Papa reflete sobre a paciência e a misericórdia de Deus

Missa de posse na Cátedra de Roma


No Domingo da Divina Misericórdia, Francisco convidou fiéis a confiarem na paciente misericórdia de Deus
Jéssica Marçal
Da Redação
Papa reflete sobre a paciência e a misericórdia de Deus
Papa Francisco durante a homilia na Missa em que tomou posse da Cátedra do Bispo de Roma. Foto: Reprodução CTV
Papa Francisco celebrou neste domingo, 7, a Santa Missa na Basílica de São João de Latrão, onde tomou posse nesse mesmo dia da Cátedra do Bispo de Roma. Em sua homilia, o Santo Padre destacou a paciência e a misericórdia de Deus, que está sempre disposto a perdoar seus filhos.
Ao chegar à Basílica, Francisco cumprimentou os fiéis que já o esperavam, abraçando, em especial, alguns portadores de necessidades especiais presentes no local. Já no início da celebração, após uma saudação do vigário para a diocese de Roma, Cardeal Agostino Valliniele, Francisco insidiou-se (sentando-se) na sua sede episcopal de Roma.
Logo no início da homilia, Francisco lembrou que hoje é o Domingo da Divina Misericórdia, então sua reflexão foi toda perpassada por este tema, pelo olhar misericordioso com o qual Deus olha para a humanidade. “Como é grande e profundo o amor de Deus por nós, um amor que não falha, sempre agarra a nossa mão, nos sustenta levanta e nos guia”, disse.
E ao comentar o Evangelho do dia (Jo 20, 19-31), Francisco destacou a paciência de Jesus com Tomé, que não acreditou enquanto não viu. Recordou também o caso de Pedro, que negou Jesus por três vezes. Da mesma forma, Jesus foi paciente e disse a ele: ‘Pedro, não tenhas medo da tua fraqueza, confia em mim’.
“Não percamos jamais a confiança na paciente misericórdia de Deus. Deus é paciente conosco porque nos ama e quem ama compreende, espera, sabe perdoar”, exortou Francisco.
O Santo Padre destacou ainda que Deus nunca está distante e está sempre disposto a perdoar. Ele contou que sempre se impressiona com a parábola do pai misericordioso, aquele pai cujo filho o abandonou, pegou sua herança e foi embora, mas depois decidiu voltar. E quando volta, disse Francisco, o pai o espera, corre ao seu encontro e o abraço com ternura, a ternura de Deus.
Ao final da homilia, Papa Francisco convidou os fiéis a se deixarem conquistar pela proposta de Deus, para quem o ser humano é importante. “Amados irmãos e irmãos, deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus, confiemos em sua paciência que sempre nos dá tempo. Tenhamos coragem de voltar para a sua casa”, concluiu o Papa.
Momentos antes de se dirigir à Basílica para a celebração, Francisco inaugurou o “Largo Beato João Paulo II”, que até então era chamado de “Praça de São João de Latrão”.