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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Hoje,dia de Nossa Senhora Aparecida, temos: Aparecida e sua mensagem: "Deus se encantou com esta mulher e a fez sua mãe; Históricos,Roteiros da Fé: Na capelinha da Ponte Alta, No Oratório do Porto Itaguaçu, Na Igreja do Morro dos Coqueiros, Na Basílica do Morro das Pitas; Maior Centro Mariano do Brasil; Basílica Velha; Memorial Redentorista; Morro do Cruzeiro; A Praça; Via Sacra; Local onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada; Históricos e Imagem de Nossa Senhora Aparecida; Uma Rosa de Ouro para a Virgem; O que é uma Rosa de Ouro? ; Descrição histórica de Nossa Senhora Aparecida; Coroa e Manto; Nossa Senhora da Conceição Aparecida , síntese histórica; A Pesca Milagrosa; O Milagre das Velas; Romeiros de Nossa Senhora Aparecida; Consagração: 50 Anos; O Santuário - Basílica Nova.

12 DE OUTUBRO DE 2009 
SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL.

Nossa Mãe merece aplausos!!!!


Imagem de Destaque

Aparecida e sua mensagem

Deus se encantou com esta mulher e a fez sua Mãe
Bem escreveu Dom Helder Câmara, saudoso arcebispo de Recife e Olinda: "Não nos basta tua sombra, ó Mãe, comove-nos tua imagem!" É assim que nos sentimos diante da pequenina imagem da Senhora Aparecida. Como aconteceu esta "aparição"? A história é muito comentada, mas podemos nos perder nos detalhes e, por isso, arrisco contá-la numa pequena síntese.

Em 1717, iria passar pelo nosso Vale do Paraíba o Conde de Assumar, uma visita ilustre para os pobres moradores da região ribeirinha. Fazia parte da viagem passar pelo Porto de Itaguaçu, hoje cidade de Aparecida. Conta-se que iriam servir uma refeição para o Conde. O que tinham de melhor? Os peixes do Rio Paraíba. Mas o rio não estava para peixe. Com receio de não terem o que servir, pediram ajuda aos céus. Lançaram as redes, e nada. Até que pescaram o corpo de uma pequena imagem e, em seguida, veio para a rede a cabeça, da mesma imagem.

Que imagem era essa? Uma imagem barroca, de terracota, da Imaculada Conceição. Acredita-se que esta imagem tenha sido lançada no Rio Paraíba na altura da cidade de Jacareí. Por sinal, bem junto à ponte que liga a Praça dos Três Poderes ao bairro São João, existe uma antiga capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Mais um detalhe, a padroeira da Matriz de Jacareí é a Imaculada Conceição. A partir daí a pequenina imagem de cor morena, devido ao lodo do fundo do rio, passou a ter como casa a casa dos pescadores. Tempos depois improvisaram uma pequena capela.

A fama da imagem foi crescendo. Qual imagem? Aquela "aparecida" nas águas do rio. Daí vem o nome, que se tornou nome de tantos e tantas: Aparecida. Alguém poderia se perguntar: qual a mensagem deixada? Como tantos outros já disseram, aqui registro o seguinte: a mensagem de Aparecida está ligada ao modo como apareceu e ao contexto histórico.

A imagem da Imaculada Conceição traz Maria grávida de Jesus. É de uma mulher grávida. Maria vem para nos apresentar Jesus, para nos apresentar a Jesus. Isto é o que importa. A imagem está de mãos postas, como que rezando. A nós ela pede que façamos o que Jesus nos disser, a Ele ela intercede por nós: "Eles não têm mais vinho", como no Evangelho de João, no capítulo segundo. A cabeça e o corpo precisam ser unidos, como a Igreja Corpo Místico de Cristo precisa estar unida a "Cristo Cabeça". Sem Ele, cabeça deste corpo, nada somos e nada podemos. Ainda, a imagem vem para a barca dos pescadores. A barca é símbolo da Igreja nos Evangelhos. Maria entra na história do nosso povo, da Igreja no Brasil. A imagem brota das águas, como nós brotamos para a Igreja pelas águas purificadoras do Batismo. A imagem vem para os pequenos, para os pobres, e num período em que os negros viviam no regime da escravatura. Aí vem uma outra "coincidência": só em 1888 a imagem recebe uma "casa digna", que hoje chamamos de Basílica Velha. Parece-nos que ela esperou seus pobres filhos serem libertos para aceitar um presente melhor. A casa só veio quando seus filhos foram libertos. Ela é a Mãe Morena do povo brasileiro.

Também quero sublinhar os presentes que o povo deu à imagenzinha: uma coroa, uma capa. Assim ela foi ornamentada. Deus se encantou com esta mulher e a fez sua Mãe. Ela, por sua vez, também nos encantou. Contemplando a pequenina imagem, vemos um esboço de sorriso em seus lábios. Ela é, sem dúvida alguma, o sorriso de Deus para a nossa gente, para todos nós!




Pe. Rinaldo Roberto de Rezende

Cura da Catedral de São Dimas

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Históricos » Roteiro da Fé

Do Ribeirão do Sá à Basílica Nova

Desde que foi encontrada pelos pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso nas águas do Rio Paraíba, em meados de outubro de 1717, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida peregrinou pelas casas de diversas famílias, até ser colocada no altar da igreja construída no alto do “Morro dos Coqueiros”, em 1745, pelo padre José Alves Villela.

Naquele local, ela permaneceu 237 anos, recebendo a homenagem e a gratidão dos brasileiros. No dia 3 de outubro de 1982, em meio a uma série de solenidades, a pequena Imagem foi levada para seu novo templo, construído no topo do “Morro das Pitas, que foi solenemente sagrado no dia 4 de julho de 1980 pelo Papa João Paulo II.


Na capelinha da Ponte Alta: 1723-1732

Em 1723, Filipe Pedroso mudou-se com a família para a Ponte Alta, levando consigo a Imagem da Virgem Aparecida. Construiu um novo altar e nele colocou a imagem que “apareceu” na rede. Foi a partir daí que os devotos começaram a chamá-la de “Nossa Senhora Aparecida”.

No oratório do Porto Itaguaçu: 1732-1745

Pelo ano de 1732, Felipe Pedroso retorna com a família para o Porto Itaguaçu e entrega a imagem a seu filho Atanásio Pedroso, que construiu um oratório para a Imagem e convidava a vizinhança para a reza do Terço aos sábados. Começou aí a expansão da devoção a Nossa Senhora Aparecida.

Na igreja do “Morro dos Coqueiros”’: 1745-1982

No dia 25 de julho de 1745, a convite do padre José Alves Villela, vigário da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, o povo do Itaguaçu realizou uma grande procissão para levar a imagem da Senhora Aparecida para sua primeira igreja, construída no alto do “Morro dos Coqueiros”.

No dia seguinte, 26 de julho, festa de Santa Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora, o padre Villela inaugurava a primeira igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Agora, a Imagem que pertencia ao povo do Itaguaçu passava a pertencer a todo o povo brasileiro.


Na Basílica do “Morro das Pitas”: 1982...

No dia 3 de outubro de 1982, em cerimônia iniciada às 9:00 horas, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi trasladada da Igreja do “Morro dos Coqueiros”, a conhecida "Basilica Velha", para seu novo templo erguido no alto do “Morro das Pitas”.

Este novo templo, denominado oficialmente Catedral-Basílica de Aparecida, mas conhecido pelos romeiros como "Basílica Nova", teve sua construção iniciada em 11 de novembro de 1955 e foi sagrado a 4 de julho de 1980 pelo Papa João
Paulo II.

Endereço:
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
Avenida Dr.. Júlio Prestes, s/n
Bairro Ponte Alta
CEP 12570-000 Aparecida SP
Brasil.
Telefone: (12)3104 1000

Maior Centro Mariano do Brasil

O Santuário Nacional é o maior centro de ação e irradiação evangelizadoras do País. Desde a inauguração da capela em 1745, tem uma característica especial: recebe peregrinos durante o ano todo. O movimento de peregrinos cresce muito, de ano para ano.

Em 1900, calculava-se o número anual de visitantes em 150 mil. Em 1957, o número atingiu um milhão de romeiros. Hoje, a estatística acusa 8 milhões de peregrinos. O número de romeiros continua aumentando nos últimos tempos. Em 1997, o total atingiu 5.285.000 de peregrinos.

Já em 1999, os romeiros totalizaram 6.565.849. Em 2007, até o dia 12 de outubro, o número perfaz 4.400.719 devotos que visitaram Aparecida.
Em 2006 passou de 8 milhões. Por que esse aumento surpreende? Que fatores influenciam o movimento alto no Santuário? O fator preponderante é a religiosidade popular.

A devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida já faz parte da cultura de nosso povo. O nome e a invocação de Nossa Senhora entraram nos hábitos e na vida do povo brasileiro que a invoca nos perigos, nas horas tristes e de gratidão.

Suas características, história, cor, espiritualidade e simbolismo estão vinculados aos valores e ethos do povo. Até 1992, de acordo com pesquisa feita, no Brasil 296 paróquias eram dedicadas a Nossa Senhora Aparecida. Cinco catedrais brasileiras eram dedicadas ao mesmo título.

Dados mais recentes apresentam 332 paróquias dedicadas a Nossa Senhora Aparecida, demonstrando assim um significativo crescimento. O Santuário é espaço de manifestação forte de religiosidade no Brasil. Os centros de devoção e as romarias populares constituem ao longo da história do Brasil o lugar de maior expressão coletiva da religião popular.

Entre os 100 santuários de expressão que existem no Brasil, mais de 50 são marianos. O Santuário de Aparecida se destaca entre todos pela sua magnitude, projeção, organização e pastoral.

Acontecendo desde meados do século XVIII, as romarias trazem contingente elevado de peregrinos ao Santuário. “A peregrinação é um sinal muito ao gosto do nosso povo” (CNBB. Doc. 41). Nas últimas décadas, as romarias têm crescido em número, estruturação e programação.

O próprio Santuário tem dado uma atenção toda particular às romarias, acolhendo-as bem e orientando-as para que se tornem cada vez mais autênticas peregrinações cristãs, comprometidas com Jesus Cristo e com a Igreja. O próprio Santuário tem-se constituído em grande centro de evangelização do País.

Em seu âmbito, visa concretizar a missão da Igreja: "Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação da Igreja, a sua identidade mais profunda" (Paulo VI. Doc. Evangelização no Mundo Contemporâneo).

Com sua pastoral extraordinária, planejada e dinâmica de serviço à Igreja no Brasil, tem procurado ajudar os peregrinos no seguimento de Jesus, mediante o anúncio explícito, profético e libertador do Evangelho. Tem buscado fomentar sua integração à vida e ao apostolado da Igreja, em sua comunidade de origem, conscientizando-os da importância do testemunho cristão.

O atendimento humano, a Eucaristia, a Reconciliação, as orações, as celebrações da Palavra, as bênçãos, as pregações, as procissões, a catequese e o aconselhamento são as principais atividades religiosas do Santuário durante todos os dias do ano.

A própria Igreja como um todo tem redescoberto e reconhecido o valor da pastoral do Santuário. Os documentos eclesiásticos destacam a importância vital dos santuários na Igreja, o povo de Deus que peregrina nesta terra rumo à Casa do Pai. Propiciam o encontro do povo com Deus vivo.

“O santuário é o lugar santo onde Deus falou e fala ainda a seu povo por meio de um acontecimento, ou pelo testemunho de um mártir, da vida de um santo, e, em primeiríssimo lugar, da Virgem Maria, a Mãe de Cristo, Mãe de Deus” (Doc. Final do I Congresso Mundial de Pastoral dos Santuários e Peregrinações. Roma, 26 a 29 de fevereiro de 1992).

Os cristãos mais conscientes, diversas pastorais, muitas associações, vários movimentos, comunidades, dioceses e grupos da Igreja peregrinam ao Santuário, expressando sua fé viva e renovando suas lutas e esperanças. Desde sua gênese histórica, o Santuário tem favorecido e educado a devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Busca ser viva e expressiva escola de fé do povo, acolhendo-o e evangelizando-o, contribuindo para que os devotos possam expressar seu verdadeiro culto para com a Mãe de Deus. Os "santuários marianos oferecem uma autêntica escola de fé sob o exemplo e a intercessão materna de Maria" (Doc. do Pontifício Conselho para Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. Santuário: Memória, Presença e Profecia).

As festas marianas ganham especial destaque no calendário litúrgico do Santuário, principalmente a Novena e Festa da Padroeira, em outubro, que constitui o ponto alto de suas celebrações.

Os meios modernos de comunicação social marcam a pastoral do Santuário. A sua mensagem não se restringe apenas ao próprio templo e ao espaço sagrado que o circunda, mas se expande para os mais distantes rincões do Brasil, através desses meios, e do mundo, através da INTERNET.

Pela televisão e pelo rádio, as pessoas rezam, acompanhando as celebrações, orações e novenas. Recebem a visita da Padroeira do Brasil em seus lares e lugares de origem. A Rádio Aparecida, a Rede Católica de Rádio, a Rede Cultura, a Rede Vida de Televisão e outras emissoras transmitem as celebrações, formando uma verdadeira família espiritual de devotos pelo Brasil todo.

A Editora Santuário, com os seus livros, o Jornal Santuário e o Almanaque de Nossa Senhora, e outras editoras fazem da imprensa a evangelização continuada do Santuário. Desde 28 de outubro de 1894, os Missionários Redentoristas são presença marcante no Santuário de Aparecida. Vindos do Estado da Baviera, Alemanha, a pedido de Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque, bispo de São Paulo, assumiram a pastoral deste grande centro mariano.

Como uma das prioridades da Província de São Paulo, eles têm a responsabilidade pela pastoral e administração do Santuário. Fiéis à tradição evangelizadora e mariana que se origina desde Santo Afonso, procuram trabalhar com todo o ardor apostólico, cumprindo sua missão evangelizadora, sempre integrados na pastoral de conjunto da Igreja no Brasil.

Como lugar da evangelização do povo de Deus, o Santuário é considerado, hoje, como o “maior centro Mariano do Brasil”.

Endereço:
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
Avenida Dr.. Júlio Prestes, s/n
Bairro Ponte Alta
CEP 12570-000 Aparecida SP
Brasil.
Telefone: (12)3104 1000

Basílica Velha

No centro da cidade de Aparecida está a muito conhecida “Basílica Velha”, que é interligada à “Basílica Nova” pela “Passarela da Fé”. Ali, durante mais de um século, ficou exposta à visitação dos fiéis a Imagem da Senhora Aparecida.

Sua construção já tem mais de 100 anos e é obra do frei Joaquim do Monte Carmelo. Este templo tornou-se o símbolo da religiosidade popular brasileira. Apesar de em 1982 a Imagem de Nossa Senhora ter sido transladada definitivamente para a “Basílica Nova”, a velha igreja localizada na Praça Nossa Senhora Aparecida é, para os milhões de romeiros que anualmente visitam a cidade, um ponto obrigatório de visita.

Memorial Redentorista

Localizado nos fundos do Convento Velho da praça da Basílica Velha e inaugurado em 9 de outubro de 1998, o Memorial redentorista é um conjunto de obras para recordar a vida e o trabalho dos missionários redentoristas.

Três razões deram oportunidade para que esse Memorial fosse aberto ao público: o cenário de chegada dos missionários redentoristas em Aparecida (1894-1994), centenário do Seminário Santo Afonso (1898-1998) e a abertura do Processo de beatificação do Pe. Vítor Coelho de Almeida em 12 de outubro de 1998.

No Memorial encontram-se a Capela dos Mortos, o Museu Redentorista, instalado no antigo chalé onde foi fundado, em 3 de outubro de 1898, o Seminário Redentorista Santo Afonso, a Capela do Memorial com o quadro dos santos e beatos redentoristas, o Orquidário do padre Vítor Coelho e um Mural com dados da Província Redentorista de São Paulo.

O Memorial oferece um clima de oração, paz e tranqüilidade; daí os muitos elogios dos visitantes. A capela, com o túmulo do Servo de Deus Padre Vítor Coelho, é a mais apreciada. Até agora, vários peregrinos já visitaram o Memorial.
Vindo a Aparecida, não deixe de visitá-lo!



Servo de Deus

Padre Vítor Coelho de Almeida
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
APÓSTOLO DO RÁDIO


1899 - Nasce em Sacramento, MG, a 22 de setembro;

1911 - Entra no Colégio de Santo Afonso, em Aparecida;

1918 - Faz a profissão na Congregação Redentorista;

1923 - É ordenado padre, a 5 de agosto;

1924/1929 - Catequista em Aparecida e Araraquara;

1931/1940 - Prega as Santas Missões, revelando se zeloso missionário da misericórdia do Cristo Redentor;

1940 - Na missão de Ribeirão Preto fica tuberculoso;

1941 - Interna-se em Campos do Jordão - SP;

1948 - Curado, volta para Aparecida, iniciando sua missão na Rádio e no Santuário de Aparecida;

1987 - Falece em Aparecida, a 21 de julho;

Morro do Cruzeiro

“O Morro do Cruzeiro não é da Igreja. É do povo.” Com essas palavras, Dom Aloísio Lorscheider, então atual cardeal-arcebispo de Aparecida, reinaugurou o Morro do Cruzeiro, no dia 21 de abril de 2000.

O local passou por uma reforma completa, que começou em 1999. O piso recebeu asfalto, as encostas do morro foram arborizadas, o trajeto ganhou sinalização, som e iluminação novos. Hoje, o local é um dos pontos turísticos mais bonitos de Aparecida.

O projeto arquitetônico é de Cláudio Pastro, e o paisagismo de Gustaas Henricos Winters. As estações da Via-sacra também foram refeitas. O artista plástico Adélio Sarro Sobrinho, de São Bernardo do Campo (SP), reconhecido internacionalmente, construiu os painéis que narram a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Ele utilizou 25 sacos de cimento para criar cada um dos painéis de 3,70 x 4 metros. Para o acabamento, Sarro empregou uma técnica nova, utilizando um pigmento especial de cimento que imita o bronze. De longe, os painéis parecem ter sido moldados em ferro.

A obra de arte de Sarro demorou nove meses para ser concluída. Na entrada do novo Morro do Cruzeiro, há um par de mãos postas em oração, de 15 metros de altura, também obra de Sarro.

“É o sinal de que aqui é um local de oração, meditação e peregrinação”, explica padre José Ulysses da Silva, redentorista.


A Praça

No final das estações da Via-sacra, foi construída uma grande praça para acolher os fiéis. Uma concha abriga o altar, que é utilizado para celebrações eucarísticas. O local ganhou banheiros públicos, rampas de acesso e um grande mirante, de onde é possível ter uma vista privilegiada de Aparecida.

No centro da praça, um grande cruzeiro de aço, de mais de 23 metros de altura e 25 toneladas, ergue-se majestoso. O material para a construção da cruz foi doado pela empresa Usiminas. A confecção e instalação da obra, realizadas pela empresa Arte Beton. O novo cruzeiro presta uma homenagem aos 500 anos de evangelização no Brasil.

Via-Sacra

“O Morro do Cruzeiro vai oferecer ao povo um lugar para uma oportunidade de reflexão”, afirma padre Paulo Tadeu, padre diocesano da Arquidiocese de Aparecida. “Esse trabalho deve ser abençoado.”

A Via-sacra no Morro do Cruzeiro durante a Quaresma teve seu início nos anos 70. No princípio, ninguém acreditava que iria dar certo, ainda mais às 5 horas da manhã, mas de 10 pessoas que fizeram a primeira Via-sacra passou para 2 mil. Centenas de pessoas cultivam o hábito de participar todos os anos da Via-sacra durante a Quaresma.

Várias pessoas fazem penitência para renovar o espírito. “Jesus sofreu para nos salvar. Participar da Via-sacra é recuperar as forças para enfrentar os sofrimentos da vida”, palavras de José Corrêa, que participa da peregrinação desde 1980.

A reforma do Morro do Cruzeiro faz parte de um grande projeto do Santuário Nacional de recuperar os principais pontos turísticos de Aparecida.

Fazem parte da lista o Porto Itaguaçu, reformado em 1999, o Morro do Cruzeiro e a Basílica Velha. “Estamos proporcionando ao romeiro locais de intensa vivência da fé e da devoção popular”, completa padre Ulysses.

Local onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada

Localizado próximo a uma curva do Rio Paraíba, o Porto Itaguaçu (em tupi-guarani significa “pedra grande”) pode ser considerado como o ponto inicial da devoção dos brasileiros a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Foi ali que, em meados de outubro de 1717, três pescadores encontraram – primeiro o corpo e depois a cabeça – a imagem daquela que hoje é a Rainha e Padroeira do Brasil.
Nas proximidades do porto existiu uma pequena capela, que por algum tempo abrigou a Imagem da Virgem Aparecida.

Hoje, junto à curva do Rio Paraíba, moderna capela é refletida em suas águas, para perpetuar o histórico aparecimento. O local é muito visitado pelos romeiros, que ali vão para conhecer onde “a Santa” foi achada.

HISTÓRICOS E IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Uma rosa de ouro para a Virgem

Em 1967, ano da comemoração do jubileu dos 250 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o Papa Paulo VI ofertou ao Santuário Nacional da Padroeira do Brasil uma Rosa de Ouro. A entrega dessa importante honraria aconteceu na manhã do dia 15 de agosto daquele mesmo ano, com a presença de diversas autoridades civis e religiosas, entre elas o presidente Artur da Costa e Silva.

Atualmente, a Rosa de Ouro encontra-se exposta na Exposição Rainha do Céu, Mãe dos Homens: Aparecida do Brasil no Museu Nossa Senhora Aparecida, no 1o andar da Torre Brasília.



O que é uma Rosa de Ouro?

Os Sumos Pontífices costumavam oferecer como presente uma Rosa de Ouro, em sinal de particular estima e para distinguir eminentes personalidades que prestavam relevantes serviços à Igreja, ou para honrar cidades, ou ainda para realçar Santuários insignes, como centro de grande devoção. Essa Rosa era artisticamente elaborada segundo o estilo da época.


Descrição histórica da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

Descrição histórica da Imagem de Nossa Senhora Aparecida 
A Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi encontrada no Rio Paraíba na segunda quinzena de outubro de 1717. É de terracota, isto é, argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 40 centímetros de altura.

Hipoteticamente, ela teria, originalmente, uma policromia, como era costume na época, mas não há documentos que comprovem. Quando foi pescada, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio.

A cor acanelada com que hoje é conhecida deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao picumã das chamas das velas e dos candeeiros. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas que a estudaram.

Entre os que confirmam ser a Imagem do Século XVII estão o Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer.

Finalmente, em 1978, após o atentado que a reduzira em quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi – na época diretor do Museu de Arte de São Paulo –, que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens brasileiras.

Foi totalmente reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Ainda conforme estudos dos peritos mencionados, a Imagem foi moldada com argila paulista, da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo.

O mais difícil foi determinar o autor da pequena imagem, pois não está assinada ou datada. Assim, após um estudo comparativo, os peritos chegaram à conclusão de que se tratava de um escultor, discípulo do monge beneditino Frei Agostinho da Piedade, e também seu colega de Ordem, Frei Agostinho de Jesus.

Caracterizam seu estilo: forma sorridente dos lábios, queixo encastoado, tendo, no centro, uma covinha; penteado, flores em relevo nos cabelos, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás.

Todos esses detalhes se encontram na Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, por isso, concluíram os peritos, Dom Clemenente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer, que a Imagem foi esculpida pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus.

Coroa e Manto

A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a Imagem passou a usar, oficialmente, a coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem como o manto azul-marinho.

Fontes de consulta:

a) Livro "A Mensagem da Senhora Aparecida", Pe. Júlio J. Brustoloni, C.Ss.R., p. de 28 a 30, Aparecida, Editora Santuário, 1994;

b) Informações prestadas pela restauradora da Imagem, artista plástica Maria Helena Chartuni.


Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).

Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu.

João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.


Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante da imagem.

A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo se tornou pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).


No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.

A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor.

Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO BRASIL E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do Papa Pio XI.

 
 
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena.

Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova.

Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, "maior Santuário Mariano do mundo".

O padre Francisco da Silveira, que escreveu a crônica de uma Missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres realizados”. E acrescentava que numerosos eram os peregrinos que vinham de longas distâncias para agradecer os favores recebidos. Mencionamos aqui três grandes prodígios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida.

O primeiro prodígio, sem dúvida alguma, foi a pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras referências sobre o fato, a não ser aquela da narrativa do achado da imagem: “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixe algum, dali por diante foi tão abundante a pesca, que receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, os pescadores se retiraram as suas casas, admirados com o que ocorrera”.

Entretanto, o mais simbólico e rico de significativo, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o povo se encontrava em oração diante da imagem.

Numa noite, durante a reza do Terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente.

Significativo também é o prodígio das correntes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato. Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito foi o padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828.

A pesca milagrosa

A pesca milagrosa 
A Câmara Administrativa de Guaratinguetá decidiu e pronto. A época não era favorável à pescaria, mas os pescadores que se virassem. O Conde tinha que provar do peixe do Rio Paraíba.

E a convocação foi lida em toda a redondeza. João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, moradores de Itaguaçu, pegaram seus barcos, suas redes e se lançaram na difícil tarefa. Remaram a noite toda sem nada pescar.

No Porto de Itaguaçu, lançaram mais uma vez as redes. João Alves sentiu que a sua rede pesava. Serão peixes? Puxou-a. Não. Não eram peixes. Era o corpo de uma imagem. Mas... e a cabeça, onde estava? Guardou o achado no fundo do barco. Continuaram tentando achar peixes.

De repente, na rede do mesmo pescador, uma cabeça enegrecida da imagem. João Alves pegou o corpo do fundo do barco e aproximou-o da cabeça. Justinhos. Aquilo só podia ser milagre. Benzeram-se e enrolaram os pedaços num pano. Continuaram a pescaria. Agora os peixes sabiam direitinho o endereço de suas redes. E foram tantos que temeram pela fragilidade dos barcos...



O milagre das velas

O milagre das velas 
Depois que chegaram da pescaria onde encontraram a Senhora, Felipe Pedroso levou a imagem para sua casa conservando-a durante cinco anos.

Quando de sua mudança para o bairro da Ponte Alta, deu a imagem a seu filho Athanásio Pedroso, que morava no Porto de Itaguaçu bem perto de onde seu pai Felipe Pedroso, João Alves e Domingos Garcia haviam encontrado a imagem.

Athanásio fez um altar de madeira e colocou a Imagem Milagrosa da Senhora Aparecida. Aos sábados, seus vizinhos se reuniam para rezar um Terço em sua devoção. Em certa ocasião, ao rezar o Terço, duas velas se apagaram no altar de Nossa Senhora, o que era muito estranho, pois aquela noite estava muito calma e não havia motivo para o acontecimento.

Silvana da Rocha, que no dia acompanhava o Terço, quis acender as velas, porém elas se acenderam sem que ninguém as tocasse, como um perfeito milagre. Dessa data em diante, a Imagem Milagrosa de Nossa Senhora Aparecida deixou de pertencer à família de Felipe Pedroso para ficar pertencendo a todos nós, devotos da Santa Milagrosa.



Romeiros de Nossa Senhora Aparecida

Romeiros de Nossa Senhora Aparecida

Dos milhões de romeiros que visitam o Santuário Nacional de Aparecida, muitos são portadores de angústia, outros tantos, da esperança. Esperança de cura, de emprego, de melhores dias, de paz.

Eles chegam de ônibus, de carro, de trem (em tempo passado), de moto, de bicicleta, a cavalo e a pé. São pobres e ricos; são cultos e ignorantes; são homens públicos e cidadãos comuns. Aqui estiveram papas, príncipes, princesas, presidentes, poetas, padres, bispos, prioras, patrões e empregados. Vieram os pescadores.




Muitos cumprem um ritual que começou com seus avós e persiste até hoje. Outros vêm pela primeira vez. Ficam perplexos diante do tamanho do Santuário e de sua beleza. A Imagem os extasia.

A fé traz o romeiro a Aparecida e leva-o a comportamentos de pincéis famosos, câmaras e versos imortais. Olhos que buscam, vasculham ou se fecham para ler as mensagens secretas que trazem na alma. Lábios que balbuciam Ave-marias, atropeladas pela pressa das muitas intenções.



Mãos que seguram as contas do Rosário, a vela, o retrato, as flores, o chapéu. Joelhos que se dobram e se arrastam, em atitude de total despojamento. Pés cansados pela procura de suas certezas. Coração nas mãos em forma de oferenda. Na alma, profundo senso do sagrado.

O chão que pisam, a porta que transpõem, as pessoas que aqui residem, tudo tem para eles significado transcendente. Este é o romeiro de Nossa Senhora Aparecida. Alma pura, simples, do devoto que acredita, que se entrega à proteção dos céus, sem dúvidas ou restrições.


Consagração 50 Anos

Consagração 50 Anos

Ela teve início dia 31 de maio de 1955, uma terça-feira. Começou assim:

O padre Laurindo Häuber, redentorista que trabalhava na Rádio Aparecida, teve uma idéia: Comprou um livro, que chamou de Livro de Ouro, e disse na Rádio que quem quisesse consagrar-se a Nossa Senhora Aparecida, era só escrever para a Rádio que ele anunciava o nome, às 15 horas, e lia a oração da Consagração. Ele ia fazer isso na 3a, na 5a e no sábado.

E padre Laurindo começou então esse programa. Como que ele fazia: lia os nomes, dava uma pequena mensagem, lia a oração da Consagração que estava no Manual do Devoto, um livrinho de orações editado pela Editora Santuário em 1904, e em seguida dava a bênção.

Meses depois, o número de nomes enviados aumentou tanto que ele parou de lê-los, deixando de lado o Livro de Ouro. Dali para frente, todos os ouvintes da Consagração passaram a ser consagrados a Nossa Senhora. E assim a Consagração a Nossa Senhora Aparecida adquiriu a mesma forma de celebração e o mesmo feitio que tem hoje.

Inclusive a música de abertura, “Roga por nós, ó Mãe tão Pia”, foi escolhida pelo padre Laurindo. Um ano depois, em 1956, o padre Laurindo foi transferido para São Paulo, a fim de trabalhar na Rádio Nove de Julho. Os padres Vítor Coelho de Almeida e Rubem Leme Galvão continuaram fazendo a Consagração. Agora, a semana toda: padre Vítor Coelho fazia na 3a, na 5a e no sábado, e o padre Galvão fazia na 2a, na 4a e na 6a-feira.

No ano seguinte, padre Vítor Coelho assumiu sozinho a Consagração e passou a fazê-la não mais no estúdio da Rádio, mas no altar-mor da Basílica. Ela deixou então de ser um simples programa de rádio e se tornou uma celebração paralitúrgica no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, como a Hora Mariana, a Novena Perpétua etc.

Padre Vítor a fez durante 31 anos, até a véspera de sua morte, que aconteceu dia 21 de julho de 1987. Em 1988, o padre César Moreira, então Diretor da Rádio Aparecida, determinou que a Consagração fosse feita também aos Domingos. Após o falecimento do padre Vítor Coelho, padre Alberto Pasquoto assumiu a Consagração e a fez até o início de 1989.

Em 1989, padre Agostinho Frasson a assumiu e fez até 1991. Nos anos 1992 e 1993, quem dirigiu a Consagração foi o padre Afonso Paschote. Em 1994, padre Frasson a assumiu novamente e a fez até 1996. Padre Antônio Queiroz a assumiu no dia 11/01/97, um sábado, e nos seus dias de folga quem fazia era o padre Silvério Negri. Após o falecimento do padre Negri, ocorrido dia 28/08/03, nos dias de folga do padre Queiroz a Consagração entra na escala normal dos trabalhos pastorais da Basílica.

Esta é, resumidamente, a história da Consagração, que dia 31 de maio de 2005 completou 50 anos de existência. Em todos esses anos, repito, o modo de fazer a Consagração não mudou, continuando aquele iniciado pelo padre Laurindo.

Desde o início, várias emissoras de rádio começaram a entrar em cadeia com a Rádio Aparecida, às 15 horas, para transmitir a Consagração.

Assim, a Consagração a Nossa Senhora Aparecida abriu caminho para que se formassem redes de Rádio para transmissão de programas religiosos.

A UNDA BRASIL (Unda é uma palavra latina que significa onda) é um organismo internacional da Igreja, ligado à comunicação pelo Rádio, e promoveu a união dessas redes e criou a Rede Católica de Rádio, que hoje é como uma grande constelação, iluminando todo o céu do Brasil.

Ao celebrar o cinqüentenário da Consagração, agradecemos a Deus. Não queremos ser como aqueles nove leprosos curados, que não agradeceram a Deus a sua cura. É interessante que Jesus disse para aquele que voltou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17,17-19).

Jesus fala de dar glória a Deus Pai. De fato, Deus Pai é a origem de tudo. Tudo nos vem dele, pelo Filho, no Espírito Santo. Na Consagração a Maria, ela é a intercessora. Por isso agradecemos a ela também. Então, neste Jubileu, agradecemos a Deus todas as graças que ele concedeu ao povo brasileiro, e a nós, nesses 50 anos.

Concedeu e esperamos que continue concedendo, porque, como diz aquela oração que vem da Igreja Primitiva, jamais se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à proteção de Maria e implorado o seu auxílio fosse por ela desamparado. Nós cristãos fomos consagrados definitivamente a Deus no dia do nosso batismo.

A Consagração a Nossa Senhora, que fazemos todos os dias, é uma entrega de nós mesmos a ela, como um filho ou filha que se joga nos braços da Mãe para que ela cuide de nós, fazendo-nos felizes e bons discípulos de Jesus.

Pe. Antonio Queiroz dos Santos, C.Ss.R.
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O Santuário » Basílica Nova

 
O ambulatório médico do Santuário oferece um serviço contínuo de emergência para atendimento às pessoas que venham a se sentir mal durante sua permanência na Basílica.

Localizado no anexo da Nave Leste, próximo à Passarela, nosso ambulatório dispõe de duas ambulâncias, um médico plantonista, uma enfermeira e três auxiliares. Essa estrutura permite assistência médica e fornecimento de medicamentos de emergência.
Os casos mais graves são imediatamente encaminhados para o hospital da cidade.

O horário de atendimento é das 7h às 17h (de segunda a sexta-feira); e das 5h às 17h (aos sábados e domingos).

São muitas as crianças, de todas as idades, que vêm com seus pais para pedir a bênção de Nossa Senhora. As romarias têm uma característica totalmente familiar. Daí a criação do berçário, que funciona no subsolo do Santuário Nacional, procurando atender as crianças e as mães, dando-lhes condições para cuidar da higiene de seus filhos. Podem contar ainda com o auxílio de funcionários que estão lá especialmente com essa finalidade.



Apresentação

Apresentação 
O Museu Nossa Senhora Aparecida, do Santuário Nacional, foi inaugurado em 8 de setembro de 1956 por Dona Conceição Borges Ribeiro Camargo (professora e historiadora da cidade de Aparecida).

Atualmente expõe uma mostra de longa duração intitulada “Rainha do Céu, Mãe dos Homens, Aparecida do Brasil”.
Pretende, sob um viés evangelizador, através do acervo exposto, comunicar aspectos culturais, antropológicos e artísticos da devoção a Maria, enfaticamente sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida, e também contar um pouco da história de seu Santuário, de modo que o visitante romeiro se reconheça como parte integrante desse contexto.


 
Horário de funcionamento:
Segunda das 9h00 às 16h30
Quarta das 8h00 às 15h30
Terça, Quinta e Sexta das 8h00 às 16h30
Sábados, Domingos e Feriados das 7h00 às 15h30
Preço: R$ 3,00
Isentos: Maiores de 60 anos e crianças com até 10 anos de idade.
Agendamento de visitas:
E–mail: museunsa@santuarionacional.com



Fotos: Vera de Souza


UM FELIZ DIA MEUS IRMÃOS, ACOMPANHADOS DE NOSSA MÃE IMACULADA CONCEIÇÃO APARECIDA!!!
 
Lusmar Paz - Aracoiaba - Ceará - Brasil







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