Dois pensamentos aos leitores e leitoras deste blog.

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terça-feira, 23 de abril de 2013

"Papa Francisco": Documentário será apresentado nesta quarta-feira. / Carandiru: Pastoral Carcerária emite nota sobre condenação de PMs. / Dom Walmor faz balanço da 51ª Assembleia Geral da CNBB /

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Dom Ocar Romero: processo de beatificação



Papa Francisco reabre a causa de beatificação de dom Oscar Romero.
O papa Francisco decidiu retomar o processo de beatificação do arcebispo de San Salvador, dom Oscar Arnulfo Romero, que se encontrava arquivado desde 1997, quando começou o processo. Romero foi morto por um franco-atirador em 24 de março de 1980 enquanto presidia a uma missa na capela do hospital de San Salvador. http://www.pom.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1925%3Apapa-francisco-reabre-a-causa-de-beatificacao-de-oscar-romero&catid=26%3Ainternacionais&Itemid=76

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RIO ARACOIABA - ANO 2013


Há anos que nosso rio agonizava... Hoje, ele ganhou 

vida, nasceu de novo! Dádiva do céu, presente de 

Deus! 


A ciência através da meteorologia anuncia a 

previsão do 

tempo, mas o poder de Deus está acima da ciência 

e, na 

hora certa, Deus faz proezas realizando  seus 

milagres! 

CHUVA em Aracoiaba e em várias cidades do 

Ceará; 

MILAGRES DE DEUS. (Fco. Lusmar Paz)


Um lindo dia em nossa querida Aracoiaba! Os céus 


se abrem e a chuva  banha e abençoa nossa terra! 


Obrigado,Deus querido!


23.04.2013.


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Terça-feira, 26 de março de 2013, 09h18

"Papa Francisco": Documentário será apresentado nesta quarta-feira


Da Redação, com Rádio Vaticano



Realiza-se nesta quarta-feira, 27, na Sala de Imprensa da Santa Sé, uma coletiva para a apresentação do documentário “Papa Francisco”.

O documentário, produzido pelo Centro Televisivo Vaticano (CTV), apresenta os eventos ocorridos entre a renúncia de Bento XVI, a eleição do novo Pontífice, até o encontro dos dois Papas em Castel Gandolfo no último sábado, 23.

O Documentário será vendido a partir de 2 de abril.

Participam da coletiva o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Arcebispo Claudio Maria Celli, o Diretor do CTV, Mons. Dario Edoardo Viganò, e o Diretor do “Corriere della Sera”, Ferruccio De Bortoli.
 

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Carandiru: Pastoral Carcerária emite nota sobre condenação de PMs


CNBB


A Pastoral Carcerária divulgou na manhã desta segunda-feira, 22, um comunicado em que enaltece a responsabilização criminal de 23 dos 26 policiais envolvidos nas mortes de 13 detentos no Massacre do Carandiru, ocorrido em 2 de outubro de 1992, em São Paulo (SP). Neste fim de semana, os Policiais Militares (PMs) foram condenados a 156 anos de reclusão cada, pelo Tribunal do Júri no Fórum da Barra Funda, na capital paulista.

“Reafirmamos o desejo de que todos os policiais envolvidos no episódio sejam responsabilizados pelos assassinatos, bem como os mentores da ação, especialmente os que, à época, ocupavam funções no governo do estado de São Paulo”, diz a nota.

A Pastoral informou que defende que o estado pague indenizações aos familiares e aos sobreviventes do episódio. A entidade pediu ainda a exoneração de todos os réus envolvidos no massacre, pois alguns deles ainda ocupam cargos na administração pública ou na Polícia Militar.

A repercussão do julgamento do Massacre do Carandiru, para a Pastoral, reacendeu o debate sobre as causas do aumento da criminalidade no país. A seguir, a íntegra do texto:

NOTA PÚBLICA DA PASTORAL CARCERÁRIA


Julgamento dos policiais não põe fim aos massacres

Finalizado o primeiro dos quatro júris sobre o Massacre do Carandiru, que ceifou a vida de, ao menos, 111 pessoas em 2 de outubro de 1992, a Pastoral Carcerária enaltece a responsabilização criminal dos 23 dos 26 policiais envolvidos nas mortes de 15 detentos que estavam no primeiro andar do chamado Pavilhão 9 da Casa de Detenção.

Reafirmamos o desejo de que todos os policiais envolvidos no episódio sejam responsabilizados pelos assassinatos, bem como os mentores da ação, especialmente os que, à época, ocupavam funções no governo do Estado de São Paulo.

No entanto, temos a convicção de que a prisão dos policiais não é a melhor forma de responsabilizá-los pelo Massacre do Carandiru, uma vez que o encarceramento não restituirá nada aos familiares e amigos das vítimas, tampouco resolverá a dor e a saudade que sentem. É preciso que se encontrem novas maneiras de restaurar as relações e as injustiças, o encarceramento não é o melhor instrumento de responsabilização, pois a prisão é uma ação violenta, que repercute em mais violência à sociedade.

Desse modo, a Pastoral solicita que todos os réus no Massacre do Carandiru sejam exonerados dos cargos que ainda ocupam na administração pública ou na própria Polícia Militar, e entende que melhor que a prisão dos policiais envolvidos seria a indenização, pelo Estado, dos familiares e dos sobreviventes do episódio.

A repercussão que o julgamento do Massacre do Carandiru alcançou na sociedade brasileira e também internacionalmente tornam oportunos os debates sobre as causas do aumento da criminalidade no país, problema que não será resolvido com a política de encarceramento em massa, que predomina no Brasil, e que nas últimas duas décadas fez com que a população carcerária saltasse de 90 mil pessoas, em 1992, para 550 mil, em 2012.

Ainda hoje, com pleno conhecimento do Estado, massacres continuam acontecendo nas ruas, nos presídios, no sistema de saúde e em outros equipamentos que deveriam estar a serviço do bem estar da população, mas que têm se transformado em fonte de extermínio. Encarceramento não é a solução para o fim da criminalidade, pois esta tem raízes complexas e sua redução demanda políticas públicas que vão além da justiça criminal.
Brasil, 22 de abril de 2013
COORDENAÇÃO DA PASTORAL CARCERÁRIA

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Segunda-feira, 22 de abril de 2013, 11h02

Dom Walmor faz balanço da 51ª Assembleia Geral da CNBB

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte


CNBB
Dom Walmor é arcebispo de Belo Horizonte (MG) e participou da 51ª Assembleia Geral da CNBB
Assembleia dos Bispos

A 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil reuniu mais de 400 participantes, entre bispos, padres, religiosos, leigos e assessores, no Santuário da Mãe Aparecida. Acontecimento anual de importância e significação, é oportunidade para a Igreja Católica no Brasil avaliar sua fidelidade ao mandato de seu Senhor, Cristo Ressuscitado: fazer de todos seus discípulos e discípulas. Também é momento para a Igreja Católica refletir a realidade, a partir de seu compromisso com a vida do povo, particularmente dos pobres.

Acesse
.: Todas as notícias sobre a 51ª Assembleia Geral da CNBB


Esse olhar que se dirige à vida sofrida do povo pediu de nós, bispos, um posicionamento de solidariedade e defesa dos irmãos e irmãs castigados pela maior seca que atinge a região do semiárido brasileiro nos últimos 40 anos. São mais de 10 milhões de pessoas, em 1.236 municípios, segundo dados da Secretaria da Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. A sociedade brasileira sabe que os bispos sempre estão atentos às consequências de ordem social, econômica, moral e ética provocadas pela seca. A Igreja Católica, recentemente, em cooperação também com vários movimentos sociais e sindicais, apresentou diretrizes para a convivência com o semiárido. Junto com a população atingida pela seca, a Igreja propõe e reivindica intervenções estruturais capazes de minimizar tal sofrimento.

Refletimos e avançamos também na preparação de um documento para manifestar nosso posicionamento no que se refere aos conflitos agrários. Em sua condição de servidora, a Igreja Católica coloca-se ao lado dos sem-terra, pessoas submetidas ao trabalho escravo, quilombolas e indígenas. Em comunhão com todos estes segmentos, questionamos o Projeto de Emenda Constitucional 215, que transfere do Poder Executivo ao Congresso Nacional a demarcação, titulação e homologação de terras indígenas e quilombolas.

Estes e outros assuntos que integraram a exigente pauta da 51ª Assembleia Geral consolidam ainda mais o compromisso da Igreja Católica com a vida do povo sofrido, em diálogo franco e direto com os construtores da sociedade. A partir desse princípio, nós, bispos de Minas Gerais, durante a Assembleia, manifestamos nossa preocupação relacionada à situação prisional de nosso Estado. Uma realidade grave e triste, quando se considera o número de apenados, o tratamento a eles oferecido em vista de sua recuperação, distanciamentos de suas famílias, com agravamentos sérios, além das dificuldades criadas para o serviço voluntário e de fé, prestado por nossos agentes da Pastoral Carcerária. Um trabalho humanitário que encontra obstáculos que precisam ser superados com a intervenção e atuação de quem pode fazê-lo. Também estamos atentos à tramitação do Projeto de Lei número 3.7842013, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que regulamenta o uso de espaços públicos para cerimônias religiosas.

Enquanto avaliamos nossos muitos trabalhos desenvolvidos em todo o Brasil, especialmente pelas comissões episcopais pastorais e organismos da CNBB, detalhamos o tema central da Assembleia neste ano: comunidade de comunidades: uma nova paróquia. Todos os bispos estão empenhados para que cresça a rede de comunidades, sinal da nossa presença e serviço na vida do povo. Uma nova resposta que nasce do vigor espiritual radicado na simplicidade e na verdade do Evangelho.

Importante também é o caminho percorrido rumo à consolidação de um Diretório para a Comunicação na Igreja do Brasil, buscando qualificar sempre o diálogo com a sociedade civil e, também, atender a exigência de uma adequada política de comunicação no interior da Igreja. O objetivo é avançar na preservação da cultura cristã brasileira, resguardando sua consistência.

Os trabalhos realizados a partir da densa pauta da 51ª Assembleia Geral da CNBB foram marcados, sobretudo, por um clima de fraternidade evangélica, tempero determinante no caminho missionário. Rodeados pelo povo peregrino, sempre presente no Santuário da Mãe Aparecida, nós bispos da Igreja, em cooperação, vivemos uma Assembleia de riquezas neste caminho da fé.

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FORMAÇÕES

Imagem de Destaque

A Igreja de Francisco

A Igreja Católica quer ser mãe amorosa de todos

Como costumo fazer quando estou em casa, na manhã do dia 18 de março folheei os jornais de Dourados (MS), a cidade onde resido. Num deles, encontrei dois artigos sobre o Papa Francisco, assinados por pessoas que considero amigas de longa data. Referindo-se aos primeiros dias do Pontífice, um articulista dizia: «Sem dúvida, ele deverá cativar as pessoas com muita facilidade, o que vai ser muito bom para a Igreja, que precisa amenizar a carranca e guardar a solenidade para dentro dos templos!».
Preciso reconhecer que, mais do que a simpatia transmitida pelo novo Papa, o que ficou gravado no meu coração foi a “carranca” da Igreja. Certamente, como tantos outros cristãos, o autor ficou tocado pela graça de Deus que irrompe nos ambientes onde Francisco aparece. No domingo em que ele escreveu o artigo, o Papa, no final da Missa que rezou na igreja de Santana, colocou-se à porta e se entreteve com os fiéis que haviam participado da celebração. Foi uma festa. As pessoas repetiam comovidas: «O Papa me abraçou! Ele sorriu para mim!». 

Assista: Francisco, um testemunho de humildade 




Confesso que, se a “carranca” da Igreja corresponde à realidade, devo reconhecer que estávamos realmente precisando de um Papa que nos lembrasse uma das principais razões que levou João XXIII a pensar no Concílio Vaticano II, como ele mesmo explicou no dia de sua inauguração, 11 de outubro de 1962: «A Igreja Católica quer ser mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos que dela se separaram».

Quando eu era criança – antes do Concílio – a “linha dura” prevalecia em toda a parte, inclusive nos seminários onde se preparavam os sacerdotes. A metodologia empregada para “educar” e “convencer” não dispensava a palmatória. Formados sob uma disciplina férrea, havia padres que acabavam por adotar o mesmo estilo no trato com o povo que lhes cabia dirigir. Enérgicos e autoritários, mais do que amados, eram temidos e mantidos à distância. Contudo, pela solidez de seus princípios morais e espirituais, a maior parte deles muito contribuiu para o desenvolvimento das comunidades. Mas, não se pode negar, também contribuiu para a “carranca” da Igreja.

O Concílio terminou no dia 8 de dezembro de 1965, quando se iniciava uma profunda revolução cultural na história da humanidade, uma autêntica mudança de época. Em toda a parte, explodiram revoltas populares exigindo democracia, igualdade e justiça. Na Europa, a juventude deu o grito de largada, que se alastrou por inúmeros países. Na África, o processo de descolonização caminhou a passos de gigante. Na América Latina, nasceram as Comunidades Eclesiais de Base e a Teologia da Libertação. Em contato direto com o sofrimento do povo, espoliado pelo poder econômico, não poucos padres e religiosos optaram por ideologias que lhes pareciam mais eficazes do que a “prudência” da Igreja na solução dos problemas sociais. Infelizmente, o radicalismo de alguns deles também colaborou para a “carranca” da Igreja.

“Tese, antítese e síntese” parece ser o processo normal do amadurecimento cultural e social da humanidade. É o que percebo também na Igreja. Depois de uma época em que alguns agentes de pastoral privilegiavam a salvação da alma, surgiu um período em que a Igreja parecia transformar-se numa “piedosa ONG” – como disse o Papa Francisco aos cardeais no dia 14 de março, logo após a eleição – destinada a resolver os problemas do povo. Graças a Deus, de uns anos para cá voltamos a descobrir a síntese proposta pelo Evangelho: «Se um irmão não tem o que vestir ou comer, e você lhe diz: “Vá em paz, se aqueça e coma bastante”, sem lhe dar o necessário, que adianta isso? Sem obras, a fé está morta!» (Tg 2,15-17).

O articulista de Dourados (MS) pede que reservemos a «solenidade para dentro dos templos». De minha parte, penso que também ali convenha sermos simples e fraternos. Um exemplo concreto: anos atrás, quando uma criança traquinava na igreja, havia padres que bradavam: «Essa criança não tem mãe?». Há poucos dias, durante a Missa, um pequerrucho galgou o presbitério, aproximou-se do altar e puxou a túnica do padre. Este o abraçou e lhe perguntou: «O que você quer ser quando grande?». «Padre!», foi a resposta do menino. Se Deus continua falando pela boca das crianças (Mt 21,16), a Igreja do Papa Francisco já começou.


Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados (MS)
E-mail para contato: redovinorizzardo@gmail.com 

22/04/2013 - 08h00 

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