todas as notícias sobre a 51ª  Assembleia Geral da CNBB


Dom Sérgio disse que a finalidade primeira do Catecismo da Igreja Católica era servir de base para que outros catecismos locais fossem feitos. Dessa forma, o Catecismo não substitui essas outras traduções, mas o ideal, segundo o arcebispo, é que o povo possa conhecer o conteúdo original do livro. “O ideal é que as pessoas tenham acesso ao texto do Catecismo, por isso todo esse esforço para que o Brasil, o povo brasileiro, independente de maior conhecimento, maior grau acadêmico, possa ter acesso a ele”.

Mas além de fazer com que o texto chegue às mãos das pessoas, Dom Sérgio defende a multiplicação de iniciativas de estudo do Catecismo. “Se é bom a pessoa, espontaneamente, ler o Catecismo e estudá-lo, com certeza ela terá um proveito ainda maior se isso for feito em grupo, juntos. Onde? Nas paróquias, nos movimentos, nas pastorais. E graças a Deus está havendo uma série de iniciativas”, disse.

Ano da Fé

Essa nova versão do Catecismo vem justamente durante o Ano da Fé, proclamado pelo Papa Emérito Bento XVI. Dom Sérgio lembrou que Bento XVI, na Carta Apostólica Porta Fidei, indicou o Catecismo como um dos principais instrumentos para viver esse Ano.

Essa indicação, segundo Dom Sérgio, é porque no Catecismo encontra-se conteúdos fundamentais da fé, na linha da fé professada, celebrada e vivida. “Ao lançarmos uma nova versão do Catecismo, uma versão atualizada em Língua Portuguesa para o Brasil aqui na Assembleia, estamos destacando esta relação que existe entre a celebração dos 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e o Ano da Fé, mas em especial a relação entre o Catecismo como tal e a fé. A fé fundamenta o Catecismo, que deve ser fonte para as pessoas beberem da fé e crescerem na fé”.

O arcebispo destacou ainda a necessidade de católicos que saibam dar as razões da fé, e o Catecismo ajuda nisso. Esse processo, porém, deve ser feito não só com bom conhecimento, mas com convicção que vem da vivência. “Eu sempre digo que a fé tem a ver sim com a nossa inteligência, por isso que é preciso dar as razões da fé, mas não são razões que estão apenas na cabeça.  A fé tem que passar pelo coração, pela confiança em Deus, pela esperança em Deus e pela fidelidade”, disse.

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Veja o que foi destaque na coletiva com os bispos nesta terça-feira

Jéssica Marçal
Enviado especial a Aparecida (SP)


Jéssica Marçal/CN
Da esquerda para a direita: Dom Francesco, Dom Murilo e Dom Cláudio, durante coletiva na tarde desta terça-feira, 16
Bispos que participam da 51ª Assembleia Geral da CNBB atenderam novamente a imprensa em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 16. Entre os assuntos em pauta, esteve a questão do ecumenismo e diálogo inter-religioso.

Participaram da coletiva o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, o arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger e o bispo de Barra do Piraí (Volta Redonda, RJ), Dom Francesco Biasin, que é o presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso.

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.: Todas as notícias sobre a 51ª Assembleia Geral da CNBB 


Logo no início da coletiva, o porta-voz da Assembleia, Dom Dimas Lara Barbosa, fez um breve resumo das atividades realizadas pela manhã, como uma reflexão sobre a Igreja e as eleições. Ele informou que no período da tarde, os bispos discutem orientações para as novas formas de vida religiosa e novas comunidades e reflexão sobre a vida religiosa monástica e contemplativa. Deve-se falar ainda sobre a criação do Regional do Tocantins.

O primeiro a falar foi o Cardeal Cláudio Hummes. Referindo-se ao tema central da Assembleia, "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia", Dom Cláudio lembrou que a renovação das paróquias é um desejo antigo, a fim de que elas se tornem realmente missionárias, estando mais próximas do povo. E agora a assembleia vem debater sobre isso, o que é um grande desafio. "Além de formar uma comunidade, deve-se providenciar a sua continuidade, organizar quem as coordena, as anima, porque se não amanhã elas se dissolverão", disse.

Já Dom Murilo destacou, dentre todos os aspectos da Assembleia, a questão da convivência. Ele afirmou que os bispos sempre trazem pensamentos diferentes sobre diversas questões, mas sempre há o ponto comum que é Jesus Cristo. O arcebispo também citou o texto que foi aprovado sobre eleições. Ele disse que os bispos devem sempre lembrar o papel importante dos leigos na política, sobretudo tendo em vista a orientação de fé.

"Isso tudo aumenta nossa responsabilidade de formar pessoas, não para formar um bloco católico para defender interesses, mas no sentido de olhar juntos para o bem comum". Ele acredita que esta nota feita nesta Assembleia vai servir como base para os subsídios que as dioceses e regionais costumam produzir nos anos das eleições.

Outro assunto abordado na coletiva foi o ecumenismo e diálogo inter-religoso. O presidente da Comissão, Dom Biasin, explicou a diferença entre ecumenismo e diálogo inter-religioso. Enquanto o primeiro refere-se ao diálogo entre religiões cristãs, o segundo é o diálogo com outras religiões. Dom Franceso destacou que a origem do diálogo inter-religioso é bíblica. "São apresentados fatos na Bíblia, no Antigo Testamento, em que Israel se encontra com expoentes de outras religiões", disse.

Encerrando as atividades do dia, os bispos participam logo mais, às 18h45, de uma celebração ecumênica. Com relação a esta celebração, segundo informou Dom Franceso durante a coletiva, estarão presentes, representadas por seus respectivos líderes religiosos: a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e Comunidade Pentecostal chamada 'Carisma'. A presença da Igreja Apostólica Armênia ainda não está confirmada, mas é esperada. 

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