Quinta-feira, 12 de abril de 2012, 21h18
"Nem tudo o que é lei é ético, moral e justo", destaca Cardeal
Kelen Galvan
Da Redação
Montagem sobre fotos / TV CN
Em sentido horário, Dom Benedito Beni dos Santos,
Dom Raymundo Damasceno Assis, Dom Carmo João Rhoden e Dom Antônio Carlos
Altieri
O cardeal recordou que há algumas décadas o racismo era legalizado em alguns países. A pessoa que discriminasse um negro não era punida pela lei, mas nem por isso a discriminação era justa.
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Da mesma forma, o fato de alguém não ser penalizado pela prática do aborto de um bebê anencéfalo "não exime sua responsabilidade e dever de seguir sua consciência moral guiada pela reta razão", enfatizou Dom Damasceno.
Ele recordou que o direito à vida é um direito fundamentado e apoiado na natureza do homem, portanto, independe de religião, é fundado na essência do homem. "O primeiro direito é o direito à vida, descrito na Constituição Federal de 1988 quando diz que o direito à vida é inviolável", afirmou o cardeal, que destacou as palavras do ministro Ricardo Lewandowski, ao dizer que quando "a lei é clara não há espaço para a interpretação".
Para o bispo de Taubaté, Dom Carmo João Rhoden, a pessoa que "nega o primeiro princípio - o direito à vida - não tem como defender os outros".
Pressão social
Na opinião de Dom Carmo, atrás dessa decisão do STF existem forças internacionais, uma pressão da mentalidade atual "hegemônica, materializante e hedonista", onde até a vida animal tem sido cada vez mais valorizada e o ser humano, ao contrário, tem sido rebaixado.
O bispo de Caraguatabuba (SP), Dom Antônio Carlos Altieri, também comentou sobre a existência de uma pressão social, inclusive da mídia, no julgamento de decisões como essas, e que afetam até a própria consciência.
"A mídia faz toda uma propaganda e cria uma pressão tal que leva o leigo em geral a conceder à maioria. 'Todo mundo está fazendo agora pode, a lei aprovou'. Como se a legalidade autorizasse moralmente a situação", disse.
Distorção
Segundo o bispo de Lorena (SP), Dom Benedito Beni dos Santos, se fala em uma interpretação da lei, mas ao invés disso, há uma distorção das leis. "A pretexto de interpretar a Constituição se distorce a Constituição, e ainda mais, existe uma distinção entre os três poderes, e cada um precisa respeitar a autonomia do outro. Parece-me que o STF está assumindo, até com certa frequência, a tarefa de legislar, o que não lhe compete".
Outro aspecto ressaltado por Dom Beni é que muitas pessoas consideram que defender a vida e ser contra o aborto é uma questão religiosa. O bispo defende o contrário.
"Antes de tudo é uma questão de lei natural, a lei escrita por Deus em nossos corações, na razão humana. E depois alguns afirmam que a posição da Igreja é antes científica. Mas não nos esqueçamos que a doutrina da Igreja sobre o aborto e outras questões relativas a vida, está baseada na ciência. Inclusive a Santa Sé possui a Pontifícia Academia pela Vida composta por dezenas de cientistas de renome", explicou.
Veja as reportagens
.: Quanto tempo é necessário viver para se tornar inesquecível?.: Menina anencéfala de 2 anos surpreende ciência
Jéssica Marçal
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Quinta-feira, 12 de abril de 2012, 14h37 | Atualizada, 21h18
Aborto de anencéfalos: 8 ministros favoráveis e 2 contra
Jéssica Marçal
Da Redação
STF
Ministros no STF durante votação
Com o voto
favorável do ministro Gilmar Mendes, agora há pouco, são sete votos
favoráveis e um contrário à descriminalização do aborto de bebês
anencéfalos, assunto em julgamento no Supremo Tribunal Federal. A
sessão começou ontem, 11, foi retomada por volta de 14h desta
quinta-feira, 12, e foi suspensa agora há pouco, devendo retornar em 20
minutos.
Em suas considerações iniciais, Gilmar Mendes criticou a
ausência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e
Organizações não-governamentais (Ongs) como partes da ação. “Essas
entidades são quase que colocadas no banco dos réus como se estivessem
fazendo algo de indevido e não estão”, ressaltou o ministro.
Mendes
seguiu o voto da maioria dos ministros. Ele afirmou que o aborto de
anencéfalos está entre os dois casos de aborto já previstos no Código
Penal. Para ele, isso pode ser considerado uma omissão legislativa que
não condiz com o próprio Código Penal.
“Não parece tolerável que
se imponha à mulher esse tamanho ônus à falta de um modelo
institucional adequado para resolver esta questão”, disse o ministro.
Antes
de Mendes, votou o ministro Ayres Britto que, assim como Marco Aurélio
Mello, Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia, se
posicionou a favor do aborto de anencéfalos. Até agora, o único voto
contrário foi o do ministro Ricardo Lewandoswki.
Para Britto, o
bebê anencéfalo não terá condições de desenvolver-se como vida humana.
“O feto anencéfalo é um crisálida que jamais, em tempo algum, chegará ao
estágio de borboleta porque não alçará voo jamais”, disse o ministro.
Ele também ressaltou que é sagrado o direito da mulher em escolher se
deseja ou não levar sua gravidez adiante, uma vez consciente da
anencefalia da criança.
O ministro Celso de Melo foi o oitavo e último a apresentar voto favorável em relação a descriminalização do aborto.
“O
Supremo Tribunal Federal está a reconhecer que a mulher apoiada em seus
direitos reprodutivos e protegida pelos princípios constitucionais tem o
direito de optar pela antecipação terapêutica do parto ou tem
legitimado o direito pelo prosseguimento do processo fisiológico de
gestação”, disse Mello.
Por
fim, o presidente da Corte, o Ministro Cézar Peluso foi contrário à
proposta, unindo-se ao voto do Ministro Ricardo Lewandowski, o primeiro a
considerar prática de aborto de anencéfalos um crime. Peluso argumentou
que os bebês anencéfalos enquadram-se como seres vivos e não podem ser
considerados coisas ou 'lixo', o que dá a eles o direito fundamental de
viver.
"O fato do anencéfalo ter vida, apesar da mutilação, nada lhe rouba a dignidade humana, nem o transforma em coisa", destacou.
O
ministro também ressaltou que existe um conceito errôneo sobre a
anencefalia, a qual compreende a ausência de partes do cérebro em seus
mais variados graus. Peluso criticou o parecer de alguns ministros sobre
a amenização do 'sofrimento da mulher', o que segundo ele, não
justifica o aborto.
"A
vida não é um conceito artificial criado pelo ordenamento jurídico para
efeitos operacionais. (...) Ser humano é sujeito de direito. O
nascituro anencéfalo ou não tem garantia de resguardo de seus direitos",
enfatizou.
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JESUS RESSUSCITOU!
Feliz Páscoa para todos nós!
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Atenção, irmãos e irmãs!
Dia 15 de Abril, 2º Domingo da Páscoa,
a Igreja celebrará a Festa da
Acompanhem as postagens abaixo
sobre esta grande Festa da Misericórdia Divina.
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Ressurreição de Jesus
Se a ressurreição de Jesus fosse fraude, os judeus
a teriam desmentido.
A ressurreição de Jesus é um fato histórico
inegável. O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a
descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e
pregação dos Apóstolos e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O
que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2).
Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20,
19-23); aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, com
Tomé ausente (Jo 20,19-23); e depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29); no Lago
de Genezaré (Jo 21,1-24); no Monte na Galiléia (Mt 28,16-20); segundo São Paulo
“apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7).
São Paulo disse: “Porque antes de tudo,
ensinei-vos o que eu mesmo tinha aprendido que Cristo morreu pelos nossos
pecados [...] e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo
as Escrituras, e foi visto por Cefas, e depois pelos Onze; depois foi visto por
mais de quinhentos irmãos duma só vez, dos quais a maioria vive ainda hoje e
alguns já adormeceram; depois foi visto por Tiago e, em seguida, por todos os
Apóstolos; e, por último, depois de todos foi também visto por mim como por um
aborto” (1 Cor 15, 3-8).
“Deus ressuscitou esse Jesus, e disto nós
todos somos testemunhas” (At 2, 32), disse São Pedro no dia de Pentecostes.
Diz São Pedro no dia de Pentecostes: “Saiba com certeza toda a Casa de
Israel: Deus o constituiu Senhor (Kýrios) e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes”
(At 2, 36). “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos
vivos” (Rm 14, 9). No Apocalipse, João arremata: “Eu sou o Primeiro e o
Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos, e tenho
as chaves da Morte e da região dos mortos” (Ap 1, 17s).
A primeira experiência dos Apóstolos com Jesus
ressuscitado foi marcante e inesquecível: “Jesus se apresentou no meio dos
Apóstolos e disse: “A paz esteja convosco!” Tomados de espanto e temor,
imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: “Por que estais perturbados e por
que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou
eu! “Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais
vendo que eu tenho”. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, como, por
causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos,
disse-lhes: “Tendes o que comer?” Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado.
Tomou-o então e comeu-o diante deles” (Lc 24, 34ss).
Aos Apóstolos amedrontados, que julgavam ver um
fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos.
Nada disto foi uma alucinação, nem miragem, nem
delírio, nem mentira, e nem fraude dos Apóstolos, pois se tratava de pessoas
muitos realistas que, inclusive, duvidaram a princípio da Ressurreição do
Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: “Apalpai
e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir” (Lc
24,39). Os discípulos de Emaús estavam decepcionados porque “nós esperávamos
que fosse Ele quem restaurasse Israel” (Lc 24, 21).
Estes depoimentos “de primeira hora”, concebidos
e transmitidos pelos discípulos imediatos do Senhor, são argumentos suficientes
para dissolver qualquer teoria que quisesse negar a ressurreição corporal de
Cristo. Esta fé não surgiu “mais tarde”, como querem alguns, na história das
primeiras comunidades cristãs, mas é o resultado da missão de Cristo
acompanhada dia a dia pelos Apóstolos.
Os chefes dos judeus tomaram consciência do
significado da Ressurreição de Jesus, e, por isso, resolveram dissipá-la: “Deram
aos soldados uma vultosa quantia de dinheiro, recomendando: “Dizei que os seus
discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e roubaram o cadáver de Jesus.
Se isto chegar aos ouvidos do Governador, nós o convenceremos, e vos deixaremos
sem complicação”. Eles tomaram o dinheiro e agiram de acordo com as instruções
recebidas. E espalhou-se esta história entre os judeus até o dia de hoje” (Mt
28, 12-15).
E Jesus morreu de verdade, inclusive com o lado
perfurado pela lança do soldado. É ridícula a teoria de que Jesus estivesse
apenas adormecido na Cruz. Os Apóstolos só podiam acreditar na Ressurreição de
Jesus pela evidência dos fatos, pois não estavam predispostos a admiti-la; ao
contrário, haviam perdido todo ânimo quando viram o Mestre preso e condenado;
também para eles a ressurreição foi um escândalo. Eles não tinham disposições
psicológicas para “inventar” a notícia da ressurreição de Jesus ou para forjar
tal evento. Eles ainda estavam impregnados das concepções de um messianismo
nacionalista e político, e caíram quando viram o Mestre preso e aparentemente
fracassado; fugiram para não serem presos eles mesmos (Cf. Mt 26, 31s); Pedro
renegou o Senhor (cf. Mt 26, 33-35). O conceito de um Deus morto e ressuscitado
na carne humana era totalmente alheio à mentalidade dos judeus.
É de se notar ainda que a pregação dos Apóstolos
era severamente controlada pelos judeus, de tal modo que qualquer mentira deles
seria imediatamente denunciada pelos membros do Sinédrio. Se a ressurreição
de Jesus, pregada pelos Apóstolos não fosse real, se fosse fraude, os judeus a
teriam desmentido, mas eles nunca puderam fazer isto.
Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos
de êxito e de glória, foram baseados na verdade da Ressurreição de Jesus.
Afirmar que o Cristianismo nasceu e cresceu em cima de uma mentira e fraude
seria supor um milagre ainda maior do que a própria Ressurreição do Senhor.
Será que em nome de uma fantasia, de uma miragem, milhares de fiéis
enfrentariam a morte diante da perseguição romana? É claro que não. Será que em
nome de um mito, multidões iriam para o deserto para viver uma vida de
penitência e oração? O testemunho dos Apóstolos sobre a Ressurreição de Jesus
era convincente e arrastava. O edifício do Cristianismo requer uma base mais
sólida do que a fraude ou a debilidade mental. Assim, é muito mais lógico crer
na Ressurreição de Jesus do que explicar a potência do Cristianismo por uma
fantasia de gente desonesta ou alucinada.
A Ressurreição de Jesus é ponto fundamental da fé
cristã, a ponto que São Paulo pode dizer: “Se Cristo não ressuscitou, vazia
é a nossa pregação; vazia também é a vossa fé... Se Cristo não ressuscitou,
vazia é a vossa fé; ainda estais nos vossos pecados” (1Cor 15, 14.17).
A Ressurreição de Jesus é a base da fé; São Paulo
chama Cristo ressuscitado “o Primogênito dentre os mortos” (Cl 1, 18). A
Ele, ressuscitado em primeiro lugar, seguir-se-á a ressurreição dos irmãos: “Cada
qual na sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, por
ocasião da sua segunda vinda; a seguir, haverá o fim” (1Cor 15, 23s).
23s).
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
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Festa da Divina Misericórdia
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Comemoração
litúrgica: Primeiro domingo depois da Páscoa
A Festa da Divina Misericórdia que ocorre no primeiro domingo depois da
Páscoa, estabelecida oficialmente como festa universal pelo Papa João
Paulo II.
"Por todo o mundo, o
segundo Domingo da Páscoa irá receber o nome de Domingo da Divina
Misericórdia, um convite perene para os cristãos do mundo enfrentarem,
com confiança na divina benevolência, as dificuldades e desafios que a
humanidade irá experimentar nos anos que virão" (Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Decreto de 23 de
Maio de 2000).
Encontra suas origens em Santa Maria Faustina Kowalska, que
na década de 30 obteve de Jesus, revelações acêrca da instituição
dessa festa no seio da Igreja, bem como profecias e manifestações que
o próprio Cristo mandou que as escrevesse e retransmitisse à
humanidade. Foi Jesus quem pediu a instituição da festa da
Divina Misericórdia a Santa Faustina. Jesus se refere a ela 14 vezes,
expressando o imenso desejo do Seu Coração Misericordioso de
distribuir, neste dia, as Suas graças.
"Nenhuma alma terá
justificação, enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha
misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa
deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 570).
"Neste dia, estão
abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças
sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia;
a alma que se confessar e comungar alcançará o perdão total das
culpas e castigos; nesse dia estão abertas todas as comportas
Divinas, pelas quais fluem as graças;
"Que nenhuma alma tenha
medo de se aproximar de mim, ainda que seus pecados sejam como
escarlate. A minha misericórdia é tão grande que por toda a
eternidade não a aprofundará nenhuma mente, nem humana, nem angélica.
Tudo que existe saiu das entranhas da minha misericórdia"
(Diário, 699).
"Dize à humanidade
que sofre que se aproxime do meu coração misericordioso, e eu a
cumularei de paz (Diário 1074)
Irmã Faustina era polonesa, natural da vila de Glogowiec, perto de
Lodz, a terceira de uma prole de dez filhos. Aos vinte anos entrou para
a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, cujas irmãs se
dedicavam à assistência de moças desvalidas ou em perigo de seguir o
mau caminho. Em 1934, por indicação de seu diretor
espiritual, iniciou um diário que intitulou "A divina
misericórdia em minh'alma". A narração pormenorizada de
profundas revelações e de experiências espirituais extraordinárias
revela o modo pelo qual Nosso Senhor deseja incumbi-la de uma missão
particularíssima - ou seja - a de relançar no mundo a mensagem
da sua misericórdia unida a novas formas de culto quais sejam uma
imagem e uma festa comemorativa.
A missão da irmã Faustina iniciou-se em 1931, quando o
misericordioso Salvador lhe aparecer em característica
visão: Ela vira de fato Jesus envolto em uma túnica branca.
Tinha a mão direita alçada no ato de abençoar, enquanto a esquerda
pousava no peito, onde a túnica levemente aberta deixava sair dois
grandes raios, um vermelho e outro pálido. A irmã fixou em silêncio o
olhar surpreso no Senhor: a sua alma, de início espantada, sentia
progressivamente exultante felicidade. Disse-lhe Jesus:
"Pinta uma imagem de acordo
com o modelo que vês com a inscrição embaixo: Jesus, eu confio em
Vós! Desejo que esta imagem seja venerada primeiro na vossa capela
e depois no mundo inteiro.
"Prometo que a alma que
venerar esta imagem não perecerá. Prometo também a
vitória sobre os inimigos já nesta terra mas especialmente na
hora da morte. Eu mesmo a defenderei com a minha própria
glória."
"Ofereço aos homens um
recipiente com o qual deverá vir buscar graças na fonte da
misericórdia. O recipiente é esta própria imagem com a
inscrição: Jesus, eu confio em Vós!"
A pedido de seu diretor espiritual, irmã Faustina perguntou ao Senhor
qual era o significado dos dois raios que tanto se destacavam na
imagem:
"Os dois raios representam o
sangue e a água. O raio pálido representa a água que justifica as
almas, o vermelho representa o sangue, vida das almas. Ambos os
raios saíram das entranhas da minha misericórdia quando na cruz, o meu
coração agonizante na morte foi aberto com a lança".
"Estes raios defendem
as almas da ira do meu Pai. Feliz aquele que viver sob a
proteção deles, porque não será atingido pelo braço da justiça de
Deus."
Em outras ocasiões, Jesus voltou a falar sobre a imagem:
"O meu olhar naquela imagem
é igual ao meu olhar na Cruz"
"Mediante esta imagem
concederei muitas graças às almas; ela deve recorrer às
exigências da minha misericórdia, pois que a fé, mesmo se
fortíssima, nada adiantará sem as obras".
TRÊS
HORAS DA TARDE: HORA DA MISERICÓRDIA
"Às três da tarde,
implora à minha misericórdia, especialmente pelos pecadores e, ao
menos por um breve tempo, reflete sobre a minha Paixão, sobretudo sobre
o abandono em que me encontrei no momento da minha agonia. Esta é uma
hora de grande misericórdia para o mundo inteiro. Nesta hora não
negarei nada a alguma que me pedir em nome da minha Paixão. (n. 59)
"Todas as vezes que ouvires
soar três horas da tarde, mergulhe toda na minha misericórdia,
adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência para o
mundo inteiro, especialmente para os pobres pecadores porque é nessa
hora que estará largamente aberta para cada alma. Naquela hora obterás
tudo para ti e para os outros. Naquela hora o mundo inteiro recebeu uma
grande graça: A misericórdia venceu a justiça.
"Procura nessa hora
realizar a Via Sacra, se os teus deveres não te impedirem. Se não for
possível vai um momento à capela e venera o meu Coração cheio de
misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela,
recolhe-te um momento em oração no lugar onde te encontrares.
Eis uma invocação que se pode dizer às três horas da tarde e que
Irmã Faustina repetia freqüentemente durante o dia, para renovar
a sua consagração à Divina Misericórdia:
"Ó Sangue e Água que
jorras do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós,
confio em Vós".
NOVENA
DA DIVINA MISERICÓRDIA
Jesus solicitou à Irmã Faustina preparar-se para a festa da
misericórdia iniciando uma novena na Sexta-feira Santa para concluí-la
na Vigília do domingo posterior à Páscoa, oferecendo-a nas prescritas
intenções: "Para a conversão do mundo, de modo que toda alma
conheça a misericórdia so Senhor e glorifique a sua infinita
bondade". Mas a cada dia da novena Jesus mesmo pede uma
intenção particular, sempre acrescida de uma invocação dirigira à
misericórdia do Coração de Jesus. E fez à Santa Faustina esta
promessa:
"Desejo que durante estes
nove dias tu conduzas as almas à fonte da minha misericórdia, a fim
de que recebam força, alívio e todas as graças a elas
necessárias nas fadigas da vida, mas especialmente na hora da morte. Em
cada dia conduzirás ao meu coração um diferente grupo de almas e
as imergirás no oceano da minha misericórdia. Eu introduzirei
todas as almas na casa do meu Pai. Realizarás esta tarefa nesta vida e
na futura. Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu
conduzirás à fonte da minha misericórdia. Todos os dias pedirás, ao
meu pai, pela minha amarga Paixão, graças para estas almas."
Nesta Novena , nós rezamos pelas intenções que
Nosso Senhor Jesus Cristo indicou, rezando cada dia por um grupo de
almas que Ele quer trazer ao Seu Coração. Esta Novena prepara nossa
alma para a Festa da Divina Misericórdia. A seguir estão as intenções
que Nosso Senhor ditou para cada dia da Novena:
- : - : - : - : - : -: - PRIMEIRO DIA - : - : - : - : - : - : -
Hoje traze-Me a
humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no
oceano da minha Misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga
tristeza em que Me afunda a perda das almas.
Misericordiosíssimo Jesus, de quem é próprio ter compaixão de nós e
nos perdoar, não olheis os nossos pecados, mas a confiança que
depositamos em Vossa infinita bondade. Acolhei-nos na mansão do vosso
compassivo Coração e nunca nos deixeis sair dele.Nós vo-lo pedimos
pelo amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda humanidade, encerrada no
Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres
pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão, mostrai-nos a Vossa Misericórdia,
para que glorifiquemos a onipotência da Vossa Misericórdia, por toda a
eternidade. Amém.
-
: - : - : - : - : -: -
SEGUNDO DIA -
: - : - : - : - : - : -
Hoje traze-Me
as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na minha insondável
Misericórdia.
Elas Me deram
força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais,
corre para a humanidade a minha Misericórdia.
Misericordiosíssimo Jesus, de quem provém tudo que é bom, aumentai em nós a graça, para que pratiquemos dignas obras de misericórdia, a fim de que aqueles que olham para nós, glorifiquem o Pai da Misericórdia que está no Céu.
Eterno Pai, dirigi o olhar da vossa Misericórdia para a porção eleita da vossa vinha: Para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da vossa bênção e, pelos sentimentos do Coração de vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e juntamente com eles cantar a glória da vossa insondável Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
-
: - : - : - : - : -: -
TERCEIRO DIA -
: - : - : - : - : - : -
Hoje traze-Me
todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da minha
Misericórdia.
Estas almas
consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio
ao mar de amarguras.
Misericordiosíssimo Jesus, que concedeis prodigamente a todas as graças do tesouro da vossa Misericórdia, acolhei-nos na mansão do vosso compassivo Coração e não nos deixeis sair dele pelos séculos; Suplicamo-Vos pelo amor inconcebível de que está inflamado o vosso Coração para com o Pai Celestial.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas fiéis, como a herança do vosso Filho. Pela sua dolorosa Paixão concedei-lhes a vossa bênção e cercai-as da vossa incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com toda a multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a vossa imensa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
-
: - : - : - : - : -: -
QUARTO DIA -
: - : - : - : - : - : -
Hoje traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o meu Coração. Mergulha-os no mar da minha Misericórdia.
Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai na
mansão do vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não
Vos conhecem.Que os raios da vossa graça os iluminem para que também
eles, juntamente conosco, glorifiquem as maravilhas da vossa Misericórdia
e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles
que ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração
compassivo de Jesus.Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não
sabem que grande felicidade é amar-Vos.Fazei com que também elas
glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
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QUINTO DIA -
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Hoje traze-Me as almas dos Cristãos separados da Unidade da Igreja e mergulha-as no mar da minha Misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.
Misericordiosíssimo Jesus que sois a própria Bondade, Vós não negais a luz àqueles que Vos pedem, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas dos nossos irmãos separados, e atraí-os pela vossa luz à unidade da Igreja e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração, mas fazei com que também eles glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os vossos bens e abusaram das vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do vosso Filho e para a sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a vossa Misericórdia por toda a eternidade. Amém.
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SEXTO DIA -
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Hoje traze-Me as almas mansas e humildes, assim como as almas das criancinhas e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas me reconfortaram na minha amarga Paixão da minha agonia. Vi que no futuro iriam velar junto aos meus altares como anjos terrestres. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes: "Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração", aceitai na morada do vosso compassivo Coração as almas mansas e humildes e as almas das criancinhas.
Essas almas encantam o Céu todo e são a especial predileção do Pai Celestial, são como um ramalhete diante do trono de Deus, com cujo perfume o próprio Deus se deleita. Estas almas têm morada permanente no Coração compassivo de Jesus e cantam sem cessar um hino de amor e misericórdia pelos séculos.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas mansas e humildes e para as almas das criancinhas, que estão encerradas na morada compassiva do Coração de Jesus. Essas almas são as mais semelhantes a vosso Filho; o perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o vosso trono. Pai de Misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas, abençoai o mundo todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
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SÉTIMO DIA -
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Hoje traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a minha Misericórdia e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.
Misericordiosíssimo Jesus, cujo Coração é o próprio amor, aceitai na morada do vosso compassivo Coração as almas que honram a glorificam de maneira especial a grandeza da vossa Misericórdia. Essas almas potentes pela força poderosa do próprio Deus, avançam entre penas e adversidades, confiando na vossa Misericórdia. Essas almas estão unidas com Jesus e carregam sobre os seus ombros a humanidade inteira.
Elas não serão julgadas severamente, mas a vossa Misericórdia as envolverá no momento da morte.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que glorificam e honram o vosso maior atributo, isto é, a vossa inescrutável Misericórdia; Elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de alegria, cantam um cântico de misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a vossa Misericórdia segundo a esperança e confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: "As almas que veneram a minha insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei na vida, especialmente na hora da morte, como minha glória." Amém.
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OITAVO DIA -
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Hoje traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes que quereis misericórdia, eis que estou trazendo à mansão do vosso compassivo Coração as almas do Purgatório, almas que Vos são muito queridas e que no entanto devem dar reparação à vossa Justiça; Que as torrentes de Sangue e Água que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas do fogo do Purgatório, para que também ali seja glorificado o poder da vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório
e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos
que, pela dolorosa Paixão de Jesus, vosso Filho, e por toda a amargura
de que estava inundada a sua santíssima Alma, mostrai a vossa Misericórdia
às almas que se encontram sob o olhar da vossa Justiça; Não olheis
para elas de outra forma senão através das Chagas de Jesus, vosso
diletíssimo Filho, porque nós cremos que a vossa bondade e Misericórdia
são incomensuráveis. Amém.
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NONO DIA -
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Hoje traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.
Ó compassivo Jesus, que sois a própria Compaixão, trago à morada do vosso compassivo Coração as almas tíbias; Que se aqueçam no fogo do vosso amor puro estas almas frias que são semelhantes a cadáveres e Vos enchem de tanta repugnância. Ó Jesus, muito compassivo, usai a força da vossa Misericórdia e atraí-as até o fogo do vosso amor e concedei-lhes o amor Santo, porque Vós tudo podeis.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas tíbias e que estão
encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia,
suplico-Vos pela amargura da Paixão do vosso Filho e por sua agonia de
três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da
vossa Misericórdia. Amém.
*
* * * * * * * * * * * * *
O
TERÇO DA MISERICÓRDIA
Jesus também pediu à Irmã Faustina a oração do Terço da
Misericórdia, o qual pediu que fosse rezado da seguinte forma (se não
souber rezar o terço comum, visualize a figura e orações
abaixo):
"Eis como
rezarás o terço da minha misericórdia. Começarás dizendo um
Pai-Nosso, uma Ave-Maria e o Credo"
E as demais contas do terço, assim:
|
||
1
- Nas Contas grandes (Pai-Nosso)
Eterno
Pai, eu vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e divindade de Vosso
Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos
nossos pecados e do mundo inteiro.
|
||
2
- Nas contas pequenas (das Ave-Marias)
Pela
sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo
inteiro.
|
||
No
final do terço
Deus
Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do
mundo inteiro.
|
ORAÇÃO
DE AGRADECIMENTO:
Ó
Jesus, deus oculto e misterioso, eu vos agradeço pelos inumeráveis
dons e pelos benefícios que me fizestes. Cada bater do meu coração
renove o hino de agradecimento que eu dirijo a vós, Senhor. A minh'alma
seja um hino de adoração á vossa misericórdia. Ó meu Deus, eu vos
amo por vós. Amém
* * * * *
* * * *
Dia da beatificação revela devoção de
João Paulo II
à
Divina Misericórdia
A
Festa da Misericórdia de 2011 terá um aspecto todo especial, pois vai
acontecer no mesmo dia da beatificação do Papa João Paulo II, em 1º de
maio.
No
dia 30 de abril de 2000, a partir das revelações de Jesus à Santa
Faustina, João Paulo II, além de canonizá-la, instituiu a festa que, a
partir de então, passou a ser celebrada no segundo Domingo da Páscoa,
conforme consta no diário da santa, disseminado por todo mundo:
“Toda
alma contemplará em relação a Mim [Jesus], por toda a eternidade, todo o
Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das
Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro
domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se
voltar à fonte da Minha misericórdia” (Diário, nº 699).
Além
de João Paulo II ter nascido no mesmo país que a religiosa, o futuro
beato também se mostrou um legítimo "divulgador da misericórdia”. Na
homilia de dedicação do Santuário da Divina Misericórdia, em Lagiewniki,
na Cracóvia (Polônia), no dia 17 de agosto de 2002, o Santo Padre, ao
repetir a conhecida jaculatória "Jesus, eu confio em vós", afirmou que,
mediante o contexto atual de tantas "manifestações do mal", esta
invocação da misericórdia de Deus deve ser um sinal de confiança e
esperança de todos os homens.
Deste
modo, ele destacou, durante a homilia, que a "graça da misericórdia"
deve prevalecer no coração humano, na sociedade e para a concretização
da paz:
"Quanta
necessidade da misericórdia de Deus tem hoje o mundo! Em todos os
continentes, do profundo do sofrimento humano, parece que se eleva a
invocação da misericórdia. Onde predominam o ódio e a sede de vingança,
onde a guerra causa o sofrimento e a morte dos inocentes, é necessária a
graça da misericórdia para aplacar as mentes e os corações, e para
fazer reinar a paz. Onde falta o respeito pela vida e pela dignidade do
homem, é necessário o amor misericordioso de Deus, em cuja luz se
manifesta o indescritível valor de cada ser humano. É necessária a
misericórdia para fazer com que toda a injustiça no mundo encontre o seu
fim no esplendor da verdade”.
"Papa da misericórdia"
O
reitor do Santuário da Divina Misericórdia no Brasil, padre Ednilson de
Jesus, que pertence à Congregação dos Padres Marianos da Imaculada
Conceição*, destaca que este é um dos títulos que pode ser atribuído a
João Paulo II, pois enquanto padre e bispo na Polônia, Karol Wojtyla já
conhecia a devoção.
Arquivo
Canção NovaPadre Ednilson enfatiza ainda que a devoção significou uma
mensagem de esperança para o complexo século XX, em que predominaram
regimes totalitários e a ocorrência de guerras mundiaisO sacerdote
considera que a mensagem da Divina Misericórdia teria "passagem livre"
na Igreja somente através de alguém que a conhecia na íntegra. "O Papa
João Paulo II e a Divina e Misericórdia estão estritamente unidos". É
assim que enfatiza padre Ednilson, ao falar também da alegria de sua
congregação pela beatificação do Santo Padre acontecer no Domingo da
Misericórdia.
"João Paulo II
instituiu [a festa] não só para a Igreja, mas é perceptível na sua vida
que ele também fazia uso da misericórdia. Ele mesmo sempre acreditava na
devoção, mesmo no período em que ela foi suspensa", acrescenta.
O
reitor explica que, assim que assumiu o pontificado, o Santo Padre
retomou a devoção na Igreja, pois ele mesmo fez a experiência do amor
misericordioso de Deus.
Ao
ressaltar esta experiência do Sumo Pontífice com Jesus Misericordioso,
através dos escritos da religiosa, padre Ednilson de Jesus recorda as
palavras do Papa na homilia de canonização de Faustina:
"E
tu, Faustina, dom de Deus ao nosso tempo, dádiva da terra da Polônia à
Igreja inteira, obtém-nos a graça de perceber a profundidade da
Misericórdia Divina, ajuda-nos a torná-la experiência viva e a
testemunhá-la aos irmãos!".
Por
fim, o sacerdote explica que, hoje, a Igreja endossa a seriedade da
devoção e o fato da beatificação acontecer na Festa da Misericórdia
confirma o trecho do diário de Santa Faustina que é associado ao
antecessor de Bento XVI - "Amo a Polônia de maneira especial e, se ela
for obediente à Minha vontade, Eu a elevarei em poder e santidade. Dela
sairá a centelha que preparará o mundo para a Minha Vinda derradeira"
(Diário, nº 1732).
"Essas palavras se dirigem à pessoa de João Paulo II, se referem direta e exclusivamente a [ele]", conclui padre Ednilson.
Fonte: Canção Nova
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DOMINGO
DA
RESSURREIÇÃO
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Com alegria nos reunimos para celebrar o grande acontecimento da nossa fé: CRISTO RESSUSCITOU. Vida nova se inicia: tristeza e desânimo pertencem ao passado; esperança e otimismo contagiam nossa existência. Jesus venceu a morte para permanecer sempre conosco. Feliz e Santa Páscoa a todos!
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Primeira leitura
(Atos dos Apóstolos
10,34a.37-43)
Domingo, 8 de Abril de 2012
Páscoa do Senhor
Páscoa do Senhor
Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, 34aPedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele.
39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz.
40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos.
42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos.
43Todos os profetas dão testemunho dele: “Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Naqueles dias, 34aPedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele.
39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz.
40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos.
42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos.
43Todos os profetas dão testemunho dele: “Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo (Salmos 117)
Domingo, 8 de Abril
de 2012
Páscoa do Senhor
Páscoa do Senhor
— Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele
exultemos!
— Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele exultemos!
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ ‘Eterna é a sua misericórdia!”/ A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”
— A mão direita do Senhor fez maravilhas,/ a mão direita do Senhor me levantou./ Não morrerei, mas, ao contrário, viverei/ para cantar as grandes obras do Senhor!
— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso;/ que maravilhas ele fez a nossos olhos!
— Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele exultemos!
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ ‘Eterna é a sua misericórdia!”/ A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”
— A mão direita do Senhor fez maravilhas,/ a mão direita do Senhor me levantou./ Não morrerei, mas, ao contrário, viverei/ para cantar as grandes obras do Senhor!
— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso;/ que maravilhas ele fez a nossos olhos!
Segunda leitura
(Colossenses 3,1-4)
Domingo, 8 de Abril
de 2012
Páscoa do Senhor
Páscoa do Senhor
Leitura da Carta de São Paulo aos
Colossenses:
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Evangelho (João 20,1-9)
Domingo, 8 de Abril de 2012
Páscoa do Senhor
Páscoa do Senhor
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente!
Postado por: homilia
Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente! Ele venceu a morte e despojou o império das trevas, sendo vitorioso e dando-nos também a vitória.
Jesus venceu e também nós somos vencedores com
Ele. Somos vitoriosos, porque Deus nos deu a vitória em Jesus, Seu Filho. Mas
não por causa dos nossos méritos, mas sim pela Sua graça.
Cante bem alto este “Aleluia” festivo, pois
chegou para nós “o dia sem ocaso”. O sol brilha para nós apontando-nos o
caminho da eternidade. Aliás, Deus sempre nos conduz em triunfo para que
espalhemos o perfume do conhecimento de Deus por todos os lugares que andamos.
Por Cristo e em Cristo somos mais que vencedores,
porque, por Ele, passamos do fracasso e da derrota para a fortaleza, a vitória
e o triunfo. Passamos da morte para a vida. Tudo isso Deus o fez por amor.
Pode Deus se deixar pregar numa cruz? Sim, Ele
morreu nela por amor a você. Pode Deus permanecer num túmulo? Não, pois Ele
ressuscitou para que você fosse vitorioso.
Caríssimo, se somos vitoriosos, porque guardamos
para nós os maus momentos? Por que os abraçamos? Por que os mantemos conosco?
Os maus momentos, os maus hábitos, o modo egoísta de se viver, as mentiras, os
fanatismos, os deslizes, as falhas… Por que manter essas coisas conosco?
Precisamos deixar todo esse lixo aos pés da cruz. Podemos e devemos fazer isso,
porque Deus quer que o façamos.
Jesus quer que façamos isso, porque sabe que não
podemos viver como Ele. Só Deus é santo. São a cruz e o túmulo vazio que nos
santifica. Devemos deixar os maus momentos no madeiro e caminhar com Ele em
vitória, pois Jesus não ficou no túmulo. A pedra foi removida. Deus faz mais
que perdoar os pecados, Ele os remove.
A Ressurreição de Cristo é o motivo principal da
pregação do Evangelho. O evento que encheu o coração dos discípulos de
esperança e os tornou mensageiros do Evangelho da graça foi a visão do sepulcro
vazio. A aurora do primeiro dia suscitou um novo ânimo aos decepcionados.
Jesus Cristo ressuscitado é o Senhor e Salvador
dos pecadores desenganados. A Ressurreição de Cristo Jesus é a prova evidente
de que a morte foi vencida e o pecado perdeu a sua força de condenação. A
história da Crucificação não termina com um funeral, mas com um “festival de
aleluia”. O Anjo anunciava às mulheres com júbilo: “Ele não está aqui;
ressuscitou como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mateus 28,6).
A pregação verdadeira do Evangelho começa com a
afirmação convincente da morte e ressurreição de Cristo. As testemunhas são as
únicas pessoas que podem falar, de fato, daquilo que presenciaram. Pedro e
João, quando estavam sendo ameaçados pelas autoridades judaicas para que não
pregassem a Jesus ressuscitado, disseram: “…pois nós não podemos deixar de
falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos 4,20).
Se a morte de Jesus trouxe desesperança para os
Seus discípulos, Sua ressurreição originou uma torrente de esperança, capaz de
enxergar através de nuvens espessas. Já que Cristo ressuscitou não há mais
barreira que impeça a efetivação de Suas promessas.
Só o milagre do túmulo vazio poderia encher o
coração dos discípulos da certeza da salvação. A regeneração do homem pecador é
um produto da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos: “Bendito o
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia,
nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos” (1Pd 1,3).
A visão espiritual do túmulo vazio – que é
produzida pela fé por meio da Palavra de Deus – nos garante uma certeza
inconfundível de que a nossa salvação é um dom gracioso que nos motiva ao
testemunho. Como insistia Thomas Brooks: “uma alma dominada pela certeza não
está disposta a ir para o céu sem companhia”.
A falta de convicção inabalável da obra salvadora
por meio de Cristo Jesus é o principal agente da apatia na pregação. Sem a
firmeza do Evangelho não há como se pregar, com confiança, a Sua mensagem.
Muitos apregoam um sistema religioso com a presunção de estar pregando o
Evangelho, mas somente a segurança da Ressurreição de Cristo, bem como da nossa
ressurreição com Ele, pode assegurar uma pregação legítima do Evangelho
autêntico.
As mulheres que foram ver o sepulcro onde Jesus
havia sido sepultado saíram de lá ao romper da manhã, ainda atônitas, com a
certeza de que não havia mais um cadáver na tumba. A fé cristã começa no
primeiro dia da semana, nas primeiras horas do dia, com uma certeza da vitória:
a morte foi vencida e o Salvador não é um defunto.
Devemos deixar os nossos maus momentos na Cruz e
também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até nós. Devemos amá-los.
Se amarmos a Deus, amamos também os nossos irmãos. Como podemos nos aproximar
d’Ele e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos irmãos?
Coisas do passado sempre são trazidas ao
presente. Como alguns têm boa memória para os erros dos irmãos e péssima
memória para a mudança deles! Pare de se prender aos erros do passado. Olhe
para o bom fruto que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como você
ressuscitou com Cristo e é uma nova criatura, também ele é, em Cristo e com
Cristo, uma nova criatura.
Abandone seus pecados antes que eles contaminem
totalmente você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à raiva e contenda.
Entregue a Deus a sua ansiedade antes que ela o iniba de caminhar com fé. Dê a
Deus os seus momentos ruins.
Se você deixar com o Senhor os seus momentos
ruins, só sobrarão bons momentos, então, Cristo terá ressuscitado em você. E se
Ele ressuscitou em você, já não é você quem vive, mas é Cristo que vive no seu
corpo. E se Ele vive em você, em você tudo é santo, porque está envolvido pela
luz d’Aquele que verdadeiramente ressuscitou.
Feliz Páscoa!
Padre Bantu Mendonça
Liturgia Diária -Vigília Pascal
Comentário Inicial:
Em comunhão com todas as comunidades cristãs
e com todo o universo, vamos celebrar a Páscoa de Jesus: sua passagem da morte
para a vida. O grande e alegre anúncio desta noite é: JESUS RESSUSCITOU!
Fazendo memória das ações maravilhosas de Deus na história da humanidade,
renovamos nossa fé.
A Vigília Pascal consta de quatro partes:
1. Celebração
da luz
2. Liturgia
da Palavra
3. Liturgia
Batismal
4. Liturgia
Eucarística
Parte por parte da Vigília
Pascal
1ª Parte:
Celebração da Luz
A Vigília Pascal se inicia com a celebração
da luz, que, por sua vez, contém três partes: a bênção do fogo, a procissão do
Círio pascal e o cante do exulte. Acompanhemos agora a primeira parte da Liturgia desta
noite santa.
(O sacerdote saúda a assembleia e explica o
sentido da vigília com estas ou outras palavras.)
O sentido da
Vigília
Sacerdote: Meus irmãos e minhas irmãs, nesta noite
santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja
convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e
oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando
seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo
sobre a morte e de sua vida em Deus.
(Em
seguida abençoa o fogo)
Bênção do Fogo.
Sacerdote:
Ó Deus, que pelo
vosso Filho trouxestes àqueles que creem o clarão da vossa luz, santificai +
este novo fogo. Concedei que a Festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu,
que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso
Senhor.
AS. Amém.
(A seguir, prepara o Círio
Pascal. Círio Pascal é uma grande vela)
Sacerdote: Cristo ontem e hoje
(faz a incisão da haste vertical da cruz); princípio e fim (faz a incisão da haste horizontal); alfa (faz a incisão da letra alfa no alto da haste
vertical); e ômega (faz
a incisão da letra ômega por embaixo da haste vertical) A ele o tempo ( faz-se a incisão do nº 2 sobre o ângulo
esquerdo superior da cruz); e a eternidade (faz a incisão do nº zero sobre o ângulo direito
superior; a
glória e o poder (faz
a incisão do nº 1 no ângulo esquerdo inferior); pelos séculos sem fim, amém (faz a incisão do nº 2 no ângulo direito inferior).
(A seguir, o sacerdote aplica
os cravos:)
Sacerdote:
Por suas santas chagas, / suas chagas gloriosas, / o Cristo Senhor / nos
proteja / e nos guarde. Amém.
(Acende o Círio Pascal,
dizendo:)
Sacerdote: A
luz de Cristo que ressuscitou resplandecente dissipe as trevas de nosso coração
e nossa mente.
( Enquanto a assembleia se
dirige em procissão para a Igreja, vai aos poucos, acendendo as velas. O diácono, um ministro ou o sacerdote
conduz o círio e canta três vezes):
Sacerdote:
Eis a luz de Cristo.
Assembleia:
Demos graças a Deus.
Em seguida, a Proclamação da
Páscoa...
(Explicando melhor a
Proclamação da Páscoa)
A Vigília Pascal, celebrada no sábado
santo, é, em si, o anúncio da Páscoa, da passagem da morte para a vida, da
glória de Jesus Cristo que venceu a escuridão da morte e ressurgiu para a vida
abundante e eterna.
Dentre os rituais que compõem a
liturgia dessa festa, um é essencialmente chamado de Proclamação da Páscoa,
quando toda a Igreja anuncia a ressurreição do Senhor, através de uma oração
própria que rememora desde a criação até a história do povo escolhido por Deus,
chegando à promessa da Páscoa eterna a que somos chamados.
Unamos nossas vozes a este anúncio
para fazer desta Páscoa particular, que acontece em meio a um mundo cheio das
dores das chagas de uma guerra sem sentido, uma Páscoa que resgate seu sentido
essencial, uma Páscoa que nos fortaleça enquanto filhos de Deus chamados a
construir desde já o Seu reino de amor.
Proclamação da
Páscoa
Quando todos estiverem na
igreja, acendem-se as luzes, mantêm-se as velas acesas e canta-se a proclamação
da Páscoa.
Proclamação
da Páscoa (da liturgia da Vigília Pascal)
PR.
Exulte o céu, e os anjos triunfantes, mensageiros de Deus, desçam cantando;
façam soar trombetas fulgurantes, a vitória do rei anunciando.
Alegre-se
também a terra amiga, que em meio a tantas luzes resplandece; e, vendo
dissipar-se a treva antiga, ao sol do eterno rei brilha e se aquece.
Que
a mãe Igreja alegre-se igualmente, erguendo as velas deste fogo novo, e escute,
reboando de repente, o aleluia cantado pelo povo.
E
vós, que estais aqui, irmãos queridos, em torno desta chama reluzente, erguei
vossos corações, e assim unidos invoquemos a Deus onipotente.
Ele,
que por seus dons nada reclama, quis que entre os seus levitas me encontrasse:
para cantar a glória desta chama, de sua luz um raio me transpasse!
PR:
O Senhor esteja convosco.
Todos:
Ele está no meio de nós.
PR:
Corações ao alto.
Todos:
O nosso coração está em Deus.
PR:
Demos graças ao Senhor nosso Deus.
Todos:
É nosso dever e nossa salvação!
PR.
Sim, verdadeiramente é bom e justo cantar ao pai de todo o coração e celebrar
seu Filho Jesus Cristo, tornado para nós um novo Adão.
Foi
ele quem pagou do outro a culpa, quando por nós à morte se entregou: para
apagar o antigo documento na cruz todo o seu sangue derramou.
Pois
eis agora a páscoa, nossa festa, em que o real cordeiro se imolou: marcando
nossas portas, nossas almas, com seu divino sangue nos salvou.
Esta
é, Senhor, a noite em que do Egito retirastes os filhos de Israel, transpondo o
mar Vermelho a pé enxuto, rumo à terra onde correm leite e mel.
Ó
noite em que a coluna luminosa as trevas do pecado dissipou, e aos que crêem no
Cristo em toda a terra em novo povo eleito congregou!
Ó
noite em que Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor: de que nos
valeria ter nascido se não nos resgatasse em seu amor?
Ó
Deus, quão estupenda caridade vemos no vosso gesto fulgurar: não hesitais em
dar o próprio Filho, para a culpa dos servos resgatar.
Ó
pecado de Adão indispensável, pois o Cristo o dissolve em seu amor; ó culpa tão
feliz que há merecido a graça de um tão grande redentor!
Só
tu, noite feliz, soubeste a hora em que o Cristo da morte ressurgia; e é por
isso que de ti foi escrito: A noite será luz para o meu dia!
Pois
esta noite lava todo o crime, liberta o pecador de seus grilhões; dissipa o
ódio e dobra os poderosos, enche de luz e paz os corações.
Ó
noite de alegria verdadeira, que prostra o faraó e ergue os hebreus, que une de
novo ao céu a terra inteira, pondo na treva humana a luz de Deus.
Na
graça desta noite o vosso povo acende um sacrifício de louvor, acolhei, ó Pai
santo, o fogo novo; não perde, ao dividir-se o seu fulgor.
Cera
virgem de abelha generosa ao Cristo ressurgido trouxe a luz: eis de novo a
coluna luminosa, que o vosso povo para o céu conduz.
O
círio que acendeu as vossas velas possa esta noite toda fulgurar; misture sua
luz a das estrelas, cintile quando o dia despontar.
Que
ele possa agradar-vos como o Filho, que triunfou da more e vence o mal: Deus,
que a todos acende no seu brilho, e um dia voltará, sol triunfal.
(Terminada a Proclamação da Páscoa,
apagam-se as velas e todos se sentam para acompanhar as leituras bíblicas.
Proclamem-se pelos menos três do Antigo Testamento (nunca omitir a do êxodo), mais a epístola e o Evangelho.)
2ª Parte: Liturgia
da Palavra
Comentário:
A liturgia da Palavra proclama as grandes
maravilhas realizadas por deus ao longo da história da humanidade, as quais
continuam hoje a ser motivo de alegria e ação de graças.
Antes
das leituras, o sacerdote exorta a assembleia com estas ou outras palavras:
Sacerdote: Meus irmãos e minhas irmãs, tendo iniciado
solenemente esta vigília, ouçamos no recolhimento desta noite a Palavra de
Deus. Vejamos como Ele salvou outrora o seu povo e, nestes últimos tempos,
enviou seu Filho como redentor. Peçamos que o nosso Deus leve à plenitude a
salvação inaugurada na Páscoa.
Para a Vigília Pascal são propostas nove leituras: sete do Antigo
Testamento e duas do Novo Testamento. Se, por motivos particulares, as
circunstâncias o requerem, pode-se reduzir o número das leituras. Façam-se,
pelo menos, três leituras do Antigo Testamento, ou, em casos mais urgentes, só
duas, antes da Epístola e do Evangelho. Mas nunca se deve omitir a leitura do
Êxodo sobre a passagem do Mar Vermelho (Leitura III).
LEITURA I Forma longa Gen 1, 1 — 2, 2
«Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom»
Leitura do Livro do Génesis
No princípio, Deus criou o céu e a terra.
A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a superfície do abismo
e o espírito de Deus pairava sobre as águas. Disse Deus: «Faça-se a luz». E a
luz apareceu. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus
chamou ‘dia’ à luz e ‘noite’ às trevas.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia. Disse Deus:
«Haja um firmamento no meio das águas, para as manter separadas umas das
outras». Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento
das águas que estavam por cima dele. E ao firmamento chamou ‘céu’. Veio a tarde
e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia. Disse Deus: «Juntem-se as águas que
estão debaixo do firmamento num só lugar e apareça a terra seca».E assim
sucedeu. À parte seca Deus chamou ‘terra’ e ‘mar’ ao conjunto das águas. E Deus
viu que isto era bom. Disse Deus: «Cubra-se a terra de verdura: ervas que dêem
sementes e árvores de fruto, que produzam sobre a terra frutos com a sua
semente, segundo a própria espécie». E assim sucedeu. A terra produziu verdura:
erva que produz semente, segundo a sua espécie, e árvores que dão frutos com a
sua semente, segundo a própria espécie. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde
e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.
Disse Deus: «Haja luzeiros no firmamento do céu, para distinguirem o dia
da noite e servirem de sinais para as festas, os dias e os anos, para que
brilhem no firmamento do céu e iluminem a terra». E assim sucedeu. Deus fez
dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à
noite; e fez também as estrelas. Deus colocou-os no firmamento do céu para
iluminarem a terra, para residirem ao
dia e à noite e separarem a luz das trevas. Deus viu que isto era bom. Veio a
tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia. Disse Deus: «Povoem as águas
inúmeros seres vivos e voem as aves na terra sob o firmamento do céu». Deus
criou os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas, segundo
as suas espécies, e todos os animais voadores, segundo as suas espécies. Deus
viu que isto era bom; e abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei
as águas dos mares e multipliquem-se as aves sobre a terra». Veio a tarde e, em
seguida, a manhã: foi o quinto dia. Disse Deus: «Produza a terra seres vivos, segundo
as suas espécies: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as
suas espécies». E assim sucedeu. Deus fez os animais selvagens, segundo as suas
espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies,e todos os répteis da
terra, segundo as suas espécies.Deus viu que isto era bom. Disse Deus: «Façamos
o homem à nossa imagem e semelhança.Domine sobre os peixes do mar, sobre as
aves do céu,sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagense sobre
todos os répteis que rastejam pela terra».Deus criou o ser humano à sua imagem,criou-o
à imagem de Deus.Ele o criou homem e mulher.Deus abençoou-os, dizendo:«Crescei
e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra.Dominai sobre os peixes do mar,
sobre as aves do céue sobre todos os animais que se movem na terra».Disse Deus:
«Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da
terra,assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de
alimento.E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os
seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim
sucedeu.Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e, em
seguida, a manhã: foi o sexto dia. Assim se completaram o céu e a terra e tudo
o que eles contêm.Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo
dia, descansou do trabalho que tinha realizado.
Palavra do Senhor.
LEITURA I Forma breve Gen 1, 1.26-31a
«Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom»
Leitura do Livro do Génesis
No princípio, Deus criou o céu e a terra. Disse Deus: «Façamos o homem à
nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis
que rastejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à
imagem de Deus.Ele o criou homem e mulher.Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e
multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar,
sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra». Disse
Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da
terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de
alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os
seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim
sucedeu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e,
em seguida, a manhã: foi o sexto dia. Assim se completaram o céu e a terra e
tudo o que eles contêm. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no
sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104),
1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c
(R. cf. 30)
Refrão:
Enviai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a face da terra.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor. Senhor, meu Deus, como sois grande! Revestido
de esplendor e majestade, envolvido em luz como num manto!
Fundastes a terra sobre alicerces firmes: não oscilará por toda a
eternidade. Vós a cobristes com o manto do oceano, por sobre os montes pousavam
as águas. Transformais as fontes em rios que correm entre as montanhas. Nas
suas margens habitam as aves do céu; por entre a folhagem fazem ouvir o seu
canto. Com a chuva regais os montes, encheis a terra com o fruto das vossas
obras. Fazeis germinar a erva para o gado e as plantas para o homem, que tira o
pão da terra.Como são grandes as vossas obras! Tudo fizestes com sabedoria: a
terra está cheia das vossas criaturas. Glória a Deus para sempre.
Ou Salmo 32 (33), 4-5.6-7.12-13.20.22 (R. 5b)
Refrão:
A bondade do Senhor encheu a terra.
A palavra do Senhor é recta,da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão: a terra está cheia da bondade do Senhor.
A palavra do Senhor criou os céus,o sopro da sua boca os adornou.Foi Ele quem
juntou as águas do mar e distribuiu pela terra os oceanos. Feliz a nação que
tem o Senhor por seu Deus,o povo que Ele escolheu para sua herança.Do céu o
Senhor contemplae observa todos os homens. A nossa alma espera o Senhor: Ele é
o nosso amparo e protector.Venha sobre nós a vossa bondade, porque em Vós
esperamos, Senhor.
LEITURA II Forma longa Gen 22, 1-18
O sacrifício do nosso pai Abraão
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o:
«Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou».
Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas,
Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes
que Eu te indicar».
Abraão levantou-se de manhã cedo, aparelhou o jumento, tomou consigo
dois dos seus servos e o seu filho Isaac. Cortou a lenha para o holocausto e
pôs-se a caminho do local que Deus lhe indicara. Ao terceiro dia, Abraão ergueu
os olhos e viu de longe o local.Disse então aos servos: «Ficai aqui com o
jumento. Eu e o menino iremos além fazer adoração e voltaremos para junto de
vós». Abraão apanhou a lenha do holocausto e pô-la aos ombros do seu filho
Isaac. Depois, tomou nas mãos o fogo e o cutelo e seguiram juntos o caminho. Isaac
disse a Abraão: «Meu pai». Ele respondeu: «Que queres, meu filho?» Isaac
prosseguiu: «Temos aqui fogo e lenha; mas onde está o cordeiro para o
holocausto?» Abraão respondeu: «Deus providenciará o cordeiro para o
holocausto, meu filho». E conntinuaram juntos o caminho.Quando chegaram ao
local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele,
atou seu filho Isaac e pô-lo sobre o altar, em cima da lenha. Depois,
estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor
gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!» «Aqui estou, Senhor», respondeu
ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino,não lhe faças mal
algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o
teu filho, o teu filho único». Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um
carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em
holocausto, em vez do filho. Abraão deu ao local este nome: «O Senhor providenciará».
E ainda hoje se diz: «Sobre a colina o Senhor providenciará». O Anjo do Senhor
chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro
__ oráculo do Senhor já que assim procedeste, e não Me recusaste o teu filho, o
teu filho único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as
estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência
conquistará as portas das cidades inimigas.Porque obedeceste à minha voz,natuadescendência
serão abençoadas todas as nações da terra».
Palavra do Senhor.
LEITURA II Forma breve Gen 22, 1-2.9a.10-13.15-18
O sacrifício do nosso pai Abraão
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias,Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!»
Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu filho
único, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em
holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Quando chegaram ao local
designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele; depois,
estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho.Mas o Anjo do Senhor
gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!» «Aqui estou, Senhor», respondeu
ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino,nem lhe faças mal
algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o
teu filho, o teu filho único». Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um
carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em
holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela
segunda vez,e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro __ oráculo do Senhor já que
assim procedeste, e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único,abençoar-te-ei
e abençoarei a tua descendência, como as estrelas do céu e como a areia que
está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades
inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas
todas as nações da terra».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 5 e 8.9-10.11 (R.
1)
Refrão:
Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.Ou: Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,está nas vossas mãos o
meu destino.O Senhor está sempre na minha presença,com Ele a meu lado não
vacilarei.Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta,e até o meu
corpo descansa tranquilo.Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos
mortos,nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.Dar-me-eis a conhecer os
caminhos da vida,alegria plena em vossa presença,delícias eternas à vossa
direita.
LEITURA III Ex 14, 15 __ 15, 1
«Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto»
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias,disse o Senhor a Moisés:«Porque estás a bradar por Mim?Diz
aos filhos de Israel que se ponham em marcha.E tu ergue a tua vara, estende a
mão sobre o mar e divide-o,para que os filhos de Israel entrem nele a pé
enxuto.Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios,que
hão-de perseguir os filhos de Israel.Manifestarei então a minha glória,triunfando
do Faraó,de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.Os
egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor,quando Eu manifestar a minha glória,vencendo
o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».O Anjo de Deus, que seguia à
frente do acampamento de Israel,deslocou-se para a retaguarda.A coluna de nuvem
que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento e postou-se entre o campo
dos egícios e o de Israel.A nuvem era tenebrosa de um lado e do outro iluminava
a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros.Moisés
estendeu a mão sobre o mar e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um
forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se. Os filhos de Israel
penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à
esquerda.Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus
carros e cavaleiros os seguiram pelo mar dentro. Na vigília da manhã, o Senhor
olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou
nele a confusão. Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam
mover. Então os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate
por eles contra os egípcios». O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o
mar e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os
seus cavaleiros». Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o
mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direcção. E o
Senhor precipitou-os no meio do mar. As águas refluíram e submergiram os
carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar,
atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou. Mas os filhos de Israel tinham
andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à
esquerda. Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu
os egípcios mortos nas praias do mar. Viu também o grande poder que o Senhor
exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu
servo Moisés. Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do
Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o
cavalo e o cavaleiro».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Ex 15, 1-2.3-4.5-6.17-18 (R. 1b)
Refrão:
Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória.
Ou: Deus fez maravilhas: o seu nome é Senhor.
Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:precipitou no mar o
cavalo e o cavaleiro.O Senhor é a minha força e a minha protecção:a Ele devo a
minha liberdade.
Ele é o meu Deus: eu O exalto;Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.O
Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;precipitou no mar os carros do
Faraó e o seu exército.Os seus melhores combatentes afogaram-se no Mar
Vermelho, foram engolidos pelas ondas, caíram como pedra no abismo.A vossa mão
direita, Senhor, revelou a sua força,a vossa mão direita, Senhor, destroçou o
inimigo. Levareis o vosso povo e o plantareis na vossa montanha,na morada
segura que fizestes, Senhor,no santuário que vossas mãos construíram.O Senhor
reinará pelos séculos dos séculos.
LEITURA IV Is 54, 5-14
«Na sua eterna misericórdia, o Senhor, teu Redentor, teve compaixão de
ti»
Leitura do Livro de Isaías
O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo
e o seu nome é ‘Senhor do Universo’.
O teu Redentor será o Santo de Israel,
que se chama ‘Deus de toda a terra’.
Como à mulher abandonada e de alma aflita,
o Senhor volta a chamar-te:
«A esposa da juventude poderá ser repudiada?»
- diz o teu Deus.
Por um momento abandonei-te,
mas no meu grande amor volto a chamar-te.
Num acesso de ira, escondi de ti a minha face,
mas na minha misericórdia eterna tive compaixão de ti,
diz o Senhor, teu Redentor.
Comigo sucede como no tempo de Noé,
quando jurei que as águas do dilúvio
não mais invadiriam a terra.
Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti,
não voltar a ameaçar-te.
Ainda que sejam abaladas as montanhas
e vacilem as colinas,
a minha misericórdia não te abandonará,
a minha aliança de paz não vacilará,
diz o Senhor, compadecido de ti.
Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada,
vou assentar as tuas pedras sobre jaspe
e os teus alicerces em safiras;
vou fazer-te ameias de rubis,
portas de cristal
e todas as tuas muralhas de pedras preciosas.
Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor
e gozarão de uma grande paz.
Serás fundada sobre a justiça,
longe da violência, porque nada terás a temer,
longe do pavor, porque não poderá atingir-te.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 29 (30), 2 e 4.5-6.11 e
12a e 13b (R. 2a)
Refrão:
Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes.
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.
Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.
LEITURA V Is 55, 1-11
«Vinde a Mim e a vossa alma viverá.
Farei convosco uma aliança eterna»
Leitura do Livro de Isaías
Eis o que diz o Senhor:
«Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas.
Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei.
Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite.
Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta
e o vosso trabalho naquilo que não sacia?
Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom,
saboreareis manjares suculentos.
Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim;
escutai-Me e vivereis.
Firmarei convosco uma aliança eterna,
com as graças prometidas a David.
Fiz dele um testemunho para os povos,
um chefe e legislador das nações.
Chamarás povos que não conhecias;
nações que não te conheciam acorrerão a ti,
por causa do Senhor teu Deus,
do Santo de Israel que te glorificou.
Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar,
invocai-O enquanto está perto.
Deixe o ímpio o seu caminho
e o homem perverso os seus pensamentos.
Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele,
ao nosso Deus, que é generoso em perdoar.
Porque os meus pensamentos não são os vossos,
nem os vossos caminhos são os meus __ oráculo do Senhor.
Tanto quanto os céus estão acima da terra,
assim os meus caminhos estão acima dos vossos
e acima dos vossos estão os meus pensamentos.
E assim como a chuva e a neve que descem do céu
não voltam para lá sem terem regado a terra,
sem a haverem fecundado e feito produzir,
para que dê a semente ao semeador e o pão para comer,
assim a palavra que sai da minha boca
não volta sem ter produzido o seu efeito,
sem ter cumprido a minha vontade,
sem ter realizado a sua missão».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 3)
Refrão:
Ireis com alegria às fontes da salvação.
Ou:
Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria.
Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.
Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.
Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.
LEITURA VI Bar 3, 9-15.32 __ 4, 4
«Caminha para o esplendor da luz do Senhor»
Leitura do Livro de Baruc
Escuta, Israel, os mandamentos da vida;
inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência.
Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo
e envelheces em terra estrangeira?
Porque te contaminaste com os mortos,
foste contado entre os que descem ao sepulcro
e abandonaste a fonte da Sabedoria.
Se tivesses seguido o caminho de Deus,
viverias em paz eternamente.
Aprende onde está a prudência,
onde está a força e a inteligência,
para conheceres também
onde se encontra a longevidade e a vida,
onde está a luz dos olhos e a paz.
Quem descobriu a morada da Sabedoria?
Quem penetrou nos seus tesouros?
Aquele que tudo sabe conhece-a;
descobriu-a com a sua inteligência
Aquele que firmou a terra para sempre,
enchendo-a de animais quadrúpedes,
Aquele que envia a luz e ela vai,
que a chama e ela obedece-Lhe tremendo.
As estrelas brilham vigilantes nos seus postos
cheias de alegria;
Ele chama por elas e respondem: «Aqui estamos»
e resplandecem alegremente para Aquele que as criou.
Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar.
Penetrou todos os caminhos da Sabedoria
e mostrou-os a Jacob seu servo, a Israel seu predilecto.
Depois, ela apareceu sobre a terra
e habitou no meio dos homens.
Ela é o livro dos mandamentos de Deus
e a lei que permanece eternamente.
Os que a seguirem alcançarão a vida,
mas aqueles que a abandonarem morrerão.
Volta, Jacob e abraça-a,
caminha para o esplendor da sua luz.
Não cedas a outros a tua glória,
nem os teus privilégios a uma nação estrangeira.
Felizes de nós, Israel,
porque nos foi revelado o que agrada a Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 (19), 8.9.10.11 (R. Jo
6, 68c)
Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro
e permanace eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.
São mais preciosos que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos.
LEITURA VII Ez 36, 16-17a.18-28
«Derramarei sobre vós água pura e dar-vos-ei um coração novo»
Leitura da Profecia de Ezequiel
A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
«Filho do homem,
quando os da casa de Israel habitavam na sua terra,
mancharam-na com o seu proceder e as suas obras.
Fiz-lhes então sentir a minha indignação,
por causa do sangue que haviam derramado no país
e dos ídolos com que o tinham profanado.
Dispersei-os entre as nações,
espalhei-os entre os outros povos;
julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras.
Em todas as nações para onde foram,
profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles:
‘São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra’.
Quis então salvar a honra do meu santo nome,
que a casa de Israel profanara entre as nações para onde tinha ido.
Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus:
Não faço isto por causa de vós, israelitas,
mas por causa do meu santo nome,
que profanastes entre as nações para onde fostes.
Manifestarei a santidade do meu grande nome,
profanado por vós entre as nações para onde fostes.
E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor
- oráculo do Senhor Deus- quando a seus olhos Eu manifestar a minha
santidade,
a vosso respeito.
Então retirar-vos-ei de entre as nações,
reunir-vos-ei de todos os países,
para vos restabelecer na vossa terra.
Derramarei sobre vós água pura
e ficareis limpos de todas as imundícies;
e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses.
Dar-vos-ei um coração novo
e infundirei em vós um espírito novo.
Arrancarei do vosso peito o coração de pedra
e dar-vos-ei um coração de carne.
Infundirei em vós o meu espírito
e farei que vivais segundo os meus preceitos,
que observeis e ponhais em prática as minhas leis.
Habitareis na terra que dei a vossos pais;
sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2-3.5; 42 (43),
3-4 (R. 41 (42), 2)
Refrão:
Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Ou:
Como o veado em busca das águas,
assim, ó Deus, a minha alma Vos deseja.
Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
Quando irei contemplar a face de Deus?
A minha alma estremece ao recordar
quando passava em cortejo para o templo do Senhor,
entre as vozes de louvor e de alegria
da multidão em festa.
Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário.
E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus.
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Quando se celebra o Baptismo, pode dizer-se, em vez deste salmo, o
cântico de Is 12, como acima, depois da Leitura V; ou ainda o Salmo
50 (51),
como segue:
Salmo 50 (51), 12-13.14-15.18-19 (R. 12a)
Refrão:
Criai em mim, Senhor, um coração puro.
Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.
Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão-de voltar para Vós.
Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezareis, Senhor,
um espírito humilhado e contrito.
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EPÍSTOLA Rom 6, 3-11
«Cristo, ressuscitado dos mortos, já não pode morrer»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos:
Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo
fomos baptizados na sua morte.
Fomos sepultados com Ele pelo Baptismo na sua morte,
para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos
pela glória do Pai,
também nós vivamos uma vida nova.
Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo
pela semelhança da sua morte,
também o estaremos pela semelhança da sua ressureição.
Bem sabemos que o nosso homem velho
foi crucificado com Cristo,
para que fosse destruído o corpo do pecado
e não mais fôssemos escravos dele.
Quem morreu, está livre do pecado.
Se morremos com Cristo,
acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos,
Cristo já não pode morrer;
a morte já não tem domínio sobre Ele.
Porque na morte que sofreu,
Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre;
mas a sua vida é uma vida para Deus.
Assim vós também,
considerai-vos mortos para o pecado
e vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118),
1-2.16ab-17.22-23 (R. Aleluia)
Refrão:
Aleluia. Aleluia. Aleluia.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
EVANGELHO Mc 16, 1-7
«Jesus de Nazaré, o Crucificado, ressuscitou»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de passar o sábado,
Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé
compraram aromas para irem embalsamar Jesus.
E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo,
chegaram ao sepulcro ao nascer do sol.
Diziam umas às outras:
«Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?»
Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida;
e era muito grande.
Entrando no sepulcro,
viram um jovem sentado do lado direito,
vestido com uma túnica branca,
e ficaram assustadas.
Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis.
Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado?
Ressuscitou: não está aqui.
Vede o lugar onde O tinham depositado.
Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro
que Ele vai adiante de vós para a Galileia.
Lá O vereis, como vos disse».
Palavra da salvação.
III Parte Liturgia Batismal
São chamados os catecúmenos, que são apresentados ao povo por seus
padrinhos: se são crianças serão levadas por seus pais e padrinhos.
Faz-se a renovação dos compromissos batismais.
A Liturgia Batismal –
O sacramento do Batismo é o ponto central da cerimônia da Vigília Pascal. A liturgia batismal da Vigília Pascal compreende a bênção da água, a aspersão da água sobre a assembleia e a renovação das promessas do Batismo. Se houver criança ou adulto para se batizar, o celebrante procede com a cerimônia batismal normal.
A vigília Pascal é um momento muito especial para quem vai ser batizado, pois a Palavra de Deus diz assim: “… fomos batizados em Cristo Jesus, fomos imersos à semelhança da morte… Fomos sepultados juntamente com Ele, por meio da imersão (batismal), à semelhança da morte, para que assim como Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a gloriosa potência do Pai, assim caminhemos, nós também, numa vida nova”. (Rom 6, 3.4)
O Beato João Paulo II explicou assim: “Ao centro da Vigília Pascal encontra-se: primeiro, o “homem velho”, o homem do pecado, que deve morrer juntamente com Cristo, tem de ser sepultado com Ele — para que morra o pecado, na morte redentora de Cristo e — para que na aurora do Domingo de Páscoa nasça “o homem novo”. O homem que volta novamente à vida mediante Cristo”. E essa graça acontece no Batismo.
IV Parte Liturgia Eucarística
Ao se aproximar o dia da Ressurreição, a
Igreja é convidada a participar do banquete eucarístico, que por sua
Morte Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo. Nele participam
pela primeira vez os neófitos.
Toda a celebração da Vigília Pascal é
realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes
de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.
A missa ainda que se celebre antes da
meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que
participam desta missa podem voltar a comungar na segunda Missa de
Páscoa.
O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se as velas para todos os que participem da Vigília.
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