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sábado, 1 de agosto de 2009

Amigos e Amigas Especiais em minha Vida Seminarística!

Minha Gratidão e meus aplausos à

Zezé Costa, minha boa amiga e madrinha de Seminário




Zezé em sua juventude física e espiritual




Zezé aos 87 anos. Uma heroína na vida e na fé.



Conheci a Zezé em 1978, quando cheguei ao Seminário Santo Antônio, em Teresina-Piauí. Na mesma semana ela conquistou minha amizade e passou a rezar e ajudar a minha pessoa. Como seminarista, vindo do interior do Ceará, de família pobre, esta mulher de Deus me tratou como Mãe e não deixava me faltar nada. Na alegria, nas dificuldades ou na doença, Zezé estava do meu lado. Ela foi a primeira e grande amiga que Deus me deu na vida seminarística. Foi meu primeiro Anjo da Guarda no Seminário. Sou e serei eternamente grato por tudo que esta filha de Deus fez por mim.

Há 31 anos que conheço a Zezé.

Há 31 anos que alimento essa amizade através de cartas e telefonemas.

Zezé receba minha profunda gratidão e os meus aplausos por tudo que você fez por mim, pela Igreja e Paróquia de Santo Antônio.

Um beijão no seu coração, pelos lábios de Nossa Senhora.



- Dados Biográficos – Em Síntese – Zezé Costa -


Zezé Costa,

Seu nome completo: Maria José de Oliveira Costa, nasceu em Teresina-Piauí, no dia 21 de Agosto de 1922.

Filha de José Rodrigues de Sousa e Benedita de Oliveira Costa.

Estudou na Escola Normal de Teresina. Iniciou o Curso de Enfermagem, mas não chegou a concluí-lo

Quando mais jovem transformou uma das dependências de sua casa numa escolinha de alfabetização. As aulas eram ministradas à tarde, antes de ela ir à Igreja.
Trabalhou durante muitos anos para o movimento do “Pão dos Pobres de Santo Antônio” e nos trabalhos da Igreja de São Benedito. Deixou o Movimento do Pão dos Pobres de Santo Antonio, porém continuou nos trabalhos da Igreja ,sempre fazendo anotações das intenções das Santas Missas. Seu trabalho como leiga engajada na Comunidade Paroquial somou-se por mais de 40 anos.

No ano de 2007, precisou submeter-se a uma cirurgia e não pôde mais freqüentar os trabalhos e nem fazer-se presente na Igreja de Santo Antônio, pois antes dessa cirurgia, ela freqüentava a Igreja todos os dias.

Atualmente, Maria José, nossa Zezé Costa, reside na mesma casa há muitos anos, casa esta que fora construída pelo seu pai.

Juntamente com a Zezé, na mesma casa, residem sua cunhada Heloísa, esposa de José Cândido (falecido) e seus sobrinhos Cândido Filho, Maura e Sandra.

Zezé sempre gostou de tratar a todos de “coleguinha” e ensinou aos filhos do José Cândido, seu irmão, a chamarem as pessoas de coleguinha também.

Seus irmãos, Otávio, Paulo, Benedito, André, José Cândido, Ilná, Inês, Lourdes, todos falecidos.

Zezé merece a gratidão e o reconhecimento dos paroquianos da Paróquia de São Benedito. Ele merece os aplausos de todos.


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Minha Gratidão e meus aplausos à

Ir. Edeltraut Lersch, minha boa amiga e madrinha de Seminário




Tive o privilégio de conhecer esta religiosa quando fui a Barbalha passar férias na casa de minha irmã.

Durante esses dias, conheci o Pe. Ailton e com ele participei por uma semana nas missões populares. Através desse santo sacerdote conheci a Irmã Edeltraut. Ela me recebeu com aquele sorriso e acolhida que lhe são peculiares a sua forte personalidade. Daí nasceu a nossa amizade. Nesse tempo eu estava fora do Seminário. Pe. Ailton, da Diocese de Brejo dos Anapurus, convidou-me a fazer uma experiência na Diocese a qual fazia parte. Aceitei o convite e retornei ao Seminário. Suas cartas sempre com palavras afáveis, ofereciam-me otimismo para enfrentar a caminhada vocacional.

Férias encerradas... Ingressei no Seminário. Irmã Edeltraut alimentou nossa amizade através de cartas e daí passou a me ajudar. Tornou-se assim minha madrinha e conselheira na caminhada seminarística.

Sempre que eu retornava a Barbalha, ela me levava a Capela e, em seguida, mostrava-me o hospital com muito carinho e falava sobre o progresso crescente daquela entidade a qual era Diretora Executiva.

Quando saí do Seminário, ela continuou me escrevendo, me acompanhando na vida espiritual com seus conselhos cheios de sabedoria. Da mesma maneira eu me correspondia com ela através de cartas, até hoje. Nunca abandonei e esqueci as pessoas amigas que me ajudaram no seminário. E com todas me comunico.

Ir. Edeltraut receba minha profunda gratidão e os meus aplausos por tudo que você fez por mim durante minha vida seminarística. Um beijão no seu coração, pelos lábios de Nossa Senhora.


Dados Biográficos – Em Síntese – Ir. Edeltraut


Vamos conhecer um pouco desta grande religiosa e sua atuação no Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo na cidade de Barbalha – CE.

"ORA ET LABORA"
COMO UM FREIRA ALEMÃ CONTRUIU UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE NO INTERIOR DO CEARÁ

Por Maria Tereza Gomes

Irmã Edeltraut Lerch

"O calor nordestino era sufocante para sua pele alvíssima, mas ela dirigia assim mesmo a Rural, vidros abaixados, pelas cidades do Vale do Cariri em busca de doações e médicos interessados em dar consulta, aplicar anestesia, operar. Muitas vezes sozinha percorreu os 550 quilômetros de Barbalha, sua base de fé e trabalho, até Fortaleza, a capital do Ceará, para mais uma audiência com mais um secretário de Saúde para mais uma rodada com o pires na mão. Por iniciativa própria, aprendeu a trocar pneu, mexer no carburador, consertar a rebimboca da parafuseta. Até hoje, aos 78 anos, irmã Edeltraut gosta de dirigir e dá risada quando o povo conta que ela levantava poeira pelas rodovias maltratadas do interior cearense. Certa vez, em direção a Recife, o policial rodoviário a flagrou acima da velocidade. “Irmã, aqui só pode 80”, diz o guarda. Ela retruca: “Com 80 eu custo muito a chegar, e tenho muita coisa para resolver”.

Nem o sol escaldante nem as estradas impediram que essa irmã ligada ao Priorado do Nordeste da congregação das Beneditinas Missionárias de Tutzing, da Bavária alemã, construísse sua obra numa cidade sobre a qual jamais ouvira falar num país para onde havia sido enviada, sem consulta prévia, 15 anos antes. Um cronista local, Napoleão Tavares Neves, relatou assim a inauguração do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo ocorrida no dia 1º de maio de 1970: “Após a santa missa inaugural as portas foram abertas à visitação pública. O espanto foi geral: era grande demais, luxuoso para cidade de gente tão pobre. Não tem como manter-se aberto, diziam todos”.

Não era falta de fé a incredulidade do povo daquela cidade pobre que vivia à sombra de Juazeiro do Norte, o berço do poderoso Padre Cícero, distante apenas 10 quilômetros. É que poucos conheciam a terceira dos sete filhos do casal Gisela e Wenzel Lerch, nascida em 5 de dezembro de 1929 num pedaço alemão que naquele período pré-Segunda Grande Guerra ainda pertencia à República da Checoslováquia. Nada sabiam sobre a família de pequenos fazendeiros que perdeu, de uma só vez, sua nacionalidade, sua terra e a possibilidade de ter batata e pão à mesa. Nada sabiam sobre a jovem que, num trem apinhado de desabrigados, deixou para trás a adolescência, passou fome, virou empregada doméstica, e se descobriu adulta, aos 20 anos, em Frankfurt, quando diz ter sentido o chamado para a vida religiosa.
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Os pais foram contra, mas em 1950 ela virou noviça. Como as beneditinas são uma ordem pobre, de freiras trabalhadoras, ela escolheu estudar enfermagem. Em outubro de 1955, foi enviada para o Priorado de Olinda, no litoral de Pernambuco. Nada sabia de português, mas ensinou puericultura e higiene no curso de pedagogia, ajudou a formar novas freiras e era também enfermeira da Casa Mãe. Em 1969, nomeada superiora e diretora da nova Fundação do Hospital-Maternidade São Vicente de Paulo, foi de ônibus para Barbalha, onde está até hoje.

Quando desceu da condução, pediu informações a um menino que fazia bicos por ali, carregando compras dos freqüentadores da feira de rua - como a maioria das crianças dali, aquele trabalhava desde sempre. Era Antonio Ernani de Freitas aos 8 anos, seu futuro braço direito, quase filho pelas próximas décadas. O hospital para onde ele a levou era um conjunto de paredes. Sem equipamentos, sem camas, sem viva alma. Ao inaugurá-lo, um ano depois, tinha maternidade, pediatria, clínica médica e isolamento. Antes do São Vicente de Paulo, os barbalhenses levavam seus doentes para Crato distante 24 quilômetros, ainda hoje maior e mais desenvolvida.

Quem quiser pode ir verificar o São Vicente de Paulo atual: atende a 45 municípios da região com seus 216 leitos; tem pronto-socorro, UTI (inclusive neo-natal) e clínicas médica, cirúrgica, pediátrica, obstétrica e unidade de médio risco. Em meados de 2004, atendeu a média de 40 mil pessoas por mês. Só na fisioterapia foram quase três mil atendimentos. E ainda tem a Unidade de Oncologia, a única fora de Fortaleza, inaugurada com banda (a irmã adora banda!) e políticos. José Serra, então ministro da Saúde, foi. Somadas, quimioterapia e radioterapia fazem mais de três mil sessões mensais.

"Essa entidade filantrópica, de assistência social no ramo de saúde e sem fins lucrativos - as irmãs têm voto de pobreza, e todo o lucro é revertido para o hospital -, é um centro de referência de saúde no interior do Nordeste brasileiro. Para construí-lo, a irmã Edeltraut ora e trabalha incansavelmente, como ensinou São Bento, o pai dos monges, nascido em 480.

Até ser aposentada compulsoriamente aos 75 anos - uma regra na maioria das congregações -, a irmã acordava todos os dias às 3h da madrugada. Depois de orar e meditar, visitava os pacientes. Por volta das 5h, voltava à capela para as orações rituais com as outras irmãs. Só então, tomava o café. O dia seguia com mais uma ronda pelo hospital, burocracias do cargo e reuniões com os assessores diretos, mas só quando havia necessidade. Ernani e Antonina Luna Ribeiro (esta, colaboradora por quase 33 anos), dizem que ela nunca tomava decisões antes de ouvi-los, mas não se esquivava da última palavra, nem mesmo das mais difíceis. Em meados da década de 80, com os recursos oficiais à míngua, precisou demitir metade dos funcionários. Falou e chorou - com cada um deles. Quando o dinheiro voltou a pingar, muitos foram recontratados. Atualmente, 500 médicos, enfermeiros e funcionários trabalham com carteira assinada para o São Vicente de Paulo.

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Em Barbalha, ninguém se lembra da irmã sem trabalhar. Se ela não tinha nada para fazer, limpava paredes e o chão. Vivia com um pano na mão. O povo dali gosta de contar como corria para cima e para baixo em busca de dinheiro para manter e ampliar sua obra. Também falam da vez, com o hospital ainda fechado, em que ela percorreu 30 cidades alemãs falando nos púlpitos das igrejas sobre uma cidade carente no interior do Brasil que precisava de um hospital. Além de doações em dinheiro, conseguiu o primeiro raio X. Em outra ocasião, ao ler na revista Exame sobre o então poderoso CEO da General Electric, Jack Welch, mandou uma carta para ele lá nos Estados Unidos. Solicitava ajuda para comprar (quem sabe, ganhar!) um desses equipamentos caríssimos que a multinacional americana fabrica. A doação não veio, mas o desconto viabilizado pela filial brasileira ajudou na compra.

É assim que o Cariri, região conhecida como a terra dos verdes canaviais embora no meio do deserto, é abençoada com chuvas constantes aprendeu a amar a irmãzinha, como a chama o político Tasso Jereissati, cuja carteira de identidade é de estrangeira permanente, que no estado civil é religiosa e que, perguntada se sente orgulho do que realizou, responde: “Orgulho? Isso não, o que me encanta mais é a humildade. O que me deixa feliz é o senso de missão cumprida”.

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Faço minhas as palavras de Genário Sampaio.

Ei-las na íntegra:

genariosampaio@hotmail.com

Madre Edeltraut Lerch,a Mãe da saúde em Barbalha,deixou o convívio desta cidade e deste povo que tanto lhe deve e que com certeza, sofrerá a sua ausencia, pois a querida Irmã,retornou definitivamente para o seu País de origem, a Alemanha, conforme tá escrito na Coluna Cariri deste Jornal.Irmã, a Sra. não está aqui para ler estas linhas simples que escrevo neste meu comentário referente a esta notícia, mas, muitos irão ler e vão ter o mesmo sentimento de falta, de um vasio dentro da alma, que faz meus olhos inundar de lágrimas ao ler esta notícia da sua partida. Sou um entre milhares de barbalhenses, que sentirá sua presença física e espiritual no nosso meio. Mas, caríssima Irmã Edeltraut, a Sra. nos deixou um legado precioso, e todos nós nos sentimos orgulhosos de poder de alguma forma, fazer parte desta jóia preciosa que a Sra. nos deixou, o Hospital-Maternidade São Vicente de Paulo. Barbalha e toda região do Cariri e cidades de Estados vizinhos, agradecem com toda força do coração tudo que a sua presença nos proporcionou todos esses anos e pela sua grandiosa obra beneficente. Vá com Deus querida Irmã Edeltraut, o seu País e seus familiares e amigos a esperam e nós estaremos aqui neste rincão sempre orando e agradecendo ao Altíssimo por tudo que a Sra. nos poroporcionou e nos proporciona ainda com este legado que a Sra. nos deixou.A sua lembrança viva, jamais morrerá na nossa memória.

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Minha Gratidão e meus aplausos à

Ir. Maria Ignácia, minha boa amiga e madrinha de Seminário.

(Manaus - AM)




Quando estive de Férias no ano de 1991, encontrava-se em Aracoiaba a religiosa Irmã Helena Lima Verde, pertencente a Ordem Salesiana. Esta religiosa quando jovem foi muito amiga da Tia Dadina, portanto conhece muito bem minha família.

Certa vez, vindo da Igreja, passou em minha casa onde tivemos a oportunidade de conversarmos um pouco. Nesse bate-papo ela me falou de sua colega de Comunidade a Ir. Maria Ignácia Bonfim.

Quando Ir. Helena chegou em Manaus, com certeza falou de minha pessoa a sua colega de Comunidade. A partir daí, Ir. Ignácia começou a me escrever e a conquistar minha amizade com suas cartas recheadas de conselhos e orientações espirituais. Daí em diante ela passou a me ajudar segundo suas possibilidades... Certa vez presenteou-me com um gravador, enviado pelos correios. Foi o primeiro gravador que ganhei em minha vida.

Ir. Ignácia (in memorian) foi uma religiosa que me ajudou na educação espiritual com suas belíssimas cartas.

Não cheguei a conhecer esta santa religiosa pessoalmente, mas ela me fez um grande bem na direção espiritual de suas humildes e belíssimas cartas.

Ir. Ignácia, do Céu onde você está, receba minha profunda gratidão e os meus aplausos por tudo que você fez por mim durante minha vida seminarística. Um beijão no seu coração, pelos lábios de Nossa Senhora.

Obs.: Não consegui os dados biográficos da Irmã Ignácia Bonfim.

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Minha Gratidão e meus aplausos ao

Dr. Miécio (Médico Oftalmologista) , meu bom amigo e conselheiro espiritual.

(São Luís-Maranhão)





Fomos fotografados no quarto que hospedou e acolheu o Papa João Paulo II

Dr. Miécio (segunda pessoa da esquerda à direita)



Momento de Adoração Eucarística no Grupo de Oração no Bairro São Francisco




Momento de Louvor no Grupo de Oração na Igreja Matriz de São Francisco


Conheci Dr. Miécio quando estive no Seminário Interdiocesano Santo Antônio, em São Luis-Maranhão nos anos de 1991 e 1992.

Cheguei a conhecê-lo através da grande amiga Ir. Letícia Pelicco, religiosa Paulina.

Dr. Miécio coordenava um Grupo de Oração da Renovação Carismática no Bairro São Francisco em São Luis. Homem inteligente, carismático, extrovertido, conquistou rapidamente os participantes do grupo de oração o qual fazia parte.

Um belo dia, eu e a Irmã Letícia fomos participar do grupo de oração que ele dirigia. A partir desse dia, todas as segundas-feiras às 19h, eu me fazia presente a Igreja que acontecia os encontros de oração. Ao término dos encontros, ele ia me deixar no seu carro ao Seminário.

Com o passar do tempo, fui convidado por ele para fazer a reflexão do Evangelho num dos encontros de oração. Daí por diante, ele me colocou como um dos pregadores do grupão.

Dr. Miécio nutria grande amizade e admiração por minha pessoa. Levou-me a sua casa por várias vezes para almoçar nos finais de semana e gostava de me presentear com livros religiosos.

Das poucas vezes que visitava o seu Consultário, fui recebido com muita atenção e carinho.

Quando deixei o seminário de maneira definitiva (realidade que mais tarde muito me arrependi) fiquei hospedado na residência dele, onde fui muito bem tratado por ele, sua esposa Dra. Vanda e seus dois filhos (não me recordo no momento dos nomes).

DR. Miécio foi um grande amigo, um pai para mim, quando estive em São Luis-Maranhão.

Dr. Miécio, do Céu onde você está, receba minha profunda gratidão e os meus aplausos por tudo que você fez por mim durante minha vida seminarística. Um beijão no seu coração, pelos lábios de Nossa Senhora.

Dra. Vanda e seus filhos, recebam meu afetuoso abraço, recheado da mais pura gratidão. Obrigado por tudo! Deus lhes pague!!!

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Minha Gratidão e meus aplausos ao

Pe. Dr. João Mohana, meu bom amigo e Diretor Espiritual.

(São Luís-Maranhão)



Pe. Mohana - Professor e Psicólogo



Pe. Mohana - Sacerdote



Padre Mohana - Médico


Tive o privilégio de conhecer o Pe. João Mohana no Seminário Interdiocesano Santo Antônio. Ele era um Sacerdote muito inteligente. Era escritor, médico e psicólogo; um sacerdote de vasta cultura. Diante de tudo isso, Pe. Mohana era uma pessoa virtuosa e humilde.

Fui aluno dele em duas cadeiras de Psicologia. Em seguida, Pe. Xavier, Reitor do Seminário, sugeriu-me para ser acompanhado por ele na Direção Espiritual. Aceitei, gostei e continuei sendo acompanhado por aquele santo sacerdote. Aprendi muito com seus sábios ensinamentos e esclarecimentos de cunho moral e espiritual.

Pe. Mohana era um homem simples e muito paciente. Ele acreditava muito no potencial das pessoas. Para ele não existia aluno bom ou ruim. Seminarista bom ou ruim. Ele via as qualidades das pessoas e trabalhava em cima das dificuldades apresentadas por elas.

Para ele, ninguém estava perdido... sempre havia esperança para uma saída. Ele , repito acreditava muito na força que cada ser humano traz dentro de si. E ele orientava a essa pessoa a se exercitar em sua força interior. Esse lindo comportamento encontrei no Pe. João Mohana, por isso o admirava e o queria muito bem. Para ele nada estava perdido...

Este sacerdote acreditava muito em minha vocação, apesar da minha grande insconstância em termos de decisão vocacional naquela época. Ele invertia muito em mim com palavras e orientações como Padre e como Psicólogo. Lembro-me bem que, quando saí do Seminário, fui a residência dele para comunicar minha decisão. Ele me ouviu pacientemente, aconselhou-me como pai e disse: “se você quiser eu lhe ajudo a ingressar na Arquidiocese do Rio de Janeiro”, pois ele era muito amigo do Cardeal Dom Eugênio Sales. ( Desculpe meus amigos, mas quando toco nesse assunto, me emociono...)

Não sei onde estava minha cabeça naquele momento, quando educadamente respondi pra ele que queria vir para minha casa e em seguida, fazer uma experiência vocacional no Shalon. Se arrependimento matasse, hoje eu estaria morto. Se eu tivesse acolhido a orientação deste santo e sábio sacerdote, hoje eu seria padre com quase dez anos de sacerdócio. Sofri muito essa frustração por alguns anos. Agora estou conformado, pois meu sacerdócio atualmente está sendo vivido como leigo engajado na Igreja, como Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão e como companheiro, guardião e filho de duas pessoas idosas, minhas santas tias-mães. Se eu pudesse fazer teologia em Fortaleza, continuando em Aracoiaba, assistindo aulas três vezes por semana, aí sim, teria coragem de repensar... quem sabe, o meu retorno definitivo na caminhada sacerdotal... Mas com 50 anos de idade? E minhas queridas tias-mães? Vamos rezar e unidos coloquemos a vida do Lusmar nas mãos de Deus. A minha vida e o meu futuro está nas mãos de Deus.

Quando saí de maneira definitiva do seminário, ao chegar a minha terra, sofri fortes calúnias com estórias deturpadas a respeito de minha saída do seminário. Tudo por maldade... Sofri, sim, mas entreguei tudo nas mãos de Deus e pacientemente perdoei aquele grupo de pessoas.

Pe. João Mohana, do Céu onde você está, receba minha profunda gratidão e os meus aplausos por tudo que você fez por mim durante minha vida seminarística. Um beijão no seu coração, pelos lábios de Nossa Senhora.



Agora vamos conhecer um pouquinho da pessoa do Pe. João Mohana


Biografia


O médico, escritor e padre João Mohana nasceu na cidade de Bacabal, interior do Maranhão, no dia 15 de junho de 1925. Seus pais, Miguel e Anice Mohana, eram cristãos libaneses maronitas. Alguns motivos contribuíram para que se mudassem para o Brasil, entre eles, perseguição dos turcos islamitas contra os cristãos libaneses maronitas e a área reduzida do Líbano.

Então resolveram se estabelecer nas cidades de Coroatá, Bacabal e Viana. Esta última foi o local onde João Mohana passou sua infância e grande parte da adolescência.

A juventude de Mohana foi marcada por fatos que revelaram precocemente sua liderança e solidariedade. Quando o arcebispo D. Carlos Carmelo realizou uma visita pastoral a Viana, o jovem João Mohana foi escolhido para saudá-lo. Vários espetáculos teatrais organizados na cidade tiveram a participação de João Mohana. Durante as férias do colégio, os estudantes eram convocados a participar de peças teatrais e show de variedades.

Na capital do Maranhão, os estudos ocorreram no Colégio São Luís e no Colégio Marista Maranhense. O irmão Mário o incentivou a ter noções de Psicologia, fundamental para o seu trabalho mais tarde. No decorrer de sua vida escolar, vários professores, como D. Zilda Dias, levaram-no a conhecer melhor a natureza humana através dos ensinamentos.

Mohana realizava pesquisas para obter livros antigos e romances famosos, fato que revela como seria desenvolvida a pesquisa em relação a "A Grande Música do Maranhão". Sempre foi criterioso. Rasgou romances que considerava imperfeitos, entre eles, "A Serra da Boa Esperança". Começou a fazer um fichário que revela sua disciplina e discernimento.

No final da década de 40, por determinação de seu pai, cursou Medicina na Universidade Federal da Bahia com especialidade em Pediatria. Em São Luís, chegou a trabalhar junto com o Dr. Odorico Amaral de Matos no Departamento Estadual da Criança.

Em 1952 lançou seu primeiro livro, o romance O Outro Caminho, pelo qual recebeu o prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras. Um livro original e, em alguns aspectos, autobiográfico. Apesar de ter sido obrigado a seguir Medicina, seu grande desejo era o sacerdócio. Este conflito médico/ padre influenciou vários livros escritos por ele mais tarde.

No Maranhão desempenhou importante papel à frente da Ação Católica que tinha a presidência internacional de Luiggi Geda, e Tristão de Ataíde no âmbito nacional. Houve um redirecionamento em várias áreas e o aspecto cultural ganhou um impulso benéfico.

Após a morte do pai, entrou para o Seminário de Viamão, Rio Grande do Sul. Estava com 30 anos. No Rio de Janeiro, acontecia o 36o. Congresso Eucarístico Internacional. Quase 2 anos depois da morte de Miguel Mohana, o jovem médico optou por "Um Outro Caminho". Escreveu até um artigo sobre o assunto. A qualidade de ser cauteloso contribuiu para preparar a mudança. A adaptação às normas do Seminário de Viamão foi resultado de um Trabalho Interior. Quando convidado a escrever sobre o cemitério da cidade, a sensibilidade anunciou o "Cemitério Interior". Um enfoque diferente que encantou a todos os seminaristas. Em 1960, tornou-se padre. O evangelho era pregado de forma atualizada e entusiasta.

O sucesso dos sermões era proveniente de seu conteúdo, espiritualidade e modernidade. Sua oratória empolgava o público. Milhares de pessoas participaram de cursos e seminários ministrados por ele em todo o Brasil.

Sua eleição para a Academia Maranhense de Letras ocorreu no dia 4 de abril de 1970. A posse, 4 meses depois, quando passou a ocupar a cadeira de No. 3.

Em 1975, o padre João Mohana fundou o movimento Juventude Universitária Autêntica Cristã (JUAC), com o objetivo de formar líderes. Movimentos que colaboraram para o desenvolvimento do Próximo e surgimento de lideranças. Este movimento colaborou para o desenvolvimento de jovens comprometidos com a cristandade.

A história de João Mohana continua. Lembranças, livros, sermões, orientações e exemplos. No dia 12 de agosto de 1995 partiu, mas cumpriu sua missão. Durante a doença, no final de sua existência, viveu tudo que colocou nos livros.

João Mohana na Internet mostra a modernidade de um homem que atingiu seus objetivos e continua atual porque soube aplicar, multiplicar e, sobretudo, compartilhar seus talentos com os jovens, os casais, os amigos, os irmãos...

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Minha Gratidão e meus aplausos a grande amiga

Ir. Letícia Pilleco, minha conselheira espiritual.

(São Luís-Maranhão)




Sua querida Mãe que está no Céu



Seus primeiros anos na Ordem das Irmãs Paulinas



Foto atual - 50 Anos de vida religiosa


A Irmã Letícia marcou-me em minha vida seminarística. Foi amiga, irmã, conselheira e mãe. Foi tudo isso! Foi um presente de Deus em minha vida seminarística.

Conheci a Irmã Letícia em São Luis-Maranhão, em 1991, na época, como seminarista ligado a Diocese de Brejo dos Anapurus.

Certa vez, visitando a Loja das Paulinas, fui muito bem atendido por ela.

Aquela educação, voz mansa e gesto acolhedor e fraternal, tudo isso conquistou minha pessoa muito rapidamente. Ali, naquele momento começara nossa amizade, pois saí da loja impressionado com aquele jeitinho angelical de pessoa.




Residência das Irmãs Josefinas em São Luís - MA, em 1991.

Nesta foto estão: Júnior Noleto (atualmente, sacerdote, meu gande amigo); Irmã Iracema, Irmã Estér, Irmã Letícia, Lusmar. (Não me recordo o nome da Religiosa que está a minha direita.)



Casa Residência das Irmãs Josefinas


Sintetizando essa história abençoada por Deus, comecei a trabalhar com a Irmã Letícia nos finais de semana fazendo pastoral no Sítio Conceição e Vila Maranhão, junto as famílias pobres. Eram dias dedicados a evangelização daquele povo querido e hospitaleiro.




Comunidades do Sítio Conceição e Vila Maranhão em que trabalhávamos...



É muito gostoso a gente trabalhar com pessoas humildes. Elas são acolhedoras, puras e conquistam amizades rapidamente. Com as pessoas simples a gente aprende muitas riquezas de vida. Elas nos dão autênticas lições de amor a Deus, ao próximo e a vida. Nós aprendemos muito com as pessoas amigas do Sitio Conceição e Vila Maranhão. Guardo grandes recordações daquele tempo de catequese e evangelização.

Irmã Letícia muito me ajudou no seminário. Foi amiga, conselheira espiritual, madrinha e mãe.

Nos dois anos e cinco meses que permaneci em São Luis, nos momentos de alegria,dificuldades e doenças, ela aparecia como aquele anjo da guarda que tudo faz para ver a pessoa querida sorrindo. Assim era ela. Assim é ela.

Deus me ensinou e me fez aprender muito com o testemunho de vida desta religiosa autêntica em sua fé. Mulher humilde, corajosa, determinada, apaixonada por Jesus, pelos pobres e pela Igreja a qual Ele fundou. Mulher de fé!!!

Durante esses anos 18 anos que não a vejo, a chama da nossa amizade continuou acesa através de ligações telefônicas e cartas.

A amizade da Irmã Letícia, foi um presente de Deus para mim, presente muito valioso.

Letícia, sei que você vai ler este meu relato, e na sua humildade, vai dizer: “não sou nada disso que o meu amigo está dizendo”. E eu respondo: você é tudo isso que acabo de afirmar, pois as pessoas humildes não atribuem qualidades a si mesmas. Portanto, eu trabalhei com você e tive o privilégio de conhecer de perto suas virtudes e qualidades.Você é tudo isso que afirmei acima.


Ir. Letícia, receba a gratidão minha e de minhas tias-mães, os meus aplausos por tudo que você fez por mim durante minha vida seminarística. Um beijão no seu coração, pelos lábios de Nossa Senhora.

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